quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Jeremias: A oração e o lamento de um profeta - Jovens.

 

Lição 6- Jeremias: A oração e o lamento de um profeta 

1º Trimestre de 2021

Pr. Marcos Tedesco

INTRODUÇÃO

Ser profeta em um dos momentos mais caóticos da história de um povo, ser intercessor de pessoas que não querem restauração, ser servo do Altíssimo ao custo de perseguições, prisões e repulsa daqueles que deveriam ser transformados. Essa é a história de um dos profetas mais longevos de seu tempo. Chamado por Deus ainda jovem, Jeremias descreve, com muita simplicidade e beleza, o seu chamado: “E estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jr 1.9). Filho de um sacerdote, nunca veio a se casar, dedicando-se intensamente ao ministério profético por longas quatro décadas. Jeremias iniciou sua missão no décimo terceiro ano do rei Josias (640-609) e continuou durante os reinados de Jeoacaz (609), Jeoaquim (609-598), Joaquim (598-597) e Zedequias (597-586), vivendo ainda os primeiros anos após a queda de Jerusalém. O ministério de Jeremias pode ser dividido em quatro fases distribuídas em dois períodos bem distintos: uma primeira durante o reinado de Josias, marcada pela grande reforma religiosa, e as demais envoltas em grande amargura, repressão e desprezo. Nesse segundo período, as mensagens não eram ouvidas, as profecias eram desprezadas e uma grande perseguição o assolou. Quase morto em Judá de modo violento, sobreviveu e foi levado, provavelmente, ao Egito onde passou seus últimos dias exilado, cansado de tanto sofrer e longe da amada Jerusalém.

A Vocação e a Primeira Visão de Jeremias 

Jeremias foi um profeta que viveu um momento de muita tensão na história de Judá. Presenciou, ano após ano, a decadência do povo, o afastamento dos caminhos do Senhor e a resistência em buscar a restauração. Foi testemunha ocular da grande queda com a chegada dos exércitos de Nabucodonosor, algo que deve ter lhe custado muitas lágrimas e sofrimento. Ao longo desse tempo, nunca se afastou de seu chamado e da vida de oração constante.

O desejo natural de Jeremias era a contemplação de bons frutos provenientes de suas mensagens proféticas e a busca de conscientização do povo acerca da vida pecaminosa. Porém, o efeito não foi esse. O coração daquela geração endureceu ainda mais e o desfecho inevitável foi o amargo lamento.

O chamado de Deus ao profeta Jeremias é inspirador. As palavras de Jeová ao jovem têm o poder de tocar nosso coração e levar-nos ao desejo ardente de tal clareza da convicção, também diante de nossas próprias vidas. Jeremias, recuperado do susto, abraçou sua missão e seguiu em frente, cumprindo a vontade do Senhor para sua vida. Chamado por Deus ainda muito jovem, provavelmente, aos vinte e cinco anos de idade, Jeremias ficou surpreso. Imagine, um moço tímido que ainda se considerava uma criança (Jr 1.6) sendo chamado diretamente pelo Altíssimo para ser um profeta levando a mensagem sagrada às nações. Sem dúvida, um grande desafio! O chamado desse jovem é registrado na Bíblia Sagrada com belíssimas e inspiradoras palavras: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações. [...] Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares” (Jr 1.5-10). Essas são palavras de grande poder proferidas pelo Senhor a um moço surpreso, no entanto, a partir de então, convicto de sua missão.

Podemos ver em Jeremias alguém que viveu intensamente o seu chamado, aceitou pagar o preço necessário e gastou-se diante de tal propósito. Suas palavras tão fiéis às ordens de Deus são entregues envoltas em personalidade, cumplicidade, sentimento e convicção de um chamado. Que possamos também nos permitir sermos tocados por tal inspiração. 

A primeira visão de Jeremias traz uma importante revelação em relação ao cumprimento da mensagem de Deus, indicando a fidelidade divina e o rápido cumprimento do que era anunciado

As amendoeiras que nascem nas terras da Palestina são cobertas por completo de flores com coloração rosa claro ao chegar o primeiro mês do ano, janeiro. Já naquela época, esse evento apontava o final do inverno e o início de uma nova estação, a tão esperada primavera. Esse era um sinal da planta que alertava a todos de que um novo ciclo estava tendo início. Por isso, provavelmente, o nome da amendoeira na língua hebraica é shoked, que significa, também, “vigilante”. O que significa essa primeira visão (Jr 1.11-12)? Uma maravilhosa constatação: Deus é fiel e cumpre a sua palavra! No tempo certo, a resposta do Senhor se fará presente. Assim como a amendoeira anuncia a chegada da primavera, as profecias de Jeremias anunciavam a proximidade do juízo do Senhor. A Palavra de Deus iria se cumprir. O profeta era apenas aquele que anunciaria o juízo, já a obra seria realizada pelo Altíssimo. Do mesmo modo que Deus entregara a Jeremias um chamado específico e significativo, também somos chamados pelo Pai para uma importante obra. É no chamado que a missão ganha forma e impacta intensamente o coração do servo fiel. Lembremos sempre de uma grande verdade: aquele que é vocacionado não é o dono da obra a ser feita, ele é apenas alguém que será usado por Deus para realizar a obra. Nosso Pai chama, capacita, orienta, conduz, dá as forças e as condições necessárias. Deixe-se ser usado pelo Espírito Santo de Deus! 

Há um chamado para você 

Qual a importância do “chamado” para a vida do servo do Senhor? Sem dúvidas, é essencial se desejamos dar centralidade para “Deus” em nossas vidas. É no chamado constantemente trazido à nossa memória que a convicção se materializa, as forças se intensificam e as dificuldades se dissipam. Quando revivemos em nossos corações o “chamado” recebido, renovamos nossas intenções e comprometimento com a missão dada pelo Senhor de nossas vidas. O chamado é um capítulo de nossas vidas que merece, e precisa, ser constante e lentamente relido. Foi através de seus chamados que grandes personagens da Bíblia entenderam os propósitos de Deus em suas vidas, vejamos: Sansão (Jz 13.5), Isaías (Is 6.1), Paulo (Gl 1.15), entre tantos outros. Também encontramos muitos personagens da história da igreja que dedicaram suas vidas de forma intensa a uma causa, e tudo começou com um chamado.

Em alguns casos, o “chamado” acontece de forma muito clara e audível, trazido pelas palavras ditas por um pregador, um pastor, um profeta ou alguma outra pessoa usada por Deus para lhe entregar essa mensagem. Para outras pessoas, esse “chamado” acontece de modo mais diluído através de um coração que arde ao abrir um texto da Bíblia Sagrada o qual, dia após dia, vai o tocando e impulsionando em direção a uma tomada de decisão. Ainda há experiências maravilhosas de pessoas que, diante de uma cena, são movidas por um sentimento intenso, levando-as às lágrimas e, em uma oração ardente, ao compromisso de envolver-se com uma causa. Outras ainda podem ser as possibilidades, mas uma verdade é observada em todos os casos: o “chamado” de Deus para as nossas vidas é essencial e deve ser buscado intensamente por quem é comprometido com o Reino. Só uma coisa pode trazer paz ao coração de quem tem um chamado: atender prontamente ao convite de Deus para colocar as mãos no arado. Comprometa-se com a vontade de Deus e permita-se ser uma bênção aonde for. O Pai amado nos chama e coloca em nossas mãos uma grande obra a ser feita (Ne 6.3). Temos a grande missão dada por Cristo a toda a igreja no momento de sua ascensão (Mt 28.16-20), contudo o Mestre amado também nos convida às ações específicas com as quais nos envolvemos de forma bastante pessoal. Não se preocupe: Ele chama, capacita, orienta e dá as condições para que a obra seja feita (Êx 3.12). Seja uma bênção nas mãos do nosso Pai Celeste! 

A Rebelião do Povo e a Invasão Estrangeira Anunciada 

O profeta Jeremias fora chamado para uma importante missão que foi amplamente dificultada por uma série de fatores de ordem social, política e religiosa. Era uma época de muitas disputas e conflitos entre grandes impérios, pequenas cidades, estados que disputavam a posse de povos subjugados e reinos enfraquecidos. Foi nesse tempo que o Império Assírio começou a ruir, de forma muito tensa, diante do Império Babilônico que impressionava a todos pela força, agilidade, organização e opulência. Os babilônicos, também conhecidos como caldeus, derrotaram os assírios e também combateram impondo uma humilhante derrota aos exércitos egípcios.

Nesse cenário, o Reino do Sul, Judá, vivia um clima de grande instabilidade diante da luta de gigantes como os assírios, os egípcios e os babilônicos. Os padrões sociais se desfiguravam revelando a terrível face de um povo envolto em injustiças, violência, paganismos e apostasia. Essa foi a realidade encontrada por Jeremias durante o seu ministério profético. 

Um povo rebelde Uma história que tinha tudo para ser repleta das bênçãos de um Pai amoroso sobre um povo escolhido encaminhava-se para um desfecho trágico. Deus esperava do povo fidelidade, gratidão e um compromisso de obediência. O povo deu ao Senhor o contrário: infidelidade, ingratidão e uma total rebeldia. De forma alguma Deus poderia ser culpado ou responsabilizado pelo desfecho que estava por acontecer. Tudo o que estava acontecendo era um desencadeamento natural da desobediência intencional, da adoração de ídolos pagãos e da falta de arrependimento por parte do povo de Judá. Como buscar socorro de Deus sem aceitar a presença do Pai? O afastamento deliberado, provocado pelas pessoas do Reino do Sul, levou-as a uma série de consequências lamentáveis. Jeremias nos permite uma reflexão sobre a questão espiritual bastante coerente com o que estava acontecendo: devemos, permanentemente, viver um relacionamento íntimo com Deus almejando constantemente pela sua maravilhosa presença. O afastamento de Deus gera, inevitavelmente, um distanciamento daquilo que é reto e sadio, e, consequentemente, uma proximidade do que é leviano, pecaminoso e doentio. Jeremias orou por Judá, buscou uma mudança e profetizou desejando um conserto, entretanto, o povo não queria Deus. O juízo era apenas consequência natural do esfriamento do amor e da rebeldia. Um grande exemplo dessa rebeldia vinha dos próprios reis. Vejamos o caso de Jeoaquim. Certa vez, quando Nabucodonosor já iniciava sua campanha de dominação, Jeremias profetizou condenando os atos praticados e pregou o arrependimento, embora o juízo já se mostrasse eminente. Jeremias alertara o rei de que todos os eventos que estavam acontecendo representavam um exílio que duraria 70 anos (Jr 25.1-14). Todas essas palavras foram escritas e entregues nas mãos do rei. Sabe qual foi a postura real? Será que o Jeoaquim se arrependeu e buscou o perdão? Não, ele simplesmente picou em pedaços a profecia e a jogou no fogo (Jr 36.9-26)! O resultado, todos sabemos. O que acontecia era a lamentável escolha do povo que traria um juízo extremamente doloroso

O povo era rebelde porque seus líderes eram rebeldes. Como esperar fidelidade de uma nação cujos reis haviam se afastado tanto dos caminhos de Deus? Poucas eram as vozes que pregavam uma conversão e o retorno à comunhão com Deus. A consequência desse afastamento se concretizou nos tempos de Jeremias, um profeta menosprezado.

O profeta menosprezado 

Jeremias fora chamado para entregar a mensagem de Deus com audácia, convicção e temor, todavia, uma mensagem entregue não implica, necessariamente, mudança de vida e restauração. O profeta orou, lamentou, porém, infelizmente, restou-lhe o choro pelo terrível desfecho da história que estava sendo escrita. A mensagem era tanto para destruição quanto para edificação (Jr 1.10), tudo dependeria de como as pessoas reagiriam ao recado que estavam recebendo da parte de Deus. As mensagens de arrependimento e de conversão apontavam os graves pecados cometidos pelo povo (Jr 6.1-30, 13.15-27, 16.10-13), mas, e vez de arrependimento, afundavam ainda mais no pecado, hostilizando e maltratando o profeta de Deus. Depois de quase quatro décadas pregando o arrependimento, Jeremias amargou a experiência de ver a terrível sentença anunciada ser executada. Com a chegada dos exércitos babilônicos, iniciavam os tristes anos do exílio de Judá na Babilônia. Pouca coisa ainda poderia ser feita além de chorar e lamentar. Diante de tudo isso, a vida de Jeremias foi marcada por muito sofrimento com consequências terríveis. Sendo profundamente comprometido com Deus e com o ministério profético, apesar das grandes resistências e perseguições, sempre se posicionou com ousadia, apesar das suas muitas lutas interiores e tormentos sofridos. O custo pessoal a Jeremias foi grande. Nascido em meio a muita alegria (Jr 20.15), em pleno ministério chegou a amaldiçoar o dia do seu nascimento (Jr 20.14). Em outro momento de profunda dor, chegou a declarar: “Ai de mim, minha mãe! Por que me deste à luz [...]?” (Jr 15.10). Grande é o preço pago, no entanto vale a pena dizer sim ao chamado e cumprir a missão dada pelo nosso amado Deus! 

Deus usa quem Ele quer 

O Império Babilônico foi o instrumento usado por Deus para corrigir o seu povo que estava no Reino do Sul da mesma forma que os assírios foram usados no Reino do Norte. Dois impérios formados por pagãos, mas que foram instrumentos do Senhor para promover no povo as condições para uma mudança. Como poderiam os ímpios triunfar sobre os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó? O soberano Deus tem todo o poder e usa quem Ele quer. O povo achava que nada aconteceria com eles, pois estavam em Jerusalém, a cidade santa. Tinham a certeza de que o passado de glória e a presença divina manifestada, outrora no templo, jamais permitiriam que a cidade fosse invadida e destruída por personagens estrangeiros pagãos tão cruéis. Mas não é assim que funciona. Estavam totalmente equivocados: o juízo veio pelas mãos dos babilônicos. Contudo, será que o poder de Deus não foi suficiente para proteger a cidade sagrada? Nada disso! Deus é soberano e usa de sua soberania para comandar quem Ele quer. Assim como endureceu o coração do Faraó (Êx 9.12) e lançou os assírios para levarem juízo a Israel (2 Rs 17.5-6), agora estava levantando os babilônicos para disciplinarem o povo de Judá (2 Cr 36.6). Igualmente, anos mais tarde, usaria os persas para viabilizarem a reconstrução dos muros de Jerusalém por intermédio de Neemias (Ne 2.6). Quem Deus usou como instrumento para realizar a sua obra? Um povo que não o adorava e ainda mais envolvido com pecados e injustiças do que Judá. Isso nos mostra que Ele está no controle absoluto da história. Ele levanta reis e os faz cair (Dn 2.21). 

Jeremias, a Oração e o Lamento de um Profeta

Isso nos mostra que jamais podemos terceirizar o comprometimento com Deus. Um passado de glória não garante um presente reluzente. De igual modo, pertencer a uma família cristã com tradição e ter pais que oram e são comprometidos com Deus não garante, de forma alguma, a salvação de um filho descomprometido que despreza o sacrifício de Cristo. Devemos entender a preciosidade do relacionamento que o Pai deseja ter conosco. Nosso passado tem muita importância e contribuiu para construir quem somos, entretanto é no presente que devemos buscar uma vida em íntima comunhão com Deus e nos permitirmos ser, por Ele, usado para toda boa obra. Lembremos sempre de que tanto a salvação como o relacionamento com Deus é algo pessoal e intransferível.

Jeremias, em vão, Intercede pelo Povo (Jr 14) 

O capítulo 14 de Jeremias traz um dos momentos mais difíceis de uma série de profecias, orações, constatações e lamentos escritos pelo profeta. Mais uma vez a intercessão acontece e o profeta clama, argumenta e chora. Deus, em uma fala definitiva, diz: “Não!”. Jeremias atônito se depara com as seguintes palavras: “Não rogues por este povo para bem” (Jr 14.11). Por muito tempo a porta da restauração estava aberta, todavia para tudo há um tempo certo e específico. O tempo de Judá havia chegado ao fim. É importante destacarmos o fato de que o trabalho de Jeremias não foi em vão. Mesmo não havendo arrependimento, nem restauração, a missão desenvolvida pelo profeta cumpriu também um importante papel de promover na mente das pessoas uma reflexão a respeito de um juízo que teria começo, meio e fim. Esse seria um processo necessário para que houvesse o desejo de um concerto com Deus envolvendo profundo arrependimento e genuína restauração. 1 – O profeta intercede pelo povo Além do mal que se aproximava, uma grande seca assolava a todos, e aqueles que rejeitaram a Deus, a fonte de água viva, agora estavam também sem a água natural. Os poços se secaram e os céus não mais enviaram as chuvas. A erva secou, as plantações não geraram seus mantimentos. A fome e a sede desafiaram aqueles que escarneceram de Deus e ofenderam a sua santidade. Deus esperava do povo o arrependimento e o desejo de buscar a santidade. O povo, porém, apenas expôs o desespero pelos confortos que já não encontravam mais. Também a miséria, a violência, a fome e as práticas pecaminosas foram intensificadas levando as pessoas ao lamento, porém sem arrependimento. As maldades do povo de Judá testificavam contra eles. Diante disso, Jeremias mais uma vez ora reconhecendo os seus pecados e os do povo, pedindo a Deus misericórdia.

A oração que Deus não ouve 

Quando fazemos nossas orações pedindo algo a Deus, esperamos que elas sejam respondidas. Contudo, nem sempre isso acontece e muitas orações ficam sem a resposta que almejávamos. Mas por que isso ocorre? São vários os motivos que impedem uma oração de ser atendida. Um exemplo claro desse fato é justamente o que estamos estudando aqui: por mais que Jeremias intercedesse, o juízo se cumpriu e o Império Babilônico foi o instrumento usado por Deus nesse momento lamentável da história humana. A oração ouvida por Deus é aquela que está em sintonia com a sua perfeita vontade. Lembremos: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). 

Muitas são as orações que não são atendidas por Deus. Alguns dos motivos para que isso ocorra são: pedir mal ou movido por razões egoístas (Lc 11.33); não ter chegado o tempo de Deus (Ec 8.6); orarmos sem fé (Tg 1.6-8); mesmo orando, permanecer no pecado (Jo 9.31); orarmos de forma indigna (Ml 1.7-9); entre tantos outros. O Pai deseja atender ao clamor de seus filhos, entretanto é preciso que estejamos envolvidos pela sua presença. Deus não quer apenas dar uma bênção; Ele quer que gozemos de sua presença e vivamos cheios do Santo Espírito. Assim como nos dias de Moisés (Êx 33), a presença de Deus continua sendo infinitamente melhor do que todas as bênçãos que Ele pode nos conceder. Precisamos ter essa verdade sempre vívida em nossa mente: o melhor de Deus é a sua presença aconchegante em nossas vidas.  

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - A história de Davi e Golias - Berçário.

 

Lição 06 - A história de Davi e Golias 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Ensinar às crianças sobre a coragem de Davi ao enfrentar o gigante Golias.

É hora do versículo: “[...] eu vou contra você em nome do Senhor Todo-Poderoso [...]” (1 Samuel 17.45).

Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi. O Papai do Céu deu força e coragem a Davi para ele vencer o gigante e salvar todo o povo. Repita para as crianças que o Papai do Céu também ajuda o menino e a menina. 

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças fazerem um círculo em volta do menor e um  X sobre o maior personagem. Repita o nome do menino Davi com os bebês e do gigante Golias com os bebês. Mostre na imagem o Golias e diga "gigante, grandão" e mostre Davi e diga: "menino, pequeno".

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável da Revista Berçário


Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu me Dá Alegria - Maternal.

 

Lição 6 - Papai do Céu me Dá Alegria 

1º Trimestre de 2021

 

Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Deus nos dá alegria. 

Para guardar no coração: “Batam palmas de alegrias [...].” (Sl 47.1)

É hora de preparar-se
“A alegria do Senhor é a nossa força”. Quanta verdade há nesta declaração! Quando temos o coração jubiloso, até o nosso passo torna-se lépido. A alegria do Senhor aumenta-nos a eficiência. À medida que a alegria do Senhor permeia-nos a alma, as nossas forças físicas e espirituais vão sendo renovadas. A alegria do Senhor é aquele bem-estar permanente e interior; aquele regozijo que não depende de circunstâncias favoráveis, e que nada nem ninguém pode tirar (Jo 16.22). Aquele ânimo que nos leva a salmodiar a Deus e a sorrir, “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide...” (Hc 3.17). Não se trata dessa alegria artificial e passageira das festas e dos programas humorísticos, mas de um sentimento que vem como resultado natural da nossa salvação; é a ação do Espírito Santo em nós, testificando que Deus está no controle, e renovando-nos a coragem e a esperança. A alegria é remédio que aformoseia o rosto e impede a sequidão dos ossos (Pv 15.13; 17.22). Ela cura não só o espírito, como também o corpo” (Marta Doreto). 

Perfil da criança do maternal
“As crianças parecem ter o dom da alegria. Certamente possuem um dom concedido por Deus, que as torna capazes de brincar nas circunstâncias mais adversas. Observou-se que mesmo nos campos de concentração nazistas, esfomeadas e maltratadas, as crianças ainda arranjavam meios de divertir-se. Como afirma o autor Claudionor de Andrade, “Têm as crianças uma reserva de energia tão inesgotável, que são capazes de entregar-se aos seus jogos e folguedos do arrebol ao entardecer”. Acerca do mesmo tema, escreve Toulet: “As crianças vivem intensamente embriagadas: embriagadas de vida”. Se isto se aplica às crianças em geral, quanto mais às do maternal, que se acham na fase do comer e dormir, para depois despender a energia acumulada!

Se o brilho de uma criancinha se apaga, alguma coisa está errada; algo muito doloroso ou sujo atingiu-lhe a alma. Possam os professores do maternal serem usados por Deus para alimentar cada vez mais, nesses coraçõezinhos, a chama da verdadeira alegria – a alegria da salvação” (Marta Doreto). 

Bem-vindos!
“Leve para a classe uma colher de pedreiro, e mostre-a aos alunos, à medida que forem chegando. Pergunte se já viram esta ferramenta, se sabem o que é e para que serve. Explique a utilidade da colher de pedreiro, e diga que hoje vão ouvir a história de um homem que construiu um muro. (Na falta de uma colher, um tijolo servirá para introduzir o assunto)” (Marta Doreto).

Oficina de ideias
“Distribua blocos de madeira ou plástico, ou caixas vazias de remédio, fósforo, etc, para que os alunos empilhem, como se estivessem construindo um muro. Recorde as dificuldades de Neemias e do povo de Deus para reconstruir os muros de Jerusalém (os inimigos que se opunham, zombando e ameaçando, o cansaço normal do trabalho, etc.), e como a alegria do Papai do Céu os fortalecia para continuarem o serviço, até o muro ficar pronto” (Marta Doreto).

Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Neemias 12.27-43. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Na Casa do meu Amigo eu Agradeço - Jd. Infância.

 

Lição 6 - Na Casa do meu Amigo eu Agradeço 

1º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão desenvolver um espírito de gratidão a Deus; e saber que devemos agradecer a Deus por tudo que Ele nos dá.

É hora do versículo: “e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões” (1 Ts 5.18).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Ana, que depois de pedir um filho ao Papai do Céu e reconhecer a soberania divina em sua vida, ela voltou para agradecer o lindo filho que o Papai do Céu lhe deu. Assim também devemos nós reconhecer que só o Papai do Céu é poderoso para nos ajudar, confiar nEle e pedir só a Ele e depois agradecer por tudo o que Ele nos dá. E a igreja, a casa do Papai do Céu, é o melhor lugar para isso!

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com imagem sugerida para o cartaz do versículo bíblico. Esta mesma folha serve para reforçar o versículo e também para a criança colorir. Incentive seus alunos a recitarem o versículo do dia e serem agradecidos ao Papai do Céu em tudo. Enumere com as crianças algumas situações de livramentos, curas, bênçãos materiais e espirituais que elas tenham vivenciado. Façam uma oração agradecendo a Deus por todas elas.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável pela Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Rute, a Heroína Altruísta - Primários.

Lição 6 - Rute, a Heroína Altruísta 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus abençoa os heróis que fazem o bem semesperar nada em troca.

Ponto central: Fazer o certo apenas pela recompensa não é ser bondoso, mas sim,interesseiro.

Memória em ação: “ [...] fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes [...] ” (Lc 6. 35,ARC).

Querido (a) professor (a), muitas crianças aprendem desde cedo, até mesmo dentro decasa, o que é chantagem, métodos de troca na educação, ação e recompensa, etc. Ainda muito novas já reproduzem essa máxima capitalista de fazer para obter, desenvolvem habilidades dechantagem emocional para conseguirem o que desejam, etc. Por isso, o Ponto Central e Objetivo da nossa próxima aula são tão importantes de já serem trabalhados nesta faixa etária. Ore pela sua turma previamente e peça para que o Espírito Santo lapide, molde e crieem cada criança um coração genuinamente bom e altruísta à imagem do de Jesus Cristo.

Ao longo de toda a aula explique e reforce aos primários, quando cabível com exemplos,a diferença entre atitudes de bondade e ações interesseiras.

Propomos aqui uma dinâmica que além de aguçar a curiosidade e estimular a leitura ebusca pelo conhecimento pode ser muito divertida e inspirar esses pequenos para a vida toda.

Você só precisará levar um dicionário. Apresente-os, explique para que servem osdicionários, que todas as línguas e idiomas têm, e mostre como funciona. Deixe que alguns alunos escolham uma palavra que gostam ou achem engraçada ou difícil para outrocoleguinha, com a sua ajuda, procurar.

Após ensiná-los a utilizar o dicionário peça para um voluntário procurar a palavra “altruísmo”. Você pode escrever num quadro a fim de que eles visualizem como se escreve corretamente. Marque o nome e tempo que o aluno levou para encontrar (essa atividade pode ser feita em duplas, a fim de que um ajude o outro).

Quando encontrarem, escreva o tempo da dupla no quadro e leia o significado desta palavratão bonita, explique na linguagem deles, tudo o que achar necessário, sempre se certificandode que todos compreenderam.

Você pode fazer o mesmo com palavra sinônimas para as próximas duplas, tais como:bondade, abnegação, beneficência, filantropia, generosidade, desapego, desprendimento,caridade, humanitarismo, magnanimidade, desambição, renúncia, desinteresse,longanimidade... De acordo com o número de duplas e tempo disponível.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos

Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Alegrias e Felicidades - Adolescentes.

 

Lição 6 - Alegrias e Felicidades 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: Filipenses 4.4-13

Destaque: “Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor! Repito: tenham alegria!” (Fp 4.4)

Objetivos
Definir o que é alegria;
Mostrar que a alegria cristã não deve estar baseada em circunstância;
Enfatizar o contentamento como forma de triunfo sobre todas as coisas.

Querido professor (a),

A Paz do Senhor Jesus!

Nesta semana vamos estudar com os adolescentes um tema muito importante: o segredo da felicidade. Na carta paulina aos filipenses, o apóstolo destaca que o contentamento é um caminho de satisfação pessoal e triunfo sobre as dificuldades da vida.

Após a ministração do conteúdo da revista, sugerimos a seguinte reflexão para o encerramento da aula:

A ALEGRIA

Os crentes podem sentir profundo contentamento, serenidade e paz não importa o queaconteça. Essa alegria vem de conhecer a Cristo e de depender da força que vem dEle, e nãoda nossa.

A alegria não vem de circunstâncias externas, mas do nosso interior. Como cristãos nãodevemos confiar naquilo que temos ou que experimentamos para sentir alegria, mas no Cristoque habita em nós. A alegria do Cristão é maior do que suas provações.

[Então, proponha aos alunos as seguintes perguntas e crie um ambiente seguro para que elescompartilhem seus pensamentos à vontade.]

1. Com base nas circunstâncias da vida de Paulo e no conteúdo da carta aos Filipenses,como você pensa que o apóstolo descreveria essa alegria?

2. Como um cristão pode encontrar alegria em circunstâncias aparentemente infelizes?

3. Se um amigo cristão lhe perguntasse “Como posso encontrar alegria no Senhor se avida parece ser tão injusta”, o que você me diria?

4. Como você pode encontrar alegria em Jesus durante esta semana?

Através dessa conversa informal, você poderá avaliar a eficácia do aprendizado dos conceitos essenciais desta lição. Finalize reforçando os princípios ensinados.

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD

Fonte: Bíblia do Estudante de Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1365.

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Igreja: Expressão do Reino de Deus - Juvenis.

 

Lição 6 - Igreja: Expressão do Reino de Deus 

1º Trimestre de 2021

Esboço da Lição
1. É CHEGADO O REINO DE DEUS
2. A IGREJA COMO AGENTE DO REINO DE DEUS
3. IGREJA: PORTADORA DAS VIRTUDES DO REINO DE DEUS

Objetivos
Descrever o que significa Reino de Deus;
Discutir sobre o papel da Igreja como agente do Reino de Deus;
Refletir sobre as virtudes do Reino de Deus.

Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos enfocar a Igreja como a expressão vivado Reino de Deus na Terra. Ao refletir sobre o caos político, econômico e social ao qualnosso país se encontra, até mesmo o menos religioso reconhecerá que não há solução humana capaz de transformar todo este cenário.

O nosso povo geme, é tanta violência, corrupção, desigualdade e injustiça social, enquanto nossos governantes só utilizam palavras e promessas vazias de ações em prol dos cidadãos. A Igreja não pode entrar nessas comunidades procedendo da mesma maneira, apenas com a letra e belas palavras, mas sem o Espírito de amor e prática de boas obras que verdadeiramente proclamam o Reino de Deus.

O Mestre dos mestres, Jesus Cristo, fornecia o alimento espiritual, mas também provia opão aos famintos; anunciava a restauração do espírito, mas também curava o corpo; anunciava a Lei, mas também agia e a praticava com graça; falava do amor do Pai, mas também o demonstrava em atitudes, especialmente aos que eram odiados, desprezados, excluídos pela sociedade (Mc 2.17).

O Reino de Deus, portanto, fala de mudanças, da implantação de um padrão de moraldiferente do praticado no reino do mundo. Sob essa perspectiva, analise com sua turma secada um, individualmente, tem vivido de forma a proclamar este Reino, implementando a Justiça dele, a começar pelo seu exemplo de vida.

Sugerimos que ao final da aula você peça que cada aluno escreva em um pedaço de papel oque considera que mais tem sido um empecilho para viver de acordo com os padrões moraisdeste Reino: seja um pecado; defeito; até mesmo desinteresse; um problema familiar; lutapessoal, etc. Assegure-os que ninguém precisa se identificar no papel. Todos deverão colocá-los em um recipiente para que a cada aula vocês orem juntos por essas questões e você também interceda por cada uma delas, separadamente.

Incentive-os para que ao decorrer do trimestre compartilhem seus testemunhos acerca doque foi apresentado ao Senhor, como um pedido de ajuda para ser um proclamador de seu Reino na Terra.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis 

sábado, 30 de janeiro de 2021

Lição 05 - 1º Trimestre 2021 - Fruto do Espírito: o Eu Crucificado - Adultos.

 

Lição 5 - Fruto do Espírito: o Eu Crucificado 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE
II – DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO
III – O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Demonstrar que o Fruto do Espírito é um dos temas mais vibrantes da vida cristã.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Conceituar o Fruto do Espírito;
II – Distinguir e relacionar Fruto do Espírito e dons espirituais;
III – Conscientizar que o Espírito se opõe à Carne.

PONTO CENTRAL
O Fruto do Espírito tem como fonte o próprio Espírito Santo.


Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre O Fruto do Espírito na Vida do Crente

Não é por acaso que o tema sobre o fruto do Espírito aparece em Gálatas. As igrejas da Galácia viviam uma experiência que o assunto exigia. Os opositores de Paulo na região eram os legalistas dentre os judeus que se juntaram ao grupo de Jesus, os chamados judaizantes,2 mas que não abriram mão de certas práticas judaicas, como a circuncisão, o khasherut3 e a guarda do sábado entre outros rituais. Eles ensinavam que os gentios convertidos à fé cristã deviam observar a lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1, 5). É a doutrina da salvação por meio das obras defendida pelas religiões não cristãs e por alguns ramos da religião cristã. O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que o ser humano é completamente incapaz de se salvar, incapaz de ir ao céu, à presença de Deus, por sua própria bondade e força. Jesus deixou isso claro quando disse: “porque sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15.5). O orgulho humano faz que a pessoa se rebele contra a sentença de Deus. Tais pessoas se ofendem porque Deus não aceita seus esforços pessoais como condição para a salvação. Os membros do corpo de Cristo praticam as boas obras porque já são salvos e não para serem salvos. A proposta disseminada pelos judaizantes era a fé em Jesus e mais as obras da lei, a morte de Jesus não é suficiente para a salvação e por isso precisava de um reforço adicional. Era essa forma de doutrina que estava sendo divulgada na Galácia. Tão logo Paulo retornou de sua viagem missionária ficou sabendo que os irmãos da Galácia estavam agora envolvidos com essa doutrina legalista, e isso o deixou estupefato e atônito: “Estou muito admirado com vocês, pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho” (Gl 1.6 - NTLH). O verbo grego metatísth¯emi, “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca”, era usado na antiguidade quando alguém desertava do exército ou quando se rebelava contra ele. Significa também mudança de partido político, de filosofia e de religião. Em outras palavras, aqueles irmãos estavam abandonando a fé. O apóstolo usa a palavra grega heteros, que significa “outro”, de natureza diferente, que não é a mesma coisa que allos, que quer dizer “outro”, mas de mesma natureza. Isso afasta a hipótese de que o evangelho pregado pelos seus opositores seja meramente um evangelho “corrompido, distorcido ou pervertido”, mas outra coisa, coisa ainda pior. Ele foi categórico ao chamar a doutrina desses legalistas de “outro evangelho” (Gl 1,8,9), isto é, sem vínculo com o Cristo ressuscitado, revelado no Novo Testamento. 

Então, esses falsos doutrinadores estavam levando os membros das igrejas da Galácia a buscar a retidão por meio de esforço próprio, por si mesmos, quando, na verdade, o apóstolo os havia ensinado que a retidão é uma dádiva concedida por Deus em Cristo por ocasião da conversão (Gl 3.2, 5). O Espírito Santo renova todas as pessoas que vêm a Jesus e coloca nelas o desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus. O fruto do Espírito é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um desenvolvimento natural de crescimento espiritual. Ele surge paulatinamente dentro de cada crente como resultado da regeneração do Espírito Santo de forma instantânea e também gradativa por meio do crescimento na graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação. Os gálatas receberam esse ensino desde o início, quando o apóstolo esteve com eles. Eles ouviram isso na pregação de Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41). 

O que estava acontecendo nas igrejas da Galácia é típico de comunidades religiosas legalistas. “A religião legalista frequentemente gera desavença e competição espiritual; é egocêntrica e motivada somente pela carne, ou seja, pelo ego (Gl 5.13-15, 19-21).”4 Esse é o retrato das igrejas galacianas. Mas, a mensagem apostólica que vale para todas as épocas e em todos os lugares continua atual: “Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16). “Viver no Espírito” é uma expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e santidade, para a glória de Deus (Ef 5.9, 10; Fp 1.11; Cl 1.10).Segue a lista com nove virtudes: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22, 23 - ARA). Não se trata de uma lista exaustiva. Essas nove virtudes contrapõem as obras da carne mencionadas nos vv. 19-21, de modo que tanto as virtudes como as “obras da carne” são representativas. As palavras “e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.21); “Contra tais coisas não há lei” (v. 23 - TB) indicam a existência de outros pecados e outras virtudes. Há outras listas do fruto do Espírito (Rm 12.9-21; Cl 3.12, 13). Assim como cada lista dos dons espirituais foram para situações específicas para aplicação conforme o contexto, da mesma forma, a lista do fruto do Espírito segue essa mesma estrutura (Gl 5.15, 26). Esta questão não está clara na maioria dos teólogos e expositores bíblicos pentecostais. Alguns expositores estranham o fato de Paulo contrapor “as obras da carne” (v. 19) com o “fruto do Espírito” (v. 22), singular, quando era de se esperar “frutos”. Há diversas explicações sobre esse detalhe. Segundo o pastor Antônio Gilberto, “O uso da forma singular fruto em Gálatas 5.22 sugere a unidade e harmonia do caráter do Senhor Jesus Cristo, as quais são reproduzidas no crente mediante as nove qualidades do fruto do Espírito Santo vistas na citada referência”.5 Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento, o singular mostra a unidade essencial do fruto do Espírito: “o crente cheio do Espírito deve demonstrar todas as características do Espírito, não apenas esta ou aquela virtude”.6 Alguns expositores bíblicos pulam essa parte. Para Gordon Fee, Paulo não tinha esse contraste em mente, mas “imaginava o fruto como um ramalhete com flores de características diversas formando um conjunto”.7 O missionário Eurico Bergstén compara esse singular com uma flor de nove pétalas e também ilustra o “fruto” como uma laranja e seus gomos. O “fruto” que aparece logo em seguida é o amor (caridade), diz o missionário, as outras virtudes seguintes são os reflexos do amor.8 A forma singular sugere que nessas virtudes se produz a unidade de caráter de Cristo, as nove graças mencionadas em Gálatas 5.22, todas elas em contraste com as confusões das obras da carne. É o fruto individualizado. Donald Gee chama essas graças ou virtudes de modalidades do fruto.9 A maioria dos teólogos e expositores bíblicos pentecostais usa com frequência o número nove para as virtudes mencionadas em Gálatas 5.22, mas não deixa claro se é uma referência apenas ao v. 22 ou a ideia de uma lista completa. Gordon Fee é direto: “É um engano referir-se a essa lista como o fruto de nove facetas. A lista não tem o propósito de ser exaustiva, mas representativa, exatamente como a lista precedente de pecados, em Gálatas 5.5-21”.10 O mais importante é que cada membro do corpo de Cristo conheça o significado do “fruto do Espírito” e viva essa realidade. É verdade que vida abundante brota do Espírito, mas não cresce naturalmente, precisa ser cultivada, a Bíblia não ensina um modo de vida passivo. Vivemos essas coisas porque somos salvos e não para sermos salvos.


2 Palavra proveniente do verbo grego ioudaizo, “viver como judeu” (Gl 2.14).
khasherut são preceitos dietéticos estabelecidos na lei de Moisés, prescrições judaicas tradicionais acerca do ritual e dos preparativos de alimentos e refeições. O termo vem da palavra hebraica khasher, cuja ideia é: “apropriado para comer, limpo”. 
4 KEENER, Craig S. O Espírito na Igreja – O que a Bíblia ensina sobre os dons. São Paulo: Vida Nova, 2018, p. 83. 
5 GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito – A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 10. Essa obra é uma das mais completas sobre o fruto do Espírito, publicada originalmente em inglês, nos Estados Unidos em 1984, sob o título, Abundant Living.
6 FRENCH, Arrington L. e STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1182.
7 FEE, Gordon D. Paulo, o Espírito e o Povo de Deus. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 147.
8 BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.108. 
9 GEE, Donald. Ibidem, p. 57. 
10 FEE, Gordon D. Ibidem, p. 145.  


 

Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Lição 05 - 1º Trimestre 2021 - A história de Rute - Berçário.

 

Lição 05 - A história de Rute 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Demonstrar através das atividades e exposições, que devemos sempre ajudar uns aos outros.

É hora do versículo: “[...] Deixe que eu vá até as plantações para catar as espigas [...]” (Rute 2.2).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Rute, que o Papai do Céu abençoa as pessoas que gostam de ajudar. As crianças podem ajudar a mamãe guardando seus brinquedos depois de brincar com eles.

E nessa história os bebês saberão que Rute saía para catar espigas para ela e sua sogra poderem se alimentar.

Imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a espiga de milho. Em seguida, distribua alguns grãos de milho para que colem na espiga. Diga que as espigas que Rute colhia para comer eram parecidas com essa da imagem. Cuide para que as crianças não coloquem os milhos no nariz ou na boca e se engasguem. Faça esta atividade depois de realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo.

licao5 milho bercario

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável da Revista Berçário

Lição 05 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu me Dá Inteligência - Maternal.

 

Lição 5 - Papai do Céu me Dá Inteligência 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que a inteligência é um presente de Deus. 

Para guardar no coração: “[...] É Ele quem dá sabedoria aos sábios [...].” (Dn 2.21)


Bem-vindo
“Ao receber cada aluno, faça-o sentir-se especial e amado. 

Convide as crianças a usar a inteligência que o Papai do Céu nos dá, e aprender um cântico bem bonito para louvá-lo. Cante o corinho sugerido para a aula de hoje.

Sugestão de oração

“Papai do Céu, obrigado pela inteligência e a sabedoria que o Senhor me dá. Com elas, eu posso aprender a Bíblia e muitas outras coisas! Em nome de Jesus, amém”. (Marta Doreto)

Pense...
“Quando o império babilônico precisou de homens cultos, que governassem ao lado do rei, os escolhidos para os cargos foram os jovens “instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento” (Dn 1.4). Não pense que a coisa está mais fácil hoje; ao contrário, o mercado de trabalho está cada vez mais exigente, requerendo profissionais especializados. Terá mais chance quem estiver melhor preparado.

Há quem diga que o estudo mata a espiritualidade, mas tal idéia não encontra respaldo na Bíblia. Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios — língua, escrita, tecnologia, etiquetas da corte, política, estratégias de guerra, etc (At 7.22). Entretanto, esse homem preparadíssimo foi fiel até o fim. Ao mencionar o seu preparo intelectual, a Bíblia destaca também a sua fé e fidelidade (Hb 11.23-27). Além disso, todo o seu saber foi colocado à disposição de Deus, e os seus conhecimentos ajudaram-no a conduzir os israelitas através do deserto. Portanto, leve a sério os seus estudos; dedique-se a ler e estudar. E acima de tudo, conte com Deus e busque sua bênção para os seus estudos” (Marta Doreto). 

Perfil da criança do maternal
“Afirmam os especialistas que uma criança desta faixa etária aprende mais através das emoções que pelos processos da mente. Então, faça de suas emoções um recurso para o aprendizado. Alcance-lhes a mente e o coração através de cânticos vibrantes, histórias cheias de suspense, e com um clímax realmente tocante. Coloque na sua voz e nas expressões corporais e faciais toda a emoção dos personagens da história. Nada é demasiadamente exagerado para a turma do maternal.” (Marta Doreto)

Sugestão para o versículo
Faça dois retângulos de cartolina de cor alegre, de aproximadamente 45 x 25 cm. Una os retângulos, colando três lados, formando uma espécie de envelope horizontal. Decore o envelope com figuras de lápis coloridos, a fim de que pareça uma caixa de lápis de cor. Com retalhos de cartolina de cores vivas e variadas, faça seis lápis de vinte centímetros de altura por sete de largura. Faça cada lápis com duas lâminas de cartolina coladas uma à outra, para que fiquem firmes. Em cada lápis, escreva uma palavra do versículo. Na “caixa”, escreva a referência. Ao memorizar o versículo, vá tirando os lápis um a um, e depois torne a guardá-los da mesma forma. Repita a operação quantas vezes forem necessárias. Depois embaralhe os lápis, e deixe que alguns voluntários os coloquem na ordem certa, dentro da caixa.

Explicação do versículo: A Bíblia está dizendo que é o Papai do Céu quem nos dá sabedoria. Nós precisamos de sabedoria e inteligência para aprender as coisas e para fazer tudo certinho. Você já sabe escovar os dentes sozinho? Que bom! Isto significa que você tem inteligência e sabedoria. Você entende a história bíblica que a tia conta, e aprende o versículo, porque é inteligente. É o Papai do Céu quem lhe dá inteligência e sabedoria. E agora, vamos usar a inteligência que o Papai do Céu nos dá para aprendermos o versículo da Bíblia. (Mostre o visual e memorize o verso). (Marta Doreto)

Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Daniel 1.1-21. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 05 - 1º Trimestre 2021 - Na Casa do meu Amigo eu Ajudo - Jd. Infância.

 

Lição 5 - Na Casa do meu Amigo eu Ajudo 

1º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão identificar a unidade entre os irmãos; e buscar querer ajudar os irmãos. 

É hora do versículo: “Se alguém lhe pedir alguma coisa, dê; e, se alguém lhe pedir emprestado, empreste” (Mt 5.42).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história dos primeiros cristão pertencentes à Igreja Primitiva, que a união de todos no partir do pão e nas orações, faziam com que todos fossem muito abençoados.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a palavra AJUDA escrita nela. Entregue para as crianças decorarem a palavra. Incentive seus alunos a serem ajudantes na obra do Senhor, ajudar as pessoas idosas, doar aquilo que não estiver mais usando, desde que esteja em bom estado.

Sobre a seção FIXANDO A APRENDIZAGEM, observe que a intenção dessa atividade é reforçar a importância de um ajudar o outro. Caso contrário, a brincadeira não terá sucesso. Assim é na igreja e na vida, sempre um ajudando o outro para termos sucesso em tudo que nos propormos fazer. 

licao5 ajuda jardim


Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável pela Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 1º Trimestre 2021 - Abigail, a Heroína que Deus Tornou Rainha - Primários.

 

Lição 5 - Abigail, a Heroína que Deus Tornou Rainha 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus abençoa quem promove a paz e não brigas.

Ponto central: Os filhos do Príncipe da Paz são pacificadores e muito abençoados.

Memória em ação: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mt 5.9).     

Querido (a) professor (a), em meio a um momento tão bélico e caótico em nossa sociedade, há ainda maior urgência de anunciar o genuíno ensino de Jesus de sermos pacificadores, isto é, pessoas que trabalham pela paz. Com tanto discurso de ódio, muitas vezes vindo até de pessoas que se dizem cristãs, nós somos convocados pelo Senhor a nos levantarmos como pacificadores em nossa geração (Cf. Mt 5.9).     

Não basta apenas dizermos que desejamos a paz, precisamos diariamente promovê-la, trabalhar por ela, em palavras, evidentemente, mas, sobretudo com ações. Uma delas é esta de ensinar, desde já, a estes pequeninos a serem verdadeiros emissários do Senhor na Terra, semeando seu amor e sua paz, que excede todo entendimento (Cf. Jo 14.27; Fp 4.7).     

Que grande privilégio você tem de ensinar algo tão nobre e necessário da Palavra de Deus para os seus primários! E, como sempre reforçamos aqui, não há forma mais eficaz de ensinar do que com o exemplo. Conforme frisa Provérbios 22.6, não basta “apontar o caminho”, dizer o que é certo; é preciso instruir “andando” nele.     

Propomos que após o momento de memorização do versículo, com a atividade proposta em sua revista, você pergunte para as crianças alguns exemplos, situações, formas que podemos ser pacificadores, ou seja, maneiras de fazer algo em prol da paz: ajudar amiguinhos que estão “de mal” a voltarem a se falar; falar do amor de Deus para as pessoas brigonas, etc.     

Em seguida, havendo tempo hábil, como sugerimos na sessão “Oficina Criativa”, permita que eles mesmos confeccionem suas bandeiras em TNT branco. Ofereça materiais que você tenha disponível para que enfeitem com criatividade, da maneira que cada um desejar, mas todas precisam ter o versículo aprendido hoje: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mt 5.9).     

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 04 - 1º Trimestre 2021 - Raabe, a Heroína que Salvou sua Família - Primários.

 

Lição 4 - Raabe, a Heroína que Salvou sua Família 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno decida, em seu coração, servir ao Senhor com a sua família.

Ponto central: Precisamos compartilhar a nossa fé para a salvação da nossa família.

Memória em ação: “[...] eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor” (Js 24.15).

Querido (a) professor (a), você gosta de histórias de superação?! Provavelmente já vivenciou algumas, não é mesmo?! Tente se lembrar, trazer à memória o que hoje pode lhe dar esperança (Cf Lm 3.21). Tudo parecia perdido, sem perspectiva, quase que predestinado ao fracasso. Parecia! Até o Deus Todo-Poderoso entrar na história. Essa é uma das muitas características marcantes do Altíssimo. Que autor magnífico! Quando você acha que está tudo acabado, Ele age e transforma esse fim no mais belo e abençoado recomeço.

Quantos não foram os personagens bíblicos a experimentarem isto?! O próprio Adão e Eva, que após pecarem poderiam ser exterminados, marcando o fim da raça humana. Noé, em meio a uma geração decadente e cruel que caminhava apressadamente à perdição. Abrão, que tinha tudo para viver e morrer na sua terra, estéril, sem virar o pai de “constelações”. José, traído e vendido como escravo, que sem uma poderosa intervenção divina teria morrido esquecido na prisão. Moisés, que caminhava para ser o braço direito de Faraó, ampliando o império egípcio à custa da escravidão dos hebreus... 

A esta altura, você certamente já lembrou de outros. Mas uma das histórias de virada mais impactantes da Bíblia é a de uma estrangeira, prostituta que não apenas teve sua vida preservada em meio a um extermínio completo da sua cidade, mas ainda veio a se tornar uma das duas únicas mulheres mencionadas na genealogia do grande Messias, o nosso Salvador. Que virada! Soaria como absurda loucura para muitos. Uma afronta para outros. Impossível para todos. Contudo, possível e realizado pelas mãos do Senhor. E é dessa heroína que vamos falar na nossa próxima aula.

Permita que a rica mensagem da Palavra de Deus sobre a vida e família de Raabe ministre primeiro à sua. Se para você há alguma área que parece não ter mais solução, algum fracasso que parece incontornável, desafio insuperável, sonho inalcançável, família irreparável, creia que o Deus que realizou o impossível na história de Raabe, é o mesmo que pode operar na sua! Recobre o ânimo! Erga seus olhos a esse Escritor que tem todo poder, amor e prazer de mudar o rumo da sua história, reconstruir qualquer ruína, ressuscitar qualquer projeto, restaurar sua família, fazer brotar rios no deserto, Ele é o Deus que criou TUDO do NADA! O caos para Ele é só matéria-prima.

Que esta próxima aula seja para você um tratar do Pai, um renovo da sua fé e esperança. Enquanto você cuida da obra e pequeninos dEle, esteja certa que Ele está cuidando de você e dos seus!

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula. 

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 04 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que choram - Juniores.

 

Lição 4 - Felizes os que choram 

1º Trimestre de 2021.

Texto bíblico: Lucas 6.21b; Mateus 26.69-75.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos estão convidados a aprender sobre a importância de um arrependimento sincero. O Senhor promete consolar a todos os que choram, a trazer novamente alegria a todos os tristes de Sião, conforme afirma o profeta Isaías (cf. Is 61.1-3). A promessa de consolo é destinada a todos os que se apresentam diante de Deus com sincero arrependimento. O choro não é uma demonstração para Deus de que o pecador está verdadeiramente arrependido e nem deve ser usado para tal objetivo, antes é a consequência de um quebrantamento que já aconteceu no coração arrependido.

Há muitas crianças que tentam convencer seus pais de que estão arrependidos por meio do choro, mas os pais que conhecem seus filhos sabem que o verdadeiro arrependimento conduz a uma mudança de atitude, de comportamento. Da mesma maneira o Senhor conhece os seus servos e sabe quando o choro é sincero. Ele deseja consolar toda e qualquer tristeza que alcançar o coração de seus servos, mas espera também que reconheçam seus pecados quando, de fato, errarem.

O Senhor Jesus prometeu que após a sua ascensão enviaria o Espírito Santo, também chamado de Consolador, a fim de que estivesse conosco sempre para nos orientar e confortar durante a caminhada na fé. Esta é uma oportunidade para você ensinar seus alunos a confiarem no amigo que está presente em todos os momentos. Ele é quem nos conforta nas horas mais difíceis.

A. Um arrependimento sincero. A Palavra de Deus nos ensina que Deus sonda o nosso coração e conhece o que se passa dentro dele. Não há nada encoberto aos olhos do Senhor, nem pensamentos nem sentimentos estão ocultos diante dEle (cf. 139.1-13). Na história de hoje, encontramos Pedro vivendo um dos momentos mais difíceis da sua vida. Mesmo após ser alertado pelo Senhor de que seria tentado a negá-lo três vezes antes de o galo cantar, Pedro não vigiou e acabou pecando contra o seu melhor amigo (cf. Mt 26.33-35,69-75). A Bíblia descreve que Pedro chorou amargamente por haver negado o Filho de Deus. Mas após este episódio, ele se arrependeu profundamente e tornou a obedecer a voz do Mestre: “apascenta as minhas ovelhas” (cf. Jo 21.15-17). A atitude de Pedro revela que ele não apenas chorou amargamente como prova do seu sincero arrependimento, mas também demonstrou um comportamento diferente daquele que antes demonstrara. Pedro amava o Senhor Jesus e desejava honrá-lo na mesma proporção. Ele fizera isso cumprindo a missão que lhe foi outorgada pelo Mestre: apascentar as suas ovelhas. Aprendemos com Pedro que toda a vez que nos arrependemos e trabalhamos pelo bem do próximo, também estamos demonstrando uma mudança sincera e obediente a Deus.

B. O Senhor deseja transformar a tristeza em alegria. A Palavra de Deus apresenta uma promessa firme para todos aqueles que confiam no Senhor: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados” (cf. Mt 5.4). O Senhor deseja transformar a nossa tristeza em alegria e, para isso, prometeu enviar o Consolador para nos confortar, fortalecer e alegrar o coração. Há muitas pessoas tristes porque não têm um amigo para conversar, alguém para dividir uma dificuldade ou mesmo para desabafar. Mas o Espírito Santo é o amigo de todas as horas, Ele está disponível a ajudar todos os que confiam em Jesus Cristo como Salvador. Ele não nos salva somente da morte eterna, mas também nos livra das calamidades e situações difíceis que pensamos não haver saída. Pedro recebeu uma segunda chance do seu melhor amigo. Tudo o que ele precisava fazer era se arrepender de todo o seu coração e crer que o Mestre cumpriria a sua promessa de que não deixaria seus discípulos sozinhos (cf. Mt 28.20). Depois de reencontrar com Jesus, Pedro reconheceu que precisava amar e dedicar a sua vida completamente ao Senhor. Da mesma maneira, quando nos arrependemos dos erros que cometemos, devemos dedicar nossas vidas integralmente ao Senhor, crendo que o pecado ficou para trás e que o Senhor torna nova todas as coisas (cf. 2 Co 5.17).

Considere a história bíblica de hoje e apresente-a aos seus alunos como um exemplo de verdadeiro arrependimento. Mostre aos seus alunos que, assim como Pedro recebeu uma nova chance de fazer o que é correto, o Senhor também concede uma nova oportunidade a cada um de nós de tornarmos a fazer a sua vontade. E para fixar o ensinamento da aula de hoje, prepare cartões com frases expressam os erros cometidos por personagens bíblicos e cartões com frases que mostram o seu arrependimento. Prenda fita adesiva no verso do cartão e fixe no quadro aleatoriamente. Os alunos deverão organizar, lado a lado, o nome do personagem, seu comportamento antes da fé e seu comportamento depois da fé. Você pode utilizar outros nomes que achar interessante.

Mentiu para seu pai e seu irmão — JACÓ — se arrependeu e pediu perdão ao irmão.

Foi um rei idólatra — MANASSÉS — se arrependeu e reedificou o altar do Senhor. 

Negou Jesus — PEDRO — se arrependeu e declarou seu amor pelo Mestre.

Perseguia os cristãos — PAULO — pregou o evangelho, sofreu prisões e açoites, mas cuidou da igreja.

Foi incrédulo — TOMÉ — creu no Senhor Jesus e persistiu na pregação do evangelho.

Boa aula!

Lição 04 - 1º Trimestre 2021 - Já sou Independente? - Pré Adolescentes.

 

Lição 4 - Já sou Independente? 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Provérbios 29.15; Lucas 15.11-24.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que ainda não são independentes. Apesar de não serem mais crianças, e nem devem ser tratadas como tais, ainda assim precisam entender que a independência completa virá apenas na fase adulta e, com ela, as responsabilidades. Enquanto esse momento não chega, é preciso compreender que devem ser submissos aos seus pais e responsáveis. Pode até parecer incômodo o fato de terem de prestar contar do que fazem ou mesmo aceitar o limite que lhes são impostos. Todavia, o que estão aprendendo nesta fase da vida será fundamental para que se tornem pessoas disciplinadas e responsáveis na juventude e na fase adulta.

Muitos adultos, nos dias atuais, são frágeis, inseguros, não sabem ter a iniciativa para resolver problemas ou não conseguem arcar com os compromissos, justamente, porque não aprenderam a exercer seus deveres na adolescência. O problema de muitos pais é não perceberem que na hora da repreensão, seja um castigo ou mesmo uma advertência, devem explicar a seus filhos o motivo pelo qual estão sendo penalizados. A falta de diálogo ou explicação compromete o aprendizado e, muitas vezes, o aluno ou filho torna a cometer o mesmo delito. Não significa dizer que haverá resposta satisfatória para todas as ocasiões, mas o exercício da disciplina, certamente, aumentará a capacidade dos seus alunos entenderem os limites entre a dependência e a independência.

1. Uma fase de aprendizado e preparação. A fase que seus alunos estão vivenciando é de muitas mudanças e aprendizado. Para muitos, pode até parecer complexa demasiadamente, porém a orientação é fundamental para que aprendam a lidar com os limites e dificuldades. A submissão aos pais e responsáveis em casa é fundamental para que aprendam a respeitar os professores e colegas na escola, às autoridades de segurança, e saibam respeitar as regras impostas nos ambientes que frequentam. A disciplina é fundamental em qualquer época da vida, no entanto, pré-adolescentes que aprendem a respeitar os limites da independência tornam-se adultos mais equilibrados (cf. Pv 22.6). Infelizmente, nos dias atuais, o que mais encontramos são adultos que não respeitam às autoridades nem os limites da vida em sociedade, causas principais de tanta desordem no mundo. São pessoas mal educadas que, por conseguinte, criam filhos mal educados e originam um ciclo vicioso. Mas Deus espera algo melhor de seus filhos, que façam a diferença em meio a uma geração que não teme a Deus e compartilhem as verdades do evangelho a todas as famílias.

2. Os limites da responsabilidade. Muitos pré-adolescentes ou mesmo adolescentes reclamam que não têm a liberdade para fazer o que querem. Entretanto, este limite imposto pelos pais e responsáveis serve para consolidar a capacidade de lidarem com as regras da convivência em sociedade. Por isso é tão importante que se permitam serem moldados pela repreensão e disciplina que, muitas vezes, incomoda, porém servirão para ajustá-los ao equilíbrio adequado. Evidentemente que encontramos, em alguns casos, o extremismo de ambas as partes. Se por um lado há filhos que não querem ter limites e fazem o que bem entenderem, por outro, há pais super protetores de seus filhos. Os extremos são um grande problema, mas nada que a disciplina, seguida de um bom diálogo resolva (cf. Ef 6.4). Explicar por qual razão determinadas coisas devem ser, exige um esforço de pais e responsáveis, porém é o melhor caminho para que haja um bom relacionamento e obediência dos filhos. É preciso conversar sobre os motivos pelos quais os filhos e alunos precisam seguir regras ao longo da vida. Deus deseja sarar a forma como pais e filhos, alunos e professores se relacionam a fim de que o aprendizado seja sadio, o crescimento como cristão seja notório e todos possam contribuir de alguma maneira para que os valores Reino de Deus sejam compartilhados com as pessoas na sociedade.

Com a finalidade de consolidar o ensinamento desta aula, compartilhe com seus alunos histórias e notícias de adolescentes e jovens que, por não obedecerem a seus pais, trouxeram más consequências para suas vidas. Tome cuidado para não apresentar notícias que sejam muito além da capacidade de seus alunos entenderem. Você pode passar um filme cristão que esteja conectado a esta temática ou mesmo contar um testemunho. Convide os pais para assistir a atividade juntamente com seus filhos. 

Boa aula e que Deus abençoe o seu trabalho.

Lição 05 - 1º Trimestre 2021 - Efésios: A Carta da Fé, do Amor e das Virtudes - Adolescentes.

 

Lição 5 - Efésios: A Carta da Fé, do Amor e das Virtudes 

1º Trimestre de 2021

TEXTO BÍBLICO: Efésios 2.1-10

ESBOÇO DA LIÇÃO   
1. QUEM NÓS ÉRAMOS ANTES DE ESTAR EM CRISTO?   
2. SALVOS PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ   
3. UMA VIDA DE AMOR E DE BOAS OBRAS

OBJETIVOS
Salientar nossa condição espiritual antes da salvação;
Enfatizar que a salvação é pela graça de Deus;
Destacar que o cristão foi salvo para praticar boas obras;

A SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Marcelo Oliveira de Oliveira     

Uma acusação comum aos pentecostais é que não conhecemos a graça de Deus. Acusa-nos de legalistas porque em pleno século XXI preservamos costumes − como os que de quaisquer igrejas evangélicas também são conservados, embora diferente dos nossos − em detrimento da graça de Deus, dizem eles.   

Nesse assunto, os pentecostais também concordam com a teologia arminiana, em que o fundamento essencial na dinâmica da salvação é o da graça preveniente e que toda salvação é fruto inteiramente da graça de Deus. Retomando mais uma vez o auxílio do teólogo arminiano Roger Olson, passamos a conceituar graça previniente.

A graça preveniente é uma doutrina elevada da graça     

Com graça preveniente se quer dizer o chamado de Deus no sentido de ser dEle a iniciativa do começo de relação com uma pessoa que é livre para responder a esse chamado com arrependimento e fé. Esse processo preveniente da graça, segundo Roger Olson, inclui ao menos quatro aspectos: chamada, convicção, iluminação e capacitação. Por isso, alinhado à visão arminiana, o pentecostal não tem dificuldade de pregar a graça de Deus e, ao mesmo tempo, reconhecer que a chamada para a salvação pode ser rejeitada pela pessoa. É muito claro para o pentecostal que nenhuma pessoa pode arrepender-se, crer e ser salva sem o auxílio sobrenatural do Espírito Santo. Este age do início ao fim do processo salvífico. Entretanto, é preciso que a pessoa não resista ao Espírito, como fizeram os fariseus ao resistirem arduamente à mensagem de Jesus Cristo (Mt 12.22-32), mas coopere com o Espírito reconhecendo a própria condição de pecador e crendo no único Salvador.

O que pensava Armínio acerca da graça de Deus na salvação?     

Segundo Roger Olson, a teologia de Armínio sempre foi compromissada com a graça de Deus e o teólogo holandês jamais atribuiu qualquer eficácia salvífica à bondade ou à força de vontade do ser humano. Isso é importante destacar, pois é um equívoco pensar que quem afirma que o ser humano pode resistir a graça de Deus está dizendo que o que define a salvação é a vontade humana. Nada mais injusto!     

Não havia dúvida para Armínio que a salvação era de graça, provinha de Deus, era um presente incomensurável do Altíssimo para o homem. Entretanto, o problema para Armínio, e o mesmo para os pentecostais, era que “de acordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida”. (Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD.)

Boa Aula!

Flavianne Vaz 
Editora responsável pela Revista Adolescentes da CPAD. 

Lição 05 - 1º Trimestre 2021 - As Ordenanças à Igreja - Juvenis.

 

Lição 5 - As Ordenanças à Igreja 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. ORDENANÇAS DO SENHOR
2. PROPÓSITO DO BATISMO
3. PROPÓSITO DA CEIA DO SENHOR

OBJETIVOS
Refletir sobre as ordenanças bíblicas para a Igreja;
Explicar a simbologia e propósito do batismo;
Ensinar sobre a simbologia e propósito da Ceia do Senhor.

Querido (a) professor (a), nesta próxima lição vamos nos aprofundar no estudo de duas ordenanças do Senhor a sua Igreja: Batismo e Santa Ceia. No decorrer da aula abordaremos estes assuntos, de forma dinâmica, visando esclarecer possíveis dúvidas e salientar o chamado do Senhor aos nossos juvenis para uma nova vida nEle e o convite de assentarem-se à sua mesa. 

Mais do que meros ritos, estas ações falam de vínculo, aliança e intimidade perpétuas. Para experimentá-la é necessária uma decisão individual e intransferível, a qual os adolescentes de sua classe já estão capacitados a tomar. Converse com eles sobre os grandes privilégios e bênçãos advindas desta Aliança, simbolizada no batismo e Ceia do Senhor. Assim também como as responsabilidades trazidas por este compromisso.

Esta fase da vida, de 15 a 17 anos, é marcada por grandes decisões e consequentemente significativas transições. Através de você, professor (a), e de todo o conhecimento transmitido das Sagradas Escrituras, impressos em seu próprio testemunho, seus alunos estão sendo inspirados e direcionados por Deus rumo às escolhas assertivas.

É na adolescência (fase que significa crescer) que o indivíduo passa de criança para a vida adulta, com mais responsabilidades. Durante essa transição, além das mudanças físicas, o adolescente também passa por mudanças comportamentais que podem ser consideradas por alguns como rebeldia.

As forças vitais e a capacidade intelectual do adolescente estão relacionadas com as mais variadas situações de conflitos, pois é nessa fase que tudo aquilo que o adolescente aprendeu com os pais, com a igreja, com a escola, vai ser analisado e visto como verdadeiro ou não. É nesta fase que se constituirá sua personalidade levando em conta todas as sua experiências vividas durante a sua vida. Ele decidirá por uma personalidade sua, pois anteriormente, quando criança, vivia, como se diz, com uma personalidade “emprestada”, se assim posso chamar, porque quem decidia a maioria das coisas eram os pais. A partir do momento que vai crescendo e tornando-se adulto, o adolescente passará a tomar suas próprias decisões, adquirindo mais responsabilidades. Por isso, aproveite esta aula para incentivar ao Batismo àqueles que ainda não tomaram essa decisão!

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora responsável pela Revista Juvenis