quinta-feira, 7 de maio de 2015

Lição 5 - 2º Trimestre 2015 - JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS - ADULTOS.

Lição 5

Jesus escolhe seus discípulos
2º Trimestre de 2015
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Quem eram os discípulos escolhidos por Jesus? Pessoas simples, habitantes de uma cidade sem importância para a antiga Palestina. Pessoas que não tinham alto grau de instrução, mas que acreditaram na mensagem do meigo nazareno. Na presente aula, devemos ressaltar que o nosso Senhor não chamou os doze homens para serem apóstolos objetivamente, mas, primeiramente, para discípulos. Pessoas disponíveis a aprender, e igualmente, desaprender os equívocos aprendidos ao longo da vida religiosa e, principalmente, ansiosos em imitar o Mestre de Nazaré. 
O discipulado de Jesus é assim. Chama pessoas, do ponto de vista humano, incapazes de desenvolver algum projeto de vida. E mostra-lhe o maior projeto que ser humano algum pôde imaginar: o Reino de Deus. Quando fomos chamados por Jesus a viver o Evangelho, percebemos que não estávamos prontos a dizer “sim” para o seu projeto. O nível do Evangelho é alto de mais para a nossa natureza caída. Mas ao despirmo-nos de nós mesmos e procurarmos ser mais parecido com Jesus, o Evangelho será parte da nossa vida e ficará impregnado à nossa natureza. Então passamos a ser uma nova criação, ter outra mente e outra perspectiva de vida que só encontramos com o meigo nazareno.

O chamado de Jesus é um convite para não mais olhar para si mesmo, uma convocação para olhar para o outro. Uma decisão de renunciar aos próprios anseios e uma atitude de viver a vida que não é mais sua, mas de Deus.

A mensagem do Reino de Deus é absolutamente oposta ao modo de o mundo comunicar seus valores às pessoas. O Reino de Deus não faz violência para convencer alguém de alguma ideia, enquanto que o sistema de vida mundano é violento, arrogante e predatório em convencer o outro acerca dos seus valores. Embora saibamos que os valores do mundo são destruidores para um projeto de vida digna, não fazemos terrorismo ou algo do tipo. Simplesmente somos chamados a sermos pescadores de homens, de almas, de sentimentos, de pessoas. Levar vida, onde há morte; paz, onde reina a guerra; alegria, onde reina a tristeza; bondade, onde reina a perversidade; esperança, onde reina a ausência dela.

Em Jesus, somos chamados a sermos arautos do Evangelho para pessoas sem Deus, sem dignidade, sem alegria de viver. Nele, todo dia somos estimulados a testemunhar com a vida a verdade daquilo em que acreditamos e cremos. Sim, Jesus, a nossa razão de ser. É o sentido último da nossa vida. Podemos dizer “sim” ao seu convite? — Vem e segue-me!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Lição 4 - 2º Trimestre 2015 - A TENTAÇÃO DE JESUS - ADULTOS.

Lição 4

A tentação de Jesus
2º Trimestre de 2015
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O evangelista Lucas registra que Jesus foi cheio do Espírito Santo (4.1). Após o nosso Senhor ser cheio do Espírito, Ele foi conduzido pelo mesmo Espírito ao deserto, onde foi tentado pelo Diabo por quarenta dias. Neste período, o Senhor Jesus fi cou em comunhão com Deus Pai através de jejum e oração. Entretanto, ao sentir fome, nosso Senhor começou a ser tentado pelo Diabo. 
O relato do capítulo 4 do Evangelho de Lucas retrata três tentações que o Senhor Jesus foi provado: as necessidades físicas (vv.3,4), a oferta de autoridade sobre os reinos (vv.5-8) e provar a verdade da promessa de Deus (vv.9-12).

A primeira tentação de Jesus revela-nos que Ele não usou o seu poder para benefício próprio, pois antes agradava obedecer a Deus que a Satanás. Seria natural, se com fome, o nosso Senhor transformasse pedra em pão e revelasse ser verdadeiramente o Filho de Deus. Não! A resposta do nosso Senhor foi direta: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Dt 8.3).

A segunda tentação de nosso Senhor tem a ver com a ambição de conquistar e governar todos os reinos do mundo. Satanás colocou diante de Jesus toda a autoridade do mundo, e em troca, ordenou que Jesus o adorasse prostrado. O Diabo usou de meia-verdade, pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele não tinha autoridade para dar ou não a Jesus reinos ou a glória desse mundo. A promessa de torná-lo o grande soberano do mundo não “encheu os olhos” de nosso Senhor, que de pronto, logo respondeu: “O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt 6.13).

A terceira tentação mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pináculo do Templo. A proposta de Satanás: Pular, pois estava escrito que Deus daria ordens aos anjos para livrá-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pináculo do Templo e cair salvo no meio pátio sagrado, de uma só vez, faria o Senhor ser reconhecido como “Messias”. Mas não foi isso que aconteceu. O nosso Senhor não queimou etapas, mas repreendeu Satanás dizendo que ninguém pode tentar a Deus. As coisas do Altíssimo não são para fazermos provas sem sentido.

As três tentações de Jesus Cristo expuseram três áreas que o ser humano se mostra frágil: A das pulsões carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso Senhor venceu as tentações e nos estimulou a fugir das pulsões carnais, do apego pelo poder e da possibilidade de usar as promessas divinas para benefício próprio para a formação da autoimagem.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Lição 3 - 2º Trimestre 2015 - A Infância de Jesus. ADULTOS.

Lição 3

A infância de Jesus
2º Trimestre de 2015
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Nesta lição, devemos informar aos alunos que não existe nenhuma narrativa extensa sobre a infância de Jesus na Bíblia. E se não está na Bíblia, principalmente nos Evangelhos, não há outra fonte digna de confiança e merecedora de crédito quanto à narrativa da infância de Jesus Cristo narrada nas Sagradas Escrituras. Com essa afirmação queremos dizer que não há informação digna de confi ança porque os documentos extras bíblicos, que reclamam tal status, e tentam dar conta desse lapso de tempo da infância de Jesus, são bem posteriores aos Evangelhos, e foram influenciados pelo gnosticismo, uma heresia combatida pela Igreja do primeiro século, fundamentalmente por intermédio das cartas apostólicas. 
Em segundo lugar, por falta de material sobre a infância de Jesus, muitas são as especulações sobre ela, não contribuindo em nada para o nosso conhecimento sobre o Senhor e a sua história como menino.

É importante ressaltar na ministração da lição, a intenção do evangelista em destacar a infância de Jesus. Ao analisarmos o contexto das passagens que envolvem a infância e a adolescência do nosso Senhor, vemos que Lucas não tem o objetivo de descrever a infância de Jesus numa perspectiva biográfica? Embora haja dados biográficos no conteúdo, os Evangelhos não são relatos preponderantemente biográfi cos. E não apresenta uma preocupação cronológica com a estruturação das narrativas, embora o escrito lucano seja considerado, entre os Evangelhos, o mais cronológico.

O Evangelho de Lucas narra tudo o que sabemos sobre a infância e a adolescência de Jesus. O objetivo de o evangelista narrá-lo é o de apresentar a paternidade divina de nosso Senhor, pois Ele foi concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo. Nessa narrativa está presente “o anúncio do anjo Gabriel a Maria sobre o nascimento de Jesus (Lc 1.26-38)”; “a história do nascimento de Jesus e a presença de anjos juntamente com os pastores de Belém (Lc 2.1-20)”. Nosso Senhor foi uma criança comum, crescendo e desenvolvendo-se como qualquer criança da Antiga Palestina. Assim o texto lucano destaca a humanidade do nosso Senhor desde a tenra infância: “a apresentação do menino ao Senhor no Templo (Lc 2.21-40)”; “e a única história do texto bíblico sobre Jesus na adolescência” (Lc 2.41-52). Portanto, a narrativa do nascimento de Jesus Cristo está alocada no Evangelho de Lucas como uma introdução de quem é a pessoa do meigo nazareno, destacando sua paternidade divina e a sua característica humana.

Lição 2 - 2º Trimestre 2015 - O Nascimento de Jesus. ADULTOS.

Lição 2

O nascimento de Jesus
2º Trimestre de 2015
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O evangelista, doutor Lucas, o médico amado, escreveu a história do nascimento de Jesus Cristo, paralelamente, a de João Batista. Podemos chamar de histórias dos nascimentos dos dois meninos, pois, em primeiro lugar, Lucas apresenta os anúncios do nascimento de João Batista e de Jesus Cristo (Lc 1.5-25, cf. vv.26-38); depois, a visita de Maria a Isabel (Lc 1.39-45); o cântico de Maria e a informação de que ela passara três meses na casa de sua prima Isabel (Lc 1.46-56); em seguida, a narrativa do nascimento de João Batista (Lc 1.57-66); o cântico de Zacarias, seu pai (Lc 1.67-80); depois, a narrativa do nascimento de Jesus Cristo (Lc 2.1-7); logo mais, a chegada dos pastores de Belém (Lc 2.8-20); em seguida, a circuncisão e a apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.21-24); a alegria de Simeão e da profetisa Ana com o nascimento do Salvador (Lc 2.25-38); e o encontro de Jesus com os doutores da Lei, no Templo, aos doze anos de idade (Lc 2.39-52). 
Nas seções narrativas dos anúncios natalícios sobre Jesus Cristo e João Batista, e de seus respectivos nascimentos, os grandes hinos presentes na narrativa lucana tomou um vulto grandioso na História da Igreja: o Magnifi cat, cântico de Maria exaltando a Deus pelas suas obras (1.46-55); o Benedictus, o cântico de Zacarias quando bendiz o Deus de Israel e profetiza sobre o ministério de João Batista (1.68-79).

As narrativas dos nascimentos de Jesus e de João têm o objetivo de deixar claro, desde o início da obra evangélica, a importância suprema da pessoa Jesus Cristo. Enquanto João tinha pai e mãe, e fora fruto do relacionamento entre Zacarias e Isabel, a narrativa igualmente deixa clara que a mãe de Jesus, Maria, não conheceu homem algum. E que o Filho de Deus fora concebido no ventre de Maria pela obra do Espírito Santo.

No Benedictus, o cântico de Zacarias, João Batista foi profetizado como o precursor do Messias, Jesus, o Salvador do Mundo. O grande profeta foi reconhecido pelo povo e por Herodes. João Batista descortinou o caminho do Filho de Deus para o arrependimento do povo, após apresentá-lo a fi m de que esse povo reconhecesse o Filho de Deus, o desejado entre as nações.

É importante que o estudante da Bíblia compreenda a forma como as narrativas do Evangelho de Lucas estão estruturadas, pois ela apresenta uma estrutura que faz sentido na forma como Jesus Cristo é apresentado a partir do capítulo 3 do Evangelho.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Lição 1 - 2º Trimestre 2015 - Jovens - A TERRA DE JESUS.

Lição 1

terra de Jesus2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I – A TERRA DE ISRAEL NOS TEMPOS DE JESUS

II – O DOMÍNIO ROMANO E A POLÍTICA

III – A ECONOMIA E O TRABALHO

CONCLUSÃO

O CENÁRIO MUNDIAL NA DISPENSAÇÃO DO TEMPO DE CRISTO (GÁLATAS 4.4)
Mais um trimestre se inicia e dessa vez, vamos estudar a respeito do contexto histórico-social dos tempos de Jesus. Na lição desta semana, a nossa atenção se volta para a Terra de Israel, lugar em que nasceu e viveu o Salvador do mundo. Veremos a seguir que, para o cumprimento da promessa divina do surgimento do Messias, era necessário que o contexto social e econômico de Israel estivesse preparado.
E do mesmo modo, o contexto político da nação, o sistema de governo teria papel importante no julgamento e morte do Messias em cumprimento à profecia bíblica. Tais mudanças geográficas e de infraestrutura também foram importantes para a propagação do evangelho e surgimento da igreja na dispensação dos tempos.

Sendo, nesta lição, o professor poderá considerar que tais fatores foram relevantes de serem estudados para compreendermos a história da Igreja e o cumprimento do propósito divino em relação aos gentios. Considere que ao estudarmos as Escrituras Sagradas, devemos ponderar que fatores históricos, culturais e geográficos influenciam na exegese correta da Palavra de Deus.

1. O contexto histórico-social e geográfico da terra do Messias
Em vista do que podemos entender a respeito do surgimento do Messias, sabemos que a profecia bíblica possui um tempo específico para se cumprir. Em Gálatas 4.4, vemos: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei [...]”, ou seja, quando as condições do mundo daquela época favoreciam ao surgimento do Messias.

Sabemos que, naquela ocasião, o Império Romano dominava toda a região que circuncidava o Mar Mediterrâneo, subjugando Cártago, Grécia, Macedônia, Síria, Palestina, Egito, Espanha e Galia, além das Ilhas Britânicas que também eram províncias de Roma. Os romanos ao conquistarem os gregos, não baniram seu idioma, antes levaram para o oeste o grego vulgar (Koiné) que se tornou a língua literária em grande extensão e falada no mundo Greco-romano do primeiro século.

A expansão territorial de Israel, a abertura de novas estradas e rotas de mercado faziam parte do cenário social e geográfico necessário para que Cristo cumprisse eficientemente o seu ministério no mundo daquela época (Mt 4.23).

2. O contexto político como parte do propósito divino
Além das condições histórico-social e geográfica que proporcionaram ao surgimento do Messias e a expansão da Igreja, assim também, a organização política teve papel primordial na dispensação dos tempos.

De acordo com o Novo Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, “O Governo romano era dividido em forma provincial. Os reis-vassalos tinham permissão para governar em algumas regiões, se obedecessem à política romana. Herodes, o Grande, governou de 40 a.C. até 4 d.C. como rei-vassalo (Mt 2.1). Quando Herodes morreu, seu reino foi dividido entre os seus filhos. A Galileia e a Pereia passaram a ser governadas por Herodes Antipas; Herodes Felipe recebeu a Itureia e a Traconítide; e Arquelau governou Samaria, Judeia e Idumeia (Edom).

Arquelau (Mt 2.22) não conseguiu manter a ordem e um procurador romano (inicialmente chamado prefeito) foi nomeado, ficando sujeito ao legado da Síria. Pôncio Pilatos foi o quinto procurador e controlou a região antes governada por Arquelau, mas não tinha jurisdição sobre a Galileia e Pereia pertencentes a Herodes Antipas (Lc 23.5,6). Esse não foi o fim da interação entre a família dos Herodes e os procuradores romanos. Quando os Herodes, Filipe e Antipas, foram depostos, outro membro mais jovem da família, Herodes Agripa I, recebeu a Galileia, Pereia, Itureia e Traconítide.

Em vista de Agripa I ter crescido na corte de Roma, foi lhe permitido tornar-se rei dos judeus como seu avô Herodes, o Grande, e dominar também a área procuratorial. Tudo isso, o tornou presunçoso e arrogante, além de perseguidor dos cristãos (At 12.1-5), ele, começou a imaginar que era um deus, e por causa dessa blasfêmia foi exterminado (At 12.20-23). Seu filho, Herodes Agripa II, não teve o apadrinhamento de Roma como acontecera com o pai. Coube-lhe governar a Itureia e Traconítide, mas os procuradores Félix (At 24.2) e Festo (At 24.27—25.1) tomaram o restante do país. Agripa II aparece como um especialista em assuntos judeus para ajudar Festo a resolver a situação de Paulo (At 25.13-27)” (CPAD, 2012, pp.253-257).

Dessa forma, o Império Romano e seus respectivos governantes, contextualizaram o surgimento do Cristianismo e a expansão da Igreja cristã.

Considerações finais
Sendo assim, tais fatores são de suma importância para a compreensão dos acontecimentos que contextualizaram o surgimento do Messias, assim como da promessa do evangelho ter chegado aos gentios. Tanto os aspectos sociais e geográficos, assim como os econômicos e políticos foram importantes para a propagação da Palavra de Deus. O mundo daquela época deveria fornecer as condições necessárias para que Cristo executasse o seu ministério, assim como também os membros da Igreja primitiva, encontrassem recursos para testemunhar da verdade por toda a parte.

Tais acontecimentos influenciaram consistentemente a produção do material de que dispomos hoje como evangelho, e devem ser analisados considerando os aspectos gerais e os específicos de cada época para que não sejam cometidos equívocos na interpretação da Palavra de Deus. Portanto, que possamos aprofundar nossos estudos em compreender o propósito divino que Deus determinou conforme a dispensação dos tempos para o bom proveito da sua Igreja.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 1 - 2º Trimestre 2015 - Adultos - O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS.

Lição 1

O Evangelho segundo Lucas
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – O TERCEIRO EVANGELHO

II – OS FUNDAMENTOS E HISTORICIDADE DA FÉ CRISTÃ

III – A UNIVERSIDADE DA SALVAÇÃO

IV – A IDENTIDADE DE JESUS, O MESSIAS ESPERADO

CONCLUSÃO

O EVANGELHO DO HOMEM PERFEITO (LUCAS 1.1-4)
Estamos começando mais um trimestre do novo currículo das lições bíblicas CPAD. E para iniciarmos, estudaremos de forma mais abrangente o evangelho de Lucas. O médico amado documentou o plano de salvação revelado em Cristo, o homem perfeito. Na aula desta semana, estudaremos sobre o contexto histórico que envolve este evangelho, e quais as minúcias da vinda do Messias a este mundo para salvação dos que creem.
Além do mais, veremos que Cristo se apresenta na história como o homem perfeito, sem defeito algum, que cumpriu todas as reivindicações da vontade de Deus. Portanto, que em cada lição, o professor possa explorar o este evangelho e nele encontrar preciosas informações que revelam o cuidado de Deus em prover a salvação para a humanidade.

Caro professor, enfatize em sua aula o contexto histórico em que ocorreu este importante ato revelador de Deus, e também apresente as características peculiares do Messias, que revelam o importante plano de Deus para salvação do homem. Boa aula!

I – O contexto histórico do evangelho de Lucas
Lucas, o médico amado e fiel cooperador de Paulo (Cl 4.4; 2 Tm 4.11) era um engenhoso escritor e teólogo. O evangelho escrito por Lucas vem atender à necessidade da Igreja primitiva gentia de obter um documento que relatasse em língua grega e na devida ordem, o nascimento, ministério, morte e ressurreição de Jesus.

Por esta razão, o médico amado se dispõe em pesquisar e recolher em detalhes, todas as informações a respeito da vida de Cristo. Tais informações já eram conhecidas oralmente por boa parte dos crentes, sabendo que tanto judeus e romanos já possuíam os evangelhos de Mateus e Marcos, respectivamente destinados a estes povos que traziam o registro da mensagem do evangelho em suas línguas. Porém, os povos pagãos de língua grega careciam ter um registro para o seu conhecimento e também de sua posteridade.

Desse modo, Lucas escreve e destina este registro a Teófilo, cujo nome significa “amigo de Deus”, um grego a quem o evangelista tem muita estima e o trata de “excelentíssimo”, conforme o costume e civilidade de sua época.

II. O homem perfeito entra na história
Notamos que no evangelho de Lucas, Cristo é apresentado como o homem perfeito que surge na história. Diferentemente dos outros evangelhos, Lucas apresenta detalhes da vida de Jesus.

De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, “o evangelho segundo Lucas começa com as narrativas mais completas da infância de Jesus (1.5—2.40), bem como apresenta o único vislumbre, nos evangelhos, da juventude de Jesus (2.41-52). Depois de descrever o ministério de João Batista e apresentar a genealogia de Jesus, Lucas divide o ministério de Jesus em três seções principais: (1) seu ministério na Galileia e arredores (4.14—9.50); (2) seu ministério durante a viagem final a Jerusalém (9.51—19.27); e (3) sua última semana em Jerusalém (19.28—24.43). Embora os milagres ocupem lugar de destaque no registro de Lucas sobre o ministério de Jesus na Galileia, o enfoque principal deste evangelho consiste nos ensinos e parábolas prediletas. O versículo determinante (9.51) e o versículo-chave (19.10) do evangelho ocorrem no início e perto do fim dessa seção especial” (CPAD, 1995, p.1498-99).

Nesse contexto, o Filho do Homem cumpriu inteiramente a vontade divina. Considerando que os povos de língua grega tiveram forte influencia filosófica, o evangelho de Lucas apresenta forte conotação poética destinada a um povo dado a meditação e ao pensamento. Isso nos mostra o cuidado de Deus em prover que a Sua Palavra chegasse a todos os povos e todos conhecessem a salvação que Deus providenciou pra a humanidade em Cristo Jesus.

Considerações finais
Portanto, para compreendermos melhor em que consiste a compilação do evangelista Lucas, torna-se indispensável conhecermos o contexto histórico que envolve esta importante e aperfeiçoada obra. Tais informações são relevantes para o estudo do evangelho.

A capacidade do autor de pesquisar e detalhar em sua língua nativa, ou seja, o grego, de uma maneira simples e efetiva, o que o evangelho confirma a respeito de Cristo, tornou-se fundamental para o conhecimento não só dos gentios daquela época, mas também para a igreja contemporânea que carecia de mais detalhes a respeito do Filho do Homem.

As particularidades do Jesus homem são exploradas, a fim de apresentá-lo como o homem perfeito que, se identifica com a humanidade e a compreende. Que possamos explorar o evangelho de Lucas e por intermédio dele, apresentar as alegações que provam o cuidado de Deus em prover a salvação à todos os que creem.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Lição 13 - 1º Trimestre 2015 - Jovens - EU CREIO NA VIDA APÓS A MORTE.

Lição 13

Eu creio na vida após a morte1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – EXISTE VIDA DEPOIS DA MORTE?
II – CÉU E INFERNO? (Jo 14.1-4; Lc 23.43; Mt 24.29; 2 Co 12.2,4)
III – A RESSUREIÇÃO (Mt 10.28; Lc 16.19-22; Ap 14.10,11)
CONCLUSÃO
DA MORTE PARA A VIDA
JOÃO 5.24
Na lição desta semana, aprenderemos um pouco mais concernente à morte como salário do pecado, muito embora o propósito divino para o homem seja a vida eterna (Rm 6.23). A morte surgiu como resultado do pecado cometido no jardim do Éden, e conseguintemente, levou a humanidade a queda espiritual e moral (Gn 3).
Assim como o salário é resultado do trabalho realizado pelo trabalhador, todos os que pecam recebem a morte como recompensa pelos atos ilícitos cometidos. Mas a salvação é um dom gracioso de Deus concedido imerecidamente, pois não há nada que possamos fazer que nos torne dignos de recebê-la.
Deus ama a humanidade e por esta razão, enviou o seu Filho Amado ao mundo, para que morresse no lugar dos pecadores. Assim como o cordeiro é imolado em sacrifício pelos pecados durante os cerimoniais judaicos, Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e por intermédio do seu sacrifício, a culpa do pecador é expiada (Hb 2.17; 9.28). Por conseguinte, os que creem, podem adentrar livremente no Santos dos santos e estarem plenamente em comunhão com Deus.
Tamanha graça é fruto da bondade divina para com o homem, e por meio dela, o Senhor concede a oportunidade de obterem a vida eterna, cujo propósito já havia sido predestinado para o homem desde o princípio da criação. Contudo, nem todos aceitam o convite amoroso para morar a eternidade ao lado de Cristo. Portanto, caro professor, enfatize a importância de o crente conhecer como ocorre o processo da salvação. Explique que o homem foi criado para viver eternamente em comunhão com Deus.

1. O salário do pecado é a morte
Desde o principio, a morte não era propósito de Deus para o homem, pelo contrário, o Senhor criou o homem para viver eternamente. Mas infelizmente, o episódio no jardim do Éden, resultou em sua queda e, conseguintemente, o homem perdeu os privilégios que desfrutava, inclusive, a vida eterna. Com isso, o “salário do pecado tornou-se a morte” (Rm 6.23).
O Comentário Bíblico de Mattew Henry: Novo Testamento – Atos a Apocalipse — discorre que “A morte convém a um pecador quando ele peca, assim como o salário convém a um trabalhador que fez o seu trabalho. Isso é verdade em relação a qualquer pecado. Não há pecado que pela sua natureza, seja venial (digno de perdão). A morte é o salário para o menor pecado. O pecado é aqui representado como o trabalho pelo qual o salário é pago, ou como o patrão por quem o salário á pago; todos os que são servos do pecado e realizam o trabalho do pecado devem esperar receber esse pagamento. Se o fruto for a santidade, se houver um princípio ativo de verdadeira e crescente graça, o fim será a vida eterna – um fim verdadeiramente feliz. [...]A morte é o salário do pecado, ela vem como punição, mas a vida é um dom que vem como favor: os pecadores merecem o inferno, mas os santos não merecem o céu. Não existe relação entre a glória do céu e a nossa obediência; devemos agradecer a Deus e não a nós mesmos, se chegarmos ao céu. Este é um dom ‘por Cristo Jesus nosso Senhor’”(CPAD, 2010, p.343,344).
Portanto, é somente por meio da graça e misericórdia do Senhor que alcançamos o perdão divino e o acesso novamente à vida eterna.

2. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”
Em vista disso, para que o homem tivesse outra oportunidade de vida eterna, era necessário que a culpa de seus pecados fosse expiada, ou seja, removida. Para tanto, Deus providenciou um meio pelo qual o homem pudesse ter o seu destino mudado.
Nos cerimoniais judaicos, era comum o sacrifício de um cordeiro para expiação da culpa. Ele deveria ser sem mancha, sem ruga ou defeito algum. Naquela ocasião, o pecador colocava as suas mãos sobre a cabeça do novilho perante o Senhor e, em seguida, o sacerdote o degolava. O sangue do animal deveria ser espargido sobre o altar para propiciação pelo pecado (Lv 1.3-5).
Do mesmo modo, o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário e o seu sangue vertido cumprem plenamente a exigência divina para perdão dos pecados. O autor desconhecido escreve aos Hebreus: “Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9.13,14). Logo, Cristo é o Cordeiro Santo que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), porque Ele mesmo se ofereceu como um sacrifício muito mais excelente do que qualquer novilho sem mancha.
Desde então, finalmente podemos, “com ousadia, entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.19-22).

3. A vida eterna por meio da graça: o propósito original de Deus
É importante enfatizarmos que a maravilhosa graça de Deus para com os homens é resultado do amor divino que Ele manifestou, enviando o seu Filho Amado a este mundo (Jo 3.16). O Senhor Deus concedeu, por intermédio de Cristo, mais uma chance para a humanidade reencontrar o caminho da eternidade perdida no Éden.
No entanto, Deus já havia predestinado um dia em que os homens desfrutariam da eternidade ao lado do Criador, pois este era o propósito original designado por Deus através de Cristo (Rm 8.29).
A Bíblia de Estudo Pentecostal comenta a predestinação da seguinte maneira: “A predestinação (gr. proorizo) significa ‘decidir de antemão’ e se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha de Deus, ‘em Cristo’, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo). [...] A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (isto é, a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (Cf. At 2.38-411; 16.31)” (CPAD, 1995, 1808-9).
Entretanto, nem todos querem receber a fé em Cristo em seu coração, e isso por diversos fatores que os tais hão de prestar contas no Dia da Vinda do Senhor. Mas aos que creem no testemunho de Cristo, terão suas vidas guardadas na eternidade ao lado de Cristo.
Considerações finais
Tendo em vista que a morte veio a ser o salário do pecado, Deus em sua infinita misericórdia e amor para com o homem, proveu a vida eterna por intermédio de Jesus Cristo. O pecado trouxe profundas marcas para o relacionamento do homem com Deus, e por esta causa, “toda a criação de Deus ficou sujeita à vaidade” (Rm 8.20). Contudo, Deus ama muito o homem e enviou o seu Filho Amado Jesus Cristo para ser a propiciação pelos pecados da humanidade, como um cordeiro santo a ser imolado (Hb 9.26,28; 1 Pe 1.19,20). Desse modo, o homem não estaria mais afastado de Deus, pois o preço pelo pecado que resulta a morte já foi pago.
Sendo assim, todos os que crêem tem o direito à vida eterna, não por causa da sua justiça, mas por quem os justificou diante de Deus, a saber, Jesus Cristo, o Justo (1 Jo 2.1,2). Portanto, que possamos levar essa mensagem de salvação às demais pessoas para que compreendam que todo aquele que entende a mensagem do evangelho e, assim crê, não entrará em condenação, “mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 13 - 1º Trimestre 2015 - Adultos - A IGREJA E A LEI DE DEUS.

Lição 13

A igreja e a Lei de Deus
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O QUE SIGNIFICA “CUMPRIR A LEI”?
II – O SENHOR JESUS VIVEU A LEI
III – A LEI NÃO PODE SER REVOGADA
IV – A LEI E O EVANGELHO
CONCLUSÃO
“UM NOVO MANDAMENTO VOS DOU”
JOÃO 14.34,35

Na lição desta semana, aprenderemos concernente à relação existente entre o cumprimento da lei no Antigo Testamento e a prática do evangelho de Cristo para a Igreja. O Senhor Jesus declarou que ele não veio ab-rogar a lei, e sim cumpri-la (Mt 5.17). Isto significa que Cristo não descartou a lei, porém deixou claro que por de trás de cada ordenança estava implícita a vontade de Deus para o homem.
Em vista disso, Cristo viveu a verdade essencial da lei, à medida que pregou a graça e o amor de Deus, convidando todos os homens ao arrependimento de seus pecados, a fim de que alcançassem o perdão divino. Logo, Jesus cumpriu plenamente todas as reivindicações da lei que o homem não pode cumprir, visto que a compreensão humana tornou-se obscurecida por causa do pecado.

Tendo em vista que o seu ensino deveria alcançar todas as camadas da sociedade, a base da pregação de Cristo só poderia ser o amor. Tal amor não possuía o aspecto humano de amar, e nem mesmo o que ensinava o judaísmo com sua religiosidade arcaica e falida. Mas o amor de Cristo era singelo e pregava “misericórdia quero e não sacrifício” (Mt 12.7). O evangelho de Cristo valoriza a lei real: “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Jesus exemplificou com a própria vida o que é amar e instruiu aos seus discípulos que deveriam praticar o amor de Deus da mesma maneira (Jo 13.34).

Sendo assim, nesta lição, o professor poderá apresentar aos seus alunos os aspectos que envolvem a relação da lei no Antigo testamento com a mensagem do evangelho de Cristo no Novo Testamento. Além disso, refletir com seus alunos acerca do modo de amar que Cristo instruiu aos seus discípulos.

I. Cristo cumpriu plenamente a lei

O caráter da pregação de Cristo consistia, exatamente em revelar o amor e a graça de Deus aos homens. Para isso, o mestre em excelência veio anunciando a palavra de arrependimento a todos os pecadores sem acepção de pessoas.

Embora os homens tenham distorcido a compreensão da lei, nosso Senhor mostrou o que eles deveriam fazer verdadeiramente: “cumprir o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé” (Cf. Mt 23.23). Cristo os repreendeu por conta da hipocrisia em que estavam imersos. O Comentário Bíblico de Mattew Henry: Novo testamento – Mateus a João discorre deste episódio: [Os Judeus] eram muito rígidos e precisos nos menores detalhes da lei, mas descuidados e relaxados nas questões mais importantes (vv.23,24). Eles eram ‘parciais na aplicação da lei’ (Ml 2.9, versão RA), escolhiam o seu dever segundo estivessem interessados ou fossem afetados. A obediência sincera é universal, e aquele que, com um princípio correto, obedece a qualquer dos preceitos de Deus, terá respeito a todos eles (Sl 119.6). Mas os hipócritas, que agem na religião por si mesmos, e não por Deus, não farão mais na religião do que servir a si mesmo” (CPAD, 2008, p.301).

De outro modo, Cristo veio a este mundo e cumpriu plenamente todas as reivindicações da lei, que o homem não pode cumprir. O apóstolo Paulo escreve em suas epístolas quanto à eficácia da lei, que tinha somente o poder de conduzir o pecador a Cristo, mas não de justificá-lo.

“Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.3,4). Isto é, Cristo fez o que não era possível para a lei fazer: se fez em carne, à semelhança do pecador, para assumir a culpa do nosso pecado, sem necessariamente ter em si, a nossa natureza pecadora.

Desse modo, o inocente morreu pelos condenados a morte, a fim de justificá-los e apresentá-los sem culpa diante de Deus. Assim, o nosso Deus revelou o seu grandioso amor e graça para com os homens.

II. A mensagem do evangelho: uma nova maneira de amar

Em vista disso, a base da mensagem de Cristo não poderia ser outra, a não ser o amor. Todavia, quando falamos amor, é notório que Cristo apresentou uma maneira de amar diferente daquela ensinada pelos doutores da lei. Na opinião destes, o amor consistia em realizar o bem para aqueles que lhes faziam o bem.

Além do mais, o pensamento rabínico da época compreendia amar o próximo como fazer o bem apenas àqueles que pertencessem à nação de Israel e professassem a mesma religião judaica. Contudo, Cristo veio quebrar estes paradigmas decorrentes de uma falsa espiritualidade e religiosidade arcaica praticada pelos lideres judeus, e ensinar que o amor de Deus não faz acepção de pessoas, não vê etnia, condição econômica ou formação acadêmica, mas ama a todos, simplesmente pelo fato do que são, e não pelo que fazem.

O evangelho de Cristo prega uma nova maneira de amar. Por esta razão, Cristo admoestou aos seus discípulos: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35).

Notemos que, Jesus não apresentou um mandamento desconhecido, ainda mais para os seus discípulos que também eram judeus. Antes, Cristo lhes mostrou uma nova maneira de amar, ou na verdade, o que é realmente amar com o amor de Deus. Ele renovou o mandamento antigo, trazendo a verdadeira essência do seu significado, para que a sua Igreja tenha o amor como vínculo da perfeição (Cl 3.14).

Dessa forma, todos saberiam que verdadeiramente aqueles homens haviam sido transformados pelo poder de Deus e agora também estariam testemunhando deste mesmo amor para todas as pessoas, sem discriminação alguma. Portanto, os que obedecem ao evangelho de Cristo e praticam o amor de Deus em verdade, estes são justos diante de Deus, pois mostram assim o fruto da fé com que foram justificados em Cristo Jesus (Rm 5.1; Ef 2.10).

Considerações finais

Concluímos que a vontade de Deus apresentada por meio do evangelho à sua Igreja, não contradiz em sua essência, ao que Deus revelou a Moisés por meio de sua lei. Antes, a lei mosaica serviu ao propósito de iluminar o homem acerca da necessidade de arrependimento e perdão divino.

Sendo assim, as reivindicações da lei foram planamente cumpridas em Cristo, que por meio do seu sangue, trouxe a remissão dos pecados dantes cometidos sob a paciência de Deus. Visto que, o que era impossível aos homens, o Senhor Jesus cumpriu para que por meio de sua obediência os que cressem alcançassem a justificação.

Ademais, a justiça de Cristo está fundamentada no amor de Deus, não compreendido de acordo com a mente humana, mas conforme o amor singelo de Cristo que se entregou em favor daqueles mesmos que o escarneciam. Que possamos, a partir da reflexão do amor de Deus manifesto em Jesus, exercer o juízo, a misericórdia e a fé, que são evidências do amor de Deus verdadeiramente aperfeiçoado no crente.



Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Lição 12 - 1º Trimestre 2015 - Jovens - Eu Creio que a Vontade de Deus é Perfeita.

Lição 12

Eu creio que a vontade de Deus é perfeita1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – O QUE É A VONTADE DE DEUS (Ef 5.17; Sl 143.10)
II – COMO DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS?
III – QUANDO OS PLANOS SE FRUSTRAM
CONCLUSÃO
A CONCRETIZAÇÃO DA VONTADE DIVINA
ROMANOS 12.2
Nesta lição, estudaremos concernente à vontade de Deus que é perfeita. O Senhor sabe o que é melhor para os seus servos e conhece o desejo do coração de cada um. Muitos têm ensinado a respeito da vontade divina com promessas de vitória, prosperidade e êxito. Como resultado, o que temos visto é uma grande quantidade de pessoas decepcionadas, até mesmo com Deus por não verem a realização da tão sonhada “promessa” se cumprir em suas vidas. Na verdade, o que assistimos é a distorção do que significam as promessas de Deus para nós.
É importante refletirmos na orientação bíblica a respeito disso, pois o Senhor é fiel em cumprir tudo o que promete aos seus filhos. Entretanto, precisamos discernir a voz de Deus e obedecermos aos seus mandamentos para compreendermos que propósito o Senhor tem para nossas vidas.
De fato, sabemos que nem tudo sucede da mesma maneira com todos, pois são poucos os que se dispõem em obedecer de forma categórica à vontade divina. A submissão ao Senhor é indispensável para que experimentemos de maneira bem-sucedida a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
Portanto, que nesta lição a classe possa refletir que Deus almeja abençoar e conceder o desejo da nossa alma (Sl 37.4). Contudo, é nossa responsabilidade honrar ao Senhor e servi-Lo com sinceridade e fidelidade.

1. O Senhor Deus nos fez promessas 
Habitualmente, ouvimos falar que Deus tem promessas a cumprir em nossas vidas. Contudo, a conotação que essa expressão possui, muitas vezes, não é genuinamente bíblica, mas repleta de palavras de vitória, de bênçãos, de prosperidade e êxito em todas as áreas da vida. Em decorrência disso, não é pouco o número de pessoas que estão frustradas ou decepcionadas, até mesmo com Deus porque não viram a tal “promessa” se cumprir em suas vidas.
Ainda existe o caso daquelas que se afastam do Caminho do Senhor por causa da dor de não verem o cumprimento de uma promessa que ouviram e acreditaram fielmente que foi Deus quem falou.
Embora seja verdade que o nosso Deus nos faz promessas, é indispensável que os crentes entendam o que a Palavra de Deus apresenta como promessa. Quando a Escritura menciona as promessas, está se referindo ao privilégio de sermos participantes da natureza divina e livres da corrupção deste mundo (Cf. 2 Pe 1.3,4); e não em relação aos nossos projetos e necessidades pessoais, muito embora, “o Senhor segundo as sua riquezas, certamente, suprirá as nossas necessidades em glória” (Cf. Fp 4.19).
Portanto, as promessas de Deus se concretizam quando exercermos, com excelência, a vocação com que formos chamados, ou seja, de salvos em Cristo Jesus para levarmos a mensagem do Reino a todos os homens (vv.9,10).

2. Discernindo a vontade de Deus 
Além disso, é preciso discernimos se realmente é o Senhor quem está falando ao nosso coração, ou mesmo, se a mensagem que nos é direcionada por algum profeta provém de Deus (1 Jo 4.1), visto que há muitas pessoas buscando a orientação divina por intermédio de “profetas”. Isso deve ser tratado com cuidado, pois o que contribui para uma vida de paz e comunhão na presença do Senhor são os preceitos e valores encontrados na Palavra de Deus (2 Tm 3.16).
O Senhor Jesus nos admoestou “a examinar as Escrituras, pois nelas encontramos as instruções que nos levarão à vida eterna, e são elas que testificam de Cristo” (Jo 5.39). Assim sendo, aprendendo a guardar a Palavra de Deus, certamente, estaremos de acordo com a vontade divina que resultará no cumprimento de todas as promessas de Deus em nossas vidas, pois o nosso Deus é fiel.
Sabemos que Deus fala conosco de diversas maneiras, porém na Bíblia não encontramos revelações específicas para nenhum de nós, salvo o que está registrado para testemunho e edificação da nossa fé (vv.20,21). As promessas específicas são resultado da nossa busca e intimidade com Deus, que segundo a sua vontade, Ele nos revela. Nesse caso, a concretização de uma promessa específica é resultado do propósito divino em nossa vida, conforme a nossa obediência e perseverança em cumprir com a nossa parte da Aliança que firmamos com Deus no momento em que aceitamos a fé.
Portanto, como diz Tiago em sua epístola: “Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.7,8). O Senhor Deus espera que haja fé e constância por parte dos seus fiéis em obedecer aos seus mandamentos.

3. A submissão à vontade divina
Assim sendo, para que a vontade de Deus se torne conhecida em nossa vida, é necessário que nos sujeitemos à autoridade divina. A obediência é primordial para vivermos a vontade de Deus. Entretanto, há muitos que não querem obedecer, e como se não bastasse, ainda esperam ver o cumprimento de promessas em suas vidas que nem mesmo o próprio Deus as fez.
Entender a vontade divina para nossas vidas requer santidade, sem a qual, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Logo, para santificarmos a nossa vida, devemos submetê-la ao ensino da Palavra de Deus, pela qual, conhecemos a ética que orienta a nossa conduta em Cristo.
Submeter-se, de acordo com o Dicionário Vine, “vem do grego hupeikõ, que significa ‘aposentar, retirar’ (formado de hupo, ‘debaixo de’, e eikõ, ‘render-se’), por conseguinte, ‘render-se, entregar-se, submeter’. É usado metaforicamente em Hb 13.17, acerca de sujeitar-se’ aos guias espirituais nas igrejas” (CPAD, 2009, p.1003).
Sendo assim, não somos chamados para vivermos mais para nós mesmos, mas para àquEle que nos salvou. “A nossa vida está escondida em Cristo” (Cl 3.3) e a Ele devemos nos sujeitar. A obediência é indispensável na vida de um servo de Deus, e o Senhor requer dos seus despenseiros a fidelidade para que desfrutem da vontade divina que é boa, agradável e perfeita (Cf. 1 Co 4.2; Rm 12.1,2).

Considerações finais
Considerando que o Senhor tem o melhor para cada um de nós, Ele revela a sua vontade por intermédio da sua Palavra. Não temos um Deus omisso que não se importa com o que acontece conosco neste mundo. Pelo contrário, um Deus presente que almeja realizar o desejo do coração de seus filhos. Apesar disso, a pregação que temos visto nos dias atuais, consiste em apresentar a vontade de Deus de acordo com as necessidades humanas deste tempo presente, e não conforme o mais necessário para a humanidade que é a salvação eterna.
Contudo, amados irmãos, o Senhor não nos faz promessas para a nossa decepção, mas deseja que obedeçamos a sua Palavra com um coração verdadeiro, para que provemos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Cf. Rm 12.2). O mais importante é discernirmos bem a voz do Senhor para não sofrermos desnecessariamente. Somos ovelhas de seu rebanho e conhecemos a voz do nosso bom Pastor (Jo 10.14). Que Deus encontre em cada um de nós, a obediência e submissão à sua vontade de modo que possamos honrá-Lo e servi-Lo com um coração verdadeiro e fiel.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.