quinta-feira, 21 de maio de 2015

Lição 8 - 2º Trimestre 2015 - O Poder de Jesus Sobre a Natureza e os Demônios - Adultos.

Lição 8

O Poder de Jesus Sobre a Natureza e os Demônios
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – JESUS E AS FORÇAS SOBRENATURAIS
II – JESUS E A REALIDADE DOS DEMÔNIOS
III – JESUS E A OBRA DOS DEMÔNIOS
CONCLUSÃO

“A DEIDADE DE CRISTO PRESENTE EM SEUS MILAGRES” (FILIPENSES 2.9-1)
Na aula desta semana, estudaremos acerca do poder que Cristo exerceu sobre a força da natureza e o mundo espiritual. Dado isso, observaremos a manifestação das duas naturezas de Cristo: a divina e a humana, que Ele manifestou por intermédio das maravilhas que operou.
Sua natureza divina é visivelmente constatada nos milagres que operou e na autoridade de sua palavra. Até mesmo a tempestade e os espíritos imundos não podiam resistir ao seu poder, visto que Ele é antes de todas as coisas e tudo subsiste sob o seu domínio (cf. Cl 1.17).
Do mesmo modo, sua graça era manifesta em sua personalidade, pois mesmo sendo em forma de Deus, não teve a vaidade de usar indevidamente deste direito para atrair glória para si. Antes, em tudo foi obediente ao Pai e se humilhou a condição de servo, sendo fiel até a morte, e morte de crucificação (cf Fl 2.6-8). Por conseguinte, Deus exaltou a Cristo e o deu o pleno poder sobre os céus e a terra (vv. 9-11). Todas as forças, naturais ou sobrenaturais, estão sujeitas à autoridade e soberania de Cristo.

Sendo assim, caro professor, nesta aula você poderá enfatizar esses dois aspectos da natureza de Cristo que se mostraram presentes nas manifestações milagrosas que ocorreram durante o seu ministério terreno. Explique também, de que forma a duas naturezas de Cristo se coadunam. Tenha uma boa aula!
I. A natureza divina manifesta nas obras de Cristo.
A deidade de Cristo nunca esteve oculta. De fato, suas obras e maravilhas operadas, evidenciavam claramente que um homem comum não poderia realizar tantos milagres se do Alto não lhe fosse concedido. A grande dificuldade do povo judeu em aceitar a deidade de Cristo, levava-o a uma profunda incredulidade que obscurecia o seu entendimento, a fim de que não chegasse ao conhecimento da verdade. Até mesmo os discípulos tiveram dificuldade para reconhecer a autoridade divina de Cristo.

Os grandes milagres que relatam o domínio de Cristo sobre a força da natureza, na travessia da tempestade que se levantou contra o barco em que estavam Jesus e os seus discípulos, no lago de Genesaré (Mc 4.35-41); a libertação do endemoninhado que estava possuído de uma legião de demônios (5.1-20); a cura da mulher que tinha uma hemorragia a doze anos, depois de ter passado por vários médicos (5.25-34); e a ressurreição da filha de Jairo, principal da sinagoga (5.22-24,35-43), são algumas dentre muitas outras evidências claras da manifestação da autoridade e presença divina em Cristo.

Certa vez, Ele mesmo declarou: “Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras” (Jo 14.10,11). Portanto, Cristo é a imagem do Deus invisível que habitou entre nós (cf. Cl 1.15).

II.Mesmo sendo Deus, assumiu a forma de servo obediente e fiel.
Embora a graça divina fosse notória na personalidade de Cristo, em momento algum, o Filho de Deus permitiu com que a vaidade dominasse o seu coração, a ponto de usar indevidamente do seu privilégio para atrair glória para si. Mesmo sendo um com o Pai, ele assume a forma humana e se humilha a posição de servo, a fim de ser obediente em tudo até a morte.

O Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento discorre a respeito da declaração do apóstolo Paulo aos filipenses, no capítulo 2, versículos 2 ao 8: “Jesus, que em sua própria natureza é Deus, não considerou que esta condição devesse estar patente demais, de modo a trazer-lhe alguma vantagem pessoal. Observe novamente o impacto que estas palavras causariam nos ouvintes de Paulo, que orgulhavam-se de sua cidadania romana com todos os seus direitos e privilégios intrínsecos. Ao invés de reunir e exercer seus privilégios, Jesus aniquilou-se, deu a si mesmo até a morte. A solução para os problemas da unidade dos filipenses estava na adoção deste mesmo propósito de Jesus.

[...] O ministério da encarnação começa a se esclarecer — Jesus, o segundo membro da Trindade, não deixou de lado a sua divindade. Deus não pode separar-se ou divorciar-se de sua própria natureza. Antes, a aniquilação de Jesus deveria ser vista no fato de que Ele, como Deus, tomou a forma de servo. Isto é bem subentendido por Paulo através do uso da palavra ‘tomando’. A ‘natureza’ (utiliza-se a palavra grega morphe) que Cristo escolheu assumir exatamente a forma de um escravo. Aqui temos alguém que tinha ‘a própria natureza de Deus’ e que tomou verdadeiramente’, a natureza adicional de ‘servo’. Isto resume a dupla natureza da encarnação. Cristo foi, simultaneamente, completamente Deus e completamente humano” (CPAD, 2004, p. 1293).

Dessa forma, Ele manifestou aos homens o seu intenso amor divino, a fim de que servisse de modelo para a edificação espiritual e comunhão dos crentes. Seu poder está acima de todas as forças e dominações, sejam elas, naturais ou sobrenaturais (cf. Fl 2.9-11; Ef 6.12; Cl 1.16,17). Em seu nome, que está acima de todos os nomes, há poder e autoridade para operação de milagres e maravilhas (Mc 16.17,18).
Considerações finais
Finalizamos em dizer que é incontestável a afirmativa de que nEle, o Filho de Deus, habita toda a plenitude do Pai. Os milagres que operou, sua autoridade sobre as forças da natureza e o poder exercido sobre as hostes espirituais do império de Satanás, evidenciam claramente a cerne da sua natureza divina, representada em sua natureza humana.

Além do mais, o que ratifica a sua soberania é a capacidade que tem de não manifestar as riquezas do seu privilégio, a fim de ser o exemplo de humildade e amor para os seus seguidores, quando na verdade, abre mão de sua forma divina e assume não somente a humana, mas também se apresenta como o servo obediente e fiel em tudo, sem reclamar, pois “Ele não abriu a boca” (Is 53.7).

Por esta razão, seu nome está exaltado acima de todas as coisas, e nele exercemos também a autoridade ministerial. Que a partir da reflexão no exemplo de Cristo, possamos repensar a nossa postura em relação aos nossos irmãos, a fim de cumprirmos a maior missão: ser uma igreja relevante nestes últimos dias.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Lição 7 - 2º Trimestre 2015 - Poder Sobre as Doenças e a Morte - Adultos.

Lição 7

Poder Sobre as Doenças e a Morte
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – DOENÇAS, PERDÃO E CURA
II – RAZÕES PARA CURAR
III – AUTORIDADE PARA CURAR
IV – A REDENÇÃO DO NOSSO CORPO
CONCLUSÃO


“POR SUAS PISADURAS, FOMOS SARADOS” (ISAÍAS 53.4,5)
Nesta semana, aprenderemos acerca do bom efeito que a morte vicária de Cristo trouxe à humanidade, no tocante a cura de enfermidades, sejam elas de âmbito físico, emocional ou espiritual. O profeta Isaías declara: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.4,5).
A morte vicária de Cristo nos trouxe a restauração da comunhão com Deus, e a cura das enfermidades causadas em razão da queda do homem no jardim do Éden. Mas Deus que é rico em misericórdia traçou um plano de cura e regeneração para o homem, mediante a fé em Jesus Cristo. Seu propósito é firme e não falha. Ele prometeu curar todas as moléstias do povo e Cristo cumpriu esta profecia durante o tempo do seu ministério terreno (Is 61.1; Lc 4.18).

Do mesmo modo, o Espírito Santo continua a agir nos dias atuais para que o homem encontre a cura e o perdão divino, e por fim tenha a sua saúde plenamente restabelecida em todas as áreas.

Portanto, caro professor, enfatize em sua aula, o bom efeito do sacrifício de Cristo no Calvário em relação à cura do homem, e apresente o propósito divino para restabelecer a saúde da humanidade nos aspectos físico, emocional e espiritual. Boa aula!
I. A morte vicária de Cristo nos trouxe “cura”.
Em virtude da morte vicária de Cristo, o homem teve uma nova oportunidade de estar em comunhão com Deus. Além disso, agora pode receber a cura de todas as moléstias que assolam a sua saúde física, emocional e espiritual. Por meio da graça de Cristo, as enfermidades que debilitam o corpo são curadas, as dores da alma e as feridas do coração, os traumas emocionais, além de toda opressão espiritual oriunda da atuação de espíritos malignos são removidas. Enfim, “Ele levou sobre si, todas as nossas enfermidades” (Is 53.4).

Bíblia de Estudo Pentecostal discorre: “Cristo foi crucificado por nossos pecados e nossas culpas diante de Deus (cf. Sl 22.16; Zc 12.10; Jo 19.34; 1 Co 15.3). Como nosso substituto, Ele sofreu o castigo que merecíamos, e pagou a penalidade dos nossos pecados — a penalidade da morte (Rm 6.23). Por isso, podemos ser perdoados por Deus e ter a paz com Ele (cf. Rm 5.1). ‘Pelas sua pisaduras fomos sarados’. Esta cura refere-se à salvação, com todas as suas bênçãos, espirituais e materiais. A doença e a enfermidade são consequências da queda adâmica e da atividade de Satanás no mundo. ‘Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo’ (1 Jo 3.8). Cristo concedeu dons de cura à sua igreja (1 Co 12.9) e ordenou a seus seguidores curar os enfermos como parte da sua proclamação do Reino de Deus (Lc 9.1,2; 10.1,8,9,19)” (CPAD, 1995, p. 1054).

Com isso, podemos entender que a graça redentora opera de maneira plena na natureza do homem, a fim de que tenha saúde em toda a sua existência (cf. Jo 10.10).

II. O propósito divino para a cura do homem.
Por sua infinita misericórdia, o Senhor estabeleceu o caminho para a regeneração e cura do homem, mediante a fé em Jesus Cristo. Sua vida, obra e ministério terreno, constataram que o propósito divino em Cristo é restaurar todas as coisas e restabelecer o homem à sua posição de excelência diante de Deus. Durante o seu ministério terreno, Cristo curou as moléstias do povo e restabeleceu a saúde do homem, a fim de demonstrar que a justiça de Deus traz vida em contraste com o pecado que tem a morte como salário. A Bíblia de Estudo Pentecostal continua a discorrer acerca da vontade de Deus no tocante a cura divina:

“(1) A declaração do próprio Deus. Em Êx 15.26 Deus prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (Ver Êx 15.26). Sua declaração abrange dois aspectos: (a) ‘Nenhuma das enfermidades porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito’; e (b) ‘Eu sou o SENHOR, que te sara [como Redentor]’. Deus continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2 Rs 20.5; Sl 103.3).

(2) O ministério de Jesus. Jesus, como o Filho encarnado de Deus, era a exata manifestação da natureza e do caráter de Deus (Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). Jesus, no seu ministério terreno (4.23,24; 8.14-16; 9.35; 15.28; Mc 1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de Deus na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de Deus curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.

(3) A provisão da expiação de Cristo. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1 Pe 2.24). A morte expiatória de Cristo foi um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma e corpo. Assim como o pecado e a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos irmanadas, destinadas por Deus para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da plena provisão da expiação de Cristo, inclusive a cura do corpo.

(4) O ministério contínuo da igreja. Jesus comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua proclamação do reino de Deus (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos para fazer a mesma coisa (Lc 10.1,8,9,19). Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura divina que Jesus iniciara teve prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1 Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de Deus e a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc 16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg 5.14-16); (c) os dons espirituais de curar concedidos à igreja (1 Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta ‘oração de fé’” (CPAD, 1995, pp. 1402-03).
Considerações finais
Concluímos que é a graça de Deus manifesta em Cristo, o único meio que pode tornar o homem saudável novamente em todo o seu aspecto físico, emocional e espiritual. Embora haja em nossos dias muitos métodos e maneiras de cuidar da saúde, a nossa existência depende exclusivamente da graça redentora e regeneradora que somente o Filho de Deus pode proporcionar por intermédio da fé.

O Senhor Deus já estabeleceu um plano de cura e providenciou o meio, pelo qual, a culpa do pecado e a assolação do mal que causam tantas enfermidades, sejam erradicadas da vida humana. Sua obra perfeita, Ele realizou na cruz do Calvário, levando sobre si, todas as nossas enfermidades e nos concedendo uma nova vida, mediante a fé no Filho de Deus (Is 53). Em conformidade, o Espírito Santo rege a sua igreja e atua nos crentes a fim de que tenham uma vida saudável em todos os aspectos da sua existência. Porquanto, são as pisaduras de Cristo que nos proporcionam a cura que tanto precisamos.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Lição 6 - 2º Trimestre 2015 - As Mulheres que Ajudaram Jesus - Adultos.

Lição 6

Mulheres que Ajudaram Jesus
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – JESUS, O JUDAÍSMO E AS MULHERES
II – MULHERES COM DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER
III – MULHERES COM DISPOSIÇÃO PARA SERVIR
IV – MULHERES COM DISPOSIÇÃO PARA OFERTAR
CONCLUSÃO


O PAPEL DA MULHER NA IGREJA (1 TIMÓTEO 2.4,5) 
Na aula desta semana, estudaremos a respeito do importante papel realizado pela mulher na Igreja primitiva, assim como apresentar sua relevância nos dias atuais. Embora a mulher tenha sido profundamente discriminada nas culturas antigas, com o advento do Messias, ela teve a sua dignidade reconquistada. Como podemos ver na lição, o papel feminino teve suma importância para a propagação do evangelho.
O ministério de Cristo contou predominantemente com o auxilio de mulheres que além do apoio serviçal a Jesus e aos seus discípulos, também patrocinavam a obra de Deus doando os seus bens. Por esses motivos, a graça do evangelho trouxe à mulher a dignidade merecida e fez com que encontrasse lugar de honra entre o povo de Deus.
Nos dias atuais não é diferente, a graça de Cristo continua a alcançar todas as mulheres que se predispõem em servir ao Senhor com comprometimento. Em razão disso, a Igreja tem sido abençoada pelo excelente trabalho realizado por muitas servas de Deus, contribuindo assim, para que o evangelho seja proclamado até os confins da terra.

Professor, nesta lição, enfatize que o evangelho dignificou o potencial feminino no Reino de Deus, e mostre, de forma paralela, como a mulher era considerada na Igreja primitiva e como a Igreja moderna entende o papel da mulher na obra de Deus.
I. O trabalho realizado pela mulher na Igreja Primitiva.
Nas culturas antigas, a mulher era tratada de forma depreciativa e, em alguns casos, até mesmo como um objeto. Com a implicação da Lei mosaica, esta situação não mudou muito. Ainda nos tempos de Jesus, como vemos o relato dos evangelistas, é possível notar a subserviência da mulher na sociedade daquela época (Mt 8.14,15; Lc 10.38-40; Jo 4.7). Entretanto, a vontade de Deus para com a mulher não era, de forma alguma, tratá-la com desprezo ou mesmo reduzir a sua importância na sociedade, e sim chamá-la a posição de importância para o evangelho, para a família, para a Igreja, enfim, para que a mulher exerça um papel importante no Reino de Deus.

Na Igreja do século I, não era diferente, o apóstolo Paulo deixou algumas recomendações com relação ao trabalho realizado pela mulher na igreja. A Bíblia de Estudo Pentecostal discorre que “O Homem e a mulher são igualmente amados e preciosos à vista de Deus (Gl 3.27,28). Porém, foi ao homem que Deus entregou a responsabilidade de direção da família e da igreja.

(1) 1 Tm 2.12-15 mostra que não é permitido na igreja a mulher ensinar de modo normativo, diretivo e terminante, como faz o dirigente da congregação (cf. 1 Co 14.34). Entretanto, isto não quer dizer que é proibido a mulher cristã ensinar a homens individualmente (como em At 18.26); profetizar no culto, sob o impulso direto do Espírito Santo (1 Co 11.5,6; 2 Tm 1.5; 3.14,15); evangelizar em sua casa, instruindo homens e mulheres no caminho do Senhor (At 16.14,40).
(2) O ensino de Paulo quanto à mulher não ensinar como dirigente da igreja vem dos princípios estabelecidos pelo Criador para o homem e a mulher, quando da sua criação original (Gn 2.18; 1 Co 11.8,9; 1 Tm 2.13 nota), e do efeito da entrada do pecado à raça humana (1 Tm 2.14)” (CPAD, 1995, p. 1866).

Portanto, isso significa dizer que, o evangelho não trata com menor relevância o potencial feminino, antes estabelece uma definição de papeis em que homens e mulheres exerçam de forma honrosa, a obra de Deus com alegria e determinação.

II. A importância do trabalho feminino para a Igreja Moderna.
Em vista disso, sabemos que a partir do século I até os dias atuais, muita coisa mudou, inclusive, os valores da sociedade em relação ao papel da mulher. Hoje, vemos que a mulher estuda, trabalha e, muitas vezes, até exerce o papel de pai e mãe ao mesmo tempo. Isso ocorre devido a constante desestruturação da família, são pais divorciados e filhos criados sem referenciais, o que obriga as mães a cumprirem a “dupla jornada”. Todavia, não era esta a vontade de Deus para a família, muito menos para a mulher.

Bíblia de Estudo Pentecostal afirma que “Deus tem um propósito específico para a mulher em relação à família, ao lar e à maternidade.

(1) O desejo e o propósito específico de Deus para a esposa e mãe, é que a sua atenção e dedicação se focalizem na família. O lar, o marido e os filhos precisam ser o centro dos interesses da mãe cristã; essa é a maneira que Deus lhe determinou para honrar a sua Palavra (cf. Dt 6.7; Pv 31.27; 1 Tm 5.14).
(2) As tarefas específicas que Deus deu à mulher, no que diz respeito à família, incluem: (a) cuidar dos filhos que Deus lhe confiou (v.4; 1 Tm 5.14) como um serviço ao Senhor (Sl 127.3; Mt 18.5; Lc 9.48); (b) ser auxiliar e fiel companheira do seu marido (vv. 4,5); ver Gn 2.18 nota); (c) ajudar o pai a formar no filho um caráter santo, e adestrá-los nas coisas práticas da vida (Dt 6.7; Pv 1.8,9; Cl 3.20); (d) ser hospitaleira (Is 58.5-8; Lc 14.12-14; 1 Tm 5.10); (e) usar da sua capacidade prática para atender às necessidades do lar (Pv 31.13,15,16,19,22,24); e (f) cuidar dos pais idosos no seu lar (1 Tm 5.8; Tg 1.27).
(3) As mães que desejam cumprir o plano de Deus para sua vida e para sua família, mas que, devido às necessidades econômicas, são obrigadas a ter um emprego em que trabalham longe dos filhos pequenos, devem confiar nas circunstâncias às mãos do Senhor, enquanto oram a Deus por condições de ocupar o seu lugar e de cumprir as funções e a posição que Deus lhe deu no lar com os seus filhos (Pv 3.5,6); ver também Ef 5.21-23 notas; 1 Tm 5.3)” (CPAD, 1995, p. 1889).

Assim, a mulher exerce o seu duplo papel na sociedade, além de se dedicar à obra de Deus com comprometimento e capricho, a fim de que a Palavra de Deus seja proclamada até os confins da terra.
Considerações finais
Convenhamos que, muito embora a mulher tenha sido tratada de forma depreciativa no passado, é indiscutivelmente digno de ser reconhecido o importante papel realizado por muitas servas de Deus nos dias atuais. Cristo dignificou o papel da mulher, antes menosprezado pela ordem humana e por valores de uma sociedade arrogante e machista. O próprio ministério do Mestre em excelência foi predominantemente auxiliado por mulheres que se dispuseram com alegria em servi-lo.

Desse modo, a igreja atual também tem sido abençoada por muitas servas de Deus que se empenham no ministério da oração e do ensino, conforme a instrução da Palavra, além do cuidado com os afazeres domésticos, com os filhos e a atenção ao esposo. Temos visto que muitas, além do trabalho e dos estudos (como é vista a mulher moderna), ainda se dedicam com primor à obra de Deus.

Sendo assim, que possamos reconhecê-las e honrá-las da forma devida, assim como Cristo as dignificou, e também pelo excelente trabalho que têm realizado e contribuído para o Reino de Deus.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Lição 5 - 2º Trimestre 2015 - JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS - ADULTOS.

Lição 5

Jesus escolhe seus discípulos
2º Trimestre de 2015
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Quem eram os discípulos escolhidos por Jesus? Pessoas simples, habitantes de uma cidade sem importância para a antiga Palestina. Pessoas que não tinham alto grau de instrução, mas que acreditaram na mensagem do meigo nazareno. Na presente aula, devemos ressaltar que o nosso Senhor não chamou os doze homens para serem apóstolos objetivamente, mas, primeiramente, para discípulos. Pessoas disponíveis a aprender, e igualmente, desaprender os equívocos aprendidos ao longo da vida religiosa e, principalmente, ansiosos em imitar o Mestre de Nazaré. 
O discipulado de Jesus é assim. Chama pessoas, do ponto de vista humano, incapazes de desenvolver algum projeto de vida. E mostra-lhe o maior projeto que ser humano algum pôde imaginar: o Reino de Deus. Quando fomos chamados por Jesus a viver o Evangelho, percebemos que não estávamos prontos a dizer “sim” para o seu projeto. O nível do Evangelho é alto de mais para a nossa natureza caída. Mas ao despirmo-nos de nós mesmos e procurarmos ser mais parecido com Jesus, o Evangelho será parte da nossa vida e ficará impregnado à nossa natureza. Então passamos a ser uma nova criação, ter outra mente e outra perspectiva de vida que só encontramos com o meigo nazareno.

O chamado de Jesus é um convite para não mais olhar para si mesmo, uma convocação para olhar para o outro. Uma decisão de renunciar aos próprios anseios e uma atitude de viver a vida que não é mais sua, mas de Deus.

A mensagem do Reino de Deus é absolutamente oposta ao modo de o mundo comunicar seus valores às pessoas. O Reino de Deus não faz violência para convencer alguém de alguma ideia, enquanto que o sistema de vida mundano é violento, arrogante e predatório em convencer o outro acerca dos seus valores. Embora saibamos que os valores do mundo são destruidores para um projeto de vida digna, não fazemos terrorismo ou algo do tipo. Simplesmente somos chamados a sermos pescadores de homens, de almas, de sentimentos, de pessoas. Levar vida, onde há morte; paz, onde reina a guerra; alegria, onde reina a tristeza; bondade, onde reina a perversidade; esperança, onde reina a ausência dela.

Em Jesus, somos chamados a sermos arautos do Evangelho para pessoas sem Deus, sem dignidade, sem alegria de viver. Nele, todo dia somos estimulados a testemunhar com a vida a verdade daquilo em que acreditamos e cremos. Sim, Jesus, a nossa razão de ser. É o sentido último da nossa vida. Podemos dizer “sim” ao seu convite? — Vem e segue-me!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Lição 4 - 2º Trimestre 2015 - A TENTAÇÃO DE JESUS - ADULTOS.

Lição 4

A tentação de Jesus
2º Trimestre de 2015
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O evangelista Lucas registra que Jesus foi cheio do Espírito Santo (4.1). Após o nosso Senhor ser cheio do Espírito, Ele foi conduzido pelo mesmo Espírito ao deserto, onde foi tentado pelo Diabo por quarenta dias. Neste período, o Senhor Jesus fi cou em comunhão com Deus Pai através de jejum e oração. Entretanto, ao sentir fome, nosso Senhor começou a ser tentado pelo Diabo. 
O relato do capítulo 4 do Evangelho de Lucas retrata três tentações que o Senhor Jesus foi provado: as necessidades físicas (vv.3,4), a oferta de autoridade sobre os reinos (vv.5-8) e provar a verdade da promessa de Deus (vv.9-12).

A primeira tentação de Jesus revela-nos que Ele não usou o seu poder para benefício próprio, pois antes agradava obedecer a Deus que a Satanás. Seria natural, se com fome, o nosso Senhor transformasse pedra em pão e revelasse ser verdadeiramente o Filho de Deus. Não! A resposta do nosso Senhor foi direta: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Dt 8.3).

A segunda tentação de nosso Senhor tem a ver com a ambição de conquistar e governar todos os reinos do mundo. Satanás colocou diante de Jesus toda a autoridade do mundo, e em troca, ordenou que Jesus o adorasse prostrado. O Diabo usou de meia-verdade, pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele não tinha autoridade para dar ou não a Jesus reinos ou a glória desse mundo. A promessa de torná-lo o grande soberano do mundo não “encheu os olhos” de nosso Senhor, que de pronto, logo respondeu: “O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt 6.13).

A terceira tentação mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pináculo do Templo. A proposta de Satanás: Pular, pois estava escrito que Deus daria ordens aos anjos para livrá-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pináculo do Templo e cair salvo no meio pátio sagrado, de uma só vez, faria o Senhor ser reconhecido como “Messias”. Mas não foi isso que aconteceu. O nosso Senhor não queimou etapas, mas repreendeu Satanás dizendo que ninguém pode tentar a Deus. As coisas do Altíssimo não são para fazermos provas sem sentido.

As três tentações de Jesus Cristo expuseram três áreas que o ser humano se mostra frágil: A das pulsões carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso Senhor venceu as tentações e nos estimulou a fugir das pulsões carnais, do apego pelo poder e da possibilidade de usar as promessas divinas para benefício próprio para a formação da autoimagem.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Lição 3 - 2º Trimestre 2015 - A Infância de Jesus. ADULTOS.

Lição 3

A infância de Jesus
2º Trimestre de 2015
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Nesta lição, devemos informar aos alunos que não existe nenhuma narrativa extensa sobre a infância de Jesus na Bíblia. E se não está na Bíblia, principalmente nos Evangelhos, não há outra fonte digna de confiança e merecedora de crédito quanto à narrativa da infância de Jesus Cristo narrada nas Sagradas Escrituras. Com essa afirmação queremos dizer que não há informação digna de confi ança porque os documentos extras bíblicos, que reclamam tal status, e tentam dar conta desse lapso de tempo da infância de Jesus, são bem posteriores aos Evangelhos, e foram influenciados pelo gnosticismo, uma heresia combatida pela Igreja do primeiro século, fundamentalmente por intermédio das cartas apostólicas. 
Em segundo lugar, por falta de material sobre a infância de Jesus, muitas são as especulações sobre ela, não contribuindo em nada para o nosso conhecimento sobre o Senhor e a sua história como menino.

É importante ressaltar na ministração da lição, a intenção do evangelista em destacar a infância de Jesus. Ao analisarmos o contexto das passagens que envolvem a infância e a adolescência do nosso Senhor, vemos que Lucas não tem o objetivo de descrever a infância de Jesus numa perspectiva biográfica? Embora haja dados biográficos no conteúdo, os Evangelhos não são relatos preponderantemente biográfi cos. E não apresenta uma preocupação cronológica com a estruturação das narrativas, embora o escrito lucano seja considerado, entre os Evangelhos, o mais cronológico.

O Evangelho de Lucas narra tudo o que sabemos sobre a infância e a adolescência de Jesus. O objetivo de o evangelista narrá-lo é o de apresentar a paternidade divina de nosso Senhor, pois Ele foi concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo. Nessa narrativa está presente “o anúncio do anjo Gabriel a Maria sobre o nascimento de Jesus (Lc 1.26-38)”; “a história do nascimento de Jesus e a presença de anjos juntamente com os pastores de Belém (Lc 2.1-20)”. Nosso Senhor foi uma criança comum, crescendo e desenvolvendo-se como qualquer criança da Antiga Palestina. Assim o texto lucano destaca a humanidade do nosso Senhor desde a tenra infância: “a apresentação do menino ao Senhor no Templo (Lc 2.21-40)”; “e a única história do texto bíblico sobre Jesus na adolescência” (Lc 2.41-52). Portanto, a narrativa do nascimento de Jesus Cristo está alocada no Evangelho de Lucas como uma introdução de quem é a pessoa do meigo nazareno, destacando sua paternidade divina e a sua característica humana.

Lição 2 - 2º Trimestre 2015 - O Nascimento de Jesus. ADULTOS.

Lição 2

O nascimento de Jesus
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lba
O evangelista, doutor Lucas, o médico amado, escreveu a história do nascimento de Jesus Cristo, paralelamente, a de João Batista. Podemos chamar de histórias dos nascimentos dos dois meninos, pois, em primeiro lugar, Lucas apresenta os anúncios do nascimento de João Batista e de Jesus Cristo (Lc 1.5-25, cf. vv.26-38); depois, a visita de Maria a Isabel (Lc 1.39-45); o cântico de Maria e a informação de que ela passara três meses na casa de sua prima Isabel (Lc 1.46-56); em seguida, a narrativa do nascimento de João Batista (Lc 1.57-66); o cântico de Zacarias, seu pai (Lc 1.67-80); depois, a narrativa do nascimento de Jesus Cristo (Lc 2.1-7); logo mais, a chegada dos pastores de Belém (Lc 2.8-20); em seguida, a circuncisão e a apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.21-24); a alegria de Simeão e da profetisa Ana com o nascimento do Salvador (Lc 2.25-38); e o encontro de Jesus com os doutores da Lei, no Templo, aos doze anos de idade (Lc 2.39-52). 
Nas seções narrativas dos anúncios natalícios sobre Jesus Cristo e João Batista, e de seus respectivos nascimentos, os grandes hinos presentes na narrativa lucana tomou um vulto grandioso na História da Igreja: o Magnifi cat, cântico de Maria exaltando a Deus pelas suas obras (1.46-55); o Benedictus, o cântico de Zacarias quando bendiz o Deus de Israel e profetiza sobre o ministério de João Batista (1.68-79).

As narrativas dos nascimentos de Jesus e de João têm o objetivo de deixar claro, desde o início da obra evangélica, a importância suprema da pessoa Jesus Cristo. Enquanto João tinha pai e mãe, e fora fruto do relacionamento entre Zacarias e Isabel, a narrativa igualmente deixa clara que a mãe de Jesus, Maria, não conheceu homem algum. E que o Filho de Deus fora concebido no ventre de Maria pela obra do Espírito Santo.

No Benedictus, o cântico de Zacarias, João Batista foi profetizado como o precursor do Messias, Jesus, o Salvador do Mundo. O grande profeta foi reconhecido pelo povo e por Herodes. João Batista descortinou o caminho do Filho de Deus para o arrependimento do povo, após apresentá-lo a fi m de que esse povo reconhecesse o Filho de Deus, o desejado entre as nações.

É importante que o estudante da Bíblia compreenda a forma como as narrativas do Evangelho de Lucas estão estruturadas, pois ela apresenta uma estrutura que faz sentido na forma como Jesus Cristo é apresentado a partir do capítulo 3 do Evangelho.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Lição 1 - 2º Trimestre 2015 - Jovens - A TERRA DE JESUS.

Lição 1

terra de Jesus2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I – A TERRA DE ISRAEL NOS TEMPOS DE JESUS

II – O DOMÍNIO ROMANO E A POLÍTICA

III – A ECONOMIA E O TRABALHO

CONCLUSÃO

O CENÁRIO MUNDIAL NA DISPENSAÇÃO DO TEMPO DE CRISTO (GÁLATAS 4.4)
Mais um trimestre se inicia e dessa vez, vamos estudar a respeito do contexto histórico-social dos tempos de Jesus. Na lição desta semana, a nossa atenção se volta para a Terra de Israel, lugar em que nasceu e viveu o Salvador do mundo. Veremos a seguir que, para o cumprimento da promessa divina do surgimento do Messias, era necessário que o contexto social e econômico de Israel estivesse preparado.
E do mesmo modo, o contexto político da nação, o sistema de governo teria papel importante no julgamento e morte do Messias em cumprimento à profecia bíblica. Tais mudanças geográficas e de infraestrutura também foram importantes para a propagação do evangelho e surgimento da igreja na dispensação dos tempos.

Sendo, nesta lição, o professor poderá considerar que tais fatores foram relevantes de serem estudados para compreendermos a história da Igreja e o cumprimento do propósito divino em relação aos gentios. Considere que ao estudarmos as Escrituras Sagradas, devemos ponderar que fatores históricos, culturais e geográficos influenciam na exegese correta da Palavra de Deus.

1. O contexto histórico-social e geográfico da terra do Messias
Em vista do que podemos entender a respeito do surgimento do Messias, sabemos que a profecia bíblica possui um tempo específico para se cumprir. Em Gálatas 4.4, vemos: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei [...]”, ou seja, quando as condições do mundo daquela época favoreciam ao surgimento do Messias.

Sabemos que, naquela ocasião, o Império Romano dominava toda a região que circuncidava o Mar Mediterrâneo, subjugando Cártago, Grécia, Macedônia, Síria, Palestina, Egito, Espanha e Galia, além das Ilhas Britânicas que também eram províncias de Roma. Os romanos ao conquistarem os gregos, não baniram seu idioma, antes levaram para o oeste o grego vulgar (Koiné) que se tornou a língua literária em grande extensão e falada no mundo Greco-romano do primeiro século.

A expansão territorial de Israel, a abertura de novas estradas e rotas de mercado faziam parte do cenário social e geográfico necessário para que Cristo cumprisse eficientemente o seu ministério no mundo daquela época (Mt 4.23).

2. O contexto político como parte do propósito divino
Além das condições histórico-social e geográfica que proporcionaram ao surgimento do Messias e a expansão da Igreja, assim também, a organização política teve papel primordial na dispensação dos tempos.

De acordo com o Novo Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, “O Governo romano era dividido em forma provincial. Os reis-vassalos tinham permissão para governar em algumas regiões, se obedecessem à política romana. Herodes, o Grande, governou de 40 a.C. até 4 d.C. como rei-vassalo (Mt 2.1). Quando Herodes morreu, seu reino foi dividido entre os seus filhos. A Galileia e a Pereia passaram a ser governadas por Herodes Antipas; Herodes Felipe recebeu a Itureia e a Traconítide; e Arquelau governou Samaria, Judeia e Idumeia (Edom).

Arquelau (Mt 2.22) não conseguiu manter a ordem e um procurador romano (inicialmente chamado prefeito) foi nomeado, ficando sujeito ao legado da Síria. Pôncio Pilatos foi o quinto procurador e controlou a região antes governada por Arquelau, mas não tinha jurisdição sobre a Galileia e Pereia pertencentes a Herodes Antipas (Lc 23.5,6). Esse não foi o fim da interação entre a família dos Herodes e os procuradores romanos. Quando os Herodes, Filipe e Antipas, foram depostos, outro membro mais jovem da família, Herodes Agripa I, recebeu a Galileia, Pereia, Itureia e Traconítide.

Em vista de Agripa I ter crescido na corte de Roma, foi lhe permitido tornar-se rei dos judeus como seu avô Herodes, o Grande, e dominar também a área procuratorial. Tudo isso, o tornou presunçoso e arrogante, além de perseguidor dos cristãos (At 12.1-5), ele, começou a imaginar que era um deus, e por causa dessa blasfêmia foi exterminado (At 12.20-23). Seu filho, Herodes Agripa II, não teve o apadrinhamento de Roma como acontecera com o pai. Coube-lhe governar a Itureia e Traconítide, mas os procuradores Félix (At 24.2) e Festo (At 24.27—25.1) tomaram o restante do país. Agripa II aparece como um especialista em assuntos judeus para ajudar Festo a resolver a situação de Paulo (At 25.13-27)” (CPAD, 2012, pp.253-257).

Dessa forma, o Império Romano e seus respectivos governantes, contextualizaram o surgimento do Cristianismo e a expansão da Igreja cristã.

Considerações finais
Sendo assim, tais fatores são de suma importância para a compreensão dos acontecimentos que contextualizaram o surgimento do Messias, assim como da promessa do evangelho ter chegado aos gentios. Tanto os aspectos sociais e geográficos, assim como os econômicos e políticos foram importantes para a propagação da Palavra de Deus. O mundo daquela época deveria fornecer as condições necessárias para que Cristo executasse o seu ministério, assim como também os membros da Igreja primitiva, encontrassem recursos para testemunhar da verdade por toda a parte.

Tais acontecimentos influenciaram consistentemente a produção do material de que dispomos hoje como evangelho, e devem ser analisados considerando os aspectos gerais e os específicos de cada época para que não sejam cometidos equívocos na interpretação da Palavra de Deus. Portanto, que possamos aprofundar nossos estudos em compreender o propósito divino que Deus determinou conforme a dispensação dos tempos para o bom proveito da sua Igreja.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 1 - 2º Trimestre 2015 - Adultos - O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS.

Lição 1

O Evangelho segundo Lucas
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – O TERCEIRO EVANGELHO

II – OS FUNDAMENTOS E HISTORICIDADE DA FÉ CRISTÃ

III – A UNIVERSIDADE DA SALVAÇÃO

IV – A IDENTIDADE DE JESUS, O MESSIAS ESPERADO

CONCLUSÃO

O EVANGELHO DO HOMEM PERFEITO (LUCAS 1.1-4)
Estamos começando mais um trimestre do novo currículo das lições bíblicas CPAD. E para iniciarmos, estudaremos de forma mais abrangente o evangelho de Lucas. O médico amado documentou o plano de salvação revelado em Cristo, o homem perfeito. Na aula desta semana, estudaremos sobre o contexto histórico que envolve este evangelho, e quais as minúcias da vinda do Messias a este mundo para salvação dos que creem.
Além do mais, veremos que Cristo se apresenta na história como o homem perfeito, sem defeito algum, que cumpriu todas as reivindicações da vontade de Deus. Portanto, que em cada lição, o professor possa explorar o este evangelho e nele encontrar preciosas informações que revelam o cuidado de Deus em prover a salvação para a humanidade.

Caro professor, enfatize em sua aula o contexto histórico em que ocorreu este importante ato revelador de Deus, e também apresente as características peculiares do Messias, que revelam o importante plano de Deus para salvação do homem. Boa aula!

I – O contexto histórico do evangelho de Lucas
Lucas, o médico amado e fiel cooperador de Paulo (Cl 4.4; 2 Tm 4.11) era um engenhoso escritor e teólogo. O evangelho escrito por Lucas vem atender à necessidade da Igreja primitiva gentia de obter um documento que relatasse em língua grega e na devida ordem, o nascimento, ministério, morte e ressurreição de Jesus.

Por esta razão, o médico amado se dispõe em pesquisar e recolher em detalhes, todas as informações a respeito da vida de Cristo. Tais informações já eram conhecidas oralmente por boa parte dos crentes, sabendo que tanto judeus e romanos já possuíam os evangelhos de Mateus e Marcos, respectivamente destinados a estes povos que traziam o registro da mensagem do evangelho em suas línguas. Porém, os povos pagãos de língua grega careciam ter um registro para o seu conhecimento e também de sua posteridade.

Desse modo, Lucas escreve e destina este registro a Teófilo, cujo nome significa “amigo de Deus”, um grego a quem o evangelista tem muita estima e o trata de “excelentíssimo”, conforme o costume e civilidade de sua época.

II. O homem perfeito entra na história
Notamos que no evangelho de Lucas, Cristo é apresentado como o homem perfeito que surge na história. Diferentemente dos outros evangelhos, Lucas apresenta detalhes da vida de Jesus.

De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, “o evangelho segundo Lucas começa com as narrativas mais completas da infância de Jesus (1.5—2.40), bem como apresenta o único vislumbre, nos evangelhos, da juventude de Jesus (2.41-52). Depois de descrever o ministério de João Batista e apresentar a genealogia de Jesus, Lucas divide o ministério de Jesus em três seções principais: (1) seu ministério na Galileia e arredores (4.14—9.50); (2) seu ministério durante a viagem final a Jerusalém (9.51—19.27); e (3) sua última semana em Jerusalém (19.28—24.43). Embora os milagres ocupem lugar de destaque no registro de Lucas sobre o ministério de Jesus na Galileia, o enfoque principal deste evangelho consiste nos ensinos e parábolas prediletas. O versículo determinante (9.51) e o versículo-chave (19.10) do evangelho ocorrem no início e perto do fim dessa seção especial” (CPAD, 1995, p.1498-99).

Nesse contexto, o Filho do Homem cumpriu inteiramente a vontade divina. Considerando que os povos de língua grega tiveram forte influencia filosófica, o evangelho de Lucas apresenta forte conotação poética destinada a um povo dado a meditação e ao pensamento. Isso nos mostra o cuidado de Deus em prover que a Sua Palavra chegasse a todos os povos e todos conhecessem a salvação que Deus providenciou pra a humanidade em Cristo Jesus.

Considerações finais
Portanto, para compreendermos melhor em que consiste a compilação do evangelista Lucas, torna-se indispensável conhecermos o contexto histórico que envolve esta importante e aperfeiçoada obra. Tais informações são relevantes para o estudo do evangelho.

A capacidade do autor de pesquisar e detalhar em sua língua nativa, ou seja, o grego, de uma maneira simples e efetiva, o que o evangelho confirma a respeito de Cristo, tornou-se fundamental para o conhecimento não só dos gentios daquela época, mas também para a igreja contemporânea que carecia de mais detalhes a respeito do Filho do Homem.

As particularidades do Jesus homem são exploradas, a fim de apresentá-lo como o homem perfeito que, se identifica com a humanidade e a compreende. Que possamos explorar o evangelho de Lucas e por intermédio dele, apresentar as alegações que provam o cuidado de Deus em prover a salvação à todos os que creem.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.