sexta-feira, 17 de julho de 2015

Lição 2 - 3º Trimestre 2015 - O EVANGELHO DA GRAÇA - ADULTOS.

Lição 02

O EVANGELHO DA GRAÇA
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15INTRODUÇÃOI – AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA
II – A GRAÇA SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR
III – UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE
CONCLUSÃO


I- AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA
Professor, neste primeiro tópico da lição procure enfatizar o alerta de Paulo a respeito das falsas doutrinas, pois elas acabam corrompendo o evangelho da graça.Explique que o evangelho da graça é o evangelho libertador de Jesus Cristo. Ressalte que a “missão de Timóteo era silenciar os falsos mestres de sorte que a verdade do Evangelho pudesse produzir o fruto do amor” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 833).
No versículo 4 da Leitura Bíblica em Classe, Paulo exorta os irmãos a não se ocuparem com “fábulas ou genealogias intermináveis” (v. 4). O que seriam estas fábulas e genealogias? “Provavelmente sejam essas as fábulas judaicas emocionadas em Tito 1.14. Literatura religiosa do período mostra tratados da genealogia do Antigo Testamento como uma fonte de verdade simbólica relacionada ao Apocalipse. Esta proposta, estimulada por inúmeros argumentos, afastava cada vez mais os especuladores do verdadeiro significado e intenção da Escritura” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 833).
II – A GRAÇA SUBERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR
Paulo reconheceu que a graça de Jesus superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo. Ele mostra aos irmãos que as falsas doutrinas corrompem o evangelho da graça, por isso, deveriam ser combatidas por Timóteo e pela igreja. Explique que as falsas doutrinas eram representadas por fábulas ou genealogias. 
“Sete anos antes de Paulo escrever esta epístola, advertira os presbíteros de Éfeso de que os falsos mestres procurariam distorcer a verdadeira mensagem de Cristo. Agora que isso já estava acontecendo, Paulo exorta Timóteo a confrontá-los com coragem. Este jovem pastor não devia transigir com esses falsos ensinos que corrompiam tanto a lei quanto o evangelho. Ele devia travar contra eles o bom combate (1 Tm 1.18) mediante a proclamação da fé original, conforme o ensino de Cristo e dos apóstolos ( 2 Tm 1.13,14). A expressão ‘outra doutrina’ vem do grego heteros e significa ‘estranha’, ‘falsificada’, ‘diferente’ (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 1870).
III – UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE
Como você reage diante dos embates da vida? Mesmo diante das dificuldades permanece fiel ao Senhor, combatendo o bom combate? Paulo convida Timóteo a combater o bom combate, lembrando que a igreja enfrentava os falsos mestres que estavam levando alguns a apostatarem da fé. 
“Paulo adverte Timóteo várias vezes a respeito da terrível possibilidade da apostasia, o abandono da fé”. Mas, o que é apostatar? Você sabe significado de apostatar? “Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apagar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e renovação pelo Espírito Santo; não é a simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível.
A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si: (a) a apostasia teológica, a rejeição de e (b) a apostasia moral, aquele que era crente e deixa de permanecer em Cristo e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade”. Observe os passos que podem levar à apostasia:
1. O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de Deus;
2. Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial de Deus, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de Deus através de Cristo;
3. Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida. Já não ama a retidão nem odeia a iniquidade;
4. Por causa da dureza do seu coração e da sua rejeição dos caminhos de Deus, não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo;
5. O Espírito Santo se entristece; seu fogo se extingue e seu templo é profanado. Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 1903).
Por Telma Bueno
Educação Cristã.
Publicações. CPAD. 

sábado, 4 de julho de 2015

Lição 1 - 3º Trimestre 2015 - A Igreja Em Um Mundo Novo - Jovens.

Lição 01

A IGREJA EM UM MUNDO NOVO3° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbj-03INTRODUÇÃOI - DO MUNDO VETEROTESTAMENTÁRIO AO NEOTESTAMENTÁRIOII - O MUNDO ENFRENTADO PELA IGREJA NO PRIMEIRO SÉCULOIII - A IGREJA EM UM MUNDO NOVOIV – A PRIMEIRA DÉCADA E MEIA DO SÉCULO 21CONCLUSÃO

I – DO MUNDO VETEROTESTAMENTÁRIO AO NEOTESTAMENTÁRIO
Professor, é importante enfatizar neste primeiro tópico o período de 400 anos que ocorreu entre o livro do profeta Malaquias e o nascimento de Jesus Cristo. Esse é o período que chamamos de “interbíblico” ou “intertestamentário”. Neste período, Deus não levantou profeta algum para levar uma mensagem coletiva ao seu povo escolhido — Israel. Porém, isso não significa que Deus não tenha falado. Ele falou, mas de forma isolada. O primeiro Evangelho, Mateus, inicia relatando a mensagem de Deus à Maria a respeito do nascimento de Jesus.
Ainda neste primeiro tópico, procure estabelecer uma comparação entre João Batista e Jesus Cristo. Enfatize o fato de que Jesus foi um homem do seu tempo. Ele viveu em sociedade e pregou a mensagem do Reino de Deus a todos, todavia sem se contaminar. Com Jesus aprendemos que “é possível viver em meio a uma sociedade corrompida sem contaminar-se com o estilo de vida do mundo.”
 JOÃO BATISTA JESUS CRISTO
 Precursor de Jesus Cristo. O Messias, Filho de Deus.
 O marco de transição entre a Antiga e a Nova Aliança. O marco da Nova Aliança.
 Viveu no deserto. Tinha um estilo de vida solitário (Mt 3.1). Viveu nas cidades, entre as pessoas. Pregava nas casas, sinagogas e no Templo.
 Vestia-se de pelos de camelo e comia gafanhoto e mel silvestre (Mt 3.4). Vestia-se como as pessoas dos seus tempos e não tinha uma restrição alimentar (Mt 11.19).
 Herodes o mandou matar. Entregou a sua vida, morrendo na cruz por toda a humanidade.

É IMPORTANTE MOSTRAR QUE:
“Jesus viveu dentro de um contexto de pluralidade religiosa, com a existência de diversas teologias e concepções sobre Deus e espiritualidade. Embora respeitasse a crença de cada grupo e tenha dialogado com muitos deles (Lc. 7.36), Ele não deixou de apontar os seus erros e de lhes falar a verdade. Jesus não se apresentou como mais uma opção religiosa entre tantas, mas como o próprio Filho de Deus (Jo 6.57), afirmando a sua exclusividade ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6). 
Nos dias atuais, como discípulos de Jesus, devemos respeitar as demais confissões religiosas, sem perder o senso crítico e a coragem de dizer o que convém à sã doutrina (Tt 2.1). Precisamos estar preparados (1Pe 3.15) para confrontar toda religião que fuja dos princípios bíblicos, seja por legalismo, misticismo ou mundanismo, enfatizando a superioridade de Cristo, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2), e o fundamento da verdadeira espiritualidade. Como escreveu Erwin Lutzer ‘Cristo apresentou-se como o único e exclusivo Salvador capaz de levar homens e mulheres a Deus Pai. Logicamente isso exclui todos os outros mestres/gurus que afirmam poder levar homens e mulheres a Deus. Nem Cristo pode ser o salvador apenas para o mundo ocidental nem sê-lo para o mundo oriental. Se Ele é a verdade, é a verdade para o mundo inteiro’’’ (MILOMEM, Valmir. Lições Bíblicas Jovens, 2 TRI, 2015, CPAD).
II – O MUNDO ENFRENTADO PELA IGREJA NO PRIMEIRO SÉCULO
Além de enfrentar as leis romanas a Igreja Primitiva teve que enfrentar o gnosticismo. Observe baixo o que significa esta doutrina. Se desejar, leia a definição para sua turma ao comentar o subtópico 3: 
“[Do Gr. gnostikós,conhecimento]. Escola teológica que floresceu nos primórdios do Cristianismo. Contrariando as pregações dos apóstolos, seus adeptos diziam-se os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de Deus. Seu arcabouço doutrinário considerava a matéria irremediavelmente má. Por isso, diziam que a humanidade de Cristo era apenas aparente.
Os gnósticos foram muito combatidos pelo apóstolo João que, em suas epístolas, fazia questão de mostrar ser o Senhor Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
O gnosticismo visava também conciliar todas as religiões, unindo-as através da gnose que, segundo ufanavam-se, era um conhecimento profundo” (Dicionário Teológico Claudionor de Andrade, CPAD, p. 167).
III – A IGREJA EM UM MUNDO NOVO
Professor, vivemos um tempo de desafios e mudanças, todavia como Igreja do Senhor temos uma missão a cumprir: Promover o Reino de Deus na Terra. Nós somos a Igreja. Aproveite este tópico e faça a seguinte indagação: “O que temos feito para dar cumprimento a nossa missão?” 
Explique que “a igreja não é uma mera organização humana. É um projeto de Deus (Ef 1.10; 3.1-13), edificada em Cristo Jesus (Mt 16.13-18). Naquela que ficou conhecida como a declaração de Cesareia o Senhor afirmou: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”(v. 18).O alicerce não é Pedro, e sim o Senhor Jesus, a Rocha inabalável (Rm 9.33; 1Co 3.11). O próprio discípulo reconheceu essa verdade ao chamá-lo de a pedra angular (1Pe 2.7).
A igreja não é o Reino de Deus em sua plenitude, mas a sua expressão entre os homens. Como Igreja, ela não proclama a si mesma, mas o Reino de Deus. Ela não é um fim, mas o instrumento que apresenta ao mundo o Senhor do Reino e introduz em suas fronteiras os seres humanos arrancados do reino das trevas. Logo, a Igreja é a agência divina que promove o Reino de Deus aqui na Terra, pelo testemunho e prática no dia-a-dia da presença real do governo divino em todas as dimensões da vida, proclamando que Jesus salva, cura, transforma, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará nas nuvens para buscar o seu povo. Precisamos clamar ao Senhor para que Ele continue a fortalecer o seu povo nestes últimos dias, diante de tantos desafios e guerra cultural” (MILOMEM, Valmir. Lições Bíblicas Jovens, 2 TRI, 2015, CPAD).
IV – A PRIMEIRA DÉCADA E MEIA DO SÉCULO 21
Enfatize que este é um tempo de mudanças, por isso, a Igreja do Senhor precisa fazer uma leitura crítica do nosso tempo para que possa transformá-lo mediante a pregação da Palavra de Deus. Como cristãos precisamos obedecer à recomendação bíblica: “[...] que é já hora de despertarmos do sono [...]” (Rm 13.11). Se desejar reproduza o quadro abaixo destacando as principais mudanças.
MUDANÇAS DO NOSSO TEMPO
 Econômicas A criação de grandes blocos econômicos e a criação de uma moeda única, como o euro.
 Sociais Novos padrões familiares, surgindo as chamadas famílias homoafetivas.  As crenças e os valores passam a sofrer influência direta das mídias.
 Religiosas O ateísmo dá lugar ao pluralismo e ao diálogo religioso.
 Filosóficas  Não existem verdades absolutas.
 Político Surgimento de grupos terroristas fundamentalistas. O terrorismo “inaugura” o século 21.
Por Telma Bueno. Educação Cristã. Publicações, CPAD.

Lição 1 - 3º Trimestre 2015 - Uma Mensagem à Igreja Local e à Liderança - Adultos.

Lição 1

Uma mensagem à Igreja Local e à Liderança
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15INTRODUÇÃOI – AS EPÍSTOLAS PASTORAIS
II – PROPÓSITO E MENSAGEM
III – UMA MENSAGEM PARA A IGREJA LOCAL E À LIDERANÇA DA ATUALIDADE
IV – MENSAGEM PARA A LIDERANÇA
CONCLUSÃO


“A NECESSIDADE DE ÉTICA MINISTERIAL NA IGREJA” (2 TIMÓTEO 2.15)
Estamos iniciando mais um trimestre de estudo da Palavra de Deus e pedimos que a graça do Senhor seja abundante sobre a nossa vida. Na lição desta semana, iniciaremos comentando a respeito da orientação de Paulo a dois jovens pastores que cuidavam do rebanho do Senhor.
As epístolas direcionadas a Timóteo e a Tito discorrem de qualidades especificas que devem ser encontradas na vida daqueles que manejam a Palavra da Verdade. Em primeiro lugar, Paulo aborda a respeito de que o líder deve ser exemplo ético para a Igreja e para os que estão de fora. Deve se apresentar como um obreiro aprovado que não tem dos que se envergonhar, para que, do mesmo modo, também não envergonhe ou escandalize os que são neófitos na fé (cf. 1 Tm 4.2; 2 Tm 2.15).

Em segundo lugar, outro atributo que o líder deve possuir é que deve servir. As palavras de nosso Senhor Jesus e o seu maior exemplo deixam claro que qualquer que é chamado para liderar no Reino de Deus, deve entender que “somos salvos para servir”, pois o líder cristão não é o que manda, e sim o que serve, não é o maior, e sim, aquele que se torna o menor e serve como exemplo de humildade para os demais (Mt 20.24-28).

Sendo assim, nesta lição, caro professor, aborde estes importantes ensinamentos que podem tornar a igreja um local cada vez mais saudável e rico da graça de Deus.
I. O líder cristão como exemplo ético para os que estão à sua volta.
Quando escreve e direciona suas epístolas aos jovens pastores Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo apresenta alguns aspectos indispensáveis à vida daqueles que exercem o ministério na Casa de Deus. Os que possuem a incumbência de ministrar perante a igreja devem ser exemplo para o rebanho de Deus. Uma vida ética que obedece a Palavra de Deus e respeita o próximo é fundamental para a edificação do Corpo de Cristo (cf. Tt 1.5-9).

Na Bíblia de Estudo Pentecostal, encontramos mais detalhes dessa importância: “O líder cristão deve ser, antes de qualquer coisa, ‘exemplo dos fiéis’ (1 Tm 4.2; cf. 1 Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação. (a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (1 Tm 4.12,15). (b) O povo de Deus deve aprender a ética e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1 Co 11.1; Fp 3.17; 1 Ts 3.7,9; 2 Tm 1.13)” (CPAD, 1995, p. 1867).

Não obstante, nos dias atuais, vemos no seio da igreja uma imensa carência de obreiros que verdadeiramente possuam a ética, isto é, obreiros que possuam em sua formação ministerial, valores e preceitos intrínsecos em sua personalidade de modo que alcancem bom testemunho dos crentes que fazem parte da sua comunidade de fé, e principalmente, dos que são neófitos na fé, ou seja, crentes recém-nascidos no evangelho. Além disso, também deve prestar um bom testemunho aos descrentes, por intermédio do seu comportamento exemplar, respeito, educação e amor para com o próximo.

Portanto, tais qualidades tornam-se indispensáveis para o exercício adequado por parte dos que realizam a obra de Deus.

II. O líder cristão deve servir a todos.
Além do mais, outra especificidade que deve possuir o líder que teme a Deus e que cuida em ser um obreiro aprovado, é a predisposição em servir. Em contraste com a realidade de muitos nos dias atuais que esperam por ser servido, o próprio Cristo declarou de maneira bem incisiva: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28).

Diferentemente do modelo secular que atribui o dever de servir e honrar aos que estão em posição elevada, Cristo se despiu de sua glória e humildemente se fez homem, e achado na forma humana, se humilhou à condição de servo, a fim de mostrar o exemplo aos seus discípulos (cf. Fp 2.5-8).

No Reino de Deus, todos os que são chamados para liderar devem entender que somos salvos com a mesma missão de exercer o serviço pelo qual fomos alcançados pela graça de Deus. Assim como nosso Mestre lavou os pés dos discípulos, dando o exemplo de servidão, também devemos optar por servir aos nossos irmãos em tudo o que diz respeito à edificação espiritual e bem estar (Jo 13.12-17; Rm 15.2-7).

Ademais, o líder cristão não deve exercer o mando, e sim o serviço para que cada membro em particular sinta-se encorajado a auxiliar um ao outro, e finalmente juntos, possam trabalhar para a edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11-13). Também não deve almejar ou vangloriar-se por ser o maior, antes deve se tornar o menor, para que sirva de exemplo de humildade para os demais irmãos à semelhança do que Cristo realizou aqui na terra, durante o tempo de seu ministério (cf. Mt 23.11,12).

Portanto, o maior exemplo de liderança encontra-se na atitude de quem prefere servir ao invés de ser servido, quem escolhe ser humilde ao invés de se exaltar, pois em verdade afirma o provérbio: “O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e diante da honra vai a humildade” (Pv 15.33).

Considerações finais
Tendo em vista que somos privilegiados por prestarmos um serviço tão especial para o Reino de Deus, devemos considerar que todos quantos almejam por realizar esta obra devem possuir as qualidades esperadas por Deus.

O líder que verdadeiramente é chamado pelo Senhor, entende a sua responsabilidade ética perante a igreja. Embora não seja perfeito, entende perfeitamente que para ser um obreiro aprovado e que maneja bem a Palavra da Verdade, não basta apenas conhecê-la, mas deve também obedecê-la e praticá-la (Tg 1.22). Não se envergonha do serviço que presta para o Reino de Deus, nem mesmo escandaliza os que aceitaram recentemente a fé, mas se orgulha de ser o exemplo dos fieis.
Cristo em tudo se mostrou fiel e obediente e espera que os seus servos entendam a missão de não apenas fazer, mas também de ser exemplo de humildade e amor para com o semelhante. Visto que a saúde de uma igreja depende em muito da qualidade dos obreiros e da liderança que nela presta o serviço para Deus, que se agrada quando o seu povo persevera na oração, na Palavra da Verdade, no partir do pão e na comunhão (At 2.42-44).

Que possamos, como obreiros de valor, cumprir com excelência o chamado ministerial com que fomos chamados, como verdadeiros obreiros aprovados pelo Senhor.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Lição 13 - 2º Trimestre 2015 - Os Servos de Jesus, Sal da Terra e Luz do Mundo - Jovens.

Lição 13

Os Servos de Jesus, Sal da Terra e Luz do Mundo2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - OS DISCÍPULOS COMO O SAL DA TERRA (Mt 5.13)
II - OS DISCÍPULOS DE JESUS COMO A LUZ DO MUNDO (Mt 5.14)
III - IGREJA, PROMOVENDO O REINO DE DEUS NA TERRA (Mt 11.5; 28.19)
CONCLUSÃO

IGREJA, AGÊNCIA DO REINO DE DEUS NA TERRA (MATEUS 5.16)
Na aula desta semana, aprenderemos que a Igreja possui as qualificações para ser a representante de Deus na terra. O plano divino distingue a igreja como local e universal.
É considerada local pelo fato de ser uma verdadeira agência do Reino de Deus em que os crentes desfrutam da comunhão e obedecem à Palavra de Deus e, como toda instituição, é um organismo vivo organizado com direitos e deveres que devem ser cumpridos pelos que fazem parte desta magnífica estrutura. Desde o início, Deus projetou a igreja e a proveu de condições necessárias para a sua subsistência.

De outro modo, a igreja possui a qualidade de ser universal porque é um organismo espiritual composto por todos os que creram no evangelho de Cristo, em todas as épocas e em todos os lugares. Deus incumbiu a esta igreja, a responsabilidade de testemunhar o evangelho da graça ao mundo. Ela é o instrumento de Deus para a salvação do pecador. Quando Cristo ressurgir nas nuvens do céu, os fieis experimentarão da ressurreição e transformação de seu corpo para morar eternamente com o Senhor Jesus, todos quantos possuem o seu nome escrito no Livro da Vida (1 Ts 4.13-17).

Portanto, caro professor, enfatize em sua aula que a igreja é uma instituição e por esta razão, deve ser organizada como tal. Ensine também que a estrutura religiosa só pode ser considerada representante do Reino de Deus se de fato promove o testemunho de Cristo ao mundo.

1. A igreja é um organismo vivo e institucional.
Sendo a igreja, uma verdadeira agência do Reino de Deus, precisa atuar adequadamente, a fim de que cumpra o seu papel glorioso de representar Cristo até os confins da terra. Quando falamos que a igreja é local, entendemos que ela é formada de crentes de uma determinada região, que compartilham de uma mesma comunhão (cf. At 2.42).

Na obra Teologia Sistemática, Eurico Bérgsten detalha: “A igreja local é a forma neotestamentária da comunhão entre os crentes. É um órgão que Jesus fez levantar através da sua morte (cf. Jo 11.52; Ef 2.15,16). Ela é o agrupamento de crentes regenerados e batizados em água, residentes em uma determinada comunidade, os quais, com o propósito de obedecer à Palavra de Deus, se reúnem em um organismo espiritual para, sob a direção de um ministro de Deus, servir ao Senhor. [...] A Bíblia fala de ‘alguns da igreja’ (At 12.1) e dos que ‘saíram de nós’ (1 Jo 2.19). Assim, torna-se manifesta tanto a retidão dos sinceros (cf. 1 Co 11.19) como o desvario dos errados (cf. 2 Tm 3.9). Quando a Bíblia fala da disciplina na igreja, subentende-se que o disciplinado pertencia à mesma, pois ninguém pode ser desligado de um local ao qual não pertencia (cf. Mt 18.17,18).

Na igreja local, todos os membros são iguais em consideração, pois são irmãos (cf. Mt 23.8-10). Não existe discriminação de raça nem de posição social: todos são varas na mesma videira (cf. Jo 15.5). A Bíblia fala sempre de uma só igreja local em cada lugar: a igreja em Jerusalém (cf. At 8.1), em Antioquia (cf. At 13.1), em Corinto (cf. 1 Co 1.2), em Tessalônica (cf. 1 Ts 1.1) e em Éfeso (cf. Ap 2.1), por exemplo. A igreja local também é referida na forma plural, quando se trata das igrejas existentes em determinada região. Assim, as igrejas na Galácia (cf. Gl 1.2), na Judéia, Galileia e Samaria (cf. At 9.31), e na Macedônia (cf. 2 Co 8.1)” (CPAD, 2013, p. 213).

Desde o princípio o Senhor proveu todos os recursos para que a igreja estivesse atuante como instituição. Contudo, muito além de ser uma organização que possui regimento interno com direitos e deveres, a igreja deve ser relevante para onde se encontra inserida de modo a permear os valores do Reino de Deus em uma sociedade que precisa reconhecer Deus em seus caminhos.

2. A igreja promove o testemunho de Cristo ao mundo.
A igreja possui a qualidade de ser universal porque é um organismo espiritual. Quando falamos desse aspecto, nos referimos ao fato de a igreja ser composta por todos os crentes em todas as gerações e lugares.

Eurico Bérgsten continua a discorrer: “É ‘a universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus’ (Hb 12.23). Os crentes do Antigo Testamento, que creram em Deus e foram aceitos por Ele através do sacrifício de cordeiros, após a morte e a ressurreição de Jesus foram postos pé de igualdade com os crentes do Novo Testamento (cf. Rm 3.25,26). Eles tomarão parte na primeira ressurreição, quando Jesus vier nas nuvens. Jesus é o líder da Igreja universal. Não existem nela ministérios ou cooperadores: Ele é tudo em todos. Aqueles que permanecem em Jesus dando frutos pertencem à Igreja universal. Se alguém não dá fruto, é cortado (cf. Jo 15.4-6). Todas as igrejas locais no mundo pertencem à Igreja universal, mas é possível ser membro de uma igreja local, sem pertencer à uma Igreja universal” (Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 212-13).

No grande Dia da vinda do Senhor, quando Cristo ressurgir nas nuvens do céu, todos os que morreram fieis, aguardando a promessa, ressuscitarão em glória, e nós, os que estivermos vivos, seremos transformados e todos juntos estaremos com o nosso Senhor para todo sempre (1 Ts 4.13-17). Por esta razão, o discípulo de Cristo não pode deixar de ser sal da terra e luz do mundo. Devemos ser uma igreja relevante em tempo e fora de tempo.

Considerações finais
Portanto, a igreja tem todas as qualificações necessárias para ser a representante de Deus na terra. Consideremos que o nosso Deus sempre proverá os recursos necessários para subsistência da igreja e para que ela exerça plenamente o papel de agência do Reino de Deus.

Mesmo sendo uma organização institucional, é também um organismo vivo e espiritual, constituído da responsabilidade de testemunhar o evangelho da graça por todo o mundo. Todos os crentes no mundo compõem este grande corpo de santos que ressuscitará, e os que estiverem vivos serão transformados para todos juntos viverem eternamente com o senhor (1 Ts 4.13-17).

Sabendo disso, devemos ter em mente que é tempo de pensarmos melhor se estamos cumprindo o nosso papel de Igreja em toda a terra. Sermos, simplesmente instituição não terá a mínima importância em nossa sociedade. Todavia, se desempenharmos o serviço para o Reino de Deus com comprometimento e identidade, se não “perdemos o sal” e nem permitirmos “faltar azeite em nossas lâmpadas”, de fato, seremos uma igreja relevante em nossos dias para uma sociedade carente de Deus.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 13 - 2º Trimestre 2015 - A Ressurreição de Jesus - Adultos.

Lição 13

A Ressurreição de Jesus
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO

II – A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

III – EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
IV – O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

CONCLUSÃO

“RESSURREIÇÃO E GARANTIA DE VIDA ETERNA” (1 CORÍNTIOS 15.53,54)
Estamos chegando ao final de mais um trimestre, e nesta semana estudaremos a respeito do evento que ratificou a nossa salvação: a Ressurreição de Cristo.
A morte e ressurreição de Jesus é a garantia de que os crentes também ressuscitarão no grande Dia da Vinda de nosso Senhor. Assim como pela ofensa de Adão, a morte reinou sobre a humanidade, a abundância da graça reina em vida, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 5.17).

Sua maravilhosa graça nos alcançou e, por esta razão, recebemos mediante a fé, o privilégio de sermos restaurados e regenerados pelo Espírito Santo de Deus. E quando chegar o grande Dia da Ressurreição, também receberemos corpos incorruptíveis e viveremos eternamente com o Senhor (1 Co 15.53,54). Assim como Ele é, também o seremos diante do nosso Pai celestial (cf. 1 Jo 3.2,3).

Portanto, caro professor, ensine aos seus alunos de que maneira ocorrerá este evento tão esperado por todos nós que Cristo nos garantiu ao ressuscitar dos mortos. Enfatize também que a vida eterna e a incorruptibilidade são frutos da graça salvadora manifesta por intermédio da ressurreição de Cristo. Tenha uma ótima aula!
I. A garantia da Ressurreição.
Sabemos que o pecado original ocasionou com que a morte sobreviesse ao homem e reinasse em seus membros por conta do pecado. Mas graças a Deus pela abundante graça manifesta em Cristo que nos trouxe a vida.

A justiça de Cristo sobre a cruz permitiu ao homem a oportunidade de remissão de seus pecados e de justificação perante Deus (Rm 5.1). Sua ressurreição não era comum, mas especial, pois sendo um sacerdote que permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo e pode salvar perfeitamente os que por Ele se achegam a Deus, vivendo sempre a interceder por eles (cf. Hb 7.24,25).

Laurence O. Richards discorre no Comentário Histórico-Cultural que “O argumento de Paulo é que a ressurreição, embora muito importante, é um acontecimento em uma sequência de acontecimentos culminantes. O primeiro evento foi a ressurreição de Jesus, que transformou o curso da história e garantiu a ressurreição do crente. [...] Dessa maneira, a ressurreição de Cristo representa mais do que uma garantia de nossa própria ressurreição. Ela é o acontecimento crítico da história, o evento que introduz uma ordem cronológica que executará os propósitos de Deus e abolirá Satanás e a morte, restaurando o universo ao seu estado puro e original, revertendo o curso do poder destruidor que foi liberado através do pecado de Adão” (CPAD, 2012, p. 363).

Assim sendo, pelo novo e vivo caminho que Ele nos abriu, podemos ter vida, e esta vida, assim como a própria vida de Cristo, não pode ficar retida na morte, pois agora estamos vivos em Cristo Jesus e viveremos eternamente para a glória de Deus (cf. Hb 10.20; Ef 2.1; 1 Co 15.22).

II. Seremos incorruptíveis e viveremos eternamente com o Senhor.
Tendo em vista que Cristo tornou-se a causa da nossa salvação, recebemos mediante a fé, o privilégio de sermos restaurados e regenerados por seu santo Espírito. Quando Cristo retornar, então, assim como Ele é, também o seremos. Visto que o nosso corpo corruptível se revestirá de incorruptibilidade (1 Co 15.53,54).

A Bíblia de Estudo Pentecostal narra este processo de transformação de nossos corpos da seguinte maneira: “Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1 Co 15.20-44,49; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será: a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31); um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (1 Co 15.42-44,47,48; Ap 21.1); c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42); d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21); e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); f) um corpo espiritual (isto é, não natural, mas sobrenatural), não limitado palas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1 Co 15.44).

[...] Os fiéis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles (1 Co 15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos na volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física” (CPAD, 1995, p. 1766). Assim, transformados pelo poder de Deus, viveremos eternamente com o nosso Senhor.

Considerações finais
Portanto, recebemos a garantia de uma eterna salvação e da ressurreição que virá aos crentes no grande Dia da Vinda do Senhor (1 Ts 4.13-17). Tendo em vista que, embora o pecado se fizesse presente em Adão, Cristo desfez a obra do pecado que resultou em morte para o homem. Desde então, fomos resgatados da nossa vã maneira de viver e ressuscitados em Cristo quando Ele ressuscitou ao terceiro dia pela manhã (1 Pe 1.18,19).

Que possamos guardar a esperança de que, do mesmo modo como o nosso Senhor ressuscitou e vive eternamente, também ressuscitaremos em um corpo de glória, semelhante ao de nosso Senhor, no qual a corrupção não encontrará mais lugar nem as concupiscências terão domínio algum (1 Co 15.42-49). Antes, assim como é santo aquEle que nos chamou, também seremos santos eternamente.

Por esta razão, assim como Ele é puro, devemos nos purificar para que no Dia da Ressurreição, sejamos achados vigilantes e servindo ao Senhor em santidade (1 Jo 3.2,3).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

sábado, 20 de junho de 2015

Lição 12 - Os Discípulos de Jesus e a Participação Política. Jovens.

Lição 12

Os Discípulos de Jesus e a Participação Política2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - O QUE É POLÍTICA?
II - POLÍTICA SEGUNDO A BÍBLIA
III - A RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO CRISTÃO
CONCLUSÃO

A SUJEIÇÃO À AUTORIDADE DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS (ROMANOS 13.1,2)
Na aula desta semana, estudaremos concernente à política de acordo com as Escrituras Sagradas. Veremos que a política trata de que forma deve ser o relacionamento do cidadão, dentre eles, o cristão, com as autoridades que administram o governo civil.
Nesse contexto, discorreremos a respeito da sujeição às autoridades, desde que estejam de acordo com os princípios morais e espirituais da Palavra de Deus. Sabemos que o Estado é laico e, portanto, não compartilha dos mesmos valores que os cristãos apreciam na Palavra de Deus. Por isso, importa que tenhamos em mente que há determinadas ordenanças que são idealizadas com o propósito contrário e implicante aos costumes cristãos.

Sendo assim, devemos verificar se os candidatos que optamos por eleger, de fato, defendem princípios que estão de acordo com os valores morais contidos na Palavra de Deus (Pv 22.28).

Portanto, caro professor, enfatize em sua aula, sobre a importância de pensarmos na política como uma forma de estarmos inteirados em tudo o que envolve a administração pública, e de certa forma, nossas vidas em sociedade. Ressalte também que, devemos prestar atenção se aqueles que optamos para representar os nossos direitos junto ao Estado, verdadeiramente o fazem de acordo com os valores morais da Palavra de Deus. Tenha uma excelente aula!

1. A obediência do Cristão às autoridades.
Sabemos que as Escrituras Sagradas orientam que devemos estar sujeitos à toda ordenação humana, visto que não há autoridade que não seja constituída por Deus (cf. Rm 13.1). No entanto, há momentos que o governo de nossa localidade ou mesmo de nossa nação, não se sujeita aos princípios da Palavra de Deus.

Nesse caso, a Bíblia abre um precedente para nos mantermos firmes com aquilo que é condizente com a vontade de Deus. Há exemplo disso, encontramos a ocasião em que o apóstolo Pedro e todos os demais discípulos são coagidos pelas autoridades judaicas a não ensinarem mais a respeito da salvação por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. At 5.28,29). Ao que Pedro responde com convicção e fé: “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (v. 29).

Não estamos com isso enfatizando que todas as leis que prezam pelo respeito, sossego e a ordem pública devam ser desobedecidas. O Senhor Deus nos concede a sabedoria e os recursos necessários para pregarmos de acordo com a necessidade das pessoas de uma localidade de maneira educada e eficaz.

No episódio de Pedro, importava que o evangelho da graça fosse testemunhado e propagado por toda região de Israel. Para isso, os discípulos não deveriam se deixar dominar pala inveja e perversidade da cúpula judaica que não sentia nem se quer o mínimo de remorso pela culpa de ter crucificado o nosso Salvador.

Para esclarecermos este preciso mandamento, a Bíblia de Estudo Pentecostal comenta: “Deus ordena que o cristão obedeça ao Estado, porque este, como instituição, é ordenado e estabelecido por Deus. Deus instituiu o governo porque, neste mundo caído, precisamos de leis para nos proteger do caos e da desordem como consequências naturais do pecado. (1) O governo civil, assim como tudo mais na vida, está sujeito à lei de Deus. (2) Deus estabeleceu o Estado ara ser um agente da justiça, para refrear o mal mediante o castigo do malfeitor e a proteção dos elementos bons da sociedade (vv. 3,4; 1 Pe 2.13-17). (3) Paulo descreve o governo, tal qual ele deve ser. Quando o governo deixar de exercer a sua devida função, ele já não é ordenado por Deus, nem está cumprindo com o seu propósito. Quando, por exemplo, o Estado exige algo contrário à Palavra de Deus, o cristão deve obedecer a Deus, mais do que aos homens (At 5.19; cf. Dn 3.16-18; 6.6-10). (4) É dever de todos os crentes orarem em favor das autoridades legalmente constituídas (1 Tm 2.12)” (CPAD, 1995, p. 1723).

Sabendo que o Estado é laico e, portanto, não compartilha dos mesmos valores que os cristãos apreciam na Palavra de Deus, importa que tenhamos em mente que tais ordenanças que não estão em conformidade com a Palavra de Deus, não devem ser seguidas. Visto que tais ordenanças possuem em sua matriz, ideais com propósito intencionalmente contrários e críticos contra os valores que constituem os ensinamentos que Jesus deixou a sua igreja.
2. Nosso voto em favor dos valores morais da Palavra de Deus.
Em vista do que temos observado, há uma responsabilidade política e também civil no exercício da democracia. O nosso voto deve ser pensado com uma consciência pura e cristã. Não podemos tratar com leviandade o nosso direito de cidadania, pois se optarmos por contribuir para a eleição de candidatos que desconhecem os valores da Palavra de Deus, ou mesmo, que não são a favor de tais preceitos, cooperaremos para a limitação de nossos direitos de expressão e livre pensamento.

Deus se importa com o nosso bem estar pessoal, mas também com o de nossa sociedade. Em Provérbios, Salomão ensina que, “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo suspira” (29.2). Portanto, que possamos exercer o nosso compromisso com os valores morais contidos na Palavra de Deus (Pv 22.28), e não negligenciemos o nosso dever de contribuir para uma sociedade mais pacífica, organizada, bem administrada e próspera, pois na paz da cidade, também teremos a paz (cf. Jr 29.7).

Considerações finais
Desta forma, podemos concluir que o nosso relacionamento em sociedade depende e muito de uma política que tenha como objetivo, o bem estar de todos, inclusive dos cristãos. É nosso dever zelar pela obediência ao poder público, visto que temos a responsabilidade de testemunhar dos princípios morais e espirituais contidos na Palavra de Deus.

Embora o Estado não compartilhe dos mesmos valores que a igreja, é fundamental que tenhamos a convicção do que cremos e a quem representamos. Somos embaixadores de Cristo em meio a uma geração que carece de Deus (2 Co 5.20). Por isso, devemos ter em mente que o bom exercício de nossa cidadania pode contribuir e muito para que tenhamos uma política que realce a valorização do ser humano. Para isso, devemos optar por um voto que seja a favor dos valores morais da Palavra de Deus.

Portamos, que possamos entender que tomar conhecimento da vida política é um meio de conhecermos como procede a administração pública, o que é de suma importância para o nosso bem estar em sociedade. Além disso, conhecermos o comportamento daqueles que nos representam é fundamental para sabermos se de fato estão prestando um serviço de qualidade em favor dos valores que baseiam a nossa ética cristã.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.