sábado, 9 de junho de 2018

Lição 11 - 2º Trimestre 2018 - Firmes na Verdade e na Graça de Deus - Jovens.

Lição 11- Firmes na verdade e na graça de Deus 

 2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - A AÇÃO DA TRINDADE NA VIDA DO SALVO
II - A FIRMEZA DO CRISTÃO
III - O CONSOLO DE DEUS AOS SANTOS 
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Reconhecer o ensino da Trindade presente em 2 Tessalonicenses;
Mostrar as causas da firmeza espiritual de um cristão;
Refletir a respeito do consolo de Deus em nossas vidas.
Palavra-chave: Firmeza.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
Há todo um esforço divino em estabelecer o melhor dos futuros para todos aqueles que lhe são fiéis. Se por rebeldia contumaz ou vida pecaminosa assumida conscientemente, alguns indivíduos receberão na eternidade juízo condenatório, essa não é a vontade do Pai idealizada para a humanidade.
Como bem afirmou o próprio Paulo (1 Tm 2.4) e também Pedro (2 Pe 3.9), o anelo de Deus é a salvação de todos os homens, pois foi para a eternidade de paz e segurança eternas que a humanidade foi constituída pelo Criador. Como a Bíblia já atesta antecipadamente, infelizmente haverá indivíduos que, por sua própria escolha, não herdarão o Reino dos céus, mas, sim, o castigo e vergonha eternos.
No entanto, como Paulo assevera aos crentes em Tessalônica na parte final do segundo capítulo de 2 Tessalonicenses, o que Deus tem reservado para seus filhos na eternidade é um conjunto de paz, alegria e conforto eternos. Pensemos, então, mais pormenorizadamente sobre cada uma das orientações de Paulo para os crentes tessalonicenses, referentes à postura destes enquanto desenvolvem suas vidas rumo às promessas eternas de Deus.
A Ideia da Trindade como Promotora do Futuro Redentor dos Cristãos em Tessalônica
Em 2 Tessalonicenses, há uma efusiva referência à obra da salvação realizada por meio da operação simultânea da Trindade. Apesar de associarmos, de um modo geral, a salvação ao sacrifício de Jesus no Calvário — o que é algo absolutamente coerente —, necessitamos compreender que a obra da salvação é um ato de cooperação eterna do Pai, do Filho e do Espírito Santo, de tal modo que, sem qualquer um destes, aquela ação divina não seria possível.
Ao falar sobre o papel de Deus Pai na operação da salvação, Paulo ressalta que somos salvos a partir da eleição promovida pelo Pai mediante Jesus de Nazaré e seu sacrifício. Sobre essa categoria teológica central quanto ao processo salvífico, a eleição, defende Jacó Armínio (1560–1609) numa citação longa, porém imprescindível:
O senhor acrescenta, então, que “ele não morreu igualmente pelos reprovados” (o senhor deve usar essa palavra, e não a palavra “perdidos”), “e pelos eleitos”. O senhor considera essas coisas na ordem errada, pois a morte de Cristo, na ordem das causas, precede o decreto de eleição e reprovação, de que se origina a diferença entre os eleitos e os reprovados. A eleição se fez em Cristo, morto, ressuscitado e que, meritoriamente, obteve graça e glória. Portanto, Cristo também morreu por todos, sem nenhuma distinção entre eleitos e reprovados. Pois essa dupla relação de homens é posterior à morte de Cristo, pertencendo à aplicação da morte e da ressurreição de Cristo e das bênçãos obtidas por eles. A expressão “Cristo morreu pelos eleitos” não significa que alguns foram eleitos antes que Cristo recebesse de Deus a ordem para oferecer a sua vida como o preço de redenção pela vida do mundo, ou antes que Cristo fosse considerado como morto (pois como poderia ser isso, uma vez que Cristo é o cabeça de todos os eleitos, em quem a sua eleição está garantida?), mas a morte de Cristo só assegura a salvação para os eleitos, (ARMÍNIO, 2015, p. 531).
Sobre a eleição, como argumentado por Armínio no texto acima, algumas considerações precisam ser feitas:

1) Quanto à possibilidade de acesso à salvação, para usar as categorias definicionais de Armínio, não há diferenças entre eleitos e reprovados. Tentando ser mais claro ainda, a hipótese de uma eleição prévia para condenação eterna de pessoas, motivada única e exclusivamente por uma arbitrariedade condenatória de Deus que, segundo essa hipótese, elegeria uns e rejeitaria outros, como denuncia Armínio, não é condizente com a aceitação do Filho de Deus e da proposta de sacrifício na cruz do Calvário para a salvação ofertada a todos os homens.

2) Ainda que, segundo uma análise a partir do processo histórico, o decreto de eleição precede o sacrifício vicário de Cristo, ao voltarmos o perfil da análise, não para uma compreensão histórico-processual, mas eterno-causal, ficará evidente que a autodeterminação de Cristo por sacrificar-se por toda a humanidade como oferta necessária e suficiente precede o decreto eletivo que, uma vez antecedido pelo nexo causal do sacrifício, opera mediante este.
Tomando como referência o fato de que nós, enquanto seres perpassados pela temporalidade, realizamos nossa compreensão de mundo a partir da noção processual-linear de tempo — herança cristã à cultura mundial 1 —, precisamos despir-nos de tais preconcepções fundamentais ao nosso pensar, para tentarmos visualizar a história da salvação a partir de seus encadeamentos lógicos, os quais nem sempre são subordinados a elementos históricos.
Se primeiramente houvesse ocorrido o decreto eletivo, necessariamente precisaríamos defender teses como, por exemplo, expiação limitada, decreto de condenação previamente estabelecido, monergismo e um tipo contraditório de “liberdade-determinada”.

3) Toda a eleição é mediante Cristo. Descontrói-se, assim, qualquer suposta acusação de pelagianismo ou semipelagianismo que Armínio e aqueles que comungam de suas ideias sofrem. O sinergismo que há entre humanidade e divindade é todo mediado pelo sacrifício de Jesus na cruz. A fé que fundamenta salvação não é oriunda de interpretações carnais ou de leituras eclesiástico-políticas; ela emana exclusivamente do coração bondoso do pai para TODA a humanidade. Não há autoeleição, ou seja, tudo é obra da misericórdia divina que insiste em alcançar-nos.
Ratificando essa compreensão da eleição no pensamento de Paulo, a qual é diretamente associada a uma ação da Trindade, afirma-nos Paganotto:
... quando se afirma que Deus é nosso Pai, também se diz que Cristo é nosso Senhor; demonstrando a íntima união existente entre o Pai e o Filho, mesmo que não se cite diretamente que Deus é Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, desta elucidação pode-se afirmar que o apóstolo afirma tal aspecto indiretamente. Sobre a relação existente entre o Pai o Filho, Schnelle13 evidencia duas linhas teológicas: um traço subordinante na cristologia paulina, pois todas as ações salvíficas do Filho têm o seu início no Pai (cf. 1Ts 1,10; 4,14), e um traço equitativo inicial, onde tanto o Pai como o Filho são os destinatários, por exemplo, das orações feitas por Paulo (cf. 1Ts 1,2ss). (PAGANOTTO, 2014, p.202)
Já com relação à atuação do Filho neste processo, Paulo, escrevendo pela segunda vez aos tessalonicenses, afirma que fomos salvos para alcançarmos a glória do Senhor Jesus. Tal anúncio apostólico indica que há finalidade para a vida humana, de forma que não vivemos à toa, de modo aleatório.
O fim da humanidade deve ser glorificar a Deus, ou seja, viver para que a glória de Deus manifeste-se sobre a humanidade. A vida do cristão não acaba em si mesma; ela transcende a limitação particular da existência de cada um e aponta para a majestade de Cristo. Dessa forma, tudo aquilo que realizamos que não parte de um fundamento cristocêntrico e muito menos visa o enaltecimento da glória de Deus deve ser imediatamente abandonado.
Não foi para brigarmos por coisas efêmeras e passageiras — política eclesiástica, poder institucional — que o Senhor Deus vocacionou-nos. O motivo da nossa salvação foi retirar-nos de uma condição estruturalmente condenatória e miserável, para vivermos eternamente na glória e em glória.
Logo, as inclinações e desejos de cada um de nós devem espelhar o caráter de Jesus, presente em cada um daqueles que nasceram de novo. O brilho de Cristo deve alumiar todas as motivações de nosso ser. Os reinos humanos abalam-se e perecem, mas o governo do Pai permanece para sempre.
Ora, como afirma Paulo, a questão da manifestação da glória de Deus dá-se por meio do anúncio da Palavra de Deus. Com relação a essa conexão entre anúncio do Reino e a aparição da glória de Deus, afirma-nos Betim:
... o “esvaziou-se” de Jesus, tendo como sujeito ele mesmo, revela que ninguém o obrigou a esta ação: trata-se de uma expressão de liberdade, sendo a única motivação o querer dele mesmo, motivado pelo amor, além de não ser uma atitude imposta, não foi interesseira (não esperava “benefícios” em troca). Essa é a atitude tipicamente cristã, não se pode “comercializar” com o Pai (dar para receber, em troca, o dobro). A postura de Cristo revela a atitude correta do indivíduo como consequências para toda a comunidade: se o indivíduo se exalta, prejudica a comunidade (como o termo em si mesmo indica, só ocorre se houver “comunhão”); mas, se ele se rebaixa, fortalece a comunidade, pois com esse proceder ele ajuda o outro. (BETIM, 2016, p.56)
O objetivo primaz de tudo o que se estabelece em nossas vidas deve ser a glória eterna de Cristo. A glória sempiterna de Cristo, abandonada em sua kenosis, porém restabelecida em sua ressurreição triunfal, conduz-nos a uma vida nos padrões sonhados para cada um de nós.
De forma análoga, porém intimamente condicional, assim como Cristo foi novamente glorificado no céu depois de seu esvaziamento, sacrifício e ressurreição, assim também cada um de nós, depois da superação das angústias e dores deste mundo, receberá de Jesus a glória redentora que nos concederá direito à vida eterna junto ao majestoso trono de Deus.
Por último, mas não menos importante, Paulo louva a salvação promovida pela ação da Trindade por meio da santificação no Espírito Santo. Diante do trágico, porém real impedimento do retorno de Paulo àquela simples comunidade, coube ao Espírito Santo orientar lideranças locais para a continuação da obra divina em Tessalônica.
A santidade que emana da Trindade para a humanidade é-nos transmitida por meio da atuação do Espírito que, em comunhão com o nosso homem interior, testifica das grandezas tanto da salvação como do salvador. O Espírito conclama-nos à separação de tudo aquilo que é pecaminoso, orientando-nos a uma vida dedicada exclusivamente à glória de Deus.
A Firmeza dos Tessalonicenses naquilo que Foi Anunciado
Se a ação graciosa da Trindade manteve a comunidade em Tessalônica firme, havia uma recomendação paulina que dizia respeito ao procedimento daqueles irmãos, para manter aquela igreja firme em Cristo: a fidelidade ao ensino ministrado. O tempo para a ministração das doutrinas básicas foi pouco; entretanto, a permanência nos princípios que foram apresentados garantiria o bem-estar da comunidade.
Infelizmente, ao mesmo tempo ao anúncio da verdade, as heresias também se manifestam no seio da igreja. Esse era um diagnóstico já verificado por Paulo na jovem comunidade tessalonicense. Se levar a mensagem de Cristo àquela cidade foi algo desafiador e que pôs em risco a integridade física daqueles missionários, a propagação de heresias era algo muito mais fácil de ser feita e, segundo parece ser possível depreender-se do texto, sem tantas oposições externas.
Essa preocupação de Paulo para com os tessalonicenses espelha, de maneira emblemática, o desafio de manutenção da tradição que o cristianismo enfrentou em seu nascedouro. Diferentemente do judaísmo, que já possuía toda uma coletânea de textos sagrados, assim como um enorme universo de comentários a esses textos, ou mesmo das religiões helenísticas as quais estavam respaldadas e garantidas quanto à transmissão às outras gerações por meio do poder do Estado, a igreja cristã ainda estava construindo sua identidade coletiva.
Pressupondo que esta segunda carta aos tessalonicenses foi escrita antes de 55 d.C, temos em nossas mãos o testemunho de um tipo de cristianismo que iniciava sua transição da pura oralidade para o estabelecimento da tradição coletiva por meio de textos instrutivos, os quais, mais tarde, foram reconhecidos, com autoridade institucional, como espaços de conservação dos ideais da Igreja Primitiva.
Sobre esse esforço cristão para garantir a perpetuação de suas tradições na história, defendem Mendes e Cerqueira:
Os sociotransmissores, agentes difusores da mémoria, garantem a transmissão da tradição de geração a geração. Aqui a memória formativa da tradição cristã é garantida através desses sociotransmissores, ou seja, primeiramente através dos evangelistas e dos evangelhos, e, posteriormente, por meio da sucessão apostólica, através dos bispos e presbíteros que, em seus ensinamentos, transmitem à Igreja, em cada época. Ao final do século II as normas doutrinais, a Escritura e a tradição já não são independentes, não são mais fontes de revelação diferentes, mas se unem, completando-se e transmitindo o mesmo testemunho — a evocação memorial da figura de Jesus. Deste modo, a doutrina da tradição garantida pela sucessão apostólica e suas formas simbólicas permitem à Igreja edificar a sua teologia. (MENDES e CERQUEIRA, 2011, p. 74)
Para evitar o desvirtuamento da fé por meio de falsos pregadores e seus ensinos heréticos, era necessário firmeza nos pressupostos elementares da doutrina que foram repassados por Paulo e sua equipe, inicialmente por meio da transmissão oral e, agora, escrita. O ensinamento dos valores e tradições apostólicas é algo imprescindível para o estabelecimento da jovem fé cristã que se anuncia entre os tessalonicenses.
Contemporaneamente, vivemos uma crise de identidade muito próxima à enfrentada em Tessalônica. A existência de uma multiplicidade de fontes que reivindicam para si a autoridade veritativa é algo extremamente preocupante. Se tantos profetas, mestres e doutores assumem a qualidade de fonte confiável das doutrinas cristãs, como estes podem contradizer-se entre si?
Somente por meio de um esforço contínuo de reflexão e aprendizado da Palavra é que seremos capazes de superar esse contexto de erros doutrinários e heresias e voltar a viver a essência do evangelho anunciado por Jesus Cristo e repassado às gerações pelos apóstolos e pela Igreja Primitiva.
Um povo sem memória não é um povo, mas apenas um amontoado de pessoas limitado por barreiras político-geográficas. Lembremo-nos do povo judeu que, mesmo depois de milênios despatriados, persistiam na manutenção de suas tradições religiosas, sociais e culturais.
Se também somos peregrinos e forasteiros, devemos estar empenhados para a manutenção dos valores e princípios cristãos que foram repassados aos nossos pais na fé. Não se trata de um culto ao passado, mas, sim, do necessário reconhecimento dos fundamentos que nos conduziram até a condição atual de nossas vidas.
Conclusão
Ante as ferrenhas ações do inimigo e seus serviçais, é necessário confiarmos no amor do Pai para continuarmos firmes na vocação que nos concedeu Ele. Somente por meio da operação conjunta e poderosa da Trindade, seremos capazes de sobreviver aos constantes ataques do Maligno. Entretanto, uma vez apoiados e protegidos por Deus, devemos dar o máximo de nós para permanecer no conjunto de princípios e ensinamentos que nos foram repassados pelos santos apóstolos e pela Igreja Primitiva.
*Este subsídio foi extraído de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

1 É importante destacar que as culturas orientais, não-judaico-cristãs, e as ocidentais pré-cristãs não conheciam a concepção linear de tempo, a qual lhes foi apresentada a partir da lógica Criação-Queda-Redenção-Consumação própria do cristianismo; ou seja, a ideia de um começo, meio e fim da história, sem versões indefinidas ou retornos cíclicos é parte do background cultural cristão repassado às gerações.

Lição 11 - 2º Trimestre 2018 - Ética Cristã, Vícios e Jogos - Adultos.

Lição 11- Ética Cristã, Vícios e Jogos

 2º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
Todo vício escraviza, por isso, a Palavra de Deus nos adverte a evitá-los.
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Vícios: a degradação da vida humana
II – Jogos de azar: uma armadilha para a família
III – Vivamos uma vida sóbria, honesta e fiel a Deus
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Explicar que Deus não criou o ser humano para ser escravo dos vícios nem dos jogos.

Ética Cristã, Vícios e Jogos
Pr. Douglas Baptista

A Bíblia Sagrada enaltece a vida moderada, o trabalho honesto e a boa administração da família (1 Co 10.23; Ec 3.10; 1 Tm 5.8). Desse modo, as Escrituras eliminam qualquer possibilidade de o cristão envolver-se na prática dos vícios ou jogos de azar. No entanto, as estatísticas indicam dados alarmantes dos prejuízos que são provocados por esse mal em nossa sociedade.
VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA
Tudo aquilo que escraviza o homem e o faz perder seus valores é qualificado como vícios que resultam na degradação da essência humana. Uma definição genérica para vício é “um hábito, ou prática, imoral ou mau; conduta imoral; comportamento depravado e degradante” (HENRY, 2007, p. 596). Portanto, vício é o contrário da virtude, assim como o errado diverge do certo e as trevas fazem oposição à luz. Durante a Idade Média, os teólogos relacionaram os “vícios” aos denominados sete “pecados capitais”. Os vícios eram identificados em um ou mais dos seguintes pecados mortais: orgulho, avareza, lascívia, inveja, glutonaria, ira e preguiça. Quanto a esses e aos demais pecados, somos exortados a rejeitar as obras das trevas e nos vestir das armas da luz (Rm 13.12). O apóstolo dos gentios enfatiza o comportamento ético do cristão como aquele que age na luz: “não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja” (Rm 13.13). As vidas viciadas no álcool, cigarros e demais drogas evidenciam ausência de paz de espírito, andam nas trevas e necessitam de urgente libertação (Gl 5.16; 1 Jo 2.8).

O Pecado do Alcoolismo
O consumo do álcool é tanto um vício como um pecado (Lc 21.34; Ef 5.18; 1 Co 6.10). A embriaguez altera o raciocínio e o bom senso (Pv 31.4,5). O álcool retira a inibição e a pessoa perde “a motivação para fazer o que é certo” (Os 4.11). O alcoolismo leva à pobreza e a graves problemas de saúde (Pv 23.21,31,32). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o alcoolismo como a terceira causa de morte no mundo. A igreja deve posicionar-se e trabalhar na prevenção ao vício. O problema é de ordem espiritual, médica e psicológica. Muitas pessoas fazem uso da bebida alcoólica como um meio de fuga para seus problemas. Por conseguinte, precisamos sair da clausura dos templos e anunciar que Cristo produz vida (Jo 10.10) e concede paz para a alma (Jo 14.27).
A maldição na família de Noé
A embriaguez do patriarca Noé resultou em graves consequências para si e para sua família. Após o período do dilúvio, Noé tornou-se lavrador da terra e plantou uma vinha (Gn 9.20). Na primeira colheita da uva, ao fermentar um vinho, o patriarca embriagado ficou desnudo dentro de sua tenda. Desinibido pelo efeito do álcool, tornou-se incapaz de perceber a insensatez de sua atitude (Gn 9.21). O mesmo efeito de destempero acontece com aqueles que agem sob o efeito do álcool. Por isso, as Escrituras advertem: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1). Por essa razão, também Paulo recomendou a abstinência de bebidas alcoólicas (1 Tm 3.3). A nudez de Noé foi flagrada pelo seu filho Cam, que em lugar de resguardar seu pai decidiu depreciar sua honra contando aos irmãos (Gn 9.22).
Os outros filhos de Noé, Sem e Jafé, de maneira respeitosa, com o rosto virado em direção contrária, cobriram a nudez do pai (Gn 9.23). Passado o entorpecimento, ao despertar de sua bebedeira e se conscientizar dos fatos, o patriarca lançou sobre o filho de Cam um severo juízo: “Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos” (Gn 9.25). Por conseguinte, por causa da postura difamatória de Cam, toda a descendência de Canaã ficou sob maldição. Apreende-se com tal episódio que o uso do álcool resulta em situações danosas e constrangedoras para a família. Assim, para o cristão, prevalece a admoestação bíblica: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
A Escravidão das Drogas
As drogas são substâncias químicas que provocam alterações no organismo. As drogas causam dependência e o consumo excessivo provoca morte por overdose. As drogas afetam também o funcionamento do coração, fígado, pulmões e até mesmo o cérebro. As drogas ilícitas mais comuns são a maconha, a cocaína, o crack e o ecstasy. As chamadas drogas lícitas, como o álcool e o cigarro, são igualmente prejudiciais à saúde. As pessoas usam drogas principalmente para alterar o estado de espírito em busca de paz. Entretanto, as drogas agridem o corpo que é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19,20) e invalidam o sacrifício de Cristo na cruz (1 Co 1.18). O cristão não deve usar e nem participar de movimentos que visam legalizar as drogas.
Descriminalização do uso e venda de drogas
A legislação brasileira verbera contra o uso e contra a venda de entorpecentes (Lei nº 11.343/2006). Embora a referida norma abrandasse as penalidades para os usuários, em comparação com as legislações anteriores, a norma em vigor ainda considera crime “adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo [entorpecentes]” (Art. 28). Todavia, tramitam no Congresso Nacional Projetos de Leis (PL) que visam à descriminalização das drogas, isto é, que o uso de drogas e sua venda não seja mais considerado crime.
O PL n° 7270/2014 autoriza a produção e o comércio da maconha em todo o território nacional. Outro projeto de lei é o de n° 7187/2014, que dispõe sobre o controle, a plantação, o cultivo e a comercialização da maconha. Por fim, há ainda um Recurso Extraordinário (RE) n° 635659 que tramita no Supremo Tribunal Federal que tem o intuito de descriminar o uso da maconha. Contudo, é importante frisar que mesmo com essas tentativas de descriminalização, o uso e a venda de drogas até então é crime.
Assim como relatado neste capítulo, o uso de entorpecentes é imoral, antiético, bem como prejudicial à saúde do usuário e das pessoas do seu convívio social. Porém, alguns grupos nocivos à sociedade anseiam a descriminalização das drogas. O condão de defesa apresentado por esses apoiadores é que a criminalização das drogas cria cartéis do narcotráfico, e que, “liberando” as drogas, essas quadrilhas seriam desmobilizadas. Outra arguição é que o uso de drogas não pode ser considerado crime, e, sim, problema de saúde pública. Com esses pretextos, como explicar que mesmo regulamentado os medicamentos de “tarja preta” ou de antibióticos são vendidos clandestinamente? Se o uso de entorpecentes é considerado crime e mesmo assim milhares de pessoas utilizam, será que “liberando” o uso de drogas diminuirá os usuários, e, assim, desafogará o sistema de saúde?
O exercício do domínio próprio
Aquele que vive na carne é escravizado pelo pecado (Jo 8.34). A maior característica de quem vive no Espírito é a manifestação do fruto do Espírito Santo. Segundo o teólogo David Lim, “o fruto tem a ver com o crescimento e o caráter; o modo da vida é o teste fundamental da autenticidade” (HORTON, 1996, p. 488). O fruto do Espírito consiste em nove graças listadas em Gálatas 5.22,23, as quais são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e temperança. O fruto no singular refere-se à unidade que o Espírito Santo cria na vida daqueles que se sujeitam a Ele (GOMES, 2016, p. 14). A virtude que parece ser o somatório de todas as outras é tradução da palavra grega egkrateia, que significa “temperança” ou “domínio próprio”. É autocontrole, autodisciplina e moderação. É a qualidade que Cristo nos dá para andarmos no mundo conservando a nossa santidade. Trata-se de um ato de repelir ou reprimir os desejos da carne por meio do controle do Espírito Santo: 
Ironicamente os nossos desejos pecaminosos, que prometem autorrealização e poder, inevitavelmente nos levam à escravidão. Quando nos rendemos ao Espírito Santo, inicialmente sentimos como se tivéssemos perdido o controle, mas Ele nos leva a exercer o autocontrole que seria impossível somente com as nossas próprias forças. (RIBAS, 2009, p. 298)
Desse modo, o cristão controlado pelo Espírito Santo não pode ceder às paixões carnais e nem tão pouco ser escravizado pelo uso de quaisquer drogas ou entorpecentes. O vício — quer ele seja lícito, quer seja ilícito — não tem lugar na vida de uma pessoa que procura ser controlada pelo Espírito de Deus. Embora nem a idade nem a experiência sirvam de garantia para o exercício do autocontrole, o fruto do Espírito o produz na vida do crente. O texto paulino exorta o cristão a não ser dominado por nada: “[...] todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Co 6.12b).
JOGOS DE AZAR: A ARMADILHA PARA A FAMÍLIA
Tudo aquilo que abarca investimento sem retorno garantido, descomprometido com a ética e a moral resulta em sérios prejuízos na família. A expressão “jogos de azar”, para os efeitos penais, é definida como sendo o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte. Consideram-se jogos de azar: a) o jogo dependente de sorte; b) apostas em qualquer outra competição. O décimo mandamento do Decálogo condena a cobiça, que é a raiz de todos os jogos de azar (Êx 20.17). 
A Ilusão do Ganho Fácil
A sedução dos jogos de azar ocorre pela esperança de se obter lucro instantâneo. As pessoas são atraídas pela ilusão de ganhar dinheiro rápido e fácil sem o esforço do trabalho. Jogam na expectativa de tirar a sorte grande e assim resolver problemas financeiros. Ciente dessa realidade, o Estado brasileiro é extremamente ambicioso na exploração da jogatina. Somente de loterias legalizadas são nove modalidades: mega-sena, loto mania, dupla sena, loto fácil, quina, instantânea, loteria federal, loteca e lotogol. E ainda existem as casas de bingo, os jogos eletrônicos e também os jogos ilegais como os caça-níqueis e o jogo do bicho, entre outros. O governo e os contraventores lucram e lucram muito. Mas os jogadores tornam-se compulsivos, endividam-se, arruínam a família e a própria vida. Depositar a esperança na sorte é pecado e implica não confiar na providência divina (Jr 17.5-7).
O erro de confiar nas riquezas
No capítulo 6 do Evangelho de Mateus, no Sermão do Monte, Cristo tratou, entre outros assuntos, acerca da oração e da ansiedade. Discorreu sobre a tendência humana de acumular tesouros na terra (Mt 6.19,20). Cristo alertou que as riquezas não são permanentes e podem rapidamente desaparecer. As possessões terrenas podem ser destruídas por três maneiras: a traça, a ferrugem e os ladrões. Portanto, aqueles que depositam sua fé e esperança nos bens materiais estão sujeitos a sofrer decepções e dores profundas, pois “o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males” (1 Tm 6.10). Para livrar o cristão do sofrimento de tais males, o Senhor nos orienta a ajuntar tesouros nos céus, com a seguinte observação: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21).
O Senhor não condenou o acúmulo de dinheiro quando usado para fins de sobrevivência e conforto necessários ao homem e sua família. A reprimenda de Jesus se refere à confiança irrestrita nas riquezas que arrebata os pensamentos, os esforços e as energias na busca dos bens terrenos. Sob esse aspecto, o cristão deve depositar sua esperança na providência divina, e não na busca desenfreada e irresponsável de dinheiro fácil por meio dos jogos de azar. Atitude diferente dessa implica não confiar na provisão divina, que nos alerta a não andar inquietos quanto ao que comeremos, beberemos ou com que nos vestiremos porque “decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas” (Mt 6.31,32).
Os Males dos Jogos na Família
Os jogos de azar causam destruições irreparáveis no ambiente familiar. O jogo vicia e escraviza a ponto de migrar todos os recursos de uma família para o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. Nos jogos de azar, o benefício de um depende completamente do prejuízo do outro e normalmente são as pessoas de baixa renda que sustentam a jogatina. Esses jogos fomentam a preguiça, a corrupção, a marginalidade, a agiotagem, a violência e a criminalidade. Os jogadores compulsivos descem ao nível mais baixo para continuar alimentando o vício da jogatina. Em muitos casos tais jogadores perdem seus empregos, o respeito de seus amigos e até o amor de suas famílias. As Escrituras nos advertem a zelar pela família (1 Tm 3.4,5) e não cair em armadilhas, pois “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7). 
Jogos de Azar: uma contravenção penal
O ordenamento jurídico brasileiro classifica os delitos em duas naturezas: crimes ou contravenções penais. A primeira é tida como um delito de maior potencial (delitos contra a vida, a liberdade, etc.); já as contravenções penais são aquelas tidas como de menor potencial (delitos contra a paz pública, a incolumidade pública e outros). Os jogos de azar são classificados como contravenções penais (Art. 50, Decreto-Lei n° 3.688/1941), ou seja, quem joga, presencialmente ou online, ou ainda administra tal serviço está sujeito às penalidades legais.
Existem dois projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional que visam à legalização desses jogos: o projeto de lei n° 442/1991 (Câmara dos Deputados), que reúne 14 propostas sobre legalização de cassinos, bingos, caça-níqueis, jogo do bicho e jogos online; e o projeto de lei n° 186/2016 (Senado Federal), que deseja legalizar o funcionamento de cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos em vídeo. O perigo dessa prática desmedida é diverso, como apresentado nos tópicos anteriores, assim como seria impossível o Estado fiscalizar esses estabelecimentos e, sem dúvida alguma, seria o local “adequado” para o crime organizado lavar seu dinheiro.
Doença comportamental
Todo e qualquer tipo de vício escraviza o ser humano, e com o viciado em jogos não é diferente. Um incontável número de jogadores perdeu tudo o que tinha em apostas variadas; eles não perderam apenas dinheiro, perderam a dignidade, a confiança, o respeito e até a moral. O viciado imagina que pode recuperar o dinheiro perdido e nesse afã aposta valores cada vez mais altos até ficar completamente falido. O viciado é capaz de inventar todo tipo de histórias para conseguir dinheiro e continuar alimentando o seu vício — inclusive cometer crimes. Embora o vício em jogos seja considerado uma doença patológica, a compulsão para jogar não é ocasionada por alguma dependência química; trata-se de uma doença comportamental. A família não pode ficar omissa diante de um quadro de vício patológico. Admitir o problema e procurar a orientação de profissionais especializados é indispensável para o tratamento do vício. Ignorar ou dirimir os fatos só trará constrangimentos, vergonha e muito sofrimento.
VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS
A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de azar engloba a sobriedade, honestidade e fidelidade ao Autor da vida. A ética cristã requer dos súditos do Rei um comportamento digno e uma vida de moderação. Não é condizente com os salvos em Cristo a extravagância, o destempero, o desequilíbrio ou qualquer outra atitude que possa manchar o evangelho ou denegrir o bom nome de Cristo. 
A Bênção da Sobriedade
A expressão grega nephálios refere-se à sobriedade em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. O dicionário indica aquele que ao contrário de embriagado, está desperto, consciente e com capacidade de discernir. O termo também é utilizado para identificar vida equilibrada. Trata-se da virtude daquele que controla as paixões da carne (Gl 5.24). Desse modo, a sobriedade abrange o comportamento moderado, a mente sã, o bom juízo e a prudência (Rm 12.3; 1 Tm 1.5; 2 Tm 1.7). A orientação bíblica é de abstinência de toda a imundícia, inclusive a dos vícios e dos jogos de azar (Tt 2.12).
Abstinência é a melhor solução
No que diz respeito à abstinência total de álcool, vez ou outra se levanta uma discussão acerca do uso do vinho no Novo Testamento. O vinho servido nas bodas em Caná da Galileia (Jo 2.9), o vinho usado por Cristo na instituição da Ceia do Senhor (Lc 22.20) e o vinho recomendado por Paulo a Timóteo (1 Tm 5.23). O debate refere-se às seguintes questões: Trata-se apenas do suco natural da vide ou de suco fermentado? Não vou entrar no mérito da discussão etimológica dos termos gregos e nem nas probabilidades de interpretação por considerar essa demanda estúrdia e secundária (Tt 3.9). Somente, transcrevo abaixo a posição do Comentário Bíblico Pentecostal:
A completa abstinência é recomendável. Uma pessoa que abstém completamente do álcool não se embriaga nem se tornará alcoólatra. Também não faria com que um ex-alcoólatra recaísse no pecado. É melhor prevenir do que remediar! (ARRINGTON, 2003, p. 1478)
Aquele que se abstém não comete excessos. Esse procedimento mantém o cristão afastado das críticas, das ruins suspeitas e da escravidão do vício. Não é possível conceber um cristão embriagado, expondo-se ao escárnio e zombaria dominado pelo efeito do álcool; ou seja, a abstinência total e absoluta é o ideal para o exercício da fé genuinamente cristã.
Honestidade e Fidelidade
Uma pessoa honesta não explora o seu próximo, mas conduz seus negócios com transparência (Sl 112.1-5). Não retira seu sustento da jogatina à custa de quem perde dinheiro nos jogos de azar (1 Ts 4.6). O verdadeiro cristão não busca amparo na sorte, mas provê a si e sua família por meio do trabalho honesto (Gn 3.19). A fidelidade do cristão é com a palavra de Deus. Mesmo que alguns vícios e jogos de azar sejam lícitos pelas leis do Estado, o salvo em Jesus não se permite contaminar. Os ensinos e os princípios bíblicos devem pautar a vida daqueles que são fiéis ao Senhor (Sl 119.105).
O viver moderado do cristão
A vida sóbria é sinônimo de moderação. A honestidade denota sinceridade. A fidelidade é o compromisso do crente salvo com Deus e sua Palavra. Os vícios e os jogos de azar, legais ou ilegais, são práticas reprováveis e prejudiciais à sociedade. Os vícios escravizam e destroem as vidas e as famílias. De igual modo o fazem os jogos de azar. Portanto, o cristão deve abster-se da prática de todo e qualquer vício e dedicar-se ao trabalho honesto para o sustento de sua casa. Cabe ao salvo resistir ao pecado e não se deixar dominar por coisa alguma (1 Co 6.12). O viver moderado denota equilíbrio e vida santificada. Vida santa significa cuidar e honrar, e não macular o próprio corpo conforme nos asseveram as Escrituras: “que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra” (1 Ts 4.4).

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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Lição 11 - 2º Trimestre 2018 - Jesus Também Orou - Berçário.

Lição 11 - Jesus também orou

 2º trimestre de 2018
Objetivo da lição: Estimular a criança a seguir o exemplo de Jesus na oração.
É hora do versículo: “Ouve, Senhor a minha oração [...]” (Salmos 141.3).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a oração, em especial o exemplo de Jesus como uma pessoa que sempre orou.
A criança do Berçário tem um entendimento limitado sobre oração. Mas basicamente ela pode entender que oração é falar com o Papai do Céu, assim como ela fala com o papai e a mamãe.
De acordo com Ruth Beechick em seu livro Como ensinar crianças do Maternal, página 32, para uma criança de dois anos "a oração será o que ela vive em termos de oração. Se ela já experimentou momentos de oração (antes das refeições, ao se deitar para dormir, antes de sair) em casa ou na Escola Dominical, estes atos de oração comportam o significado desta palavra para ela. Pouco a pouco, podemos entender a ideia da oração para novas experiências, ensinando-a a orar em outras situações. Se uma criança fez alguma coisa contra a outra, podemos orar com ela dizendo: 'Obrigada, Senhor pelo meu amiguinho'. Podemos também ensiná-la a orar quando estiver com medo, doente ou feliz.
Através de suas experiências de oração, a criança entenderá que orar é conversar com Deus. Aprenderá a agradecer ou pedir algo a Ele; a dizer a Deus que o ama e que Ele é bom. Tudo aquilo que pode dizer aos seus pais, ela poderá dizer a Deus, pois o verá paternalmente.
"Faça uma oração com sua turminha pedindo que repitam as suas palavras na oração que Jesus ensinou em Mateus 6.9-13 (NTLH):
“Pai nosso, que estás no céu,
que todos reconheçam
que o teu nome é santo.
Venha o teu Reino.
Que a tua vontade seja feita aqui na terra
como é feita no céu!
Dá-nos hoje o alimento que precisamos.
Perdoa as nossas ofensas
como também nós perdoamos
as pessoas que nos ofenderam.
E não deixes que sejamos tentados,
mas livra-nos do mal.
[Pois teu é o Reino, o poder e a glória,
para sempre. Amém!]”
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
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Lição 11 - 2º Trimestre 2018 - Um Lugar de Muita Alegria - Juniores.

Lição 11 – Um Lugar de muita Alegria

 2º Trimestre de 2018
Texto bíblico – Filipenses 4.4; 1 Tessalonicenses 5.16.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus é um lugar de muita alegria. Isso não significa que você deva ensiná-los que não há sofrimento nesta vida, pelo contrário, seus alunos devem aprender que padecerão perseguições por causa do evangelho e por amor a Jesus Cristo (cf. Mt 5.10; Jo 16.33). Entretanto, essas aflições não devem ser motivos de tristeza, e sim de alegria, pois elas comprovam que verdadeiramente são servos de Deus.
Estamos vivendo um tempo de inversão de valores. A pregação que prevalece é aquela que atende às necessidades das pessoas e diz exatamente o que elas querem ouvir e não o que precisam ouvir. Esse tem sido o perigo que tem assolado as igrejas, produzindo crentes que não estão firmados na verdade da Palavra de Deus, e quando surgem as perseguições ou qualquer sofrimento ocorre em suas vidas serão os primeiros a abandonar a fé (cf. Mt 13.19-22). Mas Deus espera mais de seus filhos e, por esse motivo, é importante que você ensine a verdade aos seus alunos a fim de que estejam preparados para as lutas que terão de enfrentar por causa da fé em Jesus Cristo.
Na Carta que escreveu aos filipenses, o apóstolo Paulo estimula os irmãos daquela igreja a regozijarem-se sempre no Senhor: “Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor! Repito: tenham alegria!” (cf. Fp 4.4). Mas por quais motivos deveriam alegrar-se? O crente deve alegrar-se meditando na graça, esperança e promessas de Deus. A maior esperança do crente é a salvação eterna alcançada em Jesus Cristo.
Outra ocasião em que o apóstolo exorta a igreja a alegrar-se é quando escreve aos tessalonicenses (1 Ts 5.16). Paulo declara: “Estejam sempre alegres”. Vejamos que nas duas ocasiões o apóstolo estimula os irmãos a alegrarem-se na presença de Deus. Mesmo quando as circunstâncias não eram favoráveis os crentes deveriam se alegrar, porquanto partilhavam de uma esperança eterna que não se compara com alegria alguma deste mundo.
Esta é uma boa ocasião para ensinar seus alunos que a verdadeira alegria está em Deus. Somente Ele pode nos alegrar quando as coisas não dão certo ou quando somos entristecidos por alguma circunstância ou mesmo por alguma pessoa. Ensine aos seus alunos que podem encontrar a verdadeira alegria em Deus. Aproveite o assunto da lição e realize a seguinte atividade:“Sente-se em círculo com as crianças. Converse com elas explicando o significado da palavra servir. Depois, peça que as crianças citem alguns personagens bíblicos que serviam ao Senhor. Em seguida, pergunte o que eles gostariam de fazer para servir a Deus. Vá anotando tudo em uma folha de papel ofício. Então, diga que podemos servir ao Senhor com as nossas ofertas, com as nossas orações, com o nosso louvor... É muito bom servir a Deus, por isso, devemos servi-lo com alegria. Em seguida, divida a classe em dois grupos, meninos e meninas (depende do número de crianças) e peça que elas completem o quadro. Ganha o grupo que acertar mais vezes e escrever os nomes dos personagens corretamente. Conclua a atividade explicando que servir ao Senhor é muito bom, quando o servimos com alegria, todos ganham. Recite com eles o texto bíblico de Salmos 100.2.” (Atividade extraída da obra de BUENO, Telma. Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 41,42).
Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 11 - 2º Trimestre 2018 - O Fruto do Espírito - Pré Adolescentes.

Lição 11 - O Fruto do Espírito

2º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: Gálatas 5.22-25.
Prezado(a) professor(a),
A lição desta semana trata a respeito do Fruto do Espírito. Veremos que além da importância dos dons espirituais e ministeriais na edificação da igreja o testemunho cristão é indispensável para o amadurecimento da fé. Nos dias atuais quase não se enfatiza a importância de um bom testemunho. Muitas vezes foge da percepção da igreja que os dons espirituais, embora tenham grande relevância, devem estar acompanhados da prática da Palavra de Deus (cf. 1 Co 12.31).
Ter uma vida espiritual equilibrada e profunda com Deus não se mede pela quantidade de dons e talentos que uma pessoa possui, pois isso é fruto da graça divina. O que de fato define se estamos alcançando a medida certa da fé é o nosso nível de prática da Palavra de Deus e isso não se adquire com tempo de crente ou frequentador de igreja, e sim correspondendo ao evangelho de Jesus Cristo (cf. Jo 14.15-21).
Ao tratar a respeito do Fruto do Espírito o apóstolo Paulo menciona características que devem ser encontradas em todos os que são guiados pelo Espírito de Deus. Vejamos com maiores detalhes em que consiste cada virtude, conforme discorre o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1803):
Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama ‘o fruto do Espírito’. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14; cf. 2 Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2 Pe 1.4-9). O Fruto do Espírito inclui:
(1) Caridade (gr. agape), isto é, o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1 Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
(2) Gozo (gr. chara), isto é, a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que creem em Cristo (Sl 119.16; 2 Co 6.10; 12.9; 1 Pe 1.8; ver Fp 1.14);
(3) Paz (gr. eirene), isto é, a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1 Ts 5.23; Hb 13.20).
(4) Longanimidade (gr. makrothumia), isto é, perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2 Tm 3.10; Hb 12.1).
(5) Benignidade (gr. chrestotes), isto é, não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1 Pe 2.3).
(6) Bondade (gr. agathosune), isto é, zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
(7) Fé (gr. pistis), isto é, lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1 Tm 6.12; 2 Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).
(8) Mansidão (gr. prautes), isto é, moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2 Tm 2.2; 1 Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf.  2 Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
(9) Temperança (gr. egkrateia), isto é, o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1 Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
O ensino final de Paulo sobre o Fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.
Com base no conhecimento de cada virtude do Fruto do Espírito, converse com seus alunos a pergunte sobre quais virtudes eles encontram mais dificuldade em produzir e quais eles sentem mais facilidade. Peça que justifiquem a resposta.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 11 - 2º Trimestre 2018 - A Mídia Virtual e a Família - Adolescentes.

Lição 11 - A Mídia Virtual e a Família

2º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: Mateus 12.33-37.
OBJETIVOS:
Discutir sobre o papel da mídia virtual;
Ensinar os perigos da mídia virtual;
Explicar os perigos da mídia virtual para a família.

Olá caro(a) professor(a),

A lição desta semana tem como proposta alertar seus alunos a respeito do perigo que as mídias sociais representam para a família quando são mal utilizadas. Não é preciso demonizar as mídias sociais para sabermos que estas podem trazer algum malefício para a vida de seus usuários. Entretanto, é possível observar que o problema neste caso não se encontra no aparelho ou na internet em si, e sim no manuseio de quem decide trocar a presença e o diálogo convencional do “olho no olho” pela conversa virtual. Em geral, é mais fácil dizer o que pensa ou qualquer outra coisa sem precisar necessariamente encarar a reação da pessoa que está do outro lado da tela.

Com o avanço das mídias sociais, sem dúvida, dizer o que pensa tornou-se mais fácil. Há quem diga que o grande problema das mídias sociais é que ela deu voz — parafraseando — “a quem não merece ser ouvido”. Este é um problema que não há remédio que cure, pois na maioria dos casos as pessoas se sentem livres para expressar o que bem entenderem nas redes sociais. Em certas ocasiões, há restrição ou censura às palavras que são consideradas de baixo calão. No entanto, até que esse tipo de filtro funcione como deveria o malefício causado a mente de muitos adolescentes já está feito.

Vale a pena ressaltar que o conselho da Palavra de Deus deve ser ensinado com afinco aos nossos adolescentes (cf. Ec 12.1). Com todas as facilidades que as mídias sociais e a internet podem trazer, há princípios que não devem ser abandonados jamais. Dentre estes está a convivência em família. Seus alunos precisam ser conscientizados de que o relacionamento familiar tem prioridade quando o assunto é diálogo. Embora as mídias sociais sejam meios pelos quais podemos ter todo o tipo de conversa com pessoas que temos maior afinidade, isso não significa que devamos compartilhar da nossa vida pessoal de forma livre e despreocupada na rede. Há muitos mal intencionados na internet, esperando apenas por alguma oportunidade para persuadir adolescentes a caminhos errados ou mesmo para praticarem alguma maldade. Não são poucos os casos que tomamos conhecimento nos noticiários e devemos alertar os alunos a respeito desse perigo que circula nas redes sociais. A Bíblia diz: “Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar. 9 Fiquem firmes na fé e enfrentem o Diabo porque vocês sabem que no mundo inteiro os seus irmãos na fé estão passando pelos mesmos sofrimentos” (cf. 1 Pe 5.8,9).

Infelizmente, a má compreensão desses aspectos tem levado muitos adolescentes a encontrar-se com desconhecidos em lugares que os seus pais não tomaram conhecimento ou mesmo iniciarem um relacionamento amoroso no modo virtual com pessoas que nunca viram na vida. Esses e outros são exemplos do prejuízo que as redes sociais podem trazer para qualquer pessoa que lida com elas de forma imprudente.

É preciso ter sabedoria para lidar com as pessoas que mantemos contato via mídias sociais. Como podemos manter diálogo e relacionamento de amizade com pessoas que só postam coisas que não edificam? Será produtivo comentar, curtir, expressar alegria ou satisfação com um ato injusto? A Palavra de Deus ensina que aquele que tem o amor não se alegra com a injustiça (cf. 1 Co 13.6). Conformar-se com o mundo e pensar que é normal ver a maldade se proliferar não faz parte do caráter cristão. Como embaixador da paz e de um reino diferente o crente exerce um papel importante na sociedade através do seu testemunho. Promover a justiça faz parte da missão do cristão neste mundo (cf. Mt 5.6; 2 Pe 2.9).

Portanto, com base nestas observações, converse com os alunos e pergunte quanto tempo eles gastam nas redes sociais e quanto tempo investem com a família. Distribua uma folha de papel A4 e peça que façam um círculo. Eles deverão dividir o círculo em fatias e observar quanto tempo gastam em cada etapa da rotina, inclusive, utilizando as redes sociais ou acessando a internet. Ao final, leve-os a refletir sobre a qualidade do relacionamento em família com a presença constante nas redes sociais.
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 11 - 2º Trimestre 2018 - Firmes na Verdade e na Graça de Deus - Jovens.

Lição 11- Firmes na verdade e na graça de Deus 

 2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - A AÇÃO DA TRINDADE NA VIDA DO SALVO
II - A FIRMEZA DO CRISTÃO
III - O CONSOLO DE DEUS AOS SANTOS 
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Reconhecer o ensino da Trindade presente em 2 Tessalonicenses;
Mostrar as causas da firmeza espiritual de um cristão;
Refletir a respeito do consolo de Deus em nossas vidas.
Palavra-chave: Firmeza.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
Há todo um esforço divino em estabelecer o melhor dos futuros para todos aqueles que lhe são fiéis. Se por rebeldia contumaz ou vida pecaminosa assumida conscientemente, alguns indivíduos receberão na eternidade juízo condenatório, essa não é a vontade do Pai idealizada para a humanidade.
Como bem afirmou o próprio Paulo (1 Tm 2.4) e também Pedro (2 Pe 3.9), o anelo de Deus é a salvação de todos os homens, pois foi para a eternidade de paz e segurança eternas que a humanidade foi constituída pelo Criador. Como a Bíblia já atesta antecipadamente, infelizmente haverá indivíduos que, por sua própria escolha, não herdarão o Reino dos céus, mas, sim, o castigo e vergonha eternos.
No entanto, como Paulo assevera aos crentes em Tessalônica na parte final do segundo capítulo de 2 Tessalonicenses, o que Deus tem reservado para seus filhos na eternidade é um conjunto de paz, alegria e conforto eternos. Pensemos, então, mais pormenorizadamente sobre cada uma das orientações de Paulo para os crentes tessalonicenses, referentes à postura destes enquanto desenvolvem suas vidas rumo às promessas eternas de Deus.
A Ideia da Trindade como Promotora do Futuro Redentor dos Cristãos em Tessalônica
Em 2 Tessalonicenses, há uma efusiva referência à obra da salvação realizada por meio da operação simultânea da Trindade. Apesar de associarmos, de um modo geral, a salvação ao sacrifício de Jesus no Calvário — o que é algo absolutamente coerente —, necessitamos compreender que a obra da salvação é um ato de cooperação eterna do Pai, do Filho e do Espírito Santo, de tal modo que, sem qualquer um destes, aquela ação divina não seria possível.
Ao falar sobre o papel de Deus Pai na operação da salvação, Paulo ressalta que somos salvos a partir da eleição promovida pelo Pai mediante Jesus de Nazaré e seu sacrifício. Sobre essa categoria teológica central quanto ao processo salvífico, a eleição, defende Jacó Armínio (1560–1609) numa citação longa, porém imprescindível:
O senhor acrescenta, então, que “ele não morreu igualmente pelos reprovados” (o senhor deve usar essa palavra, e não a palavra “perdidos”), “e pelos eleitos”. O senhor considera essas coisas na ordem errada, pois a morte de Cristo, na ordem das causas, precede o decreto de eleição e reprovação, de que se origina a diferença entre os eleitos e os reprovados. A eleição se fez em Cristo, morto, ressuscitado e que, meritoriamente, obteve graça e glória. Portanto, Cristo também morreu por todos, sem nenhuma distinção entre eleitos e reprovados. Pois essa dupla relação de homens é posterior à morte de Cristo, pertencendo à aplicação da morte e da ressurreição de Cristo e das bênçãos obtidas por eles. A expressão “Cristo morreu pelos eleitos” não significa que alguns foram eleitos antes que Cristo recebesse de Deus a ordem para oferecer a sua vida como o preço de redenção pela vida do mundo, ou antes que Cristo fosse considerado como morto (pois como poderia ser isso, uma vez que Cristo é o cabeça de todos os eleitos, em quem a sua eleição está garantida?), mas a morte de Cristo só assegura a salvação para os eleitos, (ARMÍNIO, 2015, p. 531).
Sobre a eleição, como argumentado por Armínio no texto acima, algumas considerações precisam ser feitas:

1) Quanto à possibilidade de acesso à salvação, para usar as categorias definicionais de Armínio, não há diferenças entre eleitos e reprovados. Tentando ser mais claro ainda, a hipótese de uma eleição prévia para condenação eterna de pessoas, motivada única e exclusivamente por uma arbitrariedade condenatória de Deus que, segundo essa hipótese, elegeria uns e rejeitaria outros, como denuncia Armínio, não é condizente com a aceitação do Filho de Deus e da proposta de sacrifício na cruz do Calvário para a salvação ofertada a todos os homens.

2) Ainda que, segundo uma análise a partir do processo histórico, o decreto de eleição precede o sacrifício vicário de Cristo, ao voltarmos o perfil da análise, não para uma compreensão histórico-processual, mas eterno-causal, ficará evidente que a autodeterminação de Cristo por sacrificar-se por toda a humanidade como oferta necessária e suficiente precede o decreto eletivo que, uma vez antecedido pelo nexo causal do sacrifício, opera mediante este.
Tomando como referência o fato de que nós, enquanto seres perpassados pela temporalidade, realizamos nossa compreensão de mundo a partir da noção processual-linear de tempo — herança cristã à cultura mundial 1 —, precisamos despir-nos de tais preconcepções fundamentais ao nosso pensar, para tentarmos visualizar a história da salvação a partir de seus encadeamentos lógicos, os quais nem sempre são subordinados a elementos históricos.
Se primeiramente houvesse ocorrido o decreto eletivo, necessariamente precisaríamos defender teses como, por exemplo, expiação limitada, decreto de condenação previamente estabelecido, monergismo e um tipo contraditório de “liberdade-determinada”.

3) Toda a eleição é mediante Cristo. Descontrói-se, assim, qualquer suposta acusação de pelagianismo ou semipelagianismo que Armínio e aqueles que comungam de suas ideias sofrem. O sinergismo que há entre humanidade e divindade é todo mediado pelo sacrifício de Jesus na cruz. A fé que fundamenta salvação não é oriunda de interpretações carnais ou de leituras eclesiástico-políticas; ela emana exclusivamente do coração bondoso do pai para TODA a humanidade. Não há autoeleição, ou seja, tudo é obra da misericórdia divina que insiste em alcançar-nos.
Ratificando essa compreensão da eleição no pensamento de Paulo, a qual é diretamente associada a uma ação da Trindade, afirma-nos Paganotto:
... quando se afirma que Deus é nosso Pai, também se diz que Cristo é nosso Senhor; demonstrando a íntima união existente entre o Pai e o Filho, mesmo que não se cite diretamente que Deus é Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, desta elucidação pode-se afirmar que o apóstolo afirma tal aspecto indiretamente. Sobre a relação existente entre o Pai o Filho, Schnelle13 evidencia duas linhas teológicas: um traço subordinante na cristologia paulina, pois todas as ações salvíficas do Filho têm o seu início no Pai (cf. 1Ts 1,10; 4,14), e um traço equitativo inicial, onde tanto o Pai como o Filho são os destinatários, por exemplo, das orações feitas por Paulo (cf. 1Ts 1,2ss). (PAGANOTTO, 2014, p.202)
Já com relação à atuação do Filho neste processo, Paulo, escrevendo pela segunda vez aos tessalonicenses, afirma que fomos salvos para alcançarmos a glória do Senhor Jesus. Tal anúncio apostólico indica que há finalidade para a vida humana, de forma que não vivemos à toa, de modo aleatório.
O fim da humanidade deve ser glorificar a Deus, ou seja, viver para que a glória de Deus manifeste-se sobre a humanidade. A vida do cristão não acaba em si mesma; ela transcende a limitação particular da existência de cada um e aponta para a majestade de Cristo. Dessa forma, tudo aquilo que realizamos que não parte de um fundamento cristocêntrico e muito menos visa o enaltecimento da glória de Deus deve ser imediatamente abandonado.
Não foi para brigarmos por coisas efêmeras e passageiras — política eclesiástica, poder institucional — que o Senhor Deus vocacionou-nos. O motivo da nossa salvação foi retirar-nos de uma condição estruturalmente condenatória e miserável, para vivermos eternamente na glória e em glória.
Logo, as inclinações e desejos de cada um de nós devem espelhar o caráter de Jesus, presente em cada um daqueles que nasceram de novo. O brilho de Cristo deve alumiar todas as motivações de nosso ser. Os reinos humanos abalam-se e perecem, mas o governo do Pai permanece para sempre.
Ora, como afirma Paulo, a questão da manifestação da glória de Deus dá-se por meio do anúncio da Palavra de Deus. Com relação a essa conexão entre anúncio do Reino e a aparição da glória de Deus, afirma-nos Betim:
... o “esvaziou-se” de Jesus, tendo como sujeito ele mesmo, revela que ninguém o obrigou a esta ação: trata-se de uma expressão de liberdade, sendo a única motivação o querer dele mesmo, motivado pelo amor, além de não ser uma atitude imposta, não foi interesseira (não esperava “benefícios” em troca). Essa é a atitude tipicamente cristã, não se pode “comercializar” com o Pai (dar para receber, em troca, o dobro). A postura de Cristo revela a atitude correta do indivíduo como consequências para toda a comunidade: se o indivíduo se exalta, prejudica a comunidade (como o termo em si mesmo indica, só ocorre se houver “comunhão”); mas, se ele se rebaixa, fortalece a comunidade, pois com esse proceder ele ajuda o outro. (BETIM, 2016, p.56)
O objetivo primaz de tudo o que se estabelece em nossas vidas deve ser a glória eterna de Cristo. A glória sempiterna de Cristo, abandonada em sua kenosis, porém restabelecida em sua ressurreição triunfal, conduz-nos a uma vida nos padrões sonhados para cada um de nós.
De forma análoga, porém intimamente condicional, assim como Cristo foi novamente glorificado no céu depois de seu esvaziamento, sacrifício e ressurreição, assim também cada um de nós, depois da superação das angústias e dores deste mundo, receberá de Jesus a glória redentora que nos concederá direito à vida eterna junto ao majestoso trono de Deus.
Por último, mas não menos importante, Paulo louva a salvação promovida pela ação da Trindade por meio da santificação no Espírito Santo. Diante do trágico, porém real impedimento do retorno de Paulo àquela simples comunidade, coube ao Espírito Santo orientar lideranças locais para a continuação da obra divina em Tessalônica.
A santidade que emana da Trindade para a humanidade é-nos transmitida por meio da atuação do Espírito que, em comunhão com o nosso homem interior, testifica das grandezas tanto da salvação como do salvador. O Espírito conclama-nos à separação de tudo aquilo que é pecaminoso, orientando-nos a uma vida dedicada exclusivamente à glória de Deus.
A Firmeza dos Tessalonicenses naquilo que Foi Anunciado
Se a ação graciosa da Trindade manteve a comunidade em Tessalônica firme, havia uma recomendação paulina que dizia respeito ao procedimento daqueles irmãos, para manter aquela igreja firme em Cristo: a fidelidade ao ensino ministrado. O tempo para a ministração das doutrinas básicas foi pouco; entretanto, a permanência nos princípios que foram apresentados garantiria o bem-estar da comunidade.
Infelizmente, ao mesmo tempo ao anúncio da verdade, as heresias também se manifestam no seio da igreja. Esse era um diagnóstico já verificado por Paulo na jovem comunidade tessalonicense. Se levar a mensagem de Cristo àquela cidade foi algo desafiador e que pôs em risco a integridade física daqueles missionários, a propagação de heresias era algo muito mais fácil de ser feita e, segundo parece ser possível depreender-se do texto, sem tantas oposições externas.
Essa preocupação de Paulo para com os tessalonicenses espelha, de maneira emblemática, o desafio de manutenção da tradição que o cristianismo enfrentou em seu nascedouro. Diferentemente do judaísmo, que já possuía toda uma coletânea de textos sagrados, assim como um enorme universo de comentários a esses textos, ou mesmo das religiões helenísticas as quais estavam respaldadas e garantidas quanto à transmissão às outras gerações por meio do poder do Estado, a igreja cristã ainda estava construindo sua identidade coletiva.
Pressupondo que esta segunda carta aos tessalonicenses foi escrita antes de 55 d.C, temos em nossas mãos o testemunho de um tipo de cristianismo que iniciava sua transição da pura oralidade para o estabelecimento da tradição coletiva por meio de textos instrutivos, os quais, mais tarde, foram reconhecidos, com autoridade institucional, como espaços de conservação dos ideais da Igreja Primitiva.
Sobre esse esforço cristão para garantir a perpetuação de suas tradições na história, defendem Mendes e Cerqueira:
Os sociotransmissores, agentes difusores da mémoria, garantem a transmissão da tradição de geração a geração. Aqui a memória formativa da tradição cristã é garantida através desses sociotransmissores, ou seja, primeiramente através dos evangelistas e dos evangelhos, e, posteriormente, por meio da sucessão apostólica, através dos bispos e presbíteros que, em seus ensinamentos, transmitem à Igreja, em cada época. Ao final do século II as normas doutrinais, a Escritura e a tradição já não são independentes, não são mais fontes de revelação diferentes, mas se unem, completando-se e transmitindo o mesmo testemunho — a evocação memorial da figura de Jesus. Deste modo, a doutrina da tradição garantida pela sucessão apostólica e suas formas simbólicas permitem à Igreja edificar a sua teologia. (MENDES e CERQUEIRA, 2011, p. 74)
Para evitar o desvirtuamento da fé por meio de falsos pregadores e seus ensinos heréticos, era necessário firmeza nos pressupostos elementares da doutrina que foram repassados por Paulo e sua equipe, inicialmente por meio da transmissão oral e, agora, escrita. O ensinamento dos valores e tradições apostólicas é algo imprescindível para o estabelecimento da jovem fé cristã que se anuncia entre os tessalonicenses.
Contemporaneamente, vivemos uma crise de identidade muito próxima à enfrentada em Tessalônica. A existência de uma multiplicidade de fontes que reivindicam para si a autoridade veritativa é algo extremamente preocupante. Se tantos profetas, mestres e doutores assumem a qualidade de fonte confiável das doutrinas cristãs, como estes podem contradizer-se entre si?
Somente por meio de um esforço contínuo de reflexão e aprendizado da Palavra é que seremos capazes de superar esse contexto de erros doutrinários e heresias e voltar a viver a essência do evangelho anunciado por Jesus Cristo e repassado às gerações pelos apóstolos e pela Igreja Primitiva.
Um povo sem memória não é um povo, mas apenas um amontoado de pessoas limitado por barreiras político-geográficas. Lembremo-nos do povo judeu que, mesmo depois de milênios despatriados, persistiam na manutenção de suas tradições religiosas, sociais e culturais.
Se também somos peregrinos e forasteiros, devemos estar empenhados para a manutenção dos valores e princípios cristãos que foram repassados aos nossos pais na fé. Não se trata de um culto ao passado, mas, sim, do necessário reconhecimento dos fundamentos que nos conduziram até a condição atual de nossas vidas.
Conclusão
Ante as ferrenhas ações do inimigo e seus serviçais, é necessário confiarmos no amor do Pai para continuarmos firmes na vocação que nos concedeu Ele. Somente por meio da operação conjunta e poderosa da Trindade, seremos capazes de sobreviver aos constantes ataques do Maligno. Entretanto, uma vez apoiados e protegidos por Deus, devemos dar o máximo de nós para permanecer no conjunto de princípios e ensinamentos que nos foram repassados pelos santos apóstolos e pela Igreja Primitiva.
*Este subsídio foi extraído de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

1 É importante destacar que as culturas orientais, não-judaico-cristãs, e as ocidentais pré-cristãs não conheciam a concepção linear de tempo, a qual lhes foi apresentada a partir da lógica Criação-Queda-Redenção-Consumação própria do cristianismo; ou seja, a ideia de um começo, meio e fim da história, sem versões indefinidas ou retornos cíclicos é parte do background cultural cristão repassado às gerações.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Lição 10 - 2º Trimestre 2018 - A Oração de Uma Linda Rainha - Berçário.

Lição 10 - A oração de uma linda rainha

2º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Mostrar à criança que ela pode orar pedindo proteção a Deus.

É hora do versículo: “Não tenha medo [...] eu estou com você para protegê-lo, diz o Senhor” (Jeremias 1.8).

Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a oração, e o valor de orar pedindo a Deus proteção. A rainha Ester e o seu povo estava correndo perigo. Todo o povo orou e o Papai do Céu protegeu todos do malvado Hamã.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho da linda rainha Ester.
Não deixe de orar com a turminha pedindo proteção ao Papai do Céu nesses dias tão violentos. 
bercario.licao10
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Berçário. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 10 - 2º Trimestre 2018 - Caráter: A Melhor Herança - Adolescentes.

Lição 10 - Caráter: A melhor herança

2º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: Lucas 12.13-21.

OBJETIVOS:
Conceituar caráter;
Explicar sobre a herança material e espiritual;
Alertar sobre o perigo da avareza.

Olá caro(a) professor(a),
A lição desta semana trata a respeito do caráter como um bem inegociável que recebemos como herança. Há muitos que preferem dizer que as riquezas são as maiores heranças que nossos pais ou ascendentes podem deixar para nós. Entretanto, o que adianta adquirir tantas riquezas e não possuir a sabedoria para administrá-las corretamente? A Palavra de Deus nos ensina que a maior herança que podemos receber de nossos pais é o caráter. Podemos adquirir várias riquezas ao longo desta vida, todavia, só saberemos valorizá-las se tivermos um caráter inclinado a seguir o que é correto.
O caráter, de acordo com o Dicionário Houaiss, significa “conjunto de traços psicológicos e/ou morais que caracterizam um indivíduo ou um grupo”. Quando falamos de caráter estamos falando de formação. O caráter de cada individuo é formado a partir da educação que recebem dos pais, assim como da influência que recebem em contato com os amigos, parentes, vizinhos, etc. O caráter de uma pessoa é conhecido a partir das atitudes, ações e reações. A maneira como decide e se relaciona com as pessoas definem o caráter e, por isso, podemos concluir que por esses aspectos é possível identificar se uma pessoa tem bom ou mau caráter. Não que o nosso objetivo seja fazer juízo de valor a respeito das ações e conduta das pessoas, porém a Bíblia nos ensina que é por meio dos frutos que conhecemos a árvore (cf. Mt 7.17-20).
De outro modo o pastor Jamiel Lopes na obra Teologia Pastoral (2017, p. 70) define da seguinte maneira o caráter:
O termo caráter vem de um verbo grego que significa gravar. É muitas vezes usado como sinônimo de personalidade. Caráter é a marca de uma pessoa — seu padrão de traços ou seu estilo de vida. É aquilo que guia nosso comportamento de acordo com os valores e princípios adequados. [...] Com o passar do tempo, o termo caráter foi adquirindo uma conotação específica diferente do seu sentido original de gravação. Hoje, quando se fala em caráter, há uma tendência de se supor um padrão moral de valor.
Com base nestas definições podemos entender que há aspectos em nosso ser que podem ser moldados de acordo com a influência que recebemos. O evangelho atua justamente com essa capacidade na vida da pessoa que o recebe. À medida que o pecador se arrepende dos seus pecados, experimenta de um novo nascimento que implica na mudança de caráter, isto é, uma mudança na forma como a pessoa age e reage às diversas circunstâncias, sejam estas provações ou tentações.
Considere as observações apresentadas na lição de hoje e pergunte aos seus alunos: que caráter eles têm demonstrado a partir do conhecimento que possuem sobre o evangelho? Que impacto as verdades bíblicas têm trazido sobre a vida de cada um deles?
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.