sexta-feira, 10 de maio de 2019

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Os Profetas em Israel - Juvenis.

Lição 6 - Os profetas em Israel

2º Trimestre de 2019
“Mas o SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel” (Am 7.15).
OBJETIVOS
Apresentar as características da liderança profética;
Justificar a necessidade da liderança profética na atualidade;
Associar o profetismo à justiça social.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É SER UM PROFETA?
2. O MODELO DE LIDERANÇA PROFÉTICA NO AT
3. AMÓS, UM CLÁSSICO TIPO DE PROFETA DO AT
4. O MINISTÉRIO PROFÉTICO COMO LIDERANÇA DO POVO
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos analisar o tema do nosso trimestre, isto é, liderança, contudo nesta aula sob a função do profeta. Devido a excessos e até mesmo desvios de algumas pessoas no meio pentecostal e neopentecostal, este dom talvez tenha caído em descrédito ou mesmo o entendimento sobre o real significado de um legítimo profeta tenha sido deturpado para muitos. Por isso é crucial esclarecer o papel, a importância desse servo que o Senhor levanta para orientar, exortar e guiar o seu povo pelo caminho que se deve andar.
Liderar como profeta pode ser uma das mais árduas formas de liderança, já que comumente o profeta é levantado por Deus para corrigir a rota de seu povo, quando a maioria encontra-se desviada. A sua mensagem quase sempre não é fácil ou de imediato do agrado de seus ouvintes. Portanto, é necessária muita comunhão com Deus para suportar a pressão da maioria sem se deixar levar por ela, é preciso demasiada coragem e autenticidade para tal. 
Para ampliar o desafio, esta maioria não era pagã, os de fora da igreja, como se pode pensar; ao contrário, a mensagem era endereçada ao Israel de Deus, a quem estava ou se dizia estar nos caminhos do Senhor. Como confrontar quem se acha e aparenta estar certo? Pense que desafio! Proponha esta reflexão aos seus Juvenis. 
E para ilustrar de forma ainda mais palpável e compreensível para a classe proponha um exercício de empatia, que eles se coloquem no lugar dos profetas e como seria nos dias de hoje.   Por exemplo: Você consegue imaginar ser usado por Deus para confrontar o presidente!? Expor os pecados dele quando a maioria do povo de Deus o aclama?! Corrigi-lo, enquanto muitos crentes o ovacionam? Pois foi exatamente o que o Senhor pediu a Natã quando este foi até Davi! (Leia 2 Sm 12.1-15). 
E o que dizer se mais de 400 profetas estivessem apoiando e favorecendo os planos e atitudes do presidente, você teria coragem de ser a única voz a dizer o contrário?! Pois foi exatamente o que aconteceu a Micaías frente ao tirano Acabe, mesmo correndo o risco da impopularidade, exclusão de seu círculo social, cárcere e até mesmo a execução. Ainda assim ele cumpriu o seu papel com ousadia e obediência. (Leia 2 Cr 18).
Elias, Jeremias, Amós (o profeta destacado em nossa lição) e tantos outros exemplos de profetas solitários, vozes que clamaram no deserto, que foram punidos, exilados, excluídos e mortos por proclamarem a verdade de Deus, mesmo quando esta contrariava as massas, reis e sacerdotes. Incentive a seus alunos a desejarem ser este tipo de profeta, fiel a Deus acima de tudo e todos, corajoso, ousado e obediente.
Para aprofundar ainda mais os seus estudos sobre o tema, segue abaixo um artigo do grande e saudoso mestre, pastor Antônio Gilberto, publicado pelo nosso portal CPAD News. Caso deseje ler o artigo completo, basta clicar aqui.
Quando estudamos a atividade profética na Bíblia Sagrada, encontramo-la manifestando-se em três aspectos distintos.
Em primeiro lugar, vemos a profecia como ministério permanente recebido de Deus no Antigo Testamento, em Israel (Hb 1.1; 2Pe 1.19 e Jr 35.15).
Em segundo lugar, identificamos no Novo Testamento a profecia como um dom ministerial na Igreja (Ef 4.11-13; 1Co 12.28-29 e Ef 2.20).
Por fim, vemos ainda no Novo Testamento a profecia como dom espiritual na Igreja, na congregação (At 2.17-18; 1Co 12.10; 14.1-4, 29-40; Rm 12.6-8). 
Profecia no Novo Testamento
Falaremos nesse ponto sobre o dom ministerial de profeta no Novo Testamento. Trata-se do ministério profético na Nova Aliança. Não confundir com o dom de profecia.
O termo profeta, como já vimos, significa literalmente porta-voz, como em Êxodo 7.1 e Lucas 1.70. Essa é a ideia do ministério profético.
As diferenças entre o ministério profético (dom ministerial) e o dom de profecia são as seguintes:
1) O ministério profético não é para todos. “São todos profetas?”, 1Co 12.29. Em Éfesios 4.11, Paulo diz que Deus “deu uns” para profetas. O dom espiritual de profecia, ao contrário, é para todos: “Todos podereis profetizar”, 1Co 14.31.
2) O dom de profecia é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo concedida a uma pessoa da congregação, do povo, para transmitir a mensagem de Deus. O ministério profético resultante do respectivo dom ministerial é, por sua vez, exercido através de um ministro dado por Deus à Igreja.
A profecia no ministério profético, como aqui abordado, não é a pregação comum. É uma mensagem divina revelada no momento, ao passo que a pregação habitual é estudada, preparada (1Tm 5.17b).
3) No dom de profecia, Deus usa principalmente o aparelho fonador da pessoa; no ministério profético, Deus usa principalmente a mente da pessoa.4) O dom de profecia tem âmbito local, congregacional; o dom ministerial tem âmbito geral e itinerante (At 11.27; 13.1,3 e 15.32-3
4).Precisamos de ambos hoje na Igreja! (Pv 29.18; At 15.32). A Bíblia diz, em Atos, que os “profetas exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras”.
A unção divina sobre o profeta costuma ser repentina. No mestre, costuma ser durativa.
O forte do profeta como dom ministerial é expor os padrões de justiça divina para o povo. O profeta é um arauto da santidade de Deus. O seu espírito ferve com isso. Ele foi chamado para isso, geme por causa disso, da santidade de Deus e de tudo o que é dEle!
A mensagem de Deus sai da mente e da boca do profeta como chamas de fogo santo e divino. João 5.35 diz de João Batista, o profeta: “Ele era candeia que ardia”. O profeta de Deus faz o carnal estremecer, parar e considerar o seu mau e tortuoso caminho (At 24.24-25). O profeta recebe de Deus amplas revelações divinas (Ef 3.5).
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me Perdoa - Maternal.

Lição 6 - Quando eu oro, o Papai do Céu me perdoa

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Deus perdoa os nossos pecados.
Para guardar no coração: “[...] Ele perdoará os nossos pecados [...]” (1 Jo 1.9).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história do pecado do rei Davi. É importante ressaltar que Davi errou, mas ele se arrependeu e buscou o perdão do Papai do Céu. Deus é bom! Quando pecamos, nos arrependemos e buscamos o seu perdão, Ele nos perdoa. 
Considerando que nesta faixa etária o período de atenção da criança é muito curto, achamos interessante citar um trecho retirado do livro Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil, mas aqui está como fazer, da autora Ruth Beechick, publicado pela CPAD.
“O Mito do Período de Atenção
Existem muitas fórmulas para se chegar ao tempo de atenção das crianças em termos de minutos. A mais comum consiste em utilizar a idade da criança mais um. Ou seja, uma criança de três anos teria um período máximo de atenção de quatro minutos. Isto não é só um mito, como também é um meio inútil de se raciocinar com relação à atenção. Em vez de refletirmos sobre a atenção infantil em termos de minutos, deveríamos considerá-la sob o prisma das tarefas. A tarefa que propomos está num nível de dificuldade apropriado para nosso aluno? Ele a realiza até o fim? Com o nível de dificuldade adequado, uma criança pode, e frequentemente consegue, dar atenção à atividade proposta.
O mito do período de atenção se iniciou com algumas pesquisas que analisavam por quanto tempo uma criança conseguia se concentrar numa determinada atividade imposta pelo professor. Entretanto, tais testes foram feitos em situações experimentais. Se os pesquisadores tivessem observado menininhos brincando naturalmente com seus caminhões, derramando areia em baldinhos, ou uma criança sentada no colo de sua mãe, vendo as gravuras de um livro, os resultados de suas pesquisas teriam sido muito diferentes. Qualquer um que trabalhe com crianças sabe que em algumas ocasiões, com determinadas tarefas, o tempo de atenção delas pode ser surpreendentemente longo.
Portanto, não há nenhum fator interno que delimite a atenção das crianças num período específico de tempo. Consequentemente, o tempo não é o fator apropriado para o estudo da atenção infantil. Muito mais relevante é avaliar que tipo de tarefa atrai a atenção desses pequeninos e quais são as características essenciais nestas atividades — nível de dificuldade, características sinestésicas (de movimento) e visuais, e assim por diante. Como devemos preparar e apresentar as atividades de forma que lhes chame a atenção? Como podemos tornar o momento da história mais interessante que caminhões e areia?
Precisamos aprender a nos concentrar na atenção infantil, e não no tempo da atenção infantil.”
OFICINA DE IDEIAS 2
Depois de contar a história bíblica e realizar as atividades propostas na seção “Oficina de Ideias” da revista do professor, caso ainda haja tempo e queira realizar mais uma atividade manual, sugerimos que entregue para cada criança uma cópia da atividade proposta abaixo. As crianças deverão pintar a figura que mostra o que devemos fazer quando pecamos. Oriente os alunos para que pintem a figura da criança que está orando. Enquanto realizam a atividade, diga que o Papai do Céu perdoa os nossos pecados.
maternal licao6 criancas 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 -Sexo, Uma Dádiva Divina - Jovens.

Lição 6 - Sexo, uma dádiva divina

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Sexo e a Criação do Ser Humano
II-Sexo, uma Dádiva Divina para ser Desfrutada no Casamento
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar que Deus criou o homem e a mulher distintos e com objetivos específicos;
Saber que o sexo é  uma dádiva divina para ser desfrutada no casamento.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
I. O Sexo na Narrativa da Criação 
O homem e a mulher como obra prima da criação 
As religiões orientais haviam criado no mundo uma ilusão de natureza má. Da mesma forma, o pensamento helenista dos gregos considerava o mundo como algo negativo. Segundo Faros (1993, p.206), “a tradição judaico-cristã se encontra em dramática antítese com tudo isso, no consenso que exprime em relação ao mundo material, que o vê como criado do nada pelo próprio Deus”, que constatou que tudo era bom. O próprio apóstolo Paulo afirma: “porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças”. Essa concepção com a correspondente concepção da santidade de todas as coisas se torna imprescindível para a compreensão da criação, do homem, da mulher e do eros (sexo). A aceitação da criação como uma atitude positiva como é doutrinado pela antropologia bíblica resulta na confirmação da criação do ser humano como uma unidade psicossomática, carne e espírito indissoluvelmente ligados entre si, diferente da concepção oriental e helenista que separa entre partes boa e má (corpo e alma; carne e espírito). O ser humano como obra-prima da criação, com capacidade para usar o corpo criado em seu benefício e para domínio, e preservação do restante da criação. A narrativa da criação atesta que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, macho e fêmea os criou. Assim como Deus é criador da vida criou os seres humanos com capacidade de gerar vida. Para os hebreus imagem tem um significado dinâmico porque suscita a presença real de quem se representa.
A narrativa bíblica da criação traz uma sequência lógica na ordem das coisas criadas. Não entraremos nas questões críticas sobre a natureza mítica, alegórica ou literal do relato da criação, mas extrair a essência do objetivo do relato criacional. Na intenção de criar um local apropriado para suas criaturas, de início Deus cria o céu e a terra. Independente do tempo que leva, deixa esses ambientes habitáveis e com possibilidades de vida (luz, firmamento, terra firme e estrelas) tanto nas águas (peixes), no céu (aves) e na terra (animais, plantas). Por último, a criação do ser humano. Neste momento, o padrão da narrativa muda, surge um tom mais solene e detalhado, afinal passa a ser apresentada a obra-prima da criação, Deus cria à sua imagem (Gn 1.27). Diferente dos demais relatos da criação do oriente, em que acreditavam na criação do ser humano para suportar o jugo dos deuses e para servi-los em suas necessidades cotidianas, em Gênesis ele é criado para reinar sobre a criação. Portanto, o relacionamento entre o ser humano e o restante da criação, de espécie diferente, é de domínio e submissão. Domínio sobre: a) a terra (Gn 1.28); b) os vegetais (Gn 1.29); e c) os animais em múltiplas relações: pastor, cavaleiro, criador, caçador, entre outras. 
Quase todas as plantas e criaturas criadas se reproduzem por meio da polaridade de gênero. No entanto, o sexo humano foi criado de forma especial. Mas o que tem de especial? Ellens (2011, p. 60) traz uma explicação interessante sobre o assunto:
Talvez, no centro desta questão, repousa o fato de que Deus nos criou com a capacidade de expressar tanto nosso desejo intenso, irrepreensível, cru, inconsciente, e libidinoso pelos outros quanto, ao mesmo tempo, nossa decisão consciente e profunda sobre quando, onde, por que, como e com quem ter esta comunhão e união prazerosa que nos faz sentir como pessoas completas. Desta forma, existe algo sobre nossa natureza sexual que reflete a natureza de Deus, nisto nosso comportamento sexual é primordialmente para criação de relações prazerosas de amor, bondade e carinho, não primordialmente para reprodução como todo o resto do mundo orgânico. O sexo humano é especial. Sim, ele pode levar à reprodução, mas este aspecto está subordinado à criação de um a qualidade de vida de amor e união, alegria e plenitude, paz e tranquilidade. (ELLENS, 2011, p. 60)
Assim, o homem e mulher são a obra-prima da criação, diferenciados não somente no sentido de dominar o restante da criação, mas também na maneira de se relacionar sexualmente.
Deus criou homem e mulher distintos e com objetivo específico
O homem e a mulher não foram criados para se relacionarem com os demais seres em condições de igualdade e para procriação. Em Gênesis 1.22, após a criação dos animais “Deus os abençoou, dizendo”, na sequência a ordem para a multiplicação. No entanto, em Gênesis 1.28 temos: “E Deus os abençoou e Deus lhes disse”. Aqui Deus se comunica direto com o ser humano, demonstrando a relação especial, inclusive no processo de fecundação. Para Israel, a fecundidade era precedida de uma palavra de especial bênção divina. Deus criou macho e fêmea, homem e mulher, para procriação e relação de complementariedade. A expressão macho e fêmea se refere à identidade do homem e da mulher, e a identidade sexual é o primeiro elemento abençoado por Deus na narrativa das obras da criação.
Em Gênesis 2.24, texto do segundo relato da criação humana, que apresenta primeiro a criação do homem e depois a criação da mulher, é utilizado à expressão hebraica “kenegdô” na criação da mulher, que dá sentido de algo distinto e que se ajusta perfeitamente. Portanto, os dois sexos tem a mesma dignidade de imagens de Deus, para se complementarem e gerar filhos também à sua imagem e semelhança (Gn 5.3). Por isso não há necessidade de hierarquia entre eles. Homem e mulher criados para se relacionarem emocional e efetivamente entre si, diferente da relação com as demais criaturas. Aqui merece comentário o relacionamento afetivo que hoje se propaga entre seres humanos e animais, como comemorações de aniversários, funerais, entre outras práticas. A criação deve ser cuidada e preservada, mas deve haver equilíbrio e bom senso neste relacionamento afetivo.  
Apesar de criados à imagem e semelhança de Deus e para se complementarem, o homem e a mulher são diferentes na forma biológica, emocional, entre outras diferenças. O homem vê, sente e interpreta de forma diferente da mulher. Se isso não for identificado causará conflitos no relacionamento. A tendência masculina é ser mais racional e analisar as coisas de forma mais geral, enquanto a mulher tende a ser mais emocional e analisa as coisas nas suas particularidades, por ser mais observadora. Essa tendência já faz parte da criação dos dois e o casal sábio investe no respeito dessas diferenças em seu relacionamento, respeitando a individualidade e características dos gêneros. Quando isso ocorre, o casal se complementa. O lar não pode ser um ringe de lutas e competições, mas um ambiente de parcerias, um ajudando ao outro para a melhoria da convivência e criação dos membros da família. Portanto, não há superior ou inferior e sim, pessoas diferentes que se complementam. Em relação à sexualidade também são diferentes, a mulher é mais atraída pelo que ouve, enquanto o homem pelo que vê. Explorar essas diferenças no relacionamento conjugal é uma boa iniciativa para a melhor satisfação de ambos: a mulher deve investir na apresentação pessoal e o homem nas palavras que a mulher gosta de ouvir. O sexo para o homem começa com o ato sexual, enquanto para a mulher começa ao iniciar o dia, o relacionamento e a intimidade fazem parte do ato noturno. As diferenças na constituição física são mais visíveis e também devem ser observadas e respeitadas. 
Portanto, a narrativa da criação do homem e a da mulher, evidenciando as diferenças e complementações entre eles, tem muito a nos ensinar sobre o relacionamento conjugal. Algumas pessoas defendem que isso deve ser orientado após o casamento, por isso há muitos casais com problemas conjugais. O jovem que recebe orientações sobre a sexualidade antes do casamento tende a ter um casamento mais feliz e bem-sucedido.
O sexo humano foi criado para a procriação e o prazer
A sexualidade humana é parte da criação. Os seres humanos foram criados como seres sexuados pela livre vontade de Deus (Gn 1.26,27). Deus em sua soberana vontade resolve criar o homem e mulher. A narrativa bíblica é clara de que a sexualidade é algo outorgado por Deus e sexo é bom (Gn 1.31). Neste segundo relato da criação o homem é criado primeiro, convive e domina os animais. No entanto, tem uma vida solitária, pois falta de companhia do sexo oposto, como tinha os animais. Em todo relato criacionista, somente uma coisa é assinalada como não sendo boa: “que o homem estivesse só” o que reforça a ideia de que a sexualidade é algo bom e criado por Deus para a plenitude do ser humano. O sentimento de solidão de Adão “comove” o coração de Deus que afirma não ser bom que ele vivesse só. Deus então decide criar para uma companheira (Gn 2.18). Após a criação da mulher o homem a contempla e diz: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Agora, ele tem uma companheira consanguínea, que o complementa e pode se relacionar afetivamente.  
O homem e a mulher foram criados com uma química no corpo que estimula o interesse e o prazer no ato sexual, respeitada a diferença de gênero que será tratada em capítulo posterior. A dopamina, que atua em certa área do cérebro e cria o senso de antecipação do prazer, que acrescentada com uma boa dose de testosterona, tanto no homem como na mulher, estimula o desejo sexual. Aliado a isso, foram criados com outras substâncias químicas que após o ato sexual criam o sentimento de ternura e ligação íntima. Esse sentimento produz o prazer mútuo e a necessidade de proximidade para uma vida sexual sadia, se não fosse assim, comprometeria a procriação humana. A interpretação equivocada do texto bíblico tem tirado de muitos casais o direito de participarem juntos do prazer sexual, além do prazer de gerarem filhos. 
A ética cristã, como base no relato da criação, define alguns padrões para o cristão.
Há certo consenso na ética cristã de que: a) Por certo Deus destinou o ser humano a buscar a realização sexual com outros seres vivos. A necrofilia ou atração sexual por cadáveres fere esse padrão; b) Deus destinou o ser humano à realização sexual com outro ser da mesma espécie. A zoofilia, ou atração sexual por irracionais fere esse padrão; c) Deus destinou o ser humano à realização com o sexo oposto. O homossexualismo fere esse padrão; d) Deus destinou o ser humano a se realizar sexualmente por livre manifestação da vontade. O estupro ou relação sexual à força fere esse padrão; e) Deus destinou o ser humano à realização sexual por amor. A prostituição fere esse padrão; f) Deus destinou o ser humano a relacionamentos estáveis que crescem e se aprofundam. A fornicação, ou relacionamentos sexuais efêmeros e sucessivos fere esse padrão; g) Deus destinou o ser humano a relacionamentos na amplitude da espécie. O incesto ou relacionamento sexual com parentes próximos fere esse padrão; h) Deus concebeu a atividade sexual como um ato de comunicação interpessoal. A masturbação, ou autorrealização sexual solitária, quando opção permanente fere esse padrão. i) Deus criou o ser humano a incumbência e a capacidade de reprodução da espécie. Ele é a fonte da vida e condena a morte. O aborto, ou destruição do ser enquanto ainda no útero, fere esse padrão; j) Destinou Deus o ser humano a fazer da atividade sexual um ato construtivo de afeto. O sadismo, ou prazer em fazer sofrer, e o masoquismo, ou prazer no sofrer, ferem esse padrão. (LISBOA, 2001, p. 41)
Deus criou o sexo e os instintos, tanto no homem como na mulher, com motivações tanto para a procriação como para o prazer dentro da instituição do matrimônio.
II. Sexo, uma Dádiva para Ser Desfrutada no Casamento 
O sexo no casamento e com a bênção da família 
Uma frase já muito repetida é comprovada neste verso, o casamento foi a primeira instituição criada por Deus. Gênesis 2.24 demonstra que o casal não é um elemento acidental, mas planejado, incluindo a participação das famílias envolvidas. As famílias bem estruturadas trazem consigo o papel forte dos pais na educação e formação dos filhos, principalmente, no momento da constituição de novas famílias. A Bíblia destaca a importância da família e o respeito entre os seus membros. Há que se considerar a questão cultural, identificar o que é o costume de uma época, mas preservar os princípios morais e éticos, que são permanentes.
No modelo do primeiro casamento, vemos Deus, que em muitos textos é relacionado com a figura do Pai, conduzir a Eva até o Adão. Ele os abençoou e deu a autorização para serem fecundos. Esse é o modelo ideal bíblico para a formação das famílias e a consumação do sexo. A epístola que foi escrita aos Efésios fornece alguns preceitos que norteiam o relacionamento entre o casal e entre pais e filhos. O autor aconselha a plena união entre os casados, num clima de amor e de respeito. Na Lei mosaica já estava previsto a participação da família e o incentivo para que os jovens recém-casados desfrutassem desse momento tão especial, sendo retiradas algumas responsabilidades do homem para que desfrutasse o primeiro ano de casamento com a sua jovem esposa:
Outras informações quanto à aprovação divina do ato sexual aparecem nos mandamentos e ordenanças que Deus deu a Moisés, para os filhos de Israel. Ali Ele dispões que, no primeiro ano do matrimônio, o jovem marido era desobrigado do serviço militar e de todas as responsabilidades de negócio (Dt 24.5), para que os dois pudessem conhecer-se um ao outro numa época de suas vidas em que o instinto sexual se achava no ponto mais elevado, sob circunstâncias que lhes dariam amplas oportunidades de fazerem experiências e desfrutarem delas. Reconhecemos também que este dispositivo da lei tinha o objetivo de possibilitar ao jovem “propagar a raça” antes de enfrenar sérios riscos de vida nos campos de batalha. Naquela época, não se usavam anticoncepcionais, e, como o casal podia ficar junto durante tanto tempo, é compreensível que tivessem filhos, logo nos primeiros anos do casamento. Há outro verso que ensina que Deus entendia claramente o instinto sexual que Ele próprio colocou no homem: “É melhor casar do que viver abrasado” (1 Co 7.9). Por quê? Porque existe uma forma lícita, ordenada por Deus, de se liberar a pressão natural que ele colocou nos seres humanos — o ato conjugal. Esse é o método básico de Deus para a satisfação do instinto sexual. É seu propósito que marido e mulher dependam totalmente um do outro para obterem satisfação sexual. (LAHAYE e LAHAYE, 1989)
No que tange aos filhos, exorta os à obediência. Aos pais, ele recomenda-os a bem cuidar de seus filhos (Ef 5.22—6.9). O modelo bíblico cristão é o início da vida sexual após o casamento com a participação das famílias. Portanto, para um bom encaminhamento se faz necessário um bom relacionamento entre os jovens casais e seus pais. Uma convivência com base no respeito e na boa comunicação entre os envolvidos. Os jovens precisam de uma orientação pré-nupcial sobre a sexualidade dos pais, podendo ser auxiliados por um departamento da família da igreja. Quanto maior o envolvimento das famílias e da igreja em uma educação sexual bíblica e coerente, melhor será a possibilidade de um casamento bem-sucedido. O modelo bíblico é a família como entidade básica da vida, em termos econômicos, espirituais, culturais, emocionais, entre outros, não prevendo o indivíduo em uma vida isolada. O casamento culmina a interação de duas famílias com a finalidade de estabelecer laços de parentesco entre si.
A Bíblia prescreve o casamento heteroafetivo e monogâmico
O modelo de casamento hetero e monogâmico está implícito em Gênesis 2.24. O casamento entre um homem e uma mulher (monogamia), macho e fêmea (hetero) com plena competência para procriar e gerar novos seres humanos (Gn 2.18-24; Mt 19.5; 1 Co 6.16). Portanto, esse é o padrão ideal a ser buscado por aqueles que acreditam na Bíblia como Palavra de Deus, regra de fé e conduta, e desejam estar dentro da vontade e bênção do Criador. 
O texto diz que o homem deixará o seu pai e a sua mãe, e é evidente que o mesmo se aplica à mulher. Na prática, normalmente, era a mulher que saía da casa paterna para morar com a família do marido (Gn 24.45-61; 31; entre outras citações). O termo “deixar” pressupõe que ambos estejam em condições de assumir tal compromisso, seja no aspecto físico, psicológico, econômico e financeiro. Dentro de condições normais e ideais, o novo casal deve se separar fisicamente de seus pais, assim terão liberdade para conduzirem suas vidas, agora independentes. Os pais se envolverão se convidados pelo casal, isso em situações extremas, caso contrário não haverá crescimento também nas demais áreas (econômico, financeiro e psicológico). A expressão do verbo “apegar-se-á à sua mulher” pressupõe aliança (Dt 11.22; Js 22.5); afeição (Rt 1.14;) e amor que une homem e mulher (Gn 34.3; 1 Rs 11.2).
O sexo sem culpa 
Para uma relação sexual sem culpa é preciso estar dentro do projeto de Deus para a sexualidade humana. O primeiro casal estava nu e não tinham vergonha de sua nudez. No estado ideal não havia motivo para se envergonharem ou sentirem culpa. Nesse estado, a nudez é a própria imagem de franqueza e confiança. Eles vão sentir vergonha somente quando estiverem no estágio da culpa pela desobediência, ou seja, a perda da inocência. Importante ressaltar, que a culpa não veio com o ato sexual em si, mas pela desobediência à Palavra de Deus. Da mesma forma, se o relacionamento enquanto namorados, noivos e casal estiver dentro do projeto ideal de Deus, respeitando os limites de cada estágio, não haverá sentimento de culpa. O sentimento que deverá prevalecer é o de realização. 
Muitas pessoas ainda se surpreendem quando se afirma que Deus criou os órgãos sexuais para o prazer do homem e da mulher, mas é isso que a Bíblia apresenta. Minirth e Minirth descrevem o processo químico durante o ato sexual e a importância do bom relacionamento entre o casal para um casamento saudável:
Levando em conta a química do sexo no corpo humano, não me surpreende o tempo e a energia que despendemos com sexo. Há várias substâncias químicas em ação, das quais uma, a dopamina, atua em certa área do cérebro chamada núcleo accumbens do sistema límbico, criando o senso de antecipação do prazer. Acrescente a isso uma boa dose de testosterona (que ocorre nos homens e nas mulheres), que estimula o desejo sexual, e a necessidade de fazer sexo pode ser irresistível. Depois da satisfação, outras substâncias químicas entram em ação para criar o sentimento de ternura e ligação íntima. Com o tempo, o ciclo recomeça. Deus criou o corpo humano. Ele também dotou cada pessoa com uma mente e a dignidade da escolha. Dentro dos laços matrimoniais, os desejos fortes têm o desígnio de incentivar proximidade por meio do prazer mútuo com certa regularidade. O ciclo varia de pessoa para pessoa e de casal para casal, mas é convenientemente regular. [...] Temos de nos conscientizar de que o desejo de sexo é tanto fisiológico quanto emocional e espiritual, e que conta muito em um casamento saudável. Pelo fato de as forças serem fortes e o risco alto, você e o seu cônjuge têm de estar abertos quanto às suas necessidades sexuais: os desejos, os padrões, os gostos, tudo. [...] E, por acordo mútuo, cada um tem de achar meios de satisfazer as necessidades sexuais do outro sem sacrificar a felicidade e a dignidade de qualquer um dos dois. (MINIRTH e MINIRTH, 2017, p.51,52)
Diferente do que se defende em algumas culturas, tanto o homem como a mulher foram criados para sentir prazer durante a relação sexual. Assim, não deve ser praticado apressadamente, nem com satisfação apenas de um dos cônjuges, mas de ambos. Entrar em um casamento sem esse claro entendimento pode causar sérios problemas no relacionamento entre o casal. Por isso, é fundamental que a compreensão ocorra durante a juventude para que ao chegar ao casamento o cônjuge desfrute de uma vida sexual sem culpa. Para um casamento feliz e realizado, o jovem precisa compreender antes de se casar, que Deus criou a sexo para a plena realização do homem e da mulher. Durante muito tempo na história se defendeu que o prazer no sexo era permitido somente para o homem e era privado à mulher. Para a mulher, sentir prazer durante a relação sexual era censurado e acompanhado da culpa, pois para ela a missão era somente de procriar. Infelizmente, em muitas culturas e mesmo em grupos do nossa sociedade isso ainda se repete. No entanto, se os jovens forem bem orientados, procurarão identificar as diferenças entre o homem e a mulher para chegarem ao clímax no relacionamento sexual, e juntos poderem desfrutar da benção divina para o sexo e serem felizes sob a bênção de Deus. 
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu Cuida de Mim! Berçário.

Lição 06 - O Papai do Céu cuida de mim!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, que o Papai do Céu está cuidando dela.
É hora do versículo: “O Senhor guardará você [...]” (Sl 121.5).
Nesta lição, as crianças reconhecerão que o Papai do Céu está sempre cuidando delas. Um exemplo disso é que Ele cuidou de Paulo durante uma viagem de navio. 
Ao ensinar esta verdade aos bebês, tenha em mente que algumas ações não são compreendidas pelos bebês se não houver exemplos. Ao ouvir a frase “Deus cuida de nós”, a ideia de cuidar é extremamente abstrata, pois inclui uma grande variedade de significados. A criança é capaz de raciocinar concretamente que Deus nos dá alimento, nos ajuda a não ter medo no escuro e assim por diante. Utilizando esses exemplos concretos, ensinamos às crianças a nomear aquilo que Deus faz por nós. Quando ensinamos que Deus cuida de nós, os bebês assimilam esta ideia como mais uma das coisas que Deus faz. O significado desta frase dependerá da experiência de vida de cada bebê. Uma criança pode associar o cuidar ao que a babá faz em sua casa, se esta for a sua experiência com a palavra cuidar. Ao ensinarmos crianças precisamos continuamente utilizar exemplos concretos para demonstrar o que Deus fez, o que pode fazer ou como Ele cuida de nós.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Para a Tempestade - Jd. Infância.

Lição 6 - Jesus para a tempestade


2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que o poder de Jesus é tão grande, que até as forças da natureza o obedecem. 
É hora do versículo: “A sua força é maior do que a fúria do oceano e mais poderosa do que as ondas do mar” (Sl 93.4)
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é tão poderoso que Ele pode fazer uma tempestade parar. 
Algumas vezes, é possível variar a forma de contar a história, utilizando-se da participação das crianças. O modo mais simples de fazê-lo é orientá-las a dizer certas palavras ou frases como “Vuuu” para o vento, ou “Potoc, Potoc” para o caminhar da mula. As crianças precisam ouvir com atenção a palavra-chave que indicará quando devem participar da história. Ao planejar este tipo de história, certifique-se de que sua participação será constante, de forma que a atividade seja prazerosa. Algumas histórias bíblicas, por sua repetição, se encaixam perfeitamente nesta atividade. Esta técnica pode ser utilizada na lição de hoje enquanto você narra a tempestade com os fortes ventos soprando, o ronco de Jesus dormindo e o desespero dos discípulos.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - A Última Batalha - Juniores.

Lição 6 - A Última Batalha 

2º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: Juízes 16.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito de um personagem marcante na história de Israel. Sansão é o nome dele. A história desse jovem é um grande exemplo de que não podemos abrir mão do nosso compromisso com Deus em troca de alegrias momentâneas. Esta é uma oportunidade de seus alunos conhecerem melhor a história de Sansão e observarem o quanto Deus é misericordioso com seus filhos e não quer que nenhum deles se perca.
É triste alguém ser lembrado por algo de errado que porventura fez na vida. Sansão possuía um grande potencial. Muitas pessoas iniciaram suas vidas com características semelhantes às dele. Nascido como resultado da promessa do Senhor para os israelitas, Sansão faria uma grande obra para Deus — salvaria Israel dos filisteus. Para ajudá-lo a realizar aquela determinação divina, ele recebeu uma enorme força física.
Por ter desperdiçado suas energias em enigmas, se envolvido em brigas e abandonado completamente o seu nazireado para satisfazer a mulher a quem amava, ficamos inclinados a ver Sansão como um fracasso. Lembramos dele como o juiz em Israel que passou seus últimos dias moendo numa prisão inimiga, e dizemos: ‘Que desperdício de potencial!’
Sim, Sansão desperdiçou sua vida. Poderia ter fortalecido a sua nação e conduzido o seu povo de volta à sincera adoração a Deus. Poderia ter derrotado completamente os filisteus, porém, apesar de não fazer nenhuma dessas coisas, ele realizou o propósito anunciado pelo anjo que visitou seus pais antes de seu nascimento e, no momento final de sua vida, derrubou o templo de Dagon sobre os seus inimigos. Com este ato final, Sansão começou a resgatar Israel dos filisteus.
Curiosamente, o Novo Testamento não menciona os erros de Sansão ou suas heróicas proezas de força. Em Hebreus 11.32,33, ele é apenas listado entre os que ‘subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas’ e também receberam ajuda sobrenatural.
Finalmente, Sansão reconheceu que dependia de Deus para ser vitorioso. Quando morreu, o Senhor transformou suas falhas e derrotas em vitória. Sua história ensina-nos que nunca é muito tarde para recomeçarmos. Não importa quão terrível possa ter sido nossa falha no passado, hoje, ainda há tempo de depositarmos nossa confiança completamente em Deus. Não podemos desperdiçar esta oportunidade!
Pontos fortes e êxitos: Dedicado a Deus desde seu nascimento como nazireu; Conhecido por suas demonstrações de força; Listado na galeria dos Heróis da Fé em Hebreus 11; Deu início à libertação de Israel da opressão filisteia. 
Fraquezas e erros: Violou seu voto e as leis de Deus em muitas ocasiões; Era controlado pela sensualidade; Confiava nas pessoas erradas; Usava seus dons e habilidades imprudentemente.
Lições de vida: Excepcional força em determinada área da vida não compensa as grandes fraquezas em outras atividades; A presença de Deus não oprime a vontade da pessoa; Deus pode usar a pessoa de fé a despeito de seus erros.
Informações essenciais: Locais: Zorá, Timna, Asquelon, Gaza e vale de Soreque; ocupação: Juiz; Familiares: Pai – Manoá; Contemporâneos: Dalila e Samuel (que nasceu provavelmente enquanto Sansão era o juiz).
(Texto adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 341).
Para reforçar o ensinamento da lição, sugerimos a seguinte atividade:
Divida a dinâmica em duas fases: na primeira fase, peça para os alunos escreverem suas virtudes num pedaço de cartolina branca e pendurem no pescoço com um barbante. Na segunda fase, os alunos escreverão somente os seus defeitos e colarão com durex nas costas. A seguir, todos formarão uma fila indiana e passearão pela sala observando bem, no seu companheiro à frente, o que está escrito nas costas. Depois do passeio pela sala, todos deverão tirar as qualidades e defeitos e entregar ao líder. 
A segunda parte da dinâmica prossegue da seguinte maneira: cada componente escreve o que lembrar sobre o companheiro que estava à sua frente. Observe se ele escreverá mais sobre as virtudes ou sobre os defeitos.
A finalidade da dinâmica é analisar que, às vezes, o companheiro é levado a observar mais os defeitos do outro companheiro do que as virtudes, principalmente porque o que aparece mais no ser humano nem sempre são as boas qualidades, mas sim seus defeitos.
Ensine que, embora a história tenha apresentado várias falhas de seu caráter, Sansão foi escolhido por Deus e está presente na galeria dos Heróis da Fé (cf. Hb 11). Deus observou o arrependimento de Sansão no final da sua vida. Explique que é preciso aprender observar as virtudes e qualidades das pessoas e não os seus defeitos. Afinal de contas, Deus é quem conhece os corações e somente Ele pode nos julgar conforme a sua Palavra. (Atividade adaptada do livro Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 142,143).

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Lidando Com as Emoções - Pré Adolescentes.

Lição 6 - Lidando com as Emoções 

 2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Salmos 42.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito de como lidar com as emoções. Eles estão num período de amadurecimento das emoções e muitas situações surgirão como desafios que eles terão de superar. Neste caso, é seu papel, professor, apresentar o conselho da Palavra de Deus aos seus alunos para que eles aprendam a lidar com esses momentos de adversidade.
Adolescentes são bem propensos a entrarem em depressão tendo em vista que ainda não possuem a maturidade de lidar com tantas situações. Ainda mais se considerarmos que estamos vivendo dias difíceis e trabalhosos como afirmou o apóstolo Paulo (cf. 2 Tm 3.1).
“Na adolescência há o desejo de ser diferente, pois adolescentes precisam ser assim para que possam formar a própria identidade. O que acontece é que eles ainda não têm material psicológico para isso, portanto o resultado é um troca-troca de opinião, que reflete insegurança e leva os familiares e líderes a imaginar que eles não têm personalidade.
Quando está sozinho, ele expõe abertamente o desejo de ser bastante diferente dos adultos; a contestação é a sua maior arma de defesa, principalmente quando começa a se desviar das regras e orientações, que antes eram seguidas sem muita discussão. Essa tentativa de romper com os modelos dos pais e da igreja não significa, porém, que o adolescente esteja em busca de novas referências, ele está apenas tentando se conhecer melhor e se localizar dentro do mundo adulto. De qualquer forma, isso abala o ambiente familiar; os atritos são diários, às vezes sem motivo. O comportamento do adolescente pode-se tornar até mesmo agressivo, quando as reações são explosivas.
É fundamental que os líderes entendam que o adolescente está diante de uma crise, e que os conflitos são inevitáveis, embora contornáveis. Amenizar as tensões é tudo o que os líderes podem fazer, oferecendo tempo e espaço para que eles desabafem quando quiserem e sentirem necessidade. Nem sempre os adolescentes querem ouvir o que os adultos pensam, mas mesmo assim precisam ser contestados. É uma forma também de eles sentirem que os vínculos com os pais e líderes são sólidos e verem neles um porto seguro ao qual podem voltar, em caso de necessidade.
Os momentos de crise vêm acompanhados de algumas variações aqui, outras ali, além daquele emaranhado de estados de humor. É uma fase dura que, às vezes, leva os orientadores a tentar imaginar onde foi que erraram. Mas, nessas horas, carinho e paciência são fundamentais.
Nunca se deve abandonar os adolescentes quando estão aflitos; é bom estar sempre por perto e disponível para ouvir desabafos e opiniões (sem necessariamente ter de concordar ou discordar).
Estabelecer limites continua sendo fundamental. A vida em sociedade, em maior ou menor grau, exige muito dos adolescentes; principalmente a submissão aos seus valores. O líder deve estar atento como estes serão impostos e com quais regras.” (Texto extraído do livro de COSTA, Débora F. Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 69,70).  

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Fui Escolhido - Adolescentes.

Lição 6 - Fui Escolhido 

2º Trimestre de 2019
OBJETIVOS
Estimular a comunhão e a intimidade com Deus;
Ensinar que Deus exalta os pequenos e desprezados;
Mostrar as formas que Deus tem de escolher seus servos.
ESBOÇO DA LIÇÃO:
A NECESSIDADE DE UM NOVO REI PARA ISRAEL
O MENOR DE SEUS IRMÃOS
A UNÇÃO DE DEUS NA VIDA DE DAVI
UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
A vida de Davi, na perspectiva de viver uma espiritualidade verdadeira, é um grande exemplo. Por isso, na lição desta semana veremos como é importante cultivar uma vida de comunhão e de intimidade com Deus, passando pelo fato de que Deus contempla a verdade de nossas ações. Davi cria tanto nisso que fez uma famosa oração: “Sonda-me, ó Deus”. A fim de ajudar o prezado professor e a prezada professora disponibilizamos o texto abaixo como referência de reflexão na preparação de sua aula. Sem dúvida, o Deus que sondou o coração de Davi, sondará o seu e o de seu aluno. 
Boa aula! 
“DEUS SONDA O CORAÇÃO
‘Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração’. Estas não são as palavras de um desafio orgulhoso; são a confissão de um homem ciente de que Deus descobrirá nele alguma coisa má, no entanto quer que tudo seja trazido à lume para então ser extirpado. 
Como você pode obter coragem para orar assim? Precisa ter o ponto de vista certo quanto à natureza de Deus, e assim terá confiança. Se você pensa que Deus é um investigador severo e um juiz austero, é provável que você se encolha diante dEle como certas plantas sensíveis, na tentativa de esconder dEle os seus pecados. Mas se você reconhece que Deus é um Pai gracioso e amoroso, pode abrir a Ele o seu coração com confiança e júbilo, sabendo que Ele o contempla com olhar de misericórdia. Pedro tendo aprendido a não confiar demasiadamente em si mesmo, dependia totalmente do conhecimento e amor de Cristo quando disse: ‘Senhor, tu sabes todas as cousas, tu sabes que eu te amo’ (Jo 21.17). 
Já que Deus conhece de antemão o nosso coração, por que orar a Ele? Porque a oração do versículo 23, convidando Deus a sondar o coração, visa ao propósito de nos limpar do pecado, e Deus somente faz isso quando recebe nosso consentimento. Esta oração deve ser proferida tendo em mente a promessa: ‘E o sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado’.” (Texto extraído da obra Salmos: Orando com os Filhos de Israel, editada pela CPAD).  
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - As Cortinas do Tabernáculo - Adultos.

Lição 6 - As Cortinas do Tabernáculo

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO 
I – AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO (ÊX 26.1-14)
II – AS CORTINAS DO PÁTIO DO TABERNÁCULO (ÊX 27.9-15)
III – AS CORES DAS CORTINAS DO TABERNÁCULO 
AS CORTINAS DO TABERNÁCULO
Elienai Cabral 
“Deus tomou coisas simples do Tabernáculo para compará-las com coisas celestiais a fim de que aprendamos verdades espirituais em linguagem figurada.” (Êx 26.1-14)
Num capítulo anterior, tratamos do cortinado do pátio do Tabernáculo, que cercava aquele lugar sagrado do povo de Israel. Alguns estudiosos fazem distinção entre o Santuário, que o veem como sendo o Lugar Santo, e o Tabernáculo como o hamiskhan de Yahweh, o Deus de Israel. Entretanto, toda a estrutura do Tabernáculo é, sem dúvida, o Santuário do Altíssimo. 
As cortinas internas e as externas do Tabernáculo foram feitas com especial primor e beleza para, em primeiro lugar, enaltecer a presença divina no Tabernáculo e, em segundo lugar, para dar um sentido de santidade aos serviços sacerdotais no seu interior. As cortinas externas eram para cobrir o Tabernáculo. Portanto, toda a sua estrutura teve o trabalho inspirado dos artesãos, os quais receberam de Deus todo o desenho do projeto do Tabernáculo para ser o lugar da habitação de Deus com o seu povo. Era ohamiskhan de Deus, que, em hebraico, significa “habitação, morada” de Deus no meio do seu povo.
Para que as cortinas pudessem ser armadas, toda a construção requereu uma base especial que incluía madeira e metais. A madeira era de cetim, serrada em tábuas lisas, as quais eram ligadas uma a outra e, em seguida, revestidas com ouro, sendo toda a base de sustentação de prata. 
Todo aquele lugar tornou-se santo, um lugar de habitação, uma morada especial para o Deus de Israel, que veio habitar numa “morada santa” com o seu povo. Como era uma habitação especial, todos os materiais utilizados no Tabernáculo tinham um significado especial e celestial, começando com a cobertura de cortinas internas e externas. 
Essas cortinas e cobertas feitas para o Tabernáculo eram figuras e tipos de Jesus Cristo, visto que cada elemento material tinha um tipo celestial e mostrava, numa linguagem figurada, algumas características da obra redentora de Jesus. Num sentido especial, Cristo tornou-se a nossa cobertura perfeita porque Ele cobriu o nosso pecado (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8).
I – AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO (ÊX 26.1-14)
A despeito dos detalhes especificados dos materiais e cores utilizadas para compor a estética do Tabernáculo, a construção tinha de ser de fácil montagem e desmontagem por causa das mudanças de locais na vida desértica de Israel. 
1. A Coberta Exterior
Qual a diferença das cortinas internas para as externas? A coberta exterior era rústica, contrastando com a beleza interior. Por isso, tanto as cortinas internas quanto as externas revelam tipologicamente a figura de Jesus, que, sendo Deus, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6-8). Os olhos humanos não podiam vê-lo como Deus, e sim como “o filho do carpinteiro” (Mt 13.55). Ele, no entanto, era o Verbo (a Palavra viva) feito carne (Jo 1.14). 
Esta coberta era feita de peles de animais marinhos (texugos ou golfinhos) e não tinha beleza exterior que chamasse a atenção (ver Is 53.2). Simbolicamente, a cobertura exterior do Tabernáculo representava a humanidade de Jesus; por isso, sendo Deus fez-se carne (ver Jo 1.14). Uma das finalidades da coberta exterior era resistir às intempéries climáticas do deserto e, por isso, era rústica. Essa coberta tinha uma estrutura de madeira de cetim cortada em tábuas que servia para as partes internas e externas (Êx 26.15-30), a qual recebia uma lâmina de ouro que sustentava as peles estendidas sobre o Tabernáculo. As peles que ficavam por cima de tudo eram de um animal aquático identificado como texugo, mas, de fato, eram de foca ou golfinho. Quem olhasse para a Tenda do lado de fora nada veria de especial, porque essa coberta era parecida com a cor do deserto, ou seja, não tinha beleza alguma. Essa tenda é um tipo de Jesus quando se fez homem, cumprindo, assim, a profecia de Isaías 53.2: “Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza havia, para que o desejássemos”.
2. As Cortinas Internas
Indiscutivelmente, as cortinas internas do Tabernáculo feitas com linho retorcido branco, estofo azul, púrpura e carmesim revelavam, tipologicamente, o caráter de Jesus. O linho retorcido é um símbolo de justiça (ver Ap 19.8). Por baixo da primeira cobertura de peles, eram colocadas peles de carneiro tingidas de vermelho (ver Êx 26.14), que representam a Cristo em seu sacrifício na cruz do Calvário. A cor vermelha representa o seu sangue, que remiu nossos pecados. Ainda por baixo das peles de carneiro de cor vermelha, havia outras peles que eram de cabra, e eram brancas, sem ser tingidas (26.7-13), e elas falam da pureza do Senhor Jesus e da sua justiça perfeita para com os que confiam nEle e no seu sangue (ver 2 Co 5.21; Fp 3.9). Por último, havia uma quarta cortina que podia ser vista apenas do lado de dentro do Tabernáculo. Ela era feita de linho branco e fino com bordados das figuras de querubins (ver Êx 26.1-6) e tinha as cores de púrpura, escarlate e azul. A visão que se tinha dessa cortina interna lembrava o céu de glória. As figuras de querubins, impressas e bordadas naquela cortina, representavam tipos de seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus. As cores eram branco, azul, carmesim e púrpura. As cortinas e cobertas do Tabernáculo significavam a morada de Deus e tipificavam o próprio Senhor Jesus, por cujas características a obra redentora de Cristo está expressa e que, em seu conjunto, nos fala claramente daquEle que é nossa cobertura perfeita, pois foi Ele quem cobriu o nosso pecado com seu sangue (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8). O azul é a cor celestial, símbolo do céu; todavia, os fios entrelaçados de púrpura falam da realeza de Cristo, pois Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - A Prisão - Primários.

Lição 5 - A Prisão

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Conscientizar o aluno de que devemos ser fiéis a Deus, pois Ele sempre nos abençoa e é poderoso para mudar a situação mais difícil.
Ponto central: Deus sempre nos abençoa e é poderoso para mudar a situação mais difícil.
Memória em ação: “[...] O Senhor estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia” (Gn 39.23b).
Querido (a) professor (a), a lição desta semana toca em algumas questões cruciais da vida cristã: a capacidade de permanecer fiel a Deus, embora as circunstâncias sejam contrárias; a importância e a necessidade de se oferecer o perdão ao outro e permanecer com o coração limpo. 
Certamente, até mesmo nós que já ouvimos a história de José dezenas de vezes, ainda temos muito que aprender com este jovem hebreu, que de traído, escravo e prisioneiro foi posto por Deus como governador da nação mais poderosa de sua era, o Egito, a fim de preservar a linhagem que séculos depois nos daria Jesus Cristo. 
Para auxiliar a preparação de sua aula lhe disponibilizamos o trecho abaixo com um panorama da vida de José para seu estudo e edificação.
JOSÉ
1. Décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho com sua esposa favorita, Raquel, depois que sua irmã Leia já lhe havia dado seis filhos e uma filha. Estéril há muito tempo, e desejosa de ter filhos, Raquel chamou seu primeiro filho de José, em hebraico, yosep ou yehosep, que significa ‘Que Ele acrescente’; e como ela explica, ‘O Senhor me acrescente outro filho’ (Gn 30.24).
José era o único filho de Raquel na época do retorno da região de Harã à Palestina, e tornou-se o filho favorito de Jacó. Quando Jacó foi ao encontro de Esaú, colocou Raquel e José no lugar mais seguro da caravana. Esse favoritismo é comentado em Gênesis 37.3, como consequência da idade avançada de seu pai. José era um pastor, assim como seus irmãos, e provocou sua hostilidade ao relatar ao pai informações sobre a má conduta destes. Jacó demonstrou sua parcialidade dando ao filho um longo manto ornado com mangas (literalmente, um manto especial). É possível que aquele manto tivesse sido confeccionado sob encomenda, com um tecido colorido (cf. vestimenta dos asiáticos, mostrada no túmulo de Khumhotep II do Reino do Meio, em Beni Hasan). Esse presente indicava que Jacó pretendia fazer de José o seu principal herdeiro e, com isso, acirrou a ira de seus irmãos contra ele (37.4).
Após ser vendido como escravo pelos seus irmãos, sofrido todas as sortes de injustiças, Deus se lembrou de José e o elevou a governador do Egito. Anos depois, ele reencontra seus irmãos e se depara diante de tudo o que aconteceu com ele em anos anteriores. O resultado desse encontro é uma das narrativas mais belas da Bíblia.[...]
Por fim, José revelou sua identidade, e isso foi feito com uma considerável emoção de sua parte; ele chorou tão alto que todos os egípcios o ouviram (45.2; cf. 42.24; 43.30,31). Podemos observar claramente o sensível e compreensivo caráter de José pela segurança que deu aos irmãos, mostrando que os havia perdoado e estava preocupado com seu bem estar. Além disso, José viu a mão de Deus em sua carreira, pois Senhor o havia escolhido com a finalidade de preservar Israel através de sua pessoa (45.7,8). (PFEIFFER, Charles F. VOS, Howard F. REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.1091).
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Ouvi Teu Chamado - Adolescentes.

Lição 5 - Ouvi o Teu Chamado 

2º Trimestre de 2019
OBJETIVOS
Compreender que Deus tem um chamado especial para cada um de seus servos;
Refletir a respeito da responsabilidade de ser um profeta de Deus;
Adquirir intimidade com Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO:
DEUS APARECE A SAMUEL
FALA, Ó SENHOR, QUE O TEU SERVO ESTÁ ESCUTANDO!
SAMUEL, UM PROFETA RESPEITADO EM ISRAEL
O PROFETA E O SEU MINISTÉRIO
O termo profeta é derivado do grego prophetes, “aquele que fala sobre aquilo que está porvir, um proclamador ou intérprete da revelação divina. Esse termo refere-se àquele que age como porta-voz de um superior. Pode, também, ser utilizado como sinônimo de “vidente” ou “pessoa inspirada” (Os 9.7; 1 Sm 9.9). O termo hebraico para profeta é nabi’ cujo o significado etimológico mostra uma força de autoridade representativa . Em Deuteronômio 1.18b Deus afirma que o profeta [nabi’] declarará tudo  que Ele ordenar. Em Êxodo 7.1 nabi’ [profeta] tem o mesmo valor semântico de representação de autoridade. Em outras passagens como Êxodo 4.15,16; Jeremias 1.17a; 15.19; a palavra nabi’ [profeta] aparece no contexto de um mensageiro que fala em nome de um superior. 
O ministério de profeta tem seu início em Moisés com a manifestação clara do exercício profético no arraial israelita (Nm 11.25,26). A concepção da instituição divina de ministério profético é ratificada em Deuteronômio 18.9-22, onde a contraposição entre profeta e prognosticadores (encantadores, mágico, etc.) é feita com a promessa do surgimento do grande profeta em Israel (vv. 15-22): Jesus Cristo (At 7.37,38). 
No período monárquico, em Israel, aparecia a primeira escola de profetas (1 Sm 10.5,10). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria no período monárquico. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos. Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1 Sm 16.4,5).
No período da monarquia dividida, surge o então conhecido movimento de profetas em Israel que tecnicamente, em Teologia, é chamado de Profetismo. Esse movimento tinha o objetivo de restaurar o monoteísmo hebreu. Os profetas desse período combatiam a idolatria, denunciavam as injustiças sociais, proclamavam o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo. Esse movimento iniciou em Amós encerrando, cronologicamente com Malaquias. Esse período, diferentemente do anterior, caracterizado pelo sofrimento e marginalização que os profetas eram condicionados a passar. De homens dignos de reverência passaram, os profetas, a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis. Isso porque a mensagem de tais profetas ia de encontro aos interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (Hb 11.36-38). 
Professor, faça esse mapeamento a fim de introduzir os dados essenciais para compreender o início e o propósito do ministério profético em Israel no período do Antigo Testamento. Assim, será bem mais eficiente compreender o papel do profeta Samuel na nação de Israel. 
Boa Aula!
Referência Bibliográfica
Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD. ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro, CPAD. 
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores 

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - O Sumo Sacerdote e os Sacerdotes - Juvenis.

Lição 5 - O Sumo Sacerdote e os sacerdotes

2º Trimestre de 2019
“Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu serás um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4).
OBJETIVOS
Compreender o conceito de sacerdote;
Refletir sobre a liderança sacerdotal;
Reconhecer a necessidade dos pré-requisitos para a liderança.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. QUEM É O SACERDOTE?
2. A FUNÇÃO SACERDOTAL NO JUDAÍSMO
3. PRÉ-REQUESITOS PARA O EXERCÍCIO SACERDOTAL
4. O SACERDÓCIO ETERNO DE CRISTO
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos prosseguir com nosso estudo sobre liderança, desta vez analisando-a sob a perspectiva da instituição divina do sacerdócio.
Provavelmente o conceito, propósito e atribuições do sacerdote não estão claros para muitos alunos em sua turma. Portanto, é primordial antes de focar nos demais objetivos desta aula, esclarecer esses aspectos. Por isso, disponibilizamos aqui como subsídio um aprofundamento sobre o tema sacerdócio. 
Lembrando sempre o que vale para esta e todas as suas aulas: caso surja alguma dúvida em classe que você, mestre, não tenha estudado ou que não esteja totalmente convicto da resposta, seja franco com seus juvenis. A humildade e honestidade são lições que só podem ser ensinadas, tal como aprendidas, na prática. Quantas não são as vezes que, mesmo sem perceber, você está ensinando a seus juvenis sobre elas com suas atitudes?!  E dizer a verdade sempre, inclusive em aula quando não souber algo, é uma forma de ensinar essas que estão entre as mais importantes lições da vida.
Portanto, em caso de dúvida, não se preocupe, apenas comprometa-se a pesquisar e trazer uma resposta na próxima aula. Você pode até mesmo convidar a todos a te acompanharem nesta busca. Anote o lembrete em sua agenda, revista ou mesmo smartphone, para não se esquecer de cumprir com tal compromisso.

SACERDOTE, SACERDÓCIO O sacerdote é um ministro autorizado para as coisas sagradas, especialmente aquele que oferece sacrifícios no altar e age como mediador entre o homem e Deus.
Propósito
O sacerdócio hebraico constituiu uma das características dominantes da religião e da vida do AT. Isso pode ser constatado não só através das múltiplas referências feitas nas Escrituras, mas na própria construção da religião do AT com sua classe especial de sacerdotes representativos, e pela importância das relações e das funções religiosas durante a vida toda.
A visão hebraica do mundo, e da vida no mundo, era completamente controlada pelo sobrenatural e impregnada dele. A necessidade de manter relações aceitáveis com Deus, que não eram naturais ao homem, concedia ao sacerdote e aos seus ensinos a mais elevada prioridade. Eles eram necessários para a preservação de um permanente contato de Israel com Deus. O israelita relacionava-se com Deus através de um pacto nacional especial que envolvia o sacerdócio por causa de seus serviços essenciais como mediador e representante. Portanto, os sacerdotes operavam entre Deus e o povo a fim de preservar esse relacionamento estabelecido através da aliança.
O sucesso da religião sacerdotal dependia intensamente di significado e do espírito dessa operação, especialmente por parte do próprio povo. [...]
Terminologia
As palavras hebraicas kohen, kahen (uma forma aramaica), que foram em geral traduzidas como “sacerdote”, e kehunna como “sacerdócio”,  junto com a forma verbal kahan, “ser sacerdote”, “ministrar” ou “desempenhar a função de sacerdote”, ocorrem 775 vezes no AT. [...]Acredita-se que a origem da palavra kohen, embora desconhecida, venha do termo kahan aliado a kun, isto é “permanecer”, referindo-se ao sacerdote como aquele que permanece perante Deus como servo e representante do povo, e também como alguém que permanece perante o povo como representante de Deus, O serviço do sacerdócio é representado dessa maneira (Nm 16.9; Dt 10.8; 17.12; 18.5). (PFEIFFER, Charles F. VOS, Howard F. REA, John. DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE.Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 1713-14)
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - A Pia de Bronze: Lugar de Purificação - Adultos.

Lição 5 - A Pia de Bronze: Lugar de Purificação 

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO
I – A PIA DE BRONZE  ̶  A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE (ÊX 30.18-21)
II – A PIA DE BRONZE – LUGAR DE LIMPEZA E PUREZA
III – DOIS ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS SACERDOTES 
A PIA DE BRONZE – A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE (Êx 30.17-21)
Elienai Cabral
Independentemente do “Dia da Expiação”, quando era imolado apenas um cordeiro pelo pecado do povo, e o sumo sacerdote ministrava com o sangue da expiação na presença de Deus no Lugar Santo e no Lugar Santíssimo, as pessoas podiam, uma por uma, entrar no grande pátio do Tabernáculo pela manhã e à tarde acompanhando o sacerdote, primeiramente no altar de sacrifícios. Depois, o sacerdote lavava-se na Pia de Bronze, que tinha uma água limpíssima, e lavava as mãos e os pés antes de adentrar no Santuário. 
A Pia de Bronze Ficava no Pátio entre o Altar de Sacrifícios e o Tabernáculo
Para que os sacerdotes pudessem ministrar tanto no Pátio quanto no Lugar Santo, independentemente do serviço do sumo sacerdote que ministrava no Lugar Santíssimo, eles precisavam fazer as abluções necessárias. O recipiente para conter água, identificado como uma bacia ou pia lavatório, servia como lavabo e recebia água limpíssima, e alguns comentadores bíblicos dizem que eram águas trazidas da rocha de Horebe, ainda que não há nada no texto bíblico que se possa comprovar isso. O importante é que as águas eram limpíssimas, e os sacerdotes, depois de ministrarem no Altar de Sacrifícios e sujarem as mãos e os pés com as vísceras e outros órgãos rejeitados para os sacrifícios, deviam lavar-se com aquelas águas (ver Êx 30.17-21). Os sacerdotes não podiam banhar-se dentro da bacia, mas deviam tirar as águas do interior da bacia para lavarem-se. Depois de lavados, os sacerdotes mudavam suas roupas e, devidamente limpos, podiam entrar no Tabernáculo para ministrarem perante o Senhor no Lugar Santo. A parte interna da pia (ou bacia) tinha que brilhar e refletir como “o espelho das mulheres” para revelar, na exposição ao sol, toda a sujeira da lavagem. A Bíblia diz que a “palavra de Deus” é como “espelho”. Paulo escreveu: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (ver 2 Co 3.18).
Nosso pecado foi expiado por Cristo no altar de sacrifícios, a cruz do Calvário. Porém, a limpeza das sujeiras do pós-sacrifício implica, tipologicamente, na limpeza da imolação, do sangue e das vísceras, a qual tinha de ser feita pelos sacerdotes antes de entrarem no Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (ver Sl 24.3,4; Is 52.11; Jo 13.8; 1 Co 6.11). Ora, todos sabemos que, no dia a dia, às vezes ficamos manchados e sujos com as sujeiras de ações carnais (ver 1 Jo 1.8,10), mas temos o recurso purificador e santificador da Palavra de Deus, prefigurada pela água da Pia de Bronze. O sangue de Jesus, mediante nossa aceitação dEle como Expiador, quita a culpa (ver Rm 3.24,25; Ef 1.7), mas todos sabemos que a nossa natureza pecaminosa (“o velho homem”, Ef 4.22) ainda produz o pecado e expõe-nos constantemente às tentações que nos rodeia e assedia (ver Hb 12.1). A Palavra de Deus, porém, é o espelho que mostra quem somos e as obras que praticamos para que nos purifiquemos com a ajuda do Espírito Santo. A Palavra de Deus, portanto, revela nossas impurezas e, por isso, precisamos ver com cara descoberta quem somos. 
A Bacia Era de Bronze Polido (Cobre), e o seu Interior Era como o Espelho das Mulheres (Êx 38.8)
Com a água limpíssima e exposta à luz do sol, toda e qualquer sujeira era revelada no interior daquela bacia. A obra regeneradora do Espírito Santo torna-nos limpos e lavados. Ninguém entrará na presença de Deus no seu santuário com as marcas das sujeiras do pecado (ver 2 Co 5.16,17). Paulo falou aos efésios da obra santificadora e purificadora por meio da “lavagem da água, pela palavra” (Ef 5.26). O interior da bacia como “o espelho das mulheres” sugere uma tipologia especial. Ora, quando os sacerdotes lavavam-se com aquela água, as sujeiras revelavam o estado daquelas pessoas. Assim, também, é o poder extraordinário da Palavra de Deus em revelar a verdade de cada um de nós. Todas as sujeiras morais e espirituais são reveladas nesta “bacia”. Por isso, ninguém deve tentar chegar com as sujeiras da sua vida, mas deve lavar-se pela “lavagem com água” da Palavra de Deus. Aquele receptáculo construído com metal polido podia refletir o rosto das pessoas e, por isso, no exercício do ministério sacerdotal, cada sacerdote precisava conhecer e perceber o estado de sua limpeza para poder ministrar na presença de Deus. 
A Pia de Bronze Tinha um Caráter de Juízo sobre a Vida do Crente
No Altar de sacrifícios, o juízo era aplicado sobre o pecador com a oferta do sacrifício, com a qual ele tinha remissão dos pecados. A redenção do pecador aponta para Cristo, que ocuparia nosso lugar como substituto. Ele assumiu sobre si o juízo que merecíamos e assim o fez pela sua morte vicária (ver 2 Co 5.21; Gl 1.4). Porém, as águas da pia tinham como finalidade lavar aquele que já passou pelo Altar de Sacrifícios, e agora, “as águas” que simbolizam a Palavra de Deus tem o poder de limpar e disciplinar nossas obras para uma vida cristã santa e purificada (ver 1 Co 3.13-15; 5.3-5; 11.31,32; 2 Co 5.10). Mesmo que nossos pecados tenham sido expiados (ver Hb 10.17), tudo quanto fazemos no nosso dia a dia precisa passar pela limpeza para que, quando chegar o juízo para recompensa, sejamos julgados pelas nossas obras. 
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD. 
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