sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Lição 03 - 4º Trimestre 2020 - Jó e a Realidade de Satanás - Adultos.

 

Lição 3 - Jó e a Realidade de Satanás 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO
I – O LIVRO DE JÓ E A NATUREZA DE SATANÁS
II – O LIVRO DE JÓ E AS OBRAS DE SATANÁS
III – O LIVRO DE JÓ E O OCASO DE SATANÁS
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Destacar que Satanás não é um ser autoexistente, mas criado; e que sua ação não se sobrepõe a soberania de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Explicar que o Livro de Jó não procura explicar a origem de Satanás, mas que seus atributos revelam quem ele é;
II – Afirmar que as obras do Diabo são visíveis e que o Livro de Jó revela sua natureza maligna;
III – Sublinhar o  ocaso do Diabo, isto é, seus intentos sobre Jó não foram alcançados;

PONTO CENTRAL
O Diabo é um ser espiritual, mas não é autoexistente.

JÓ E O ENIGMA DO MAL

José Gonçalves

[...] veio também Satanás entre eles” (1.6). Satanás aparece no livro de Jó como uma realidade cósmica e a quem o mal que sobrevém ao patriarca está associado. Satanás é a tradução do termo hebraico sãtãn, com o sentido de adversário e oponente.i Alguns teólogos argumentam que esse Satã citado no livro de Jó não seria o mesmo encontrado na literatura veterotestamentária posterior (1 Cr 21.1) e nem tampouco o Satã a quem se refere o Novo Testamento (Mt 4.10). Dessa forma, R. A. F. Mackenzie (2007, p. 929) destaca que esse Satã “ainda não se trata do ‘diabo’ da posterior teologia judaica e cristã”. Por sua vez, Terrien (1994, p. 65) explica que “o emprego do artigo definido mostra que o termo hassatan não era considerado nome próprio e que não deveria ser traduzido por Satã”. Ainda de acordo com Terrien, foi somente em um período posterior que esse termo tornou-se nome próprio e foi traduzido por Satã, ho diábolos.ii Além das questões léxicas, que, segundo defendem esses autores, impediriam vincular o Satã da narrativa de Jó com o Satã descrito em outras partes do Antigo Testamento e também do Novo Testamento, estaria também a questão de natureza teológica. Dessa forma, segundo eles, o redator de Jó não teria usado esse termo no seu aspecto teológico, mas funcional. Assim sendo, Schokel e Diaz (2002, p. 126) argumentam que não se deve confundir o Satã de Jó com “nossa imagem ou concepção do demônio, anjo caído que odeia a Deus e sua obra”. 

Negar que Satanás possui personalidade simplesmente por questões de natureza puramente léxica não tem convencido a muitos outros intérpretes. Verifica-se, por exemplo, que o uso do artigo ou o seu não uso, assim como outras regras de natureza gramatical, admite exceções.iii Por exemplo, o termo “Deus”, usado em referência ao Deus de Israel, vem muitas vezes precedido de artigo no texto hebraico do Antigo Testamento. Afirmar que o Deus de Israel não é um ser pessoal simplesmente porque vem precedido de artigo é algo inconcebível. Seria temerário, portanto, para o intérprete generalizar o uso dessa regra concernente ao uso do artigo. Daniel Estes (2013, p. 474) põe em evidência esse fato em relação ao uso do artigo definido: 

No Antigo Testamento, o artigo definido também é às vezes usado dessa maneira, como por exemplo, quando “o Deus” se refere a Deus ou “o baal” quando se refere à divindade cananeia Baal. Em vista disso, parece haver evidências significativas para ver o adversário em Jó como um antagonista de Javé e seu servo Jó.

O uso do artigo, portanto, não deve ser visto como uma limitação linguística à personalidade do Diabo, mas apenas como uma forma de descrever a função ou papel de Satanás como um adversário, sem, contudo, negar a sua pessoalidade. Vine, Unger & White Jr (2009, p. 282) destacam que, usado dessa forma, o termo tem o propósito de “enfatizar o papel de Satanás como ‘adversário’ que afligiu o patriarca com muitos males e sofrimentos”. Era dessa forma que a patrística cristã entendia (Oden, 2010). De uma forma geral, os Pais da Igreja, mesmo fazendo uso alegórico dessa narrativa, onde Jó simboliza o justo lutando contra as tentações do demônio, não faziam distinção alguma entre esse Satanás descrito em Jó daquele que aparece no Novo Testamento.iv 

Por outro lado, as evidências internas do texto do livro de Jó mostram alguns atributos de Satanás que o expõem como um ser dotado de personalidade. Além do fato de ser espiritual, capaz de agir sobrenaturalmente (Jó 1.7), Satanás, por exemplo, também demonstra ser possuidor de inteligência e conhecimento (1.7; 9). Ele demonstra conhecer Jó e a sua forma de comportar-se (1.7) bem como se mostra capaz de argumentar com Deus (1.9). Essas mesmas características são demonstradas por Satanás quando tentou a Cristo. Ele sabia, por exemplo, quem era Jesus e foi capaz de argumentar com Ele (Mt 4.1-11). O Diabo do livro de Jó e o do Novo Testamento são, portanto, a mesma pessoa. 

[...] e que se desvia do mal” (1.8, ARA). A expressão “que se desvia do mal” aparece no testemunho que Deus dá sobre Jó. Fica bastante claro que o livro de Jó não tem o propósito de explicar a origem de Satanás nem tampouco como o mal veio a existir no Universo.v O livro de Jó parte do pressuposto de que o Diabo existe e de que o mal é uma realidade. No caso de Jó, fica subentendido que o mal é anterior a ele, visto que Jó procurava evitá-lo (1.8). Jó vive, portanto, em um mundo moral onde a existência de Satanás e do mal são uma realidade. Não há como negar que o mal é uma realidade e que está espalhado pelo Universo. Ignorá-lo não é uma tarefa fácil. Como explicar, por exemplo, o fato de uma criança indefesa e inocente sofrer com câncer? Como explicar os grandes desastres naturais com milhões de vidas ceifadas? E o que dizer das guerras que já mataram milhões de pessoas? Essas são perguntas que não podem ser explicadas de forma satisfatória se a questão do mal não for levada em conta.vi O livro de Jó mostra que, mesmo antes de o patriarca ser provado, o mal já existia no mundo (1.8).vii Todavia, com respeito ao sofrimento de Jó, o mal aparece associado a Satanás, mesmo que o patriarca não tivesse consciência disso (1.11-12). 

Satanás aparece no texto de Jó como um ser que tem limites. Ele não faz o que quer ou pode fazer (1.12; 2.6). Isso significa dizer que, ao contrário de Deus, que é eterno e Todo-poderoso, Satanás é um ser espiritual criado. Todavia, dizer que o Diabo é um ser criado está muito longe de dizer que ele foi criado por Deus dessa forma ou que tenha criado o mal. Se Deus criou anjos bons, então de onde veio o Diabo? O Senhor criou seres perfeitos e bons, todavia dotados de livre-arbítrio. Assim como os humanos, Satanás, que antes fora um anjo bom, também foi dotado com capacidade de escolha. O livre-arbítrio não é bom ou mal em si, mas, dependendo da forma como é usado, pode ser transformado num bem ou num mal. Luis Henriques Jr (2019, pp. 44,45) observa que “o presente da liberdade que foi concedido veio com todas as consequências da existência. O surgimento do bem espiritual tem como consequência a possibilidade da existência do mal espiritual”. Com o livre-arbítrio, os homens podem escolher Deus, mas com ele também podem rejeitá-lo. Deus não queria que seres sem liberdade de escolha servissem-no. E a razão é simples: onde não há liberdade de escolha, o amor é forçado, e a responsabilidade moral não existe (Geisler, 2002). O Diabo tornou-se Diabo porque escolheu ser assim. 

Tanto no caso do homem como no de Satanás, a existência do mal tem origem na capacidade de escolha, isto é, no livre-arbítrio.viii Dessa forma, Poewell (2009, p. 340) diz que “o mal entrou no mundo pela livre escolha de criaturas moralmente responsáveis”. Qualquer outra tentativa de explicar a origem do pecado ou do mal no Universo que exclua a livre escolha do homem e dos anjos transforma Deus em um monstro moral. Deus seria o autor do pecado e, consequentemente, de todo sofrimento humano.ix O livre-arbítrio transformou um anjo bom em Satanás e o homem santo em pecador. Ulrich Luke (2012, p. 313) destaca que “a origem do mal se encontra, portanto, na liberdade das criaturas a princípio boas”. Da mesma forma, Geisler (2002, p. 534) destaca que 

Deus é bom, e criou criaturas boas com qualidade boa chamada livre-arbítrio. Infelizmente, elas usaram esse poder bom para fazer o mal ao universo ao rebelar-se contra o Criador. Então o mal surgiu do bem, não direta, mas indiretamente, pelo mal uso do poder bom chamado liberdade. A liberdade em si não é má. É bom ser livre. Mas com a liberdade vem a possibilidade do mal. Então Deus é responsável por tornar o mal possível, mas as criaturas livres são responsáveis por torná-lo real.x

Segundo Alvin Platinga (2012, p. 47): 

Um mundo com criaturas que sejam significativamente livres (e que livremente executem mais ações boas do que más) é mais valioso, se não houver complicações de outros fatores, do que um mundo sem quaisquer criaturas livres. Ora, Deus pode criar criaturas livres, mas não pode causar ou determinar que façam apenas o que é correto. Afinal, se o fizer, então elas não são afinal significativamente livres; não fazem livremente o que é correto. Para criar criaturas com capacidade para o bem moral, portanto, Deus tem de criar criaturas com capacidade para o mal moral e, não pode dar a essas criaturas a liberdade de executar o mal e, ao mesmo tempo, impedi-las de executá-lo. E aconteceu, infelizmente, que algumas das criaturas livres que Deus criou erraram no exercício de sua liberdade; essa é a fonte do mal moral. O fato de algumas criaturas errarem, contudo, não depõe contra a onipotência de Deus nem contra a sua bondade; pois ele só poderia ter impedido a ocorrência do mal moral removendo a possibilidade do bem moral.xi 

Geisler (2002, p. 534) corrobora esse fato: “Deus não é o responsável pelo exercício do livre-arbítrio para fazer o mal. Deus não realiza a ação livre por nós”. Ele, portanto, ao fazer criaturas livres, capazes de escolher, fê-las porque não deseja que ninguém o sirva ou o ame forçadamente. O amor forçado não é amor, mas estupro. Ainda de acordo com Geisler (2002, p. 539): 

É claro que Deus poderia forçar a todos a fazer o bem, mas então não seriam livres. Liberdade forçada não é liberdade. Já que Deus é amor, ele não pode impor-se contra a vontade de ninguém. Amor forçado não é amor, é estupro. E Deus não é um estuprador divino. O amor deve agir persuasivamente, mas não coercitivamente.


 i  HARRIS, R. Laird; Archer Jr, Gleason L; Waltke, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998.
ii TERRIEN, Samuel. Jó – grande comentário bíblico, p. 65. São Paulo: Paulus, 1994. 
iii  Uma dessas exceções pode ser vista, por exemplo, no uso arcaizante do artigo na literatura tanto hebraica como rabínica (SCHOKEL; DIAZ. Job: comentário teológico y literário, p. 87. Madrid: Ediciones Cristandad. 2002).
iv Veja, por exemplo, as obras: Comentario Al Libro de Job, 1.6 (Iso’dad de Merw, c.850); Libros Morales, 2.40, 65-66 (Gregório Magno, 540–604); Comentario al Libro de Job, 1.11 (João Crisóstomo, 348–407); Explicación del Libro de Job, 1.13 (Juliano de Eclana, 386–455); Comentarios al Libro de Job, 2.6 ( Efrén de Nisibi, 306–373). (Oden, Thomas. La Biblia Comentada por los Padres de la Iglesia. Madrid: Ciudad Nueva, 2010).
v A meu ver, Richard Taylor está correto quando diz que a presença do mal no Universo está associada à queda de Satanás e à presença do mal na terra à queda do homem (TAYLOR, Richard. Diccionario Teológico Beacon, p.416. Lenexa, Kansas: Casa Nazarena de Publicaciones: 1984). De fato, não há indicações na Bíblia de que haja um mal anterior a Satanás. Pelo contrário! Nossa percepção da existência do mal começa com a existência de Lúcifer. Deve ser destacado que o termo Lúcifer, como referência a Satanás, provém da Vulgata, tradução da Bíblia feita para o latim por Jerônimo (347–420 d.C) (LEMAITRÊ; QUINSON; SOT. Dicionário Cultural da Bíblia, p. 186. São Paulo: Loyola, 1999). A patrística, desde cedo, entendia que a passagem bíblica de Ezequiel 28.12-16 era uma referência à queda de Satanás. Dessa forma, Tertuliano (155–220 d.C) diz: “se você revisar a profecia de Ezequiel, notará facilmente que aquele anjo que havia sido criado bom se corrompeu por sua própria vontade”; Orígenes (184–253 d.C) escreve:  “portanto, estas afirmações de Ezequiel a respeito do príncipe de Tiro se referem, como temos demonstrado, a um poder adverso, e provam claramente que este poder era antes santo e bem-aventurado, mas desse estado de felicidade foi jogado na terra no momento em que se encontrou iniquidade nele”; e também Jerônimo (347–420 d.C) destacou que “aquele que foi nutrido no jardim das delícias como uma das doze pedras preciosas, foi ferido e caiu nos infernos desde o Monte do Senhor” (ODEN, Thomas. La Bíblia Comentada por los padres de la iglesia. Tomo 15, p.159-160. Madrid: Ciudad Nueva, 2015). Esse entendimento é confirmado pelas evidências internas do texto: 1. Os termos e expressões: “monte santo”, “pedras de fogo” (lit), não se harmonizam com o Éden terreno. 2. A referência a “querubim... ungido” (v. 17) não se aplica a Adão no Paraíso. 3. A referência feita por Paulo à “condenação do diabo” (1 Tm 3.6), como sendo o orgulho, só encontra paralelo no Antigo Testamento aqui (veja uma exposição completa em: HARRIS; ARCHER; WALTKE. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, pp. 1474,75. São Paulo: Vida Nova,1998).  Há uma exposição completa sobre o assunto feita pelo dr. Carlos Augusto Vailatti em: Demônios: Origem, Natureza, Atividades e Destino (https://www.youtube.com/watch?v=P7bHeTXALeI 08/10/2019).
viOs teólogos costumam dividir o mal em moral e natural. Nesse aspecto, o mal moral está associado à queda de Adão (Rm 5.12; 6.23), e o mal natural é uma consequência desta (Gn 3.17-19). No caso de um bebê inocente que sofre de uma enfermidade terminal, temos um exemplo do mal moral, visto que todos os homens estavam no lombo de Adão, inclusive o bebê. Por outro lado, uma catástrofe natural seria uma demonstração do mal natural (GERSTNER, J. H. Enciclopédia Histórico-teológica da Igreja Cristã, vol II, pp.466,467. São Paulo: Vida Nova, 1992).
vii A palavra hebraica ha’, traduzida como “mal” (Jó 1.8), é a mesma usada em Gênesis 2.9,17; 3.5,22. (STRONG, James. Nueva Concordancia Exhaustiva de la Biblia. Nashville: Grupo Nelson, 1990).
viii Geisler mostra que esse era o pensamento cristão ao longo da História da Igreja: Justino Mártir (100–165 d.C); Irineu (125–202); Atenágoras (séc. II); Teófilo (130–190 d.C.); Taciano (120–173 d.C.); Bardesanes (154-222 d.C.); Clemente de Alexandria (150–215 d.C.); Tertuliano (155–225 d.C.); Novaciano (200–258 d.C.); Orígenes (185–254 d.C.); Metódio (260–311 d.C.); Cirilo de Jerusalém (315–387 d.C.) Gregório de Nissa (335–395 d.C.); Jerônimo (340–420 d.C.); João Crisóstomo (347–407 d.C.); Agostinho, antes de 412; Anselmo (1033–1109 d.C.); Tomás de Aquino (1225–1274 d.C.)
ixDeus não é o autor do mal, mas, como onisciente que é, tem conhecimento da sua existência. Todavia, conhecer não significa causar. Deus tem conhecimento sobre o mal, mas não o causa. De acordo com Ulrich Luke, Deus “conhece o mal com antecedência, mas sem que essa presciência possa ser considerada uma causa ou aprovação do mal” (LUKE, Ulrich. Novo Léxico da Teologia Dogmática Católica, p. 313. Petrópolis: Vozes, 2015).
x Em outra obra da sua autoria, Geisler explica que tanto no caso de Lúcifer como do homem, as suas ações são autocausadas. Dessa forma, Deus, que é imaculadamente perfeito, não poderia ser a causa do pecado de Lúcifer e, também, do homem. Sendo Lúcifer o primeiro ser a pecar, a sua ação, necessariamente, foi autocausada. (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática: pecado, salvação, igreja e últimas coisas, vol. 2, p. 76. Rio de Janeiro: CPAD, 2010).
xi Ainda de acordo com Platinga, o livre-arbítrio pressupõe: 1. Um Deus que é onisciente, Todo-poderoso e todo bondade, criou o ser humano como sujeito moral, o que implica ter a capacidade de escolher entre o bem e o mal. 2. Como Deus é onisciente, sabia que o mal apareceria; como é Todo-poderoso, podia criar o mundo com diversas possibilidades; e como é todo bondade e a sua moral é perfeita, só pode ter tido boas razões para criar o mundo tal como o fez. 3. Como consequência, Deus pode ter criado a possibilidade de haver o mal; contudo, foi o ser humano quem, ao escolher fazer o mal, o tornou realidade. Entretanto, Deus não foi pego de surpresa em razão de o mal fazer-se realidade. Portanto, em última instância, o mal existe no mundo porque Deus tem um bom motivo para permitir a sua existência (POWELL, Doug. Guia Holman de Apologética Cristianapruebas y fundamentos de la fe cristiana, p. 339. Nashville, Tenessee: BH Español, 2009).

Lição 03 - 4º Trimestre 2020 - A igreja perseguida - Adolescentes.

 

Lição 3 - A igreja perseguida 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: Atos 7.54-59

DESTAQUE: Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas. (Mateus 5.10)

OBJETIVOS:
Enfatizar
 que ser perseguido por amor a Cristo não deve provocar medo, pois é uma honra;
Reforçar que aqueles que são fiéis até o fim serão galardoados no Céu por sua fidelidade;
Mostrar que os cristãos perseguidos tem a presença do Espírito Santo sobre a sua vida, como aconteceu com Estêvão, o primeiro mártir da Igreja.

Caro(a) Professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão um pouco mais sobre a história da igreja. Um dos grandes desafios enfrentados pela igreja nos primeiros anos de existência foi a perseguição religiosa. 

Jesus anunciou aos seus discípulos quando ainda estava com eles neste mundo, que a Igreja passaria por momentos difíceis por causa da pregação do evangelho. Os discípulos deveriam estar preparados para lidar com a oposição e perseguições e, para isso, era necessário que estivessem cheios do Espírito Santo.

Nos dias atuais, há países onde pregar a Palavra de Deus é um grande desafio e muitos cristãos ainda sofrem, outros até mesmo morrem pela causa do evangelho.

De outro modo, há lugares onde há total liberdade religiosa, como é o caso do Brasil. Mas, infelizmente, o que deveria ser motivo de alegria e investimento na propagação do evangelho, tornou-se motivo para acomodação. 

Vejamos algumas recomendações de Cristo direcionadas aos seus discípulos no tocante ao sofrimento pelo evangelho:

A. A causa das perseguições.  

Em primeiro lugar, precisamos  destacar que  a perseguição não é por nenhum motivo particular dos discípulos. 

Infelizmente, nos dias atuais, muitos pensam que sofrer perseguição consiste em passar por aflições e adversidades cotidianas que fazem parte das intempéries da vida.

Por mais difíceis que sejam essas adversidades, estas ocorrem por motivos pessoais e em nada têm a ver com os sofrimentos e perseguições enfrentados pela igreja de Cristo nos primeiros dois séculos de existência.

Enquanto os sofrimentos presentes são de ordem pessoal, aqueles eram integralmente por conta da fé em Jesus Cristo e muitos entregaram a própria vida para serem mortos pela causa do evangelho (cf. At 7.58—8.1-3).

B. Uma resposta direcionada pelo Espírito Santo. 

Jesus ensinou aos seus discípulos que não seria necessário premeditar o que dizer quando fossem caluniados e acusados falsamente diante das autoridades. As palavras de sabedoria emanariam inspiradas da parte do Espírito Santo. Jesus ainda deixa bem claro que os perseguidores não poderiam resistir às palavras de sabedoria que certamente os convenceriam do erro. Isso aconteceu com o Senhor Jesus quando foi julgado pelos líderes judeus, mas infelizmente eles amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus e preferiram matar Jesus por inveja e receio de perderem o cargo instituído pelos romanos (cf. Jo 11.46-48; Mc 15.10).

C. Perseguição na família. 

Jesus anunciou também que os discípulos seriam entregues para serem mortos até mesmo por seus familiares.

Isso aconteceu e ainda acontece em alguns países, principalmente os que são de predominância mulçumana, onde parentes entregam à morte os próprios familiares por considerarem desobediência e blasfêmia ao islamismo quando alguém abandona a fé islã e volta-se para outra religião. 

Em outros países onde se tem liberdade religiosa ocorre também o preconceito quando um parente decide seguir Jesus. Muitos se tornam oponentes, alvos de chacota e passam a ser odiados por abandonarem as tradições familiares. 

Apesar de não ser uma perseguição nos mesmos moldes de outros países onde há a proibição em relação à pregação do evangelho, não deixa de ser desconfortável ter de enfrentar a rejeição e opressão dos próprios familiares.

D. Uma promessa de livramento. 

Apesar de toda dor e sofrimento, sejam estes de ordem física ou emocional, Jesus prometeu livrar-nos dos homens maus. 

Isso não significava que a morte não poderia ocorrer, mas o cuidado de Deus em preservar seus servos para que tivessem condições de continuar pregando o evangelho seria notável. 

Isso aconteceu várias vezes com os apóstolos, inclusive com Paulo, em suas viagens missionárias. 

Entretanto, Deus prometeu livramento aos seus servos. Jesus disse aos seus discípulos: “não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (cf. Mt 10.28).

Por mais preciosa que esta vida pareça a eternidade com Deus certamente é mais importante. A vida física pode até perecer, mas a vida eterna nunca perecerá porque nada poderá separar o crente fiel do amor de Deus (cf. Rm 8.35-39).

E. Na vossa paciência, possui a vossa alma.

Esperar com paciência que todas as lutas e perseguições cheguem ao fim não é algo fácil. Quando se está vivendo a experiência do problema, a angústia não nos deixa ter expectativa alguma. 

Mas a Palavra de Deus nos mostra que podemos nos gloriar nas tribulações, “sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (cf. Rm 5.3-5). 

Sentir alegria em meio aos caos exige da pessoa que passa pela dor, certa racionalidade e fé. Racionalidade para pensar que o caos que enfrenta pode ser administrado e fé para confiar que Deus não o deixará desamparado. 

Esse era o posicionamento dos apóstolos quando se deparavam com as lutas e perseguições por amor ao evangelho. Eles sabiam que a leve e momentânea tribulação não haveria de se comparar com o peso da glória que estava reservado (cf. 2 Co 4.16-18). 

Lição 03 - 4º Trimestre 2020 - Raízes do Avivamento na História da Igreja - Juvenis.

 

Lição 3 – Raízes do Avivamento na História da Igreja 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IMPORTÂNCIA DE CONHECERMOS A HISTÓRIA DOS AVIVAMENTOS
2. O PURITANISMO NOS SÉCULOS XVI E XVII
3. O PIETISMO NOS SÉCULOS XVII E XVIII

OBJETIVOS
Afirmar a importância de estudar a história dos avivamentos;
Apresentar as características do movimento Puritano;
Apontar as características do movimento Pietista.

Querido (a) professor (a), primeiramente parabéns pelo seu dia celebrado nesta semana, em 15 de outubro. Que vocação árdua e honrosa a de ensinar. Principalmente valores tão ricos como os contidos na Palavra de Deus. Que Jesus continue os abençoando e recompensando em todas as áreas de suas vidas aqui na terra. Contudo, certamente o maior galardão virá do Senhor na eternidade.

Os mestres sábios, aqueles que ensinaram muitas pessoas a fazer o que é certo, brilharão como as estrelas do céu, com um brilho que nunca se apagará”. (Daniel 12.3 NTLH)

Um dos objetivos de nossa próxima lição é transmitir aos seus alunos a importância de estudar a história dos avivamentos. Em uma geração demasiadamente imediatista, tão centrada no “agora”, falar sobre o valor de analisar o passado pode ser um desafio. Contudo, é olhando para trás que somos capazes de aprender com os erros e acertos do passado, para construir desde já, um futuro melhor do que o presente. Ou seja, a História é pedagógica.

No livro “A História da Igreja” o autor, Jeffrey Bingham, que é professor e pesquisador de Teologia Histórica do Dallas Theological Seminary, nos Estados Unidos, propõe a seguinte reflexão: “O que há na história que pode ser de uso particular para cristãos do século XXI?” E Bingham sugere três respostas principais:

1ª – Diante do fato de que cada geração é tentada a ver a si mesma como a melhor e mais brilhante, a história impede-nos de nos apaixonarmos por nós mesmos, estimulando a virtude da humildade.

2ª – A história nos faz lembrar que ações e ideias têm consequências; e o que é mais sério – não somente em nossa própria geração, mas também em gerações futuras. Assim, a história ajuda-nos a não agir ou ensinar descomprometida ou impulsivamente, motivando-nos a ter mais cautela, autocrítica e autoavaliação.

3ª – A história pode nos dar novas ideias, novas maneiras de pensar, novos exemplos de praticar o que pode ser bíblico. Porque esses tesouros de vida e fé são antigos.

Como coloca o autor, nossa geração pode e deve desfrutar da herança dada a nós pelos cristãos que nos antecedeu. Assim estaremos à frente, não por nossa própria habilidade ou mérito, mas por termos e riqueza de conhecimento, fruto das experiências de nossos antecessores. Portanto, nas palavras do próprio pesquisador e teólogo: “de certo modo, todo cristão prudente deve ser sempre historiador, pois estes enxergam mais alto e podem ver além, de forma panorâmica”.

Nesta próxima lição também estudaremos sobre dois movimentos marcantes na História do Protestantismo – o Puritanismo e o Pietismo, sobre os quais, Bingham transcorre:

Na Europa e na América, dois dos (despertamentos espirituais) que tinham penetrado profundamente na razão e no ritual, um movimento do reavivamento começou a se desenvolver na primeira parte do século XVIII. Com o pietismo europeu como suas raízes, o reavivamento teve como tempero pietistas luteranos como Philipp Jakob Spener (1635-1705) e o pietista moraviano Nikolaus Ludwig von Zinzendorf (1700-1760). Os pietistas, embora vindos de diferentes tradições, davam ênfase a assuntos semelhantes.

Contra a falta de exatidão no fervor espiritual e na moralidade, os pietistas acentuaram a conversão, o estudo das Escrituras em pequenos grupos, o cântico de hinos e a oração. Eles não se concentravam na doutrina, nos credos e certos particulares da teologia. O sentimento deles com respeito à doutrina ligado à convicção daquela doutrina e pensamento teológico cuidadoso não tinham mantido a igreja religiosamente zelosa. Essa atitude dos pietistas foi infeliz, mas até certo grau compreensível, dado o enfraquecimento espiritual da época. Os pietistas ansiavam por fervor, por um coração de carne e não de pedra.

Também influenciando o reavivamento do século XVIII estava o puritanismo. Geralmente classificado como um grupo dentro da igreja da Inglaterra que buscou purificá-la, os puritanos trouxeram suas convicções para o Novo Mundo. Também enfatizaram o importante tema de uma experiência de conversão por meio da graça, junto com uma ênfase extraordinária de pregar defendendo as Escrituras como regra de fé e prática. (BINGHAM, D. Jeffrey, A História da Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.156).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

sábado, 10 de outubro de 2020

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Avivamento nas Escrituras Sagradas - Juvenis.

Lição 2 - Avivamento nas Escrituras Sagradas 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. AVIVAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO
2. AVIVAMENTO EM O NOVO TESTAMENTO
3. AVIVAMENTO É UMA PROMESSA BÍBLICA

OBJETIVOS
Defender o avivamento como um evento bíblico;
Destacar algumas referências bíblicas sobre o avivamento;
Enfatizar o avivamento como uma promessa bíblica.

Querido (a) professor (a),

podemos observar ao longo dos séculos, desde a história dos hebreus, quanto já na história do Cristianismo, que de tempos em tempos o povo se desvia do Senhor e de sua Palavra e precisamos clamar por um reavivamento (Sl 119.154). Precisamos voltar às Escrituras Sagradas, não só à letra que mata, mas ao Espírito que vivifica (2 Co 3.6).

Mesmo em nossos dias dispomos de dezenas de versões da Bíblia para melhor compreendê-la e segui-la, não é a realidade para muitas igrejas e pessoas pseudo cristãs. Não cabe a nós julgar a estas, mas sim a nós mesmos.

Proponha em classe esta reflexão: Será que temos sido parecidos com Jesus? Temos agido em cada situação como Jesus agiria? Na parábola do Bom Samaritano, por exemplo, em qual dos personagens nossas atitudes se encaixariam? Jesus olha para mim feliz, me vendo como seu bom representante na terra?!

Do menor ao maior, todos nós precisamos submeter nossa consciência constantemente a esta análise, pois como veremos ao longo do estudo deste tema nos próximos meses, o ARREPENDIMENTO é o primeiro passo para um genuíno avivamento. Arrependimento este que só é possível mediante a luz da Palavra de Deus, carregada de seu Espírito Santo, que convence a cada um do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Portanto precisamos, urgentemente nos voltarmos a esta Palavra, com humildade, clamando a este Santo Espírito para nos corrigir através dela.

Por isso, nesta lição vamos nos aprofundar nela para estudar este tema tão importante e presente de maneira vasta ao longo de seus 66 livros – o avivamento.

Esperamos que você e sua turma possam ser avivados pelo estudo da inabalável Palavra de Deus, pois é impossível um genuíno avivamento sem que nos voltemos para ela. Como os autores do livro “De volta para a Palavra”, Thomas Trask e Waide Goodall, apontam – ao longo dos séculos a própria história evidencia tal fato:

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra (2 Tm 3.16,17).

A palavra grega que mais se aproxima do nosso vocábulo “inspirada” é theopneustos, que significa “respirado por Deus” (2 Tm 3.16). Através do sopro e do poder divinos, o Espírito Santo dirigiu os autores (humanos) da Bíblia com tal precisão que o produto reflete precisamente a intenção do próprio Deus.

A Palavra de Deus corrigirá as nossas vidas sempre que estivermos errados ou em pecado. Ela nos ajudará a lidar com as pessoas. Através dela, Deus concedeu aos seres humanos um esquema para suas vidas. Ela é como um mapa rodoviário que diz ao viajante como chegar ao seu destino; só esse livro nos informa a maneira correta de viver e como passar a eternidade com Deus no seu Reino.

[...] Deus providenciou indivíduos para salvaguardarem a sua Palavra. Nos tempos antigos, certos eruditos ajudaram a manter as Escrituras. Durante a Idade Média, os escribas dos mosteiros copiaram cuidadosamente a Bíblia em folhas de pergaminho e as costuraram formando um códice ou livro. A maioria dos códices era extremamente exata e tinha uma impressionante beleza artística.

De 1452 até 1455, Johann Gutemberg imprimiu em latim a primeira Bíblia do mundo, usando tipos móveis. Conhecida como a Bíblia Mazarina, ela possuía duas colunas em cada página, com marcas de abreviações, letras duplas e sinais de pontuação. Foram necessários 290 diferentes caracteres em tipos móveis para a sua composição, todos feitos e acabados a mão.

Em 1604, o rei James I, da Inglaterra, delegou sua autoridade real a uma comissão de cerca de ciquenta estudiosos para que eles começassem a trabalhar numa nova tradução inglesa da Bíblia. Ela foi publicada em 1611 e ficou conhecida como a versão do rei James (King James)

É absolutamente incrível que, não importa o quanto pessoas de má índole gostariam que esse livro fosse eliminado, ele simplesmente não desaparecerá.

[...] Jesus diz: “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.25). Num pilar da cripta em Roma, onde dizem que Paulo esteve aprisionado, há uma inscrição que diz: “A Palavra de Deus não está presa”.

[...] Atualmente, em todo o mundo, a maioria das pessoas utiliza o mesmo calendário, cujo centro é o nascimento de Jesus cristo. Muitos países – até mesmo aqueles governados por ditaduras comunistas decadentes – celebram feriados bíblicos. É como se Deus estivesse dizendo que a própria sociedade será afetada pelos dias especiais, e os eventos, influenciados pelas Escrituras.

Victor Hugo afirmou: “A Inglaterra tem dois livros; um que dói feito por ela e outro que fez dela o que ela é: Shakespeare e a Bíblia.

Em 1793, os franceses usaram suas leis para tirar Deus de suas vidas, mas em 1794 tiveram que chamá-lo de volta. Thomas Paine disse que seu livro, A Idade da Razão, destruiria a Bíblia e o Cristianismo. Quando Paine mostrou o manuscrito a Benjamin Franklin, este aconselhou a não publicá-lo, dizendo: “O mundo já é o suficientemente mau com a Bíblia; como ele seria sem ela?”

Voltaire, o cético francês do século XVIII, declarou: “Mais um século e não restará nenhuma Bíblia na face da Terra”. Em 1885, Robert Ingersoll profetizou que “em vinte e cinco anos, a Bíblia será um livro esquecido”. Mas a Bíblia está viva! (TRASK, Thomas E. De volta para a Palavra. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 15,22-24).

Nesta próxima aula você terá a oportunidade de ensinar aos seus alunos um pouco mais sobre os avivamentos e sua importância tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento e a maravilhosa perspectiva de que o avivamento é, também para nós, uma promessa bíblica.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos

Editora Responsável da Revista Juvenis  

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu que me protege - Berçário.

 

Lição 02 - Louvo ao Papai do Céu que me protege 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar o aluno ao entendimento de que Deus o protege.

É hora do versículo: “Deus me protege como um escudo [...]” (Salmos 7.10).

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é o nosso protetor, assim como o escudo protege um soldado de ser atacado e o guarda-chuva nos protege das gotas de chuva. Por causa da proteção do Papai do Céu, não precisamos ter medo de nada.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem, utilizando giz de cera, o guarda-chuva. Reforce que o Papai do Céu é um protetor que nos protege das maldades desse mundo. Assim como um guarda chuva nos protege das gotas da chuva de caírem em nossa cabeça.

licao2 bercario guardachuva

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Moisés ajuda os israelitas a atravessar o deserto - Maternal.

 

Lição 2 - Moisés ajuda os israelitas a atravessar o deserto 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Que a criança reconheça no pastor um ajudante de Deus, a quem devemos honrar e obedecer. 

Para guardar no coração: “[...] Ele escolheu alguns para serem [...]  pastores e mestres da Igreja.”  (Ef 4.11)

Seja bem-vindo 

Deus tinha plano traçado para o seu povo e para Moisés, aquele que os conduziria até Canaã. Moisés foi sendo preparado, lapidado pelo Senhor dia a dia. Sabemos que a formação de um líder requer tempo, mas infelizmente muitos na atualidade não querem respeitar o momento de Deus. Vivemos em uma sociedade imediatista onde as pessoas não admitem mais esperar. 

Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés não era mais um neófito. Ele havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar homens e mulheres para serem usados na sua obra. Você está disposta a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-la em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância. 

Subsídio professor

“A criança desta faixa etária pensa em Deus de maneira pessoal. É comum ouvir crianças de 3 e 4 anos perguntando se o Papai do Céu tem boca, como é o seu cabelo, se Ele é velho, etc. Não devemos rir ou menosprezar tais indagações; elas refletem o interesse dos pequeninos na pessoa do Pai Celeste. Não se esqueça de que os seus alunos nasceram com o impulso da busca de Deus. Leve-os a ter a correta visão de quem é Deus e do que Ele fez e faz por eles” (Marta Doreto).

Oficina de ideias
“Escreva em letras grandes o nome ‘Moisés’. Faça uma cópia para cada aluno. Ofereça cola e fios de lã, e instrua-os a passar a cola sobre o contorno das letras, e depois grudar o fio de lã. Diga-lhes que estão fazendo o nome do homem que ajudou os israelitas a atravessar o deserto” (Marta Doreto).

Atividade do aluno

licao2 maternal atividades

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Êxodo 12.37-51. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - O Amigo que Conversou com Jesus Escondido - Jd. Infância.

 

Lição 2 - O Amigo que Conversou com Jesus Escondido 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão saber que um amigo de Deus gosta de aprender a sua Palavra e presta muita atenção na explicação dela; e entender que ninguém entrará no Céu sem nascer de novo (se arrepender de seus erros e aceitar Jesus como Senhor e Salvador). 

É hora do versículo: “Quem crer e for batizado será salvo [...]” (Mc 16.16).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Nicodemos, que um verdadeiro amigo do Papai do Céu ama ler e ouvir a sua Palavra. E que para entrar no Céu é necessário nascer da água e do espírito.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho ilustrando o encontro entre Nicodemos e Jesus à noite. Reforce que Nicodemos foi conversar com Jesus nesse horário porque ele tinha medo de ser visto com Jesus e ser castigado pelos estudiosos da Lei. 

licao2 jardim nicodemos

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Abraão, o amigo de Deus - Juniores.

 

Lição 2 - Abraão, o amigo de Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico – Gênesis 15.6; 18.9-14; 21.1-4.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão a respeito de mais um servo de Deus que teve fé e coragem para vencer os desafios e se tornar um herói da fé. Abraão ouviu a voz de Deus e obedeceu, mesmo quando as circunstâncias não eram nem um pouco favoráveis. Ele já era de idade avançada, sua esposa era estéril e sua família vivia na idolatria. Tudo que Abraão sabia a respeito de Deus era que Ele o havia chamado pelo nome e lhe feito promessas. Mesmo assim, o patriarca escolheu confiar no Senhor.

Abraão não carregava uma Bíblia em suas mãos para que pudesse ler e crer num Deus que tem todo o poder sobre os céus e a terra. Ainda assim, Abraão creu e a sua experiência de vida seria a própria Bíblia de que precisava para mostrar que, mediante a fé, somos alcançados pela graça de Deus. É simples assim: “Abraão creu em Deus, o SENHOR, e por isso o SENHOR o aceitou” (Gn 15.6). Ele não foi aceito, ou justificado, como algumas versões bíblicas apresentam, porque era melhor ou mais certo do que outros de sua geração. Mas porque teve fé em um Deus que o aceitaria por bondade e graça.

A história de Abraão tem muito a nos ensinar no que se refere à fé. Muitas vezes compreendemos mal a graça e a bondade de Deus para conosco. Até mesmo seus alunos podem ter sido criados sob um julgo e aprenderam erroneamente sobre o mérito. Muitos foram ensinados que não são dignos de receberem nada das mãos de Deus se não fizerem por onde. Mas Deus nos abençoa por seu amor e graça, Ele nos ensina que devemos obedecê-lo de bom grado e vontade. Ele não espera adoração forçada de um coração que não almeja fazer a sua vontade ou agradá-lo. Pelo contrário, o Senhor está à procura de adoradores que o adorem em espírito e em verdade (cf. Jo 4.23). A fé não nos leva a uma obediência sincera, pois todos os que experimentam do verdadeiro “novo nascimento” em Cristo têm o prazer em fazer a sua vontade (cf. 1 Jo 5.4,5).

A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 50) comenta alguns detalhes da natureza da fé que Abraão manifestou em Deus:

[...] A promessa de Deus a Abraão e a sua bênção sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos (isto é, os judeus crentes), como também a todos aqueles que com fé genuína (Gn 12.3) aceitarem e seguirem a Jesus Cristo, a verdadeira ‘posteridade’ de Abraão (Gl 3.14,16). Todos os que são da fé como Abraão, são ‘filhos de Abraão’ (Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3.9). Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29), o que inclui o receber pela fé ‘a promessa do Espírito’ em Cristo Jesus (Gl 3.14 nota). (6) Por Abraão possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvífica (15.6; Rm 4.1-5,16-24; Gl 3.6-9; Hb 11.8-19; Tg 2.21-23; ver 15.6 nota). Biblicamente, qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvífica (ver Jo 3.36 - nota).

Que tipo de fé seus alunos têm manifestado em Jesus Cristo? Uma fé que declara adoração somente com os lábios, tendo o coração distante do Senhor? Ou uma fé que tem se transformado em atitudes de um caráter que se permite ser moldado pelas mãos de Deus? Certamente, o que se espera dos servos de Deus é uma conduta que vá além das palavras, pois as pessoas não observam apenas o que é falado, mas, principalmente, como o indivíduo se comporta.

Esta é uma excelente oportunidade para ensinar seus alunos a confiarem no Senhor mesmo quando Ele pede alguma coisa que não compreendemos o motivo de tal pedido. Para ilustrar esta verdade, divida a classe em duplas. Um dos alunos da dupla deverá ser vendado. Peça que os demais alunos da dupla façam um círculo. Prepare bolas de aniversário de diferentes cores, coloque o versículo do dia dentro de uma delas e solte-as na sala. Vence a disputa o aluno que conseguir estourar as bolas, encontrar primeiro o versículo e entregar ao seu amigo da dupla. Durante a brincadeira o parceiro de dupla pode ajudar dando dicas.

Tenha uma excelente aula!

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - A Mensagem de João Batista - Pré Adolescentes.

 

Lição 2 - A Mensagem de João Batista 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 1.19-34.

Olá, prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da mensagem pregada por João Batista. Uma mensagem intrigante que tinha como propósito converter o coração do povo a Deus em um tempo em que as pessoas estavam dispersas e não tinham o compromisso verdadeiro com a religião judaica. João Batista pregava uma mensagem que chamava a atenção até mesmo dos poderosos. E essa mesma mensagem nos traz muitas lições que podem ser aplicadas nos dias atuais.

Antes de adentrarmos no assunto central da lição é importante lembrar quem era João Batista no contexto espiritual. João Batista foi questionado se era o Messias, o Cristo que havia de vir e afirmou categoricamente que era apenas “a voz do que clama no deserto”, profetizada pelo profeta Isaías (cf. Is 40.3). Ele não quis trazer para si o prestígio de ser alguém próximo do Messias, mas disse que a sua responsabilidade era apenas preparar o coração do povo para a chegada do Senhor: “Eu batizo com água, mas no meio de vocês está alguém que vocês não conhecem. Ele vem depois de mim, mas eu não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele” (cf. Jo 1.27,28). João estava certo de que a sua responsabilidade não era pequena diante de Deus e, por isso, a sua mensagem seria tão contundente e impactante.

Para alguns a mensagem de João poderia parecer uma afronta, mas na verdade tinha apenas um objetivo: levar o povo ao arrependimento. Não era mais tempo de tratar a adoração e o relacionamento com Deus de qualquer maneira. O estado precário em que se encontrava o relacionamento de Israel com Deus se comprovara durante o ministério de Jesus, quando Ele disputava acirradamente com os fariseus e líderes judeus e observava a dureza de seus corações (Mt 23; Mc 8.10-12). Eles amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus. Por esse motivo, não havia outro caminho se não o arrependimento. Mas de que se trata o arrependimento pregado por João Batista? De acordo com o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1389):

Arrependei-vos. O significado básico de arrependimento (gr. metanoeo) é ‘voltar-se ao contrário’; dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e, através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6).
(1) A decisão de abandonar o pecado e querer a salvação em Cristo importa em aceitar a Cristo não somente como Salvador da penalidade do pecado, mas também como Senhor da nossa vida. Por conseguinte, o arrependimento envolve uma troca de senhores; do senhorio de Satanás (Ef 2.2) para o senhorio de Cristo e da sua Palavra (At 26.18).
(2) O arrependimento é uma decisão livre, da parte do pecador, possibilitada pela graça divina capacitadora que lhe é concedida quando ele ouve o evangelho e nele crê (At 11.21).
(3) A definição da fé salvífica como mera ‘confiança’ em Cristo como Salvador é totalmente inadequada, ante a exigência do tipo de arrependimento feita por Cristo. Definir a fé salvífica sem incluir o arrependimento é uma condição imutável para a salvação (cf. Mc 1.15; Lc 13.3,5; At 2.38; 3.19; 11.21).
(4) O arrependimento foi uma mensagem básica na pregação dos profetas do Antigo Testamento (Jr 18.8; Jl 2.12,13; Ml 3.7; Ez 18.21), de João Batista (3.2), de Jesus Cristo (4.17; 18.3; Lc 5.32) e dos cristãos no Novo Testamento (At 2.38; 8.22; 11.18; 2 Pe 3.9). A pregação do arrependimento sempre deve acompanhar a mensagem do evangelho (Lc 24.47).

Desta forma, fica evidente que o arrependimento não se resume ao fato de apenas reconhecer o senhorio de Cristo, mas principalmente de assumir uma posição completamente oposta ao pecado, à antiga conduta e rejeitar sistematicamente se sujeitar a uma vida de pecado. Essa lição é de suma importância para os seus alunos, tendo em vista que nesta fase da vida muitos se tornam participantes de uma igreja e não de Cristo. E, por causa dessa indefinição, muitos acabam se afastando da presença de Deus, pois na verdade não experimentaram do arrependimento necessário para uma vida espiritual sadia.

Aproveite e faça uma roda de conversa com seus alunos, pergunte se eles têm facilidade em demonstrar arrependimento quando cometem algum pecado. Mostre que o arrependimento não envolve apenas contrição emocional, mas atitude e posicionamento racional de rejeição ao pecado e obediência a Cristo. É uma postura firme em fazer a vontade de Deus com base no temor da sua santa Presença e da sua Palavra.

Tenha uma boa aula! 

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - A expansão da Igreja - Adolescentes.

 

Lição 2 - A expansão da Igreja 

4º Trimestre de 2020

Objetivos:   
1. Destacar como a Igreja Primitiva foi levada a cumprir a Grande Comissão, dada por Jesus em Marcos 16.15;
2. Ressaltar a importância do zelo missionário para a vida, o crescimento e a saúde das igrejas;
3. Despertar o desejo de, assim como os primeiros cristãos, dedicar ao labor evangelístico e missionário.

Destaque: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas.” (Marcos 16.15) 

Queridos professores e professoras, 

A Paz do Senhor Jesus!

Nesta lição estudaremos as primeiras fases do crescimento da igreja primitiva. Tal crescimento nasceu como conseqüência das perseguições que começaram ocorrer, a partir de Jerusalém.

Neste contexto, uma nova fronteira geográfica entra em evidência: a cidade de Antioquia – o lugar onde os seguidores de Jesus foram chamados de “cristãos”.A fim de lhe auxiliar neste estudo, selecionamos um trecho do Comentário Bíblico Beacon1:

Esta seção fala de dois movimentos da Igreja Primitiva ao longo do mar Mediterrâneo. O primeiro foi rumo ao norte, a partir de Jerusalém para Antioquia, na Síria. O Evangelho foi pregado livremente naquela cidade distante. O segundo foi rumo ao sul, de Antioquia a Jerusalém. (...)

[Antioquia] Esta cidade, fundada em 300 a.C., tinha se tornado a terceira maior cidade do Império Romano, superada apenas por Roma e Alexandria. Diz-se que suas muralhas encerravam uma área maior do que as de Roma. A oito quilômetros da cidade, ficava o bosque de Dafne, um importante centro de adoração a Apolo e Ártemis (ou Artemisa). Como resultado parcial disto, Antioquia era famosa por sua imoralidade. Ainda assim, muitos judeus e prosélitos ali viviam. Eles foram evangelizados em primeiro lugar, pois foi dito que os primeiros missionários não estavam anunciando a ninguém a Palavra senão somente aos judeus. Isso provavelmente aconteceu antes da experiência de Pedro em Cesaréia.

Felizmente, havia alguns homens de Chipre e Cirene (Norte da África) que eram um pouco mais esclarecidos. Quando eles chegaram a Antioquia, pregaram o Senhor Jesus aos gregos. (...)

Como estavam obedecendo às ordens de Cristo (Mt 28.19), eles viram o cumprimento da sua promessa – a mão do Senhor era com eles, e o seu poder se manifestava no ministério. O resultado foi que grande número creu e se converteu ao Senhor. Antioquia em pouco tempo se tornou o principal centro do cristianismo.

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Boa Aula!

Flavianne Vaz
Editora da Revista Adolescentes Vencedores 

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Débora - Fazendo a diferença em ações e palavras - Jovens.

 

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 02 - Débora - Fazendo a diferença em ações e palavras 

4º Trimestre de 2020

Pastor Alexandre Coelho

INTRODUÇÃO 

Toda sociedade necessita de pessoas com a capacidade para exercerem juízo — pessoas com discernimento e senso crítico para julgar conflitos e questões pessoais ou coletivas com base em um sistema legal codificado ou baseado em costumes. Em nossos dias, denominamos a essas pessoas de juízes.  O povo de Israel tem um livro com o nome de Juízes, onde são descritas histórias de pessoas que se destacaram não apenas pelo senso crítico e pelo discernimento, mas também por terem sido usadas por Deus para trazer livramento aos hebreus. Neste capítulo, trataremos da história de uma juíza, Débora. Para isso, olharemos a narrativa acerca do povo de Israel no livro de Juízes, que mostra que, para os hebreus, a entrada na Terra Prometida com a espiritualidade de Josué não se manteve após a morte do grande general e que o povo de Deus não se comportou como tal antes da monarquia. 

Os Bons e Maus Exemplos Débora tem a sua história narrada em um contexto de opressão, onde ela foi usada por Deus para, juntamente com Baraque, trazer livramento a Israel. Trata-se de uma história que fala acerca de fé, dúvida, limitações, companheirismo e vitória. Lembremo-nos de que tais fatos não se distanciam de nosso cotidiano, pois somos constantemente desafiados a obedecer a Deus ajudando uns aos outros. 

I – ISRAEL E A VELHA REBELDIA EM UMA NOVA TERRA  

O livro de Juízes é precedido de um contexto histórico. Os filhos de Israel vieram de uma escravidão rumo à liberdade, mas, até chegarem à terra que lhes fora prometida pelo Senhor, eles passaram 40 anos errantes no deserto até aprenderem a confiar em Deus e a ser fiéis a Ele. A rebeldia dos hebreus destemperou até o homem Moisés, que, ordenado pelo Senhor a falar para uma rocha, bateu nela, sendo tal postura motivo para que ele fosse impedido por Deus de entrar na terra que o Senhor prometera aos descendentes de Abraão. Deus manteve a promessa que fizera aos patriarcas. Os hebreus receberam dEle cidades que eles mesmos não construíram, morando em casas cheias de bens, bebendo água de poços que não cavaram e usufruindo de plantações que eles mesmos sequer tinham semeado. O Senhor havia-lhes dado tudo, porém com a observação de que não poderiam esquecer-se dEle, do Senhor que os tirou da terra do Egito (Dt 6.10-15). Mas, como ingratidão e esquecimentos andam juntos, o povo não somente se esqueceu do que recebera de Deus, como também se portou como ingrato quando havia sido abençoado. Essa ingratidão foi vista quando os hebreus decidiram buscar os deuses cananeus como os seus deuses pessoais

1. Na Terra de Canaã

O povo de Israel conseguiu entrar em Canaã, mas não conseguiu expulsar todos os povos que lá viviam. Como se isso fosse pouco, com o passar do tempo, eles viram-se em um processo de aculturação com grupos da terra, seguindo os seus cultos e trazendo para si o juízo de Deus. Ao invés de tornar-se um povo que serviria de exemplo para os seus vizinhos, Israel passou a praticar as ações que Deus condenava. Eugene Merril comenta que: Após a geração de Josué ter passado, o povo esqueceu-se de Yahweh, trocando-o pelos deuses de Canaã. Isto provocou a ira de Yahweh, de forma que Ele enviou inimigos a Israel a fim de puni-lo e despertar-lhe o interesse em retornar para os caminhos de Deus. Quando Israel se arrependia, Yahweh levantava juízes que livravam a nação, e assim experimentavam um período de paz e de justo governo.

Por uma questão de segurança e bem-estar, não é costume sentirmo-nos bem quando temos uma vizinhança que nos quer ver extintos. Esse foi o caso dos hebreus na Terra Prometida. Os povos no entorno de Israel fizeram o possível para destruir-lhe a paz e a existência. O povo de Israel entrou na terra, mas não se guardou da influência daquele ambiente, deixando-se levar pelas mesmas práticas dos seus antigos habitantes. É notório que, por não terem expulsado todos os moradores daquela terra, os hebreus teriam sérias dificuldades. Sobre a permanência dos inimigos de Israel, Merril entende que: Uma razão por que os israelitas não puderam expulsar todos os inimigos cananeus foi, de fato, que estes poderiam permanecer na terra como instrumentos sempre que Yahweh precisasse disciplinar seu povo. Também esses inimigos poderiam servir como um teste de lealdade a Yahweh, e treinar a nova geração de israelitas na arte de fazer a guerra.

Os hebreus não conseguiram entender que, ao misturarem-se com os povos de Canaã e seguir os seus costumes, rejeitando a Lei de Deus, esses povos seriam para eles, com a permissão do Senhor, os opressores do povo de Deus. A obediência ao padrão divino mostraria que o povo servia a Deus e que Ele próprio estaria com eles para protegê-los. Entretanto, tal coisa não ocorreu — não por causa de Deus, mas, sim, por causa do comportamento do povo.            

A Palavra de Deus mostra-nos que houve, na história de Israel, pessoas que lideraram o povo com funções diferentes. Moisés foi chamado por Deus para ser um libertador e legislador. Josué entrou com o povo na terra e serviu-lhe como um general para as conquistas que se seguiriam. Com a morte de Josué, Deus levantou juízes, que eram pessoas responsáveis por resolver questões litigiosas. Estes agiam como magistrados, analisando os problemas e julgando as questões que lhes eram trazidas pelo povo. No livro de Juízes, eles também foram responsáveis por livrarem Israel dos seus inimigos. A monarquia veio somente após o período dos juízes, quando o povo de Israel pediu um rei, e Deus concedeu-lhe que fosse governado por monarcas.  Sob os patriarcas a autoridade judicial é exercida pelo cabeça da casa (Gn 21; 22; 27). As disputas entre famílias eram resolvidas pela força ou mediante acordo mútuo (Gn 21; 31). Embora juízes não fossem desconhecidos fora do povo escolhido (Gn 19.9; Êx 2.14), eles foram instituídos pela primeira vez em Israel por sugestão do sogro de Moisés, Jetro, para ajudar Moisés e agir no interesse de Deus ao resolver as disputas (Êx 18.1327; Dt 1.9-18). O código deuteronômico fez provisão para a escolha de “juízes e oficiais” em cada cidade (16.18ss.). Os casos mais importantes deveriam ser julgados por um juiz com os sacerdotes como assessores (17.8-13). Durante a conquista de Canaã os juízes participaram nas assembleias solenes da nação (Js 8.33ss.; 24.1). Após a morte de Josué o destino de Israel dependeu dos juízes que Yahweh “suscitou para salvá-los da mão dos que os pilhavam” (Jz 2.16). Sua tarefa não era meramente julgar casos, mas manter a nação longe da idolatria e liderá-lo nas batalhas (v. 17ss.). Eles eram, às vezes, chamados de “salvadores” ou “libertadores” (3.9,15). O livro de Juízes registra suas façanhas desde Otniel (3.9) até Sansão (caps. 13–16). Entre eles estava a profetisa Débora (4.4s.). O último da linhagem foi o sacerdote e profeta Samuel (1 Sm 1–19; cp. At 13.20; 3.24), que “julgou... todos os dias de sua vida a Israel”, visitando anualmente os centros-chaves (1 Sm 7.15s.). Na sua velhice o povo pediu um rei para os “julgar” (sãphat) (1 Sm 8.5; cp. Dt 17.14-20). 3 II –Débora, é uma mulher que se destaca na narrativa bíblica como uma profetisa e como juíza. Pela sua atuação corajosa nos seus dias, Israel viu a libertação contra um dos momentos de opressão pelo qual passou antes de haver um rei naquela nação.

Débora, a juíza e profetisa (Jz 4). Dela se diz que era mulher de um certo Lapidote, um nome que, por causa de sua forma feminina, tem causado muita especulação. Ela é descrita como uma “mulher, profetisa” a única pessoa assim descrita em Juízes (4.4). Muitos séculos mais tarde, uma palmeira gigante que ficava entre Ramá e Betel era chamada de “a palmeira de Débora”. No tempo da opressão das tribos desgarradas de Israel pelo rei Jabim de Hazor, Débora convocou Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e deu-lhe a ordem de Deus para reunir 10.000 homens das tribos de Naftali e Zebulom, e marchar com eles para o Monte Tabor.4 O ofício profético não se restringiu aos homens. Débora era uma mulher que recebia os oráculos de Deus e, por meio desses oráculos, representava o Senhor e era usada por Ele. Ana, filha de Fanuel (Lc 2.36), é descrita como profetisa quando Jesus foi apresentado no Templo. Ressaltemos que nem todos os profetas do Antigo Testamento ou do Novo tiveram necessariamente os seus nomes registrados, nem as suas profecias anotadas na Palavra de Deus. Entretanto, a ausência desses registros e nomes não invalida a atuação do Espírito de Deus na vida dessas pessoas. 2. Débora Julgava a Israel Débora é descrita não apenas exercendo o ministério profético em Israel, como também julgando questões trazidas pelo povo (ver Jz 4.4,5). Por meio desse registro, Deus valorizou e mostrou o quanto é importante haver na comunidade dos santos pessoas com conhecimento e sabedoria para exercer atividades como essa. E esse não era um hábito incomum. Moisés julgava as questões trazidas pelos israelitas no deserto. Pessoas costumam ter desavenças em uma coletividade, e, em muitos desses casos, é necessária a intervenção de uma pessoa com autoridade, sabedoria, conhecimento e temor de Deus para fazer com que haja ordem e que os desentendimentos não se tornem um fator que desestruture a paz social. A necessidade de pessoas com discernimento é apontada no Novo Testamento em 1 Coríntios. Nessa igreja, irmãos levavam outros irmãos à justiça comum, situação que trouxe grande constrangimento ao apóstolo Paulo.

No primeiro século, como comenta Craig S. Keener: No mundo mediterrâneo em geral, as comunidades judaicas tinham os próprios tribunais nas sinagogas. Levar intrigas internas das comunidades cristã ou judaica aos magistrados seculares era um luxo com que essas comunidades não podiam arcar. Afinal, já sofriam bastante calúnia da sociedade (Keener, 2017, p. 560). Ainda sobre a questão relacionada a julgamentos, Os membros das classes sociais mais altas recebiam melhor tratamento nos tribunais. Esse fato às vezes gerava queixas de injustiça, mesmo na Antiguidade; de fato, esse favoritismo acabou fazendo parte das próprias penas inscritas nos códigos legais. Além disso, os membros das classes inferiores raramente conseguiam uma audiência para rentar processar pessoas de status mais elevado. Entretanto, para Paulo, até os cristãos do mais baixo nível estavam capacitados a julgar casos. (Keener, 2017, pp. 560,561)  A verdade é que não estamos livres de desentendimentos entre irmãos mesmo na igreja. Mas da mesma forma como Deus trata nossas atitudes de maneira doméstica, é louvável quando problemas entre irmãos em Cristo podem ser resolvidos na comunhão dos santos sem partidarismo ou preferências pessoais. A primeira carta de Paulo aos Coríntios mostra um problema tão grave para a Igreja de Cristo quanto os irmãos daquela comunidade que chegaram a mover ações judiciais contra outros irmãos: não haver na igreja pessoas que pudessem exercer juízo entre os seus irmãos. Isso deixou o apóstolo Paulo tão impressionado que ele chegou a perguntar: “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Co 6.3). A falta de pessoas com sabedoria e discernimento pode custar caro para a igreja.    

As Escrituras mostram a importância de Débora não apenas como uma profetisa, mas também como alguém que soube falar em nome de Deus a um homem chamado Baraque. A mensagem de Deus a esse homem está registrada em Juízes 4.6,7. Essa foi uma mensagem bem direta e objetiva. Deus ouviu a oração do seu povo e, na sua soberania, escolheu Baraque para ir à guerra em nome do Senhor.    

Baraque, um Obediente Relutante Para entender o que se passava naqueles dias, precisamos ver o que o livro de Juízes diz a partir do versículo 1 do capítulo 4. O capítulo 4 de Juízes mostra uma situação de calamidade social gerada por ações pecaminosas do povo de Deus. Aos olhos do Eterno, as atitudes do seu povo não refletiam um compromisso com Ele; por isso, eles foram assolados pelo rei de Canaã, Jabim, que tinha uma máquina de guerra de novecentos carros de ferro, uma frota imponente e opressora. E Deus, após ouvir a oração do seu povo, convoca Baraque para libertá-lo. George M. Schwab comenta que Israel buscou a vontade de Yahweh, e reagiu chamando Baraque. Em hebraico, melhor representado como Baraq, significa “relâmpago” [...] por meio da profetisa, Deus deu ordens a Baraque para avançar: reúna 10.000 soldados no monte Tabor. Deus prometeu que lhe entregaria Sísera com seus 900 carros de ferro no Rio Quisom. Esse provavelmente não parecia ser um bom plano de batalha. O monte Tabor se parece com uma tigela virada. Se os 900 carros de Sísera conseguissem cercar o monte com todas as forças de Baraque nele, não haveria escape, e Israel perderia 10.000 homens.    Baraque não necessariamente questionou o plano, mas pediu uma garantia. Ele confiaria no deber de Deus apenas se a profetiza Débora o acompanhasse. Por causa dessa conduta covarde, Débora profetizou que a honra de destruir Sísera seria de uma mulher.5 É curioso Schwab considerar a conduta de Baraque como covarde, tendo em vista que, mesmo relutante, Baraque obedeceu e trouxe livramento a Israel. Covardes não obedecem a um chamado para ir a uma guerra. Se em nossos dias há cristãos que não acreditam que Deus pode falar com uma pessoa especificamente em profecia, o que se pode dizer naqueles dias tumultuados dos juízes? Se formos considerar “covarde” toda pessoa que Deus chamou para uma missão e que inicialmente apresentou uma resistência ou dúvida ao chamado de Deus ou à forma como Ele iria agir, teríamos de colocar na lista Abraão, Moisés e Gideão, pessoas que foram ícones na fé. Baraque pode ter-se comportado com dúvidas, mas foi à batalha acompanhado de Débora, e, pela atitude desse homem, Deus trouxe livramento a Israel. Baraque foi relutante, mas não um covarde. 

III – A VITÓRIA QUE DEUS TROUXE

Débora Encoraja Baraque Apesar dessa insegurança, ele foi ajudado a atender ao chamado do Eterno para livrar Israel. E aqui cabe mencionar o papel de Débora nesse processo de encorajamento. De certa forma, ela pagou o preço da sua palavra profética e creu tanto na palavra que Deus deu a Baraque que foi com ele para a batalha. Ela estava disposta a ser usada pelo Senhor, trazendo palavras de Deus e ajudando pessoas a cumprir o que Ele falou pelo seu intermédio. Há pessoas que têm sempre uma palavra de esperança ou de incentivo para trazer; quando, porém, são desafiadas a colaborar fazendo alguma coisa, voltam atrás. São hábeis comunicadores, mas não têm a disposição para agir de acordo com o que alegam ser algo da parte de Deus para outras pessoas. Débora não foi assim. Ela ouviu Deus falando, entregou a mensagem e foi ao teatro de operações com aquele que recebeu a mensagem de Deus. A presença dela no campo de combate trouxe segurança a Baraque, que se sentiu motivado a obedecer ao Senhor e a ver o que o Eterno faria. Mais do que falar, Débora mostrou-se ser uma mulher de ação.    Deus Dá Vitória a Israel A batalha aconteceu. Baraque obedeceu ao mandado de Deus, e a vitória foi-lhe dada (ver Jz 4.15,16). Flávio Josefo narra esse feito da seguinte forma: Baraque e o resto dos israelitas, espantados com a multidão dos inimigos, intentaram retirar-se e afastar-se quanto possível. Mas Débora os deteve e ordenou-lhes que combatessem naquele mesmo dia sem temer aquele grande exército, porque a vitória dependia de Deus, e deviam confiar no seu auxílio. Travou-se o combate. Nesse momento, viu-se cair uma forte chuva com granizo. O vento impelia-a com tanta violência contra o rosto dos cananeus que os arqueiros e fundibulários não se podiam servir nem dos arcos nem das fundas, e os que estavam armados mais pesadamente tampouco podiam usar suas espadas, tão enregelados estavam pelo frio. Os israelitas, ao contrário, tendo a tempestade pelas costas, não eram incomodados por ela e ainda sentiam redobrada coragem, vendo nela um sinal visível do auxílio divino.

No fim, o Senhor trouxe a vitória ao seu povo como havia prometido. Somente Ele poderia tornar intransitável o solo para os carros de ferro, transformando objetos que eram, em tese, uma vantagem competitiva em um embaraço ao avanço na guerra contra os hebreus. O Deus que criou a natureza utilizou-se dela para trazer livramento ao seu povo. O cântico de Débora diz: “O ribeiro de Quisom os arrastou, aquele antigo ribeiro, o ribeiro de Quisom. Pisaste, ó minha alma, a força. Então, as unhas dos cavalos se despedaçaram pelo galopar, o galopar dos seus valentes” (Jz 5.21,22). O Comentário Bíblico Africano traz: Não obstante, Baraque deve ter ficado temeroso diante de um exército tão superior. Débora o instou a agir dando-lhe duas garantias. Em primeiro lugar, asseverou: O SENHOR entregou a Sísera nas tuas mãos e, em segundo lugar, afirmou que Deus participaria diretamente da batalha e, portanto, garantiria a vitória: Porventura, o SENHOR não saiu adiante de ti?7 Animados por essas palavras, Baraque e os seus homens saíram para atacar os cananeus. No fim das contas, a sua tarefa mostrou-se muito mais simples que o esperado, pois o Senhor havia causado grande confusão no meio dos exércitos de Sísera, detendo os carros e espalhando os soldados (4.15). A maneira como isso ocorreu é relatada no cântico de vitória de Débora. Nele, a juíza de Israel descreve os exércitos inimigos e diz: “O ribeiro Quisom os arrastou” (5.19-21; cf. 5.4). O leito do ribeiro Quisom permanecia seco a maior parte do ano; porém, depois de chuvas fortes, transformava-se numa correnteza intensa, que, nesse caso, parece ter prendido o exército de Sísera. Os pesados carros de ferro provavelmente ficaram atolados, obrigando Sísera a fugir a pé. Baraque consolidou a vitória, lutando no território inimigo e perseguindo os soldados de Sísera até o seu quartel-general em Harosete-Hagoim (4.16; 4.2), onde todo o exército de Sísera caiu a fio de espada. Mas sua vitória só se completaria com a captura e morte de Sísera.  (Tokunboh Adeyemo, Comentário Africano, Mundo Cristão) 3. O Preço de Crer ou não no que Deus Disse As pessoas nem sempre estão dispostas a crer imediatamente no que Deus disse. Baraque teve dificuldades para acreditar que o Senhor estaria com ele naquela empreitada e, por isso, pagou o preço.

A vitória veio de Deus e foi compartilhada por Baraque e Jael, a mulher que matou Sísera, o capitão de Jabim. O grande inimigo dos israelitas tombou numa tenda particular, e não no campo de batalha, aumentando, assim, a sua desonra. É provável que Baraque estivesse olhando as circunstâncias que o cercavam, como, por exemplo, duas décadas de opressão dos cananeus ou o poder bélico que eles detinham. Ainda assim, ele atendeu a voz do Senhor, porém pediu garantias de que Deus seria com ele. Há formas adequadas de pedir a presença de Deus em certas empreitadas. No caso de Baraque, houve um condicionamento na obediência. Se a profetisa fosse com ele, então ele iria à guerra (Jz 4.8). Ambos foram à guerra, e Deus deu a vitória a eles. Motivar pessoas não é um grande desafio tanto quanto estar ao lado delas para motivá-las com nossa presença. Até que ponto, então, estamos dispostos a ser usados por Deus ficando ao lado daqueles a quem estamos sendo canais da comunicação de Deus? Mais do que dizer às pessoas que Deus está com elas, sejamos também presentes tanto quanto Deus também o é. Mais do que uma questão de fé, é uma questão de prática.

CONCLUSÃO  

Débora é um exemplo em diversos aspectos. Mais do que juíza e profetisa, ela soube estar presente em um momento crítico na história do povo de Deus. Como líder, fez a diferença espiritual em um ambiente carente de iniciativas de retorno à fé no Deus vivo. Como profetisa, recebeu do Senhor a orientação necessária para falar com Baraque e motivá-lo à batalha contra os opressores do povo de Deus. Como mulher temente a Deus, foi com Baraque à guerra. Ela sabia que a sua presença no campo de batalha era um incentivo a Baraque e aos 10 mil homens que o acompanhavam. Numa cultura primordialmente masculina, Débora soube ser usada por Deus com sabedoria e teve o seu nome registrado na história, mostrando que o Senhor usa homens e mulheres para a sua glória. “Assim, ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que o amam sejam como o sol quando sai na sua força. E sossegou a terra quarenta anos” (Jz 5.31 – Cântico de Débora, após a derrota dos inimigos do povo de Deus). 

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Quem era Jó - Adultos.

 

Subsídios Lições Bíblicas - Adultos

Lição 2 - Quem era Jó 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
I – Um homem de caráter irretocável
II – Um homem sábio e próspero
III – Um homem de profunda piedade pessoal

OBJETIVOS GERAL DA LIÇÃO
Demonstrar que Jó foi um homem rico, mas que, diferente dos demais, tinha um caráter íntegro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS    
I. Mencionar que Jó procurou viver de forma íntegra e justa;   
II. Citar a prosperidade de Jó como consequência do favor de Deus;   
III. Destacar a piedade pessoal de Jó como modelo para os crentes.

Esta segunda lição traça o perfil de Jó. Ela apresenta o traço biográfico do patriarca da terra de Uz, jogando luz sobre o modo de vida desse gigante da fé. Jó tinha bens materiais, uma sólida família e uma espiritualidade profunda, atestada pelo testemunho do próprio Deus (1.8). Nessa tríade existencial podemos afirmar que Jó era verdadeiramente próspero.

O Resumo da Lição

A presente lição tem um objetivo geral. A ideia é demonstrar que Jó foi um homem rico e mantinha um caráter íntegro. Para atingir esse objetivo geral, a lição especifica três outros. 

O primeiro, mencionar que Jó procurou viver de forma íntegra e justa. O primeiro tópico detalha o versículo 1 do primeiro capítulo. Ele focará nas palavras “íntegro”, “reto”, “temente a Deus” e “desviava-se do mal”. De acordo com que essas palavras apresentam, tanto a “retidão” quanto a “justiça” de Jó levavam em conta o temor do Senhor. 

O segundo objetivo é citar a prosperidade de Jó como consequência do favor de Deus. O segundo tópico desenvolverá essa assertiva. Ele mostrará Jó como um grande sábio, pois a sabedoria sempre foi uma virtude cultivada no Oriente. O tópico também mostrará a prosperidade material de Jó, mas deixará claro que essa prosperidade era conjugada com a sabedoria que vem de Deus, conforme veremos na lição 9, e, por isso, podemos afirmar que a prosperidade do patriarca estava baseada no “ser”, e não no “ter”. Assim, Jó se fez conhecido por sua sabedoria e prosperidade. 

O último objetivo específico é destacar a piedade pessoal de Jó como modelo para os crentes. O segundo tópico dará conta desse objetivo, apresentando a dedicação de Jó para com sua família, o zelo moral e piedoso e de sua vida consagrada em adoração ao Deus único. A vida consagrada de Jó gerenciava todas as esferas da sua existência. O patriarca tinha uma vida interior sólida, o que implicaria no comportamento piedoso diante da tragédia que estava por vir.

Aplicação  

À luz de toda lição, podemos estabelecer princípios para trabalhar com a classe. Em primeiro lugar, o temor a Deus deve ser o esteio de nossa vida. Devemos amar ao Senhor, buscá-Lo de todo coração. À medida que vivemos essa devoção, amaremos e cuidaremos de nossa família e viveremos uma vida moral e piedosa que dê testemunho aos outros.

Texto extraído da revista “Ensinador Cristão”, editada pela CPAD.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu que me protege - Berçário.

 

Lição 02 - Louvo ao Papai do Céu que me protege 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar o aluno ao entendimento de que Deus o protege.

É hora do versículo: “Deus me protege como um escudo [...]” (Salmos 7.10).

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é o nosso protetor, assim como o escudo protege um soldado de ser atacado e o guarda-chuva nos protege das gotas de chuva. Por causa da proteção do Papai do Céu, não precisamos ter medo de nada.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem, utilizando giz de cera, o guarda-chuva. Reforce que o Papai do Céu é um protetor que nos protege das maldades desse mundo. Assim como um guarda chuva nos protege das gotas da chuva de caírem em nossa cabeça.

licao2 bercario guardachuva

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - Moisés ajuda os israelitas a atravessar o deserto - Maternal.

 

Lição 2 - Moisés ajuda os israelitas a atravessar o deserto 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Que a criança reconheça no pastor um ajudante de Deus, a quem devemos honrar e obedecer. 

Para guardar no coração: “[...] Ele escolheu alguns para serem [...]  pastores e mestres da Igreja.”  (Ef 4.11)

Seja bem-vindo 

Deus tinha plano traçado para o seu povo e para Moisés, aquele que os conduziria até Canaã. Moisés foi sendo preparado, lapidado pelo Senhor dia a dia. Sabemos que a formação de um líder requer tempo, mas infelizmente muitos na atualidade não querem respeitar o momento de Deus. Vivemos em uma sociedade imediatista onde as pessoas não admitem mais esperar. 

Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés não era mais um neófito. Ele havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar homens e mulheres para serem usados na sua obra. Você está disposta a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-la em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância. 

Subsídio professor

“A criança desta faixa etária pensa em Deus de maneira pessoal. É comum ouvir crianças de 3 e 4 anos perguntando se o Papai do Céu tem boca, como é o seu cabelo, se Ele é velho, etc. Não devemos rir ou menosprezar tais indagações; elas refletem o interesse dos pequeninos na pessoa do Pai Celeste. Não se esqueça de que os seus alunos nasceram com o impulso da busca de Deus. Leve-os a ter a correta visão de quem é Deus e do que Ele fez e faz por eles” (Marta Doreto).

Oficina de ideias
“Escreva em letras grandes o nome ‘Moisés’. Faça uma cópia para cada aluno. Ofereça cola e fios de lã, e instrua-os a passar a cola sobre o contorno das letras, e depois grudar o fio de lã. Diga-lhes que estão fazendo o nome do homem que ajudou os israelitas a atravessar o deserto” (Marta Doreto).

Atividade do aluno

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Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Êxodo 12.37-51. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 02 - 4º Trimestre 2020 - O Amigo que Conversou com Jesus Escondido - Jd. Infância.

 

Lição 2 - O Amigo que Conversou com Jesus Escondido 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão saber que um amigo de Deus gosta de aprender a sua Palavra e presta muita atenção na explicação dela; e entender que ninguém entrará no Céu sem nascer de novo (se arrepender de seus erros e aceitar Jesus como Senhor e Salvador). 

É hora do versículo: “Quem crer e for batizado será salvo [...]” (Mc 16.16).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Nicodemos, que um verdadeiro amigo do Papai do Céu ama ler e ouvir a sua Palavra. E que para entrar no Céu é necessário nascer da água e do espírito.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho ilustrando o encontro entre Nicodemos e Jesus à noite. Reforce que Nicodemos foi conversar com Jesus nesse horário porque ele tinha medo de ser visto com Jesus e ser castigado pelos estudiosos da Lei. 

licao2 jardim nicodemos

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância