terça-feira, 21 de agosto de 2012

Lição 9 - 3º Trim. 2012 - A Angústia das Dívidas.


Lição 09

A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS 

26 de agosto de 2012 

TEXTO ÁUREO 


Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!
Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem (Sl 128.1,2). 

VERDADE PRÁTICA 


Para ter uma vida financeira equilibrada e bem-sucedida,
 o crente deve administrar seus recursos com sabedoria, prudência e comedimento. 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO 


Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!
Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem (Sl 128.1,2). 

O Salmo 128, é conhecido como o cântico da romagem,  também é conhecido como cântico de ação de graças ou poema das subidas ou dos degraus. O cântico de degraus é uma expressão para os salmos que eram utilizados nas procissões festivas em que peregrinos, em épocas de festas, ou quando iam a Jerusalém. É um hino composto de louvor e petição, que louva e canta ao Senhor, como reação a algo já experimentado, um feito específico, ou melhor, algo que já aconteceu.
É um canto sobre a felicidade perfeita do homem que vive na luz de Deus e a graça deste se manifesta graças a retidão e ao trabalho dos que têm no coração o temor ao sagrado.
 

- Bem-aventurado: significa ter muita alegria, isto é, plena felicidade, estado de felicidade plena.

- todo aquele que teme: refere-se a todos mesmo, sem distinção de pessoas. Este temor ao Senhor é manifesto numa retidão ou piedade através da prática.

- anda: refere-se a andar, marchar; significa estar de pé rumo à meta que dá sentido a vida. O fato de desviar-se desse rumo é o pecado.

- em seus caminhos: o andar nos caminhos do Senhor expressa a manifestação de tais atos, é mais conhecido como temor.
- comerás: refere-se verdadeiramente a se alimentar. Não é apenas comer, mas se nutrir, isto é, comer um alimento com as vitaminas necessárias para o corpo humano.

- trabalho: refere-se ao trabalho que resulta num produto. É o fruto do esforço humano e, poder comer deste fruto é considerado uma bênção da parte do Senhor. Em outras palavras é o resultado do próprio trabalho expresso em Gênesis 3.19. Isto mostra que o homem depende apenas dele mesmo e do Senhor para garantir a sua existência e de seus familiares. Também mostra que é livre e abençoado por Deus. - mãos: refere-se à palma da mão. A palma da mão para os israelitas era um símbolo de força, súplica e amor. - feliz serás: significa que terá muitas alegrias, abençoado, felicidades. Reforça a expressão bem-aventurado do versículo 1. - tudo irá bem: refere-se ao que é bom, agradável, próspero, o que realmente dá prazer.
Assim o Salmo 128 foi escrito aos homens como cabeças das famílias. O Espírito Santo promete que homens que temem o Senhor produzirão famílias tementes a Deus que resultarão em uma sociedade, um país de tementes a Deus. Há uma sensação de divino decoro quando um homem se levanta como cabeça da família, ou seja, o sacerdote do lar: Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo” (1 Co 11.3) e “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo” (Ef 5.23). 

RESUMO DA LIÇÃO 09


A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS  

I. QUEM É O DONO DO NOSSO DINHEIRO 

1. Dê a DEUS o que lhe pertence.

2. Disciplina e orçamento financeiro.

3. Cuidado com a cobiça. 

II. O CONSUMISMO E AS DÍVIDAS 

1. Os males do consumo inconsciente.

2. Adquirir o que se pode pagar.

3. Aja com integridade, fuja da corrupção. 

III. É POSSÍVEL LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS 

1. Cuidado com seu cartão de crédito e com o cheque especial.

2. Vivendo de modo simples, porém tranquilo e santo.

3. Confie em DEUS.  

INTERAÇÃO 


Você tem suas finanças sobre controle? Deus deseja abençoar-nos, mas precisamos agir com sabedoria e sermos íntegros financeiramente. O crente precisa ser disciplinado na administração das suas finanças a fim de honrar os seus compromissos. O ato de comprar parece simples e prazeroso, mas não é. Exige planejamento e reflexão, jamais podemos comprar por impulso, sem pensar no quanto estamos gastando. Quem compra por impulso e não segue um planejamento, cedo ou tarde acabará tendo problemas financeiros.  

OBJETIVOS 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

·   Compreender quem é o dono do nosso dinheiro.

·   Discutir a respeito dos efeitos maléficos do consumismo e das dívidas.

·   Saber que é possível livrar-se das dívidas com sabedoria e planejamento.  

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA  


 “Você faz um planejamento mensal dos seus gastos?”; “Costuma anotar em um caderno todas as suas despesas?”. Infelizmente muitos não têm o hábito de seguir um orçamento. Precisamos tomar nota de todos os nossos gastos a fim de que não venhamos estourar nosso orçamento. Nesta aula apresentaremos um modelo de orçamento para contabilizar gastos. Deus deseja nos abençoar, porém temos que administrar nossos recursos com sabedoria.  

COMENTÁRIO 

introdução
Palavra Chave

Dívida: 
Quantia que se tem de pagar.  

Vivemos numa sociedade extremamente consumista. Por isso, há tantas pessoas, até mesmo crentes, “atoladas na areia movediça das dívidas”. Elas se esforçam para colocar a sua vida financeira em ordem, porém já não sabem como fazê-lo e por onde começar. Na lição de hoje, veremos que precisamos utilizar nosso salário com sabedoria, a fim de honrarmos nossos compromissos, e glorificar ao Senhor em todas as áreas de nossa vida.

I. QUEM É O DONO DO NOSSO DINHEIRO 

1. Dê a Deus o que lhe pertence. A décima parte do nosso salário não nos pertence, pois é do Senhor. Há crentes que fazem tanta dívida que acaba comprometendo a porção do Senhor. Para que isso não venha a acontecer, priorize o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). Seja fiel na entrega dos dízimos e ofertas. Faça uso do seu dinheiro com sabedoria. E, assim, você verá a bênção do Senhor sobre as suas finanças (Ml 3.10,11). Todavia, de nada adianta ser dizimista e, depois, sair por aí comprando tudo o que se vê pela frente, arruinando irresponsavelmente o orçamento doméstico. É preciso ser responsável com o nosso salário.
2. Disciplina e orçamento financeiro. Você deseja ser bem-sucedido financeiramente? Então seja disciplinado. Não gaste mais do que ganha. Não seja irresponsável. Há crentes que comprometem todo o seu dinheiro em coisas supérfulas. A Palavra de Deus nos adverte quanto a isto: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.2). Isso não significa que você não possa vestir-se bem ou adquirir bens materiais. O que o texto bíblico requer é que façamos bom uso do nosso dinheiro, não desperdiçando-o com supérfulos. O ideal é que cada família elabore o seu orçamento. Que o casal saiba exatamente o que pode e o que não pode gastar. Anote todas as despesas mensais (impostos, contas de consumo, alimentação, colégio dos filhos, combustível etc). Mesmo que o seu ordenado não seja dos melhores, tome nota de tudo, e não deixe de fazer o seu orçamento (Lc 14.28-30).  
3. Cuidado com a cobiça. A cobiça de Acã trouxe-lhe completa destruição (Js 7.1-26). Até mesmo Israel foi prejudicado, pois perdeu uma importante batalha. A cobiça, ou seja, o desejo descontrolado de adquirir bens materiais tem levado alguns crentes a serem incluídos no rol dos serviços de proteção ao crédito. Atraídos pelo desejo de consumir insaciavelmente, compram e depois não podem pagar, perdendo toda a credibilidade e, ainda, recebendo a fama de mau pagador. A Palavra de Deus condena a ambição e a cobiça, pois elas são perigosas e fatais  (Ec 6.7; Pv .20). O crente não deve permitir que nada o domine. Aliás, o domínio próprio também é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). 

SINOPSE DO TÓPICO (I) 

Como servos de Deus precisamos ser fiéis na entrega dos dízimos e ofertas, fazendo uso do nosso dinheiro com sabedoria. 

II. O CONSUMISMO E AS DÍVIDAS 

1. Os males do consumo inconsciente. Todos estamos sujeitos a experimentar privações e também abundância. Não existe nenhum mal em desejar e adquirir bens com o resultado do nosso trabalho. Todavia, precisamos aprender a estar satisfeitos em toda e qualquer situação (Fp 4.11-13). Isso significa não ceder aos apelos da mídia nem se deixar dominar pelo consumismo.  Há muita gente que adquire o que não precisa só pelo prazer de comprar e, depois, joga-o fora. Deus não se agrada de desperdício (Êx 36.3-7). Na multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus mandou que os discípulos recolhessem os pedaços para que nada se perdesse (Jo 6.12). Algumas vezes, contraímos dívidas porque agimos de forma compulsória e insensata (Is 55.2; Lc 15.13,14). 

2. Adquirir o que se pode pagar. Somente o insensato compra o que não pode pagar (Pv 21.20). Portanto, aja com sabedoria e cautela; poupe e fuja das dívidas. Antes de adquirir algum bem, faça as contas, pesquise. Cuidado com as liquidações que, às vezes, não passam de armadilhas para atrair os incautos. Se for comprar a prazo, informe-se primeiro a respeito das taxas de juros. Os economistas advertem: “Crédito imediato é também dívida imediata!”. 

3. Aja com integridade, fuja da corrupção. Certa vez, João Batista exortou os soldados a se contentarem com seus soldos e que não aceitassem suborno (Lc 3.14). Contentar-se com o salário não significa acomodar-se e deixar de progredir profissionalmente. A mensagem do Batista visava alertá-los a respeito do perigo da cobiça e de práticas ilícitas e corruptas. Deus é santo e requer santidade de nós em todas as áreas.  

SINOPSE DO TÓPICO (II) 

Comprar mais do que se pode pagar, comprometendo as finanças, é tolice. 

III. É POSSÍVEL LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS 

1. Cuidado com seu cartão de crédito e com o cheque especial. Os juros cobrados pelas administradoras de cartões de créditos costumam ser bem elevados e, às vezes, abusivos. As taxas bancárias para o uso do cheque especial também são altas. Às vezes, paga-se o dobro, ou o triplo, em relação ao bem adquirido. Por isso, tanto o cartão como o cheque especial devem ser utilizados com muita sabedoria, planejamento e cautela.  Tais expedientes podem tornar-se uma “arma” letal, pronta a disparar a qualquer momento contra você. Não seja levado, ou guiado, por impulsos, pois Deus já nos concedeu um espírito de moderação e autocontrole: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Tm 1.7). 

2. Vivendo de modo simples, porém tranquilo e santo. Os que amam o dinheiro acabam caindo em várias tentações, concupiscências e dívidas. Por isso, atendemos à admoestação apostólica: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1 Tm 6.9). Ter dinheiro não é errado. Não podemos, porém, amá-lo e nele colocar a nossa confiança (1 Tm 6.10,17-19). 

3. Confie em Deus.  Há crentes que se acham numa situação financeira difícil, não porque se deixaram levar pelo consumismo, mas por haverem perdido o emprego ou ficado enfermos. E, justamente, por isso, não puderam honrar seus compromissos. Seja qual for a situação em que você se encontre, ore e confie em Deus. Ele é fiel! Deus é o nosso socorro: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121.2). Deus está vendo a sua aflição, não desanime, pois o socorro vem do Senhor (Gn 21.14-21).  

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Com a ajuda de Deus, oração e sabedoria, podemos nos livrar das dívidas.  

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Deus deseja abençoar-nos, mas precisamos agir com sabedoria e sermos íntegros financeiramente. Devemos administrar nossas finanças de tal maneira que possamos pagar todas as nossas contas em dia. Comprar sem planejamento e por impulso só geram problemas financeiros. Seja sábio e administre seu dinheiro como um bom despenseiro de Deus.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


BARNHILL, J. A. Antes que as Dívidas nos Separem: Respostas e cura para os conflitos financeiros em seu casamento.1.ed., RJ: CPAD, 2003. Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed., RJ: CPAD, 2005.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Vida Cristã
“Tratar do Crédito com Cuidado"
As intermináveis pressões de ‘mês mais comprido que o dinheiro’ é o bastante para separar famílias. Mas, em alguns casos, ter mais dinheiro não é solução. Devemos começar a administrar corretamente o que temos. O marido e a esposa têm de trabalhar juntos (e haverá o tempo e o lugar para envolver os filhos). Olhe além dos pagamentos mensais. Faça uma imagem mental de toda a dívida em destaque. Damos graças a Deus porque uma taxa de crédito nos permitirá tomar dinheiro emprestado, mas não nos enganemos: os juros serão altos. Cartões de crédito têm sido a ruína de muitos lares. Melhor deixar de comprar a crédito, a menos que tenha disciplina e limite. Abandone o uso de cartões de crédito, se você sabe que não haverá dinheiro para pagar. Pague suas contas no vencimento. Quando os pagamentos não puderem ser efetuados, comunique ao credor.
Deixar de dizimar é retirar-se da terra da bênção. Deus não honrará a má administração. Precisamos ser mordomos fiéis. Devemos honrar ao Senhor com as nossas riquezas (Pv 3.9,10). As riquezas são mais que o dízimo. "O dízimo pertence a Deus. Somos chamados a honrar a Deus com a parte que nos resta depois de dizimar” (Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed., RJ: CPAD, 2005. p.146).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Vida Cristã
“Evitando dívidas fora do seu alcance"
Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito (na verdade, cartão de débito). As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda da autoridade e independência. Devemos lembrar: ‘O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta’ (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.
Evitando os extremos
De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os ‘pães-duros’. Estes preferem ver os filhos sob um padrão baixo de conforto, não adquirindo os bens necessários, somente com o desejo de ‘poupar’, de entesourar para o futuro.
De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo” (LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed., RJ: CPAD, 2002. p.172).

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