Lição
09
A
ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS
26
de agosto de 2012
TEXTO
ÁUREO
Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás,
e te irá bem” (Sl 128.1,2).
VERDADE
PRÁTICA
Para ter uma vida financeira equilibrada e bem-sucedida,
o crente
deve administrar seus recursos com sabedoria, prudência e comedimento.
COMENTÁRIO
DO TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR
e anda nos seus caminhos!
Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás,
e te irá bem” (Sl 128.1,2).
O
Salmo 128, é
conhecido como o cântico da romagem, também é conhecido como cântico de ação de
graças ou poema das subidas ou dos degraus. O cântico de degraus é uma
expressão para os salmos que eram utilizados nas procissões festivas em que
peregrinos, em épocas de festas, ou quando iam a Jerusalém. É um hino composto
de louvor e petição, que louva e canta ao Senhor, como reação a algo já
experimentado, um feito específico, ou melhor, algo que já aconteceu.
É um canto sobre a felicidade perfeita do homem que vive na luz de Deus e a graça deste se manifesta graças a retidão e ao trabalho dos que têm no coração o temor ao sagrado.
É um canto sobre a felicidade perfeita do homem que vive na luz de Deus e a graça deste se manifesta graças a retidão e ao trabalho dos que têm no coração o temor ao sagrado.
- Bem-aventurado: significa ter muita alegria, isto é, plena felicidade, estado de
felicidade plena.
- todo aquele que teme: refere-se a todos mesmo, sem distinção de pessoas. Este temor ao
Senhor é manifesto numa retidão ou piedade através da prática.
- anda: refere-se a andar, marchar; significa estar de pé rumo à meta que
dá sentido a vida. O fato de desviar-se desse rumo é o pecado.
- em seus caminhos: o andar nos caminhos do Senhor expressa a manifestação de tais
atos, é mais conhecido como temor.
- comerás: refere-se verdadeiramente a se alimentar. Não é apenas comer, mas
se nutrir, isto é, comer um alimento com as vitaminas necessárias para o corpo
humano.
- trabalho: refere-se ao trabalho que resulta num produto. É o fruto do
esforço humano e, poder comer deste fruto é considerado uma bênção da parte do
Senhor. Em outras palavras é o resultado do próprio trabalho expresso em
Gênesis 3.19. Isto mostra que o homem depende apenas dele mesmo e do Senhor
para garantir a sua existência e de seus familiares. Também mostra que é livre
e abençoado por Deus. - mãos: refere-se à palma da mão. A palma da mão para os israelitas era um
símbolo de força, súplica e amor. - feliz serás: significa que terá muitas alegrias, abençoado, felicidades.
Reforça a expressão bem-aventurado do versículo 1. - tudo irá bem: refere-se ao que é bom, agradável, próspero, o que realmente dá
prazer.
Assim o Salmo 128 foi escrito aos homens como cabeças das famílias. O
Espírito Santo promete que homens que temem o Senhor produzirão famílias
tementes a Deus que resultarão em uma sociedade, um país de tementes a Deus. Há
uma sensação de divino decoro quando um homem se levanta como cabeça da família,
ou seja, o sacerdote do lar: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o
homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo” (1 Co 11.3)
e “Porque
o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo
ele próprio o salvador do corpo” (Ef 5.23).
RESUMO DA LIÇÃO 09
A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS
I. QUEM É O DONO DO NOSSO DINHEIRO
1. Dê a DEUS o que lhe pertence.
2. Disciplina e orçamento financeiro.
3. Cuidado com a cobiça.
II. O CONSUMISMO E AS DÍVIDAS
1. Os males do consumo inconsciente.
2. Adquirir o que se pode pagar.
3. Aja com integridade, fuja da
corrupção.
III. É POSSÍVEL LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS
1. Cuidado com seu cartão de crédito e
com o cheque especial.
2. Vivendo de modo simples, porém
tranquilo e santo.
3. Confie em DEUS.
INTERAÇÃO
Você tem suas finanças sobre controle? Deus deseja abençoar-nos, mas precisamos agir com
sabedoria e sermos íntegros financeiramente. O crente precisa ser disciplinado na administração
das suas finanças a fim de honrar os seus compromissos. O ato de comprar parece simples e prazeroso, mas
não é. Exige planejamento e reflexão, jamais podemos
comprar por impulso, sem pensar no quanto estamos gastando. Quem compra por impulso e não segue um
planejamento, cedo ou tarde acabará tendo problemas financeiros.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Compreender quem é o dono do nosso dinheiro.
·
Discutir a respeito dos efeitos maléficos do consumismo e
das dívidas.
·
Saber que é possível livrar-se das dívidas com sabedoria
e planejamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
“Você faz um planejamento mensal dos seus
gastos?”; “Costuma anotar em um
caderno todas as suas despesas?”. Infelizmente muitos não têm
o hábito de seguir um orçamento. Precisamos tomar nota de
todos os nossos gastos a fim de que não venhamos estourar nosso orçamento. Nesta aula apresentaremos
um modelo de orçamento para contabilizar gastos. Deus deseja nos abençoar,
porém temos que administrar nossos recursos com sabedoria.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Dívida:
Quantia que se tem de
pagar.
Vivemos numa sociedade
extremamente consumista. Por isso, há tantas
pessoas, até mesmo crentes, “atoladas na areia movediça das dívidas”. Elas se esforçam para
colocar a sua vida financeira em ordem, porém já não sabem como fazê-lo e por
onde começar. Na lição de hoje, veremos
que precisamos utilizar nosso salário com sabedoria, a fim de honrarmos nossos
compromissos, e glorificar ao Senhor em todas as áreas de nossa vida.
1. Dê a Deus o que lhe pertence. A décima parte do nosso
salário não nos pertence, pois é do Senhor. Há crentes que fazem tanta
dívida que acaba comprometendo a porção do Senhor. Para que isso não venha a
acontecer, priorize o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). Seja fiel na entrega dos
dízimos e ofertas. Faça uso do seu dinheiro
com sabedoria. E, assim, você verá a
bênção do Senhor sobre as suas finanças (Ml 3.10,11). Todavia, de nada adianta
ser dizimista e, depois, sair por aí comprando tudo o que se vê pela frente,
arruinando irresponsavelmente o orçamento doméstico. É preciso ser responsável
com o nosso salário.
2. Disciplina e orçamento financeiro. Você deseja ser
bem-sucedido financeiramente? Então seja disciplinado. Não gaste mais do que
ganha. Não seja irresponsável. Há crentes que comprometem
todo o seu dinheiro em coisas supérfulas. A Palavra de Deus nos
adverte quanto a isto: “Por que gastais o
dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não
pode satisfazer?” (Is 55.2). Isso não significa que você
não possa vestir-se bem ou adquirir bens materiais. O que o texto bíblico
requer é que façamos bom uso do nosso dinheiro, não desperdiçando-o com
supérfulos. O ideal é que cada família
elabore o seu orçamento. Que o casal saiba
exatamente o que pode e o que não pode gastar. Anote todas as despesas
mensais (impostos, contas de consumo, alimentação, colégio dos filhos,
combustível etc). Mesmo que o seu ordenado
não seja dos melhores, tome nota de tudo, e não deixe de fazer o seu orçamento
(Lc 14.28-30).
3. Cuidado com a cobiça. A cobiça de Acã trouxe-lhe
completa destruição (Js 7.1-26). Até mesmo Israel foi
prejudicado, pois perdeu uma importante batalha. A cobiça, ou seja, o desejo
descontrolado de adquirir bens materiais tem levado alguns crentes a serem
incluídos no rol dos serviços de proteção ao crédito. Atraídos pelo desejo de
consumir insaciavelmente, compram e depois não podem pagar, perdendo toda a
credibilidade e, ainda, recebendo a fama de mau pagador. A Palavra de Deus condena a
ambição e a cobiça, pois elas são perigosas e fatais (Ec 6.7; Pv .20). O crente não deve permitir
que nada o domine. Aliás, o domínio próprio
também é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Como servos de Deus precisamos ser fiéis na entrega dos
dízimos e ofertas, fazendo uso do nosso dinheiro com sabedoria.
II. O CONSUMISMO E AS DÍVIDAS
1. Os males do consumo inconsciente. Todos estamos sujeitos a
experimentar privações e também abundância. Não existe nenhum mal em
desejar e adquirir bens com o resultado do nosso trabalho. Todavia, precisamos
aprender a estar satisfeitos em toda e qualquer situação (Fp 4.11-13). Isso significa não ceder
aos apelos da mídia nem se deixar dominar pelo consumismo. Há muita gente que adquire
o que não precisa só pelo prazer de comprar e, depois, joga-o fora. Deus não se
agrada de desperdício (Êx 36.3-7). Na multiplicação dos pães e
dos peixes, Jesus mandou que os discípulos recolhessem os pedaços para que nada
se perdesse (Jo 6.12). Algumas vezes, contraímos
dívidas porque agimos de forma compulsória e insensata (Is 55.2; Lc 15.13,14).
2. Adquirir o que se pode pagar. Somente o insensato compra
o que não pode pagar (Pv 21.20). Portanto, aja com sabedoria
e cautela; poupe e fuja das dívidas. Antes de adquirir algum
bem, faça as contas, pesquise. Cuidado com as liquidações
que, às vezes, não passam de armadilhas para atrair os incautos. Se for comprar
a prazo, informe-se primeiro a respeito das taxas de juros. Os economistas advertem:
“Crédito imediato é também dívida imediata!”.
3. Aja com integridade, fuja da
corrupção. Certa vez, João Batista
exortou os soldados a se contentarem com seus soldos e que não aceitassem
suborno (Lc 3.14). Contentar-se com o salário
não significa acomodar-se e deixar de progredir profissionalmente. A mensagem do Batista
visava alertá-los a respeito do perigo da cobiça e de práticas ilícitas e
corruptas. Deus é santo e requer
santidade de nós em todas as áreas.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Comprar mais do que se pode pagar, comprometendo as
finanças, é tolice.
III. É POSSÍVEL LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS
1. Cuidado com seu cartão de crédito e
com o cheque especial. Os juros cobrados pelas
administradoras de cartões de créditos costumam ser bem elevados e, às vezes,
abusivos. As taxas bancárias para o
uso do cheque especial também são altas. Às vezes, paga-se o dobro,
ou o triplo, em relação ao bem adquirido. Por isso, tanto o cartão
como o cheque especial devem ser utilizados com muita sabedoria, planejamento e
cautela. Tais expedientes podem
tornar-se uma “arma” letal, pronta a disparar a qualquer momento contra você. Não seja levado, ou guiado,
por impulsos, pois Deus já nos concedeu um espírito de moderação e
autocontrole: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor,
mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Tm 1.7).
2. Vivendo de modo simples, porém
tranquilo e santo. Os que amam o dinheiro
acabam caindo em várias tentações, concupiscências e dívidas. Por isso, atendemos à
admoestação apostólica: “Mas os que querem ser
ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e
nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1 Tm 6.9). Ter dinheiro não é errado.
Não podemos, porém, amá-lo e nele colocar a nossa confiança (1 Tm 6.10,17-19).
3. Confie em Deus. Há crentes que
se acham numa situação financeira difícil, não porque se deixaram levar pelo
consumismo, mas por haverem perdido o emprego ou ficado enfermos. E, justamente, por isso,
não puderam honrar seus compromissos. Seja qual for a situação em
que você se encontre, ore e confie em Deus. Ele é fiel! Deus é o nosso socorro: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl
121.2). Deus está vendo a sua
aflição, não desanime, pois o socorro vem do Senhor (Gn 21.14-21).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Com a ajuda de Deus, oração e sabedoria, podemos nos livrar
das dívidas.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Deus deseja abençoar-nos,
mas precisamos agir com sabedoria e sermos íntegros financeiramente. Devemos administrar nossas
finanças de tal maneira que possamos pagar todas as nossas contas em dia. Comprar sem planejamento e
por impulso só geram problemas financeiros. Seja sábio e administre seu
dinheiro como um bom despenseiro de Deus.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BARNHILL, J. A. Antes que as Dívidas nos Separem: Respostas e cura para os conflitos
financeiros em seu casamento.1.ed., RJ: CPAD, 2003. Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed., RJ: CPAD, 2005.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida
Cristã
“Tratar
do Crédito com Cuidado"
As
intermináveis pressões de ‘mês mais comprido que o dinheiro’ é o bastante para
separar famílias. Mas, em alguns casos, ter mais dinheiro não é solução.
Devemos começar a administrar corretamente o que temos. O marido e a esposa têm
de trabalhar juntos (e haverá o tempo e o lugar para envolver os filhos). Olhe
além dos pagamentos mensais. Faça uma imagem mental de toda a dívida em destaque. Damos
graças a Deus porque uma taxa de crédito nos permitirá tomar dinheiro
emprestado, mas não nos enganemos: os juros serão altos. Cartões de crédito têm
sido a ruína de muitos lares. Melhor deixar de comprar a crédito, a menos que
tenha disciplina e limite. Abandone o uso de cartões de crédito, se você sabe
que não haverá dinheiro para pagar. Pague suas contas no vencimento. Quando os
pagamentos não puderem ser efetuados, comunique ao credor.
Deixar
de dizimar é retirar-se da terra da bênção. Deus não honrará a má
administração. Precisamos ser mordomos fiéis. Devemos honrar ao Senhor com as
nossas riquezas (Pv 3.9,10). As riquezas são mais que o dízimo. "O dízimo pertence
a Deus. Somos chamados a honrar a Deus com a parte que nos resta depois de
dizimar” (Pastor Pentecostal: Teologia
e Práticas Pastorais. 3.ed.,
RJ: CPAD, 2005. p.146).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida
Cristã
“Evitando
dívidas fora do seu alcance"
Muitos
têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de
crédito (na verdade, cartão de débito). As dívidas podem provocar muitos males,
tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda
da autoridade e independência. Devemos lembrar: ‘O rico domina sobre os pobres,
e o que toma emprestado é servo do que empresta’ (Pv 22.7). Outro problema é o
mau testemunho perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.
Evitando
os extremos
De um
lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento
do bem-estar dos familiares. São os ‘pães-duros’. Estes preferem ver os filhos
sob um padrão baixo de conforto, não adquirindo os bens necessários, somente
com o desejo de ‘poupar’, de entesourar para o futuro.
De
outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às
vezes para satisfazer o exibicionismo, a inveja de outros, ou por mera vaidade.
Isso é obra do Diabo” (LIMA, E. R. Ética
Cristã: Confrontando as
Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed.,
RJ: CPAD, 2002. p.172).
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