quinta-feira, 24 de julho de 2014

Lição 4 - 3º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.



Lição 04
GERADOS PELA
PALAVRA DA VERDADE

27 de julho de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO


 “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23).


VERDADE PRÁTICA


Somente aqueles que foram gerados pela Palavra da Verdade são guiados pelo Espírito Santo.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23).


Nosso texto áureo está inserido no capítulo 1 da Primeira Epístola Universal do Apóstolo Pedro, quando o mesmo exorta sobre à santidade (1 Pe 1.13-25).
O texto áureo especificamente fala sobre ser gerado de novo, o que nos remete ao ensino do Senhor Jesus sobre o novo nascimento: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim étodo aquele que é nascido do Espírito” (João 3:3-8).
O Novo Nascimento é operado em nós pelo poder do Espírito Santo, quando a Palavra de Deus entra em nosso coração, ela desconstrói o coração de pedra. A Palavra de Deus é poderosa, ela esmiúça a penha: “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23.29).
Quando somos gerados de novo, andamos também em novidade de vida: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).
O teólogo calvinista Brian Schwertley em seu livreto intitulado: O Novo Nascimento assim explica o termo “regeneração”:

A palavra “regeneração”, que literalmente significa “gerar novamente”, tem sido usada de diferentes formas por teólogos protestantes ortodoxos ao longo dos tempos. Antigamente, nos séculos dezesseis e dezessete, seu emprego incluía a implantação de uma nova vida no coração do homem pelo Espírito Santo, bem como uma conversão (arrependimento e fé) e santificação. Para evitar confusão, teólogos reformados eventualmente limitaram o emprego do termo à sua aplicação estritamente bíblica. “Na teologia reformada contemporânea, o termo “regeneração” é geralmente usado num sentido mais restrito, uma designação daquele ato divino pelo qual o pecador é dotado de uma nova vida espiritual, e através da qual o princípio dessa nova vida é inicialmente realizado” (L. Berkhof, Systematic Theology [Grand Rapids: Eerdmans, 1949], p. 467). Passagens como 1 Pe 1:23 e Tg 1:18 analisam o coração regenerado quando este entra em contato com a Palavra de Deus, “em que a nova vida primeiro se torna manifesta” (ibid., p. 475). Porque a maior parte das passagens bíblicas que tratam da regeneração define esta em seu sentido mais restrito como sendo exclusivamente um ato de Deus, essa definição estreita é usada ao longo deste livreto (cf. objeção 4, p. 10). (http://www.monergismo.com/textos/regeneracao/novo_nascimento_schwertley.pdf).

A Bíblia de Estudo Pentecostal assim apresenta a temática: regeneração:

Em Jo 3.1-8, Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5) ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de Deus, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento. (1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa... efetuadas por Deus e o Espírito Santo... Por esta operação, a vida eterna da parte do propósito de Deus é outorgada ao crente... e este se torna um filho de Deus... e uma nova criatura... Já não s econforma com este mundo..., mas é criado segundo Deus “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). (2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e agradar-lhe...  (3) A regeneração tem naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus cristo como seu Senhor e Salvador)... (4) A regeneração envolve a mudança de vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo... Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado..., e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito Santo... Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16). (5) Quem é nascido de novo não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida... (6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram d enovo (1 Jo 3.6,7); (7) Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode exiguir essa vida ao envereador pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segunda a carne, morrereis” (Rm 8.13)... (8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13 nota). Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2 Tm 2.12). (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, 1995, p. 1576).

Assim é muito importante refletirmos nessa lição sobre a regeneração, especialmente numa época onde muitas pessoas, são religiosas, zelosas na questão dos dogmas religiosos, mas infelizmente ainda não tiveram a experiência gloriosa do novo nascimento. Que o Senhor possa enxertar em nós a compreensão plena de sua palavra: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23).


RESUMO DA LIÇÃO 04


GERADOS PELA PALAVRA DA VERDADE

I. A RELAÇÃO ENTRE OS POBRE E OS RICOS DA IGREJA (Tg 1.9-11)
1. Os pobres na Igreja do primeiro século.
2. Os ricos na Igreja Antiga.
3.- Perante Deus, pobres e ricos são iguais.

II. DEUS SÓ FAZ O BEM (Tg 1.16,17)
1. Não erreis (v.16).
2. Todo dom e boa dádiva vêm de Deus.
3.- A origem de tudo o que é bom está no Pai das Luzes.

III. PRIMÍCIAS DE DEUS ENTRE AS CRIATURAS (Tg 1.18)
1.      Algo que somente Deus faz.
2.     A Palavra da Verdade.
3.     O propósito de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Tiago 1.9-11,16-18.
9 - Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação,
10 - E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva.
11 - Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
16 - Não erreis, meus amados irmãos.
17 - Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
18 - Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.
INTERAÇÃO
Deus pode fazer o mal? O contexto da epístola de Tiago mostra que Ele é bom e, portanto, a sua sabedoria só pode fazer o bem, jamais o mal. Nele, não há variação de bondade e malignidade; de luz ou trevas.
O nosso Pai Celestial decidiu de uma vez por todas, em Jesus, fazer o bem para reconciliar o mundo consigo mesmo. Por isso, a sabedoria de Deus é pura, bondosa, benigna, humilde, cordata, temperante, etc. Porque Ele é bom! Que a bondade de Deus inunde suas vidas. Que possamos decidir amar o próximo como o nosso Pai nos ama.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar a relação entre os pobres e os ricos da igreja.
Defender a verdade que Deus só faz o bem.
Compreender que os filhos de Deus são as primícias dentre as criaturas.
PALAVRA-CHAVE
VERDADE:
Propriedade de está conforme os fatos ou a realidade.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje vamos estudar acerca da qualidade relacional da igreja nos diversos níveis de interação entre pessoas geradas pela Palavra.
Veremos a Epístola de Tiago apontando as distorções sociais que podem existir em um ambiente eclesiástico ou de convivência entre irmãos. A nossa perspectiva é a de que possamos nos relacionar com o outro independente da sua condição econômica e social. Ligados, sobretudo, pelo Evangelho.
I – A RELAÇÃO ENTRE OS POBRES E OS RICOS DA IGREJA (Tg 1.9-11)
1. Os pobres na igreja do primeiro século.Do ponto de vista social, a pobreza exclui o ser humano dos direitos básicos necessários à sua subsistência.
Não é difícil reconhecer que a Igreja do primeiro século era constituída por duas classes sociais: a dos pobres e a dos ricos, tendo evidentemente mais pobres em sua composição.
Uma vez que não podemos fazer acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11), os pobres daquela época, que foram gerados pela Palavra e inseridos no corpo de Cristo — a Igreja — tinham motivos de alegrar-se no Senhor, pois além do novo nascimento, eles eram acolhidos pela igreja local (Gl 2.10).
2. Os ricos na Igreja Antiga. Por vezes, os ricos são identificados na Bíblia como judeus proprietários de muitos bens e que negligenciavam as obrigações que pesam sobre os que desfrutam de tal condição:
- Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico 19:10);- E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico 23:22);
(Lv 25.35-55; Dt 15.1-18; Is 1.15-17; Mq 6.9-16; 1Tm 6.9,17-19).
Por cuja razão, e pelas suas atitudes, eles eram frequentemente repreendidos pelas Escrituras (Am 3.10; Pv 11.28; 1Tm 6.17-19; Lc 6.24; 18.24,25).
- Porque não sabem fazer o que é reto, diz o Senhor, aqueles que entesouram nos seus palácios a violência e a destruição. (Amós 3:10);
- Aquele que confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem. (Provérbios 11:28);
- Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam se apoderar da vida eterna. (1 Timóteo 6:17-19);
- Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação. (Lucas 6:24);
- E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. (Lucas 18:24-25)
Os ricos e abastados têm a tendência a desenvolverem a arrogância, a autossuficiência e a postura de senhores poderosos, que pensam poder comprar as pessoas a qualquer preço. As Escrituras são claras em afirmar que o Reino de Deus não pode ser comprado por dinheiro algum.
É possível o irmão rico ser gerado pela Palavra e tornar-se um filho de Deus? Sim, claro (Lc 18.25-26). Porém, ele pode encontrar maior dificuldade para desprender-se de suas riquezas (Mt 19.23-26, cf. v.11).
É imprescindível que os mais abastados compreendam que após entregarem-se a Cristo, obedecerão ao mesmo Evangelho a que os irmãos pobres submetem-se.
Aqui, torna-se ainda mais clara a verdade bíblica: para Deus não há acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11).
3. Perante Deus, pobres e ricos são iguais. A igreja local deve receber a todos no espírito do Evangelho, isto é, como membros da família de Deus, pois através da salvação em Cristo, independentemente da condição social, todos têm a Deus como Pai (Rm 8.14), e a Jesus como irmão (Lc 8.21).
Somos coerdeiros, juntamente com Cristo, de uma herança eterna (1Pe 1.4), pertencentes à santa família de Deus (Ef 2.19) e cidadãos de um reino imutável (Hb 12.28). Na família de Deus há lugar para todo ser humano justificado por Cristo. Portanto, o irmão pobre e o irmão rico não devem se envergonhar de suas condições sociais.
Se o Evangelho alcançou seus corações, o rico saberá biblicamente o que fazer com a sua riqueza. E o pobre, de igual forma, como viverá sua pobreza. O importante é que Cristo em tudo seja exaltado! Leiamos mais uma vez os versículos 9-11 do primeiro capítulo de Tiago:
Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos. (Tiago 1:9-11)
À luz das Escrituras, apesar de o pobre ser marginalizado pela sociedade cuja cultura predominante é a de “ter” e não de “ser”, ele é convidado a gloriar-se em Cristo pela sua nova posição de filho de Deus. Enquanto o rico, no encontro com o Evangelho de Cristo, é convidado por Cristo a se humilhar para compreender a natureza passageira da sua riqueza. Sabendo assim acerca da sua missão de suprir o pobre necessitado. Deus é o Senhor dos pobres e dos ricos.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Na igreja do primeiro século, pobres e ricos eram acolhidos em amor.
II – DEUS SÓ FAZ O BEM (Tg 1.16,17)
1- Não erreis (v.16). Com essa advertência o meio-irmão do Senhor não está afirmando a doutrina da “santidade plena” ou perfeccionista: a de que o homem, uma vez remido, não mais pecará.
Tal palavra tem como propósito conclamar o crente a não dar ouvidos à “voz” da concupiscência carnal. Recapitulando a mensagem dos versículos 12 a 15, que tratam do tema da tentação, os versículos 9 a 11 formam uma introdução ao tema da tentação, ao passo o que versículo 16 é uma advertência para os crentes não se curvarem aos desejos imorais e infames do mundo, pois Deus é a fonte de tudo o que é bom.
Logo, não podemos dar crédito àquilo que é mau.
2. Todo dom e boa dádiva. Um dom de Deus, como a sabedoria que torna uma pessoa espiritualmente madura (v.4), não pode ser recebido pelo crente através de esforço humano. Quem o distribui é Deus.  Este dom é fruto da graça do Pai para nós.
Num tempo onde o ascetismo religioso tende a tirar o foco da glória de Deus e da sua benignidade, tornando o ser humano “digno” do céu, precisamos lembrar que a nossa vida espiritual não depende de disciplinas humanas para receber dádivas de Deus. Depende de um relacionamento livre, espontâneo e sincero com o Pai das Luzes mediante o seu Filho, Jesus Cristo, e na força do Espírito Santo.
3. A origem de tudo o que é bom está no Pai das Luzes. Ao escrever que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto”, Tiago declara que apenas as boas virtudes vêm de Deus.
Não há sombra de variação no Pai das Luzes, isto é, nEle não há momentos de trevas e outros de luzes. Só há luz. Ele não muda e é bom!  Não faz o mal aos seus filhos (Lc 11.11-13). Infelizmente, muitos têm uma visão turva de Deus como se Ele fosse um carrasco pronto a castigar-nos na primeira oportunidade. Não devemos falar sobre o Pai desta maneira, lembremo-nos do ensinamento joanino que fala sobre sermos defendidos e advogados por Jesus, o Filho de Deus (1Jo 2.1,2).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Tudo o que é bom vem de Deus, pois nEle não há momento de bondade e maldade. Ele é sempre bom!
III – PRIMÍCIAS DE DEUS ENTRE AS CRIATURAS (Tg 1.18)
1. Algo que somente Deus faz. A regeneração é um milagre proveniente do Pai das Luzes, segundo a sua vontade (v.17). Foi Ele que nos gerou pela Palavra da Verdade.
Ser gerado de novo é uma ação realizada exclusivamente pelo Pai das Luzes através do Santo Espírito. Ele limpa o homem dos seus pecados (Is 1.18), dando-lhe perdão e implantando-lhe um novo caráter.
Aqui, acontece o que o nosso Senhor falou aos seus discípulos: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23). O Pai é a fonte de nossa vida espiritual (Jo 1.12,13).
2. A Palavra da Verdade. Naqueles dias, parte da igreja estava dispersa, sofrendo muitas tribulações. Para superá-las era preciso uma inabalável convicção de que, apesar das lutas, ela não havia deixado de ser as primícias do Senhor entre as criaturas.
Por esse motivo, Tiago enfatiza a expressão “Palavra da Verdade”. Fomos gerados e enxertados pela Palavra que salva a nossa alma (v.21). Assim, a despeito de todas as circunstâncias difíceis da vida, podemos aplicar essa verdade afirmando que somos filhos de Deus, as primícias entre as criaturas do Senhor.
3. O Propósito de Deus. A salvação é a maior bênção de Deus para a humanidade. O propósito divino não é primeiramente abençoar o crente com bênçãos materiais, mas fazer dele primícias de suas criaturas: os salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8).
No Antigo Testamento, as primícias eram a colheita do melhor fruto (Lv 23.10,11 cf. Êx 23.19; Dt 18.4). Ao referir-se às primícias, Tiago dizia aos primeiros irmãos, notadamente judeus, que eles foram escolhidos como primícias do Evangelho. Os primeiros de muitos outros que Deus havia começado a colher. Alegre-se no Senhor! Você faz parte das primícias da sua geração. Escolhido por Deus e nomeado por Ele para proclamar as virtudes do Senhor neste mundo.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
A partir da promessa da salvação, Deus colhe as suas primícias (os salvos) dentre as criaturas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inseridos no processo de aperfeiçoamento espiritual, sofremos os mais diversos tipos de provações, independentemente de nossa posição social, econômica e cultural. Tais situações aperfeiçoam-nos e amadurecem-nos como pessoas.
Quando alguém é gerado pela Palavra da Verdade, ele é chamado pelo Pai a viver o Evangelho em fidelidade.
Não podemos nos esquecer do nosso maior desafio: fazer o Evangelho falar num mundo dominado por relacionamentos distorcidos.
Somos o Corpo de Cristo, a Igreja de Deus: a coluna e firmeza da verdade - Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. (1 Timóteo 3:15).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009. RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2007.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Histórico-Cultural
“Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, e o rico, em seu abatimento (1.9,10). A primeira palavra é hypsos, ‘exaltação’. A segunda é tapeinosis, ‘humildade/humilhação’. O perigo da pobreza é que uma pessoa pode invejar os ricos e sentir-se inferior, ao passo que o perigo da riqueza é que uma pessoa pode tornar-se orgulhosa e arrogante. Cada perigo é equilibrado pela perspectiva da vida, que é modelada pela fé. O pobre encontra conforto e identidade na percepção de que em Cristo ele foi exaltado até a posição de um filho de Deus. O rico recupera a humildade ao contemplar o fato de que a riqueza material é passageira, e que para vir até o Senhor ele abandonou a dependência de suas posses, aproximando-se de Deus como um homem necessitado, procurando a salvação que está enraizada na graça” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2007, p.513).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O Nascimento através da Palavra (1.17-18)”.
Nesse capítulo de abertura, ao insistir que ‘Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto’ (v.17), Tiago está realçando dois pontos cruciais de seu argumento.
Deixa claro que um ‘dom perfeito’, tal como a sabedoria, necessário para tornar uma pessoa ‘madura’ (‘madura’ em 1.4 e ‘perfeita’ em 1.17 são traduções da mesma palavra grega, teleios), não pode ser recebido através do esforço humano, pois este vem somente de Deus.
Ao afirmar que ‘todos’ esses dons têm sua origem em Deus, Tiago está também declarando sua convicção de que somente bons dons vêm de Deus. Quando diz que Deus é o ‘Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação’, está provavelmente fazendo uma alusão a fenômenos astronômicos, tais como eclipses lunares ou solares, ou às fases da lua. Pode-se confiar que cada dom de Deus será bom e não resultará em qualquer tentação ou provação (1.13 e comentários).
A vontade de Deus difere da humana não só em sua perfeita bondade, mas também em seus efeitos. Enquanto a vontade humana, pela sua inclinação ao mal, originária de nossa natureza pecaminosa, leva a ações que irão ao final resultar em morte, a vontade de Deus leva à vida. “Na verdade, Tiago estabelece o contraste desses diferentes resultados por meio de paralelos entre os processos de três estágios que se iniciam com a vontade humana e a divina” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição, RJ: CPAD, 2004, p.1666).


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Gerados pela Palavra da Verdade
Qual o contexto social em que a sua igreja local está localizada? Trata-se de uma cidade nobre? Ou da periferia? Quem são os seus alunos? Como se dá a relação social entre os seus alunos? O professor não pode planejar essa lição sem antes fazer estas perguntas e respondê-las com sinceridade.
Inicie a aula descrevendo as classes sociais da Igreja do Primeiro Século. Para isso, use o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, pois na seção bíblica de Tiago [Orgulhando-se da “Coroa da Vida” (1.9-12)], o teólogo Timothy B. Cargal procura responder como era, ou deveria ser, a relação dos crentes oriundos de distintos contextos sociais, isto é, entre os ricos e os pobres da igreja. A conclusão que o teólogo chega nesta seção da carta é que os “leitores estavam muito conscientes de sua posição, e nem sempre se aproveitavam das oportunidades para demonstrar a preocupação de Deus por aqueles que estavam necessitados (2.14-17). Já se orgulhavam de sua elevada posição, talvez por considerarem ‘ricos’, moralmente superiores, mesmo quando se identificavam com as armadilhas das posições elevadas e do poder. Até mesmo pensavam a respeito de sua salvação utilizando a imagem da sua posição social, isto é, a coroa da vida” (p.1665).
Um desastre que pode ocorrer ao crente economicamente bem sucedido é quando ele interpreta as ocorrências cotidianas da vida como “acontecimentos espirituais”. Ele faz uma teologia particular sem se importar com os outros ao redor. Por exemplo, é comum um crente atribuir a Deus a compra de um bem material dizendo “foi Deus quem me deu!”. Mas ele não pode esquecer o contexto desta aquisição. Ora, estamos num país economicamente equilibrado e que, por isso, lhe proporcionou uma linha de crédito para esse fim. Se nós não considerarmos tais realidades poderemos entrar em questões bem difíceis, tais como: Por que Deus deu um bem para um irmão e não deu ao outro? Ambos não são salvos? É preciso explicar o mal que uma teologia individualista, como a da prosperidade, pode causar a uma igreja local. Não podemos ignorar o ensino da Palavra: a de que o rico deve suprir o necessitado, e este, deve se alegrar por se achar o filho escolhido por Deus. FONTE: www.professoralberto.com.br

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