quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Irmãos, presentes do Papai do Céu - Berçário.

Lição 05 - Irmãos, presentes do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Suscitar nos bebês o amor aos irmãos e o desejo de viverem unidos.
É hora do versículo: “Como é bom viverem unidos os irmãos!” (Salmos 133.1).
Nesta lição, as crianças estudarão um pouco da história de Davi que tinha muitos irmãos e eles se amavam. Davi levava comida para seus irmãos que estavam na guerra e depois dava notícias deles ao seu papai. 
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem seus irmãos dentro do coração utilizando o giz de cera. Diga que os irmãos devem viver unidos e se amarem. Quem for filho único pode desenhar seus primos e amá-los como se irmãos fossem.
coracao licao5 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - O menino Jesus corre perigo - Maternal.

Lição 5 - O menino Jesus corre perigo 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Que a criança aprenda que Deus sempre nos protege do perigo e que Ele fala conosco. 
Para guardar no coração: “[...] para que eles continuem a ter sempre a tua proteção.” (2 Sm 7.29).
Somos assim
“Conforme aumenta o entendimento que têm de Jesus, as crianças são capazes de apreender a mensagem simples de que o pecado quebra o relacionamento delas com Deus; de que Jesus, o Filho de Deus, morreu no lugar delas; de que precisam aceitar o que Jesus fez para viver com Ele para sempre. Quando ficam sabendo que Jesus morreu na cruz, querem saber por que isso aconteceu. Essa é uma grande oportunidade para fazê-las entender a salvação!
A criança no maternal não entende todos os aspectos da doutrina e o que significa seguir a Deus durante toda a vida, porém muitas crianças nessa idade pedem que Jesus entre em seu coração” (TRENT, John; OSBORNE, Rick; BRUNER, Kurt. Ensine sobre Deus às Crianças. Rio de janeiro: CPAD, 2007, p. 53, 54)
Subsídio professor
Prepare a sala para mais uma aula.  Cumprimente cada aluno com carinho e entusiasmo, anunciando que “hoje vamos aprender mais uma linda história a respeito do Amigo Jesus!” Receba-os segurando um guarda-chuva aberto. Provavelmente, as crianças perguntarão por que você está de guarda-chuva. Se não perguntarem, faça você mesmo a indagação: “Sabe por que estou de guarda-chuva?” O guarda-chuva serve para proteger-nos da chuva e também do sol. Estou com o guarda-chuva para lembrar que Deus nos protege de todas as coisas ruins.
Feche o guarda-chuva e depois, oriente os alunos a fecharem os olhos para agradecer ao Papai do Céu, que cuida de nós. Ore fazendo pausas para que repitam: “Papai do Céu, o Senhor é tão bom! Eu não preciso ter medo, porque o Senhor me protege de todas as coisas ruins. Obrigado por cuidar de mim. Em nome de Jesus, amém”.
Pegue novamente o guarda-chuva e o abra. Em seguida, pergunte às crianças: “Quem já sentiu medo alguma vez?” “Medo de que?” As respostas serão variadas: medo do escuro, de chuva, de trovão, de ficar em casa quando a mamãe vai trabalhar, de cachorro bravo, de ficar na creche, do papai brigar com a mamãe, do pai ou tio chegar bêbado, etc (nem todas vêm de famílias completamente salvas). Dê atenção particular a cada resposta, e assegure-lhes: O Papai do Céu é forte e poderoso. Ele protege você de todas as coisas ruins e que dão medo.
Comece a “brincadeira do guarda-chuva” com um de seus auxiliares, e depois repita-a com algumas das crianças que se oferecerem espontaneamente. A criança voluntária deve abrigar-se encolhida sob o guarda-chuva e atrás dele, como se fosse um escudo, enquanto as demais tentam atingi-la com bolinhas de papel ou isopor, aviõezinhos de papel, e borrifos de água (molhando a mão na vasilha de água).
Viu como a bolinha não acertou o Gabriel? Assim como o guarda-chuva o protegeu da bolinha, Deus protege você do trovão, do cachorro...  Viu como o aviãozinho não atingiu a Juliana? Assim também Deus protege você das pessoas malvadas... Borrife água no guarda-chuva: Viu como o chuvisco não molhou a Priscila? Da mesma forma, Deus protege você das doenças, dos acidentes... (Marta Doreto).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 2.13-16, 19-23. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Irmãos, Presentes do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 05 - Irmãos, Presentes do meu Amigo 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão compreender que os irmãos são bênçãos do Papai do Céu; e aprender que é a vontade do Papai do Céu que os irmãos sejam unidos e se amem. 
É hora do versículo: “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido [...]!” (Sl 133.1).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi que tinha muitos irmãos e amava todos eles a ponto de ir até um campo de guerra levando comida para eles e buscando saber como eles estavam.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem seus irmãos dentro do coração utilizando giz de cera. Reforce dizendo que os irmãos são bênçãos do Papai do Céu e por isso devem ser unidos e se amarem. Esclareça que algumas crianças são filhos únicos e, nesses casos, os primos e os amigos mais chegados são como seus irmãos. Todos na igreja também são irmãos uns dos outros porque têm o Papai do Céu como o Pai! Os irmãos, os primos, os amigos e os irmãos em Cristo são importantes em nossa vida para não ficarmos sozinhos.
coracao licao5 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo Oculto - Juniores.

Lição 5 - O Amigo Oculto 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – João 3.1-21.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão mais um personagem bíblico que teve um encontro muito curioso com Jesus. Seu nome era Nicodemos, um grande sábio, doutor da lei, alguém muito estimado entre os judeus. Como todo bom estudioso das Escrituras Sagradas, Nicodemos procurou nos escritos proféticos tudo o que se dizia a respeito do futuro de Israel. Depois de muito insistir, Nicodemos encontra em Jesus as respostas para as perguntas que tanto o inquietavam.
Como era um homem muito conhecido e próximo da liderança judaica, Nicodemos foi procurar Jesus secretamente para que não fosse notado pelos outros judeus e, assim, considerado um traidor. Acontece que tudo o que Nicodemos entendia das Escrituras fazia muito sentido na pessoa de Jesus Cristo. Esse também foi um dos motivos pelos quais o doutor da lei procurou Jesus para tirar suas dúvidas. 
Ao entardecer, Nicodemos encontra-se com Jesus e o elogia dizendo que Ele era um mestre vindo da parte de Deus, tendo em vista que muitos milagres se faziam por intermédio de suas mãos. Sem muito rodeio, Jesus interrompe as palavras de Nicodemos e vai direto ao assunto: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3b). A princípio, Nicodemos não entendeu o que Jesus disse, mas estava prestes a aprender uma das maiores lições encontrada na Bíblia: o “Novo Nascimento”. O encontro com Jesus deslocava Nicodemos a compreender que a libertação e transformação que Israel tanto precisava não consistia em obter um governo soberano no mesmo modelo dos dias de Davi, e sim alcançar a libertação do pecado e um novo coração para servir a Deus com sinceridade.
A pessoa que, de fato, conhece a Jesus, experimenta uma transformação maravilhosa em sua maneira de pensar e sentir, de tal modo, que isso se descobre em seu comportamento. Significa que a pessoa passou da morte para a vida, e o estilo de vida que agora vive tem como finalidade agradar o coração de Deus (cf. Gl 2.20).
Quem já teve um encontro com Jesus e experimentou o novo nascimento não sente vergonha de dizer que é crente em Jesus. Essa é a maior lição que seus alunos deverão aprender com a história de hoje. E não agir como Nicodemos, que apesar de crer em Jesus e compreender que Ele verdadeiramente era alguém que veio da parte de Deus, ainda assim procurou o Mestre secretamente com medo de sofrer retaliações da parte dos judeus. Quando a pessoa entrega totalmente o seu coração a Cristo não sente vergonha de dizer que é cristão. Pelo contrário, sente prazer em ser reconhecido como alguém que segue a Jesus e o serve com alegria. Explique aos seus alunos que eles não precisam sentir-se envergonhados na escola, na vizinhança, entre os amigos ou em qualquer lugar pelo fato de serem servos de Deus. Mostre-lhes que servir a Deus e fazer parte do seu povo é um privilégio. 
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade: leve para a sala de aula, diversos objetos encontrados em casa (pode ser: pente, caneta, barbante, quadro, copo, caderno, livro, colher, etc.). Coloque em uma caixa ou sacola e peça para cada aluno retirar um objeto. Em seguida, os alunos deverão falar tudo o que sabem sobre o devido objeto. O que é; para que serve; que cuidado devem ter em contato com esse objeto e qualquer informação relevante.
Esse tipo de atividade servirá para você, professor, conhecer melhor as características mais específicas de seus alunos, além de ajudá-los a perder a timidez quando precisarem explicar o que sabem a respeito de alguma coisa. Inclusive, este exercício ajudará seus alunos a perderem a timidez quando tiverem de testemunhar o que sabem sobre Jesus e porque é tão importante reconhecê-lo como Salvador pessoal. 

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Eu me Arrependo - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Eu me Arrependo 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 6.6-15; Jonas 1—3.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos conhecerão mais uma etapa do plano de Deus para salvar o ser humano da condenação eterna. Essa etapa recebe o nome de arrependimento, uma prática importante que envolve a ação do Espírito Santo em nos convencer do erro e nos mostrar o caminho certo que agrada a Deus.
Quando somos convidados a crer no sacrifício de Jesus Cristo para nos salvar e o reconhecemos como nosso único, exclusivo e suficiente Salvador, Deus sela uma aliança conosco. Nesta aliança Ele promete cuidar de nós para que estejamos preparados para o grande Dia em que teremos de nos encontrar com Ele face a face (1 Ts 5.23,24).
Como ocorre em toda aliança, ambas as partes devem cumprir com o que foi combinado no momento em que a aliança foi selada. Em nosso caso, devemos cumprir a parte que nos cabe de forma obediente a fim de mantermos firme o compromisso com Deus. Sendo assim, o arrependimento é a resposta do homem à ação do Espírito Santo em seu coração.
Infelizmente, nos dias atuais, há pessoas que são resistentes à Palavra da Verdade. Deus fala de diversas maneiras a fim de chamar o ser humano ao arrependimento. No entanto, alguns não querem obedecer, o que entristece muito ao Espírito Santo. A Bíblia declara que se ouvirmos a voz de Deus não devemos endurecer o nosso coração (cf. Hb 3.7,8). Quem endurece o coração para ouvir o que Deus tem a ensinar, infelizmente, acaba trazendo consequências desastrosas para sua vida, porquanto, há caminhos que parecem corretos aos olhos dos homens, mas, ao final, resultam em tristeza e morte (cf. Pv 14.12). 
O que Deus espera de cada pessoa é o arrependimento. Ele conhece a estrutura humana e sabe que não há nenhuma pessoa que tenha vivido muitos anos e nunca tenha pecado. Somente Jesus conseguiu realizar este grande feito. Por isso que somente Ele pode receber o nome de Filho Unigênito de Deus. Quanto a cada um de nós devemos nos arrepender e este deve ser um ato contínuo. A cada dia devemos reconhecer que não podemos ser salvos por conta próxima. Precisamos da graça divina para que alcancemos o perdão e assim sejamos purificados de toda injustiça.
Então, o que significa “arrependimento”? De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1389): “O significado básico de arrependimento (gr. metanoeo) é ‘voltar-se ao contrário’; dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e, através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6)”. Sendo assim o arrependimento é necessário, pois sem arrependimento não alcançaremos a remissão de nossos pecados, embora seja desejo do coração de Deus nos perdoar e salvar.
Para complementar o ensinamento da lição, compartilhe com seus alunos a seguinte atividade:
Distribua folhas de papel A4 para cada um de seus alunos e peça que escrevam a palavra pecado com letras maiúsculas em tamanho grande no centro da folha. Em seguida, peça que amassem a folha até formar uma bolinha de papel. Depois, peça que desamassem a folha e tentem deixá-la do modo como estava antes desse processo. É óbvio que eles não vão conseguir. Aproveite para explicar que assim o pecado faz em nossas vidas. Por mais que tentemos não conseguimos remover as marcas causadas pelo pecado. Mas graças a Deus por Jesus Cristo, pois crendo nEle, podemos receber o perdão divino e nascer de novo para viver uma nova vida de santidade e comunhão com o Criador.

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - A Unidade na Diferença - Adolescentes.

Lição 5 - A Unidade na Diferença 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – O PAI E O FILHO SÃO UM
2 – NÃO SOMOS DO MUNDO
3 – PARA QUE TODOS SEJAM UM
4 – PARA QUE O MUNDO CONHEÇA JESUS
OBJETIVOS
Destacar que o Pai e o Filho fazem parte de uma unidade composta;
Demonstrar que não pertencemos a este mundo do mesmo modo que Cristo não pertenceu;
Apontar que a vontade de Deus é que tenhamos um relacionamento unificado com Ele.
Professor, professora, recobrar o conteúdo da lição anterior e recapitular brevemente lições mais remotas é um exercício pedagógico importantíssimo para o aprendizado do aluno da Escola Dominical. Por isso, refresque a memória dos alunos a respeito da lição passada por meio do esquema abaixo:
1 – MARTA E MARIA
2 – JESUS AMAVA SEUS AMIGOS
3 – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
4 – TIRAI A PEDRA!
Mostre que na lição passada a característica de lealdade na amizade cristã foi assunto central da aula. Nesta semana, estudaremos um tema que é um desdobramento da temática da lição passada: a Unidade na Diferença.
Professor, professora, sugerimos introduzir a lição com o texto abaixo:
Cristãos sofrem perseguição de todos os lados no Paquistão
Segundo Portas Abertas, o país é o 5º na Classificação a Perseguição Religiosa 2018
Shahzad não sabe ler e não sabe o que a Bíblia diz; também não sabe o significado da palavra ‘salvação’, mas é discriminado por ser cristão. Shahzad é um nome reconhecidamente cristão e significa “filho do Rei”. Por causa do seu nome, muitas ofertas de trabalho lhe foram negadas e pagamentos não recebidos quando descobriam sua religião.
Shahzad é um dos muitos nascidos em uma família cristã, mas que não têm acesso à igreja ou comunhão do corpo de Cristo. Seu pastor o visita ocasionalmente para orar com ele, mas raramente há algum estudo bíblico. Somente em seu vilarejo há cerca de 300 cristãos na mesma condição que ele.
O cristão perseguido trabalha em fazendas ou em construção, com salários extremamente baixos, chegando a um dólar por dia. “Aqui você enfrenta problemas de segurança, injustiça e dívidas regularmente e luta para manter a lenha para o fogão em casa para que sua família possa ter uma refeição por dia. Em alguns dias só há o suficiente para uma criança comer”, conta Shahzad.
Ele também é ciente da perseguição na vida dos filhos: “Eles não podem ir à escola e nem mesmo brincar no playground por ser cristãos”. Um pesquisador da ALIVE, organização parceira da Portas Abertas, afirma: “Para uma pessoa como Shahzad, a escola cristã mais próxima é em uma cidade a cerca de 30 quilômetros de onde mora. Então ele não tem outra opção a não ser baixar a cabeça e trabalhar por um futuro para sua família”.
Eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são Muçulmanos 
A estimativa oficial de cristãos “com igreja” no país é de 3,9 milhões, mas pesquisadores da ALIVE, acreditam que haja mais de 5 milhões de “cristãos sem igreja” ou “cristãos não-alcançados”. O que sabemos com certeza é que o número de cristãos sem acesso a discipulado e estudo bíblico é extremamente alto.Por outro lado, a falsa esperança é oferecida em todos os lugares. Os muçulmanos fazem promessas de uma vida melhor aos cristãos que se convertem ao islamismo. A razão pela qual a maioria dos “cristãos sem igreja” não se converte ao islã é porque eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são muçulmanos.” (Texto extraído do site de notícias CPADNEWS. Conteúdo disponível em: http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/42964/cristaos-sofrem-perseguicao-de-todos-os-lados-no-paquistao.html. Acesso em 25 de Jan. de 2018).
O texto diz respeito à perseguição dos cristãos em países islâmicos. A reportagem mostra a dificuldade de o cristão em estar reunido na comunhão com pessoas que professam a mesma fé dele. Faça a transposição dessa imagem para sua classe, perguntando: “Damos o devido valor à reunião de comunhão com outros irmãos, algo que qualquer cristão perseguido anelaria?”.
Boa aula!  
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD 

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Obadias – a Soberana Vontade de Deus - Juvenis.

Lição 5 - Obadias – a Soberana Vontade de Deus 

1º Trimestre de 2020
“Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Pv 15.3).
OBJETIVOS
Enfatizar a importância da comunhão;
Justificar a vontade soberana de Deus;
Mostrar que a soberba conduz à destruição.
ESBOÇO DA LIÇÃO1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE OBADIAS
Querido (a) professor (a), através do estudo do livro de Obadias, vamos aprender importantes lições, não apenas para melhor compreensão deste profeta ou trecho das Sagradas Escrituras, como também e principalmente para aplicá-las às nossas vidas hoje. Comunhão, confiança em Deus e humildade serão temas chaves da nossa próxima aula.
Em meio a tempos de tantas injustiças, crueldades e desigualdades revela-se ainda mais importante crer e confiar na soberania do Altíssimo. Isto não quer dizer, entretanto, que devemos ser passivos frente a estas mazelas. Pelo contrário, afinal como tantas vezes nós mesmos oramos pedindo, e o Senhor se apraz em nos usar para cumprir os seus propósitos, sermos Cristo na terra, anunciando sua mensagem de amor e salvação, em palavras e, sobretudo, em atitudes. Portanto, enquanto aguardamos o agir de Deus em punir os cruéis deste mundo, cabe a nós denunciar suas crueldades, combatê-las e cuidar daqueles que por ela são atingidos.
Outro ponto importante e muito contemporâneo que temos por objetivo elucidar nesta lição é acerca do servo do Senhor se gloriar na dor humana – ainda que esta seja sobre seus “inimigos”. Apesar de um cenário político que incita o prazer na violência com frases de efeito como “bandido bom é bandido morto”, temos de constantemente de nos submeter à penetrante Palavra do Espírito Santo, que nos convence dos nossos próprios pecados, e nos comissiona a pregar o amor de Deus ao PERDIDO. 
Como JESUS disse: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. (Marcos 2.17). Sob a ótica atemporal do Evangelho bandido bom é bandido convertido! 
A nossa luta continua não sendo contra pessoas, isto é carne ou sangue, mas sim contra principados e potestades, as hostes espirituais da maldade (Cf. Ef 6.10-12).
Reforce estas importantes lições para sua classe, como bem pontua o nosso escritor Ciro Zibordi no texto abaixo, deixando-nos uma reflexão extremamente necessária atualmente acerca do livro de Obadias. 
[...] Há cristãos (cristãos?) que elegem até irmãos como inimigos e alegam ter motivos “nobres” para se regozijarem com o aparente fracasso deles. Que tipo de vida cristã é essa?”
No menor livro do Antigo Testamento (Obadias) há grandes lições. Uma das perguntas que ele responde é a seguinte: Qual deve ser a nossa reação quando vemos um inimigo enfrentando um infortúnio?
Segundo a Bíblia, os nossos reais inimigos são os principados, as potestades, as hostes espirituais da maldade, os príncipes das trevas deste século, e não as pessoas (Ef 6.10-12). 
[...] Obadias pregou numa época em que a cidade de Jerusalém estava sob o ataque violento da Babilônia. E os vizinhos de Jerusalém, os edomitas, estavam torcendo para que os exércitos inimigos os matassem e os destruíssem, como lemos em Salmos 137.7: “Lembra-te, SENHOR, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a, até aos seus alicerces”.
Ao que o Senhor disse: “Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia”. (Obadias 12)
Observe que as aludidas palavras de escárnio e desprezo, mencionadas em Obadias v.12, foram pronunciadas por parentes consanguíneos dos judeus! 
Afinal, os edomitas eram descendentes de Esaú, irmão de Jacó. E, por isso, Obadias condenou os edomitas por se regozijarem com o sofrimento dos judeus.
Ao final, os filhos de Edom, que pensavam estar comemorando uma vitória com sabor de mel, experimentaram, na verdade, uma derrota com sabor de fel.
Portanto, se alguém que nos tem prejudicado, de alguma maneira, está sofrendo, não devemos, como servos do Senhor, ter o prazer da vingança. 
As Escrituras nos ensinam: “Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar” (Pv 24.17).
Em vez de zombarmos do suposto fracasso de alguém, devemos manter uma atitude de compaixão e perdão, pois “Horrenda coisa é cair na mão do Deus vivo” (Hb 10.31). E é isso que estão buscando os crentes que cantam “Tem sabor de mel, tem sabor de mel” ao verem sofrendo o seu irmão (que eles consideram inimigo).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Os Títulos de Jesus Cristo - Jovens.

Lição 5 - Os Títulos de Jesus Cristo 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-Filho do Homem
II-Filho de Davi
III-Messias
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir sobre a denominação de Filho do Homem;
Associar o título Filho de Davi à natureza profética e majestática do ministério de Cristo;
Apresentar o conceito de messianidade como central no Cristianismo.
Palavras-chave: Jesus Cristo.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Marcelo Oliveira:
INTRODUÇÃO
Quem é Jesus? Uma pergunta parecida foi feita pelo próprio Senhor aos seus discípulos no primeiro século de nossa era (Mt 16.13). No século XXI essa mesma indagação continua a fazer sentido. 
Muitos podem acreditar que Jesus de Nazaré é um sábio. Outros apostam nEle como um simples profeta religioso. Há os que dizem que Jesus é um guru espiritualista que nos ajuda a aplainar a vida. Seria Ele um mestre da moral? Ou o maior psicólogo que já existiu? Ou o maior filósofo que peregrinou por este mundo? Ou ainda o maior líder que empreendeu o projeto mais arrojado da era humana? 
Embora Jesus fosse admirado por sua sabedoria, Ele não era um simples sábio. Embora fosse o profeta que denunciou a podridão do sistema religioso e político de sua época, e abraçou os pobres e vulneráveis esmagados por esse sistema, Ele não era somente um profeta. Embora trouxesse um equilíbrio que faltava às vidas dos que lhe ouviam, Ele não era um guru ou mero mestre da moral. Embora fosse o médico da alma humana, e curasse as feridas que dilaceravam o interior da pessoa, Ele não era um mero psicólogo. Embora trouxesse um novo modo de pensar e agir, Ele não era um mero filósofo. Embora tivesse treinado e enviado pessoas simples que impactaram o mundo para sempre, Ele não era um líder de projetos meramente terrenos. Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus, era muito mais que tudo isso.
O escritor britânico C. S. Lewis, referiu-se assim a respeito do nosso Senhor, acerca da sua identidade:
Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a seu respeito: “Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus”. Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático — no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido — ou então o diabo em pessoa.1  
Em seguida, o escritor britânico arremata categoricamente:
Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la.2 
Não há opção acerca da identidade de Jesus senão pelos testemunhos dos que estiveram com Ele, e por inspiração do Santo Espírito, foram registrados nas Sagradas Escrituras. Não importa o que o pensamento humano vislumbra sobre Jesus. Num tempo marcado por várias desfigurações acerca da identidade de nosso Salvador é uma tarefa importante debruçarmo-nos sobre o que as Sagradas Escrituras revelam acerca da identidade do Divino Mestre. Para isso, vamos analisar neste capítulo três títulos cruciais para o estudo da Cristologia: “Filho do Homem”, “Filho de Davi” e “Messias”. Nosso objetivo com este capítulo é, que ao final, você possa responder convictamente: “Quem é Jesus?”
I - FILHO DO HOMEM
Iniciaremos o nosso caminho pela análise da expressão “Filho do Homem”. Ela aparece no Antigo Testamento, de maneira mais abundante, no livro do profeta Ezequiel e também no livro do profeta Daniel. Nosso Senhor faz uma autorreferenciação dela no Novo Testamento, nos Evangelhos Sinóticos. Uma vez compreendida sua força semântica no Antigo Testamento, bem como confirmada e ampliada no Novo pelo próprio Jesus, podemos, então, estabelecer o paradigma de “Filho do Homem” em contraste com as falsas impressões contemporâneas a respeito da pessoa do nosso Salvador. 
O uso e a origem do “Filho do Homem” no Antigo Testamento
Em nossos cultos pentecostais, a expressão “Filho do Homem” é familiar. Quem não se lembra de pregações ungidas a partir do texto bíblico de Ezequiel 2.1: “E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo”? De fato, para nós, é um texto familiar. Entretanto, por acaso você já se perguntou a respeito do significado da expressão? O que ela quer revelar? Que conotação quer apresentar?
A expressão é usada mais de 80 vezes no livro do profeta Ezequiel.3 Do hebraico  ben’adam — filho de Adão. O teólogo David R. Nichols atribui seu significado a “um primeiro membro da humanidade”.4  Tom Craven, especialista em Antigo Testamento, diz que a expressão é regularmente traduzida como ser humano ou homem.5  Ou seja, em Ezequiel, “Filho do Homem” refere-se ao que é humano, que pertence à descendência de Adão, membro da humanidade. 
A expressão também aparece no livro de Daniel. O texto bíblico clássico em que a expressão é revelada no livro de Daniel é:
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído (7.13,14) (Grifo meu).
No livro de Daniel, a expressão tem uma ligeira mudança em relação ao de Ezequiel. Nele, “Filho do Homem” refere-se “a uma figura humana especial que recebe o dom celeste de soberania”.  Traz a ideia de um homem especial que recebe mandatos divinos para desempenhar uma função na economia espiritual. 
É o que vemos no capítulo 7 de Daniel, em que “Filho do Homem” encontra-se. O capítulo trata do “sonho e visões” que o profeta Daniel teve em sua cama (v.1). A partir do versículo nove, a imagem de um tribunal aparece, de onde Deus, representado por um ancião de cabelos brancos e roupa branca (v. 9), julga “os quatro animais”. No versículo 13, aparece um “como o filho do homem” que recebe “soberania eterna, glória e realeza sobre todas as nações”.7  Aqui, a expressão “Filho do Homem” agora recebe uma referência semântica associada aos atributos divinos para cumprir o seu papel no juízo de Deus e no estabelecimento de seu Reino. “Filho do Homem” agora sai de uma dimensão terrena para adentrar em uma espiritual. É o que nos diz o teólogo David R. Nichols:
Note a mudança sutil que ocorre aqui. Em Daniel, o Senhor Deus, o Ancião de Dias, é quem julga; o Filho do Homem simplesmente aparece diante dEle. Aqui, o Filho do Homem fica sendo o agente: quebra os dentes dos pecadores e arranca reis dos seus tronos. Em outras palavras, nos séculos entre o Antigo e o Novo Testamento, os judeus atribuíam ao Filho do Homem apocalíptico um papel muito mais ativo quanto ao levar a efeito o juízo divino e o Reino de Deus.8    
Compreender essa sutil transição entre “Filho do Homem”, em Ezequiel, para “Filho do Homem”, em Daniel, é importante para compreendermos o uso da expressão feita por Jesus nos Evangelhos. Nesse sentido, podemos nos perguntar: Jesus usou a expressão “Filho do Homem” para apresentar a si mesmo como um membro da humanidade (conforme o livro de Ezequiel) ou como o “Filho do Homem” divino, que introduzirá o Reino de Deus e dará conta do tempo do fim (conforme o livro de Daniel)?    
A autorreferenciação de Jesus como “Filho do Homem”
O Filho do Homem estava presente na Terra, mas ainda está por vir com poder e glória. O ministério de Jesus no mundo tem esses dois aspectos. Ele viveu plenamente sua humanidade no mundo, mas, a partir de seu corpo glorioso, virá com poder e grande glória. Não por acaso a expressão “Filho do Homem”, empregada por Jesus nos Evangelhos, dá conta desse duplo aspecto.
De pronto podemos dizer que a expressão hyios tou antrõpou — Filho do Homem, empregada pelos evangelistas, pode significar o homem como descendente de Adão e Eva. Note a resposta de Jesus no seguinte versículo: “E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20 — grifo meu). Aqui, a expressão Filho do Homem refere-se a característica provisória e humilde de seu ministério, a sua dimensão de homem comum, tal como no livro do profeta Ezequiel. Nesse sentido, Jesus era um homem comum que tinha um estilo de vida simples. Não há nEle lugar para a arrogância e soberba. O Novo Testamento registra que o Salvador sempre se portou como um de nós. Por isso, a humanidade de Jesus nas Sagradas Escrituras é de relevância ímpar. Num contexto em que muitos tendem a divinizar o que é humano, o aspecto da humanidade de Cristo é um antídoto contra essa tendência. Nosso Senhor viveu a sua divindade no “barro”.
Entretanto, a expressão “Filho do Homem”, usada por Jesus, também tem uma conotação divina e espiritual conforme vimos no livro do profeta Daniel. Atente para Lucas 12.40: “E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (grifo meu), e compare-o com este versículo: “E olhei, e eis uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda” (Ap 14.14 — grifo meu). Comparando também este versículo com Daniel 7.13,14, o teólogo Timothy P. Jenney diz: “A pessoa que estava sentada ‘sobre a nuvem’ é Jesus Cristo (14.14) e a frase ‘semelhante ao Filho do Homem’ tem a finalidade de lembrar aos leitores o que Daniel disse em 7.13,14”. Lembra-se do um “como o Filho do Homem” em Daniel? É uma relação clara do “homem especial” que recebeu soberania eterna, glória e realeza no Reino de Deus. 
O texto do apóstolo Paulo em Filipenses 2.5-11 pode ser muito esclarecedor para essa dupla vocação de Cristo: 
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. 
Embora a expressão “Filho do Homem” não apareça nas cartas paulinas, os versículos 5-8 destacam claramente a característica humana de Cristo, seu esvaziamento da glória divina para viver a plena humanidade em obediência a Deus. A frase “aniquilou-se a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem” deve ser comparada com esta porção do próprio texto: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra”. Está muito presente, aqui, a plena humanidade de Jesus e, ao mesmo tempo, sua natureza divina. 
Portanto, podemos dizer que a proposição “Filho do Homem”, tanto em Ezequiel quanto em Daniel, está expressa, com toda força, em Filipenses. Assim, concluímos que a expressão empregada pelo próprio Senhor traz a carga semântica de sua plena humanidade, bem como seu mandato messiânico para estabelecer o Reino de Deus no mundo.     
O paradigma de Jesus para nossas autoavaliações
A flexibilidade da expressão “Filho do Homem” nas Escrituras é notável. O Filho do Homem veio à Terra, viveu literalmente como homem (Ezequiel) e ainda virá com poder e glória (Daniel). 
O fato de nosso Senhor ser um homem literal é extraordinário. As Escrituras expõem sua humanidade de maneira retumbante. A Bíblia diz que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). O mesmo evangelista João disse que suas mãos tocaram a “Palavra da Vida” (1 Jo 1.1), “e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo” (1 Jo 4.3). Logo, qualquer movimento que negue a humanidade do nosso Senhor está enredado no “espírito do Antricristo”.
Em Jesus, não há lugar para mentiras espirituais ou falsa realidade. As Escrituras revelam a realidade humana, mostrando que o ser humano nasce, mas morre; planta, mas colhe; fere, mas cura; chora, mas ri; espalha pedras, mas as junta também; abraça, mas se afasta; busca, mas perde; guarda, e joga fora; rasga, mas costura; cala, mas fala; ama, mas também se aborrece; faz guerra, mas apazigua (Ec 1.1-8). Assim, o maior antídoto contra a falsa espiritualidade, ou o misticismo barato, é a humanidade de Jesus. Ela esfacela a idolatria dos homens. Aniquila a soberba humana. E revela qualquer insensatez. 
FILHO DE DAVI
Se Jesus é o “Filho do Homem”, Ele também é “Filho de Davi”. Este título tem uma equivalência com o caráter messiânico de Jesus Cristo. Em primeiro lugar, o título refere-se à realeza do Senhor Jesus. Essa percepção é clara no primeiro capítulo de Mateus. 
A Realeza de Jesus
Lembre-se da genealogia de Jesus Cristo no livro de Mateus. Ali, o evangelista sagrado tem o objetivo de unir Jesus a Abraão e a Davi, o rei da promessa messiânica, e mostrá-lo como aquEle que cumpriu tudo o que era necessário na história da salvação. É o que menciona o teólogo James B. Shelton aos leitores modernos do Evangelho de Mateus:
Os leitores da atualidade não devem esperar que este documento antigo se conforme com o conceito moderno de árvores genealógicas, sirva para os mesmos propósitos ou tenha a precisão que os registros hodiernos proporcionam. O ponto principal que Mateus ressalta é que Jesus estava numa família judaica e tinha sólidos laços com a sucessão real de Davi e, em última instância, com Abraão, o antepassado. (Grifo meu)9  
Nesse sentido, a expressão “Filho de Davi” mostrará Jesus Cristo como o legítimo herdeiro da aliança davídica. O Rei-Messias que saiu como o renovo das raízes do tronco davídico. Os textos que mencionam “Filho de Davi” são exatamente a Cura da filha da mulher Cananeia (Mt 15.22), a cura do cego de Jericó (Mc 10.47) e a entrada triunfal em Jerusalém (Mt 21.9-15). Aqui, nos deteremos escassa e modestamente, a respeito do episódio da mulher cananeia e da entrada triunfal de Jesus.   
O poder de cura do Filho de Davi
A mulher cananeia retratada no capítulo 15 de Mateus surge da região de Tiro e de Sidom. Lugar que marca a herança nacional de Jezabel, a rainha que foi casada com o rei Acabe de Israel, caracterizado pela adoração ao deus Baal e, tradicionalmente, hostil à adoração ao Deus de Israel. Por isso, Mateus ressalta a sua característica gentílica.  
Diferente do Evangelho de Marcos (Mc 7.24-30), que registra apenas um clamor, em Mateus a mulher cananeia aparece rogando a Jesus três vezes (15.22,25,27), chamando-o de Senhor (kyrie).10  O termo “Senhor” originalmente é uma palavra que diz respeito aos superiores — mestre, soberano, amo, proprietário. Naturalmente que, como o público leitor de Mateus era uma igreja estabelecida no primeiro século, os leitores dessa igreja considerariam uma titularidade divina a partir da oração suplicante da mulher.11  O motivo de sua oração suplicante: sua filhinha estava miseravelmente endemoninhada. A mulher faz essa súplica, dirigindo-se a Jesus como o “Filho de Davi”. De acordo com o teólogo James B. Shelton, “o uso que a mulher faz do título ‘Filho de Davi’ não serve apenas para Mateus enfatizar Jesus como Rei, mas também reconhece que a nação judaica é a primeira na agenda de salvação, visto que a salvação passa um Messias judeu”.12  É uma expressão que vem carregada de uma semântica que destaca a realeza de Jesus como o Rei-Messias. Ou seja, aquele que salvaria a nação de seu destino caótico.
Essa é a imagem que salta do texto: um Rei elevado diante de uma mulher gentílica, oriunda de uma terra idólatra. É o Rei dos reis relacionando-se com uma mãe sofredora, dilacerada pelo sofrimento de sua filha. Esse Rei surpreende-se com a fé dessa mulher e cura a sua filha. O Filho de Davi tem um poder sanador, pois também é o Filho de Deus.           
O anúncio do rei em sua entrada triunfal
O relato da entrada triunfal de Jesus pelas ruas de Jerusalém é o grande momento em que os judeus o receberam como rei, ao menos, por alguns instantes. Infelizmente, mais tarde, essa multidão foi manipulada pela elite religiosa judaica para pedir a crucificação de Jesus. 
O trecho bíblico traz uma imagem de grande vivacidade: “E as multidões, tanto as que iam adiante como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” (Mt 21.9 — grifo meu). A multidão reconheceu o reinado de Jesus. O uso oficial de um jumentinho manifesta a realeza dEle. O cumprimento da profecia de Zacarias atesta tal realidade (9.9). As vestes que Jesus usava revelam tal realeza. Enfim, o “Hosana ao Filho de Davi” confirma que o povo recebeu e amou o seu Rei. Assim, Jesus, o Filho de Davi, é o rei davídico por excelência. Ele é aliança de Deus com Davi encarnada nEle.
O Rei de Israel entrou glorioso pelas ruas de Jerusalém. Ele é rei! Ele é o Senhor! 
MESSIAS
Se Jesus é apresentado como o Filho do Homem, e o Filho de Davi, Ele também é apresentado como o Messias de Deus.  
Messias-Cristo-Ungido
Messias é um termo que aparece primeiramente em hebraico. A palavra é mãshîah, que significa “ungido”. No Antigo Testamento, o termo aparece como aquele que é ungido com óleo e capacitado pelo Espírito de Deus para fazer uma tarefa. A primeira ocorrência do termo mãshîah está em Levítico 4.3 e relaciona-se ao sacerdote: “se o sacerdote ungido pecar”. Também o termo aparece em 1 Samuel 24.6, referindo-se ao rei: “o ungido do SENHOR”. Há a ocorrência também em 1 Rs 19.16 em relação aos profetas: “Unja também Jeú [...] como profeta em seu lugar”. Entretanto, a ocorrência mais significativa para a Cristologia é a que aparece em relação ao episódio da unção de Davi como rei pelo profeta Samuel: “Samuel pegou o chifre do azeite e ungiu Davi no meio de seus irmãos. E, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi” (16.13).13 Veja como em Samuel está bem clara a relação da unção para o reinado e a capacitação do Espírito do Senhor. Essa perspectiva aparece exatamente com nosso Senhor Jesus. Este é o justo herdeiro da descendência de Davi, isto é, o Messias profetizado pelos profetas (Mq 5.2; Os 11.1; Is 61.1,2 cf. Lc 2.1-6; Mt 2.13-15,19,20; Lc 4.17-21; Jo 1.40,49), esperado pelos judeus e ungido pelo Espírito Santo para uma missão especial. É o que passamos a analisar agora no termo no Novo Testamento.  
No Novo Testamento o termo é christos para Ungido, Messias. Ele relaciona Jesus Cristo como o Senhor com a mesma força do termo proveniente do hebraico. Os textos de Lucas 4.18,19 e João 4.1-42 são os em que Jesus aparece mais claramente como o Messias. Entretanto, em toda a sua trajetória, nosso Senhor nunca falou abertamente sobre sua verdadeira identidade, talvez pela consciência a respeito do que os judeus esperavam de um Messias: um poderoso político que os libertasse da mão do império. Por isso, de maneira geral, em Jesus, o termo “significa o Único que pelo seu Espírito Santo e poder habita nos crentes e molda o caráter deles de conformidade com a sua semelhança (Rm 8.10; Gl 2.20; 4.19; Ef 3.17)”.14  O Cristo de Deus é o Messias que havia de vir. Não o Messias político, mas o ungido do Espírito para estabelecer um reino que não é deste mundo. “Além disso, o incomparável Messias divino, Jesus, não deixou de ser o Messias ao morrer na cruz, pois foi ali que aperfeiçoou a salvação. Depois, ressuscitou dentre os mortos e subiu até a presença do Pai, onde certamente continua sendo o Messias divino”.15  Ele é o Cristo da cruz e o Cristo do céu!
Tu és o Cristo!
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16): assim respondeu Pedro à pergunta de Jesus. Ele afirmou categoricamente que Jesus é o Cristo, isto é, o Messias. Essa confissão representava toda a esperança que os discípulos tinham em relação à libertação de Israel e o estabelecimento do Reino de Deus na Terra. Foi também uma resposta sucedida por uma bênção de Cristo: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.17 — grifo meu). Ou seja, o que Pedro afirmou não foi por consequência meramente intelectual, raciocínio humano ou algo semelhante. Foi uma revelação diretamente vinda do Pai.
É importante ressaltar que o texto de Mateus revela as elucubrações que as pessoas haviam feito acerca da identidade de Jesus. Para uns Jesus era João Batista; para outros, Elias; para terceiros, Jeremias; ainda, um dos profetas. Era uma imagem distorcida a respeito do Salvador. Diante das confusões de interpretação quanto à identidade de Jesus, a resposta de Pedro foi reveladora.   
Jesus é o Cristo de Deus! Que resposta extradordinária! Imagine alguém em pleno século XXI afirmar: “Eu sou deus”. Seria um escândalo, não é mesmo? Essa era a mesma dificuldade para os contemporâneos de Jesus acreditar que diante dos olhos deles estava o Messias profetizado pelos profetas. Só o próprio Deus poderia revelar e confirmar no coração de Pedro a verdadeira identidade de Jesus: “Tu és o Cristo”!    
Quem é Jesus para nós hoje?
Ravi Zacharias, importante apologista cristão, descreve assim a respeito do prognóstico da suposta crise de identidade a respeito de Jesus Cristo no Ocidente:
Na década de 1980, assisti a uma palestra proferida em conjunto por Francis Shaeffer e C. Everett Koop, ex-cirurgião geral dos Estados Unidos. Naquela conversa, Schaffer fez um comentário que me pegou de surpresa. Ele disse que nós, do Ocidente, estávamos nos aproximando do dia em que o nome de Jesus não seria reconhecido pelo jovem comum; e se fosse reconhecido, nenhum fato histórico sobre Ele seria conhecido. Na época, achei sua declaração um pouco difícil de engolir e me perguntei se ele havia dito isso apenas para ser provocativo. Porém, uma geração mais tarde, isso está parecendo ser bem verdade. Acho um tanto surpreendente o fato de o nome de Jesus ser profanado com muita regularidade — e isso não acontece apenas no Ocidente. Ninguém se atreveria a usar o nome de Maomé da mesma forma. E com certeza nenhum hindu que conheço usaria o nome de qualquer uma de suas divindades com tal desrespeito.16   
A descrição de Ravi Zacarias traz muita exatidão para o problema. O Jesus apresentado em muitos lugares simplesmente não é o Jesus das Escrituras Sagradas. Há uma tendência de apresentar Jesus no debate público ou em outros lugares de maneira completamente distorcida. O “crucificado” não é apresentado. O Rei nem um pouco é mencionado. O Salvador, o Messias, desprezado. Sim, para muitos, infelizmente, o Cristo bíblico é rechaçado. Isso acontece porque o Jesus da Bíblia não se encaixa em qualquer ideologia humana ou modismos doutrinários. Pode-se até fazer um recorte do que Ele diz e fez para encaixar no próprio pensamento, mas ignorando as implicações incômodas do Cristo, o Filho do Deus vivo. 
É preciso não se envergonhar de proclamar o Cristo da Bíblia: O Crucificado e o Ressuscitado.     
CONCLUSÃO
Neste capítulo, vimos que Jesus é o “Filho do Homem”. Essa expressão tem uma conotação da humanidade plena de nosso Senhor, bem como sua messianidade para estabelecer o Reino de Deus no mundo. Vimos também que Jesus é o “Filho de Davi”, o legítimo herdeiro da aliança davídica. Ele é o Rei dos reis. Finalmente, Ele é o Messias, o Filho do Deus vivo. Aquele que há de estabelecer o Reino de Deus para sempre.
Esses três títulos identificam Jesus e pontua a face humana e divina do nosso Salvador. Qualquer proclamação que ignore a perspectiva humana e divina de Jesus é incompleta. Se o nosso Senhor esvaziou-se da glória e fez-se semelhante aos homens, Deus também o exaltou soberanamente; se Deus o exaltou soberanamente, Ele também se esvaziou de sua glória e fez-se semelhante aos homens (Fp 2.5-11).
Lembra-se da pergunta, “Quem é Jesus?”, que fizemos na introdução? Definitivamente Jesus não pode ser visto como um mestre de moral, ou um revolucionário. Muito menos como alguém distante de nós, que está longe de nossas necessidades. Jesus é aquele apresentado nas Escrituras: o Filho do Homem, o Filho de Davi e o Messias. Qualquer imagem de nosso Senhor que não leve em conta essa tríade bíblica está incompleta. Jesus é Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. Comentário Bíblico. Vol. 2. 3.ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2001.
Dicionário Vine. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
LEWIS, C. S. Cristianismo Puro e Simples. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
STRONSTAD, Roger. A Teologia Carismática de LucasTrajetórias do Antigo Testamento a Lucas-Atos.  Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
ZACHARIAS, Ravi. Quem é Jesus: Contrapondo sua Verdade à Falsa Espiritualidade dos Dias Atuais. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
                                                                             
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Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 LEWIS, C. S. Cristianismo Puro e Simples. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p.69. 
2 LEWIS, C. S., 2009, pp.69-70. 
3 BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. Comentário Bíblico. Vol. 2. 3.ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2001, p.69.  
4 HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.310. 
5 BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J., 2001, p.69.  
6 Ibidem, p.298. 
7 Ibidem, p.298 
8 HORTON, Stanley (Ed.)., 1996, pp.311-12. 
9 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.  Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.14. 
10 A palavra é proveniente de kyrios
11 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger, 2003, p.98. 
12 Ibidem.
13 Aqui, não posso deixar de fazer uma referência em relação à ação do Espírito Santo no Antigo Testamento, especificamente a ação do Espírito na unção de Saul e de Davi quando da instalação da Monarquia de Israel. Veja o que o teólogo Roger Stronstad diz: “A fundação da monarquia para suceder aos juízes é caracterizada pela manifestação repentina e intensa de atividade carismática concentrada nos dois primeiros reis de Israel, Saul e Davi. Completando a unção que Saul recebera por Samuel, o Espírito do Senhor veio sobre ele, e ele profetizou (1 Sm 10.1-10). O Espírito do Senhor viria sobre Saul mais duas vezes  (1 Sm 11.6; 19.23) e uma vez em seus mensageiros (1 Sm 19.20) antes de Saul perder o reinado para Davi. Assim  como o Espírito do Senhor veio sobre Saul quando ele também foi ungido por Samuel (1 Sm 16.13; 2 Sm 23.2). Com os descendentes de Davi, a monarquia em Israel tornar-se hereditária e perde o caráter  carismático que era evidente na unção de Saul e Davi” (STRONSTAD, Roger. A Teologia Carismática de LucasTrajetórias do Antigo Testamento a Lucas-Atos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.35). Assim, o símbolo da unção sobre alguma pessoa estava relacionado diretamente com o agir do Espírito do Senhor. Isso tem uma simbologia graciosa quando o Evangelista Lucas descreve o momento em que Jesus lê as Escrituras na Sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu [...]” (Lc 4.18).
14 Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.522.
15 HORTON, Stanley (Ed.)., 1996, pp.316.
16 ZACHARIAS, Ravi. Quem é Jesus: Contrapondo sua Verdade à Falsa Espiritualidade dos Dias Atuais. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.166.

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Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - A Unidade da Raça Humana - Adultos.

Lição 5 - A Unidade da Raça Humana 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A UNIDADE RACIAL DO SER HUMANO 
II – A UNIDADE LINGUÍSTICA ORIGINAL DA HUMANIDADE
III – EM CRISTO, TODOS SOMOS UM

A DOUTRINA DA UNIDADE DA RAÇA HUMANA
Claudionor de Andrade
Em minha viagem às Terras Bíblicas, tive o prazer de confraternizar-me com irmãos, em Cristo, dos mais recuados continentes. Alguns eram da África; outros, das Américas e; ainda outros, da Ásia, da Europa e da longínqua Oceania. Apesar das barreiras linguísticas que nos separavam, nossa comunhão no Espírito Santo era plena. Sabíamos que compartilhávamos dupla herança: no primeiro Adão, a genética e a maldição do pecado original; em Jesus Cristo, porém, o Último Adão, éramos todos coerdeiros das Boas Novas do Evangelho.
Não obstante os idiomas que falávamos, as culturas que nos matizavam os trajes e os tons tão diversos de nossas peles, estávamos cientes de que a unidade da espécie humana não era apenas um fenômeno antropológico, mas uma proposição aureamente bíblica. Em nosso caso, havia também o vínculo espiritual.
Naqueles momentos, convencia-me de que a diversidade do ser humano é apenas aparente e periférica; interiormente, somos todos filhos de um mesmo pai e de uma única mãe: Adão e Eva. E, no Salvador Amado, irmãos diletos. A unidade humana, por conseguinte, é algo pétreo; ditador algum é capaz de esfacelá-la. Por isso, aproveitemos esse maravilhoso elo para cumprir a Grande Comissão, que nos confiou o Senhor Jesus Cristo, pouco antes de sua ascensão aos Céus: evangelizar todos os filhos de Adão até aos confins da Terra. Se há, como de fato há, unidade genética, haverá também unidade espiritual. Aliás, essa é uma realidade que, como Igreja de Cristo, já desfrutamos.   
Neste tópico, comprovaremos que a unidade da espécie humana não é invencionice bíblica nem verbosidade teológica, mas uma verdade que pode ser comprovada também pela história e pela ciência.
1. A unidade da espécie humana. A unidade absoluta da espécie humana não é apenas uma proposição, mas uma doutrina, segundo a qual toda a humanidade provém de um mesmo tronco genético. Ou seja: todos originamo-nos em Adão e Eva, conforme o apóstolo Paulo deixou bem claro aos filósofos epicureus e estoicos reunidos, no Areópago em Atenas, a fim de inquiri-lo acerca da doutrina cristã:
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. (At 17.24-28)
Essa teologia é conhecida, também, como o monogenismo bíblico. Nesse sentido, o ensino cristão difere tanto da mitologia quanto dos falsos postulados científicos. 
Se examinarmos a história de cada povo, com exceção a de Israel, veremos que todas as tribos e nações reivindicam uma gênese heroica e mitológica, que as remete à paternidade de um deus local. Embalado por essas crenças, o Evolucionismo de Darwin, apesar de suas roupagens científicas, é tão mitológico quanto os poemas de Homero, Hesíodo e Virgílio. Tanto as falsas religiões como a falsa ciência são incapazes de ver a origem comum da humanidade, que nos liga a Adão e Eva e, finalmente, ao Deus Único e Verdadeiro.   
2. Os fundamentos bíblicos da unidade da espécie humana. A unidade da raça humana jamais foi posta em dúvida pelos autores das Sagradas Escrituras. Do Gênesis ao Apocalipse, todos os seres humanos são vistos como procedentes de um único tronco genético (Gn 1.26-28). Portanto, todos nós, apesar de nossas aparentes diversidades, somos filhos de Adão e Eva (At 17.24-28).
Essa proposição tem sérias implicações quanto à doutrina do pecado e da salvação, conforme explica muito bem o apóstolo Paulo aos irmãos de Roma:
Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.  Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir. Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. (Rm 5.12-16, ARA)
Tendo em vista as implicações soteriológicas do monogenismo adâmico, o Senhor Deus convocou Abraão, como o pai da nação messiânica, por meio do qual abençoou todas as famílias da Terra (Gn 12.1). De fato, vindo o Filho de Deus a este mundo, na plenitude dos tempos, alcançou, por intermédio de sua morte na cruz, todos os povos (Gl 4.4). Hoje, a salvação não se acha restrita a Israel, mas é oferecida gratuitamente a todos os povos. O que crer e for batizado será salvo. 
3. Os fundamentos históricos da unidade da espécie humana. Basta lermos qualquer compêndio de história universal, para concluirmos que, conquanto haja divergências teológicas e culturais entre os diversos povos, todos se tratam como procedentes de um só tronco genético.De modo geral, todas as tribos e nações, das mais atrasadas às mais adiantadas, não ignoram esta verdade áurea: todos os homens, sem qualquer exceção, são irmanados em Adão e Eva. Aliás, se examinarmos os seus mitos e lendas verificaremos que, em suas bases, há certo fundo de verdade, que acaba por remeter-nos à narrativa do Gênesis. Mas as verdades, que temos aqui preservadas integral e sobrenaturalmente, foram corrompendo-se fora da comunidade de Sem e de Abraão, desde a dispersão de Babel, até descambar em mitos grosseiros, ridículos e pecaminosos. Enfim, a herança adâmica da humanidade não pode ser negada por nenhum povo.
4. Os fundamentos científicos da unidade da espécie humana. Até mesmo os cientistas de Hitler sabiam que os povos tidos, por eles, como inferiores, em nada diferiam, clínica e anatomicamente, dos altos, fortes e garbosos arianos. Tanto é que, submetendo judeus, eslavos e ciganos a experimentos médicos desumanos, visavam à cura dos saudáveis alemães e austríacos. Nos inferiores, pesquisavam as curas dos superiores; contradição das contradições.
Conscientemente, os médicos nazistas sabiam que, como todos os seres humanos provêm de um mesmo tronco genético, o sangue de um judeu podia ser transfundido num alemão e vice-versa. Sabiam, também, que a cura de um judeu podia representar a recuperação de um eslavo, de um cigano ou de um puro alemão. Tais homens de ciência, embora perversos e assassinos, não eram tolos. Ao abrirem um corpo, independentemente da pele que o recobria, viam nele todas as etnias e povos, porque interiormente somos todos iguais.
Na condição de transplantado hepático, não sei se o meu doador era branco, negro ou amarelo. Sei apenas que, como filhos de Adão e Eva, não somos incompatíveis uns aos outros. Sempre haverá alguém, quer nesta etnia, quer naquele povo, que nos poderá ajudar doando-nos uma parte de seu corpo e uma parcela de seu organismo. Se viéssemos de vários troncos genéticos, como querem alguns evolucionistas, a sobrevivência da humanidade seria impossível. 
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Lição 04 - 1º Trimestre 2020 - Papai, presente do Papai do Céu - Berçário.

Lição 04 - Papai, presente do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2020 
Objetivo da lição: Que o bebê perceba que o papai ensina aos filhos as coisas de Deus.
É hora do versículo: “Olhe para o céu e conte as estrelas” (Gênesis 15.5).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre o bebê Isaque e o seu papai, Abraão. Isaque foi um presente do Papai do Céu para o papai Abraão e o papai Abraão foi um presente para o bebê Isaque. Abraão amava o seu filho e por isso lhe ensinou as coisas sobre o Papai do Céu. Eles eram muito felizes!
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem um sorriso na criança e no papai. Em seguida podem colorir o desenho. Diga que o amor do Papai do Céu pelo bebê é como o amor do papai.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário