Lição 5 - A Unidade da Raça Humana
1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A UNIDADE RACIAL DO SER HUMANO
II – A UNIDADE LINGUÍSTICA ORIGINAL DA HUMANIDADE
III – EM CRISTO, TODOS SOMOS UM
I – A UNIDADE RACIAL DO SER HUMANO
II – A UNIDADE LINGUÍSTICA ORIGINAL DA HUMANIDADE
III – EM CRISTO, TODOS SOMOS UM
A DOUTRINA DA UNIDADE DA RAÇA HUMANA
Claudionor de Andrade
Em minha viagem às Terras Bíblicas, tive o prazer de confraternizar-me com irmãos, em Cristo, dos mais recuados continentes. Alguns eram da África; outros, das Américas e; ainda outros, da Ásia, da Europa e da longínqua Oceania. Apesar das barreiras linguísticas que nos separavam, nossa comunhão no Espírito Santo era plena. Sabíamos que compartilhávamos dupla herança: no primeiro Adão, a genética e a maldição do pecado original; em Jesus Cristo, porém, o Último Adão, éramos todos coerdeiros das Boas Novas do Evangelho.
Não obstante os idiomas que falávamos, as culturas que nos matizavam os trajes e os tons tão diversos de nossas peles, estávamos cientes de que a unidade da espécie humana não era apenas um fenômeno antropológico, mas uma proposição aureamente bíblica. Em nosso caso, havia também o vínculo espiritual.
Naqueles momentos, convencia-me de que a diversidade do ser humano é apenas aparente e periférica; interiormente, somos todos filhos de um mesmo pai e de uma única mãe: Adão e Eva. E, no Salvador Amado, irmãos diletos. A unidade humana, por conseguinte, é algo pétreo; ditador algum é capaz de esfacelá-la. Por isso, aproveitemos esse maravilhoso elo para cumprir a Grande Comissão, que nos confiou o Senhor Jesus Cristo, pouco antes de sua ascensão aos Céus: evangelizar todos os filhos de Adão até aos confins da Terra. Se há, como de fato há, unidade genética, haverá também unidade espiritual. Aliás, essa é uma realidade que, como Igreja de Cristo, já desfrutamos.
Neste tópico, comprovaremos que a unidade da espécie humana não é invencionice bíblica nem verbosidade teológica, mas uma verdade que pode ser comprovada também pela história e pela ciência.
1. A unidade da espécie humana. A unidade absoluta da espécie humana não é apenas uma proposição, mas uma doutrina, segundo a qual toda a humanidade provém de um mesmo tronco genético. Ou seja: todos originamo-nos em Adão e Eva, conforme o apóstolo Paulo deixou bem claro aos filósofos epicureus e estoicos reunidos, no Areópago em Atenas, a fim de inquiri-lo acerca da doutrina cristã:
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. (At 17.24-28)
Essa teologia é conhecida, também, como o monogenismo bíblico. Nesse sentido, o ensino cristão difere tanto da mitologia quanto dos falsos postulados científicos.
Se examinarmos a história de cada povo, com exceção a de Israel, veremos que todas as tribos e nações reivindicam uma gênese heroica e mitológica, que as remete à paternidade de um deus local. Embalado por essas crenças, o Evolucionismo de Darwin, apesar de suas roupagens científicas, é tão mitológico quanto os poemas de Homero, Hesíodo e Virgílio. Tanto as falsas religiões como a falsa ciência são incapazes de ver a origem comum da humanidade, que nos liga a Adão e Eva e, finalmente, ao Deus Único e Verdadeiro.
2. Os fundamentos bíblicos da unidade da espécie humana. A unidade da raça humana jamais foi posta em dúvida pelos autores das Sagradas Escrituras. Do Gênesis ao Apocalipse, todos os seres humanos são vistos como procedentes de um único tronco genético (Gn 1.26-28). Portanto, todos nós, apesar de nossas aparentes diversidades, somos filhos de Adão e Eva (At 17.24-28).
Essa proposição tem sérias implicações quanto à doutrina do pecado e da salvação, conforme explica muito bem o apóstolo Paulo aos irmãos de Roma:
Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir. Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. (Rm 5.12-16, ARA)
Tendo em vista as implicações soteriológicas do monogenismo adâmico, o Senhor Deus convocou Abraão, como o pai da nação messiânica, por meio do qual abençoou todas as famílias da Terra (Gn 12.1). De fato, vindo o Filho de Deus a este mundo, na plenitude dos tempos, alcançou, por intermédio de sua morte na cruz, todos os povos (Gl 4.4). Hoje, a salvação não se acha restrita a Israel, mas é oferecida gratuitamente a todos os povos. O que crer e for batizado será salvo.
3. Os fundamentos históricos da unidade da espécie humana. Basta lermos qualquer compêndio de história universal, para concluirmos que, conquanto haja divergências teológicas e culturais entre os diversos povos, todos se tratam como procedentes de um só tronco genético.De modo geral, todas as tribos e nações, das mais atrasadas às mais adiantadas, não ignoram esta verdade áurea: todos os homens, sem qualquer exceção, são irmanados em Adão e Eva. Aliás, se examinarmos os seus mitos e lendas verificaremos que, em suas bases, há certo fundo de verdade, que acaba por remeter-nos à narrativa do Gênesis. Mas as verdades, que temos aqui preservadas integral e sobrenaturalmente, foram corrompendo-se fora da comunidade de Sem e de Abraão, desde a dispersão de Babel, até descambar em mitos grosseiros, ridículos e pecaminosos. Enfim, a herança adâmica da humanidade não pode ser negada por nenhum povo.
4. Os fundamentos científicos da unidade da espécie humana. Até mesmo os cientistas de Hitler sabiam que os povos tidos, por eles, como inferiores, em nada diferiam, clínica e anatomicamente, dos altos, fortes e garbosos arianos. Tanto é que, submetendo judeus, eslavos e ciganos a experimentos médicos desumanos, visavam à cura dos saudáveis alemães e austríacos. Nos inferiores, pesquisavam as curas dos superiores; contradição das contradições.
Conscientemente, os médicos nazistas sabiam que, como todos os seres humanos provêm de um mesmo tronco genético, o sangue de um judeu podia ser transfundido num alemão e vice-versa. Sabiam, também, que a cura de um judeu podia representar a recuperação de um eslavo, de um cigano ou de um puro alemão. Tais homens de ciência, embora perversos e assassinos, não eram tolos. Ao abrirem um corpo, independentemente da pele que o recobria, viam nele todas as etnias e povos, porque interiormente somos todos iguais.
Na condição de transplantado hepático, não sei se o meu doador era branco, negro ou amarelo. Sei apenas que, como filhos de Adão e Eva, não somos incompatíveis uns aos outros. Sempre haverá alguém, quer nesta etnia, quer naquele povo, que nos poderá ajudar doando-nos uma parte de seu corpo e uma parcela de seu organismo. Se viéssemos de vários troncos genéticos, como querem alguns evolucionistas, a sobrevivência da humanidade seria impossível.
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD.
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