segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - A Teologia de Eliú: O Sofrimento É uma Correção Divina? Adultos.

 

Lição 11 - A Teologia de Eliú: O Sofrimento É uma Correção Divina? 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS
II – O SOFRIMENTO COMO MEIO DE REVELAR A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE DEUS
III – O SOFRIMENTO COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE DEUS 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que o sofrimento pode ser usado por Deus com fim pedagógico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Explicitar 
que Deus, como soberano, pode se revelar e falar por meio do sofrimento;
II – Destacar que a soberania de Deus não se sobrepõe ao seu amor;
III – Afirmar que Deus não tem prazer no sofrimento, mas pode usar as adversidades para nos educar.

PONTO CENTRAL
O sofrimento deve ser visto sob o aspecto pedagógico.

Vejamos o que o comentarista da lição, pastor José Gonçalves, discorre sobre A Pedagogia de Deus

Ao aflito livra da sua aflição e, na opressão, se revela aos seus ouvidos” (36.15). Uma importante contribuição teológica de Eliú no debate travado com Jó está no seu entendimento do valor pedagógico do sofrimento. Aqui nesse texto, ele diz que Deus, por meio da aflição e do sofrimento, abre os ouvidos com quem ele trata. Nesse aspecto, Jó estaria experimentando a disciplina do Todo-Poderoso. Mesmo pondo em realce os pecados que Jó cometera a partir da sua provação, Eliú, à semelhança dos seus amigos, parece convencido de que Jó estava sendo disciplinado pelos pecados anteriormente cometidos. Stadelmann (1997, p. 107) destaca que Eliú defende que “o sofrimento é um castigo salutar que exige aceitação livre do homem”. Jó deveria, portanto, aceitar o desígnio divino. 

Não há dúvida de que Jó foi moído pelo sofrimento, mas é inegável que ele cresceu por meio dele. Jó não sofreu para ser disciplinado de um comportamento errado, pois o próprio Deus já havia testemunhado a favor do seu comportamento exemplar (1.8). Ao ser provado, Jó exteriorizou atitudes que mereceram censura por parte do Criador. “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?” (38.2). Jó desconhecia aspectos ocultos da sua vida que o fogo da provação fez aflorar. Mesmo sem ter consciência disso, ele estava sendo tratado por Deus. 

R. C. Sproul (1999, pp. 305,306) destaca que 

às vezes, a presença da dor em minha vida traz o benefício prático de me santificar. Deus trabalha em mim através da aflição. Por mais desconfortável que a dor possa ser, sabemos que as Escrituras nos dizem constantemente que a tribulação é um meio pelo qual somos purificados e conduzidos a uma dependência mais profunda de Deus. Há um benefício a longo prazo que presumivelmente perderíamos não fosse pela dor que somos chamados a “suportar por um pouco”. As Escrituras nos dizem para suportar por um pouco, porque a dor que experimentamos agora não pode ser comparada com as glórias reservadas para nós no futuro. Do outro lado, o prazer pode ser narcótico e sedutor, de modo que quanto mais o apreciamos e mais o experimentamos, menos conscientes nos tornamos de nossa dependência e necessidade da misericórdia, auxílio e perdão de Deus. Prazer pode ser um mal disfarçado, produzido pelo Diabo para nos levar à ruína final. Essa é a razão por que a procura do prazer pode ser perigosa. Quer experimentando dor ou prazer, não queremos perder Deus de vista, e nem a necessidade que temos dEle.

Todo cristão que vive a fé cristã autêntica compartilha a experiência de Jó. O sofrimento é uma consequência da atual condição humana. Não há como evitá-lo. Dependendo da forma como é compreendido, o sofrimento pode produzir santos, mas também pode produzir ateus. Os santos, assim como Jó, buscam em Deus a razão pela qual Ele permite que o sofrimento aconteça. Os incrédulos não admitem que um Deus bom e soberano compartilhe com o sofrimento humano. Eles caem no ceticismo e na falta de sentido para a vida. O cristão sabe que não deve ignorar as palavras do apóstolo Pedro: “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse” (1 Pe 4.12).

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã 

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