quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Lição 1 - 1º Trimestre 2015 - Maternal 3 e 4 anos.

Lição 1

A história de um cestinho e um bebê
1° Trimestre de 2015
rev-maternal
Texto Bíblico - Êxodo 2.1-10.

Prezado professor, o objetivo desta lição é mostrar as crianças o cuidado de Deus e sua proteção. Este é o primeiro domingo em que você e sua classe se encontram, lembre-se de apresentar os novos coleguinhas que estão ingressando a turma.
PALAVRA CHAVE• A palavra chave para está aula é CUIDADO. Durante a aula procure repetir frases que afirmam sobre o cuidado de Deus. Como por exemplo, “Deus nunca nos abandona!” ou “Quando estiver com medo, confie em Deus, ele nunca nos abandona”. Deixe claro, que assim como Deus cuidou do bebê Moisés, ele cuida de todas as crianças.
PARA REFLETIR• Moisés nasceu no momento em que os filhos dos filhos de Israel eram mortos assim que viam ao mundo. Logo a gravidez não era algo a se comemorar, e sim fato que acarretava medo e insegurança. A história de Moisés nos trás grandes lições que nos são apresentadas desde seu nascimento. A ação de sua mãe nos propõe uma reflexão capaz de renovar nossas forças em Deus, pois ao colocar o bebê no rio, sua ação de fé foi correspondida, sendo Moisés resgatado e permanecido vivo com a permissão do Faraó. Confie em Deus e no seu cuidado!
CONHECENDO A FAIXA ETÁRIA
• São comuns a está idade (de 2 a 4 anos), o medo do escuro e o medo do abandono. O medo do escuro de acordo com a psicóloga Catiéli Malaguez Marques está relacionado ao, “instinto de sobrevivência e é desencadeado pela falta de conhecimento sobre algo, que se torna ameaçador e perigoso”. Para resolver essa questão não se deve obrigar a criança a ficar no escuro, e sim tranquiliza-la e explicar que não é preciso ter medo. O medo do abandono, explica como é dolorosa para algumas crianças a separação da mãe, ao ser deixado nas classes de escola dominical ou em qualquer outro ambiente. O maior medo da criança é que não voltem para buscá-la. Neste caso, o professor deve orientar aos pais que conversem com seus filhos, como é importante ir à escola dominical, que é um lugar onde aprendemos sobre Jesus, que é onde conhecemos novos amigos, e assegura-los de que voltará para busca-lo ao término da aula. Por isso, você professor deve enfatizar nesta aula, que Deus nos guarda no escuro quando estamos com medo, e nunca nos abandona, nem mesmo quando pensamos estar sozinhos.
E foi isso que ele fez com o bebê Moisés, levando ele em segurança pelo rio e protegendo sua vida.

Lição 1 - 1º Trimestre 2015 - Jovens.

Lição 1

Eu creio em Deus Pai1° Trimestre de 2015
rev-jovensINTRODUÇÃO
I – O ÚNICO DEUS VERDADEIRO (Is 44.6)
II – DEUS É IMANENTE E TRANSCENDENTE
(Dt 4.39; Is 57.15; Jr 23.23,24)
III – ACUSAÇÕES CONTRA A DOUTRINA DE DEUS
CONCLUSÃO
QUEM É DEUS?
Oséias 6.1
Prezado professor, estamos iniciando mais uma obra de relevância para a vida cristã da juventude de nossa igreja. E neste primeiro trimestre do ano de 2015, em que estaremos iniciando a revista de Jovens, aprenderemos a respeito de um tema crucial para a juventude de nossos dias: Conhecer a Deus. Para tanto, iniciaremos a lição fazendo a seguinte pergunta: quem é Deus? Neste caso, para praticarmos o que o profeta Oséias discorre em seu livro: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3), é necessário aprendermos a respeito da natureza divina através da sua Palavra.
Primeiramente, é importante considerarmos que Deus é o Criador dos céus e da terra, e tudo quanto subsiste neste universo (Cf. Gn 1; Jo 1.3); não há nada que esteja fora de Seu controle, pois todas as coisas estão bem claras e patentes diante de seus olhos. Outro aspecto relevante considera em que consiste a natureza de Deus: Ele simplesmente é pessoal e transcendental, ou seja, tem qualidades e está acima e além de todas as coisas (Cf. Sl 139; 1 Jo 3.20).
Por conta disso, possui uma terceira característica que o torna conhecido de todos: Ele mantém um relacionamento fiel com a sua criação. Deus se importa com a obra de suas mãos. Embora pareça que está tudo em desordem por conta do pecado, o Senhor Deus, ainda mantém tudo sob o seu controle, inclusive o homem, a peculiar obra de suas mãos. Em vista disso, o professor poderá através desta lição, refletir com seus alunos a respeito do conhecimento que possuem acerca do Criador e como se relacionam com Ele. Que tenhamos uma excelente aula!
1. Deus é o Criador
A princípio, para conhecermos a Deus, precisamos atentar que Ele, antes de tudo, é o Criador de tudo quanto existe e subsiste neste universo. Em Gênesis 1, vemos como Deus criou os céus e a terra, e o universo. Dessa forma, criação revela a veracidade de sua existência: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo” (Sl 19.1-4).
Assim, Ele também assume a responsabilidade de sustentar toda a obra de suas mãos (Cf. Jo 1.3; Cl 1.17). Ele cuida dos homens, em especial, daqueles que o servem com integridade e, por isso, é conhecido como o Deus da providência (Cf. Gn 22.14). Não há nada que fuja do controle do Senhor, visto que todas as coisas obedecem ao limite determinado por Ele (Jó 38.4-5, 8-11). E não há nada oculto aos olhos do Criador, pois todas as coisas estão bem patentes e claras perante os seus olhos (Hb 4.13).
Na obra Teologia Sistemática: Uma Nova Perspectiva Pentecostal, Horton declara: “O Deus onipotente não pode ser plenamente compreendido pelo ser humano, mas nem por isso deixou de se revelar de diversas maneiras e em várias ocasiões a fim de que o venhamos a conhecer. Deus não pode ser compreendido pela mera lógica humana, e nem sequer sua própria existência pode ser comprovada desta maneira. Com isso, queremos dizer que não estamos de forma alguma diminuindo os seus atributos, fazendo uma declaração confessional das nossas limitações e da infinitude divina. Nosso modo de entender a Deus pode ser classificado em duas pressuposições primárias: Deus existe; e Ele se revelou a nós de modo adequado através da sua revelação inspirada. Não se pode explicar Deus, mas somente crer nEle” (CPAD, 1996, p.151).
À vista do que podemos ver, Deus se manifestou de forma clara à sua criação e nela se revela, a fim de se fazer conhecer aos homens, de modo que todos venham a honrá-lo como Deus Criador e reconhecer a sua soberania.
2. Em que consiste a Natureza de Deus
Embora saibamos que Deus se revelou a humanidade por meio de suas obras, sua natureza divina é manifesta por meio de seus atributos em relação à sua criação, pelos quais, ele se comunica; e atributos de sua natureza, que revelam a essência de Deus, ou seja, quem Ele é. Sendo assim, é por meio de seus atributos que Deus se fez conhecer à humanidade e neles, encontramos em que consiste a natureza divina. Na obra, Teologia Sistemática, Eurico Bérgsten encontramos um breve estudo a respeito de como Deus se relaciona com a sua criação:
“Deus é uma personalidade divina que pode e quer se comunicar com a sua criação. A Bíblia manifesta os três atributos absolutos de Deus nessa sua comunicação, isto é, sua onipresença, sua onisciência e sua onipotência:
a) Deus é onipresente. Ele não está sujeito à matéria! Para Ele não existe espaço nem tempo. Deus se move com a mesma facilidade do nosso pensamento, que em um dado momento pode estar em um lugar e no instante seguinte em outro. Assim como o centro de uma circunferência está à mesma distância da periferia, assim também Deus está perto de qualquer ponto do universo (Cf. Sl 139).
b) Deus é onisciente. ‘Deus conhece todas as coisas’ (1 Jo 3.20). ‘O seu entendimento é infinito’ (Sl 147.5). A sua onisciência não é um resultado de seu esforço de aprender, ou coisa que alguém tenha lhe favorecido. Não existe nenhum que tenha dado algo para aumentar o saber de Deus (Cf. Rm 11.35; Jó 41.11). Até o mais alto grau da sabedoria ou da ciência que um homem possa atingir, tem em Deus a sua origem (Cf. 1 Co 4.7).
c) Deus é onipotente. O próprio Deus disse: ‘Eu sou Deus Todo-Poderoso’ (Gn 17.1); ‘Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?’ (Gn 18.14); ‘Eu sou o Senhor que faço todas as coisas’ (Is 44.24). A Bíblia afirma: ‘O poder pertence a Deus’ (Sl 62.11). Jesus chamou a seu Pai de ‘o Poder’ (Mt 26.64, ARC 1969) e disse : ‘A Deus tudo é possível’ (Mt 19.26), e ‘as coisas que são impossíveis aos homens, são possíveis a Deus’ (Lc 18.27). O anjo Gabriel disse: ‘Para Deus nada é impossível’ (Lc 1.37). Jó falou de Deus: ‘Bem sei eu que tudo podes’ (Jó 42.2). A onipotência de Deus significa que o poder dEle é ilimitado.
Da mesma maneira, Deus também se revela por meio dos atributos da sua natureza:
[...] Todas as características da sua Pessoa e da sua natureza não são apenas expressões de algumas atitudes que demonstra ou tem, mas constituem a própria substância, a essência da sua divindade. Assim, os atributos de Deus que correspondem a sua natureza são: verdade, perfeição, eternidade, fidelidade, santidade, justiça, amor, misericórdia, longanimidade e graça.” (CPAD, 2013, pp.30-40).
3. Como Deus se relaciona com a sua criação
Em vista disso, o Senhor Deus trata com a sua criação, a partir dos seus atributos, pelos quais, o homem se identifica com o seu Criador. Como vimos, por meio deles, Deus se faz conhecer ao homem. Porquanto, tanto as suas capacidades de onipresença, onipotência e onisciência, assim como as qualidades de sua natureza: verdade, perfeição, eternidade, fidelidade, santidade, justiça, amor, misericórdia, longanimidade e graça, são, de fato, peculiaridades de Deus, que Ele opera para que o homem reconheça a sua soberania, e também, aprenda a ser como o seu Criador, praticando tudo quanto, é agradável ao coração de Deus.
Além disso, Deus se importa com a sua criação, visto que o homem é a principal e mais excelente de todas as criaturas de Deus. Por isso, Ele cuida de tudo quanto envolve a humanidade, pois se importa, verdadeiramente com ela (Sl 8.3-8; Mt 10.29-31; Jo 3.16). No entanto, Deus tem um cuidado todo especial para com os seus. Os que servem a Deus recebem um tratamento diferenciado da parte do Criador, visto que são “filhos de Deus”, comprados por bom preço, e o Senhor os guarda e os guia por um caminho excelente. Não obstante, o pecado tenha gerado desordem na humanidade, ainda assim, o Criador resolveu estender a sua graça por meio de Cristo, a fim de que todos tenham uma nova oportunidade de tornarem a comunhão com Deus.
Considerações finais
Em virtude do que aprendemos até aqui, reafirmamos que, para conhecermos verdadeiramente a Deus, precisamos reconhecer a sua soberania. Ele é Deus, Ele é Senhor, e tudo quanto existe e subsiste está plenamente em suas mãos. Todas as coisas estão bem patentes aos seus olhos e nada foge do seu controle. Ele se manifesta de forma pessoal para com o homem, sua natureza é conhecida por meio dos seus atributos naturais e por meio daqueles que lhe são peculiares. A partir disso, Ele se relaciona com o homem, a principal e mais excelente de todas as suas criaturas. E, sobretudo, para com os seus filhos. Ele os guarda e os mostra qual o caminho que devem seguir.
Embora pareça que está tudo em completa desordem, tendo em vista que o mal é predominante sobre a terra, por conta do pecado do homem, ainda assim, Deus mantém o pleno controle sobre todas as coisas e sua presença transcende todas as coisas, porquanto, Ele é atemporal. Mesmo assim, Ele ama a obra de suas mãos e, a fim de demonstrar o seu incomensurável amor, Ele enviou o seu Filho Unigênito para morrer na cruz do calvário, para que todo aquele que nEle crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor, pois Deus deseja fazer-se conhecido aos seus servos, de modo que nos identifiquemos com Ele e vivamos para sua glória.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 2 - 1º Trimestre 2015 - Jovens!

Lição 2

Eu creio em Deus Filho1° Trimestre de 2015
rev-jovensINTRODUÇÃO

I – A CONCEPÇÃO DO FILHO DE DEUS E SEU NASCIMENTO VIRGINAL (Is 7.14; Mt 1.18-22)
II – A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO (Jo 1.41; 10.10; Lc 19.10)
III – HERESIAS A RESPEITO DA NATUREZA DE JESUS CRISTO
CONCLUSÃO
EVIDÊNCIAS DA DUPLA NATUREZA DE CRISTO
COLOSSENSES 2.9
Prezado professor, na lição desta semana, estudaremos a respeito das duas naturezas distintas encontradas em Jesus Cristo: a divina e a humana. O Filho de Deus, como é chamado nas Escrituras Sagradas, veio em forma de homem a este mundo, nascendo do ventre de uma virgem por intermédio da ação do Espírito Santo, e cumpriu a missão que lhe foi incumbida de proclamar a salvação aos perdidos e oprimidos, e trazê-los de volta a Deus. Embora, tenha deixado o trono da glória para cumprir o seu propósito, Cristo não abandonou a sua natureza divina, ele continua a se revelar como Deus Bendito e Poderoso, com seus atributos divinos.


Todavia, “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Cf. Fl 2.7), apresentando também todos os aspectos de um homem comum. Assim sendo, o Messias se entregou a morte, como um cordeiro mudo, ele não abriu a boca. Nosso Senhor cumpriu o propósito divino, para o qual foi enviado, de morrer na cruz do Calvário e, por meio de seu sangue derramado, trazer a redenção aos crentes e a remissão de seus pecados. Em razão disso, as Escrituras sagradas apresentam várias evidências que comprovam a deidade de Cristo, visto que tanto o seu lado humano, como o seu lado divino revelam ao mundo, a natureza do amor de Deus. Portanto, professor, é relevante que seus alunos compreendam a respeito da dupla natureza de Cristo, a fim de que possam buscar um relacionamento mais íntimo com o Cristo Deus.

1. A deidade de Cristo

As Escrituras confirmam a deidade de Cristo. Em várias passagens, Cristo apresenta aspectos que evidenciam a sua natureza divina. Na obra Teologia Sistemática de Eurico Bérgsten, podemos destacar alguns:
“a. Jesus é chamado Deus. ‘Do Filho diz: Ó Deus, o teu trono subsiste’ (Hb 1.8). Duas vezes Ele o chamou: ‘Meu Filho amado’ (Mt 3.17; Mc 9.7). Todo aquele, pois, que nega que Jesus é Filho de Deus, faz o próprio Deus mentiroso, ‘porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu’ (1 Jo 5.10).
b. Jesus possuía atributos divinos. Ele era(é) onipotente (Lc 4.35,36,41); onisciente (Jo 2.24; 4.16-19); onipresente (Mt 28.20; 18.20; 2 Co 13.4); imutável (Hb 3.8; Hb 1.12); eterno (Cl 1.17; Jo 1.1; Mq 5.2); adorado. Ele que afirmou: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás’ (Mt 4.10) e aceitou adoração (Mt 28.9-17; 14.33; 15.25). Veja também Hb 1.6.
c. Suas obras divinas provam a sua deidade. Jesus tomou parte na criação do mundo (Jo 1.3; Cl 1.16; 1 Co 8.6), e por Ele todas as coisas subsistem (At 17.28); realizou obras divinas (Jo 5.36; 10.25,37,38) e ressuscitou mortos (Lc 7.14,15; 8.54,55; Jo 11.39-44). Ele mesmo é a ‘Ressurreição e a vida’ (Jo 11.25; 5.25); também perdoou e perdoa pecados (Mt 9.5; Lc 5.20; 7.47-50; At 10.38).
d. A sua natureza divina prova a sua deidade. Jesus é santo. Era chamado ‘santo’ (At 2.27; 3.14; 4.27). Ele fez sempre o que era agradável a Deus (Cf. Jo 8.29). Amava a justiça e aborrecia a iniquidade (Cf. Hb 1.9). Ele não conhecia pecado (2 Co 5.21), era imaculado (Hb 7.26), sem mancha (1 Pe 1.19) e puro (1 Jo 3.3)” (CPAD, 2013, pp.50-52).

2. Jesus Cristo, homem

Da mesma maneira, Cristo apresentou todos os aspectos concernentes à natureza humana. Porquanto, ele era 100% Deus e 100% homem. Sendo assim, Cristo, a fim de cumprir a sua missão, “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fl 2.7). Ele deixou a sua glória e se fez carne, a fim de se tornar Ele mesmo, a razão da salvação de todo aquele que nele crer. Durante o tempo em que esteve neste mundo, viveu como um homem comum, sujeito a todas às paixões humanas, mas sem pecado. Ele permaneceu santo e justo até o fim. A fim de entendermos melhor esta verdade, vejamos alguns aspectos apresentados por Eurico Bérgsten, que comprovam a sua humanidade:
“a. A Bíblia chama Jesus de ‘homem’. Quando Pedro falou, disse: ‘Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus’ (At 2.22); Pilatos disse a respeito de Jesus: ‘Eis aqui o homem’ (Jo 19.5). Jesus disse, falando de si mesmo: ‘Nem só de pão viverá o homem’ (Mt 4.4); Ele também afirmou: ‘Mas, agora, procurais matar-me a mim, homem que vos tem dito a verdade’ (Jo 8.40); Paulo escreveu que a graça (Rm 5.15-18) e a ressurreição vieram por um homem (1 Co 15.21) e que há ‘um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem’ (1 Tm 2.5).
b. Jesus nasceu como qualquer homem. Embora Maria houvesse concebido de modo sobrenatural pelo Espírito Santo (Lc 2.7), Jesus nasceu como todos os homens nascem (Lc 2.7). Deus lhe preparou um corpo (Hb 10.5), e Ele ‘veio em carne’ (1 Jo 4.2), e se fez carne (Jo 1.14), e como outro homem qualquer participou ‘da carne e do sangue’ (Hb 2.14). Assim, Ele teve corpo (Mt 26.12; Lc 24.39), alma (Mt 26.38) e espírito (Jo 11.33). Ele estava sujeito ao crescimento e ao amadurecimento naturais (Lc 2.40,52), e aprendeu a obediência (Hb 5.8).

3. Jesus integrou-se completamente na sociedade de sua época

a. Jesus era membro de uma família. Quando Maria concebeu pelo Espírito Santo, era noiva de José. Por revelação de um anjo, ele tomou conhecimento disso e resolveu aceitar Maria como a sua esposa.
b. Jesus teve um nome, como qualquer outro homem. O nome que Maria lhe deu foi aquele que o anjo havia dito que lhe dessem: ‘E lhe porás o nome de Jesus’ (Mt 1.21; Lc 1.31).
c. Jesus teve, como qualquer outro homem, a sua genealogia. A Bíblia até registra duas genealogias do lado de José, o pai adotivo de Jesus, o cabeça da família, que definia a sua posição jurídica (Mt 1.1-17), e a segunda genealogia do lado de Maria, a sua mãe, que definia a sua posição biológica (Lc 3.23-38). Nas genealogias judaicas não se registravam nomes de mulheres e, por isso, Maria não aparece em Lucas 3.23 como filha de seu pai Eli, mas em lugar dela, José, seu marido, como ‘filho de Eli’ (Cf. Mt 1.16).
d. Jesus teve a sua profissão secular. O seu pai adotivo era carpinteiro (Mt 13.55). Jesus aprendeu a mesma profissão, e por isso, era chamado de ‘carpinteiro’ (Mc 6.3)” (2013, pp.53-55).

4. Propósito, pelo qual, Cristo assumiu a forma humana

Em vista disso, a vinda de Cristo a este mundo, como homem, possuía uma finalidade: a salvação do homem. Sua morte na cruz do Calvário trouxe redenção aos crentes e a remissão dos pecados, por meio do seu sangue derramado (cf. Ef 1.7). Como um cordeiro mudo, Ele não abriu a boca, mas se entregou a fazer a vontade do Pai, “sendo obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2.8). O ato de Cristo abriu caminho para que o homem alcançasse a restauração da sua comunhão com o Criador e adentrasse no Santo dos santos, porquanto, o véu que os separava se rasgou e já não há mais impedimento para estar na presença de Deus.

Desse modo, que tipo de pessoa Jesus deveria ser, ou mesmo, se apresentar aos homens para que realmente trouxesse esperança aos que estavam perdidos em seus pecados? Não haveria outra maneira mais verdadeira e precisa do que Cristo se manifestar em carne, assumir a forma humana e sentir na pele o que realmente é enfrentar todos os dias as tentações e os problemas decorrentes da natureza humana decaída.

O autor de Hebreus relata a idoneidade de Cristo como nosso sumo sacerdote diante do Pai: “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.14-16). Portanto, Ele é a causa da nossa salvação, pois a sua justiça na cruz é imputada a todo aquele que nEle crer e se arrepende dos seus pecados (Cf Rm 4.5).

Considerações finais

Considerando as evidências abordadas na lição, concluímos que tanto a divindade de Cristo, quanto o seu lado humano revelam ao mundo, a natureza do seu infinito amor. Porquanto Ele se esvaziou de sua glória para assumir a forma humana, e se humilhou como servo, a fim de fazer a vontade do Pai, e isso, até o fim, culminando em sua morte. Mesmo sendo Deus e possuindo os atributos divinos, se fez homem, adquirindo todos os aspectos da humanidade comum. Ele não hesitou em se entregar por amor, não abriu a boca para reclamar, nem replicou ou achou que não valeria a pena passar por tamanho sofrimento. Antes, glorificou ao Pai no momento mais angustiante de sua vida, dizendo: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39).

Com isso, Jesus cumpriu o propósito divino, para o qual, veio a este mundo e trouxe salvação ao perdido pecador, a fim de que a comunhão com o Criador fosse restaurada. Portanto, é imprescindível adquirir tal conhecimento acerca de Cristo, pois é Ele o nosso sacerdote real que nos compreende e fiel para interceder por nós diante do Pai.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã. 
Publicações. CPAD.

Lição 3 - 1º Trimestre 2015 - Jovens.

Lição 3

Eu creio no Deus Espírito Santo1° Trimestre de 2015
rev-jovensINTRODUÇÃO

I – O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA (Jo 14.26; Mt 12.32; At 5.3)
II – O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA
III – O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE   (Ef 5.18)

CONCLUSÃO
O FRUTO DO ESPÍRITO, UMA AÇÃO DIVINA.

GL 5.22,25
Na lição desta semana, estudaremos a respeito da ação do Espírito Santo na vida do crente. O Senhor Jesus, nas últimas instruções aos seus discípulos, antes de ser preso, disse-lhes: “sem mim, nada podereis fazer” (Jo 15.5), visto que Ele conhece a nossa estrutura e sabe o quanto somos limitados para fazermos a sua vontade. É o Espírito Santo que age na vida do crente e transforma a sua natureza decaída, em uma nova criatura que adore a Deus em espírito e em verdade (2 Co 5.17).
A ação do Espírito Santo é indispensável para que o crente produza o “fruto” do Espírito, de modo que não cumpra mais a concupiscência da carne, antes, caminhe no espírito e sirva a Deus em obediência e santidade (Gl 5.16). Pois sem a presença do Consolador é impossível para o homem agradar a Deus. A partir dessa perspectiva de fé, o crente cheio da Palavra da Verdade é regenerado pelo Espírito e se torna alguém comprometido com o Reino de Deus, independentemente de suas limitações internas ou de situações adversas exteriores. Com base nessas informações, o professor poderá refletir com os seus alunos, a respeito da manifestação do Espírito Santo na vida do crente transformado e quais as implicações desta ação para a aquisição da maturidade cristã.

1. A ação do Espírito na natureza humana
Em face disso, a ação do Espírito faz com que o crente, após a sua conversão, deixe toda prática desagradável a Deus que é decorrente da sua natureza pecaminosa e decaída, e se torne uma nova criatura em Cristo Jesus. Porquanto, a Palavra afirma que, “Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Logo, a nova vida em Cristo Jesus, faz com que o pecador seja santificado e adore a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.24).

É importante enfatizar que esta nova criatura, somente aprenderá a se comportar de acordo com a Palavra de Deus, se de fato, permitir que o Espírito Santo atue em seu caráter diariamente, a fim de moldá-lo, para que verdadeiramente experimente a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Cf. Rm 12.1,2). Tal condição está sujeita a prática do que discorre o apóstolo Paulo em sua epístola aos Gálatas, “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (5.16). Sendo assim, é responsabilidade do crente, permitir com que o Espírito atue com liberdade em sua vida, a fim de que a natureza humana seja mortificada e a nova natureza espiritual seja vivificada em Cristo Jesus.

2. A importância do “fruto” do Espírito na vida cristã

Assim sendo, a ação do Espírito Santo é indispensável na caminhada cristã, pois a santificação é um processo constante que depende da ajuda divina para que o crente não pratique a vontade da carne, e sim, ande no espírito para que o fruto do Espírito Santo se mostre presente em sua vida.

Uma vez que o crente encontra dificuldade para produzir este “fruto”, subentende-se que em sua vida, algo não está em harmonia com os preceitos da Palavra de Deus. Acerca disso, o apóstolo Paulo admoesta aos Romanos: “Porque os que são segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm 8.5-8). E nesse caso, os que não submetem a sua vida ao temor do Espírito, certamente não persistirão na comunhão com Deus, pois aonde não há o fruto do Espírito, há toda obra da carne e práticas semelhantes que não agradam a Deus (Cf. Tg 3.16).

Visto que a concupiscência é transitória, como declara João, o discípulo amado, em sua carta, “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2.16,17).
Portanto, o fruto do Espírito é importante na vida cristã, pelo fato de que, sua presença evidencia que o crente está em comunhão com Deus e caminhando em obediência e santidade em sua presença.

3. O amadurecimento cristão é decorrente da ação do Espírito

À vista disso, a ação do Espírito no crente é indispensável para que, de fato, possa realizar aquilo que é do agrado de Deus. Visto que por conta própria é impossível que o crente cumpra tudo quanto é concernente à vontade divina.

Embora sejamos guiados pelo Espírito Santo, isto não significa dizer que somos independentes de sua graça. A procedência cristã só é possível quando dedicamos a nossa vida a Deus e “pensamos nas coisas que são do alto, e não nas que são da terra” (Cf. Cl 3.2). Tal comportamento é resultado do trabalho do Espírito Santo no caráter do crente, a fim de moldá-lo para que se pareça com Cristo. Ao passo que o crente é transformado, seu coração se torna cada vez mais cheio da Palavra e, com isso, mais comprometido com o Reino de Deus.

Neste processo de amadurecimento, o crente entra em conflito com as suas limitações internas, que o fazem reconhecer o quanto é frágil e dependente da graça divina. Da mesma maneira, as adversidades com que o crente se depara na vida, também servem de instrumento para aperfeiçoar a sua fé, em conformidade com as Escrituras (Cf. Tg 1.12).
Em razão disso, o Espírito Santo recebe um nome diferente na Palavra de Deus, seu nome é “Consolador”, que segundo o Dicionário Vine, “vem do grego paraklesis e, significa ‘chamado para o lado de alguém’ (formado de para, ‘ao lado de’, e kaleõ, ‘chamar’), por conseguinte, ‘exortação, consolação, conforto’” (CPAD, 2009, p.497). Pelo que esta é a sua atribuição, confortar o crente, a fim de que esteja fortalecido na fé e perseverante em produzir o fruto do Espírito em seu viver. Portanto, Ele é o nosso advogado que defende a nossa causa, a fim de que não pereçamos mediante as lutas que enfrentamos.

Considerações finais

Em vista do que tratamos nesta lição, notamos que a ação do Espírito Santo é imprescindível na vida do crente para que este produza o “fruto” do Espírito. Visto que em conformidade com esta ação, o crente precisa se apresentar dependente da graça divina para que possa ser auxiliado em tempo oportuno. Não obstante, tenhamos as nossas limitações e dificuldades, o Senhor Deus conhece a nossa estrutura e sabe que “somos pó” (Cf. Sl 103.14).

O Espírito Santo age na vida do crente e o transforma em nova criatura, a fim de que o adore em espírito e em verdade. Ele também age para que o crente ande no espírito e não cumpra as concupiscências da carne, que são prejudiciais a comunhão com Deus. Todavia, o espírito ajuda o crente a obedecer a Deus e a viver em santidade, à medida que o crente se enche da Palavra de Deus e procura ter uma vida de vigilância e oração, sua vida espiritual prospera e, assim, seu caráter torna-se amadurecido e mais comprometido com o Reino de Deus. Portanto, que possamos contar com o nosso “paracleto”, ou seja, com o nosso Consolador, o nosso “advogado” para que possamos crescer e amadurecer na presença de Deus.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 4 - 1º Trimestre 2015 - Jovens.

Lição 4

Eu creio na inspiração das Escrituras1° Trimestre de 2015
rev-jovensINTRODUÇÃO
I– AUTORIA DAS ESCRITURAS E SUA INSPIRAÇÃO (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21)
II – A MENSAGEM DA BÍBLIA
III – A INERRÂNCIA E A CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS (HC 3.2)
CONCLUSÃO
A SEGURANÇA PLENA NA INSPIRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
2 PEDRO 1.20,21
Na aula desta semana, estudaremos a respeito dos fundamentos bíblicos que sustentam a inspiração plena das Escrituras Sagradas. Além do mais, ressaltaremos o valor do conteúdo bíblico como Palavra de Deus que norteia a vida cristã. Para tanto, devemos considerar que a ação do Espírito Santo fez com que homens fieis e separados por Deus se dispusessem em ser usados para registrar a Santa Palavra. Nela, podemos encontrar algumas referências que comprovam que a Escritura Sagrada, de fato, é plenamente inspirada por Deus, sendo também conhecida como a “inerrante” Palavra de Deus.

Em contraste, encontramos a crítica da teologia modernista que aceita a inspiração das Escrituras, porém, afirma que os textos são produtos de seus respectivos autores e que, por conta disso, devem conter erros. Para eles, a Bíblia contém a palavra de Deus, mas não é a “Palavra de Deus”. Não obstante, é imprescindível para a vida cristã, a reflexão e obediência às Escrituras Sagradas, assim como o próprio Cristo recomendou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39).

Considerando essas afirmativas, o professor poderá dialogar com a classe a respeito das concepções críticas em relação à inspiração das Escrituras, apresentando os argumentos que confirmam a inspiração plena dos “escritos sagrados”. Além disso, também refletir sobre a importância da Bíblia como “Palavra de Deus” para a nossa vida cristã.

1. Fundamentos que asseguram a inspiração das Escrituras Sagradas

Em virtude da importância dada às Santas Escrituras, não é difícil de entendermos que para a elaboração desta obra tão especial, Deus tenha separado e inspirado homens igualmente especiais. Eram profetas, sacerdotes, juízes e operários. Todos com qualidades específicas que, deram a eles, o título de autores do divino livro sagrado. Homens que se dispuseram ousadamente em registrar a Palavra da Verdade, a fim de que as gerações futuras tomassem conhecimento da vontade de Deus, através das Escrituras Sagradas.
Na Bíblia, encontramos algumas referências que sustentam a veracidade da inspiração dos textos, e a inerrância da verdade ali registrada. Na obra Teologia Sistemática de Eurico Bérgsten, vemos alguns aspectos que fundamentam a inspiração plenária defendidos por aqueles que, assim crêem, com convicção:

“Para os crentes convictos da sua salvação, que vivem a comunhão com Deus e sentem a operação do Espírito Santo em suas vidas, aquela crítica [modernista] não gera problemas. Eles o fazem com convicção. A base dessa rejeição é segura. Vejamos:
A. O testemunho de Jesus: Em primeiro lugar, rejeitam toda a crítica contra a Palavra de Deus, porque Jesus considerou as Escrituras como ‘a Palavra de Deus’ (Mc 7.13). E o apoio dEle vale mais que as ideias e afirmativas de quem quer que seja.
B. A evidência eterna: Rejeitam a crítica modernista contra a veracidade da Bíblia, porque seria uma ofensa contra Deus, que é perfeito (Mt 5.48), afirmar que a Palavra contém erros e mentiras. A Bíblia afirma: ‘A Lei do Senhor é perfeita’ (Sl 19.7). ‘É provada’ (Sl 18.30), e ‘fieis, todos os seus mandamentos’ (Sl 111.7).
C. A ciência: A palavra da ‘ciência’ também nunca é a ‘última palavra’. O que hoje se afirma em nome da ciência, amanhã outros o desfazem. Um grande teólogo alemão, A. Luescher constatou em uma de suas obras que, no ano de 1850, os críticos contra a Bíblia apresentaram setecentos argumentos científicos contra a veracidade da mesma. Hoje, seiscentos desses argumentos já foram deixados por descobertas mais atualizadas. Mas o que a Bíblia afirma é como uma rocha — que não muda por causa das ondas do mar que se lançam contra ela.
D. A evidência da fé: Não queremos trocar a nossa fé na Palavra de Deus por consideração a homens que consideram a sua sabedoria mais do que a de Deus. Queremos que a nossa fé se apoie, não na sabedoria humana, mas no poder de Deus (1 Co 2.5)” (CPAD, 2013, pp.13,14).

2. A concepção crítica da Teologia Modernista a respeito da inspiração das Escrituras Sagradas
Em contraste aos tradicionais, vemos a Teologia Modernista que apesar de aceitar a inspiração das Escrituras, entende que a elaboração do texto bíblico é produto das habilidades humanas e, por conta disso, apresenta em sua composição, erros consideráveis.

Acerca disso, a obra Teologia Sistemática declara: “A teologia modernista não aceita a doutrina sobre a inspiração plenária da Bíblia. Eles concordam em aceitar que as ideias ou pensamentos da Bíblia podem ser inspirados, mas que as palavras usadas no texto são produto dos autores, os quais estavam sujeitos a erros. Outros concordam em reconhecer a Bíblia como autoridade em assuntos meramente espirituais; porém, em tudo o que se relaciona com ciência, biologia, geologia, história, etc., a Bíblia não pode ser considerada uma autoridade. Eles dizem abertamente: ‘Errar é humano’. Para dar uma aparência de piedade e respeito às coisas de Deus, eles dizem: ‘A Bíblia contém a palavra de Deus, mas não é a Palavra de Deus’. Infelizmente essa crítica materialista contra a veracidade da Bíblia tem se espalhado muito, e aonde ela chega, leva consigo mortandade — como a geada com as plantas. A falsamente chamada ‘ciência’ faz que aqueles que a professam se desviem da fé (1 Tm 6.20,21)” (CPAD, 2013, pp.12,13).

Portanto, é de se esperar que devido ao grande valor que este livro possui para os diversos cleros religiosos, cada um deles procure fundamentar a sua concepção em relação às Sagradas Escrituras, a fim de provar que a sua concepção é a mais completa.

3. O valor das Escrituras Sagradas para a vida cristã

Não obstante, encontremos contradições entre os estudiosos a respeito da veracidade dos “escritos sagrados”, a nossa fé deve ser unânime em afirmar que a reflexão e a obediência a Palavra de Deus é o ideal para a vida cristã (Cf. Ef 1.13). É imprescindível que tenhamos o conhecimento da vontade de Deus, sem que nos voltemos para os testemunhos registrados na Bíblia. A Palavra de Deus nos ensina, conforme o que foi dito pelo profeta Oséias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Os 4.6), porquanto, a falta de direcionamento e instrução resulta em decisões precipitadas, que são prejudiciais a nossa comunhão com Deus.

Desse modo, é indispensável o exame das Escrituras Sagradas, assim como Cristo nos ensinou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39), ou seja, a fé cristã está fundamentada em Cristo, pois tanto a Lei mosaica quanto o testemunho dos profetas, relatam e ratificam a respeito do “Messias” (Cf. Mt 5.17; Rm 3.21,22).

É também pela Palavra de Deus que adquirimos a maturidade cristã. Uma vida espiritual abençoada é uma vida em constante crescimento na “graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18a), e para tanto, precisamos compreender e aplicar os preceitos e valores contidos nas Escrituras Sagradas, pois assim, saberemos como proceder mediante os conflitos e adversidades que atravessamos em nossas vidas. Quando a Palavra de Deus está verdadeiramente aperfeiçoada em nós, isto significa dizer que, estamos adquirindo maturidade cristã e, assim, atingiremos o ideal de Deus para nossas vidas.

Portanto, para que a juventude de nosso tempo tenha uma vida espiritual saudável, e assim, culmine na vida eterna, é necessário meditar na Palavra de Deus diariamente, visto que é por meio dela que alcançamos a santificação como afirma o apóstolo Paulo: “porque, pela Palavra de Deus e pela oração, é santificada” (1 Tm 4.5).

Considerações finais

Tendo em vista o valor inestimável que possui a Palavra de Deus, devemos considerar que a ação do Espírito foi responsável pela realização desta obra magnífica que se tornou o livro mais lido em toda a história da humanidade. Para tanto, o Senhor Deus chamou, capacitou e inspirou homens valorosos que registraram com primor e temor, aquela que viria a ser conhecida no mundo inteiro como “Palavra de Deus”.

Assim sendo, é irrelevante a declaração dos críticos que não reconhecessem a essência desta “Palavra” e como forma de justificar a sua descrença, alegam que as Escrituras Sagradas ao menos contêm a palavra de Deus, mas não pode ser considerada a Palavra de Deus, visto que autores cometeram falhas ao registrarem os escritos. Todavia, o conteúdo da Santa Palavra é fiel, a sua essência indica para uma vida santa e de comunhão com Deus, e está repleta de ensinamentos que são de suma importância para a vida cristã. Portanto, todo crente deve estudar e refletir na Palavra de Deus, pois nela encontramos o alimento necessário para o nosso crescimento e, como resultado, alcançarmos a maturidade cristã.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 1 - 1º Trimestre 2015 - Adultos.

Lição 1

Deus dá a sua Lei ao povo de Israel1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – A PROMULGAÇÃO DA LEI
II – OS CÓDIGOS
III – O CONCERTO
IV – O SACRIFÍCIO
CONCLUSÃO
A INSERÇÃO DA LEI NO ANTIGO TESTAMENTO
Êxodo 20.1-26
Estamos iniciando um novo ano, com um novo currículo, repleto de novidades, e para iniciarmos este primeiro trimestre, estudaremos a respeito da inserção da lei mosaica ao povo hebreu, considerando as mais profundas implicações messiânicas nela encontrada. Em cada lição, aprenderemos de que maneira o Senhor Deus enviou os seus mandamentos pelas mãos de Moisés, a fim de libertar a nação de Israel dos preceitos e costumes egípcios, que ao longo de quatrocentos e trinta anos, subjugaram os hebreus, de modo que a fé pura e verdadeira no Deus de Abraão, Isaque e Jacó, quase definhou.
Entretanto, o Senhor Deus manifestou o seu braço forte e mão poderosa, através do homem que elegeu para libertar a Israel da casa da servidão e guiá-lo pelo deserto: Moisés. Mas para que este empreendimento divino se concretizasse o Senhor fez seu servo passar por um longo curso na casa de Jetro, seu sogro, no deserto de Midiã, a fim de prepará-lo para conduzir os hebreus à Terra Santa. Porquanto, o propósito do Senhor Deus era levantar um povo santo e comprometido com a Aliança abraâmica; um povo que o adorasse de todo o coração, de maneira que todas as nações conhecessem o seu santo e excelso Nome.
Assim sendo, considerando o momento histórico do povo israelita em sua peregrinação pelo deserto, o professor poderá comentar com seus alunos, a respeito das principais implicações que a lei trouxe ao modo de vida do povo hebreu. Qual a importância da lei no processo de libertação do povo de Israel da cultura egípcia. E como se deu o preparo do povo hebreu, a fim de que se tornasse um povo santo e idôneo para adentrar na “Terra Prometida”. Boa aula!
I. A Lei de Deus é apresentada ao povo
O Senhor Deus enviou a sua Lei, a fim de que o seu povo tomasse conhecimento dos valores e preceitos, pelos quais, seriam guiados em meio ao deserto, e principalmente, para que conhecesse qual a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Sendo assim, para que este propósito fosse concretizado, o Senhor Deus enviou os seus mandamentos através das mãos de Moisés e ordenou que o povo guardasse e praticasse tudo quanto os fora ensinado (Cf. Êx 20). Pois não deveriam abandoná-los e nem deixar de ensiná-los aos seus filhos e às gerações futuras. Visto que, se permanecessem em sua Palavra, toda a sorte de bênçãos, o Senhor derramaria sobre o seu povo (Dt 28.1,2). Porém, caso desobedecessem, seriam penalizados e levados cativos por outras nações que não serviam ao mesmo Deus, e perderiam o privilégio de viverem pacificamente como nação santa e povo escolhido do Senhor dos Exércitos (Cf. 28.15).
Assim sendo, Deus propôs ao seu povo a Lei mosaica, a fim de instruí-los a andar em conformidade com o propósito divino pré-estabelecido. Em razão disso, a Lei se aplica de forma distinta, conforme discorre o Dicionário Bíblico Wycliffe: “Uma distinção muito comum foi estabelecida entre as legislações moral, cível (ou judiciária) e cerimonial incluídas no Pentateuco. A lei moral está resumida nos Dez Mandamentos. A cível é encontrada nas muitas aplicações ou amplificações da lei moral a casos específicos (como em Êx 21–22). E a cerimonial está contida nos numerosos ritos relativos ao sacerdócio e aos sacrifícios (como em Êx 21.1–31.17; 35–40, em todo o livro de Levítico e Números 1.1–10.10; 15; 17–19; 28–36)” (CPAD, 2010, p.1140).
Desse modo, a Lei enviada por Deus ao seu povo, lhe serviu de preparação, a fim de que estivessem com o coração quebrantado e sensível para ouvir e obedecer inteiramente à voz de Deus e, assim, possuírem a “Terra que mana leite e mel”. E para isso, o Senhor Deus escolheu o seu servo Moisés e o fez passar quarenta anos no deserto, na casa de seu sogro Jetro, que era sacerdote em Midiã, a fim de que fosse treinado para guiar a nação de Israel por mais quarenta anos pelo deserto, em meio a um povo rebelde e de duro coração, a quem Deus amava e iria se revelar de uma maneira tão especial. Desse modo, a lei teve profunda importância na construção dos valores e preceitos que iriam fundamentar o comportamento e a cultura desta nova nação em formação, o povo a quem Deus havia escolhido.
II. A libertação do aculturamento egípcio
Da mesma maneira, a lei de Deus também se encarregou de tratar do processo de libertação da cultura pagã egípcia, em que o povo hebreu havia mergulhado, durante os quatrocentos e trinta anos de escravidão que vivenciaram. Com isso, muitos do povo de Deus já não guardavam mais as promessas abraâmicas de forma fiel e justa. Todavia, a partir do sofrimento e opressão aplicados pelo Faraó, os fieis da nação resolveram clamar a Deus e Ele ouviu o seu clamor.
A Bíblia de Estudo Pentecostal discorre que “O espaço de tempo entre a morte de José (Gn 50.26) e o início da perseguição de Israel pelos egípcios (Êx 1.11) foi de, aproximadamente, 220 anos. Se o Êxodo ocorreu em cerca de 1440 a.C., o Faraó ‘que não conheceu a José’ é provavelmente Tutmose I (1539-1514 a.C.) (ver At 7.18). O Faraó do Êxodo seria Amenotepe II (1447-1421 a.C). O tempo total dos israelitas no Egito foi de 430 anos (Êx 12.40)” (CPAD, 1995, p.117 – Nota).
Dessa maneira, o povo israelita passou tempo suficiente no Egito para aprender toda a cultura idólatra e promíscua, que de modo geral, era totalmente contrária a lei de Deus. Por causa disso, o teor dos ensinamentos instruídos por Moisés, parecia ser tão pesado, como alguns podem até argumentar. No entanto, foram de suma importância para a descaracterização e libertação de todo o aculturamento mundano com que foram subjugados. Essa foi a forma que Deus utilizou, a fim de preparar o seu povo para adentrar na Terra Prometida.
III. O surgimento de um povo santo e comprometido com a Aliança abraãmica
Em face disso, o propósito da lei mosaica era preparar a nação de Israel para tomar posse das promessas de Deus, feitas a Abraão e a sua posteridade (Gn 12). O desejo do coração de Deus era levantar um povo santo e comprometido com a aliança abraâmica; um povo que o adorasse em espírito e em verdade, de todo o coração, a fim de que as outras nações conhecessem que só o Senhor, o Deus de Israel, é o verdadeiro Deus, digno de ser adorado. No entanto, como bem sabemos, isto não se cumpriu de forma integral com Israel, tendo em vista que o endurecimento e a desobediência para com Deus foi a causa de sua queda. A partir de então, o Senhor Deus estendeu a sua graça aos gentios, a todos os que, ouvindo a sua Palavra e crendo em Jesus Cristo, o Filho de Deus, possam também se tornar seus filhos e alcançar a vida eterna.
Vejamos que a história de Israel tem o seu derradeiro estado, difundido no surgimento da Igreja, como afirma o amado apóstolo Paulo: “Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para incitá-los à emulação. E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! [...] Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem! Pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então, não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também” (Rm 11.11-12, 15-21).
Portanto, o propósito de Deus permanece firme, em levantar uma “geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido para que anuncie as virtudes dAquele que chama das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9), a fim de que este povo o adore em espírito e em verdade.
Considerações finais
Em vista do que podemos observar, a lei mosaica teve um importante papel na construção dos valores e preceitos que deveriam nortear o comportamento da nação de Israel em formação, à medida que adentrassem na “Terra Prometida”. Sem dúvida, não foi um processo tão fácil assim, inclusive para Moisés. Porém, o Senhor se mostrou presente em todos os episódios da peregrinação do povo de Deus em meio ao deserto. A mão poderosa do Senhor foi com seu servo Moisés, e o instruiu para que estabelecesse a lei. Com isso, o povo assumiria uma identidade própria, com uma cultura própria, baseada nas promessas patriarcais, e que tomariam forma durante a travessia pelo deserto.
Depois de quatrocentos e trinta anos de subserviência como escravos na casa de Faraó, finalmente chegaria o momento em que o povo poderia respirar a liberdade de andar com Deus e o adorá-lo, tão somente dependente da sua provisão. Pois Deus assim esperava que o seu povo o reconhecesse, e vivessem de forma santa, de maneira que as outras nações conhecessem a soberania do Deus de Israel.
Portanto, a introdução da lei ao povo, trouxe mudanças significativas no modo de vida, na libertação de Israel da cultura egípcia e cooperou para que os hebreus estivessem preparados para tomarem posse da promessa do Senhor e desfrutar das bênçãos de Deus na “Terra que mana leite e mel”
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.