quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Lição 1 - 1º Trimestre 2015 - Adultos.

Lição 1

Deus dá a sua Lei ao povo de Israel1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – A PROMULGAÇÃO DA LEI
II – OS CÓDIGOS
III – O CONCERTO
IV – O SACRIFÍCIO
CONCLUSÃO
A INSERÇÃO DA LEI NO ANTIGO TESTAMENTO
Êxodo 20.1-26
Estamos iniciando um novo ano, com um novo currículo, repleto de novidades, e para iniciarmos este primeiro trimestre, estudaremos a respeito da inserção da lei mosaica ao povo hebreu, considerando as mais profundas implicações messiânicas nela encontrada. Em cada lição, aprenderemos de que maneira o Senhor Deus enviou os seus mandamentos pelas mãos de Moisés, a fim de libertar a nação de Israel dos preceitos e costumes egípcios, que ao longo de quatrocentos e trinta anos, subjugaram os hebreus, de modo que a fé pura e verdadeira no Deus de Abraão, Isaque e Jacó, quase definhou.
Entretanto, o Senhor Deus manifestou o seu braço forte e mão poderosa, através do homem que elegeu para libertar a Israel da casa da servidão e guiá-lo pelo deserto: Moisés. Mas para que este empreendimento divino se concretizasse o Senhor fez seu servo passar por um longo curso na casa de Jetro, seu sogro, no deserto de Midiã, a fim de prepará-lo para conduzir os hebreus à Terra Santa. Porquanto, o propósito do Senhor Deus era levantar um povo santo e comprometido com a Aliança abraâmica; um povo que o adorasse de todo o coração, de maneira que todas as nações conhecessem o seu santo e excelso Nome.
Assim sendo, considerando o momento histórico do povo israelita em sua peregrinação pelo deserto, o professor poderá comentar com seus alunos, a respeito das principais implicações que a lei trouxe ao modo de vida do povo hebreu. Qual a importância da lei no processo de libertação do povo de Israel da cultura egípcia. E como se deu o preparo do povo hebreu, a fim de que se tornasse um povo santo e idôneo para adentrar na “Terra Prometida”. Boa aula!
I. A Lei de Deus é apresentada ao povo
O Senhor Deus enviou a sua Lei, a fim de que o seu povo tomasse conhecimento dos valores e preceitos, pelos quais, seriam guiados em meio ao deserto, e principalmente, para que conhecesse qual a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Sendo assim, para que este propósito fosse concretizado, o Senhor Deus enviou os seus mandamentos através das mãos de Moisés e ordenou que o povo guardasse e praticasse tudo quanto os fora ensinado (Cf. Êx 20). Pois não deveriam abandoná-los e nem deixar de ensiná-los aos seus filhos e às gerações futuras. Visto que, se permanecessem em sua Palavra, toda a sorte de bênçãos, o Senhor derramaria sobre o seu povo (Dt 28.1,2). Porém, caso desobedecessem, seriam penalizados e levados cativos por outras nações que não serviam ao mesmo Deus, e perderiam o privilégio de viverem pacificamente como nação santa e povo escolhido do Senhor dos Exércitos (Cf. 28.15).
Assim sendo, Deus propôs ao seu povo a Lei mosaica, a fim de instruí-los a andar em conformidade com o propósito divino pré-estabelecido. Em razão disso, a Lei se aplica de forma distinta, conforme discorre o Dicionário Bíblico Wycliffe: “Uma distinção muito comum foi estabelecida entre as legislações moral, cível (ou judiciária) e cerimonial incluídas no Pentateuco. A lei moral está resumida nos Dez Mandamentos. A cível é encontrada nas muitas aplicações ou amplificações da lei moral a casos específicos (como em Êx 21–22). E a cerimonial está contida nos numerosos ritos relativos ao sacerdócio e aos sacrifícios (como em Êx 21.1–31.17; 35–40, em todo o livro de Levítico e Números 1.1–10.10; 15; 17–19; 28–36)” (CPAD, 2010, p.1140).
Desse modo, a Lei enviada por Deus ao seu povo, lhe serviu de preparação, a fim de que estivessem com o coração quebrantado e sensível para ouvir e obedecer inteiramente à voz de Deus e, assim, possuírem a “Terra que mana leite e mel”. E para isso, o Senhor Deus escolheu o seu servo Moisés e o fez passar quarenta anos no deserto, na casa de seu sogro Jetro, que era sacerdote em Midiã, a fim de que fosse treinado para guiar a nação de Israel por mais quarenta anos pelo deserto, em meio a um povo rebelde e de duro coração, a quem Deus amava e iria se revelar de uma maneira tão especial. Desse modo, a lei teve profunda importância na construção dos valores e preceitos que iriam fundamentar o comportamento e a cultura desta nova nação em formação, o povo a quem Deus havia escolhido.
II. A libertação do aculturamento egípcio
Da mesma maneira, a lei de Deus também se encarregou de tratar do processo de libertação da cultura pagã egípcia, em que o povo hebreu havia mergulhado, durante os quatrocentos e trinta anos de escravidão que vivenciaram. Com isso, muitos do povo de Deus já não guardavam mais as promessas abraâmicas de forma fiel e justa. Todavia, a partir do sofrimento e opressão aplicados pelo Faraó, os fieis da nação resolveram clamar a Deus e Ele ouviu o seu clamor.
A Bíblia de Estudo Pentecostal discorre que “O espaço de tempo entre a morte de José (Gn 50.26) e o início da perseguição de Israel pelos egípcios (Êx 1.11) foi de, aproximadamente, 220 anos. Se o Êxodo ocorreu em cerca de 1440 a.C., o Faraó ‘que não conheceu a José’ é provavelmente Tutmose I (1539-1514 a.C.) (ver At 7.18). O Faraó do Êxodo seria Amenotepe II (1447-1421 a.C). O tempo total dos israelitas no Egito foi de 430 anos (Êx 12.40)” (CPAD, 1995, p.117 – Nota).
Dessa maneira, o povo israelita passou tempo suficiente no Egito para aprender toda a cultura idólatra e promíscua, que de modo geral, era totalmente contrária a lei de Deus. Por causa disso, o teor dos ensinamentos instruídos por Moisés, parecia ser tão pesado, como alguns podem até argumentar. No entanto, foram de suma importância para a descaracterização e libertação de todo o aculturamento mundano com que foram subjugados. Essa foi a forma que Deus utilizou, a fim de preparar o seu povo para adentrar na Terra Prometida.
III. O surgimento de um povo santo e comprometido com a Aliança abraãmica
Em face disso, o propósito da lei mosaica era preparar a nação de Israel para tomar posse das promessas de Deus, feitas a Abraão e a sua posteridade (Gn 12). O desejo do coração de Deus era levantar um povo santo e comprometido com a aliança abraâmica; um povo que o adorasse em espírito e em verdade, de todo o coração, a fim de que as outras nações conhecessem que só o Senhor, o Deus de Israel, é o verdadeiro Deus, digno de ser adorado. No entanto, como bem sabemos, isto não se cumpriu de forma integral com Israel, tendo em vista que o endurecimento e a desobediência para com Deus foi a causa de sua queda. A partir de então, o Senhor Deus estendeu a sua graça aos gentios, a todos os que, ouvindo a sua Palavra e crendo em Jesus Cristo, o Filho de Deus, possam também se tornar seus filhos e alcançar a vida eterna.
Vejamos que a história de Israel tem o seu derradeiro estado, difundido no surgimento da Igreja, como afirma o amado apóstolo Paulo: “Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para incitá-los à emulação. E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! [...] Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem! Pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então, não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também” (Rm 11.11-12, 15-21).
Portanto, o propósito de Deus permanece firme, em levantar uma “geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido para que anuncie as virtudes dAquele que chama das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9), a fim de que este povo o adore em espírito e em verdade.
Considerações finais
Em vista do que podemos observar, a lei mosaica teve um importante papel na construção dos valores e preceitos que deveriam nortear o comportamento da nação de Israel em formação, à medida que adentrassem na “Terra Prometida”. Sem dúvida, não foi um processo tão fácil assim, inclusive para Moisés. Porém, o Senhor se mostrou presente em todos os episódios da peregrinação do povo de Deus em meio ao deserto. A mão poderosa do Senhor foi com seu servo Moisés, e o instruiu para que estabelecesse a lei. Com isso, o povo assumiria uma identidade própria, com uma cultura própria, baseada nas promessas patriarcais, e que tomariam forma durante a travessia pelo deserto.
Depois de quatrocentos e trinta anos de subserviência como escravos na casa de Faraó, finalmente chegaria o momento em que o povo poderia respirar a liberdade de andar com Deus e o adorá-lo, tão somente dependente da sua provisão. Pois Deus assim esperava que o seu povo o reconhecesse, e vivessem de forma santa, de maneira que as outras nações conhecessem a soberania do Deus de Israel.
Portanto, a introdução da lei ao povo, trouxe mudanças significativas no modo de vida, na libertação de Israel da cultura egípcia e cooperou para que os hebreus estivessem preparados para tomarem posse da promessa do Senhor e desfrutar das bênçãos de Deus na “Terra que mana leite e mel”
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

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