quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Lição 4 - 1º Trimestre 2015 - Jovens.

Lição 4

Eu creio na inspiração das Escrituras1° Trimestre de 2015
rev-jovensINTRODUÇÃO
I– AUTORIA DAS ESCRITURAS E SUA INSPIRAÇÃO (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21)
II – A MENSAGEM DA BÍBLIA
III – A INERRÂNCIA E A CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS (HC 3.2)
CONCLUSÃO
A SEGURANÇA PLENA NA INSPIRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
2 PEDRO 1.20,21
Na aula desta semana, estudaremos a respeito dos fundamentos bíblicos que sustentam a inspiração plena das Escrituras Sagradas. Além do mais, ressaltaremos o valor do conteúdo bíblico como Palavra de Deus que norteia a vida cristã. Para tanto, devemos considerar que a ação do Espírito Santo fez com que homens fieis e separados por Deus se dispusessem em ser usados para registrar a Santa Palavra. Nela, podemos encontrar algumas referências que comprovam que a Escritura Sagrada, de fato, é plenamente inspirada por Deus, sendo também conhecida como a “inerrante” Palavra de Deus.

Em contraste, encontramos a crítica da teologia modernista que aceita a inspiração das Escrituras, porém, afirma que os textos são produtos de seus respectivos autores e que, por conta disso, devem conter erros. Para eles, a Bíblia contém a palavra de Deus, mas não é a “Palavra de Deus”. Não obstante, é imprescindível para a vida cristã, a reflexão e obediência às Escrituras Sagradas, assim como o próprio Cristo recomendou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39).

Considerando essas afirmativas, o professor poderá dialogar com a classe a respeito das concepções críticas em relação à inspiração das Escrituras, apresentando os argumentos que confirmam a inspiração plena dos “escritos sagrados”. Além disso, também refletir sobre a importância da Bíblia como “Palavra de Deus” para a nossa vida cristã.

1. Fundamentos que asseguram a inspiração das Escrituras Sagradas

Em virtude da importância dada às Santas Escrituras, não é difícil de entendermos que para a elaboração desta obra tão especial, Deus tenha separado e inspirado homens igualmente especiais. Eram profetas, sacerdotes, juízes e operários. Todos com qualidades específicas que, deram a eles, o título de autores do divino livro sagrado. Homens que se dispuseram ousadamente em registrar a Palavra da Verdade, a fim de que as gerações futuras tomassem conhecimento da vontade de Deus, através das Escrituras Sagradas.
Na Bíblia, encontramos algumas referências que sustentam a veracidade da inspiração dos textos, e a inerrância da verdade ali registrada. Na obra Teologia Sistemática de Eurico Bérgsten, vemos alguns aspectos que fundamentam a inspiração plenária defendidos por aqueles que, assim crêem, com convicção:

“Para os crentes convictos da sua salvação, que vivem a comunhão com Deus e sentem a operação do Espírito Santo em suas vidas, aquela crítica [modernista] não gera problemas. Eles o fazem com convicção. A base dessa rejeição é segura. Vejamos:
A. O testemunho de Jesus: Em primeiro lugar, rejeitam toda a crítica contra a Palavra de Deus, porque Jesus considerou as Escrituras como ‘a Palavra de Deus’ (Mc 7.13). E o apoio dEle vale mais que as ideias e afirmativas de quem quer que seja.
B. A evidência eterna: Rejeitam a crítica modernista contra a veracidade da Bíblia, porque seria uma ofensa contra Deus, que é perfeito (Mt 5.48), afirmar que a Palavra contém erros e mentiras. A Bíblia afirma: ‘A Lei do Senhor é perfeita’ (Sl 19.7). ‘É provada’ (Sl 18.30), e ‘fieis, todos os seus mandamentos’ (Sl 111.7).
C. A ciência: A palavra da ‘ciência’ também nunca é a ‘última palavra’. O que hoje se afirma em nome da ciência, amanhã outros o desfazem. Um grande teólogo alemão, A. Luescher constatou em uma de suas obras que, no ano de 1850, os críticos contra a Bíblia apresentaram setecentos argumentos científicos contra a veracidade da mesma. Hoje, seiscentos desses argumentos já foram deixados por descobertas mais atualizadas. Mas o que a Bíblia afirma é como uma rocha — que não muda por causa das ondas do mar que se lançam contra ela.
D. A evidência da fé: Não queremos trocar a nossa fé na Palavra de Deus por consideração a homens que consideram a sua sabedoria mais do que a de Deus. Queremos que a nossa fé se apoie, não na sabedoria humana, mas no poder de Deus (1 Co 2.5)” (CPAD, 2013, pp.13,14).

2. A concepção crítica da Teologia Modernista a respeito da inspiração das Escrituras Sagradas
Em contraste aos tradicionais, vemos a Teologia Modernista que apesar de aceitar a inspiração das Escrituras, entende que a elaboração do texto bíblico é produto das habilidades humanas e, por conta disso, apresenta em sua composição, erros consideráveis.

Acerca disso, a obra Teologia Sistemática declara: “A teologia modernista não aceita a doutrina sobre a inspiração plenária da Bíblia. Eles concordam em aceitar que as ideias ou pensamentos da Bíblia podem ser inspirados, mas que as palavras usadas no texto são produto dos autores, os quais estavam sujeitos a erros. Outros concordam em reconhecer a Bíblia como autoridade em assuntos meramente espirituais; porém, em tudo o que se relaciona com ciência, biologia, geologia, história, etc., a Bíblia não pode ser considerada uma autoridade. Eles dizem abertamente: ‘Errar é humano’. Para dar uma aparência de piedade e respeito às coisas de Deus, eles dizem: ‘A Bíblia contém a palavra de Deus, mas não é a Palavra de Deus’. Infelizmente essa crítica materialista contra a veracidade da Bíblia tem se espalhado muito, e aonde ela chega, leva consigo mortandade — como a geada com as plantas. A falsamente chamada ‘ciência’ faz que aqueles que a professam se desviem da fé (1 Tm 6.20,21)” (CPAD, 2013, pp.12,13).

Portanto, é de se esperar que devido ao grande valor que este livro possui para os diversos cleros religiosos, cada um deles procure fundamentar a sua concepção em relação às Sagradas Escrituras, a fim de provar que a sua concepção é a mais completa.

3. O valor das Escrituras Sagradas para a vida cristã

Não obstante, encontremos contradições entre os estudiosos a respeito da veracidade dos “escritos sagrados”, a nossa fé deve ser unânime em afirmar que a reflexão e a obediência a Palavra de Deus é o ideal para a vida cristã (Cf. Ef 1.13). É imprescindível que tenhamos o conhecimento da vontade de Deus, sem que nos voltemos para os testemunhos registrados na Bíblia. A Palavra de Deus nos ensina, conforme o que foi dito pelo profeta Oséias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Os 4.6), porquanto, a falta de direcionamento e instrução resulta em decisões precipitadas, que são prejudiciais a nossa comunhão com Deus.

Desse modo, é indispensável o exame das Escrituras Sagradas, assim como Cristo nos ensinou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39), ou seja, a fé cristã está fundamentada em Cristo, pois tanto a Lei mosaica quanto o testemunho dos profetas, relatam e ratificam a respeito do “Messias” (Cf. Mt 5.17; Rm 3.21,22).

É também pela Palavra de Deus que adquirimos a maturidade cristã. Uma vida espiritual abençoada é uma vida em constante crescimento na “graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18a), e para tanto, precisamos compreender e aplicar os preceitos e valores contidos nas Escrituras Sagradas, pois assim, saberemos como proceder mediante os conflitos e adversidades que atravessamos em nossas vidas. Quando a Palavra de Deus está verdadeiramente aperfeiçoada em nós, isto significa dizer que, estamos adquirindo maturidade cristã e, assim, atingiremos o ideal de Deus para nossas vidas.

Portanto, para que a juventude de nosso tempo tenha uma vida espiritual saudável, e assim, culmine na vida eterna, é necessário meditar na Palavra de Deus diariamente, visto que é por meio dela que alcançamos a santificação como afirma o apóstolo Paulo: “porque, pela Palavra de Deus e pela oração, é santificada” (1 Tm 4.5).

Considerações finais

Tendo em vista o valor inestimável que possui a Palavra de Deus, devemos considerar que a ação do Espírito foi responsável pela realização desta obra magnífica que se tornou o livro mais lido em toda a história da humanidade. Para tanto, o Senhor Deus chamou, capacitou e inspirou homens valorosos que registraram com primor e temor, aquela que viria a ser conhecida no mundo inteiro como “Palavra de Deus”.

Assim sendo, é irrelevante a declaração dos críticos que não reconhecessem a essência desta “Palavra” e como forma de justificar a sua descrença, alegam que as Escrituras Sagradas ao menos contêm a palavra de Deus, mas não pode ser considerada a Palavra de Deus, visto que autores cometeram falhas ao registrarem os escritos. Todavia, o conteúdo da Santa Palavra é fiel, a sua essência indica para uma vida santa e de comunhão com Deus, e está repleta de ensinamentos que são de suma importância para a vida cristã. Portanto, todo crente deve estudar e refletir na Palavra de Deus, pois nela encontramos o alimento necessário para o nosso crescimento e, como resultado, alcançarmos a maturidade cristã.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Um comentário:

  1. Novo currículo da Escola Bíblica Dominical somente para Jovens. Janeiro de 2015.

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