sexta-feira, 20 de março de 2015

Lição 12 - 1º Trimestre 2015 - Jovens - Eu Creio que a Vontade de Deus é Perfeita.

Lição 12

Eu creio que a vontade de Deus é perfeita1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – O QUE É A VONTADE DE DEUS (Ef 5.17; Sl 143.10)
II – COMO DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS?
III – QUANDO OS PLANOS SE FRUSTRAM
CONCLUSÃO
A CONCRETIZAÇÃO DA VONTADE DIVINA
ROMANOS 12.2
Nesta lição, estudaremos concernente à vontade de Deus que é perfeita. O Senhor sabe o que é melhor para os seus servos e conhece o desejo do coração de cada um. Muitos têm ensinado a respeito da vontade divina com promessas de vitória, prosperidade e êxito. Como resultado, o que temos visto é uma grande quantidade de pessoas decepcionadas, até mesmo com Deus por não verem a realização da tão sonhada “promessa” se cumprir em suas vidas. Na verdade, o que assistimos é a distorção do que significam as promessas de Deus para nós.
É importante refletirmos na orientação bíblica a respeito disso, pois o Senhor é fiel em cumprir tudo o que promete aos seus filhos. Entretanto, precisamos discernir a voz de Deus e obedecermos aos seus mandamentos para compreendermos que propósito o Senhor tem para nossas vidas.
De fato, sabemos que nem tudo sucede da mesma maneira com todos, pois são poucos os que se dispõem em obedecer de forma categórica à vontade divina. A submissão ao Senhor é indispensável para que experimentemos de maneira bem-sucedida a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
Portanto, que nesta lição a classe possa refletir que Deus almeja abençoar e conceder o desejo da nossa alma (Sl 37.4). Contudo, é nossa responsabilidade honrar ao Senhor e servi-Lo com sinceridade e fidelidade.

1. O Senhor Deus nos fez promessas 
Habitualmente, ouvimos falar que Deus tem promessas a cumprir em nossas vidas. Contudo, a conotação que essa expressão possui, muitas vezes, não é genuinamente bíblica, mas repleta de palavras de vitória, de bênçãos, de prosperidade e êxito em todas as áreas da vida. Em decorrência disso, não é pouco o número de pessoas que estão frustradas ou decepcionadas, até mesmo com Deus porque não viram a tal “promessa” se cumprir em suas vidas.
Ainda existe o caso daquelas que se afastam do Caminho do Senhor por causa da dor de não verem o cumprimento de uma promessa que ouviram e acreditaram fielmente que foi Deus quem falou.
Embora seja verdade que o nosso Deus nos faz promessas, é indispensável que os crentes entendam o que a Palavra de Deus apresenta como promessa. Quando a Escritura menciona as promessas, está se referindo ao privilégio de sermos participantes da natureza divina e livres da corrupção deste mundo (Cf. 2 Pe 1.3,4); e não em relação aos nossos projetos e necessidades pessoais, muito embora, “o Senhor segundo as sua riquezas, certamente, suprirá as nossas necessidades em glória” (Cf. Fp 4.19).
Portanto, as promessas de Deus se concretizam quando exercermos, com excelência, a vocação com que formos chamados, ou seja, de salvos em Cristo Jesus para levarmos a mensagem do Reino a todos os homens (vv.9,10).

2. Discernindo a vontade de Deus 
Além disso, é preciso discernimos se realmente é o Senhor quem está falando ao nosso coração, ou mesmo, se a mensagem que nos é direcionada por algum profeta provém de Deus (1 Jo 4.1), visto que há muitas pessoas buscando a orientação divina por intermédio de “profetas”. Isso deve ser tratado com cuidado, pois o que contribui para uma vida de paz e comunhão na presença do Senhor são os preceitos e valores encontrados na Palavra de Deus (2 Tm 3.16).
O Senhor Jesus nos admoestou “a examinar as Escrituras, pois nelas encontramos as instruções que nos levarão à vida eterna, e são elas que testificam de Cristo” (Jo 5.39). Assim sendo, aprendendo a guardar a Palavra de Deus, certamente, estaremos de acordo com a vontade divina que resultará no cumprimento de todas as promessas de Deus em nossas vidas, pois o nosso Deus é fiel.
Sabemos que Deus fala conosco de diversas maneiras, porém na Bíblia não encontramos revelações específicas para nenhum de nós, salvo o que está registrado para testemunho e edificação da nossa fé (vv.20,21). As promessas específicas são resultado da nossa busca e intimidade com Deus, que segundo a sua vontade, Ele nos revela. Nesse caso, a concretização de uma promessa específica é resultado do propósito divino em nossa vida, conforme a nossa obediência e perseverança em cumprir com a nossa parte da Aliança que firmamos com Deus no momento em que aceitamos a fé.
Portanto, como diz Tiago em sua epístola: “Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.7,8). O Senhor Deus espera que haja fé e constância por parte dos seus fiéis em obedecer aos seus mandamentos.

3. A submissão à vontade divina
Assim sendo, para que a vontade de Deus se torne conhecida em nossa vida, é necessário que nos sujeitemos à autoridade divina. A obediência é primordial para vivermos a vontade de Deus. Entretanto, há muitos que não querem obedecer, e como se não bastasse, ainda esperam ver o cumprimento de promessas em suas vidas que nem mesmo o próprio Deus as fez.
Entender a vontade divina para nossas vidas requer santidade, sem a qual, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Logo, para santificarmos a nossa vida, devemos submetê-la ao ensino da Palavra de Deus, pela qual, conhecemos a ética que orienta a nossa conduta em Cristo.
Submeter-se, de acordo com o Dicionário Vine, “vem do grego hupeikõ, que significa ‘aposentar, retirar’ (formado de hupo, ‘debaixo de’, e eikõ, ‘render-se’), por conseguinte, ‘render-se, entregar-se, submeter’. É usado metaforicamente em Hb 13.17, acerca de sujeitar-se’ aos guias espirituais nas igrejas” (CPAD, 2009, p.1003).
Sendo assim, não somos chamados para vivermos mais para nós mesmos, mas para àquEle que nos salvou. “A nossa vida está escondida em Cristo” (Cl 3.3) e a Ele devemos nos sujeitar. A obediência é indispensável na vida de um servo de Deus, e o Senhor requer dos seus despenseiros a fidelidade para que desfrutem da vontade divina que é boa, agradável e perfeita (Cf. 1 Co 4.2; Rm 12.1,2).

Considerações finais
Considerando que o Senhor tem o melhor para cada um de nós, Ele revela a sua vontade por intermédio da sua Palavra. Não temos um Deus omisso que não se importa com o que acontece conosco neste mundo. Pelo contrário, um Deus presente que almeja realizar o desejo do coração de seus filhos. Apesar disso, a pregação que temos visto nos dias atuais, consiste em apresentar a vontade de Deus de acordo com as necessidades humanas deste tempo presente, e não conforme o mais necessário para a humanidade que é a salvação eterna.
Contudo, amados irmãos, o Senhor não nos faz promessas para a nossa decepção, mas deseja que obedeçamos a sua Palavra com um coração verdadeiro, para que provemos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Cf. Rm 12.2). O mais importante é discernirmos bem a voz do Senhor para não sofrermos desnecessariamente. Somos ovelhas de seu rebanho e conhecemos a voz do nosso bom Pastor (Jo 10.14). Que Deus encontre em cada um de nós, a obediência e submissão à sua vontade de modo que possamos honrá-Lo e servi-Lo com um coração verdadeiro e fiel.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Lição 12 - 1º Trimestre 2015 - Adultos - NÃO COBIÇARÁS.

Lição 12

Não cobiçarás
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O DÉCIMO MANDAMENTO
II – COBIÇA
III – A VINHA DE NABOTE
CONCLUSÃO
                                                                           A COBIÇA É RESULTADO DA CONCUPISCÊNCIA HUMANA
1 JOÃO 2.15-17
Na lição desta semana, refletiremos a respeito de um pecado que é resultado da própria natureza humana decaída: a cobiça. Vemos nos dias atuais a constante maldade com que o homem emprega forças para adquirir o que não lhe pertence. Tal conduta é proveniente do pecado impregnado na carne do homem, decorrente da sua queda no jardim do Éden (Gn 3). A partir de então, a concupiscência, ou seja, o desejo desenfreado pelo prazer levou o homem a afastar-se de Deus, e, por conseguinte, todos os seus sentidos e a própria razão se tornaram corrompidos para entender a vontade divina.
De acordo com o apóstolo João em sua primeira epístola, o pecado se forma a partir de três aspectos essenciais do mundanismo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. O apóstolo também os qualifica como desejos transitórios; porém os que fazem a vontade de Deus permanecerão para todo sempre (1 Jo 2.16,17).
De outro modo, para que a natureza humana fosse restaurada da sua condição decaída, o Criador manifestou a sua graça por intermédio de Cristo Jesus, concedendo ao homem, uma nova oportunidade de salvação e reconciliação com Deus. Assim sendo, na lição desta semana, o professor poderá explicar à classe, de que maneira o pecado assume forma na natureza humana, e qual o tratamento que Deus providenciou para que o homem alcançasse o perdão divino e a solução para o pecado.

I. Como ocorre a cobiça na natureza humana
Em decorrência da sua queda no jardim do Éden, o homem perverteu a sua natureza santa criada por Deus e tornou-se pecador. Desde então, afastou-se do Criador e, com isso, todos os seus sentidos tornaram-se corrompidos e o seu pensamento obscurecido para compreender a vontade divina. Desse modo, para que o pecado dominasse a natureza humana, era necessário que o homem se permitisse ser engodado pela própria concupiscência (Cf. Tg 1.14,15).
O apóstolo João discorre que a concupiscência corresponde a três aspectos do mundanismo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (Cf. 1 Jo 2.16,17). De acordo com o Comentário Bíblico Mattew Henry: Novo Testamento – Atos a Apocalipse, “As coisas do mundo, portanto, são distinguidas em três classes, de acordo com as três inclinações predominantes da natureza depravada:

(1) A concupiscência da carne. A carne aqui, sendo distinguida dos olhos e da vida, refere-se ao corpo. A concupiscência da carne é, subjetivamente, o capricho e apetite dos prazeres carnais; e, objetivamente, todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres da carne. Essa concupiscência é comumente chamada de luxúria.
(2) A concupiscência dos olhos. Os olhos se deleitam com tesouros; riquezas e posses valiosas são almejadas por um olhar esbanjador; essa é a concupiscência da cobiça.
(3) Existe a soberba da vida. Uma mente vaidosa almeja toda grandeza e pompa de uma vida vangloriosa; é uma ambição desenfreada e uma avidez por honra e aplauso. A soberba da vida é, em parte, a doença do ouvido; ele precisa ser lisonjeado com admiração e aplausos. Os objetos desses apetites precisam ser abandonados e renunciados; como eles atraem e dominam a afeição e desejo, eles não são do Pai, mas do mundo (v.16)” (CPAD, 2010, p.915).
Com efeito, o pecado assumiu lugar na natureza do homem, resultando em sua morte (Cf. Rm 6.23). Porém, quanto àqueles que renunciam a carne, a fim de obedecerem a vontade divina, desfrutarão da vida eterna ao lado dAquele que fez a promessa e é Fiel para a cumprir (Cf. 1 Jo 2.17; 1 Ts 5.24).

II. Deus deseja restaurar a humanidade
Contrapondo o declínio pecaminoso em que o homem havia imergido, o Senhor Deus manifestou a sua graça e misericórdia, trazendo a oportunidade de uma vida nova ao homem. Como bem sabemos, o primeiro homem pecou e por ele entrou o pecado no mundo, e o pecado trouxe consigo a morte (Rm 5.12).
A partir de então, toda a humanidade carrega a semente do pecado em sua carne, e, por conseguinte, todos morrerão, pois este é “o salário do pecado” (Rm 6.23). Mas Deus, pelo seu imenso amor com que nos amou, manifestou a sua graça através de Jesus Cristo, e nos concedeu a oportunidade de obtermos o perdão de nossos pecados e a salvação mediante a fé (Ef 2.8).
O declínio do homem se deu quando este se entregou a cobiçar o que não lhe era de direito, com o propósito de satisfazer seus prazeres carnais. Desse modo, o homem negligenciou a comunhão com Deus e se fez pecador (Gn 3.6). Em razão disso, Cristo veio a este mundo para restaurar a capacidade de entendimento humana e renovar os seus sentidos, a fim de que o homem torne a compreensão da verdade por meio da Palavra de Deus.
Logo, o que deve ser mudado dentro do homem é o egoísmo de um coração que só pensa em suas necessidades. Disso procedeu a cobiça que levou Eva a admirar aquele fruto que Deus havia proibido ao homem de comer (Gn 2.16; 3.6,7).
Portanto, muitos são os fatores que levaram o homem a imergir no pecado; mas, por certo, a cobiça aparece aqui como o ponto determinante que levou a humanidade ao caos em que ela se encontra nos dias atuais.

Considerações finais
Concluímos, pois, que a natureza humana é má, devido à sua predominante inclinação ao pecado. Em decorrência da cobiça, da conivência com as concupiscências que guerreiam em sua carne, o homem se tornou escravo do pecado (Rm 7.15-24. Contudo, o Senhor Deus que é riquíssimo em misericórdia, manifestou a sua graça pelo seu imenso amor, e entregou o melhor que tinha, isto é, Jesus Cristo, o seu Filho amado para morrer na cruz do Calvário, a fim de que alcancemos o perdão de nossas ofensas.
Por esta razão, não necessitamos mais de nos submeter à vontade da carne, pois agora temos o Espírito Santo que nos orienta através da Palavra de Deus, a andarmos de acordo com a vontade divina; e mediante a fé, somos justificados de toda culpa do pecado (Cf. Rm 5.1).
Assim sendo, devemos sujeitar as nossas vidas ao senhorio de Cristo, pois é Ele quem nos guia a fazer a vontade do Espírito e a renunciarmos aos desejos egoístas e carnais que antes dominavam a nosso pensamento. Portanto, que possamos exercitar a nossa fé e ocuparmos o nosso tempo com as coisas que são do Alto, pois isso será proveitoso para a nossa edificação espiritual e santificação (Cf. Fl 4.8,9).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

sábado, 14 de março de 2015

Lição 11 - 1º Trimestre 2015 - Jovens - EU CREIO NO JEJUM E NA ORAÇÃO.

Lição 11

Eu creio no jejum e na oração1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – BUSCANDO A DEUS EM ORAÇÃO
II – O JEJUM NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
III – O JEJUM E A ORAÇÃO QUE AGRADAM A DEUS
CONCLUSÃO
A IMPORTÂNCIA DO JEJUM E DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE.
MARCOS 9.29

Na lição desta semana, estudaremos a respeito de algumas práticas deixadas por muitos crentes nos dias atuais: o jejum e a oração. Há crentes que chegam a afirmar que Deus aboliu o jejum e que não precisamos mais jejuar. Contudo, a Palavra de Deus nos ensina que Cristo recomendou aos seus discípulos, estarem preparados, pois as castas de demônios que teriam de enfrentar, só poderiam ser combatidas por intermédio de muito jejum e oração (Mc 9.29). Sendo assim, é indispensável que os crentes busquem o fortalecimento espiritual por meio de uma vida consagrada e cheia do Espírito Santo.
Nesse caso, o jejum e a oração são importantes recursos que contribuem para o revestimento espiritual do crente. Tendo em vista que a missão ministerial de pregar a Palavra da justiça exige de seus servos a habilidade de saber suportar as ofensivas espirituais do mal, e, por conseguinte “destruir os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). Portanto, nesta lição, o professor poderá ensinar seus alunos a respeito da importância de se fazer uso do jejum e da oração como recursos indispensáveis na batalha contra as hostes espirituais da maldade que se levantam contra o trabalho realizado pela Igreja do Senhor (Cf. Ef 6.10-20).

1. O jejum e a oração para o crente

Há muitos crentes que não creem mais que o jejum seja uma prática de importante valor espiritual nos dias atuais, e nem mesmo a oração seja um exercício relevante em nossos dias. No entanto, o Senhor Jesus, quando ainda estava com seus discípulos, admoestou a respeito da importância do jejum e da oração, como importantes recursos para combater as hostes espirituais que guerreiam contra a Igreja (Cf. Mc 9.29).

Embora a Igreja esteja em um espaço geográfico e material, sua atuação deve ser consistente, principalmente, no campo espiritual. A Bíblia de Estudo Pentecostal comenta o episódio de Cristo ensinando os seus discípulos em relação ao jejum e a oração: “Jesus não está dizendo aqui que, para a expulsão de certo tipo de espírito imundo, era necessário um período de oração e jejum. O princípio aqui é outro: onde há pouca fé, há pouca oração e jejum (Mt 17.19,20). Onde há muita oração e jejum resultante da dedicação genuína a Deus e à sua Palavra, há abundância de fé. Se os discípulos tivessem uma vida de oração e jejum como Jesus, poderiam ter resolvido esse caso” (CPAD, 1995, p.1478).

Em razão disso, os crentes devem estar revestidos da armadura de Deus (Cf Ef 6.10-20), preparados para atacar o campo do inimigo e, assim salvar almas para o Reino de Cristo. Sabendo que, o preparo espiritual é fundamental para que a Igreja suporte as tentações e perseguições que advêm em decorrência da pregação do evangelho (Cf. Mt 5.11,12). Portanto, o jejum empregado nessas circunstâncias é enriquecedor para a vida cristã, visto que contribui para a intimidade e consagração do homem a Deus.

2. O desempenho da missão ministerial

Além do fortalecimento espiritual do crente para enfrentar as adversidades e os ataques diabólicos que advém diariamente, o jejum e a oração são importantes recursos para que o servo de Deus possa desempenhar a missão ministerial de pregar a Palavra de Deus. Nossa missão consiste, exatamente, em destruir os investimentos que Satanás opera, a fim de perpetuar o engano e a ignorância na mente das pessoas para que não compreendam a verdade do evangelho. Por esta razão, a nossa fé deve está fortalecida na Palavra, e não somente no que concerne ao conhecimento, mas também à obediência da Palavra de Deus.

À vista disso, o jejum e a oração contribuem também para a intimidade do crente com Deus. De fato, quando estamos em período de abstinência de alimento e, tão somente, concentrados em oração, ficamos mais sensíveis a ouvir e compreender as coisas que se discernem espiritualmente (Cf. 2 Co 2.14). O Dicionário Bíblico Wycliffe relata esse aspecto do jejum: “Como um acompanhamento à oração, o jejum é frequentemente algo desejável ao homem piedoso, e não meramente uma questão de rigorosa autodisciplina. Durante um jejum, as faculdades mentais e espirituais da pessoa parecem mais alertas e mais sensíveis ao Espírito de Deus, e a intercessão parece mais fácil, mais eficaz. Assim Davi jejuou enquanto orava por seu filho doente (2 Sm 12.16-23), e até mesmo por seus adversários, quando estavam enfermos (Sl 35.13). Neemias também jejuou quando intercedeu por Israel (Ne 1.4-11). Os primeiros cristãos pensavam que o jejum era benéfico enquanto buscavam a vontade e a direção de Deus (At 13.2,3; 14.23). Durante um período de três semanas de autoquebrantamento, e buscando entender o futuro, Daniel não comeu nenhum manjar desejável, isto é, iguarias, nem carne nem vinho (Dn 10.2,3). Tal jejum parcial pode ser ajuda eficaz para a concentração espiritual e para a oração” (CPAD, 2010, p.1017).

Assim sendo, o jejum e a oração são importantes ferramentas que não podem ser abandonadas pelos que servem a Deus. Visto que o nosso desempenho ministerial é fortalecido quando nos preparamos adequadamente para cumprir a missão que nos foi incumbida: pregar o evangelho (Mt 28.19,20; Ef 6.10-20).

Considerações finais

Convenhamos que, uma vida espiritual saudável é resultado de consagração e obediência à Palavra de Deus. Embora muitos considerem o jejum e a oração, práticas desnecessárias nos dias atuais, todavia, Cristo confirmou que chegariam dias que seus discípulos jejuariam (Lc 5.33-35). O cenário atual em que a Igreja está inserida nos remete a pensar que, clamar não é o bastante. Precisamos jejuar e humilhar o nosso coração na presença de Deus, a fim de que Ele entre com providência e mude a nossa realidade.

Tendo em vista que a nossa missão não pode ser realizada de qualquer maneira, jejuar e orar faz parte da preparação do crente para a realização do chamado ministerial, e tais recursos não podem ser dispensados. Portanto, que possamos separar momentos para o devocional e consagração a Deus, pois certamente esta atitude trará um bom efeito em nossa vida espiritual, e certamente, nos ajudará a suportar as diversas batalhas que temos de travar diariamente contra o inimigo de nossas almas.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 11 - 1º Trimestre 2015 - Adultos - NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO.

Lição 11

Não darás falso testemunho
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O NONO MANDAMENTO
II – O PROCESSO
III – A VERDADE
IV – O CUIDADO COM A MENTIRA
CONCLUSÃO
DEUS ABOMINA O QUE SEMEIA CONTENDA ENTRE IRMÃOS
PROVÉRBIOS 6.19.
Na aula desta semana, aprenderemos concernente ao nono mandamento que diz respeito à prática do falso testemunho. Toda desobediência é pecado e desagrada a Deus, porém os que fazem uso da mentira a fim de danificar a imagem do seu próximo, ou mesmo provocar desavença entre os irmãos, tornam-se execráveis perante o Senhor. Visto que Deus abomina tais práticas e não terá por inocente o que se comporta de tal maneira com o seu semelhante, pois todos terão de prestar contas a Deus, por cada palavra ociosa proferida durante o tempo de vida neste mundo (Mt 12.35-37).
Não obstante, o propósito divino para o homem não é a sua destruição, e sim que viva em santidade perante o Senhor e preserve a comunhão com os demais irmãos, pois “se não amamos ao próximo que estamos vendo, como amaremos a Deus, a quem não vemos?” (1 Jo 4.21). Assim sendo, o que pratica o mandamento real de amar o seu semelhante, certamente, não haverá de desmoralizá-lo. Portanto, professor, ressalte que, o hábito ilícito de dar falso testemunho contra o próximo deve ser rejeitado pela Igreja. O corpo de Cristo não deve permitir que a maledicência e práticas semelhantes a esta danifique a comunhão entre os irmãos.

I. O que semeia contenda entre os irmãos

À vista do que ordena o nono mandamento, o Senhor Deus não aprova o comportamento de determinadas pessoas que, mesmo dentre os fieis, fazem uso da mentira para danificar a imagem do seu próximo. O apóstolo Paulo exorta à Igreja de Corinto, com respeito às atitudes pecaminosas que toleravam no seio da Igreja: “Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?” (1 Co 3.2,3). Sendo assim, os que também querem provocar desavenças e contendas entre os irmãos, tornam-se execráveis perante o Senhor, ou seja, aborrecíveis, filhos da desobediência (Jd 14-16).

Infelizmente, mesmo tendo o conhecimento da Palavra, aqueles irmãos ainda permitiam que as obras da carne prevalecessem em suas vidas. Todavia, como exortou o apóstolo Paulo, não era essa a vontade de Deus para os seus filhos, e sim que buscassem o arrependimento sincero e a santificação, a fim de que a comunhão com Deus e com os demais irmãos fosse preservada.

Como mostra a Palavra de Deus, os que tais coisas fazem, ainda são carnais e não estão experimentados na Palavra da Verdade (Hb 5.12,13). Porquanto, precisam aprender um pouco mais acerca do amor de Deus que nos ensina “a suportar uns aos outros, perdoando-nos uns aos outros em amor; assim como Cristo nos perdoou, assim também devemos fazer com o nosso semelhante” (Cf. Cl 3.13).

E por mais difícil que seja, temos que suportar as diferenças, a fim de mantermos a comunhão com Deus e com os irmãos. Portanto, o que profere palavras enganosas e semeia contenda entre os irmãos, está se comportando de maneira carnal e, certamente, ainda não compreendeu o incomensurável amor que Deus tem pela sua Igreja.

II. Deus abomina a prática da maledicência

Tendo em vista que Deus abomina a prática da maledicência, a intriga e a fofoca, pois tais coisas são ofensivas a Deus, Ele não terá por inocente, os que se comportam de tal maneira contra o seu semelhante. A Bíblia nos ensina que, todos terão de prestar contas a Deus por cada palavra ociosa proferida durante o tempo de vida neste mundo (Mt 12.35-37). Nesse caso, os que se dão a falar mal do seu próximo, assim como os que pronunciam palavras ofensivas contra a reputação de alguém, certamente, não ficarão impunes diante de Deus no Dia do Juízo que está reservado para os filhos da desobediência (Cf. Ap 21.8).

Semelhantemente, o texto bíblico de Provérbios 6.16-19, discorre que tais atitudes são abomináveis para Deus. O Dicionário Vine relata um significado específico para a palavra abominação: “a expressão tô ‘ebãh é usado na esfera da jurisprudência e das relações familiares ou tribais. Certos atos ou características são destrutivos da harmonia societária e familiar; tais coisas e pessoas que as fazem são descritas pala palavra tô ‘ebãh: ‘estas seis coisas aborrece ao Senhor, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, e língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente, e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para o mal, e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.19-19). Deus diz: ‘O pensamento do tolo é pecado, e é abominável aos homens o escarnecedor’ (Pv 24.9), porque ele espalha sua amargura entre o povo de Deus, rompendo a unidade e a harmonia” (CPAD, 2009, p.27).

Portanto, é imprescindível que a comunhão seja preservada e guardada para que a Igreja se mantenha saudável, e assim seja relevante para a sociedade em que está inserida.

III. O propósito divino para o homem: a santidade e a comunhão

Muito embora, notemos que a humanidade tenha declinado moralmente e perdido a pureza do jardim do Éden, o propósito divino para o homem não é a sua destruição. Antes, o Senhor Deus criou o homem para que viva em comunhão e santidade com Deus e com os demais irmãos. A orientação bíblica encontrada na carta aos efésios é direcionada aos que já possuem o conhecimento da verdade: “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).

Desse modo, a nova vida em Cristo deve afastar da conduta dos novos convertidos, tudo aquilo que não é agradável a Deus. O pensamento falso, a mentira, a falta de amor, o desrespeito para com o próximo, o mexerico, a fofoca e coisas semelhantes a estas devem ser evitadas para que a comunhão no seio da igreja seja preservada. O apóstolo Paulo declara na segunda carta a Timóteo: “Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto” (2 Tm 2.16,17). Palavras mal ditas ou mesmo pronunciadas em momento errado não edificam, e o apóstolo compara tais expressões a “uma enfermidade que causa a morte de determinados tecidos ou órgãos do corpo e que vai levando paulatinamente à destruição de todo o organismo” (Dicionário Eletrônico Houass da Língua Portuguesa – Nota).

Do mesmo modo, a Igreja é o corpo de Cristo, um organismo vivo que não pode adoecer. Se tais práticas tornam-se corriqueiras na conduta dos crentes da comunidade cristã, por certo é hora de revermos os conceitos e valores que norteiam a nossa vida espiritual.

Portanto, Deus espera que a sua Igreja preserve a comunhão entre os irmãos, e pratique o amor que é o vinculo da perfeição, pois os que possuem esta consciência, certamente cuidarão de evitar que qualquer palavra indevida comprometa a harmonia da Igreja.

Considerações finais

Assim sendo, que possamos como Igreja de Cristo, cumprir a admoestação de Tiago: “Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19). Visto que a palavra que sai da nossa boca deve ser para a edificação do nosso próximo, e nunca para a destruição. Porquanto, o nosso Deus promete que chegará um dia em que Ele trará a juízo todas as obras, quer sejam boas ou más, assim como toda palavra sem sentido dita pelos homens (Mt 12.36).

Tendo em vista que, não há nada que entristeça mais o coração de Deus do que a quebra da comunhão entre os seus filhos, e isso provocada pela intolerância e falta de amor daqueles que se dizem servos da justiça, quando na verdade, estão prestando um serviço a Satanás, a partir do momento em que semeiam contendas e divisões entre os irmãos.
Portanto, que possamos viver uma vida cristã de maneira que, em tudo sejamos encontrados como obreiros aprovados que manejam bem a Palavra da Justiça e não têm do que se envergonhar (Cf. 2 Tm 2.15).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Lição 10 - 1º Trimestre 2015 - JOVENS - EU CREIO QUE POSSO FAZER A DIFERENÇA.

Lição 10

Eu creio que posso fazer a diferença1° Trimestre de 2015
rev-jovens
INTRODUÇÃO
I – SOU UM CIDADÃO DO REINO (Mc 1.15; Jo 3.3-5)
II – NOSSA MISSÃO EVANGELIZADORA DO REINO (At 1.8; Mt 5.13-16)
III – MISSÃO SOCIAL (Mt 25.34-36; At 4.32-35)
CONCLUSÃO
A MISSÃO GLORIOSA DA IGREJA: “EVANGELIZAR”
MATEUS 25.34-40
Na lição desta semana, refletiremos com relação à ordenança de Cristo à sua Igreja: “Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Dessa forma, a principal e urgente incumbência da Igreja é pregar a Palavra de Deus, a fim de que todos cheguem ao conhecimento da verdade e alcancem a salvação. Para isso, é indispensável que a pregação do evangelho atente para as maiores necessidades do ser humano: a espiritual, a emocional e a material.
O evangelho que cremos não cuida apenas do destino final do homem na eternidade, mas também atenta para o cotidiano humano, para as dificuldades e crises existenciais resultantes do processo de amadurecimento que o homem precisa atravessar, a fim de que conheça a Deus e o glorifique como Criador e Senhor.
Portanto, amigo professor, destaque em sua aula que o cumprimento do “Ide” atenta para o ser humano em seu todo. Ressalte que o evangelho de Cristo é o poder de Deus, não somente para salvação, mas também para tratar da consciência humana, a fim de que o homem encontre na liberdade da graça, um novo estilo de vida que atenda as suas maiores necessidades e o leve a estar em plena comunhão com o Criador. Tenha uma boa aula! 

1. A importância do evangelismo para a Igreja
Em vista disso, a existência da Igreja de Cristo neste mundo é decorrente da ação do Espírito Santo que impele seus servos a propagarem a Palavra de Cristo “em tempo ou fora de tempo”, por toda parte onde quer que a Igreja se encontre. Esta incumbência é uma necessidade urgente, dado que há muitas pessoas que ainda não conhecem a Cristo, ou mesmo ignoram a verdade bíblica pelo fato de não haver ensino legítimo das Escrituras Sagradas.
Em razão disso, a igreja deve se preocupar em evangelizar a todos os povos de forma qualitativa, de acordo com a doutrina bíblica, sem que haja interferência de qualquer outro motivo que não seja a salvação e o cuidado das pessoas com amor.
Na obra Manual de Integração do Novo Convertido, Marli Doreto discorre da seguinte maneira a respeito da integração doutrinária do novo convertido: “O novo convertido está doutrinariamente integrado, quando os ensinamentos bíblicos estiverem bem cimentados em sua alma e fizerem parte do seu viver diário; quando a Palavra de Cristo estiver habitando neles, abundantemente, em toda sabedoria (Cl 6.16); quando estiverem preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que lhe pedir a razão da esperança que neles há (1 Pe 3.15), e viverem naturalmente aquilo que professam com os lábios. As doutrinas cristãs, da forma como são apresentadas através das mensagens e estudos bíblicos, nos cultos públicos e de doutrina, podem parecer de difícil compreensão aos novos crentes. Entretanto, são fundamentais ao seu crescimento espiritual” (CPAD, 2007, p.22).
De fato, é indispensável que o ensino das verdades bíblicas seja consistente, caso contrário, formaremos uma nova geração sem o devido conhecimento e comprometimento com os valores da Palavra de Deus. Precisamos de uma Igreja sólida, disposta a permanecer na doutrina de Cristo, mesmo que isso seja trabalhoso.
O apóstolo João enfatizou: “Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou” (1 Jo 2.6). Porquanto, o evangelho preza por um novo estilo de vida que evidencia o caráter de Cristo encontrado naqueles que são seguidores da verdade. Portanto, o trabalho de evangelizar não se resume somente em anunciar a mensagem do Reino, mas também em zelar pela integração dos novos convertidos à nova vida em Cristo, visto que é um trabalho constante de “tornar alguém discípulo de Jesus” (Cf. Mt 28.19,20).
2. O evangelho atende às maiores necessidades humana
Sendo assim, o evangelho possui algumas características que o tornam indispensável ao ser humano. As “boas novas” têm o poder de transformar o pensamento humano a partir do momento em que este recebe a Palavra de Deus em seu coração e confessa crer no ato redentor de Cristo na cruz do Calvário (Cf. Rm 10.10).
Desta forma, a mensagem da cruz pode atender plenamente às maiores necessidades da esfera humana: primeiramente a espiritual, pois trata de resolver o problema do pecado. Ao passo que o homem se rende a Cristo, tem seus pecados perdoados, e é justificado mediante a fé que declara no sacrifício vicário que Ele realizou na cruz do Calvário (Cf. Rm 5.1).
Em seguida, o evangelho possui o poder de tratar da emoção humana, pois ao passo que o homem conhece a graça de Deus, está livre de todo o sentimento de culpa decorrente dos erros cometidos no passado, e assim, pode desfrutar da liberdade e da Paz de Deus que guarda os nossos sentimentos em Cristo Jesus (Fp 4.7).
E por fim, o evangelho trata de cuidar do nosso corpo que é o templo do Espírito Santo. Ele regenera o homem de todo vício e de todas as coisas que comprometem a saúde física, dando as condições necessárias para que o ser humano realize a obra de Deus. Muito embora, ainda não estamos plenamente livres de sofrer os danos materiais decorrentes desta vida (1 Co 6.19,20).
A Bíblia afirma que “Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” (1 Co 15.53,54).
Portanto, o evangelho do Jesus Cristo, trata do homem em toda a sua esfera, inclusive em suas dificuldades e crises existenciais que são necessárias para o amadurecimento na fé, a fim de que o homem conheça a Deus e o glorifique como Criador e Senhor. 

Considerações finais
Por fim, que possamos refletir acerca do nosso papel como Igreja, a representante de Cristo neste mundo. Devemos cumprir a missão de pregar o evangelho não somente na perspectiva de uma salvação que ainda estar por se consumar na eternidade. Antes, um evangelho em que a salvação começa agora, no cuidado de Deus com o homem na sua totalidade. O Senhor quer tratar de nosso espírito, alma e corpo, a fim de que vivamos um estilo de vida neste mundo como salvos em Cristo.
Embora tenhamos de enfrentar determinadas adversidades, a nossa esperança de fé nos leva a entender que “as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Portanto, que a nossa pregação tenha como prioridade a salvação e o cuidado com o próprio homem, a mais excelente de todas as obras da criação de Deus.


Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 9 - 1º Trimestre 2015 - JOVENS - EU CREIO QUE DEUS TRANSFORMA O HOMEM.

Lição 9

Eu creio que Deus transforma o homem1° Trimestre de 2015
INTRODUÇÃOrev-jovens
I – A NECESSIDADE DE UMA TRANSFORMAÇÃO (Gn 1.26; 3; Rm 3.23)
II – O PODER TRANSFORMADOR DE JESUS (Lc 19.1-10)
III – A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA TRANSFORMAÇÃO DO HOMEM (Jo 3.3; 2 Co 5.17)
CONCLUSÃO
COMO DEUS TRANSFORMA O HOMEM
ROMANOS 1.16

Na lição desta semana, estudaremos concernente à ação graciosa de Deus que transforma o ser humano. Muitos questionam de que forma isso seria possível. A resposta está no evangelho que é “o poder de Deus para salvação do homem que necessita da ação do Espírito Santo para ser uma nova criatura” (Rm 1.16; 2 Co 5.17,18). Antes de qualquer coisa, é necessário compreender que a humanidade carece de redenção. A natureza decaída do homem precisa ser redimida do pecado original, a fim de que se torne uma nova criatura, gerada pela palavra da verdade (Cf. Tg 1.18).
Desse modo, somente o conhecimento do amor de Deus é que pode levar o homem ao novo nascimento (Jo 3.3). Além do que, é a fé no sacrifício de Jesus Cristo, o Filho de Deus que derramou o seu sangue na cruz do calvário, que dá ao homem o direito de experimentar a graça transformadora do Espírito de Deus em sua vida. Portanto, amado professor, explique aos seus alunos que mediante o conhecimento de Cristo e a fé em seu ato redentor sobre a cruz, é possível experimentar o poder de Deus que transforma o homem em uma nova criatura. Enfatize que, devemos praticar o amor de Deus, pelo qual, somos aperfeiçoados em nossa caminhada cristã, pois isso nos levará à santificação. Tenha uma boa aula!

1. O evangelho é o poder de Deus para transformação do homem
A natureza humana encontra-se decaída, devido ao pecado original cometido por Adão e Eva. Por conta disso, o homem necessita da ação do Espírito Santo para torná-lo uma nova criatura e, assim, retornar a plena comunhão com o Criador. Todavia, para que isso fosse possível, era necessário que a culpa do pecado fosse removida do homem.
Nessa ocasião, a graça de Deus se manifestou por meio do evangelho, anunciando a remissão dos pecados mediante a fé no sacrifício de Cristo na cruz, ou seja, Cristo assumiu perante Deus a culpa dos pecados como o Cordeiro santo que tira o pecado do mundo, e torna o pecador sem culpa e justificado pela fé diante de Deus (Rm 4.4,5; 5.1). Assim sendo, o evangelho tem o poder de transformar a velha natureza humana em uma nova criatura, apta pra estar em comunhão com Deus.

No Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, Laurence O. Richards comenta: “O termo grego para a palavra poder é dunamis. Ele não é, como alguns acreditam, uma força explosiva (dinamite) de Deus, mas uma inextinguível energia que permite que Ele faça uma transformação interior nos seres humanos.
O conceito subjacente da ‘salvação’ mantém nossa atenção focalizada em nosso interior. No Antigo Testamento, a ‘salvação’ era a libertação dos inimigos estrangeiros; mas no Novo Testamento ela representa principalmente a libertação do poder corruptor do pecado, e o temor de suas eternas consequências. Paulo talvez esteja esperando aqui que seus leitores também pensem no uso cotidiano dessa palavra no primeiro século, onde soteria significava ‘saúde, segurança, preservação’. O evangelho é o poder de Deus — poder que é transmitido a todos os que creem, para nos livrar das trágicas consequências de nosso pecado, e nos tornar espiritualmente sadios para sempre” (CPAD, 2007, p.290).
Assim, Deus se revela ao homem por meio da mensagem do evangelho, a “Palavra da Salvação”, a fim de transformar o coração humano e renová-lo à comunhão com o Criador.

2. O conhecimento do amor de Deus leva o homem ao novo nascimento
Em vista disso, muitos não compreendem como ocorre, ou mesmo não vivenciam a verdadeira transformação interior. Na verdade, essa mudança que chamamos de conversão, não pode ser compreendida do ponto de vista natural, mas é fruto da ação do Espírito Santo em convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Cf. Jo 16.7-11).
Nesse caso, o conhecimento da Palavra de Deus tem o poder de gerar na mente humana uma nova forma de pensar, e também uma mudança de comportamento. Isso se dá, a partir da compreensão do amor de Deus que, segundo o apóstolo João, se faz presente na vida daqueles que nasceram de novo: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4.7-10).
Portanto, somente por meio da fé no sacrifico vicário de Cristo na cruz do calvário, é possível ao homem experimentar da graça transformadora do Espírito de Deus em sua vida.

Considerações finais
Finalmente, podemos concluir que somente a ação do Espírito de Deus em nossas vidas, pode nos transformar em novas criaturas. E isso, o Senhor Deus realiza não porque merecemos, mas sim, por seu grandioso amor que tem para conosco.
Visto que Deus não permitiu que a principal obra da sua criação continuasse perdida e sem direção. Para restaurar o homem, Deus enviou o seu Filho amado a este mundo, a fim de se entregar a morrer na cruz do Calvário “para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Cf. Jo 3.16). Dessa forma, a regeneração no interior do homem tornou-se possível, pois a Palavra da verdade produz a transformação de que o ser humano precisa para ser uma nova criatura.
Portanto, que possamos compreender que somos transformados pelo amor de Deus que Ele nos dá a conhecer, para que da mesma maneira também possamos amar ao nosso semelhante. “Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros” (1 Jo 4.10).

Por Thiago Santos
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.