quarta-feira, 18 de março de 2015

Lição 12 - 1º Trimestre 2015 - Adultos - NÃO COBIÇARÁS.

Lição 12

Não cobiçarás
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O DÉCIMO MANDAMENTO
II – COBIÇA
III – A VINHA DE NABOTE
CONCLUSÃO
                                                                           A COBIÇA É RESULTADO DA CONCUPISCÊNCIA HUMANA
1 JOÃO 2.15-17
Na lição desta semana, refletiremos a respeito de um pecado que é resultado da própria natureza humana decaída: a cobiça. Vemos nos dias atuais a constante maldade com que o homem emprega forças para adquirir o que não lhe pertence. Tal conduta é proveniente do pecado impregnado na carne do homem, decorrente da sua queda no jardim do Éden (Gn 3). A partir de então, a concupiscência, ou seja, o desejo desenfreado pelo prazer levou o homem a afastar-se de Deus, e, por conseguinte, todos os seus sentidos e a própria razão se tornaram corrompidos para entender a vontade divina.
De acordo com o apóstolo João em sua primeira epístola, o pecado se forma a partir de três aspectos essenciais do mundanismo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. O apóstolo também os qualifica como desejos transitórios; porém os que fazem a vontade de Deus permanecerão para todo sempre (1 Jo 2.16,17).
De outro modo, para que a natureza humana fosse restaurada da sua condição decaída, o Criador manifestou a sua graça por intermédio de Cristo Jesus, concedendo ao homem, uma nova oportunidade de salvação e reconciliação com Deus. Assim sendo, na lição desta semana, o professor poderá explicar à classe, de que maneira o pecado assume forma na natureza humana, e qual o tratamento que Deus providenciou para que o homem alcançasse o perdão divino e a solução para o pecado.

I. Como ocorre a cobiça na natureza humana
Em decorrência da sua queda no jardim do Éden, o homem perverteu a sua natureza santa criada por Deus e tornou-se pecador. Desde então, afastou-se do Criador e, com isso, todos os seus sentidos tornaram-se corrompidos e o seu pensamento obscurecido para compreender a vontade divina. Desse modo, para que o pecado dominasse a natureza humana, era necessário que o homem se permitisse ser engodado pela própria concupiscência (Cf. Tg 1.14,15).
O apóstolo João discorre que a concupiscência corresponde a três aspectos do mundanismo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (Cf. 1 Jo 2.16,17). De acordo com o Comentário Bíblico Mattew Henry: Novo Testamento – Atos a Apocalipse, “As coisas do mundo, portanto, são distinguidas em três classes, de acordo com as três inclinações predominantes da natureza depravada:

(1) A concupiscência da carne. A carne aqui, sendo distinguida dos olhos e da vida, refere-se ao corpo. A concupiscência da carne é, subjetivamente, o capricho e apetite dos prazeres carnais; e, objetivamente, todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres da carne. Essa concupiscência é comumente chamada de luxúria.
(2) A concupiscência dos olhos. Os olhos se deleitam com tesouros; riquezas e posses valiosas são almejadas por um olhar esbanjador; essa é a concupiscência da cobiça.
(3) Existe a soberba da vida. Uma mente vaidosa almeja toda grandeza e pompa de uma vida vangloriosa; é uma ambição desenfreada e uma avidez por honra e aplauso. A soberba da vida é, em parte, a doença do ouvido; ele precisa ser lisonjeado com admiração e aplausos. Os objetos desses apetites precisam ser abandonados e renunciados; como eles atraem e dominam a afeição e desejo, eles não são do Pai, mas do mundo (v.16)” (CPAD, 2010, p.915).
Com efeito, o pecado assumiu lugar na natureza do homem, resultando em sua morte (Cf. Rm 6.23). Porém, quanto àqueles que renunciam a carne, a fim de obedecerem a vontade divina, desfrutarão da vida eterna ao lado dAquele que fez a promessa e é Fiel para a cumprir (Cf. 1 Jo 2.17; 1 Ts 5.24).

II. Deus deseja restaurar a humanidade
Contrapondo o declínio pecaminoso em que o homem havia imergido, o Senhor Deus manifestou a sua graça e misericórdia, trazendo a oportunidade de uma vida nova ao homem. Como bem sabemos, o primeiro homem pecou e por ele entrou o pecado no mundo, e o pecado trouxe consigo a morte (Rm 5.12).
A partir de então, toda a humanidade carrega a semente do pecado em sua carne, e, por conseguinte, todos morrerão, pois este é “o salário do pecado” (Rm 6.23). Mas Deus, pelo seu imenso amor com que nos amou, manifestou a sua graça através de Jesus Cristo, e nos concedeu a oportunidade de obtermos o perdão de nossos pecados e a salvação mediante a fé (Ef 2.8).
O declínio do homem se deu quando este se entregou a cobiçar o que não lhe era de direito, com o propósito de satisfazer seus prazeres carnais. Desse modo, o homem negligenciou a comunhão com Deus e se fez pecador (Gn 3.6). Em razão disso, Cristo veio a este mundo para restaurar a capacidade de entendimento humana e renovar os seus sentidos, a fim de que o homem torne a compreensão da verdade por meio da Palavra de Deus.
Logo, o que deve ser mudado dentro do homem é o egoísmo de um coração que só pensa em suas necessidades. Disso procedeu a cobiça que levou Eva a admirar aquele fruto que Deus havia proibido ao homem de comer (Gn 2.16; 3.6,7).
Portanto, muitos são os fatores que levaram o homem a imergir no pecado; mas, por certo, a cobiça aparece aqui como o ponto determinante que levou a humanidade ao caos em que ela se encontra nos dias atuais.

Considerações finais
Concluímos, pois, que a natureza humana é má, devido à sua predominante inclinação ao pecado. Em decorrência da cobiça, da conivência com as concupiscências que guerreiam em sua carne, o homem se tornou escravo do pecado (Rm 7.15-24. Contudo, o Senhor Deus que é riquíssimo em misericórdia, manifestou a sua graça pelo seu imenso amor, e entregou o melhor que tinha, isto é, Jesus Cristo, o seu Filho amado para morrer na cruz do Calvário, a fim de que alcancemos o perdão de nossas ofensas.
Por esta razão, não necessitamos mais de nos submeter à vontade da carne, pois agora temos o Espírito Santo que nos orienta através da Palavra de Deus, a andarmos de acordo com a vontade divina; e mediante a fé, somos justificados de toda culpa do pecado (Cf. Rm 5.1).
Assim sendo, devemos sujeitar as nossas vidas ao senhorio de Cristo, pois é Ele quem nos guia a fazer a vontade do Espírito e a renunciarmos aos desejos egoístas e carnais que antes dominavam a nosso pensamento. Portanto, que possamos exercitar a nossa fé e ocuparmos o nosso tempo com as coisas que são do Alto, pois isso será proveitoso para a nossa edificação espiritual e santificação (Cf. Fl 4.8,9).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

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