sábado, 20 de junho de 2015

Lição 12 - Os Discípulos de Jesus e a Participação Política. Jovens.

Lição 12

Os Discípulos de Jesus e a Participação Política2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - O QUE É POLÍTICA?
II - POLÍTICA SEGUNDO A BÍBLIA
III - A RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO CRISTÃO
CONCLUSÃO

A SUJEIÇÃO À AUTORIDADE DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS (ROMANOS 13.1,2)
Na aula desta semana, estudaremos concernente à política de acordo com as Escrituras Sagradas. Veremos que a política trata de que forma deve ser o relacionamento do cidadão, dentre eles, o cristão, com as autoridades que administram o governo civil.
Nesse contexto, discorreremos a respeito da sujeição às autoridades, desde que estejam de acordo com os princípios morais e espirituais da Palavra de Deus. Sabemos que o Estado é laico e, portanto, não compartilha dos mesmos valores que os cristãos apreciam na Palavra de Deus. Por isso, importa que tenhamos em mente que há determinadas ordenanças que são idealizadas com o propósito contrário e implicante aos costumes cristãos.

Sendo assim, devemos verificar se os candidatos que optamos por eleger, de fato, defendem princípios que estão de acordo com os valores morais contidos na Palavra de Deus (Pv 22.28).

Portanto, caro professor, enfatize em sua aula, sobre a importância de pensarmos na política como uma forma de estarmos inteirados em tudo o que envolve a administração pública, e de certa forma, nossas vidas em sociedade. Ressalte também que, devemos prestar atenção se aqueles que optamos para representar os nossos direitos junto ao Estado, verdadeiramente o fazem de acordo com os valores morais da Palavra de Deus. Tenha uma excelente aula!

1. A obediência do Cristão às autoridades.
Sabemos que as Escrituras Sagradas orientam que devemos estar sujeitos à toda ordenação humana, visto que não há autoridade que não seja constituída por Deus (cf. Rm 13.1). No entanto, há momentos que o governo de nossa localidade ou mesmo de nossa nação, não se sujeita aos princípios da Palavra de Deus.

Nesse caso, a Bíblia abre um precedente para nos mantermos firmes com aquilo que é condizente com a vontade de Deus. Há exemplo disso, encontramos a ocasião em que o apóstolo Pedro e todos os demais discípulos são coagidos pelas autoridades judaicas a não ensinarem mais a respeito da salvação por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. At 5.28,29). Ao que Pedro responde com convicção e fé: “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (v. 29).

Não estamos com isso enfatizando que todas as leis que prezam pelo respeito, sossego e a ordem pública devam ser desobedecidas. O Senhor Deus nos concede a sabedoria e os recursos necessários para pregarmos de acordo com a necessidade das pessoas de uma localidade de maneira educada e eficaz.

No episódio de Pedro, importava que o evangelho da graça fosse testemunhado e propagado por toda região de Israel. Para isso, os discípulos não deveriam se deixar dominar pala inveja e perversidade da cúpula judaica que não sentia nem se quer o mínimo de remorso pela culpa de ter crucificado o nosso Salvador.

Para esclarecermos este preciso mandamento, a Bíblia de Estudo Pentecostal comenta: “Deus ordena que o cristão obedeça ao Estado, porque este, como instituição, é ordenado e estabelecido por Deus. Deus instituiu o governo porque, neste mundo caído, precisamos de leis para nos proteger do caos e da desordem como consequências naturais do pecado. (1) O governo civil, assim como tudo mais na vida, está sujeito à lei de Deus. (2) Deus estabeleceu o Estado ara ser um agente da justiça, para refrear o mal mediante o castigo do malfeitor e a proteção dos elementos bons da sociedade (vv. 3,4; 1 Pe 2.13-17). (3) Paulo descreve o governo, tal qual ele deve ser. Quando o governo deixar de exercer a sua devida função, ele já não é ordenado por Deus, nem está cumprindo com o seu propósito. Quando, por exemplo, o Estado exige algo contrário à Palavra de Deus, o cristão deve obedecer a Deus, mais do que aos homens (At 5.19; cf. Dn 3.16-18; 6.6-10). (4) É dever de todos os crentes orarem em favor das autoridades legalmente constituídas (1 Tm 2.12)” (CPAD, 1995, p. 1723).

Sabendo que o Estado é laico e, portanto, não compartilha dos mesmos valores que os cristãos apreciam na Palavra de Deus, importa que tenhamos em mente que tais ordenanças que não estão em conformidade com a Palavra de Deus, não devem ser seguidas. Visto que tais ordenanças possuem em sua matriz, ideais com propósito intencionalmente contrários e críticos contra os valores que constituem os ensinamentos que Jesus deixou a sua igreja.
2. Nosso voto em favor dos valores morais da Palavra de Deus.
Em vista do que temos observado, há uma responsabilidade política e também civil no exercício da democracia. O nosso voto deve ser pensado com uma consciência pura e cristã. Não podemos tratar com leviandade o nosso direito de cidadania, pois se optarmos por contribuir para a eleição de candidatos que desconhecem os valores da Palavra de Deus, ou mesmo, que não são a favor de tais preceitos, cooperaremos para a limitação de nossos direitos de expressão e livre pensamento.

Deus se importa com o nosso bem estar pessoal, mas também com o de nossa sociedade. Em Provérbios, Salomão ensina que, “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo suspira” (29.2). Portanto, que possamos exercer o nosso compromisso com os valores morais contidos na Palavra de Deus (Pv 22.28), e não negligenciemos o nosso dever de contribuir para uma sociedade mais pacífica, organizada, bem administrada e próspera, pois na paz da cidade, também teremos a paz (cf. Jr 29.7).

Considerações finais
Desta forma, podemos concluir que o nosso relacionamento em sociedade depende e muito de uma política que tenha como objetivo, o bem estar de todos, inclusive dos cristãos. É nosso dever zelar pela obediência ao poder público, visto que temos a responsabilidade de testemunhar dos princípios morais e espirituais contidos na Palavra de Deus.

Embora o Estado não compartilhe dos mesmos valores que a igreja, é fundamental que tenhamos a convicção do que cremos e a quem representamos. Somos embaixadores de Cristo em meio a uma geração que carece de Deus (2 Co 5.20). Por isso, devemos ter em mente que o bom exercício de nossa cidadania pode contribuir e muito para que tenhamos uma política que realce a valorização do ser humano. Para isso, devemos optar por um voto que seja a favor dos valores morais da Palavra de Deus.

Portamos, que possamos entender que tomar conhecimento da vida política é um meio de conhecermos como procede a administração pública, o que é de suma importância para o nosso bem estar em sociedade. Além disso, conhecermos o comportamento daqueles que nos representam é fundamental para sabermos se de fato estão prestando um serviço de qualidade em favor dos valores que baseiam a nossa ética cristã.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 12 - 2º Trimestre 2015 - A Morte de Jesus. Adultos.

Lição 12

A Morte de Jesus
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – AS ÚLTIMAS ADVERTÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES

II – JESUS É TRAÍDO E PRESO

III – JULGAMENTO E CONDENAÇÃO DE JESUS
IV – A CRUCIFICAÇÃO E A MORTE DE JESUS

CONCLUSÃO

“A MORTE VICÁRIA DE CRISTO” (JOÃO 1.29)
Na aula desta semana, vamos estudar concernente a causa primeira que levou Jesus à morte na cruz: os nossos pecados.
Nesse contexto, vamos aprender que a morte de Cristo possui um significado penal referente à condição do homem perante Deus. Cristo morreu em nosso lugar e assumiu a culpa de toda a penalidade que merecíamos receber. Sua morte é classificada como vicária pelo fato de ter cumprido a justiça de Deus e como um cordeiro imaculado propiciou com o sacrifício de si mesmo os nossos pecados (cf. Jo 1.29).
Além disso, seu ato glorioso nos reconciliou, proporcionando novamente a comunhão com o Criador, perdida por conta da queda do homem no jardim do Éden, e nos trouxe de volta para o Reino do Filho do seu amor, remindo-nos de toda culpa e concedendo uma salvação eterna (2 Co 5.18). Ele sofreu pelas mãos das autoridades romanas, a morte mais severa que alguém poderia imaginar, a fim de que se tornasse a nossa justiça perante Deus, mediante a fé (Rm 5.1; 2 Co 5.21).

Caro professor, enfatize aos seus alunos a respeito do significado que a morte de Cristo tem com relação à nossa condição espiritual perante Deus. Mostre que somente por intermédio do sacrifício de Cristo, podemos ser reconciliados com Deus. Tenha uma boa aula!
I. A morte vicária de Cristo é a propiciação pelos nossos pecados.
A morte de Cristo sobre a cruz é considerada o mais alto preço pago pela nossa redenção. No entanto, possui um significado penal que indica qual a condição do homem perante Deus. As Escrituras Sagradas nos mostram que éramos culpados da morte de Cristo, visto que depois da queda do homem no jardim do Éden, tornou-se necessária a expiação da culpa do pecado perante Deus (Rm 3.23-26). Mas a misericórdia e o amor de Deus são infinitos, e Deus viu que era impossível para o homem tornar à comunhão com o Criador por meio de sua própria justiça.

Por esse motivo, Cristo veio a este mundo e assumiu sobre a cruz, a penalidade que estava sobre nós, “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.4,5).

Outro significado que a morte vicária de Cristo possui perante Deus é o fato de ela possibilitar a propiciação pelos nossos pecados. Cristo é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1.29; Rm 3.25). Semelhante ao cordeiro que era imolado para expiação da culpa, em que o pecador colocava as sua mãos sobre a cabeça do animal, a fim de apresentá-lo para propiciação (Lv 4.27-35), Cristo também é um substituto sacrificial, isto é, Ele assumiu o nosso lugar e sofreu a penalidade que deveríamos pagar.

De acordo com a obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, de Stanley Horton, “Os termos propiciação e expiação relacionam-se estreitamente com o conceito de sacrifício e procuram informar o efeito do sacrifício de Cristo. No Antigo Testamento, refletem kipper e seus derivados; em o Novo Testamento, hilaskomai e seus derivados. Os dois grupos de palavras significam ‘aplacar’, ‘pacificar’ ou ‘conciliar’ (isto é, propiciar) e ‘encobrir com um preço’ ou ‘fazer expiação por’, a fim de remover pecado ou ofensa da presença de alguém: expiar” (CPAD, 1996, pp. 352-53).

II. Somos reconciliados com Deus por intermédio da morte de Cristo.
Como resultado de sua obra gloriosa sobre a cruz do Calvário, Cristo nos proporcionou a reconciliação com Deus, perdida por conta do pecado original. Uma vez que o sacrifício de Cristo é eterno e perfeito, é também suficiente para expiar toda culpa, por isso, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo, não lhes imputando os seus pecados (cf. 2 Co 5.18,19).

Stanley Horton continua a discorrer, agora a respeito da reconciliação: “O Novo Testamento ensina com clareza que a obra salvífica de Cristo é um trabalho de reconciliação. Pela sua morte, Ele removeu todas as barreiras entre Deus e nós. O grupo de palavras empregado no Novo Testamento (gr. allasõ) ocorre raramente na Septuaginta e é incomum no Novo Testamento, até mesmo no sentido religioso. O verbo básico significa ‘mudar’, ‘fazer uma coisa cessar e outra tomar seu lugar’. O Novo Testamento emprega-o seis vezes, sem referência à doutrina da reconciliação (por exemplo: At 6.14; 1 Co 15.51,52).

Somente Paulo dá conotação religiosa a esse grupo de palavras. O verbo katallassõ e o substantivo katalagê transmitem com exatidão a ideia de ‘trocar’ ou ‘reconciliar’, da maneira como se conciliam os livros contábeis. No Testamento, o assunto em pauta é primariamente o relacionamento entre Deus e a humanidade. A obra reconciliadora de Cristo restaura-os ao favor de Deus porque ‘foi tirada a diferença entre os livros contábeis’” (CPAD, 1996, p. 355). E, por fim, estando livres de toda a culpa, somos restaurados à condição de santos e justificados perante Deus, que nos concede a graça da salvação eterna (cf. Rm 5.1,2).
Considerações finais
Consideramos que a condição humana perante o Criador era de condenação, não haveria outra maneira de expiar a culpa do pecado, a não ser pelo sacrifício (Ef 2.2). A penalidade era merecida, mas Ele veio e de um modo gracioso assumiu o nosso lugar para que tivéssemos mais uma chance. O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo ofereceu a própria vida para propiciar os nossos pecados (Rm 4.25).

Desde então, podemos alcançar a remissão da culpa e a vida eterna. A nossa condição espiritual perante Deus depende e muito do modo como reconhecemos a importância da morte vicária de Cristo em nossas vidas. Somente por intermédio do sacrifício de Jesus podemos alcançar a reconciliação com Deus. Que possamos valorizar tão maravilhosa salvação com que temos sido alcançados.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Lição 11 - 2º Trimestre 2015 - O Discípulo de Jesus e a questão Ambiental. Jovens.

Lição 11

O Discípulo de Jesus e a Questão Ambiental2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - A BÍBLIA E A QUESTÃO ECOLÓGICA
II - O CRISTÃO E A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
III - PROTEGENDO O AMBIENTE
CONCLUSÃO

A MORDOMIA DO HOMEM EM RELAÇÃO À CRIAÇÃO (GÊNESIS 2.15)
Na aula desta semana, estudaremos a respeito da responsabilidade ambiental à luz das Escrituras Sagradas. Deus entregou ao homem o encargo de cuidar da sua criação e zelar pelo bom uso dos recursos naturais disponíveis.
Em Gênesis 2.15, encontramos o conceito de mordomia, quando Deus estende a Adão, a responsabilidade pelo cultivo e proteção do jardim do Éden. O Senhor se preocupa com o ambiente que Ele criou para que o homem pudesse habitar de forma equilibrada.

Por esta razão, a Palavra de Deus estimula a que sejamos bons administradores dos bens divinos, sabendo que teremos de prestar contas ao Criador de todas as coisas. Deus espera que tenhamos em mente que a ética ambiental e a sustentabilidade também façam parte da nossa preocupação como cristãos. Afinal de contas, ao nosso Deus pertence a terra e a sua plenitude (cf. Sl 24.1).

Sendo assim, caro professor, enfatize em sua aula, com relação a mordomia dos bens ambientais. Ensine que a preocupação com o meio ambiente também é responsabilidade do cristão. Tenha uma boa aula!

1. O conceito de mordomia em Gênesis 2.15.
O livro de Gênesis nos mostra que Deus entregou nas mãos do homem, o encargo de cuidar e zelar pelo bom uso dos recursos naturais que estão a nossa disposição. O conceito de mordomia é apresentado, primeiramente a Adão no jardim do Éden, quando Deus o institui como responsável por cultivar o jardim e zelar pela sua proteção. A preocupação de Deus era que Adão mantivesse o jardim em plenas condições habitáveis e soubesse usufruir de seus recursos de maneira equilibrada (cf. Gn 2.15).

Na obra Mordomia Cristã: Aprenda Como Servir Melhor a Deus, Elienai Cabral discorre a respeito das definições do termo “mordomia”: “Na língua do Novo Testamento, a grega, o verbo oikeo significa habitar, morar, e esse verbo sugere duas outras palavras relativas, oikia e oikos. A palavra oikia significa ‘casa, lar, família’, e oikos tem o sentido de ‘casa, família, linhagem’. As duas palavras referem-se à casa como lugar de habitação. Um outro termo relativo do grego bíblico que poderá elucidar o assunto é oikeios, que refere-se a alguém que pertence a uma família ou que serve a uma família, como parte da família.

[...] Uma terceira palavra grega relativa é oikodespotes, que se refere ao ‘cabeça da casa’, no sentido de gozar da confiança plena do dono da casa, do pai de família. Em algumas versões a Bíblia o mordomo é, às vezes, tratado como ‘senhor da casa’, porque representa plenamente o verdadeiro senhor da casa (Mc 14.14). É, na verdade, um cargo de extrema confiança, como se percebe nas relações entre Abraão e o seu servo-mordomo Eliézer (Gn 24.2). Para aclarar ainda mais o sentido de mordomia temos uma quarta palavra que é oiketes, a qual se refere ao ‘serviçal da casa’. No latim, ‘mordomo é maior domus, significa ‘o maior da casa’. Por último, a quinta palavra relativa à mordomia é oikonomos, que tem um significado mais genérico de ‘administrador, contador, diretor, curador’” (CPAD, 2003, pp. 12,13).
2. A prestação de contas ao Criador com relação aos bens que Ele nos dispensou.
Em face disso, importa que sejamos bons administradores dos bens que Deus nos dispensou, inclusive do meio ambiente em que vivemos. Porquanto, teremos de prestar contas ao Criador da responsabilidade que Ele nos dispensou para com a terra.

Embora não seja tão notório o estímulo e a preocupação dos cristãos com a causa ecológica, é de nossa responsabilidade trabalhar pela ética ambiental e a sustentabilidade.

Elienai Cabral continua a discorrer a respeito do desenvolvimento sustentável: “O vislumbre sonhado pelos ecologistas é que o desenvolvimento sustentável deve ser a base da construção do futuro da humanidade. Ora, o que é ‘desenvolvimento sustentável’ senão um modo de utilizar os recursos naturais disponíveis sem destruí-los? A Igreja não pode omitir-se do seu papel de guardiã dos oráculos de Deus, que ensinam a preservar as fontes vitais de subsistência. As fontes naturais de energia estão se esgotando com o desmatamento irracional de nossas matas, com a poluição do ar.

O desenvolvimento desigual marcado pela ganância na sociedade humana tem sido danoso para o ecossistema do planeta, isto é, para os sistemas naturais de vida. Se no mundo secular existe esta preocupação com o ‘desenvolvimento irracional’ da tecnologia e da ciência e, as organizações mundiais de ecologia lançam seus apelos aos governos das nações; se congressos e fóruns internacionais são realizados em várias partes do mundo visando promover consciência ecológica nos povos, muito mais deve a Igreja de Cristo mostrar ao mundo que se preocupa com a manutenção das nossas fontes naturais de energia” (CPAD, 2003, p. 36).

Tendo em vista que a nossa responsabilidade é grande com relação ao meio ambiente, importa que tenhamos bons resultados da nossa mordomia para apresentar ao Criador de todas as coisas.

Considerações finais
Em face disso, importa que sejamos bons administradores dos bens que Deus nos dispensou, inclusive do meio ambiente em que vivemos. Porquanto, teremos de prestar contas ao Criador da responsabilidade que Ele nos dispensou para com a terra.

Embora não seja tão notório o estímulo e a preocupação dos cristãos com a causa ecológica, é de nossa responsabilidade trabalhar pela ética ambiental e a sustentabilidade.

Elienai Cabral continua a discorrer a respeito do desenvolvimento sustentável: “O vislumbre sonhado pelos ecologistas é que o desenvolvimento sustentável deve ser a base da construção do futuro da humanidade. Ora, o que é ‘desenvolvimento sustentável’ senão um modo de utilizar os recursos naturais disponíveis sem destruí-los? A Igreja não pode omitir-se do seu papel de guardiã dos oráculos de Deus, que ensinam a preservar as fontes vitais de subsistência. As fontes naturais de energia estão se esgotando com o desmatamento irracional de nossas matas, com a poluição do ar.

O desenvolvimento desigual marcado pela ganância na sociedade humana tem sido danoso para o ecossistema do planeta, isto é, para os sistemas naturais de vida. Se no mundo secular existe esta preocupação com o ‘desenvolvimento irracional’ da tecnologia e da ciência e, as organizações mundiais de ecologia lançam seus apelos aos governos das nações; se congressos e fóruns internacionais são realizados em várias partes do mundo visando promover consciência ecológica nos povos, muito mais deve a Igreja de Cristo mostrar ao mundo que se preocupa com a manutenção das nossas fontes naturais de energia” (CPAD, 2003, p. 36).

Tendo em vista que a nossa responsabilidade é grande com relação ao meio ambiente, importa que tenhamos bons resultados da nossa mordomia para apresentar ao Criador de todas as coisas.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Lição 10 - 2º Trimestre 2015 - O Discípulo de Jesus e os Movimentos Sociais. Jovens.

Lição 10

O Discípulo de Jesus e os Movimentos Sociais2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - A DUPLA CIDADANIA DO CRISTÃO
II - MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
III - A POSTURA DOS SERVOS DE JESUS FRENTE AOS MOVIMENTOS E ORNIZAÇÕES SOCIAIS
CONCLUSÃO

O PAPEL DO CRISTÃO NA SOCIEDADE (FILIPENSES 2.15)
Na aula desta semana, estudaremos concernente a participação do crente em uma mobilização social, ou, até mesmo, como integrante de uma organização não governamental.
Veremos que, como qualquer cidadão de bem, o cristão exerce direitos e deveres na sociedade em que vive. À medida que cumpre de forma adequada o que lhe compete, o cristão não somente contribui para uma sociedade mais igualitária, mas também testemunha, por intermédio de sua vida, que os princípios de justiça encontrados na Palavra de Deus valem a pena ser praticados, a fim de que alcancemos uma sociedade mais justa.

Para tanto, o cristão não deve estar alienado da sociedade, muito menos das questões políticas e sociais que a envolve. Antes, deve exercer o seu papel, nas mais importantes decisões de seu país, pois a liderança que impera, muitas vezes, não possui a verdade da Palavra de Deus como base ética que rege o seu governo. Por esta razão, a influência cristã pode e deve exercer papel significativo nas decisões, visto que muitas acabam por comprometer as atividades ministeriais e evangelísticas da igreja em determinado território.

Sendo assim, caro professor, participe aos seus alunos acerca dos direitos e deveres que o cristão deve tomar conhecimento para o exercício de sua dupla cidadania. Boa aula!

1. O cristão exerce direitos e deveres na sociedade.
Em vista disso, os direitos e deveres que envolvem o cristão são os mesmo que competem a qualquer cidadão comum. Os direitos são de categorias, civil, política e social.

Os civis são: o direito à vida, locomoção, privacidade, liberdade de expressão, de crença e consciência religiosa; Os políticos se referem à capacidade de votar e ser votado, participando ativamente da vida política de seu país; Os direitos sociais: acesso à saúde, trabalho, moradia, educação, etc. Todos estes são direitos que competem a cada cidadão de bem do seu país, dos quais, todos participam sem exceção.

Além disso, existem os deveres que estão de acordo com a Constituição, que é a Lei maior do país. Baseados nela há os códigos civil, penal, eleitoral, trabalhista, tributário e etc. Todos devem ser obedecidos, mas caso haja alguma desobediência ou irregularidade são passíveis de pena de acordo com a legislação vigente.

Dado isso, importa que o cristão cumpra de maneira adequada a responsabilidade que lhe compete, a fim de que contribua para uma sociedade mais igualitária, pois não é somente a justiça humana que envolve o seu cumprimento, mas também o cumprimento da justiça divina, servindo de testemunho para os descrentes de que a Palavra de Deus é constituída dos valores e princípios relevantes para que uma sociedade cresça de forma ética e saudável.
2. O cristão não deve estar alienado às questões políticas e sociais.
Por esta razão, é de suma importância que o cristão não esteja, de forma alguma, alienado às questões políticas e sociais de sua nação. Antes, deve entender que o exercício do seu papel é fundamental para que as decisões de seu país sejam tomadas com sabedoria e inteligência.

Elinaldo Renovato discorre que, “É fundamental que a Igreja do Senhor Jesus, formada por cidadãos dos céus, tenha uma influência marcante no meio social em que se insere. Não pode alienar-se dentro das quatro paredes dos templos, só pensando na parte espiritual. Esta é indispensável. Mas a participação na vida da comunidade é importante para o cumprimento da missão profética e salvífica que lhe está confiada. Assim, o cristão, desempenhando sua função política, precisa demonstrar com a mensagem e com a vida, que tem o melhor programa para o mundo, para a sociedade, para a família e para o indivíduo, baseado nos ditames da Palavra de Deus. A cidadania do céu, portanto, deve prevalecer em todas as decisões e envolvimento que o crente possa ter neste mundo”.

Outro aspecto fundamental em que o crente deve ter participação efetiva, a fim de manifestar o que pensa é quando exerce, sabiamente, o papel de eleitor. Nesse caso, Elinaldo Renovato continua a discorrer: “É de grande importância que o servo de Deus saiba exercer o seu direito, quando do momento das eleições municipais, estaduais ou federais. É hora de mostrar que é cidadão da terra. Como tal, lembrar-se de que é ‘sal da terra’ e ‘luz do mundo’ (Mt 5.13,14). A omissão do exercício do voto por parte do servo de Deus pode redundar em graves prejuízos para a própria igreja local, regional ou nacional.
[...] O ‘casamento’ entre homossexuais é condenado de modo veemente na Bíblia, tanto no Antigo Testamento (cf. Dt 23.17,18; Lv 18.22; 20.13), como no Novo Testamento (cf. Rm 1.24-32). Mas, nas casas legislativas, os parlamentares não se baseiam na Bíblia, e sim, nos interesses partidários, a na opinião pública, talvez entendendo, erroneamente, que ‘a voz do povo é a voz de Deus’. Assim, somente através dos representantes do povo é que uma lei pode ou não ser aprovada. E esses são eleitos pelas pessoas em geral, as quais, na hora da votação, são niveladas pelo direito legítimo do voto popular” (Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 198-200).

Considerações finais
Assim sendo, os direitos e deveres que são de responsabilidade de cada cidadão praticar, não se resumem ao simples cumprimento de um conjunto de regras que fazem parte de uma esfera legislativa, mas servem de oportunidade para o cristão, além de exercer a sua cidadania, influir na sociedade, a sua ética de vida, baseada nas Escrituras Sagradas, mostrando ao mundo que a sociedade pode ser melhor, caso obedeça aos preceitos e valores da Palavra de Deus.

Por esta razão, o crente não deve estar alienado de suas atribuições legais e nem das questões políticas e sociais que envolvem a sua nação. Visto que, sua influência na sociedade, seja de forma direta, a fim de propagar os valores da Palavra de Deus, ou, seja de forma política, sua contribuição para o país deve vir das mais diversas formas possíveis.

Portanto, que possamos ter a consciência de que o evangelho de Cristo não está restrito ao espaço geográfico eclesiástico, mas possui poder crucial na vida da sociedade, de forma política, filosófica, intelectual, espiritual e outras mais. Em todo lugar e de várias maneiras devemos ser o “Sal da terra” e a “Luz do mundo” (Mt 5.13-16; 28.19,20).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 9 - 2º Trimestre 2015 - Jesus e a Cobiça dos Homens. Jovens.

Lição 9

Jesus e a Cobiça dos Homens2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - A GANÂNCIA
II - A COBIÇA POR PODER
III - O MAIOR NO REINO DE DEUS
CONCLUSÃO

APRENDENDO A CONTENTAR-SE COM O QUE TEM (FILIPENSES 4.10-13)
Na aula desta semana, aprenderemos que o crente deve ter o cuidado para que a avareza, a cobiça e o orgulho não dominem o seu coração. Por esta razão, há situações que Deus permite o cristão passar a fim de que o bom caráter de Cristo seja moldado em sua vida.
Muitas vezes, a fase de escassez e as intempéries no deserto da vida cristã cooperam para que o coração do servo de Deus não se endureça, e assim como o povo hebreu, que caiu no deserto, do mesmo modo não sejamos tragados pela ganância e vanglória de estar em uma boa situação na presença de Deus. Há muitos que, depois de alcançarem a benção de Deus se esquecem de agradecer ou não perseveram em servir a Deus com o mesmo ânimo e predisposição que tinham durante os momentos de dificuldade.

Por esse motivo, o Senhor permite que seus servos aprendam a lidar com a necessidade e a contentar-se com o que possuem; a estar abatidos, assim como a ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas serem instruídos, seja na fartura ou na necessidade, para que, finalmente, possam dizer: “Posso todas as coisas naquEle que me fortalece” (cf. Fp 4.11-13). Desse modo, podemos compreender que o Senhor tem os seus meios de manifestar a sua providência na vida de seus servos.

Caro professor, enfatize para sua turma que, muitas situações que o jovem passa nesta fase é fruto do propósito divino para que tenham um futuro abençoado na presença de Deus. Ensine que, muitas vezes, um período de escassez ou dificuldade poderá ser revertido em êxito e benção de Deus, se não desfalecermos na fé. Que Deus abençoe e boa aula!

1. O bom resultado da escassez e intempéries da vida.
A juventude é uma etapa de semeadura. As mais importantes decisões da vida são tomadas nesta fase. No entanto é um período em que, muitas vezes, os recursos para subsistência e preparação para o futuro tornam-se escassos. Na vida cristã não é diferente, assim como o povo hebreu atravessou durante anos por um deserto escaldante (cf. Dt 2.7), também temos de enfrentar momentos de escassez como se estivéssemos numa terra seca. São as intempéries da vida que surgem sem avisar e por um instante, parece que perdemos toda a nossa estrutura e capacidade de resolver os eventuais problemas.

No entanto, a Palavra de Deus ensina: “Mas o justo viverá da fé” (Hb 10.39b). Nesse contexto, a nossa fé é aperfeiçoada mediante as provações para que o bom resultado seja um coração mais quebrantado e sensível a voz de Deus. Dado que, em muitas situações, após uma série de vitórias, a tendência humana é afastar-se de Deus e aderir ao comodismo. Muitos perdem o ânimo e a predisposição que tinham nos momentos de dificuldades. Mas Deus, que é riquíssimo em sabedoria e sabe o que é melhor para os seus filhos, permite com que sejam provados, a fim de moldá-los à estatura de Cristo (cf. Ef 4.13).

Bíblia de Estudo Pentecostal comenta este quadro da seguinte maneira: “O segredo do contentamento, da satisfação, é reconhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância, tudo quanto necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 1 Jo 5.4). Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações instáveis da vida provém do poder de Cristo que flui em nós e através de nós (v. 13; ver 1 Tm 6.8). Isso não ocorre de modo natural: precisamos aprender na dependência de Cristo” (CPAD, 1995, p. 1829). Somente assim, cresceremos e amadureceremos na vida cristã.

2. A providência divina no tempo certo.
De outro modo, as lições que aprendemos mediante as dificuldades nos tornam mais fortes espiritualmente e emocionalmente. À medida que somos tratados pelas mãos do Senhor, percebemos a sua providência em nossas vidas. No entanto, é importante enfatizar que há um tempo determinado para todas as coisas que Deus permite que sobrevenham em nosso viver (cf. Ec 3.1). Mas, certamente, podemos confiar que Ele não desampara os que são seus (cf. Sl 37.28).

A respeito disso, o apóstolo Paulo declara aos filpenses o seu exemplo, pois aprendeu a contentar-se com o que tinha e nas condições em que se encontrava. O Comentário Bíblico Beacon, discorre dos versos10 e 11 do capítulo 4: “Assegurando aos crentes filipenses que ele passa bem, embora, até recentemente, não pudessem ter parte nesse bem estar, Paulo declara: ‘Não digo isto por necessidade, porque já aprendi a contentar-se com o que tenho (v. 11). No original grego, com o que tenho é ‘nas circunstâncias em que estou’, indicando sua atual situação prisional. O termo grego autarkes (contentar) tem o sentido de ‘renda suficiente para necessidades’, ‘meios suficientes para a subsistência’. O apóstolo se ajusta a toda e qualquer situação, depois de ter aprendido que circunstâncias como estas não aumentam nem diminuem sua felicidade maior” (CPAD, 2006, p. 280).

Vejamos que, não eram as circunstâncias pelas quais o apóstolo dos gentios passava que determinava a sua posição de fé perante Deus. Pelo contrário, Paulo era constante em todo tempo, e todas as dificuldades que ele sofreu contribuíam para o seu fortalecimento e testemunho diante das igrejas por onde passou.

Considerações finais
Assim sendo, devemos ter em mente que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28). Por esta razão, a avareza, a cobiça e orgulho não devem dominar o coração dos que servem a Deus. Antes, o caráter de Cristo deve ser moldado no crente a cada dia.

Para isso, Deus permite com que aprendamos com as provações. A princípio, não parecem ser proveitosas, mas o resultado final de tais situações é o amadurecimento espiritual e o crescimento na presença de Deus. É importante que, os que querem servir a Deus e seguir as pisadas de Cristo, aprendam com as dificuldades e momentos difíceis, pois a cada etapa que atravessamos, Deus nos torna mais fortes e compreensivos com as intempéries da vida (cf. Rm 5.3,4).

Que possamos seguir o exemplo do apóstolo Paulo e contentar-nos com o que temos de maneira que o nome do Senhor seja glorificado em nosso viver (1 Co 11.1). Pois Deus é poderoso para reverter o nosso quadro de dificuldade em benção e êxito para nossas vidas em tudo quanto formos fazer.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 11 - 2º Trimestre 2015 - A Última Ceia. Adultos.

Lição 11

A Última Ceia
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA

II – A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA

III – OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA

CONCLUSÃO

“A SANTA CEIA, UM MOMENTO MUITO ESPECIAL” (LUCAS 22.17-20)
Na aula desta semana, aprenderemos acerca do significado da ceia instituída pelo Senhor. A Santa Ceia é um momento muito especial em que trazemos a memória, o ato vicário de Cristo sobre a cruz do Calvário por amor às nossas vidas. Por esta razão, devemos ser gratos a Deus, pois Cristo se tornou a causa da nossa salvação, e não somente nossa, mas também de todos quantos recebem a fé e obedecem ao evangelho.
Daí a importância da ceia instituída por Cristo três dias que antecedia a Páscoa judaica. Ele mesmo tomando o cálice declarou: “Tomai-o e reparti-o entre vós, porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus. E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22.17-20).

Desse modo, deve haver a consciência de que este momento não pode ser realizado de qualquer maneira e, por isso, os que participam não devem fazê-lo indignamente (cf 1 Co 11.27). Deve haver uma profunda reflexão em nosso coração a respeito de nossa prática cristã. Será que estamos obedecendo a Palavra de Deus de maneira devida ou há rebeldia em nosso coração? “Examine-se o homem a si mesmo” (v. 28). Portanto, caro professor, apresente aos seus alunos, a importância do momento da santa ceia para a vida cristã. Boa aula!
I. A importância da Santa Ceia.
A Santa Ceia é uma importante ordenança que Cristo deixou aos seus discípulos. A nossa salvação deve ser lembrada com amor e gratidão a Deus, pois éramos pecadores perdidos e destituídos da glória de Deus (cf. Rm 3.23), mas agora, fomos alcançados por sua maravilhosa graça, pelo alto preço que Cristo pagou em nosso lugar, na cruz do Calvário (Cl 2.13,14).

Por este motivo, é muito importante que celebremos a ceia como o marco da libertação do pecado para uma vida graciosa na presença de Deus e em comunhão com Ele. A Bíblia de Estudo Pentecostal discorre a respeito da importância da santa ceia: “A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Sua importância relaciona-se com o passado, o presente e o futuro.

(1) Sua importância no passado. (a) É um memorial (gr. anamnesis; vv. 24-26; Lc 22.19) da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação. Através da Ceia do Senhor, vemos mais uma vez diante de nós a morte salvífica de Cristo e seu significado redentor para nossa vida. A morte de Cristo é nossa motivação maior para não cairmos em pecado e para nos abstermos de toda a aparência do mal (1 Ts 5.22). (b) É um ato de ação de graças (gr. eucharistia) pelas bênçãos e salvação de Deus, proveniente do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós (v. 24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19).

(2) Sua importância no presente. (a) A Ceia do Senhor é um ato de comunhão (gr. Koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios de sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (10.16,17). Nessa ceia com o Senhor ressurreto, Ele, como o anfitrião, faz-se presente de modo especial (cf. Mt 18-20; Lc 24.35). (b) É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança (gr. Kaine diatheke) mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e o nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de resistir o pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo (v. 25; Mt 26.28; Mc 14.28; Lc 22.20).

(3) Sua importância no futuro. (a) A Ceia do Senhor é um antegozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mt 8.11; 22.1-14; Mc 14.25; Lc 13.29; 22.17,18,30). (b) Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o seu povo (v. 26) e encerra a oração: ‘Venha o teu Reino’ (Mt 6.10; cf. Ap 22.20). Na Ceia do Senhor, toda essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade”. (CPAD, 1195, p. 1753).

II. Não devemos tomar do cálice indignamente.
Tendo em vista que a celebração da ceia possui um significado tão especial para nós, devemos observar de que maneira estamos participando desse momento. A Palavra de Deus exorta aos que participam do cálice do Senhor, que não devem participar de forma indigna (cf. 1 Co 11.27,28).

A Ceia do Senhor deve ser encarada como um momento de renovação espiritual e não de remorso. Qualquer espírito indiferente seja de autocomiseração, ou até mesmo em outro extremo, de egocentrismo e irreverência deve ser rejeitado. Na verdade, o que deve haver, é uma profunda reflexão com relação a nossa prática cristã, visto que é nossa responsabilidade não somente professar o evangelho, como também praticá-lo de bom grado.

Laurence O. Richards, em o Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, discorre a respeito deste fato da seguinte maneira: “Algumas pessoas da igreja estão participando da Ceia ‘indignamente’, como mostram os versículos de 1 Co 11.27-34. Aqui a falha é a maneira indigna (v. 27) de participar. O problema não é a forma da celebração, mas a atitude do celebrante. Aqueles que se aproximam com soberba, ignorando pecados não confessados, se arriscam a desagradar a Deus, podendo vir a sofrer enfermidades e até mesmo a morte física. A Ceia do Senhor reverencia um sacrifício feito para nos libertar do grilhão do pecado. Não podemos participar dignamente, se estivermos chafurdando (corrompendo) alegremente na presas do pecado e, dessa forma, negando o propósito da morte de Cristo” (CPAD, 2012, p. 357).

Por esta razão, devemos aproveitar este momento para buscarmos fortalecimento e intimidade com Deus, a fim de que possamos crescer espiritualmente e evitar o pecado.
Considerações finais
Em vista do que temos aprendido, a ceia do Senhor deve ser um momento tratado com carinho e reverencia por cada crente. A fé que temos na morte de Cristo não deve ser lembrada com tristeza, e sim com alegria, pois Ele mesmo se tornou a razão da nossa redenção e salvação (cf. Hb 5.9).

Ao apresentar o cálice e o pão, Cristo inaugura um Novo Testamento que tem a marca do seu sangue, derramado por nós (Lc 22.17-20). Por este motivo, nosso coração deve anelar por uma prática de vida cristã de profunda comunhão e intimidade com Deus, pois os que negligenciam tal oportunidade, somente cumprem um formalismo e estão distantes de conhecerem as virtudes do Reino dos Céus e da graça divina.

Portanto, que possamos refletir, acerca da importância que este memorial tem para nossa vida cristã e buscarmos uma real renovação espiritual intensa, tanto em nossa mente como em nosso caráter diante de Deus (cf. Rm 12.1,2).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.