Lição 13
- Detalhes
- Categoria: Jovens
- Publicado: 26 Março 2015
Eu creio na vida após a morte1° Trimestre de 2015
INTRODUÇÃO
I – EXISTE VIDA DEPOIS DA MORTE?
II – CÉU E INFERNO? (Jo 14.1-4; Lc 23.43; Mt 24.29; 2 Co 12.2,4)
III – A RESSUREIÇÃO (Mt 10.28; Lc 16.19-22; Ap 14.10,11)
CONCLUSÃO
DA MORTE PARA A VIDA
JOÃO 5.24
Na lição desta semana, aprenderemos um pouco mais concernente à morte como salário do pecado, muito embora o propósito divino para o homem seja a vida eterna (Rm 6.23). A morte surgiu como resultado do pecado cometido no jardim do Éden, e conseguintemente, levou a humanidade a queda espiritual e moral (Gn 3).
Assim como o salário é resultado do trabalho realizado pelo trabalhador, todos os que pecam recebem a morte como recompensa pelos atos ilícitos cometidos. Mas a salvação é um dom gracioso de Deus concedido imerecidamente, pois não há nada que possamos fazer que nos torne dignos de recebê-la.
Deus ama a humanidade e por esta razão, enviou o seu Filho Amado ao mundo, para que morresse no lugar dos pecadores. Assim como o cordeiro é imolado em sacrifício pelos pecados durante os cerimoniais judaicos, Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e por intermédio do seu sacrifício, a culpa do pecador é expiada (Hb 2.17; 9.28). Por conseguinte, os que creem, podem adentrar livremente no Santos dos santos e estarem plenamente em comunhão com Deus.
Tamanha graça é fruto da bondade divina para com o homem, e por meio dela, o Senhor concede a oportunidade de obterem a vida eterna, cujo propósito já havia sido predestinado para o homem desde o princípio da criação. Contudo, nem todos aceitam o convite amoroso para morar a eternidade ao lado de Cristo. Portanto, caro professor, enfatize a importância de o crente conhecer como ocorre o processo da salvação. Explique que o homem foi criado para viver eternamente em comunhão com Deus.
1. O salário do pecado é a morte
Desde o principio, a morte não era propósito de Deus para o homem, pelo contrário, o Senhor criou o homem para viver eternamente. Mas infelizmente, o episódio no jardim do Éden, resultou em sua queda e, conseguintemente, o homem perdeu os privilégios que desfrutava, inclusive, a vida eterna. Com isso, o “salário do pecado tornou-se a morte” (Rm 6.23).
O Comentário Bíblico de Mattew Henry: Novo Testamento – Atos a Apocalipse — discorre que “A morte convém a um pecador quando ele peca, assim como o salário convém a um trabalhador que fez o seu trabalho. Isso é verdade em relação a qualquer pecado. Não há pecado que pela sua natureza, seja venial (digno de perdão). A morte é o salário para o menor pecado. O pecado é aqui representado como o trabalho pelo qual o salário é pago, ou como o patrão por quem o salário á pago; todos os que são servos do pecado e realizam o trabalho do pecado devem esperar receber esse pagamento. Se o fruto for a santidade, se houver um princípio ativo de verdadeira e crescente graça, o fim será a vida eterna – um fim verdadeiramente feliz. [...]A morte é o salário do pecado, ela vem como punição, mas a vida é um dom que vem como favor: os pecadores merecem o inferno, mas os santos não merecem o céu. Não existe relação entre a glória do céu e a nossa obediência; devemos agradecer a Deus e não a nós mesmos, se chegarmos ao céu. Este é um dom ‘por Cristo Jesus nosso Senhor’”(CPAD, 2010, p.343,344).
O Comentário Bíblico de Mattew Henry: Novo Testamento – Atos a Apocalipse — discorre que “A morte convém a um pecador quando ele peca, assim como o salário convém a um trabalhador que fez o seu trabalho. Isso é verdade em relação a qualquer pecado. Não há pecado que pela sua natureza, seja venial (digno de perdão). A morte é o salário para o menor pecado. O pecado é aqui representado como o trabalho pelo qual o salário é pago, ou como o patrão por quem o salário á pago; todos os que são servos do pecado e realizam o trabalho do pecado devem esperar receber esse pagamento. Se o fruto for a santidade, se houver um princípio ativo de verdadeira e crescente graça, o fim será a vida eterna – um fim verdadeiramente feliz. [...]A morte é o salário do pecado, ela vem como punição, mas a vida é um dom que vem como favor: os pecadores merecem o inferno, mas os santos não merecem o céu. Não existe relação entre a glória do céu e a nossa obediência; devemos agradecer a Deus e não a nós mesmos, se chegarmos ao céu. Este é um dom ‘por Cristo Jesus nosso Senhor’”(CPAD, 2010, p.343,344).
Portanto, é somente por meio da graça e misericórdia do Senhor que alcançamos o perdão divino e o acesso novamente à vida eterna.
2. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”
Em vista disso, para que o homem tivesse outra oportunidade de vida eterna, era necessário que a culpa de seus pecados fosse expiada, ou seja, removida. Para tanto, Deus providenciou um meio pelo qual o homem pudesse ter o seu destino mudado.
Nos cerimoniais judaicos, era comum o sacrifício de um cordeiro para expiação da culpa. Ele deveria ser sem mancha, sem ruga ou defeito algum. Naquela ocasião, o pecador colocava as suas mãos sobre a cabeça do novilho perante o Senhor e, em seguida, o sacerdote o degolava. O sangue do animal deveria ser espargido sobre o altar para propiciação pelo pecado (Lv 1.3-5).
Do mesmo modo, o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário e o seu sangue vertido cumprem plenamente a exigência divina para perdão dos pecados. O autor desconhecido escreve aos Hebreus: “Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9.13,14). Logo, Cristo é o Cordeiro Santo que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), porque Ele mesmo se ofereceu como um sacrifício muito mais excelente do que qualquer novilho sem mancha.
Desde então, finalmente podemos, “com ousadia, entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.19-22).
3. A vida eterna por meio da graça: o propósito original de Deus
É importante enfatizarmos que a maravilhosa graça de Deus para com os homens é resultado do amor divino que Ele manifestou, enviando o seu Filho Amado a este mundo (Jo 3.16). O Senhor Deus concedeu, por intermédio de Cristo, mais uma chance para a humanidade reencontrar o caminho da eternidade perdida no Éden.
No entanto, Deus já havia predestinado um dia em que os homens desfrutariam da eternidade ao lado do Criador, pois este era o propósito original designado por Deus através de Cristo (Rm 8.29).
A Bíblia de Estudo Pentecostal comenta a predestinação da seguinte maneira: “A predestinação (gr. proorizo) significa ‘decidir de antemão’ e se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha de Deus, ‘em Cristo’, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo). [...] A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (isto é, a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (Cf. At 2.38-411; 16.31)” (CPAD, 1995, 1808-9).
Entretanto, nem todos querem receber a fé em Cristo em seu coração, e isso por diversos fatores que os tais hão de prestar contas no Dia da Vinda do Senhor. Mas aos que creem no testemunho de Cristo, terão suas vidas guardadas na eternidade ao lado de Cristo.
Considerações finais
Tendo em vista que a morte veio a ser o salário do pecado, Deus em sua infinita misericórdia e amor para com o homem, proveu a vida eterna por intermédio de Jesus Cristo. O pecado trouxe profundas marcas para o relacionamento do homem com Deus, e por esta causa, “toda a criação de Deus ficou sujeita à vaidade” (Rm 8.20). Contudo, Deus ama muito o homem e enviou o seu Filho Amado Jesus Cristo para ser a propiciação pelos pecados da humanidade, como um cordeiro santo a ser imolado (Hb 9.26,28; 1 Pe 1.19,20). Desse modo, o homem não estaria mais afastado de Deus, pois o preço pelo pecado que resulta a morte já foi pago.
Sendo assim, todos os que crêem tem o direito à vida eterna, não por causa da sua justiça, mas por quem os justificou diante de Deus, a saber, Jesus Cristo, o Justo (1 Jo 2.1,2). Portanto, que possamos levar essa mensagem de salvação às demais pessoas para que compreendam que todo aquele que entende a mensagem do evangelho e, assim crê, não entrará em condenação, “mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.