terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Lição 09 - 4º Trimestre 2018 - Mardoqueu, um Herói Conselheiro - Primários. 7 e 8 anos.

Lição 9 - Mardoqueu, um Herói Conselheiro

4º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno entenda que dar e seguir conselhos com base na Palavra de Deus traz sucesso e alegria.
Ponto central: Quem segue os bons conselhos tem sucesso em tudo.
Memória em ação: “Quem despreza os bons conselhos acabará mal, mas quem os segue será recompensado” (Pv 13.13).
     Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula teremos a oportunidade de ensinar, desde já, aos pequeninos o valor que têm os bons conselhos e a importância de nós os seguirmos. Afinal, o que é a própria Bíblia, se não uma coletânea de valiosos conselhos do Senhor para que nós tenhamos uma vida abundante?!
     Existem muitos talentos e muitas maneiras de servirmos a Deus fazendo o bem ao próximo, e o bom aconselhamento certamente está entre elas. Uma boa palavra e orientação podem salvar vidas, literalmente. Quantos de nós ao longo de toda a nossa trajetória já não necessitamos de um conselho que fez toda diferença?! Que nos desviou de ciladas e abismos?! Que nos poupou grandes sofrimentos e até mesmo mudou o rumo de nossa história?!
     Hoje o Senhor te dá oportunidade de “ser Mardoqueu”, esse bom conselheiro, na vida de seus alunos. Compartilhe com os seus Primários alguns de seus testemunhos. Pode ser coisas simples, até mesmo situações de sua infância em que você se meteu em problemas por não ter ouvido conselhos dos seus pais ou de pessoas confiáveis. Assim como alguns casos em que você seguiu e foi muito bom.
      Não mentir, não julgar as pessoas, tratar todos bem, obedecer aos pais... são algumas sugestões que você pode citar algum relato de sua própria experiência, mostrando como é bom seguir bons conselhos ou como pode ser ruim não segui-los.
      Contudo, uma ressalva, é muito importante frisar para as crianças que não é em todos que nós podemos confiar, seguir e obedecer. Apenas àquelas pessoas que o Senhor colocou em nossas vidas e querem o nosso bem; que são confiáveis e sábias, como foi o herói de nossa história, que ajudou Ester a salvar toda uma nação.
O Valor dos Bons Conselhos
     “Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel; Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência; para obter o ensino do bom proceder,a justiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso. Ouça o sábio e cresça em prudência;
    e o instruído adquira habilidade; 6 para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios; O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino”. (Pv 1.1-7)
     Desde criança somos ensinados a ouvir e atentar para os bons conselhos. Quem não se lembra, por exemplo, de uma máxima que ouviu na infância? Todas as culturas valem-se de parábolas, lendas, enigmas e máximas como veículo de transmissão dos seus valores morais, éticos e espirituais. Cresci ouvindo os mais velhos dizerem: Quem trabalha, Deus ajuda!; Mais vale uma andorinha na mão do que duas voando; Um homem prevenido vale por dez. Essas máximas sintetizam um saber popular responsável não somente pela transmissão de uma cultura, mas também funcionam como normas de conduta. “O povo, porém,não costuma escrever”, observa Ivo Storniolo, “mas reter na memória os seus achados’ de sabedoria. E por isso que resume tudo num versinho rimado, fácil de guardar de cor. Hoje em dia, os melhores lugares para encontrar a sabedoria popular são os para- choques de caminhões, os muros pichados, as portas e paredes de banheiros públicos, os joguinhos de adivinhação das crianças, os conselhos dos velhos, as piadas que correm de boca em boca etc. Tudo isso é um tesouro que revela a alma do povo, mostrando a compreensão que ele vai formando sobre a vida como resultado da sua experiência no mundo. É o que podemos encontrar no provérbio: Anel de ouro em focinho de porco é a mulher bonita, mas sem bom-senso (Pv 11.22).”
      A Bíblia como um livro cultural também é rica em provérbios, parábolas, enigmas e máximas. São pérolas usadas pelos autores bíblicos visando facilitar a transmissão cultural de uma verdade. Vale a pena destacar que esse recurso bíblico-literário não possui apenas seu valor cultural, mas também traz consigo a revelação da sabedoria divina. Muitos livros bíblicos são ricos nessas metáforas, mas o livro de Provérbios e Eclesiastes se sobressaem no uso desse recurso. Neste trabalho enfocaremos o que as obras de Salomão têm a revelar sobre esse assunto e assim podermos desfrutar do seu extraordinário valor para o viver diário. (GONÇALVES, José. Sábios Conselhos Para um Viver Vitorioso. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.9,10).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 09 - 4º Trimestre 2018 - Felizes os Que Trabalham Pela Paz - Juniores. 9 e 10 anos.

Lição 9 - Felizes os que trabalham pela paz

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Mateus 5.9; Filipenses 4.2,3.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estão convidados a conhecer a paz que excede todo o entendimento. Na história desta semana, seus alunos aprenderão com o exemplo de duas irmãs que, apesar de servirem ao Senhor, entraram em atrito por motivos que a Bíblia não revela (cf. Fl 4.2,3). Entretanto, o que é relevante nesta situação é o fato de que o apóstolo Paulo ressalta a importância do trabalho destas irmãs em prol do Reino de Deus e apela para que Epafrodito, seu “verdadeiro companheiro”, ajude essas irmãs a fazer as pazes. Jesus ensinou aos seus discípulos a respeito desta paz e declarou que os pacificadores serão chamados de filhos de Deus. Todo aquele que, de fato, encontrou a verdadeira paz em Jesus Cristo, sente em seu coração o desejo de transmitir esta mesma paz a seus semelhantes. Esta é uma característica marcante dos filhos de Deus. De outro modo, se alguém afirma que conhece a Deus e aborrece ao seu próximo, não está dizendo a verdade, como afirma o apóstolo João em sua carta (cf. 1 Jo 4.20). O desejo do coração de Deus é que a sua igreja preserve a harmonia, a comunhão e a paz, e todo aquele que conhece Jesus sabe da sua responsabilidade em zelar pela paz que excede todo o entendimento (cf. Rm 12.18).
A. A paz que excede todo o entendimento. O Senhor Jesus dispensou aos seus discípulos uma paz especial, não como a do mundo, mas sim a paz que somente Ele poderia oferecer (cf. Jo 14.27). A paz advinda da ação do Espírito Santo é aquela que produz no coração dos crentes a convicção de que o amor de Deus não os deixará solitários e a mercê dos problemas da vida. Sentir a paz de Deus é ter a segurança de que mesmo em meio ao caos, Deus não perdeu o controle das circunstâncias e no momento certo tudo estará em seu devido lugar. As preocupações com as necessidades materiais, com a prova do dia seguinte, com as tarefas diárias ou mesmo o medo e a ansiedade para resolver os problemas do amanhã não são suficientes para furtar a verdadeira paz proporcionada pelo Espírito Santo. No entanto, todas as nossas dificuldades devem ser depositadas diante de Deus, através da oração e súplica (cf. Fl 4.6,7). É fundamental que seus alunos aprendam desde cedo a lidar com as dificuldades e a confiar em Deus.
B. Uma paz que promove a pacificação. O sentimento que predomina no coração daquele que tem a paz não pode ser outro a não ser contribuir para que esta mesma paz se faça presente na vida do próximo. O apelo de Paulo aos irmãos da igreja de Filipos era para que permanecessem em paz uns com os outros (cf. Fl 4.5-9). Infelizmente, por razões que a Palavra de Deus não esclarece, havia certa contenda entre as irmãs Evódia e Síntique, mulheres que trabalharam intensamente com Paulo na pregação do evangelho, e com Clemente, e com outros colaboradores, mas que por um momento, não estavam sentindo o mesmo sentimento em Cristo (vv. 4,5). Este é um exemplo claro na Palavra de Deus de que a discórdia era um problema presente até mesmo na igreja do primeiro século. O apóstolo Paulo, no entanto, admoesta que este problema seja superado pela graça de Deus. Da mesma maneira, seus alunos devem ser estimulados a seguirem a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (cf. Hb 12.14). Ser um pacificador, mais do que uma compreensão do ensinamento bíblico, é um dever de todo cristão. É fundamental que seus alunos entendam que é responsabilidade dos discípulos de Cristo promover a paz em qualquer situação, seja em casa, na igreja, na escola ou entre os amigos da vizinhança.
A lição de hoje é uma oportunidade de ensinar seus alunos a serem pacificadores. Sendo assim, prepare diversos pássaros em formato de origami e distribua aos seus alunos. Eles poderão decorar os pássaros com canetinha, lápis de cor, e outros materiais. Peça para escreverem no pássaro o versículo: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mt 5.9). Ao final, diga que eles deverão entregar o pássaro para um amigo ou vizinho. 

Lição 09 - 4º Trimestre 2018 - Seguindo Bons Exemplos - Pré Adolescentes. 11 e 12 anos.

Lição 9 - Seguindo Bons Exemplos 

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Êxodo 23.1,2; Filipenses 4.9.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estudarão sobre os bons exemplos, escassos nos dias atuais. Ter boas referências nas quais podemos nos espelhar é fundamental para o nosso crescimento e amadurecimento na fé. Tratando-se dos pré-adolescentes, esta é uma necessidade maior ainda. Seus alunos estão numa fase de aprendizado intenso e de muita influência. O aprendizado deles se dá muito mais por aquilo que observam do que pelo que ouvem. Muitas vezes, o estilo de se vestir, de falar ou mesmo a popularidade de alguém serve como referência para determinar o perfil de comportamento mais aceito entre os amigos. Pré-adolescentes nesta fase se preocupam exageradamente com o que pensam da sua aparência ou de seu jeito de ser. Por esse motivo é tão comum ver seus alunos imitando o estilo dos personagens que são apresentados na televisão ou mesmo na internet. Entretanto, a Palavra de Deus também nos mostra qual o estilo de vida ideal que deve ser imitado: Jesus Cristo é o nosso maior exemplo (1 Co 11.1; 1 Jo 2.6). Embora pareça difícil para os seus alunos rejeitar os maus exemplos encontrados na sociedade, é preciso despertá-los para a verdade de que o sistema mundano está submetido ao Maligno. Sendo assim, nosso maior exemplo de conduta é o próprio Senhor Jesus Cristo. É importante que seus alunos saibam que o nosso Senhor também passou por esta fase. Ele também compartilhou das experiências normais da pré-adolescência, mas não pecou em momento algum. Mostre aos seus alunos a importância de termos bons exemplos a seguir nesta etapa da vida.
1. A necessidade de boas referências. Ter bons exemplos pelos quais podemos aprender coisas boas e que edificam é fundamental para o amadurecimento na fé. Seus alunos estão aprendendo a tomar decisões, fazer escolhas, assumir tarefas em casa e na escola. Nesta fase, é preciso muito aconselhamento, diálogo, orientação, e espaço para sanar as dúvidas sobre todo e qualquer assunto. Para tanto, seus alunos precisam de um mentor, ou seja, alguém capacitado para instruir, ensinar, exemplificar e até mesmo inspirá-los a boas ações. Alguém que esteja disposto a ouvi-los nos momentos mais difíceis da caminhada. Muitas vezes, são os pais que assumem esta responsabilidade e orientam seus filhos no bom caminho. No entanto, há muitos alunos que não têm mais seus pais por perto ou simplesmente não foram criados por eles. Neste caso, o seu papel é muito importante, caro professor, pois será em você que seus alunos vão se inspirar para tomar as maiores decisões da vida. Eles contarão com o seu exemplo, com a sua capacidade de compreendê-los, com a sua maneira de falar e de aceitá-los do jeito que são.
2. Jesus Cristo: nosso maior exemplo. Seus alunos, diariamente, são bombardeados com várias informações que não compactuam com as verdades da Palavra de Deus. De forma inconsciente, o comportamento, a maneira de falar e a forma de pensar de seus alunos passam a ser influenciados por esses modelos que são observados na sociedade. A sua missão, caro professor, é oferecer aos seus alunos outra opção para que possam observar e ter como referência para crescerem e se tornarem pessoas justas. O maior exemplo a ser seguido é o de nosso Senhor de Jesus Cristo. Ele é o modelo que devemos imitar se quisermos crescer na presença de Deus e fazer a diferença em meio a uma sociedade corrompida pelo pecado (cf. Jo 17.20,21). O Mestre mostrou o seu exemplo não apenas baseado nos ensinamentos que deixou aos seus discípulos, mas também através do seu caráter. As atitudes, as ações e a forma como lidava com os pecadores confirmava que os seus ensinamentos não eram vazios, mas ensinados com coerência (cf. Mt 7.29). O Senhor praticava o que ensinava e esse deve ser o seu maior desafio como professor da Escola Dominical. Não apenas ensinar seus alunos as verdades do evangelho, mas também praticá-las de tal modo que seus alunos ficarão inspirados e motivados a praticar o evangelho.
Considere as observações apontadas neste artigo e converse com seus alunos a respeito de pessoas que eles veem na mídia e que servem como referência para uma conduta justa. Se preferir, você pode levar figuras de pessoas aclamadas pela sociedade como grandes exemplos para os dias atuais. Ao final, ainda que seus alunos possam observar coisas boas nos personagens apresentados, explique que o maior exemplo de caráter e bondade só pode ser observado em nosso Senhor Jesus Cristo. 

Lição 09 - 4º Trimestre 2018 - Cristo Vem! - Adolescentes. 13 e 14 anos.

Lição 9 - Cristo Vem

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
A SEGUNDA VINDA DE JESUS
O ENCONTRO COM O SENHOR
O IMPÉRIO DA MALDADE
A DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Marcelo Oliveira de Oliveira*
1. Introdução
A nação brasileira nunca esteve mergulhada num vale de corrupção como se encontra hoje. As manchetes são vastas. A corrupção está entranhada nas esferas pública e privada. E as notícias do aumento da violência?! E o confronto entre as pessoas, o desejo de fazer “justiçamento” com as próprias mãos?! De um lado, um poder público acuado, atordoado; do outro, menores e adultos, agentes do crime galgando os “louros” para suas próprias vantagens. A sensação é de total insegurança: a polícia prende, mas a justiça solta.
Há a agenda do doutrinamento do Homossexualismo na tentativa de promovê-lo à normalidade, como se a heterossexualidade fosse a exceção. Igualmente, a agenda da Ideologia de Gênero empurrada à força para dentro das escolas pelos intelectuais das secretarias estaduais e municipais de Educação ― e claro, sob a tutela do Ministério da Educação, o MEC.
O mundo está perplexo com a crise dos refugiados na Síria, os desentendimentos diplomáticos entre EUA, Rússia, Israel, o caso Coreia do Norte e seu relacionamento com a China, Japão e Coreia do Sul, as ditaduras na América Latina, como a Venezuela. Cada vez mais os acordos diplomáticos são ignorados e o respeito aos pactos internacionais são completamente ignorados. Este é o quadro nada positivo do mundo hoje.
A Bíblia relata que nos dias de Ló e de Noé os acontecimentos estavam assim. Índices altíssimos de corrupção, a violência praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos e o predomínio da imoralidade naquelas sociedades. Como elemento surpresa, ambas as sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus. O Altíssimo é justo e o ato da sua justiça se mostra contra toda a injustiça. A primeira vinda de Jesus Cristo foi um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos homens (Jo 1.4,5). Desde muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas e pecados (Rm 1.18-32). A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré demonstra o quanto o ser humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades ― principalmente em nome de Deus. Assim, haverá um dia em que o nosso Senhor julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt 25.31-46). O Filho retribuirá cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus Cristo demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora, ninguém saiba dia e hora.
2. O Arrebatamento da Igreja
Caro professor, prezada professora, a doutrina da Segunda Vinda do Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o secreto e o público. São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do Senhor. A primeira é visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a segunda etapa é visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”.
O termo “arrebatamento” se origina da palavra grega harpagêsometha que significa “àquilo que é frequentemente chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para vê-lo como Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com 1 Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousiaaparece determinando os seguintes significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por isso, há algumas linhas de pensamentos distintas, em que outros irmãos em Cristo consideram que o Arrebatamento e a Vinda Gloriosa serão um só evento.
 Múltiplas Correntes Escatológicas concernentes ao Arrebatamento
Pré-Milenismo
Amilenismo
Pós-Milenismo
O Pré-Milenismo está dividido em Histórico e Dispensasionalista.
O Dispensasionalismo está dividido em:
  • Pré-Tribulacionista
  • Meso-Tribulacionista
  • Pós-Tribulacionista
O Amilenismo tem um entendimento de que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só acontecimento, seguindo assim o Juízo Final.
Igualmente, o Pós-Milenismo entende que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só evento, seguindo assim o Juízo Final.
 As Assembleias de Deus no Brasil adotam a corrente Pré-Milenista-Dispensacionalista-Pré-Tribulacionista, onde o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes dos sete anos de Grande Tribulação.
Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo. Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo Testamento a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). Textos como Colossensses 3.4; Judas 14 dão conta dos crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o Arrebatamento da Igreja. 
3. O Tribunal de Cristo e os Galardões
Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão” (1 Co 3.14). A doutrina do Tribunal de Cristo visa ensinar sobre como a Igreja prestará contas de tudo o quanto fez enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelarão, desde as mais complexas às consideradas mais simples. Será um momento de julgamento divino acerca das ações e atitudes dos salvos em Cristo. Entretanto, é importante não confundir o Tribunal de Cristo com o julgamento do Trono Branco. Este será destinado aos ímpios que serão julgados no final do Milênio, e aquele se destina aos crentes vivos e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e receberem cada um, conforme a verdade de suas ações, o seu galardão.
É importante ressaltar que no Tribunal de Cristo serão julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvação de Cristo seja pela graça mediante a fé, o galardão entregue a cada crente será distribuído mediante as obras. Neste aspecto, as obras do crente são essenciais para justificá-los diante do Tribunal de Cristo. O texto de 1 Coríntios 3 mostra que acerca dos líderes, mas pode ser aplicado também a toda comunidade de crentes, a maneira pela qual eles continuarão a edificar a Igreja de Cristo será julgada neste Tribunal. Aqui, se verificará que tipos de obras tais líderes fizeram: se edificaram o edifício de ouro ou se de prata ou se de pedras preciosas ou se de madeira ou feno ou palha. Então, o detalhe de cada obra será manifesto naquela oportunidade. Assim, o “fogo” provará a resistência de cada obra. Se após a provação do “fogo”, a obra permanecer, o crente receberá o seu galardão; senão, não o receberá. O texto diz que a obra padecerá sofrimento, mas isso não interferirá na salvação do crente. Este será salvo como pelo fogo, ou em linguagem mais contemporânea, “como por um triz” ou “por um fio” (1 Co 3.14).
Não há mandamento mais urgente para estarmos pronto diante do Tribunal de Cristo, que este: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mc 12.31). Ora, toda boa obra na vida do crente deve se fundamentar no princípio mandatório de nosso Senhor: a prática do amor.
4. Bodas Cordeiro
Após o episódio do julgamento das obras no Tribunal de Cristo, virá o tempo das Bodas do Cordeiro. Antes de prosseguirmos com a explicação, dê uma relembrada no caminho que já fizemos até aqui. Por intermédio do gráfico, abaixo, veja a dimensão linear dos acontecimentos, lembrando que essa imagem é apenas para fins didáticos:
ARREBATAMENTO DA IGREJA → GRANDE TRIBULAÇÃO
                                                                       Tribunal de Cristo
                                                              BODAS DO CORDEIRO
Apesar de ainda não termos visto o assunto do derramamento da Ira de Deus, estudamos um evento que ocorrerá paralelamente à Grande Tribulação, o Tribunal de Cristo. Agora, neste pouco espaço, nos deteremos ao outro evento que também ocorrerá simultaneamente à Grande Tribulação: As Bodas do Cordeiro.
A palavra “bodas” quer dizer: enlace matrimonial, casamento, festa ou banquete em que se celebram as núpcias. É um momento de festa e de alegria onde o noivo e a noiva farão um voto de casamento até que a morte os separe. Na Escatologia Bíblica, esse termo refere-se ao período que lembra o momento íntimo entre o Noivo e sua Noiva, isto é, Jesus Cristo e sua Igreja.
Em uma passagem dos Evangelhos, quando próximo da sua crucificação, na verdade em sua última Páscoa com os discípulos, nosso Senhor disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14.25). É bem significativo que o apóstolo João escreva no livro do Apocalipse esta mensagem: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (19.9). O cumprimento dessa bem-aventurança se dá exatamente no advento das Bodas do Cordeiro.
Nesse evento glorioso, os crentes foram plenamente vestidos e adornados de atos de justiça, pois já estiveram diante do Tribunal de Cristo, foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Assim como temos um momento de intimidade com Cristo por intermédio da comunhão da Ceia do Senhor, as Bodas do Cordeiro é o momento mais íntimo de Cristo com a sua Igreja. É o tempo de refrigério, de glória, de graça e de alegria. É um tempo que marcará a consumação da redenção dos santos.
De fato, é bem-aventurado quem passa pelas Bodas do Cordeiro! O momento do nosso encontro e estada com Jesus Cristo, o Rei dos reis, é o momento além da história em que todo crente, lavado e remido no sangue do Cordeiro, anela em viver para sempre. Então, estaremos eternamente com o Rei dos Reis!
5. Grande Tribulação
Enquanto no céu estará ocorrendo o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro, na Terra, após o Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um período histórico de sete anos entre o “Arrebatamento da Igreja de Cristo” e a “Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao mundo”. O período da Grande Tribulação remonta a profecia das 70 semanas das quais falou o profeta Daniel. Veja o gráfico abaixo:
70ª Semanas de Daniel = 7 anos de Tribulação
3 anos e 1/2 – primeira metade:
3 anos e 1/2 – segunda metade:
→ Grande acordo de paz;
→ Ascensão de um grande líder;
→ Políticas que ludibriam as nações, principalmente, Israel e povo judeu.
→ Quebra do acordo;
→ Revelação da verdadeira motivação do grande líder mundial, o Anticristo.
→ Perseguição implacável aos que dizem não! ao sistema.
→ Quando as nações do mundo cercar a Israel, na cidade de Jerusalém, então, o Senhor Jesus, juntamente com a sua igreja, intervirá na injustiça tramada contra o povo, e na terra, que o Senhor escolheu (Jd 14,15) ― A Bíblia diz que a terra da Palestina não pertence a ONU ou as quaisquer nações que ouse repartir aquela terra:
“Então ajuntarei os povos de todos os países e os levarei para o vale de Josafá e ali os julgarei. Eu farei isso por causa das maldades que praticaram contra o povo de Israel, o meu povo escolhido: espalharam os israelitas por vários países e dividiram entre si o meu país” (Jl 3.2).
As Escrituras mostram que o tempo da Grande Tribulação será marcado como o tempo da “ira de Deus”, da “indignação do Senhor”, da “tentação”, da “angústia”, de “destruição”, de “trevas”, de “desolação”, de “transtorno” e de “punição” (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10; Dn 12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o Altíssimo intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram contra o criador. Nesse sentido, podemos dizer que os propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, (2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis que sobreviveram aos ataques do Anticristo.
Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo ― Ap 8 – 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30).
6. A vinda de Jesus em Glória
Após analisarmos os elementos finais da doutrina das Últimas Coisas, tais como, o Arrebatamento, o Tribunal de Cristo, As Bodas do Cordeiro e a Grande Tribulação; a agora veremos finalmente a Vinda de Jesus em Glória.
A vinda gloriosa do Senhor é um fato pronunciado pelas Escrituras, pois há mais de 300 menções sobre isso em o Novo Testamento ― por exemplo, os capítulos 24 e 25 de Mateus e o 13 de Marcos são inteiramente dedicados ao assunto. Antes de prosseguirmos no assunto é importante você rememorar o que significa a vinda de Jesus para os principais agentes da história da Igreja de Cristo no mundo. Veja o quadro abaixo:
O PROPÓSITO DA SUA VINDA
Para a Igreja
Para Israel
Para o Anticristo
Para as Nações
Secreta e repentinamente, nosso Senhor aparecerá à Igreja para levá-la à profunda e eterna comunhão.
O Messias prometido ao povo de Israel, o libertará da tribulação, restaurando a promessa de sua antiga terra.
O Senhor virá objetivamente para destruir o Anti-Cristo e estabelecer o Milênio. Um tempo de paz e de tranquilidade.
Nesta oportunidade, nosso Senhor julgará as nações e os reinos desse mundo, fazendo todos os povos sujeitos à sua autoridade e poder.
Enquanto que para a Igreja, Jesus Cristo virá misteriosamente; para Israel, o Anticristo e as Nações, Ele virá publicamente com poder e grande glória. Ninguém poderá escapar da sua justiça. O ser humano moderno vive iludido, pensando que não precisa prestar contas a ninguém. Vive a vida a seu bel prazer, não precisando pensar no que está certo nem errado. O apóstolo Paulo diz que o dia em que o nosso Senhor vir, Deus julgará “os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Rm 2.16). Diante do Pai, não haverá quem possa dissimular ou esconder o que sempre desejou e o motivou. 
7. Conclusão
No dia em que o nosso Rei julgar os povos, todos saberão quem Ele é e contemplarão a promessa da sua vinda em pleno cumprimento. Não haverá, pois, quaisquer sentenças injustas, pois o nosso Deus é a própria justiça. Outro ponto importante que se deve deixar bem claro nesta aula é sobre alguns aspectos fundamentais a respeito da Vinda Gloriosa de Jesus:
1. Ela será de maneira pessoal (Jo 14.3).
2. Ela será literal (At 1.10).
3. Ela será visível (Hb 9.28).
4. Ela será gloriosa (Cl 3.4).
As Escrituras apresentam com clareza que o nosso Senhor virá em pessoa para julgar todo o mundo. Portanto, renovemos a nossa esperança nesta promessa!
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
* Redator do Setor de Educação Cristã, Bacharel em Teologia, Licenciado em Letras e pós-graduando em Educação. 

Lição 09 - 4º Trimestre 2018 - Ouça seus Pais - Juvenis. 15 a 17 anos.

Lição 9 - Ouça seus Pais

4º Trimestre de 2018
"Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Pv 23.22).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. UM TEXTO PARA HOJE
2. A PROMESSA DO MANDAMENTO
3. A ALEGRIA DOS PAIS
OBJETIVOS
Explicar os textos de Provérbios 6.20-24 e 23.22-26.
Apontar a promessa do mandamento de honrar pai e mãe.
Expor como se dá a alegria dos pais em relação aos filhos.
Querido (a) professor (a), nossa próxima aula vamos abordar um assunto pouco popular entre os jovens, porém, de importância tamanha, que está entre o Decálogo e reforçado também no Novo Testamento: honrar pai e mãe.
Contudo, me antecipo a frisar algo muito sério, que dificilmente é considerado e mencionado - “honrar” nem sempre significa obedecer cegamente. Lembremos que nem todos os pais possuem valores e sabedoria do Alto. Para explicar o porquê deste grifo, com apenas um, dentre tantos exemplos que caberiam ser citados, certa vez, em meu ministério uma jovem que sofria abuso sexual de seu próprio pai (desde a sua infância) veio me procurar porque não sabia o que podia fazer para não consentir com tal atrocidade “paterna”. 
A realidade cruel, meus irmãos, é que infelizmente, por medo, “respeito”, imposição religiosa, etc. muitas crianças e jovens viram reféns de pais cruéis, desequilibrados e doentios. E isto, também dentro da igreja; como Jesus nos disse o joio só será separado do trigo no final (Mt 13.24-30). Portanto, ao dar aula na Escola Dominical precisamos ter sempre em mente que em uma turma existem múltiplas realidades e nós como educadores e ministros do Senhor não podemos ser negligentes ou indiferentes a nenhuma delas.
Por essas e outras, professor (a), assim como sempre pontuamos aqui, esteja muito atento (a) à reação de seus alunos frente aos temas propostos, ouça com sensibilidade e empatia suas opiniões e compartilhamentos em geral. Muitos juvenis precisam desesperadamente de ajuda e não sabem como ou a quem podem pedir. Sua percepção e disponibilidade podem fazer toda diferença na vida de um deles.
[...] O quinto mandamento era originalmente uma ponte entre as obrigações do israelita com Deus e as do israelita com seu próximo, e liga os quatro primeiros mandamentos aos cinco seguintes. Oito dos dez mandamentos do Decálogo são proibições e dois são positivos, o quarto e o quinto. Temos aqui o segundo mandamento apresentado em fórmula positiva.
1. Os pais biológicos. O propósito divino aqui é a sustentabilidade da estrutura familiar e a santificação da ordem social. Os pais são representantes de Deus na família; honrá-los e temê-los significa fazer o mesmo em relação a Deus. São eles que geram os filhos e são responsáveis pelo bem-estar deles, pelo seu sustento, alimentação, vestes, saúde e educação. Não existe na vida alguém mais importante para o filho do que o pai e a mãe, pois eles são seus heróis. Esse relacionamento é semelhante ao de Javé com o seu povo Israel (Dt 1.31; Ml 1.6).
2. Os pais espirituais. A expressão “o teu pai e a tua mãe” se aplica também aos pais espirituais, que devem ser honrados e respeitados pelos filhos na fé. Isso é visto na lei (2Rs 2.12; 13.14) e na graça (1Tm 1.2; 2Tm 1.2; 2.1; Tt 1.4). A figura do governante também se assemelha à dos pais; veja como Débora se considera mãe de Israel (Jz 5.7). Assim, o mandamento abrange as autoridades espirituais e civis, que devemos respeitar.
3. Os pais intelectuais. O respeito e a honra se devem também a quem se destaca pelo conhecimento em qualquer área. Isso é visto no Faraó que constituiu José como primeiro ministro do Egito (Gn 45.8). Isso deve servir como exemplo nas igrejas atuais. Muitos cristãos hoje precisam aprender a lição desse Faraó. Em qualquer lugar em que chegarmos, iremos sempre encontrar alguém melhor do que nós em alguma área, e devemos ter humildade suficiente para reconhecer essa autoridade.
II. OBEDIÊNCIA
1. O verbo honrar. Honrar pai e mãe é mandamento divino, e não sugestão humana (Êx 20.12; Dt 5.16; Mt 15.4). O verbo honrar, kaved, é um imperativo intensivo hebraico, do qual vem o substantivo kavod, “honra, glória”. A raiz desse verbo aparece em todas as línguas semíticas, com exceção do aramaico, e o significado é de “ser pesado”, sentido figurado, cuja ideia é de ser importante (Nm 22.15). É usado no Antigo Testamento com vários significados. Um deles diz respeito ao temor, ao reconhecimento, responsabilidade e autoridade; em nosso contexto, refere-se a alguém merecedor de respeito, atenção e obediência (Lv 19.3). (SOARES, Esequias. Lições Bíblicas CPAD, Adultos, 1º Trimestre de 2015. Trecho da Lição 7 “Honrarás Pai e Mãe”)
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 09 - 4º Trimestre 2018 - A Maravilhosa Cura Divina - Jovens. 18 a 40 anos.

Lição 9 - A Maravilhosa Cura Divina 

4º Trimestre de 2018 
Introdução
I - Esclarecendo os Termos
II - A Profecia nas Sagradas Escrituras
III - Funções da Profecia
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar a origem das enfermidades;
Reconhecer a cura como uma dádiva divina para os nossos dias;
Conscientizar de que Deus tem poder para curar.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
A história da humanidade mostra-nos um grande crescimento tecnológico com o passar do tempo. Deus deu sabedoria ao homem, e este aprendeu a lidar com o fogo, a cuidar de animais e a cultivar plantas que serviriam de alimento. O homem aprendeu a construir casas, cidades, preparou armas para proteger-se e desenvolveu mecanismos para ter uma vida de qualidade. Contudo, a história da humanidade também nos mostra que os homens desenvolveram doenças que os levaram à morte ou que lhes trouxeram incapacidade laborativa, limitações físicas e afastamento social.
O desenvolvimento de ciências como a Medicina, a enfermagem e a odontologia mostra a luta da humanidade em querer vencer as doenças e buscar tratamentos e meios para evitá-las. À medida que o tempo passa, entretanto, novos males vão aparecendo, e velhas doenças, aparentemente erradicadas, retornam ao cenário mundial. Como se isso fosse pouco, nosso século tem sido pródigo em doenças do corpo e da alma.
O movimento pentecostal traz diversas marcas, como, por exemplo, a crença no falar em línguas e no batismo no Espírito Santo, a libertação de pessoas oprimidas e possessas por espíritos malignos, a ocorrência de milagres e a cura divina. Não é incomum pessoas contarem testemunhos de curas recebidas da parte de Deus em igrejas pentecostais. Até mesmo pessoas desenganadas pela medicina têm encontrado no Eterno a cura para suas doenças do corpo e da alma.
A Bíblia mostra que Deus tem o poder e o desejo de curar pessoas em nossos dias. A cura divina está baseada nas Escrituras e corroborada nas palavras de nosso Senhor Jesus, que declarou que seus discípulos imporiam as mãos sobre os enfermos e que estes seriam curados. O Pentecostes de Atos deu prosseguimento às curas divinas e à operação de milagres operados por Jesus nos evangelhos, comprovando, assim, a atuação do Espírito de Deus na igreja. E hoje? Podemos contar com a mão de Deus para operar curas em nome de Jesus? Como pentecostais, cremos que sim.
I – ORIGEM DAS ENFERMIDADES
Descobrir a origem dos males que afetam o corpo humano não é uma tarefa simples. As doenças existem, e isso é fato. A luta do homem pela cura mostra o quanto somos frágeis e o quanto necessitamos de que nosso corpo seja tratado continuamente. Na perspectiva bíblica e teológica, surge um desafio: De onde procedem as doenças? Para que possamos compreender a cura divina, é preciso entender que ela existe para tratar males que afetam o corpo e a alma. A cura não tem sentido se não houver um mal que venha assolar um corpo, e esse mal, por sua vez, pode ter três origens.
Consequência do Pecado
A cura pode ser vista como uma consequência do pecado. O homem não foi criado doente. Deus criou o mundo com a característica original de ser bom. Desde o primeiro dia da criação até o sexto dia, nenhuma referência há que delimite a existência de um mundo infestado de pragas e males que assolariam a raça humana. Adão e Eva foram criados com saúde, sem qualquer característica de que tinham em seus corpos os elementos necessários para o desenvolvimento do processo de deterioração. Vivendo no estado de perfeição no Éden, eles tinham não apenas a comunhão com Deus, mas também a saúde perfeita e um ambiente favorável à longevidade. A única referência à morte foi dada pelo próprio Deus ao advertir que não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Eles não eram eternos, pois foram criados, mas gozavam da imortalidade, até que decidiram priorizar aquilo que a serpente disse ser mais importante, descartando o que o Senhor havia ordenado. O pecado agora afetou a constituição física do primeiro casal, que passou a estar sujeito aos efeitos da morte, com a deterioração do corpo, e seus descendentes passaram a herdar igualmente a possibilidade de contrair doenças. Estas, como fruto do pecado, passaram a coexistir com a humanidade como um vetor de envelhecimento e morte.
A enfermidade pode ser entendida como uma consequência do pecado? Sim. Quando Jesus cura um coxo no dia de sábado, recomendou a ele: “Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior” (Jo 5.14). Considera-se que aquele homem certamente cometera um mal que o impedia de ter a saúde normalizada, e a recomendação de Jesus seria um alerta para ele andar com Deus e ficar livre de males mais complexos. Se esse caso é, de fato, fruto de um pecado cometido, veremos que as doenças possuem outras causas. 
Ação de Satanás
Uma fonte de doenças apresentada na Bíblia é a ação de Satanás. Em algumas ocasiões, o inimigo é responsável pela existência de algumas doenças. A Bíblia fala que Jesus libertou uma mulher numa sinagoga, no sábado, que era prisioneira de Satanás. Lucas descreve que esta mulher “tinha um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; e andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se” (Lc 13.11). Esse texto não parece ser uma referência a uma possessão maligna, mas, sim, a uma doença colocada naquela mulher por Satanás. Ele pode influenciar e atacar uma pessoa sem apossar-se integralmente de seu corpo e mente. Nessa passagem, a mulher curada glorificou a Deus pela sua cura, mas havia um líder naquela sinagoga que, apesar de ver a cura e a mulher glorificando a Deus, repreendeu a audiência por ser um dia de sábado. Tão ruim quanto ser oprimido por Satanás é não glorificar a Deus quando Ele traz a cura de uma pessoa na congregação.
Há casos, entretanto, em que o Diabo toma posse da mente e do corpo de uma pessoa, causando doenças também. Marcos 9 fala de um jovem lunático, que foi atacado desde a infância por um espírito maligno, do qual Jesus libertou. Ao expulsar aquele demônio, Jesus restaurou a saúde física e mental daquele moço, sendo este um caso real de possessão demoníaca cujo efeito causava uma doença na pessoa.
Outro caso a ser analisado é o do gadareno que estava possesso por uma legião de demônios. Ele é descrito como um homem que tinha sua morada nos sepulcros, preso com grilhões e cadeias e que andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras (ver Mc 5.1-5). Essa é uma descrição assustadora para um ser humano dominado por Satanás. Quando liberto por Jesus, causou surpresa na cidade, pois, além de os demônios entrarem em uma manada de porcos, que se precipitou no mar, o homem foi achado “vestido e em seu juízo, assentado aos pés de Jesus” (Lc 8.35). O gadareno, agora liberto, quis seguir o Mestre, mas foi orientado por Ele: “Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti” (Mc 5.19). A cura desse homem causou uma impressão tão forte nos habitantes daquela região que eles pediram a Jesus que saísse daquela localidade. Ao invés de aproveitarem a ocasião para serem curados também, preferiram que Jesus ficasse afastado deles.
Outro exemplo a ser analisado, mesmo que de forma breve, é o caso do espinho na carne do apóstolo Paulo. O servo de Deus recebera revelações das quais não poderia contar. A experiência que ele teve foi tão sublime que era possível tornar-se uma pessoa soberba ante a tudo o que ele havia contemplado. Para que não ficasse soberbo com a experiência que teve, o Senhor permitiu que ele fosse atingido por um mensageiro de Satanás para esbofeteá-lo. O próprio Paulo relata essa declaração, e tal “espinho” é descrito como sendo um enviado de Satanás. Não é dito o que era especificamente; muitos estudiosos da Bíblia, porém, creem que se tratava de uma doença, possivelmente um problema nos olhos ou nas costas por causa dos vários acoites que recebeu. De forma alguma, vemos a possibilidade de uma possessão maligna nessa passagem, pois Paulo foi um homem cheio do Espírito de Deus. Pelo visto, em seus escritos, o Senhor não determinou a cura para o apóstolo, mas deu a ele a sua graça para suportar aquela situação. Deus sabia como lidar com seu servo, limitando-lhe uma possível arrogância.
Outros Fatores
A Palavra de Deus registra que o Eterno deu permissão a Satanás para atacar Jó. A Bíblia, no entanto, não diz que todas as doenças são fruto da ação direta do inimigo e da permissão de Deus. Um caso relatado nas Escrituras é o de Miriã, irmã de Moisés, que ficou leprosa após ser disciplinada pelo Senhor por ter falado contra seu irmão (Nm 12). Esse caso foi uma ação direta do Senhor contra a irmã de Moisés, que ficou curada sete dias depois (v. 15).
Cabe dizer aqui que, na atualidade, são muitos os casos em que doenças de fundo emocional afetam as pessoas. Tais males atacam não apenas a mente, como também o corpo, interferindo na disposição das pessoas, em sua forma de pensar, impedindo-as até mesmo de alimentar-se. Males como a depressão, a síndrome do pânico, a ansiedade e o estresse têm sido comuns principalmente em ambientes urbanos, onde pressões profissionais e financeiras e a violência têm sido os vetores de grandes baixas. Não são poucos os casos de pessoas com sintomas de aparente ataque do coração que são afetadas por estresse.
Outros males são advindos de um estilo de vida danoso ao corpo humano. Tabagismo, alcoolismo, uso de entorpecentes e até mesmo falta de exercícios físicos e má alimentação contribuem para o aumento de pessoas enfermas. A hereditariedade também é um fator determinante para o surgimento de doenças crônicas, como a pressão alta e a diabetes. Não nos parece haver uma ação direta do Diabo nesses casos mencionados. Não raro, a própria pessoa coloca-se num grupo de risco de doenças por estar em contínuos períodos de preocupação, trabalhando em excesso, descuidando do seu próprio corpo ou se envolvendo com vícios que aceleram a chegada de doenças.
II – DEUS TEM PODER PARA CURAR
Tendo tratado das possíveis origens das doenças, veremos como a Palavra de Deus trata da cura divina.  
Se Quiseres, Podes Tornar-me Limpo
Em seu evangelho, Mateus relata no capítulo 8 que, logo após ter encerrado o discurso conhecido como Sermão do Monte, o Senhor é seguido de uma grande quantidade de pessoas, até que um leproso destaca-se na narrativa quando se aproxima de Jesus e adora-o. Aquele homem, carente de uma cura divina, diz: “Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo” (v. 2b). Para nós, a lepra é praticamente uma doença que tem tratamento acessível, mas, naqueles dias, ela excluía a pessoa da sociedade. O leproso percebe em Jesus duas características em relação à cura: o querer e o poder. Querer não se confunde com poder, e poder não necessariamente se confunde com uma vontade de agir. Muitas “divindades” podem prometer cura e não cumprir o que prometeram. Jesus, todavia, tem o poder para curar. 
A resposta de Jesus traz o desejo de Deus em relação à cura divina e à fé daquele homem: Ele quer e Ele pode. Jesus responde ao leproso estendendo a mão e dizendo: “Quero; sê limpo. E logo ficou curado da lepra” (v. 3b). Jesus ordena o homem já curado que procure o sacerdote e dê a oferta que foi delimitada por Moisés, justamente para servir de testemunho. Aqui, vemos a importância de glorificarmos a Deus quando recebemos uma intervenção divina em nossa saúde. A cura de uma pessoa serve para o Senhor ser glorificado, e Ele tem poder para curar todas as doenças, independentemente da origem. Deus tem o poder para curar, e Ele quer curar.  
A Cura Divina Glorifica a Deus
A cura divina manifesta a glória de Deus, que é glorificado na cura que Ele mesmo proporcionou. A mulher encurvada que Jesus curou na sinagoga no dia de sábado glorificou a Deus (Lc 13.13). O paralítico que ficava pedindo esmolas na porta Formosa glorificou a Deus pulando e saltando dentro do templo, algo que fugia aos parâmetros de comportamento no santuário (At 3.8). A multidão que viu Jesus curando um paralítico em Cafarnaum também deu glórias a Deus (Mt 9.8). Mesmo os teólogos que defendem que o Senhor limitou a si mesmo e não defendem que as curas divinas sejam constantes em nossos dias reconhecem que, quando uma cura divina ocorre, Ele é glorificado.
É evidente que as pessoas nem sempre se lembram de agradecer ao Eterno por uma cura. Lucas, o escritor pentecostal, menciona em seu evangelho, no capítulo 17, que Jesus, certa vez, deparou-se com dez leprosos que lhe pediram misericórdia e cura. Indo eles para mostrarem-se ao sacerdote, como Jesus orientara, foram limpos, mas apenas um retornou glorificando a Deus em alta voz e, com o rosto em terra, agradeceu a Jesus. Nem todas as pessoas que experimentaram uma cura da parte de Deus manifestam a devida gratidão e o reconhecimento reservado àquEle que agiu com misericórdia e que interveio no corpo. Daqueles dez leprosos curados por Jesus, apenas um teve a consciência de aproveitar a oportunidade de rever Jesus para agradecer pela cura recebida. Além da saúde física, aqueles homens receberam uma oportunidade de vida renovada, o retorno à vida social, o convívio com a família e até mesmo o retorno ao mercado de trabalho. Por sua graça, Deus não deixa de operar por causa de pessoas que não se lembram de demonstrar sua gratidão. Seu poder continua estendido para curar e salvar, ainda que sejamos ingratos e esquecidos para com aquilo que nos concedeu Ele.
A Fé para a Cura Divina
A Palavra de Deus dá ênfase a uma palavra chamada fé, que pode ser traduzida como uma confiança, uma certeza atribuída ao que o Senhor falou sobre si mesmo e sobre o que Ele faria. A fé é tão importante que Deus, ao longo das Escrituras, mostra homens e mulheres de fé, que demonstraram o quanto confiavam em Deus e que foram recompensados por Ele. A fé foi importante na vida de Abraão, Isaque e Jacó. Foi a fé em Deus que manteve José íntegro quando escravo e prisioneiro e que o ajudou a manter-se como homem de Deus quando governador do Egito. Foi a fé que sustentou Moisés, Samuel, Davi, Elias e tantos outros personagens.
A Bíblia mostra que a fé também é importante para a cura divina. João Marcos narra que Jesus vinha de uma série de manifestações miraculosas, como, por exemplo, a libertação de um homem de Gadara, a cura de uma mulher que tinha um sangramento que não estancava, sem falar que, nesse mesmo dia, Ele ainda ressuscitou a filha de Jairo, um homem que era líder na sinagoga local (Mc 5).
Jesus segue em direção à Nazaré, terra na qual foi criado, e foi ensinar na sinagoga. As pessoas daquela localidade ouviram Jesus falando e perguntaram-se sobre a procedência da sabedoria com que Jesus falava. Ao invés de valorizarem a sua presença ali, cientes dos milagres que Ele havia operado, eles desdenharam e desprezaram o Senhor. A incredulidade deles e a desonra com que trataram o Senhor foram tão grandes que Jesus, de acordo com Marcos, “não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos” (Mc 6.5). É interessante notar que a falta de fé parece ter um poder neutralizador de milagres e curas. A Bíblia não diz que Jesus não quis fazer obras maravilhosas, mas diz que Ele não podia por causa da falta de fé. A incredulidade parece realmente ter um efeito impeditivo de milagres e curas em certas ocasiões.
Se recorrermos ao mesmo evangelista, no capítulo 2, vemos que um paralítico foi trazido por quatro amigos para ser curado por Jesus. Como o local em que Jesus estava foi cercado por uma multidão, aqueles homens fizeram um buraco no teto e baixaram por ele o paralítico. “E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados” (Mc 2.5). Nesses dois casos, há clara associação entre ter fé para ser curado e não ter. O centurião romano (Lc 7) pede a Jesus que cure o seu servo, e Jesus, mesmo a distância, curou aquele enfermo, acrescentando acerca daquele centurião: “Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé” (Lc 7.9).
Ainda analisando exemplos em que a fé foi importante para a operação da cura divina, vemos no livro de Atos que Lucas registra, na cidade de Listra, um homem que jamais tinha andado: “Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou” (At 14.9,10). Nesses casos, vemos que a Bíblia mostra que a fé é um elemento indispensável para a cura divina.  
CONCLUSÃO
De forma direta, a cura divina é para os nossos dias. Ela não ficou limitada aos dias da Igreja Primitiva e não há um texto sequer na Bíblia que diga que o tempo de o Senhor operar curando enfermos e salvando pessoas acabou, ou que a cura divina foi necessária até a Igreja do Senhor ser estabelecida. A cura divina faz parte do projeto de Deus da mesma forma que a salvação, e Jesus não apenas curou enfermos, como também disse que os que cressem nEle também curariam enfermos em seu nome. 
Em Cristo, há cura para as doenças do corpo e da alma, e Ele quer usar crentes cheios do Espírito Santo para que, em seu nome, orem por enfermos e vejam as curas sendo manifestadas. Por isso, creiamos em Deus, cuidemos de nossa saúde e oremos pelos doentes até que o Senhor retorne para buscar a sua Igreja. 
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 09 - 4º Trimestre 2018 - O Perigo da Indiferença Espiritual - Adultos.

Lição 9 - O Perigo da Indiferença Espiritual

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS
II – QUANDO AS PALAVRAS NÃO SE COADUNAM COM A PRÁTICA
III – UM CHAMADO A FAZER A VONTADE DE DEUS
CONCLUSÃO
UM CHAMADO A FAZER A VONTADE DE DEUS
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
As pessoas a quem Jesus dirige essa parábola estavam de fato muito interessadas em obedecer à Lei. Contudo, não estavam muito preparadas para receber aquele a quem o próprio Deus enviou. Não se pode fazer apenas parte da vontade de Deus. A obediência à Lei acrescida à rejeição de Cristo, descamba para o legalismo e, na parábola que estamos estudando, equivale a um sim meramente verbal, contrariando os fatos e, por conseguinte, a vontade de Deus.
Sobre o legalismo, Champlin destaca que “esta expressão, como usada pelos teólogos cristãos, não tem nada contra a dignidade da lei, muito pelo contrário, fala de abusos dos propósitos da lei”.1  Ele destaca também que “muitos judeus convertidos ao cristianismo, que aceitaram o ensino de que Jesus era o Messias, ainda continuaram observando a lei pelas duas razões sugeridas, sendo que o judaísmo nunca promoveu um conceito de justificação pela fé, assim, legalismo, então, é o uso da lei como uma base de soteriologia e como o guia da vida espiritual, no lugar da justificação pela fé e a lei do Espirito como o guia da espiritualidade”.2
Pode ser que ao redor dos que ouviam a parábola, encontravam-se também muitos publicanos, meretrizes e pecadores que, ao contrário de alguns, não se arrependeram de seus pecados de forma legítima e autêntica. Eles estavam dispostos a acreditarem em Jesus, mas não estavam interessados em obedecer a vontade de Deus. Se os primeiros são legalistas, os segundos são os participantes da graça barata. Como vimos num tópico anterior, o verdadeiro arrependimento conduz à mudança de atitude. Quem possui uma fé genuína, fatalmente desejará fazer a vontade de Deus.
Em João 15.14 Jesus é enfático ao ensinar que nós seremos seus amigos se fizermos o que Ele manda: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando”.  Fazer a vontade de Deus era o eixo sobre o qual girava toda a religião de Israel. A Lei era a sua expressão clara e escrita. Champlin destaca que “o Senhor Jesus agora desejou acrescentar outro pensamento precioso: aqueles discípulos especiais de então para diante dificilmente poderiam ser classificados como meros servos, segundo ordinariamente se poderia entender, dentro das relações então comuns entre escravos e senhores, visto que dos servos só se poderia esperar servidão, pelo contrário, o Senhor Jesus elevou a posição de seus discípulos como seus iguais, isto é, como seus amigos, seus companheiros”.3
Contudo, agora chegamos a uma revelação plena e perfeita da vontade de Deus através de Jesus Cristo. Ele anuncia a vinda do Reino e chama à conversão: “Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 4.17). Ela passa, afinal, através de sua pessoa. O Pai quer que os homens recebam aquele que Ele enviou. Não se trata de querer obedecer a Lei sem receber a Cristo. Também não se trata de desejar a Cristo, mas não querer obedecer a seus ensinos.
Através desta parábola precisamos compreender o perigo da indiferença espiritual. Alguns pensam que podem confessar que amam a Deus com seus lábios mas viver com o coração distante dele. Pensam poder encontrar a Deus prescindindo de Cristo. Outros há que vivem na austeridade da Lei, mas não querem receber a Jesus. A marca indelével da amizade com Deus é a aceitação de Cristo como Filho de Deus, e, isso é possível, a partir do momento em que O obedecemos.
O fundamento da obediência a Deus é manifestado no amor ao Senhor Jesus e a sua Palavra: “De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119.10-11). O Salmo 119 descreve que as santas escrituras devem guiar nossas vidas. Nos versículos 6 e 22, o salmista destaca que quando seguimos os seus ensinamentos não existem motivos para nos envergonharmos: “Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos. Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois guardei os teus testemunhos”.
No versículo 7 o salmista destaca a necessidade do cultivo de um coração íntegro: “Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos. Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente”, e nos versículos 9, 10, 11 e 30 ele fala da observância de uma vida pura e que não se desvia dos mandamentos do Senhor: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. Escolhi o caminho da verdade; propus-me seguir os teus juízos”.
Davi tinha um desejo profundo de conhecer e obedecer ao Senhor, e o fervor deste desejo está evidenciado no Salmo 119.5-4 e a excelência deste desejo pode ser notada na ênfase das expressões “vivifica-me”, “ensina-me” e “faze-me atinar”. Moody destaca que “o perigo confrontando o salmista fá-lo pedir força e conforto. Ele percebe que a vivificação que ele deseja vem da compreensão dos ensinamentos de Deus”.4  No Salmo 119.33-40 o salmista usa a expressão “ensina-me e o seguirei” e na sequência pede pela orientação de Deus para que sua vida seja afastada da insensatez.
A obediência deve estar ligada à vontade de Deus. Para sair da indiferença espiritual, o ser humano precisa receber aquele que Deus enviou ao mundo. A pessoa de Cristo separa de forma bastante clara a humanidade perdida, composta até mesmo por religiosos que dizem fazer a vontade de Deus, mas não a fazem, e aqueles que serão admitidos no Reino. O caminho é o do arrependimento com a consequente mudança de atitude, em direção à obediência a Deus.
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus:As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.

1 CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol.3. São Paulo: Hagnos, 2013. p. 753.
2 Ibidem.
3 CHAMPLIN, Russell N. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Volume 2. São Paulo: Candeia, 1995. p. 545.
4 PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody – Gênesis a Malaquias. Vol. 1. São Paulo: Editora Batista Regular, 2007. p. 126.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Lição 08 - 4º Trimestre 2018 - A História de Daniel e os Leões - Berçário.

Lição 08 - A história de Daniel e os Leões

4º Trimestre de 2018

Objetivo da lição: Demonstrar, através das atividades e exposições, a fidelidade de Deus para com Daniel ao livrá-lo da cova dos leões.
É hora do versículo: “O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões [...]” (Daniel 6.22).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Daniel. O rei da cidade de Daniel deu uma ordem mandando que ninguém orasse a nenhum deus porque ele mesmo queria estar no lugar de Deus. Mas Daniel continuou orando ao Papai do Céu e por isso ele recebeu o castigo de ser jogado na cova para ser devorado pelos leões. Mas uma coisa aconteceu: o Papai do Céu mandou um anjo que fechou as enormes bocas dos leões e não  deixou que nada de mal acontecesse com Daniel.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Daniel com alguns leões. Reforce com seus alunos que o Papai do Céu não deixou leão nenhum machucar Daniel. Incentive as crianças maiores a cobrirem o nome do nosso personagem de hoje. Não deixe de orar com a turminha.
daniel.licao8.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 08 - 4º Trimestre 2018 - Na Casa do Meu Amigo Há Cura - Jd. Infância.

Lição 8 - Na Casa do meu Amigo Há Cura

4º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão crer que Jesus curou no passado e pode curar no presente; entender que a vontade do Papai do Céu é maior do que a nossa.
É hora do versículo: “O Senhor [...] cura todas as minhas doenças.” (Sl 103.3).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da cura da mão de um homem no templo, que Jesus curou no passado e pode curar no presente. Na igreja, a casa do Papai do Céu, é o lugar onde podemos pedir cura das nossas doenças assim como aquele homem com a mão doente.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que imprima a atividade abaixo, uma para cada criança, e peça que ligue a imagem correspondente ao sintoma. Enfatize que quem pode curar todas as doenças é Jesus. Depois deixe que pintem o desenho.
doencas.licao8.jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 08 - 4º Trimestre 2018 - Felizes os Que são Puros de Coração - Juniores.

Lição 8 - Felizes os que são puros de coração 

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Mateus 5.8; 23.26,26.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que um coração puro é indispensável para que a obra de Deus seja realizada com excelência. Jesus afirmou aos seus discípulos que felizes são os que têm um coração puro porque verão a Deus (cf. Mt 5.8). A pureza está atrelada à santidade, e as Escrituras Sagradas afirmam que Deus é santo, nEle não há falta alguma (cf. Tg 1.17). Logo, todos os que estão na presença de Deus e conservam a pureza de coração, receberão a recompensa de ver o Senhor e de estar continuamente em Ele. Seus alunos precisam aprender desde cedo que conservar um coração puro deve ser o alvo constante de todo cristão. Infelizmente, muitas circunstâncias surgem para tentar “sujar” o coração daqueles que servem a Deus, porém com a ajuda do Espírito Santo é possível manter o coração limpo. A história de hoje apresenta o exemplo de pessoas que se preocupavam mais com a aparência do que com a pureza interior. Destes fazia parte um bom número de fariseus que prezavam mais por honrar os rudimentos da tradição judaica do que zelar pela prática da vontade de Deus (cf. Jo 12.42,43). Na aula desta semana, mostre aos seus alunos o que é preciso observar para que tenham um coração puro e uma vida santa na presença de Deus.
A. A pureza de coração, uma virtude indispensável. A Palavra de Deus ensina que a pureza de coração é um requisito fundamental para que o crente possa desfrutar da presença de Deus de forma plena (cf, Mt 5.8). A pureza encontra sinônimo na palavra santidade. Faz parte do caráter de Deus ser santo, pois esta é a forma como Ele se identifica aos seus servos. “Sejam santos porque eu sou santo”, disse o Senhor (cf. 1 Pe 1.16). Sendo assim, ser santo não é um privilégio daqueles que participam das coisas concernentes ao Reino de Deus, e sim o dever de toda a criação de Deus. O relacionamento com o Senhor depende da forma como a pessoa se mantém separada de tudo o que é pecado ou que recebe influência dele. Preservar o coração limpo é afastar-se de todas as coisas que possam manchar o relacionamento o Criador. O Senhor promete uma recompensa para aqueles que rejeitam o pecado e mantêm o coração puro. Estes desfrutarão perpetuamente da presença do Senhor e terão alegria plena em sua presença (cf. Ap 21.3,4,7).
B. Pureza interior X pureza exterior. Nos tempos de Jesus, infelizmente, havia aqueles que se preocupavam mais com a aparência do que com o interior do coração. O zelo dos fariseus por cumprir à risca todos os preceitos e ensinamentos da tradição judaica contrastava terminantemente com a vontade de Deus para o seu povo (cf. Mt 15.1-14). Na busca intensa por encontrar o caminho que os aproximasse de Deus, os judeus terminaram se afastando cada vez mais, porque não honravam a Deus nem aceitavam receber os seus ensinamentos. Antes, escolheram fundamentar a sua fé na religiosidade e tradição humana (cf. Mt 23.23). O orgulho os levou ao declínio espiritual. Como consequência dessa escolha, muitos não conseguiam compreender, de fato, qual era a vontade de Deus apresentada por Jesus, pois os seus olhos estavam vendados. Da mesma maneira, temos o nosso entendimento entenebrecido quando nos apegamos aos rudimentos institucionais e nos esquecemos de que o mais importante para Deus é a salvação e o bem-estar das pessoas. O Senhor espera encontrar em cada um de nós um coração puro que preze por fazer a vontade de Deus, e não apenas por demonstrar uma aparência vazia e sem perspectiva.
Compartilhe com seus alunos a importância de mantermos um coração puro na presença de Deus. Explique aos seus alunos que a boca fala aquilo que o coração está cheio. Sabemos que um coração cheio de sentimentos bons pronunciará palavras que edificam. Em contrapartida, um coração sujo pronunciará apenas palavras más e ações que não têm nenhum proveito. A fim de fixar o ensinamento da lição desta semana, prepare e distribua aos seus alunos várias bocas no tamanho de uma folha A4. Eles poderão pintar e decorar com canetinha e lápis de cor. Prepare uma folha com várias palavras boas e ruins e distribua aos seus alunos. Eles deverão recortar e colar sobre a boca as palavras que edificam. Peça que escrevam abaixo da boca: “A boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6.45). 

Lição 08 - 4º Trimestre 2018 - Estudar é Preciso - Pré Adolescentes.

Lição 8 - Estudar é Preciso

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Provérbios 1.1-7; 18.15.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos serão conscientizados acerca da importância de se dedicarem aos estudos. O estudo, mais do que uma obrigação para aqueles que não gostam de estudar, precisa ser compreendido como um instrumento para se alcançar a qualidade de vida. Seus alunos precisam olhar os estudos não como um privilégio, e sim como uma necessidade. Há muitos jovens nos dias atuais reclamando que não conseguem uma melhor colocação no mercado de trabalho. No entanto, quando surgem as oportunidades para dedicarem-se aos estudos, capacitarem-se através de cursos e treinamentos, inventam a desculpa de que não têm tempo ou condições financeiras. É bem verdade que, em algumas circunstâncias, a situação do jovem é bem difícil. Porém, há muitos casos de jovens que não querem sacrificar o tempo e o lazer a fim de estarem mais bem preparados para o mercado de trabalho. Seus alunos ainda não possuem a compreensão plena da profissão que exercerão no futuro, porém devem entender que cada oportunidade de estudo perdida, hoje, é um empecilho a mais no desenvolvimento das habilidades e competências necessárias a serem desenvolvidas amanhã. Portanto, ressalte aos seus alunos a importância de se dedicarem aos estudos hoje para que tenham um futuro brilhante profissionalmente (Pv 1.1-6).
1. Estudar: uma necessidade. A compreensão dos estudos, para muitos, resume-se a uma obrigação. São crianças e adolescentes que não têm o interesse por estudar, pois não veem nos estudos uma forma de satisfação das suas necessidades mais imediatas. Por outro lado, há pais que reforçam esta perspectiva, visto que muitos não incentivam seus filhos a estudarem, e sim a trabalharem cedo para ajudarem com a provisão das necessidades materiais do lar. De fato, este é um problema muito grave a ser enfrentado e, por isso, o seu papel, caro professor, é fundamental nesse contexto. Há muitos alunos que frequentam a Escola Dominical, ou mesmo a igreja, e precisam ser estimulados a estudar. E você, professor, tem a incumbência de despertar nos seus alunos o prazer pela leitura e pela lição bíblica através de uma aula criativa e alegre. Mostre os benefícios que os estudos podem trazer para a vida de seus alunos. Explique que, mais do que um privilégio de estar na escola, estudar é uma necessidade para que seus alunos adquiram a capacitação necessária e estejam preparados para exercer os melhores cargos no mercado de trabalho.
2. Estudar: uma oportunidade que não pode ser perdida: Dedicar-se aos estudos requer esforço, renúncia, motivação e, acima de qualquer coisa, disciplina. O compromisso com os estudos é uma qualidade que poucos alunos possuem, tendo em vista que estudar não parece ser algo prazeroso para a maioria dos pré-adolescentes. Todavia, é importante compreender que a dedicação aos estudos é uma espécie de investimento. Quando mais a pessoa se dedica e prioriza os estudos, melhor preparada estará para competir às melhores vagas nas universidades e também no mercado de trabalho. Mas educar, muitas vezes, deve ser compreendido como uma oportunidade única que não pode ser desperdiçada. Há muitas chances de se conquistar uma bolsa de estudos e que não devem ser negligenciadas por seus alunos (cf. Ec 11.1-10). Ter as melhores oportunidades de preparar-se para o mercado de trabalho, desenvolver competências e habilidades específicas para corresponder às exigências do mercado de trabalho são chances que começam a surgir a partir da dedicação aos estudos ainda na fase da infância. Alunos que apresentam os melhores desempenhos na escola adquirem a maior probabilidade de alcançar os melhores resultados e ocupam as primeiras vagas.
A lição desta semana é uma oportunidade para conscientizar seus alunos sobre a necessidade de estudar. Converse com eles sobre o assunto, ajude-os a encontrar a motivação necessária para enfrentarem suas maiores dificuldades. Incentive-os a pensar o quanto são capazes de alcançar os melhores resultados. E não se esqueça de enfatizar que a Palavra de Deus nos mostra que muitos servos de Deus ocuparam cargos de alta relevância nos maiores impérios e governos que já existiram sobre a terra (cf. Gn 41.38-44; Ne 1.11; Dn 1.3-6). Isso só foi possível porque eram dedicados e habilitados em varias ciências e conhecimentos de suas respectivas épocas e, acima de tudo, tinham comunhão com Deus (Dn 1.11-21).