quinta-feira, 13 de junho de 2019

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - Esperando o Tempo de Deus - Pré Adolescentes.

Lição 11 - Esperando o tempo de Deus 

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Salmos 40.1.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender um pouco mais a respeito do tempo de Deus. O salmista nos dá o exemplo de como devemos esperar o tempo de Deus, não apenas esperar, mas também como esperar. No Salmo 40, ele afirma que a espera pela provisão do Senhor tem um tempo determinado para acontecer e, durante este tempo de espera, devemos aguardá-la com paciência.
Conversar com seus alunos a respeito de esperar o tempo de Deus é um desafio, tendo em vista que na fase da pré-adolescência “tudo é para ontem”. Esperar o tempo de Deus envolve adquirir experiência. Em o Novo Testamento, na Carta que escreveu o apóstolo Paulo aos Romanos, no capítulo 5, versículos 4 e 5, diz que “a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança”. Devemos entender que as experiências pelas quais passamos nas diversas etapas da vida produzem um efeito positivo para que nos tornemos mais pacientes e confiantes à espera da providência do Senhor. 
A fase da adolescência é marcada pela ansiedade e, por conta disso, é preciso aprender a apresentar diante de Deus todas as nossas necessidades (cf. Fl 4.6,7; 1 Pe 5.6,7). A oração é uma arma indispensável para lidar com a ansiedade. O interessante da oração é que ela nos aproxima de Deus fazendo com que nos tornemos mais íntimos dEle. Portanto, apresentar as nossas necessidades a Deus por intermédio da oração é uma forma de controlar a ansiedade.
O relacionamento com o Senhor nos faz entender que aceitaremos a sua vontade quer as respostas para os nossos anseios sejam “sim” ou “não” ou “espere”! Aprender esperar o tempo de Deus para nossas vidas nos faz crescer na comunhão com Ele e amadurecer como cristão. Neste caso, enquanto não se cumprirem as promessas de Deus em nossas vidas, devemos administrar o tempo que nos está disponível da melhor forma possível.
“O uso positivo do tempo:
1. Planeje seu tempo. ‘Tudo tem seu tempo determinado’ (Ec 3.1). Nesta expressão bíblica, entendemos que não só o nosso tempo é predeterminado por Deus, mas que nós devemos ser metódicos quanto ao uso dele. Devemos planejar todas as nossas atividades de forma a preencher o tempo disponível.
2. Cultive a pontualidade. ‘Não sejais vagarosos no cuidado’ (Rm 12.11). Ouvimos sempre uma justificativa falida contra a pontualidade: ‘Antes tarde do que nunca’. Todas as nossas atividades, físicas, sociais ou espirituais, merecem o devido respeito. O tempo é precioso, por isso devemos aproveitá-lo bem. A pontualidade é um defeito, às vezes, de caráter. Significa que a mesma não faz a diferença no uso do tempo. A pontualidade deve ser cultivada nos tratos com outras pessoas, com as instituições com as quais assumimos compromissos. O grego okmeros significa ‘moroso, vagaroso’. A ideia que o apóstolo Paulo quer destacar é quanto ao que trabalha sem prazer, sem gana, sem vontade, ou que deixa para amanhã o que deveria ser feito hoje. O diligente é aquele que faz o que tem de fazer com ardor, como o próprio texto sugere: ‘fervente (ou fervoroso) no espírito’. As pessoas que cultivam a pontualidade têm senso de responsabilidade; tem uma gana de vontade para fazer o que tem de ser feito, muito mais na obra de Deus.
3. Equilibre suas atitudes no uso do tempo. A palavra equilíbrio sugere uma balança de dois pratos. O desequilíbrio do tempo está em dar mais peso para um lado da balança que o necessário. A Bíblia fala de equilíbrio quando diz: ‘andeis como é digno da vocação com que fostes chamados’ (Ef 4.1). A palavra ‘digno’ tem na sua raiz o sentido de equilíbrio. O verbo andar implica um modo de vida, de pensar, de fazer e ser”.(Texto extraído da Obra de CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 110, 111).
Aproveite o assunto da aula de hoje e converse com seus alunos a respeito de como eles têm administrado o tempo disponível para buscar a face de Deus. Fale sobre os anseios que cada um tem e mostre que tudo quanto desejam alcançar somente será possível se houver dedicação e planejamento. Para tanto, é preciso atentar primeiramente para uma vida de relacionamento verdadeiro e pontual com Deus.

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - Usando a Minha Influência - Adolescentes.

Lição 11 - Usando a Minha Influência

2º Trimestre de 2019
Esboço da lição
ÓRFÃ E EXILADA DE SEU POVO
UMA JOVEM DIFERENTE NOMEADA RAINHA
UMA RAINHA QUE SOUBE USAR SUA INFLUÊNCIA
O GRANDE JEJUM
VOCÊ TAMBÉM PODE
OBJETIVOS
Refletir sobre o comportamento cristão perante o mundo;
Fazer com que os alunos pensem sobre o seu chamado e desejem descobri-lo;
Mostrar a responsabilidade de influenciar pessoas em seu convívio social.
Prezados professores,
A lição desta semana tem como tema central discutir a importância de o adolescente cristão perceber e identificar o tipo de influência que recebe do meio social em que ele vive. Ela está estruturada em cinco tópicos. O primeiro destaca a situação familiar de Ester, sem pai e mãe, e ainda exilada de seu povo. O segundo aborda o fato da jovem Ester ser diferente das outras moças daquele lugar e mesmo assim ser nomeada rainha, já que seus padrões eram diferentes dos daquela nação. O terceiro tópico apresenta Ester já como rainha e fazendo uso da sua influência para ajudar o seu povo. O quarto tópico salienta o grande jejum que a rainha conclamou para todo o povo judeu participar a fim de pedir a ajuda divina para mudar os planos maléficos que estavam sendo arquitetados para prejudicar os judeus, principalmente Mardoqueu, o primo que criou e cuidou de Ester. E, finalmente, o quinto tópico estimula o adolescente a também influenciar sua geração e os outros ao seu redor.  
Esta lição deve, principalmente, levar o adolescente a entender que estamos no mundo para influenciá-lo e não ser influenciado por ele. Quando o servo de Deus está em uma posição de destaque, todos miram nele porque sabem que Deus está com ele, e por isso esperam ser abençoados através daquela pessoa. Por isso, estimule seus alunos a não se envergonharem de serem verdadeiros servos de Deus e ainda influenciarem todos ao seu redor, porque isso que Deus espera deles e as pessoas estão sedentas de serem abençoadas e tocadas por aqueles que podem influenciar positivamente a sociedade. 
Vivemos hoje uma grande degradação moral na política, em que as leis estão sendo feitas para corromper o homem de diversas formas. Instigue seus alunos a identificarem as doutrinações ideológicas antibíblicas (na escola ou na sociedade) e refutarem-nas através do conhecimento bíblico e pelo poder e pela autoridade que Deus nos dá. Assim como Ester, usou sua coragem para mudar o destino do seu povo e abençoá-lo, faça uma oração com a turma pedindo pela autoridade divina neste tempo difícil. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Redatora do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - Orgulho e Inveja - Jovens.

Lição 11 - Orgulho e inveja 

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O poder destrutivo do orgulho
II-O poder destrutivo da inveja
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Conscientizar do poder destrutivo do orgulho;
Advertir do poder destrutivo da inveja.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
Por Pr. Natalino das Neves
Poder: orgulho fatal, inveja mortal
O orgulho e a inveja são dois temas diretamente relacionados ao poder. Provérbios, um dos livros sapienciais ou de sabedoria, aborda o perigo da opção de uma vida orgulhosa e individualista. O poeta recomenda privilegiar uma vida simples e humilde.
I. O Poder e o Orgulho Fatal 
A sabedoria é o antídoto contra o orgulho 
As pessoas têm uma tendência de confundir inteligência com sabedoria. O ser humano por natureza é um ser inteligente, mas nem todas as pessoas sabem aplicar com eficácia a inteligência disponível. Quem sabe, esse é o sábio. No livro de Provérbios a sabedoria é vista como uma forma de antídoto contra o orgulho e algo que deve ser buscado com todo o ânimo (Pv 16.16). Quem a acha, sempre agirá com humildade (Pv 11.2). Nesse contexto, a pessoa orgulhosa nunca alcança a sabedoria que é abençoada por Deus.
O orgulhoso é desprovido de lucidez e bom senso, pois está pronto a fazer o mal se o seus interesses forem colocados em risco (Pv 6.18; 16.17; 27.7). Ele não consegue se controlar quando é confrontado, pois seu orgulho a torna inseguro, inflexível e até mesmo ingênuo (Pv 25.28; 27.12; 26.3,9). Dessa forma o orgulhoso torna-se uma pessoa não confiável, podendo colocar todo um projeto em risco. Por isso, a necessidade de quem lidera ter percepção do comportamento das pessoas que fazem parte de seu grupo. Uma vez que pessoa orgulhosa vê na posse do poder a possibilidade de se proteger de sua insegurança. Assim, não seria a melhor pessoa para ser indicada para um serviço de responsabilidade (Pv 25.14; 26.6,10,11,13-26; 27,22) e para um projeto que necessite de relacionamentos interpessoais saudáveis (Pv 26.18-22). 
Em Provérbios 1.7, está escrito que: “O temor do Senhor é o princípio da ciência”. Por consequência quem teme ao Senhor não busca a riqueza conquistada pela injustiça, mas busca o trabalho honesto e sem arrogância (Pv 16.17; 28.19,20; 29.3).
O orgulho precede a ruína
Champlin afirma que o versículo 18 trata da personificação do orgulho e prevê como ele é precede a ruína e queda fatal:
Naturalmente, o v. 18 é uma das declarações mais familiares e mais empregadas. O orgulho é personificado. Estamos diante de um homem arrogante, que se pavoneia por onde passa, dominado outras pessoas, buscando com quem brigar, mas então de súbito, ele sucumbe. O homem orgulhoso tropeça em um obstáculo e cai numa cova. Ele é como o animal que um caçador, finalmente, apanha em sua armadilha. Sua queda é fatal. O caçador o apanha, e uma seta atravessa-lhe o coração. A segunda linha métrica provê o pensamento que fornece o paralelo sinônimo. Na primeira métrica, o orgulho se projeta; na segunda, os dias de projeção terminaram, pois o homem orgulhoso cai. O indivíduo que vive de cabeça levantada olha sobranceiramente, e não para onde está indo, não vê aquilo em que tropeça, e cai. Outrossim, quanto mais elevada é a pessoa, maior é a sua queda... esse foi o caso de Nabucodonosor... Dn 4.30,31. (CHAMPLIN, 2001, p. 2620)
A pessoa que adquiri riqueza e poder e é desprovida de sabedoria leva uma vida de prepotência e arrogância (Pv 16.19; 18.23). Desse modo, ela vê as pessoas como objetos e não como criaturas de Deus e nem como seu próximo. As pessoas nessa situação tendem a lutar constantemente para manter o seu status quo. Por isso, tratam as pessoas subordinadas ou em condições de dependência como se nunca fossem precisar delas. Elas investem nos relacionamentos com pessoas em condições financeiras e de poder semelhantes com vistas trocas de favores e interesses. Elas vivem uma vida de insegurança constante, sempre com medo de perder o poder e por esse motivo, não dormem enquanto não maquinam o que fazer para se manter no controle (Pv 4.16; Sl 36.4; Is 57.20; Mq 2.1).
Uma vida sem paz e tranquilidade, uma constante insegurança pelo sentimento de culpa e medo. O poeta recomenda uma vida simples e humilde, já que é melhor a pobreza que pode ser fruto de contexto sócio-histórico (Pv 28.6), mas construída por meio da integridade e justiça (Pv 28.11). A experiência demonstra que as pessoas que alcançam a excelência na vida são aquelas que conseguem extrair o melhor das coisas simples (Pv 22; 23.5). Enquanto, os soberbos que pensam desfrutar o melhor da vida, terminam em uma vida que não valeu a pena ser vivida, em ruínas.
A sabedoria da Palavra dá sentido à vida e produz bem-aventurança 
O acesso à educação na antiguidade era uma exclusividade dos poderosos. No entanto, na época da organização tribal, em que os clãs tinham prioridade e o relacionamento entre os membros e a proteção era bem evidente, a sabedoria também era algo compartilhado no ambiente familiar interno, a sabedoria popular (Pv 4.1-5). O conselho nos ambientes urbanos ou a sabedoria dos anciões nos lugarejos constituíam outro contexto de compartilhamento de sabedoria. Todavia, com o tempo e, principalmente, com a instituição da monarquia, a sabedoria faz um caminho que vai de um nível familiar para um nível de manutenção de status e de poder. Uma sabedoria mais exclusiva e para atendimento de objetivos específicos, constituída pelos escribas e escolas de escribas. A sabedoria era uma das três principais fontes de revelação divina (Jr 18.18). A poesia hebraica tinha um papel na literatura e crença de Israel. Assim, aqueles que tinham acesso ao texto escrito ou aqueles que aprendiam aos pés dos propagadores da tradição oral, quer em casa, na rua ou na prática litúrgica, eram moldados pela sabedoria da Palavra. 
Quem ouve e busca a sabedoria viverá em segurança sem temer nenhum mal (Pv 8.30, 31). A sabedoria dada por Deus não é exclusiva dos nobres, diplomatas ou burocratas, mas se faz aparente e notória nas ruas, nas praças, nas esquinas das ruas barulhentas, entre outros lugares (Pv 1.20).  No centro da preocupação de Provérbios não está o monarca, mas o indivíduo israelita. Assim, o poeta aconselha a busca do conhecimento, quer seja secular ou da Palavra de Deus, mas nenhum conhecimento trará resultado permanente e eficaz, se não estiver debaixo do temor do Senhor. Viver uma vida sábia sob o temor do Senhor é que dá sentido à vida. 
II. O poder e a inveja mortal 
A narrativa do ato de adoração dos dois primeiros irmãos (Gn 4.1-8), que resultou no assassinato de Abel por Caim ensina muito sobre as consequências da inveja. Também instrui sobre o cuidado de Deus com o pecador. As orientações divinas dadas a Caim ainda são atuais para que o cristão sábio possa evitar a morte espiritual.
Inveja, uma das paixões mais características da natureza humana
O tema inveja foi estudado por diversos pensadores. Entre eles, podemos citar: a) o famoso filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.); b) o poeta romano, Ovídio (43 a.C. em 17 ou 18 d.C.); c) o político e filósofo, Francis Bacon (1561-1626); d) o médico neurologista e criador da psicanálise, Sigmund S. Freud (1856-1939); entre outros. 
Pela etimologia, a palavra inveja é formada pelos étimos latinos in (dentro de) + videre(olhar), que indicam um olhar maléfico que penetra no outro de forma destrutiva. Segundo Zimerman (2001, p. 225), o sujeito invejoso é aquele que se recusa a ver e a reconhecer as diferenças entre ele e o outro, uma vez que esse outro possui as qualidades de que ele necessita e que almeja ter. Aristóteles tratava a inveja como uma das 14 paixões que caracterizam a alma humana. Para ele “as paixões são todos aqueles sentimentos que, causando mudança nas pessoas, fazem diferir seus julgamentos”. No caso da inveja ela é a paixão que interfere no julgamento do indivíduo, causando-lhe um “pesar pelo sucesso evidente de que gozam os iguais”. Ele defende que a pessoa geralmente sente inveja daqueles que são semelhantes (idade, classe social, reputação, proximidade, entre outros) e dificilmente terá esse sentimento por pessoas consideradas bem inferiores ou bem superiores a si (ARISTÓTELES, 2003, p. XIV, 67). Dessa forma, o indivíduo sente inveja de seus competidores diretos, que estão praticamente “em pé de igualdade”. Ovídio, em um poema, personifica a inveja e destaca o seu poder mortífero:
A inveja habita no fundo de um vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas [...]. A palidez cobre seu rosto, seu corpo é descarnado, o olhar não se fixa em parte alguma. Tem os dentes manchados de tártaro, o seio esverdeado pela bile, a língua úmida de veneno. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor [...]. Assiste com despeito o sucesso dos homens e esse espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício. (OVÍDIO, 1996, p. 770)
Para Klein, a inveja vai além de desejar o que é do outro, pois também pode gerar o desejo de que o outro não possua o que tem, ou seja, não importa que não tenha desde que o outro também não possua o objeto desejado (KLEIN, 1991, p. 205; ZIMERMAN, 2001, p. 225). O invejoso, motivado pela sua baixa autoestima, se considera incapaz de conquistar o objeto de desejo e tenta destruí-lo. Caim, ressentido, se revolta contra o irmão que conquista o lugar desejado por ele, e dotado do “poder-fazer”, assassina Abel. 
Caim se entristece com a aprovação de Abel 
O ser humano não escolhe em que família nascer. Assim, os pais, irmãos e outros parentes são impostos e com eles compartilharmos boa parte de nossa história de vida. O nascimento do segundo filho, geralmente é sinônimo de conflito, que pode ser gerenciável, mas nem sempre. O relacionamento entre irmãos é uma das três contingências vitalícias do ser humano. Não existe ex-pais, nem ex-filhos e nem ex-irmãos.
A história de rivalidade entre irmãos, levada ao extremo e algo inevitável, se faz presente desde que o mundo é mundo. Na literatura universal é comum a luta entre irmãos, bem como a rivalidade entre os ofícios de lavrador e pastor. Por exemplo, nos textos babilônicos antigos a vida do pastor era considerada mais agradável aos deuses e as oferendas de animais consideradas mais saborosas do que as de vegetais. 
Em Gênesis 4 é relatado o nascimento dos filhos do primeiro casal. A ênfase do texto é dada para o primogênito, Caim. A alegria de Eva, a mãe do todos os viventes. Caim, por ser o primogênito, deveria ter uma posição de destaque e respeito. Naturalmente teria uma posição hierarquicamente superior e com mais responsabilidade. Durante a história da humanidade, em todos os povos, as famílias têm considerado o primogênito com uma deferência especial. Na sociedade contemporânea ainda se mantém resquícios desse sistema familiar antigo. O nascimento do segundo filho do primeiro casal, de início, não parece ter incomodado Caim. A própria definição do nome Abel demonstra a sua insignificância. Seu nome vem da raiz hebraica hebel que significa qualquer coisa que desvanece, pois com sua morte não deixaria descendência e a narrativa só serve para contar sobre a inveja de seu irmão Caim. Todavia, como toda e qualquer família a chegada do segundo filho sempre causará no primogênito, ainda que em proporções diferentes, dependendo de cada caso, a renuncia forçada da figura de exclusividade materna e paterna. A chegada do novo traz consigo a mudança e perturba o equilíbrio constituído. O primogênito terá que reorganizar seu espaço e sua maneira de pensar, considerando a presença do mais novo. De único e privilegiado passa a compartilhar sua posição familiar como recém-chegado. Ruffo (2003, p. 46) afirma que “cada um de nós nutre a fantasia de ser alguém único, de ser o único a contar para os outros e no mundo. Abandonar essa ideia é difícil, mas necessário para viver entre os outros, com toda a sua vulnerabilidade”. 
A relação entre os irmãos, na primeira infância, vai ser marcada pela disputa do amor e da atenção dos pais. Mesmo em um ambiente íntimo familiar, com poucas pessoas, a inveja acha lugar para se acomodar nos corações de pessoas que não suportam perder a oportunidade para deter o poder e ter o controle sobre as pessoas e situações. A convivência e os relacionamentos familiares servirão como um laboratório para os relacionamentos sociais que cada membro construirá fora do ambiente familiar. Deus é soberano e sabe como conduzir as coisas segundo o seu querer. O ser humano tem dificuldade para entender muitas ações de Deus, essa dificuldade se multiplica verozmente no caso da pessoa invejosa (ver comportamento dos trabalhadores da vinha em Mt 20.1-16, do irmão do filho pródigo em Lc 15.25-32 e também 1 Co 12.14-27). 
A inveja provoca tristeza nas pessoas por não possuírem o que desejam e por verem que outras pessoas possuem o objeto do desejo. O que René Girard chamaria de imitação de desejo do outro, que resulta em violência, pois o núcleo do desejo não é mais o objeto, mas a violência contra o outro. Não se tem o objeto do desejo, mas pode tirar a vida de quem tem o objeto desejado como forma de vingança, alimentada pela inveja. Caim desejava ter a aprovação divina obtida por Abel, uma legitimação de poder, uma vez que demonstraria a sua intimidade com Deus. Nesse caso, a inveja ocupa o lugar do desejo. Jesus afirmou que o mal começa na esfera do desejo (Mt 5.27ss). O invejoso tem dificuldade para falar bem e abençoar o próximo. Ele não suporta o brilho das pessoas, pois vive em trevas. A inveja também pode ser o sentimento de não querer que o outro tenha o que tem.
O cristão deve avaliar constantemente seus sentimentos e atitudes para impedir que o poder da inveja tire a sua paz. A violência não precisa ser literal, mas pode ocorrer um homicídio imaginário, em que por inveja, pessoas tentam destruir a vida de outras. 
Deus olha primeiro a motivação e atitude do ofertante
Conforme visto, a rivalidade entre irmãos, principalmente com o nascimento do segundo filho, que ameaça o status quo do primogênito, é algo comum na história da humanidade. Afinal, eles convivem intimamente por um bom período e possuem uma necessidade e um desejo comuns: o amor preferencial dos pais. No entanto, na narrativa de Caim e Abel isso não fica evidente. Todavia, parece que essa disputa que poderia acontecer no ambiente familiar se transfere para o ambiente espiritual e religioso, a figura do Pai divino. Se na casa não havia desafetos sérios, no relacionamento com o divino isso acaba por se evidenciar. Os dois estão em condições de igualdade e de potencial rivalidade por buscarem o mesmo objetivo, a aprovação divina de suas ofertas. Quando um alcança e outro não, fica evidente a rivalidade. As disputas podem ser saudáveis e importantes para: a) o amadurecimento e administração dos sentimentos relativos a perdas e ganhos; b) apontar as limitações e como tentar superá-las; c) identificar os pontos fortes e como valorizá-los; d) desenvolver habilidade para fazer alianças; e) exercitar o compartilhamento e solidariedade; entre outras competências e habilidades a serem desenvolvidas. No entanto, nem todas as pessoas têm a disposição de aprender com os erros e desaprovações.  
Deus tem misericórdia, abençoa ou age com juízo sobre quem quiser e não tem de prestar contas a ninguém (Êx 33.19; Ml 1.2,3; Rm 9.13). No entanto, muitos já questionaram e continuam questionando o motivo de Deus ter rejeitado a oferta de um dos irmãos. As duas ofertas estão previstas na lei dos israelitas: os primogênitos do rebanho e o melhor das primícias da terra (Êx 34.19,20,22,26). O narrador também não explicita como foi identificada a aceitação ou rejeição da oferta por Deus. O que o texto deixa claro é que Caim estava ciente de que não havia alcançado êxito em sua intenção e que seu irmão obteve sucesso. Isso o deixou muito irritado. Descair o rosto era uma figura de linguagem hebraica para irar-se (Jr 3.12), assim como levantar o rosto era uma atitude amistosa (Nm 6.26). Por isso, o semblante de Caim se abateu. A atitude dele demonstra que o poder destrutivo da inveja recai primeiro sobre quem a sente. Ele foi o primeiro a se consumir por dentro, sentir a dor da falha e mais ainda em ver o sucesso do “rival”. Existe um ditado que se aplica bem a essa situação “Não é difícil chorar com os que choram, o difícil é sorrir com os que sorriem”. 
O texto afirma que “atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta” (Gn 4.4). Deus estava atento para a motivação e coração dos ofertantes, Ele conhecia o bom coração de Abel e a raiz de maldade que já estava plantada no coração de Caim. Em Hebreus 11.4 e 1 João 3.12 é possível ver com mais clareza como Deus observa a fé e a atitude justa de Abel em contrapartida ao comportamento maligno de Caim. Não adianta o ofertante oferecer o maior sacrifício ou a maior oferta se não tem um coração puro e praticar a justiça. A oferta é individual e não deve ser comparada com a das demais pessoas, em uma atitude de inveja, pretendendo ser considerado como o melhor adorador. O verdadeiro adorador não se preocupa com a adoração alheia, mas oferece o seu melhor, em sinceridade de coração e em gratidão a Deus. 
Caim teve tempo de tratar o sentimento de inveja
A narrativa da rivalidade entre os irmãos Caim e Abel nos revela que o primeiro homicídio do planeta ocorreu entre dois irmãos e foi motivado pela inveja e competição egoísta. Demonstra, ainda, que Deus não interrompe o diálogo com Caim. Ele o recorda de sua liberdade frente ao mal e ao bem. Um alerta de que o ser humano não está predestinado ao mal, mas a livre escolha. O homicídio poderia ser evitado se o primogênito, ciente do perigo da inveja que o assediava, se dedicasse a controlar seus sentimentos e emoções. 
Klein (1991, p. 212) diferencia a inveja do impulso invejoso. Para ela “a inveja é o sentimento raivoso de que outra pessoa possui e desfruta algo desejável — sendo o impulso invejoso o de tirar este algo ou de estragá-lo”.  Caim teve a opção de refletir sobre o motivo de sua ira, corrigir seu comportamento e “levantar seu rosto”. Deus o adverte do perigo de alimentar o sentimento pecaminoso. A primeira atitude de Deus é levar Caim a refletir sobre seu sentimento: “Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?”. A pior forma de superação da inveja é ignorá-la. As pessoas geralmente não gostam de admitir, muito menos pensar em seus pensamentos e atitudes egoístas. No entanto, o cristão deve estar alerta sobre os pensamentos que estão dominando sua mente. Tiago adverte sobre o engodo da própria concupiscência, como um processo que se forma no interior das pessoas, que pode ser interrompido se o cristão não se deixar levar pelos desejos e paixões, não permitindo que o pecado ser concebido (Tg 1.14,15). O termo utilizado para o desejo do pecado em Gênesis 4.6 é o mesmo utilizado em Gênesis 3.16 e Cantares 7.11 para se referir ao desejo/apetite sexual. A frase final que se refere ao domínio pode ser entendida como afirmação: “Tu o dominarás”; ou como um mandato: “tu deves dominá-lo”; ou como uma dúvida: “podes acaso dominá-lo?”. Infelizmente, Caim optou por dar vazão ao seu impulso invejoso que está intrinsecamente relacionado com a pulsão da morte, resultando assim no primeiro homicídio. Alguém que estava crescendo e compartilhando a vida junto, dois irmãos que tinham tudo para amadurecerem e desfrutarem da vida em família. Todavia, o impulso invejoso foi mais forte do que o bom senso, o poder da morte prevaleceu sobre o poder da vida. O que chama a atenção e escancara a maldade no coração de Caim, motivo de sua reprovação, é que ele faz tudo de forma premeditada, antes de tirar a vida real de seu irmão, ele já havia o assassinado em sua mente. Lembremo-nos da advertência de Jesus de que o pecado acontece primeiro na mente das pessoas (Mt 5.27ss)
O contexto de advertência parece ser mais um alerta para dominar e não ser dominado pelo sentimento de inveja. Afinal, o alerta foi feito antes de Caim tomar a iniciativa, e matar seu irmão de forma premeditada e sem testemunhas. O exemplo de Caim é o retrato de muitos cristãos nos dias atuais, tão envolvidos em conquistar ou manter-se em evidência, que não estão atentos aos sentimentos destrutivos que podem distanciá-los de Deus. Que Deus tenha misericórdia, e que muitas pessoas ao lerem esse livro possam mudar de comportamento e tratar seus sentimentos destrutivos como a inveja.
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - O Sacerdócio de Cristo e o Levítico - Adultos.

Lição 11 - O Sacerdócio de Cristo e o Levítico 

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO 
I – A ESCOLHA DOS SACERDOTES (ÊX 28.1)
II – VESTIMENTA SACERDOTAL PARA O SERVIÇO 
III – O SACERDÓCIO DE CRISTO (Hb 7.23-28)
Para compreender melhor a qualificação, o serviço e a importância teológica do ministério sacerdotal de nosso Senhor.
“No capítulo 4.14-16, o autor introduziu o assunto da doutrina do sacerdócio. Aqui ele tecerá mais detalhes da ordem sacerdotal levítica para contrastar posteriormente com o sacerdócio de Cristo, que é de uma outra ordem e superior ao levítico. A ideia do autor ao detalhar as qualificações exigidas do sacerdócio arônico tem o propósito de mostrar em primeiro lugar que Jesus havia preenchido esses qualitativos. É bom ter sempre em mente que o autor já havia mostrado Jesus como sendo o Filho de Deus, fato esse que o identifica com a raça humana e o qualificaria para ministrar como sumo sacerdote.
Porque todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados” (v.1). A primeira condição para alguém exercer o sacerdócio, revela o autor de Hebreus, é que ele tenha sido tomado de entre os homens. Somente um homem, que possui a mesma natureza de um outro homem, poderia oficiar como sacerdote. Nos primeiros capítulos de sua carta, o autor havia exposto uma farta argumentação em favor da humanidade de Jesus. Esses fatos agora se tornam de grande relevância quando ele o apresenta como um sumo sacerdote constituído em favor dos homens. O sacerdote tinha como dever apresenta dons e sacrifícios. Alguns comentaristas, como Robert Gundry, entendem que a expressão “dons e sacrifícios” são usadas como sinônimas.i Por outro lado, muitos outros eruditos, como Donald Guthrie, entendem que os sentidos desses termos devem ser mantidos distintos. Guthrie observa, por exemplo, que neste caso os dons (dôra) são uma referência as ofertas de cereais e ossacrifícios (thysias) às ofertas de sangue.ii Isso parece ser confirmado pelo uso do verbo grego prosphero (oferecer),que ocorre dezenove vezes nessa carta, e mantem esse sentido de apresentar ofertas e sacrifícios diante de Deus. O sacerdote, portanto, deveria ser alguém que se identificasse com seus semelhantes.
E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza” (v.2).O termo grego metriopathein, traduzida como “compadecer” tem o sentido de alguém que consegue moderar suas paixões e sentimentos. A.B. Bruce (1831-1899) destaca que esse vocábulo “significa sentir-se com outro, mas sem abster-se de sentir contra ele; ser capaz de ter antipatia. Foi usado por Philo para descrever o sofrimento sóbrio de Abraão sobre a perda de Sara e a paciência de Jacó sob aflição. Aqui parece ser empregado para denotar um estado de sentimento em relação ao ignorante e errado, com equilíbrio entre a severidade e indulgência excessiva”.iii O sacerdote lidava com todos os tipos de desvios, erros e pecados cometidos pelo povo. Nessa teia de relacionamentos ele via a fragilidade humana, o fracasso e o desespero. Como um homem colocado por Deus para representar os homens, o sacerdote sentia na sua própria alma o peso da miséria humana. Por outro lado, ele tinha diante de si a palavra de Deus, que o instruiu a dar ao pecado o tratamento adequado, mesmo que o remédio fosse amargo. Era nesse momento que ele precisava agir com metripatheia, isto é, com compaixão!  
E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados” (v.3).O sacerdote da antiga aliança vivia um dilema. Ele necessitava fazer expiação não apenas pelos erros dos outros, mas também pelos seus. O sumo sacerdote deveria oferecer sacrifício primeiramente por si e depois pelo povo. “Depois Arão oferecerá o novilho da expiação, que será para ele; e fará expiação por si e pela sua casa” (Lv 16.6). Samuel Perez Millos destaca que na cerimônia da expiação dos sacerdotes e do povo se observa dois aspectos. Primeiramente o sacerdote, por uma questão do direito divino natural que lhe competia, deveria se purificar de toda imundice pessoal já que isso tornava a oferta imunda e o impossibilitava de ministrar diante de Deus. Por outro lado, o direito positivo lhe prescrevia essa obrigação (L 4.3; 9,7; Hb 7.27; 9.7). Essa limitação, observa Millos, não é vista em Jesus Cristo, o eterno sumo sacerdote, que não teve necessidade de se purificar, visto ser imaculado e santo.iv  
E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão” (v.4).O autor usa a palavra grega timê, traduzida aqui como honra, para destacar a natureza do sacerdócio.v O sacerdote era alguém chamado por Deus e não pelos homens. Nos dias do Novo Testamento o sistema sacerdotal havia se corrompido e se tornado um cargo político, não mais observando-se as prescrições divinas para o exercício desse oficio (Ex 28.1; Lv 8.1; Nm 16.5; Sl 105.26). Todavia, como observa C.S. Keener, o texto sugere que o autor esteja se referindo ao sistema sacerdotal veterotestamentário, onde as exigências da lei acerca do sacerdócio eram cumpridas, para contrastar com o sacerdócio de Jesus Cristo.vi 
Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei” (v.5). O autor mostra que Jesus cumpriu de uma forma completa todas as prescrições exigidas para o exercício do sacerdócio. Ele não se autoglorificou, constituindo-se a si mesmo como sacerdote. O léxico grego de Walter Bauer expressa bem o sentido do texto: “Ele não se elevou à glória do sumo sacerdócio”.vii No versículo quatro, o autor fala da honra que teve Arão ao ser escolhido como sumo sacerdote, todavia quando ele fala do sacerdócio de Jesus, mostra que o sacerdócio era algo inseparável de sua natureza. Deus dar testemunho de Jesus dizendo: “Tu és meu filho”. viii Essa atribuição lhe foi dada por Deus. Embora o autor não entre em detalhes sobre o momento no qual Jesus teria sido constituído sacerdote, os comentaristas destacam que a cristologia de Hebreus revela que Jesus é o filho de Deus desde a eternidade (Hb 1.1,2; 5.8), e que foi vocacionado pelo Pai para ser sumo sacerdote. Nesse aspecto, a vocação aconteceu antes da encarnação, contudo entrando em vigor na paixão e morte, obtendo sua confirmação na ressurreição e ascensão.ix 
Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (v.6).É no capítulo 7 que a relação entre o sacerdócio de Jesus e Melquisedeque será explorada com maior profundidade pelo o autor.x Aqui o comentarista bíblico Orton Wiley mostra o que a analogia do sacerdócio de Melquisedeque revela em relação ao de Cristo.
1. Melquisedeque era sacerdote por seu próprio direito, e não em virtude de sua relação com os outros;
2. Era sacerdote para sempre, sem substitutos, sem sucessor;
3. Ele não foi ungido com óleo, mas com o Espírito Santo, como sacerdote do Altíssimo;
4. Não ofereceu sacrifícios de animais, mas pão e vinho, símbolos da Ceia que depois Cristo instituiu; E (talvez o principal pensamento na mente do escritor da Epístola) Ele uniu as funções sacerdotais e reais, coisa estritamente proibida em Israel, mas a ser manifesta em Cristo, Sacerdote no seu trono (Zc 6.13).xi ” 
(Trecho extraído da obra “Ânimo, Esperança e Fé em Tempos de Apostasia:Um estudo na carta aos Hebreus versículo por versículo”, editada pela CPAD) 

i GUNDRY, Robert. Commentary on Hebrews. Baker Academic, Grand Rapids, Michigan. USA, 2010.
ii GUTHRIE, Donald. Hebreus – introdução e comentário. Editora Vida Nova, São Paulo.
iii BRUCE, Alexander Balmain. To The Epistle to Hebrews –the first apology of christianity: An exegetical study. Charles Scribner’s Sons. Fifth Avenue, New York City, 1899.iv  MILLOS, Samuel Perez. Hebreos – comentário exegético al texto griego del Nuevo Testamento. Editorial CLIE.v  Esse termo ocorre 41 vezes no Novo Testamento e 4 em Hebreus. Josefo usa essa palavra para se referir a honra do ofício do sumo sacerdote (Josefo, Antiguidades III, 188).vi  KEENER, C.S. Comentario del Contexto Cultural de la Biblia – Nuevo Testamento. Editorial Mundo Hispano, El Paso, Texas, USA.  vii BAUER, Walter. A Greek-English Lexico of the New Testament and Other Early Christian Literature. The University of Chicago Press, USA, 1979.viii  Veja a exposição de Thomas C. Edwards no seu Comentario Bíblico do Expositor – Carta aos Hebreus. Editora Koilas, Florianópolis, Santa Catarina, 2014. Edwards observa que o autor usa a palavra time (honra) para se referir a chamada de Arão. Todavia em relação a Jesus, ele usa o termo doksa, mostrando que o sacerdócio de Jesus era algo que fazia parte de sua personalidade e não alguma coisa que foi acrescentada, como no caso de Arão.ix  FRITZ, Laubach. Comentário aos Hebreus. Editora Esperança. “O sacerdócio de Melquisedeque foi uma fonte de numerosas especulações pós-bíblicas que foi intensificada pela dificuldade do versículo do Salmo 110.4: “ O Senhor jurou e não se arrependerá/Tu és sacerdote para sempre/ segundo a ordem de Melquisedeque”. Geralmente é acreditado que o Melquisedeque mencionado aqui e o de Gênesis são o mesmo” (Enciclopaedia Judaica, 22 volumes. Second Edition, vol. 14. Pp.11. Macmillan Reference, Farmington Hills, MI, USA, 2007.xi  WILEY, Orton. A Excelência da Nova Aliança em Cristo – comentário exaustivo da carta aos Hebreus. Editora Central Gospel.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu me dá Comidinhas Gostosas - Berçário.

Lição 10 - O Papai do Céu me dá comidinhas gostosas

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, que o Papai do Céu criou as frutas e as verduras para nos alimentar.
É hora do versículo: “O Senhor fez com que ali crescessem árvores lindas [...]” (Gn 2.9).
Nesta lição, as crianças reconhecerão que o Papai do Céu criou as frutas e as verduras para nos alimentar.
Ajude as crianças a entenderem que foi o Papai do Céu quem fez as frutas, verduras e legumes; e é Ele que ainda dá o crescimento a todas as árvores e plantas que servem para o nosso alimento.
Para isso, faça cópias de imagens contendo frutas e vegetais que as crianças possam conhecer e mostre para elas. Explore o momento do pique-nique oferecendo as frutas para as crianças saborearem. Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu oro, o Papai do Céu dá Coragem - Maternal.

Lição 10 - Quando eu oro, o Papai do Céu me dá coragem

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que quando oramos Deus nos dá coragem. 
Para guardar no coração: “Sejam fortes e tenham coragem” [...] (Sl 31.24).
Perfil da criança
“Uma das necessidades básicas da criança de 3 e 4 anos é a segurança. E nada lhes suprirá mais perfeitamente esta carência que conhecer pessoalmente a Deus como o Pai amoroso, forte, protetor e provedor.Infelizmente, muitas criancinhas já vivem situações de risco, e sentem-se ameaçadas pela maldade de algum familiar ou pela violência do bairro onde moram. E mesmo aquelas que desfrutam da bênção de um lar saudável e de uma vida sem sustos não estão isentas de experimentar o medo. Nesta idade, a sua imaginação é muito fértil, e os temores imaginários são-lhe tão perturbadores quanto os reais. Todas elas, pois, não importa onde e como vivam, precisam saber que Deus está ali, ao alcance da sua voz ou do seu pensamento, amando-as e protegendo-as.” 
Ideias para a aula
“Receba os alunos segurando um guarda-chuva aberto. Provavelmente, as crianças perguntarão por que você está de guarda-chuva. Se não perguntarem, faça você mesmo a indagação: Sabe por que estou de guarda-chuva? O guarda-chuva serve para proteger-nos da chuva e também do sol. Estou com o guarda-chuva para lembrar que Deus nos protege de todas as coisas ruins.”
Oficina de ideias 2
“Pegue novamente o guarda-chuva. Pergunte às crianças: Quem já sentiu medo alguma vez? Medo de que? As respostas serão variadas: medo do escuro, de chuva, de trovão, de ficar em casa quando a mamãe vai trabalhar, de cachorro bravo, de ficar na creche, do papai brigar com a mamãe, do pai ou tio chegar bêbado, etc (nem todas vêm de famílias completamente salvas).
Dê atenção particular a cada resposta, e assegure-lhes: O Papai do Céu é forte e poderoso. Ele protege você de todas as coisas ruins e que dão medo.
Comece a ‘brincadeira do guarda-chuva’ com um de seus auxiliares, e depois repita com algumas das crianças que se oferecerem espontaneamente.
A criança voluntária deve abrigar-se encolhida sob o guarda-chuva e atrás dele, como se fosse um escudo, enquanto as demais tentam atingi-la com bolinhas de papel ou isopor, aviõezinhos de papel, e borrifos de água (molhando a mão na vasilha de água).
Viu como a bolinha não acertou o Gabriel? Assim como o guarda-chuva o protegeu da bolinha, Deus protege você do trovão, do cachorro... Viu como o aviãozinho não atingiu a Juliana? Assim também Deus protege você das pessoas malvadas... Borrife água no guarda-chuva: Viu como o chuvisco não molhou a Priscila? Da mesma forma, Deus protege você das doenças e dos acidentes.”
PS: As sugestões foram extraídas da Revista do Maternal, CPAD e são de autoria de Marta Doreto.
  Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - Uma Multidão é Alimentada - Jd. Infância.

Lição 10 - Uma multidão é alimentada

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão reconhecer o poder de Deus para prover-lhes tudo o necessário, e disporem-se a oferecer ao Senhor tudo o que possuem, confiantes de que Ele lhes recompensará a fé. 
É hora do versículo:  “E Deus pode dar muito mais do que vocês precisam [...]” (2 Co 9.8).
Nesta lição, as crianças aprenderão que Jesus é poderoso para transformar em grande bênção tudo o que lhe apresentamos. Assim como Ele abençoou o lanche do menino, multiplicou e entregou para alimentar uma grande multidão.
Fale com as crianças que o menino ajudou a alimentar uma grande multidão com o lanchinho que ele tinha. Pergunte às crianças o que elas também podem oferecer a Jesus para ajudar às pessoas. Faça cópias da atividade abaixo e depois que responderem a pergunta, deixe que pintem o desenho do menino oferecendo um cestinho com o seu lanchinho: dois peixinhos e cinco pães. 
cincopaesdoispeixinhos.licao10.jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - Indo ao Egito - Primários.

Lição 9 - Indo ao Egito

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Demonstrar ao aluno que Deus prova o nosso caráter para verificar se fomos transformados pelo seu poder.
Ponto central: Deus prova a nossa fé.
Memória em ação: “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês [...]” (Rm 12.2a).
Querido (a) professor (a), nesta próxima lição nós vamos ter a oportunidade de contar para as crianças sobre o grande encontro, após tantos anos, de José com seus irmãos. Como nós nos comportaríamos se fosse conosco? Imagine se deparar com aqueles que são sangue do seu sangue, supostamente os que deveriam ser seus mais leais protetores, mas na verdade foram os algozes que te venderam, traíram e abandonaram. Como encará-los após todo o sofrimento que foi vivenciado?! 
É o que sempre dizemos aqui, não importa a que faixa etária a Palavra será transmitida, ela sempre precisa passar e trabalhar primeiro em nós mesmos, que a transmitimos. Então, neste momento pré-lição analise-se a si mesmo (a), reflita se há algo ou alguém que você precisa perdoar, libertar seu coração deste fardo tão amargo da mágoa – o veneno que tomamos nós, pensando no dano para o outro. Pense também se você mesmo não foi também o causador de alguma amargura. Como liberar ou encontrar o perdão para o “imperdoável”? Foi isso que Jesus Cristo respondeu na cruz. Portanto, Ele pode nos ajudar. Ore sobre estas questões, apresente-as diante daquele que pode curar a ferida incurável, te redirecionar para o caminho da paz novamente. 
Sugerimos que antes do momento da história e de aplicar todos os demais itens indicados no planejamento de aula em sua revista, você se sente com seus Primários em círculo e bata um papo com eles sobre quando nos magoam ou quando nós magoamos alguém. A importância de não mentir sobre isso, mas sim de pedir perdão, tentar reparar o dano mesmo quando não foi a nossa intenção causá-lo e de também perdoar. Pergunte se tem alguém com quem estão magoados e se estão dispostos a perdoá-los, assim como o Papai do Céu também nos perdoa todos os dias. Ore por essas questões, pedindo ao Senhor que crie em nós um coração perdoador. Esse é um bom gancho para introduzir a história de hoje. Faça suspense sobre se José irá ou não conseguir perdoar aos seus irmãos, para que ninguém falte nas próximas aulas e possamos descobrir juntos o que aconteceu. 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - Deus Guarda o Profeta - Juniores.

Lição 10 - Deus guarda o profeta 

2º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: 2 Reis 6.8-23.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito do cuidado de Deus para com os seus servos. O profeta Eliseu não temeu quando o rei sírio mandou soldados atrás dele para prendê-lo. O motivo seria pelo fato de Eliseu ter revelado ao rei Jorão quais eram os planos do rei sírio para atacar Israel. Por esse motivo, o rei sírio estava furioso com Eliseu e pretendia capturá-lo. Mas Deus é onisciente, Ele conhece todas as coisas e sabe dos intentos malignos que tentam abater os seus servos e não os deixará desamparados (Sl 139; Is 29.15).
Há muitas lições que podem ser extraídas a partir da história de Eliseu. Dentre elas, podemos citar o fato de que Eliseu não temeu o que poderia acontecer com ele e Geazi, pois sabia que o Senhor era poderoso para livrá-los do perigo. E disse Eliseu ao seu moço: “Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (v. 16). Quem serve a Deus nunca estará sozinho! Uma demonstração clara desse cuidado foi o envio de milhares de anjos para guardar os seus servos de qualquer ataque do exército sírio. Geazi só pode contemplar esta grande maravilha após Eliseu orar e pedir ao Senhor que abrisse os olhos do moço (v. 17). Este episódio serve para despertar em seus alunos a confiança de que nunca estarão sozinhos. A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (2003, p. 518) comenta:
O servo de Eliseu deixou de sentir medo ao ver o poderoso exército celestial. A fé revela que Deus faz mais por seu povo do que poderíamos imaginar ou avaliar por meio daquilo que vemos. Quando enfrentarmos dificuldades aparentemente insuperáveis, devemos nos lembrar que os recursos espirituais estão disponíveis, mesmo que não possamos vê-los. Vejamos pelos olhos da fé e deixemos que Deus nos mostre os seus recursos. Se não virmos o Senhor trabalhar em nossa vida, o problema pode ser nossa visão espiritual, não o poder de Deus.
O Senhor quer abrir os nossos olhos espirituais para que possamos ver as suas maravilhas. Para fixar este ensinamento junto aos seus alunos, sugerimos a seguinte atividade:
Reúna os alunos em dois grupos. Escolha um aluno de cada grupo para representá-los. Em seguida, o aluno representante deverá ser vendado e os demais alunos deverão formar um círculo em torno dele. Esconda a Bíblia em algum lugar da sala (pode ser atrás da porta, debaixo da mesa, em cima do armário). Cada grupo terá a oportunidade de ajudar o seu representante a encontrar a Bíblia escondida. Os alunos podem ajudar dizendo as expressões: “quente”, “frio”, “morno”, como formas de sinalizar onde está escondida a Bíblia. O grupo que terminar a atividade em menos tempo, vence a brincadeira. Se preferir, pode premiar os alunos com chocolates ao final da atividade. 

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - Fazendo Escolhas Sábias - Pré Adolescentes.

Lição 10 - Fazendo escolhas sábias

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Provérbios 3.5,6.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre as escolhas que terão de fazer ao longo da pré-adolescência. Nesta fase, eles estão deixando as brincadeiras e comportamentos infantis para aprenderem a lidar com as responsabilidades, seja na escola com as atividades disciplinares, ou mesmo nas tarefas de casa, ajudando os pais, etc, Em todo tempo seus alunos se deparam com situações em que devem fazer escolhas, e importa que essas escolhas sejam feitas em Deus. Não há conselho melhor para nos instruir a respeito de qual a direção correta a seguir do que o conselho da Palavra de Deus (cf. Sl 119.105).
O livro de Provérbios está repleto de conselhos para que seus alunos aprendam a tomar decisões sábias. Em Provérbios 3, o autor ressalta o conselho de um pai a seu filho sobre a importância de ouvir e guardar os mandamentos. O autor ressalta ainda que a confiança no Senhor é fundamental para que as decisões não sejam tomadas com base na própria capacidade de raciocínio ou habilidade de discernimento. Isso não significa que Deus não tenha nos dado a capacidade de avaliar, discernir e verificar o que é mais viável. Entretanto, significa que Deus tem uma palavra de resposta para cada um de nós.
Aprender a tomar decisões sábias é um exercício que seus alunos precisam aprender a fazer a partir do discernimento da voz de Deus. Muitas vezes, o Senhor vai usar a experiência de alguém para nos mostrar o caminho certo a ser seguido. Em outras ocasiões, teremos apenas as Sagradas Escrituras para nos mostrar o caminho a ser percorrido. E quando não soubermos o que fazer, é preciso confiar no Senhor e esperar o momento certo do seu agir.
De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 930):
Confiar no Senhor de todo o coração é o inverso de duvidar dEle e da sua Palavra. Esta confiança é fundamental em nosso relacionamento com Deus e tem base na premissa de que Ele é fidedigno. Como filhos de Deus, podemos ter a certeza de que nosso Pai celestial nos ama e que cuidará fielmente de nós (ver Mt 10.31), conduzir-nos-á no caminho certo e cumprirá as suas promessas. Nos tempos mais difíceis da nossa vida, podemos entregar ao Senhor o nosso caminho (cf. Sl 37.5) e confiar nEle para agir em nosso favor.
Reforce aos seus alunos que a confiança em Deus é um exercício de aprimoramento. A cada etapa da vida, eles terão que tomar decisões importantes, algumas mais complexas do que outras. Mas o importante nesse contexto é buscar a presença do Senhor, pois é dEle que vem a nossa redenção (cf. Sl 121).
Para fixar o aprendizado da lição de hoje, faça o seguinte exercício com seus alunos: distribua uma folha de papel A4 para cada aluno da turma. Se preferir, a atividade poderá ser realizada em dupla. Peça que escrevam um resumo da história de um personagem bíblico que teve de tomar uma difícil decisão. Em seguida, eles poderão relacionar o exemplo do personagem com uma experiência própria e compartilhar com a turma.

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - Não Recuamos - Adolescentes.

Lição 10 - Não Recuamos 

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
A ESTÁTUA DE OURO E O DECRETO DO REI
SADRAQUE, MESAQUE E ABEDE-NEGO
LANÇADOS NA FORNALHA DE FOGOO LIVRAMENTO
OBJETIVOS
Levar os alunos a avançarem diante das perseguições;
Conscientizá-los de que deve prestar culto só a Deus;
Criar uma barreira de resistência às imposições da sociedade.
Prezado professor, prezada professora,
A lição desta semana tem como tema central o perigo da idolatria. Ela se encontra estruturada em quatro tópicos. O primeiro destaca a estátua de ouro e o decreto do rei Nabucodonozor para que todos no império adorassem a estátua. O segundo traça o perfil dos três jovens que resistiram o rei: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. O terceiro tópico destaca a punição do rei aos jovens por eles não terem se dobrado à estátua. E, por fim, o quarto tópico revela o grande livramento que Deus deu aos três jovens.
Ao longo da lição, você perceberá que o propósito maior é levar os adolescentes a, pelo menos, três reflexões importantes: (1) Diante de alguma perseguição, eles não devem ter medo, mas avançarem em nome de Jesus. (2) Desenvolver a consciência de que devemos prestar culto somente a Deus (Dt 6.4), de modo que nada pode estar no trono do nosso coração, senão o Criador. (3) Aprender a desenvolver barreiras em relação às imposições da sociedade moderna que vão contra as virtudes do Reino de Deus.    
Prezado professor, prezada professora, é imenso o desafio de educar os nossos adolescentes na perspectiva cristã. Por isso, é importante que toda equipe que trabalha com adolescentes e jovens esteja atenta aos desafios do tempo atual. A presente lição demonstrará que os que militam na causa de Cristo na faixa-etária infanto-juvenil são alvos de muitos ataques. Assim, para municiar o seu ministério, bem como confiando que você tem a preocupação de equipar também os pais de seus alunos, indicamos abaixo, obras que podem edificar a sua vida, seu ministério e os pais de seus alunos: 
Os Adolescentes da Bíblia(de Daniel Darling, editora CPAD)
Uma obra que mostra os adolescentes nas Escrituras com seus desafios e individualidades que podem nos ensinar como lidar com os adolescentes hoje, bem como abençoar os adolescentes que tiverem contato com a obra.
Os Maravilhosos Anos da Adolescência 
(de Débora Ferreira da Costa, editora CPAD)
É um manual de orientação para os pais, líderes de departamento e professores de Educação Cristã. Nesse manual há uma análise do universo da adolescência e ênfase na importância da educação juvenil nesse importante período da vida. 
Entrei no Ensino Médio, e Agora?
(de Steve Gerali, editora CPAD)
Não é fácil viver a vida cristã num ambiente escolar secularizado. Isso faz da escola um campo de batalha. Não há nada de romântico nisso. O desafio é imenso. Permanecer com os princípios de Cristo e influenciar os amigos são uma das propostas dessa obra para os adolescentes. Portanto, tanto os Educadores quanto os pais devem conhecer a batalha que os adolescentes travam diariamente.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores

Lição 10 - 2º Trimestre 2019 - Os Profetas em o Novo Testamento - Juvenis.

Lição 10 - Os profetas em o Novo Testamento

2º Trimestre de 2019
“E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra” (Ap 11.10).
OBJETIVOS
Caracterizar os profetas do NT;
Relacionar a liderança profética com pregação e visão de futuro;
Exemplificar casos de profetas como líderes em o NT.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A PROFECIA DE ÁGABO, UM REGISTRO DA ATUAÇÃO PROFÉTICA EM O NT
2. O QUE FAZIA UM PROFETA EM O NT ?
3. PROFETA COMO VISIONÁRIO NA IGREJA ATUAL
4. A LIDERANÇA PROFÉTICA QUE ABENÇOA A IGREJA LOCAL
Querido (a) professor (a), nossa próxima aula cairá no dia do Pastor. E como viemos no decorrer de todo trimestre falando sobre liderança, inclusive a pastoral, que tal você organizar junto aos seus alunos uma homenagem, agradecendo pelo líder que se doa tanto em prol de suas ovelhas?!
Você pode promover um brainstorming, uma “tempestade de ideias” em tradução livre, onde cada um poderá dar sugestões do que vier a mente. Para que a criatividade e inovação surjam é importante deixar fluir sem julgamentos, então explique que nenhuma ideia é ruim ou impossível, portanto, deve ser dita sem receio. Ao final, juntos, vocês decidirão qual pode ser aproveitada ou até mesmo fundir algumas.
O tema ao redor da liderança desta próxima lição é com base na figura do profeta em o Novo Testamento. Sabemos que Deus não muda, Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Contudo, infinito como é e a própria sabedoria e toda ciência, Ele usa cada um de uma maneira e cada profeta de acordo com o tempo, cultura, necessidade vigente. Por isso, naturalmente, vamos perceber algumas características diferentes entre as lideranças proféticas mencionadas em o Antigo e em o Novo Testamento. Assim como entre os profetas da atualidade.
A fim de lhe fornecer um aprofundamento sobre tais especificidades, segue abaixo o artigo do saudoso mestre e consultor teológico, Pr. Antonio Gilberto.
O ensino bíblico sobre a profecia
O termo profecia no Antigo Testamento vem de um verbo hebraico, naba, que significa basicamente anunciar, declarar. Daí, profetizar é “anunciar a mensagem de Deus”.
No Novo Testamento, profetizar vem do verbo grego profetéia, que significa basicamente “falar em lugar de” ou “em nome de” (pro = em favor, em lugar de; phemi = falar). Profeta é, pois, alguém que fala por outrem (como em Êxodo 7.1 e Ezequiel 3.17 e 33.7).
Como já vimos, os dois propósitos da profecia são testificar de Jesus (Ap 19.10) e revelar a vontade de Deus entre os homens. As duas categorias gerais da profecia são a proclamativa e a preditiva.
A profecia proclamativa é também chamada declarativa, locutiva ou não-preditiva. O conteúdo da profecia proclamativa pode ser mensagens de exortação, admoestação, ânimo, estímulo, encorajamento, aprovação, promessa, ameaças, aviso, advertência, reprovação, censura, sentença, correção, castigo, julgamento, consolo e conforto.
A profecia preditiva, por sua vez, pode ser literal ou tipológica. Pode concernir a casos isolados (pessoa, cidade, nação, etc.) ou pode ser apocalíptica (futurista), podendo ser constituída de casos isolados ou encadeados em conjunto.
Quando a profecia preditiva é tipológica, ela utiliza muito tipos, símbolos, figuras e alegorias. Um exemplo é o capítulo 23 de Levíticos. 
Aplicação da profecia 
Certas profecias têm duas formas de cumprimento: um imediato, para a época do profeta; e outro de cumprimento remoto, para dias e épocas futuras. É a chamada “dupla perspectiva profética”. O estudante das profecias precisa discernir bem isso, para evitar confusão, especulação e violência à Palavra de Deus. 
Alerta de Deus quanto aos Seus profetas 
Em Salmos 105.15 e 1 Crônicas 16.22 há uma advertência divina quanto ao tratamento dos profetas de Deus: “Não toqueis nos meus ungidos e não maltrateis os meus profetas”. Por outro lado, infelizmente, sempre houve e haverá falsos profetas e falsos mestres entre o povo de Deus (2 Pd 2.1 e Mt 24.11). Os profetas e os líderes do povo de Deus do Antigo Testamento tiveram duras refregas com os falsos profetas (Lc 6.26). O mesmo ocorreu com os líderes do povo de Deus no Novo Testamento, principalmente Paulo (At 13.6; 2Co 11.13,26; Gl 2.4; 1Jo 4.1 e Mt 7.15). Algumas passagens igualmente importantes para reflexão sobre esse assunto são Jeremias 14.14-15, 23.21 e Mateus 7.22.
Alguns dos falsos profetas nominados na Bíblia são Balaão (Nm 22.5; 31.8,16; Js 13.22; Ne 13.2; Jd v11 e Ap 2.14), Barjesus (At 13.6), Jezabel (Ap 2.20), Noadia  (Ne 6.4), Zedequias, filho de Quenaana (1Rs 22.11-12) e os 450 profetas de Baal e 400 profetas de Asera (1Rs 18.19).
Quando estudamos a atividade profética na Bíblia Sagrada, encontramo-la manifestando-se em três aspectos distintos.
Em primeiro lugar, vemos a profecia como ministério permanente recebido de Deus no Antigo Testamento, em Israel (Hb 1.1; 2Pe 1.19 e Jr 35.15).
Em segundo lugar, identificamos no Novo Testamento a profecia como um dom ministerial na Igreja (Ef 4.11-13; 1Co 12.28-29 e Ef 2.20).
Por fim, vemos ainda no Novo Testamento a profecia como dom espiritual na Igreja, na congregação (At 2.17-18; 1Co 12.10; 14.1-4, 29-40; Rm 12.6-8). 
Profecia no Novo Testamento  
Falaremos nesse ponto sobre o dom ministerial de profeta no Novo Testamento. Trata-se do ministério profético na Nova Aliança. Não confundir com o dom de profecia.
O termo profeta, como já vimos, significa literalmente porta-voz, como em Êxodo 7.1 e Lucas 1.70. Essa é a ideia do ministério profético.
As diferenças entre o ministério profético (dom ministerial) e o dom de profecia são as seguintes: 
1) O ministério profético não é para todos. “São todos profetas?”, 1 Co 12.29. Em Éfesios 4.11, Paulo diz que Deus “deu uns” para profetas. O dom espiritual de profecia, ao contrário, é para todos: “Todos podereis profetizar”, 1 Co 14.31.
2) O dom de profecia é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo concedida a uma pessoa da congregação, do povo, para transmitir a mensagem de Deus. O ministério profético resultante do respectivo dom ministerial é, por sua vez, exercido através de um ministro dado por Deus à Igreja. 
A profecia no ministério profético, como aqui abordado, não é a pregação comum. É uma mensagem divina revelada no momento, ao passo que a pregação habitual é estudada, preparada (1Tm 5.17b).
3) No dom de profecia, Deus usa principalmente o aparelho fonador da pessoa; no ministério profético, Deus usa principalmente a mente da pessoa.
4) O dom de profecia tem âmbito local, congregacional; o dom ministerial tem âmbito geral e itinerante (At 11.27; 13.1,3 e 15.32-34). 
Precisamos de ambos hoje na Igreja! (Pv 29.18; At 15.32). A Bíblia diz, em Atos, que os “profetas exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras”. A unção divina sobre o profeta costuma ser repentina. No mestre, costuma ser durativa.
O forte do profeta como dom ministerial é expor os padrões de justiça divina para o povo. O profeta é um arauto da santidade de Deus. O seu espírito ferve com isso. Ele foi chamado para isso, geme por causa disso, da santidade de Deus e de tudo o que é dEle!
A mensagem de Deus sai da mente e da boca do profeta como chamas de fogo santo e divino. João 5.35 diz de João Batista, o profeta: “Ele era candeia que ardia”. O profeta de Deus faz o carnal estremecer, parar e considerar o seu mau e tortuoso caminho (At 24.24-25). O profeta recebe de Deus amplas revelações divinas (Ef 3.5).
[...] Os dois aspectos da profecia são a profecia das Escrituras, a qual é inerrante (2Pd 1.20 e Jo 10.35b), e a profecia da Igreja. Esta última pode ser julgada (1Co 14.29), isso porque o profeta pode vir a falar do seu próprio espírito (Ez 13.3 e 1Cr 17.2-5,11-12).
Não é Deus mesmo quem fala no momento da profecia hoje. É o profeta quem fala, transmitindo a mensagem de Deus (1Co 14.29). Se fosse Deus mesmo quem falasse, a mensagem não precisaria ser julgada (1Ts 5.21; 2Pd 2.1-3; 1Jo4.1 e Pv 14.15).
A manifestação do dom de profecia (bem como os demais dons) durante o culto deve ter limite: “Falem dois ou três profetas”, 1Co 14.29. Isso significa que a maior parte do tempo do culto deve ser para exposição da Palavra de Deus.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD