quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - A História da Pérola - Primários.

 

Lição 9 - A História da Pérola 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno aprenda que conhecer Jesus é o mais importante.

Ponto central: Jesus é o maior bem que podemos ter.

Memória em ação: “Portanto ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer” (Mt 6.33).     

Querido (a) professor (a), a parábola de Jesus que apresentaremos aos Primários na próxima aula contém poucos versículos, mas com profundas lições.     

— O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.     

— O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola” Mt 13.45,46 (NTLH).     

Estamos vivendo o auge do capitalismo e do consumismo em nossa sociedade. As pessoas usam o ato de comprar como um analgésico para suas dores e frustrações na alma; adquirem produtos caros na tentativa desesperada de mostrar, através de status, que possuem “valor”; substituem o tempo não dedicado aos filhos por presentes comprados para amenizar suas ausências. As crianças observam tudo isso, elas estão aprendendo a se comportar da mesma maneira no mundo. Desde a tenra idade começam a cobiçar, desejar, tentar compensar suas frustrações, dificuldades, falta de valor pessoal, baixa autoestima com posses, brinquedos e até comida. Por isso, é crucial aproveitar a aula de hoje para promover um bate-papo com eles sobre isso.   

Antes de começar a apresentar a história, sente-se com eles em círculo e pergunte: “Alguém sabe a diferença entre preço e valor?” Deixem que falem livremente e vá os estimulando a participarem, atenta ao que cada um diz. Em seguida, dê alguns exemplos, com base no que eles gostam: “Um celular tem preço ou valor”? “Ter um amigo verdadeiro tem preço ou valor?” Dê outros exemplos com base no que você conhece sobre cada aluno, não se esquecendo de contrapor, pontuando valores do Reino: “Deixar Jesus feliz”, etc.     

Conclua este momento enfatizando que tudo aquilo que é realmente importante nenhum dinheiro no mundo pode comprar. E o presente mais especial e caro de todos é um lugar no Céu, isto é, a salvação.     

Explique para a classe: “Jesus sabia que para entrar no Reino de Deus era preciso ser 100% perfeito, nunca cometer nem um errinho, se quer (não fazer maucriação, não brigar com nenhum coleguinha...). Ele sabia que nós não conseguiríamos. Então, se ofereceu para pagar com seu sangue na cruz por cada erro que nós cometeríamos. Ele sofreu e morreu por nós, para nos dar a vida eterna. Mas ressuscitou e subiu aos Céus, está com Deus Pai nos preparando um lugar. Que presente maravilhoso, não é mesmo?! Vamos agradecer a Jesus pelo presente mais valioso de todos os tempos?”     

Ore com as crianças em gratidão pela salvação e pedindo ao Senhor que livre cada coração das ilusões materiais deste mundo, que cada primário sempre coloque o Reino de Deus em primeiro lugar, e todas as demais coisas serão acrescentadas.       

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Jefté, rejeitado por seus irmãos e honrado por Deus - Juniores.

 

Lição 9 - Jefté, rejeitado por seus irmãos e honrado por Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: Juízes 11.1-33.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos estudarão a vida de um personagem que enfrentou o preconceito devido à sua história de vida. Mas Deus, que surpreende a lógica humana, tratou de escolher justamente a Jefté para livrar o povo da opressão imposta pelos amonitas. O Senhor ama o seu povo de forma singular e não aceita que nenhum de seus servos fique envergonhado. Jefté teve que superar seus temores, a rejeição dos irmãos e o sofrimento distante da família, caso contrário, não teria condições de ser o instrumento usado para cumprir a missão designada pelo Senhor. A sua confiança em Deus e a coragem foram primordiais para que alcançasse a honra das mãos do Senhor e se tornasse o líder do seu povo naquela ocasião. A aula de hoje é fundamental para que seus alunos sejam estimulados a respeitar o próximo e a compreender que Deus é quem nos fortalece diante das adversidades. 

A. O Senhor ama o seu povo de maneira singular. A Palavra de Deus é clara ao revelar o amor singular de Deus pelo seu povo. Em toda a história bíblica é notável o cuidado de Deus com Israel desde quando prometeu a Abraão que através dele levantaria uma grande nação que seria peregrina na terra do Egito, porém sairia e encontraria a Terra Prometida (cf. Gn 12; 15.13,14). Foram muitas as adversidades, porém o Senhor não abandonou o seu povo. Ele operou muitas maravilhas a fim de que os hebreus o louvassem com integridade de coração e reconhecessem que não há outro Deus além dEle nem jamais haverá. O Senhor garantiu ao seu povo que deixaria os seus inimigos envergonhados e confundidos (cf. Is 41.11-13). Da mesma maneira, Jesus, o Filho de Deus, prometeu que estaria com seus discípulos até a consumação dos séculos (Mt 28.20). A presença de Deus é a garantia de que nunca estaremos sozinhos na realização da sua obra e, portanto, devemos sempre depender da sua ajuda em qualquer decisão (cf. Sl 50.15).

B. Superando temores. Jefté teve que enfrentar os traumas ocasionados pela rejeição de seus próprios irmãos. Por conta disso, ele teve de fugir e morar em uma terra distante da família, em Tobe (Jz 11.3). Além disso, teve que conviver na presença de homens levianos, isto é, pessoas desonestas e de mau comportamento. Mesmo assim, a história revela que Jefté não se corrompeu, antes permaneceu firme nos caminhos do Senhor. Tanto que na ocasião em que os amonitas faziam guerra contra Israel, Jefté foi procurado pelos líderes de Gileade para liderar o povo na guerra. Deus observou que o seu servo permaneceu fiel mesmo após sofrer todas aquelas injustiças, e permitiu que surgissem situações adversas para exaltar seu filho. A história de Jefté serve de referência para que os seus alunos não percam o ânimo em fazer a vontade de Deus, ainda que para isso tenham que enfrentar a objeção de pessoas mais próximas.

C. A confiança e coragem de Jefté. Apesar de sofrer tantas injustiças e passar por várias adversidades, Jefté possuía características fundamentais que colaboraram no êxito do seu chamado para vencer os amonitas e se tornar o libertador do povo de Deus. A Bíblia relata que Jefté era um homem “valente e valoroso” (cf. Jz 11.1). Tais características somadas à confiança que tinha em Deus foram fundamentais para o sucesso da missão. A confiança em Deus em tempos de crise é primordial para alcançar vitórias. Paulo admoesta Timóteo de que o Senhor “não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes” (cf. 2 Tm 1.7). Esta é uma oportunidade que seus alunos terão de aprender que não devem temer a adversidade, pois é Deus quem nos sustenta e nos faz vencer.

Aproveite a lição de hoje e reforce aos seus alunos que eles devem se mostrar corajosos. Toda vez que tiverem de enfrentar algum problema, devem clamar ao nome do Senhor com confiança, crendo que Ele providenciará o livramento. A confiança coadunada com a coragem demonstrada por seus alunos resultará no sucesso de qualquer coisa que eles realizarem para Deus. Você pode sugerir que seus alunos façam um desenho que represente o que mais têm medo. O desenho será importante para que expressem no papel seus temores de modo que possam aprender a superá-los. No verso, peça que escrevam o versículo: “O SENHOR Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR me livra de todo perigo; não ficarei com medo de ninguém” (Sl 27.1).

Tenha uma excelente aula! 

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - A Ressurreição de Lázaro - Pré Adolescentes.

 

Lição 9 - A Ressurreição de Lázaro 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 11.17-45.

Olá prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão com o episódio da morte de Lázaro, registrado no evangelho de João (11.1-45), que Jesus manifestou um sentimento muito escasso nos dias atuais: a empatia. Jesus se colocou no lugar de Marta e Maria e compartilhou da dor desta família que, diga-se de passagem, era muito unida. O Mestre não considerou um desrespeito a expressão das irmãs quando disseram que se o Senhor estivesse ali, Lázaro não teria morrido (cf. Jo 11.21,32), mas compreendeu perfeitamente que aquele era um momento sofrimento e tristeza. Jesus nos convida a demonstrar empatia pelas pessoas, mais do que isso, manifestar a misericórdia, pois esta nos leva a agir em favor dos que precisam ser acolhidos (cf. Mt 5.7).

a. Jesus manifestou empatia. Embora tivesse a certeza de que estava fazendo perfeitamente a vontade do Pai quando permaneceu mais dois dias na Pereia, Jesus partilhou da dor de Marta e Maria. A demonstração de empatia ocorre pela identificação sincera de uma pessoa com o sofrimento de outra. É entender as razões pelas quais as lágrimas tomam o rosto de quem está sofrendo. Jesus compreendeu perfeitamente o sofrimento daquelas irmãs, não necessariamente por que era o Filho de Deus e sabia de todas as coisas. Antes, a empatia de Cristo é demonstrada no sentimento de amizade que partilhava com aquela família. João relata com clareza que Jesus amava seus amigos (cf. Jo 11.5). Isso revela pessoalidade e consideração sincera por aqueles que o recebiam prazerosamente em Betânia nas ocasiões em que o Mestre precisava de um lugar para repousar antes de dar continuidade à pregação do evangelho.

b. Jesus manifestou misericórdia. Outro sentimento notório no comportamento de Jesus é a misericórdia. Diferentemente da empatia, a misericórdia, mais do que a demonstração de presença e afeto, é a atitude daquele que se compadece da necessidade do outro. Jesus não apenas lamentou, chorou, compreendeu a dor de Marta e Maria, mas levantou-se e foi ao encontro do túmulo de Lázaro (vv. 33,34). O Mestre não sentiu pena pelo sofrimento que aquela família estava enfrentando, mas predispôs-se em ajudar. Evidentemente que a ressurreição de Lázaro não era algo que qualquer pessoa poderia fazer naquela ocasião, todavia o milagre serviu para revolver a alegria abundante àquela família, fortalecer a amizade e o amor entre os amigos e, acima de tudo, glorificar a Deus. Mais do que um sentimento, a misericórdia é um comportamento movido pelo amor ao próximo que sempre terá como finalidade a exaltação do nome do Senhor acima de todas as coisas. RICHARDS (2007, p. 227) endossa estes sentimentos ao discorrer sobre este milagre:

A história da ressurreição de Lázaro é extremamente encorajadora. Ela nos recorda de que Deus nos ama e tem um bom objetivo mesmo quando Ele nos permite sofrer. Ela nos recorda de que Jesus não está limitado em sua capacidade de agir por nós hoje. E nos assegura de que estaremos sempre seguros naquele que triunfa sobre a morte.

A partir destas considerações é possível compreender que tais expressões como a empatia e a misericórdia encontram-se cada vez mais escassas na humanidade. A banalização da violência, o aumento da descrença, do pecado, o esfriamento do amor e a dissolução das relações revelam que estamos vivendo os últimos dias (cf. 2 Tm 3.1-5). Compartilhe desta verdade com seus alunos e mostre que a ausência desses sentimentos entre os crentes é preocupante. Entender que o mundo jaz no maligno é plausível, visto que as pessoas sem Deus não têm vida, mas aceitar que tais comportamentos dominem a vida daqueles que se dizem serem herdeiros da herança celestial é inaceitável.

Considerando a amizade que Jesus nutria com Lázaro e suas irmãs, organize a brincadeira do “amigo secreto” com seus alunos. Você pode organizar com antecedência e pedir que cada aluno leve um chocolate para participar da atividade. Se não for possível, compre um pacote de bombons e distribua uma quantidade para cada aluno participar da brincadeira. Escreva os nomes dos alunos em uma pequena tira de papel e peça para cada aluno “tirar o seu amigo secreto”. Ressalte a importância de valorizarmos nossas amizades.

Tenha uma excelente aula!

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Os dois grandes despertamentos - Adolescentes.

 

Lição 9 - Os dois grandes despertamentos 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: 1 Tessalonicenses 5.16-19   

DESTAQUE: “Não atrapalhem a ação do Espírito Santo.” (1 Tessalonicenses 5.19)   

OBJETIVOS:
Realçar a importância de um avivamento para a vida e o crescimento da Igreja;
Incentivar a buscar a Deus como os grandes homens que Deus levantou nesse período da História;
Enfatizar os princípios fundamentais para que o avivamento espiritual seja uma realidade na vida do cristão, em particular, e das igrejas como um todo.  

Querido (a) professor (a), na próxima aula estudaremos em classe os avivamentos ocorridos na América do Norte, no fim do século XVIII. Os impactos destes despertamentos espirituais atravessaram as paredes dos templos, cruzaram as fronteiras de estados, etnias, classes econômica, social e até mesmo as barreiras do tempo, repercutindo por séculos a fio. Além de corroborarem na esfera espiritual, impulsionando a criação de organizações dedicadas a difundir o Evangelho de Salvação mundo a fora; também influenciaram positivamente em importantes questões humanitárias mundiais, tais como: a abolição da escravatura, o avanço nos Direitos Humanos, combate ao abuso de álcool, etc. Como ocorria na Igreja retratada em Atos dos Apóstolos, os crentes “salgavam”, isto é, mudavam a realidade no qual estavam inseridos, impactavam o mundo. Quando isto não acontecer, algo precisa ser urgentemente revisto (Mt 5.13).

Debata esta questão com seus alunos. O que podem fazer, individual e coletivamente, para influenciar, mudar a realidade de violência, corrupção, vícios, etc. presentes na sociedade o qual estão inseridos, como Igreja de Cristo? Deixe que se expressem e cada um opine livremente. Peça que algum voluntário anote as sugestões consensuais e quem sabe organizem juntos um cronograma de oração e ação, colocando-as em prática.

Charles Finney, um dos maiores teólogos de todos os tempos, descreve uma igreja que, desesperadamente, precisa de um avivamento. Ele, que foi usado por Deus não somente para fazer teologia, mas também para incendiar a América com um poderoso despertar, sabia muito bem que o verdadeiro avivamento demanda uma vida santa, pura e íntegra:

‘Quando existe falta de amor fraternal e confiança entre os crentes, faz-se necessário um reavivamento. Há nesse momento, um forte clamor para que Deus reavive a sua obra. Espere por um reavivamento quando existirem dissensões, ciúmes e rumores maldosos entre os crentes. Essas coisas mostram que os cristãos se afastaram de Deus e que é hora de pensar seriamente em um reavivamento.O reavivamento é necessário quando há um espírito mundano na igreja. Ela se afunda num estado de apostasia quando se vêem os cristãos conformes com o mundo em vestimenta, festas, buscas de diversões mundanas e leitura de romances imorais.Quando a igreja encontrar seus membros caindo em pecados escandalosos e indecentes é tempo de despertar e clamar a Deus por um reavivamento’.

Tais palavras não parecem ter sido escritas para os dias de hoje? 

Fonte: (ANDRADE, Claudionor de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.91)

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - O Contínuo Avivamento para a Igreja de Cristo - Juvenis.

 

Lição 9 - O Contínuo Avivamento para a Igreja de Cristo 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO   
1. O CONTÍNUO AVIVAMENTO MOLDA O NOSSO CARÁTER;   
2. O CONTÍNUO AVIVAMENTO TORNA-NOS INCONFORMADOS COM O MUNDO;   
3. UM CONTÍNUO AVIVAMENTO É UM TEMPO DE RENOVAÇÃO, MAS TAMBÉM DE DISCERNIMENTO ESPIRITUAL;

OBJETIVOS
1. Apresentar
 a necessidade de viver conforme o caráter de Cristo;    
2. Destacar uma vida inconformada com o mundo;   
3. Estimular um tempo de renovação espiritual.

Querido (a) professor (a), em um momento histórico de tamanho hedonismo e inversão de valores é primordial pregar o retorno ao Evangelho, à prática das primeiras obras, ao caráter e ações diárias de Cristo. Nesta próxima aula abordaremos este assunto. Já que um genuíno avivamento requer o retorno à prática das Sagradas Escrituras, com zelo e fervor. E isto implica em uma vida de santidade, oração e boas obras de amor ao próximo. Ao andar na contramão do caráter mundano, com esse amor transbordante de Cristo, vamos ganhando a muitos para Jesus.

Sugerimos que ao final da lição, você leia e discuta com sua classe a passagem bíblica abaixo:

“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.

Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. (Tiago 1.22-27).

Frise junto à turma que nesta passagem Paulo anuncia um elemento crucial para a felicidade, para a bem-aventurança, liberdade e para ser bem-sucedido no quer que faça. Pergunte à classe qual seria esse elemento; qual a verdadeira religião para Deus, etc. Deixe que comentem e se expressem livremente acerca desta passagem. Ao final pergunte quem deseja se comprometer a sair da igreja hoje com este foco – de não ser apenas um religioso, um tolo ouvinte da Palavra.

Sejamos bem claros. A Bíblia não é acidental no que tange a avivamento. Sendo a Palavra eterna de Deus, ela é a autoridade objetiva em tudo quanto cremos e praticamos. Não fosse sua verdade imutável, os padrões de justiça e santidade acabariam degenerado em pouco mais que caprichos de opinião pública. Até nosso conhecimento de Cristo, a Palavra viva de Deus estaria perdida em confusão e incertezas, não fosse o testemunho firme das Escrituras. A Bíblia, e somente a Bíblia, é a nossa base para determinar aquilo em que devemos crer. Ela é o instrumento de toda bênção divina, o meio pelo qual o Espírito Santo ministra a graça de Deus aos nossos corações sedentos.

A submissão à autoridade de Bíblia é a primeira condição para o avivamento. Deus nos enviou a sua Palavra. Diante dEle, todo joelho deve dobrar-se (Is 45.23). Quando Deus fala, temos de ouvir. Não nos cabe mudar ou desconsiderar a mensagem. Nem somos chamados para defender o que Deus diz. A Bíblia não está sendo julgada; nós estamos. Nosso dever é apenas crer e obedecer (COLEMAN, Robert. A Chegada do Avivamento Mundial. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 39)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus - Adultos.

 

Lição 9 – Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM NATURAL
II – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM COMERCIAL
III – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM ESPIRITUAL 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a verdadeira sabedoria consiste no temor do Senhor.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Expor que todos os esforços humanos são inúteis para a aquisição da sabedoria divina;
II – Destacar que a sabedoria tem seu preço, e que excede todos os bens materiais existentes;
III – Revelar que o verdadeiro valor da sabedoria é de natureza espiritual.

PONTO CENTRAL
O temor do Senhor é o fundamento da verdadeira sabedoria.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo veremos que a verdadeira sabedoria, segundo a Palavra de Deus, fundamenta-se no “temor do Senhor”.

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus:

“O livro de Jó pertence ao gênero literário sapiencial, e o seu capítulo 28 é todo dedicado a uma exposição sobre a verdadeira sabedoria. Alguns autores (Terrien, 1997) acreditam que esse capítulo não pertence aos discursos originais de Jó, e ainda outros acham que ele encontra-se fora de lugar. Todavia, como observou Mesquita (1979), essa teoria não parece razoável dentro do contexto de Jó. O mais natural é entender que Jó tenha recebido de Deus iluminação para fazer uma exposição tão bela e profunda sobre a sabedoria sob diferentes aspectos. Mesquita (1979, p. 147) destaca o seguinte: 

os críticos admitem, com muita facilidade, interpolações do texto, como se um manuscrito sagrado fosse um tabuleiro de xadrez, em que se joga uma pedra para um lado e para outro. Não partilhamos desta facilidade de acrescentar ou diminuir coisa alguma num Manuscrito, mesmo que não sejamos capazes de interpretar certas anormalidades textuais. 

Na sua obra Sabedoria e Sábios em Israel (Loyola, 1999), José V. Líndez faz uma abordagem sistemática e crítica sobre a literatura sapiencial no contexto do mundo antigo.i Há algum tempo, fiz uma resenha sobre a obra de Líndez para um trabalho de mestrado.ii Aqui reproduzirei parte dela porque creio que ajudará na compreensão do capítulo 28 de Jó. 

Líndez destaca que a literatura Sapiencial é o fruto maduro de um povo adulto. Esse tipo de gênero literário é mais antigo que Israel. Líndez ainda destaca que essa literatura chegou até nós por meio do testemunho escrito na Mesopotâmia e Egito, cuja data remonta ao segundo e terceiro milênio antes de Cristo. Esses centros de cultura estavam espalhados principalmente pelo Egito e Mesopotâmia.  

A fonte da sabedoria no mundo antigo estava reservada aos sábios. Porém, Líndez destaca que o que se entende por ‘sábios’ não é consenso entre os estudiosos. O termo passou a ser usado tanto no sentido profissional como no não profissional. O termo pode ser aplicado aos mestres da corte, educadores, etc., bem como aos conselheiros dos príncipes e reis. Dessa forma, o ‘sábio’ é o mestre de família que vivia na corte ou fora dela, ou, ainda, o mestre popular, além de futuros escribas ou peritos da lei. A sabedoria, portanto, provinha de várias fontes: o lar, a escola, a experiência, o intercâmbio, a tradição, a reflexão, etc.

É interessante a forma como Líndez aborda a questão da Sabedoria e o sábio no Antigo Testamento e como essa sabedoria relacionava-se com a ordem no mundo. Líndez destaca que a sabedoria no contexto do Antigo Testamento é mais de caráter prático do que teórico. Em muitos textos do Antigo Testamento, é revelado que o Senhor Deus é a fonte dessa sabedoria. Não deve ser esquecido que, em um primeiro momento, a sabedoria é demonstrada nas atividades manuais dos homens nas suas tarefas diárias e normais, isto é, nas suas habilidades demonstradas. Em um estágio mais avançado da literatura sapiencial, o conceito de sabedoria é associado a ideias de justiça. Ser sábio, portanto, não se refere a ter conhecimento enciclopédico, mas à aplicação da justiça.

O autor destaca que, dentre os livros do gênero sapiencial, Provérbios de Salomão é o mais representativo do Antigo Testamento. Líndez observa que os livros de Provérbios, além das sentenças tradicionalmente atribuídas ao rei, filho de Davi, há muitas outras atribuídas a outros sábios. O modelo de sentenças prevalecentes nos provérbios é a ‘masal’. Nesses provérbios, prevalecem os paralelismos, as formas valorativas, as comparações, as metáforas, as perguntas retóricas, as cenas breves (o preguiçoso e a formiga, o beberrão). Há, também, uma variedade de temas: amor à sabedoria, vida pessoal (o indivíduo, o aluno, desprestígio do preguiçoso, primazia da justiça, atitude diante da riqueza e da pobreza), provérbios e a vida familiar, a vida em sociedade (sensato/néscio; honrado/malvado; pobre/rico; excesso/moderação). Líndez também destaca a reflexão de provérbios para o contexto religioso. Deus é visto como: criador, onisciente, providente e soberano. Outros temas de igual importância também são abordados pelos Provérbios: Deus e o mal, a doutrina da retribuição e o temor do Senhor. 

Líndez (1999, p. 133) destaca o que chama de ‘crise da sabedoria’. Ele mostra que, no primeiro momento, a literatura sapiencial via os problemas da existência humana como estando subordinados apenas à lei de causa e efeito ou da retribuição. Esse “otimismo” deixa de existir com o livro de Jó. É dentro desse contexto que ocorrem os dramas narrados no livro de Jó e, posteriormente, também no Eclesiastes. Jó, por sua vez, mostra como nem sempre a questão do sofrimento humano pode ser entendida a partir da lei da retribuição. O autor de Jó mostra um homem justo, que procurava viver retamente e que, de repente, acaba sendo apanhado em desgraça. Dessa forma, Líndez (1999, p. 134) diz:

O pensamento sapiencial se teologiza, enquadrando-se em uma corrente de otimismo que admite a ordem e o equilíbrio perfeitos não apenas na natureza, mas também na comunidade humana, sempre dentro de um horizonte temporal cujo limite está marcado pela realidade da morte. Essa visão otimista e abertamente religiosa fundamenta-se na admissão sem titubeios da doutrina da retribuição temporal e histórica: Deus premia sempre os bons com o êxito e a vitória; aos maus dá sua merecida derrota, não obstante as aparências contraditórias da realidade.

Nos primeiros capítulos, Jó aparece como um homem feliz e extremamente piedoso, levando a sério as questões relacionadas à vida religiosa. Todavia, num segundo momento, Jó aparece de forma questionadora, não conformado com os infortúnios, quando, por exemplo, uma tempestade varre a sua casa e família. O Jó paciente cede o seu lugar para o Jó inquieto. Líndez (1999, p. 138) demonstra que uma das belezas do livro de Jó está exatamente na narrativa dos fatos sem a tentativa de mascarar as agruras pelas quais o velho patriarca passa. Aqui, Jó discute com Deus e demonstra o seu ressentimento diante da aparente injustiça que estava sofrendo. 

Líndez (1999, p. 137) declara o seguinte:

O autor apresenta magistralmente um homem justo, triturado pelo sofrimento, que busca com tenacidade uma explicação da situação em que padece. Nessa empresa sobre-humana, Jó remove céus e terra, enfrentando a Deus e aos homens. Nada o faz recuar, a tudo se arrisca, sempre consciente de sua inocência. Queixa-se e grita desesperadamente para que Deus rompa o silêncio e de uma vez para sempre a justiça seja feita.

Nesse aspecto, é possível fazer um contraste entre Jó e Eclesiastes. Por um lado, Jó levanta a voz contra toda explicação teológica que é simples demais para explicar as contradições da vida. Por outro lado, o livro de Eclesiastes faz uma análise filosófica sobre o lado sombrio da vida que acontece ‘debaixo do sol’ (Líndez, 1999, p. 168). Nesse aspecto, o Eclesiastes (Pregador) é um bom observador e um crítico radical da vida. Uma palavra-chave que ajuda a entender a mensagem de Eclesiastes, destaca Líndez (1999, pp. 173,174), está na compreensão do sentido de hebel, que, comumente traduzida por “fumaça, vapor”, mantém o sentido de ‘vaidade’. No Eclesiastes, hebel é usada nos contextos da riqueza, trabalho, prazer e conhecimento. Líndez (1999, p. 174) conclui que o Pregador (Eclesiastes) não pode ser visto como um observador frívolo otimista, pois a sua visão da vida mostra a realidade nua e crua como se apresenta a existência humana. É nisso que ele é parecido com Jó.” 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


i LÍNDEZ, José Vílchez. Sabedoria e Sábios em Israel. Tradução de José Benedito Alves. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1999.
ii Resenha apresentada em 2019 na disciplina Literatura poética e sapiencial da Faculdade Batista do Paraná.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele cuida de mim - Berçário.

 

Lição 08 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele cuida de mim 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que Deus cuida de nós como o pastor cuida das ovelhas.

É hora do versículo: “O Senhor é o meu pastor: nada me faltará” (Salmos 23.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos confiar que o Papai do Céu como o nosso protetor. Ele é o nosso pastor que cuida de nós como suas ovelhinhas. 

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem a imagem do pastor que cuida das ovelhas. Peça para as crianças desenharem o rosto do pastor feliz.

licao8 bercario pastor

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Davi ajuda Saul tocando para ele - Maternal.

 

Lição 8 - Davi ajuda Saul tocando para ele 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar a criança a perceber os próprios talentos e usá-los para ajudar alguém. 

Para guardar no coração: “[...] Davi pegava a sua lira e tocava. O espírito mau saía de Saul [...]" (1 Sm  16.23).

Seja bem-vindo

“O esquema de decoração da sala tem grande influência sobre as atitudes mental e emocional dos alunos. Cores como laranja, vermelho ou amarelo dão a sensação de calor, mas tendem a fazer a sala parecer menor. Os tons de azul e verde criam uma atmosfera mais descontraída e fresca, e fazem a sala parecer maior. Cores brilhantes devem ser limitadas ao mural e centros de interesses. Um corredor longo e mal iluminado fica melhor quando é pintado com uma cor clara. As paredes da área infantil precisam ser iluminadas e alegres, com uma tinta ou cobertura durável e lavável. Um armário volumoso, numa sala pequena, ficará menos óbvio se for pintado da mesma cor que as paredes. Um piano velho pode ser pintado para harmonizar com a decoração da sala e ter as costas cobertas por uma placa aderente, a fim de servir como mais um espaço de exposição” (Ron Hels, citado por Clancy Hayes em “Alcance Todos os Seus Alunos”, CPAD).

Subsídio professor

“Dissemos que a criança do maternal é muito afetuosa. Isto não significa, no entanto, que o professor deve ir acariciando um novo aluno, logo em sua primeira aula. Embora carinhosa, a criança desta idade é também muito tímida, e mostra-se inibida diante de estranhos. Tanto, que só concorda em permanecer na classe, sem a presença da mãe, depois que se acostuma aos professores e aos demais alunos. Havendo feito amizade, aceita conversar e ser tocada.

Outra característica sócio/emocional desta turma é a teimosia. Quer fazer aquilo que lhe dá vontade. Contudo, a vontade pode ser moldada. Uma boa maneira de se lidar com isto é usar o “você pode”, em vez de “não pode”. Por exemplo, se ela deseja brincar com um objeto frágil ou perigoso, em vez de dizer-lhe: “Você não pode brincar com isto”, diga-lhe: “Você pode brincar com os blocos de borracha (ou outra coisa)”. Em vez de repreender: “Você não pode espalhar o giz de cera pela sala toda”, consinta: “Você pode brincar com o giz de cera em cima deste tapete (ou neste canto)”. Assim, você estará impondo limites, sem suscitar um ataque de rebeldia” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

Faça previamente pequenas caixas de presente (pode embrulhar caixas vazias, de remédio ou cosmético, em papel bonito). Providencie antecipadamente cópias de figura de instrumentos musicais ou crianças cantando. Dê uma para cada aluno e ajude-o a colá-la numa lateral da caixinha. Noutra lateral, cole um cartãozinho com o versículo do dia. Amarre um laço de fita.

Enquanto trabalham, repita como é bom louvar e adorar ao Papai do Céu. Entregue as lembrancinhas quando os pais vierem buscá-los. 

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 1 Samuel 16.14-23; 2.11-26. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - O Amigo que Traiu Jesus - Jd. Infância.

 

Lição 8 - O Amigo que Traiu Jesus 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão aprender que um verdadeiro amigo de Jesus não ouve o inimigo para fazer coisas erradas; saber que Jesus nos ensina a perdoar e nos perdoou pagando pelos nossos pecados na cruz. 

É hora do versículo: “E não deixes que sejamos tentados, mas livra-nos do mal” (Mt 6.13).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história dos doze discípulos de Jesus, seus amigos mais próximos, que não podemos ouvir o mal fazermos coisas erradas. Quando agimos assim, não estamos sendo honestos e nem verdadeiros com Jesus, o nosso maior e melhor amigo. Quando fazemos o mal, estamos traindo Jesus, deixando-o triste conosco. Mas se já fizemos alguma coisa errada, Ele nos perdoa se nos arrependermos de coração, porque todos os nossos pecados já foram perdoados, apagados e esquecidos lá na cruz quando Jesus Cristo se entregou por nós.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho de um coração e peça às crianças que desenhem seus amiguinhos.

licao8 jardim coracao

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - A História de Dois Construtores - Primários.

 

Lição 8 - A História de Dois Construtores 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno aprenda que os verdadeiros discípulos de Jesus ouvem e praticam a Palavra de Deus.

Ponto central: Sem obediência é impossível ter uma vida espiritual bem alicerçada.

Memória em ação: “— A pessoa que me ama obedecerá à minha mensagem, e o meu Pai a amará” (Jo 14.23).

     Querido (a) professor (a), dando seguimento ao tema do trimestre sobre as parábolas que o nosso Mestre dos mestres contou, no próximo domingo vamos ensinar aos Primários acerca da história narrada em Lucas 6.46-49, sobre dois tipos de construção, isto é, duas maneiras distintas de viver.

    Como você sabe, sua revista já oferece todas as ferramentas pedagógicas para uma aula rica, facilitadora para a compreensão e aprendizado do conteúdo bíblico proposto pelos seus alunos. A cada lição não perca de vista os objetivos propostos na mesma, e ao longo da aula reforce-o na prática a todo momento.

    Aqui propomos uma dinâmica para ilustrar o conteúdo da nossa história, facilitando assim a sua memorização e internalização das lições aprendidas com ela. Ao passo que de maneira lúdica também trabalharemos a psicomotricidade de seus alunos, aprimoramento da criatividade e raciocínio, cooperação e habilidade no trabalho em equipe.

    Para isso, leve algumas cartas (existem muitos brinquedos e jogos desse tipo) Após contar a história, divida a turma em grupos de no máximo quatro crianças e distribua uma quantidade igual de cartas para cada grupo. Diga que agora eles é que serão os construtores e juntos terão que construir alguma coisa com aquelas cartas. Motive-os dizendo: “Qual será a construção mais criativa?! Qual será o grupo que terminará primeiro?!” Acione um cronômetro e dê-lhes um minuto (ou o tempo que julgar interessante dentro de seu plano de aula) e diga “valendo”.

    O mais importante não é o que eles vão conseguir construir, mas todo o processo que envolve a atividade. Elogie o desempenho de todos, pergunte o que eles acharam difícil e por que, pontue o que achar necessário (por exemplo, se houve discussão em algum grupo, reforce que sem união o trabalho fica mais difícil, etc).

    Por fim, aos que conseguirem erguer algo com as cartas, diga que é uma bela construção, mas “será que é firme? Que aguenta as tempestades da vida?” Peça para que todos soprem juntos para testar uma por uma. Certamente todas irão cair. Conclua explicando que assim é a nossa vida quando não obedecemos a Palavra de Deus, o amor ao próximo e as lições maravilhosas que Jesus nos ensinou.

     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Gideão, um Servo Valoroso - Juniores.

 

Lição 8 - Gideão, um Servo Valoroso 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: Juízes 6.11-16; 7.7, 16-22.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão algumas características importantes observadas em uma pessoa que serve a Deus com sinceridade. A história de hoje apresenta a vida de Gideão, um servo valoroso, que recebeu de Deus uma importante missão em circunstâncias muito difíceis. Mas algumas características encontradas em Gideão foram fundamentais para que ele obtivesse vitória sobre os seus inimigos. Dentre todas as qualidades a que mais se destaca neste servo de Deus é a confiança. Gideão aprendeu a depender do Senhor quando tinha todos os motivos para desanimar e desistir. Mesmo com uma quantidade de soldados bem aquém do necessário, este servo de Deus pode aprender que do Senhor é a guerra e somente Ele é quem concede a vitória ao seu povo (cf. 1 Sm 17.47).

Um aspecto fundamental que justifica o fato de Gideão ter superado as expectativas e confiado em Deus foi o revestimento de poder. O verso 34 descreve que o “Espírito do Senhor revestiu a Gideão” de modo que, ao tocar a trombeta, as tribos de Israel se ajuntaram a ele. Isso prova que as batalhas que os servos de Deus enfrentam só podem ser vencidas com o revestimento do Espírito. Contextualizando esta palavra, em o Novo Testamento, Jesus afirmou aos seus discípulos enquanto estava com eles que não muito depois daqueles dias, eles seriam revestidos de poder do Alto, a fim de que estivessem capacitados para executar a missão de anunciar o evangelho em vários lugares (cf. At 1.8; 2.1-4).

O exemplo de Gideão ensina que para executar o serviço da obra de Deus com sucesso é preciso estar “revestido de poder”. O serviço na igreja promove a salvação de pessoas para uma vida eterna, algo muito precioso que não pode ser conduzido de qualquer maneira. Os crentes devem atentar a este fato e considerar que as aflições e conflitos terrenos não podem assumir o primeiro lugar na dinâmica da vida de quem serve a Deus. Mais um motivo pelo qual é necessário estar cheio do Espírito Santo. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1626) discorre sobre estar “cheio do Espírito”:

Recebereis a virtude. O termo original para ‘virtude’ é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27).

(1) ‘Poder’ (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no Espírito Santo trará o poder pessoal do Espírito Santo à vida do crente.

(2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no Espírito Santo com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia.

(3) A obra principal do Espírito Santo no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de Cristo, à ressurreição e à promessa do batismo no Espírito (cf. 2.14-42). O destaque para o revestimento de poder em Atos 2, assim como na ocasião de Gideão, revela a necessidade de realização da obra de Deus sob a ação e supervisão do Espírito Santo. O desdobramento vitorioso de Gideão naquele contexto só foi possível por que ele foi um servo obediente à direção do Senhor e seguiu à risca a estratégia divina. Não é diferente para a igreja dos dias atuais, pois o mesmo Espírito opera entre os crentes, direcionando, revelando e mostrando a estratégia correta para alcançar a vitória sobre os ataques do inimigo (cf. Ef 6.10-18; 2 Co 2.10,11).

Aproveite e faça a seguinte dinâmica com seus alunos: leve para a sala de aula uma jarra cheia de água, um copo transparente, uma bacia e um pouco de terra. Coloque sobre uma mesa ou banco onde todos possam visualizar. Em seguida, coloque o copo dentro da bacia, encha com água até a metade e insira a terra. Naturalmente, a água ficará suja. Depois complete a água no copo até transbordar e permaneça enchendo até acabar a água da jarra. Os alunos perceberão que à medida que o copo transborda a água nele contida fica mais limpa até que chegará um momento em que a água ficará completamente limpa. Da mesma maneira é a ação do Espírito Santo na vida do crente, quanto mais cheio do Espírito, mais limpo ele fica e capacitado para anunciar o evangelho a toda criatura.

Boa aula!

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Jesus, o Pastor Verdadeiro - Pré Adolescentes.

 

Lição 8 - Jesus, o Pastor Verdadeiro 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 10.10-16.

Olá prezado(a) professor(a),

A lição desta semana traz uma abordagem sobre o cuidado do Senhor para com os seus filhos na qualidade de “Bom Pastor”. Diferentemente dos pastores terrenos, que são falhos e cheios de limitações, o Supremo Pastor não deixa as suas ovelhas nem sequer por um instante. A figura de pastor ilustra perfeitamente o cuidado de Deus com o seu povo, e nesta perspectiva as suas ovelhas devem corresponder à orientação divina na mesma harmonia de compromisso. O assunto da aula de hoje é relevante para que seus alunos compreendam melhor como se dá esta relação com o Criador, sabendo que assim como Ele exerce responsavelmente o seu papel para conosco, é fundamental que tenhamos o comprometimento de sermos ovelhas obedientes à orientação divina.

O cuidado do Senhor para com os seus filhos não poderia ser mais bem representado nas Sagradas Escrituras do que a ilustração do Bom Pastor que cuida das suas ovelhas. Esta incumbência não se trata de uma obrigação para o verdadeiro pastor, visto que ele mesmo compreende as necessidades e limitações de suas ovelhas. Sabe exatamente que elas não podem sobreviver sozinhas, pois são completamente dependentes de cuidados que somente o pastor pode suprir.

A. O Senhor é o Bom Pastor. No Antigo Testamento, Davi declara no salmo 23, “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. O rei de Israel sabia que a sua vida dependia completamente dos cuidados divinos. Davi conhecia bem o ofício de pastor, pois era ele quem apascentava as ovelhas de seu pai, Jessé (1 Sm 16.11). Por isso a descrição do salmo 23 é tão detalhista quanto aos cuidados de um pastor com as suas ovelhas. Desde a provisão do alimento com pastos verdejantes até os cuidados com a saúde da ovelha ao ungi-la com óleo para que insetos não colocassem larvas sobre a sua cabeça, o zelo pelo bem estar do rebanho exigia dedicação e presença contínua do pastor. Estes são aspectos que o Senhor Deus prometeu ao seu povo desde quando o tirou da Terra do Egito (cf. Dt 28.1-14).

B. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Em o Novo Testamento não poderia ser diferente, pois Jesus se identifica como o Bom Pastor que cuida e dá a vida pelas suas ovelhas. Ele demonstrou esse cuidado ao guiar os discípulos e estar com eles continuamente durante os três anos de seu ministério. Não faltou nada para que eles estivessem preparados para dar continuidade ao ministério da pregação do evangelho até os confins da terra. Mesmo assim, Jesus, o Bom Pastor, prometeu estar com eles todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20). O Senhor também demonstrou um amor imensurável pelos seus discípulos ao entregar-se para ser morto sobre a cruz do Calvário. Ele mesmo explicou que o verdadeiro pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Mas o mercenário que só trabalha por interesse, quando nota que as ovelhas estão em perigo, foge (cf. Jo 10.11-15). Jesus, no entanto, não fugiu da cruz, mas se entregou espontaneamente a fim de ser a causa da nossa salvação, mediante o seu sangue derramado na cruz.

C. O Falso pastor abandona o rebanho. Assim como há homens chamados por Deus para cuidar do rebanho do Senhor, há também pessoas que se intitulam escolhidos para este chamado, mas são falsos pastores. Desde o Antigo Testamento o Senhor condenou os falsos líderes que se diziam “pastores” do povo de Deus, mas as suas decisões levaram o povo ao sofrimento e muitos que faziam parte do rebanho de Deus foram espalhados para outras nações (cf. Jr 23.1-6; Ez 34.11-16). Em o Novo Testamento, Jesus deixou bem claro que aquele que trabalha por interesse sempre buscará alguma compensação pelo serviço prestado ao rebanho do Senhor. São pessoas que abandonam as ovelhas na primeira dificuldade e não se importam em procurar as que estão desgarradas (cf. Jo 10.12). A motivação daqueles que verdadeiramente são chamados para cuidar do rebanho do Senhor sempre será o amor.

Reserve um tempo e confeccione um cartaz juntamente com os alunos. No cartaz, recorte e cole figuras do Bom Pastor cuidando das ovelhas. Em volta das figuras, peça os alunos que escrevam num papel pequeno à parte quais sãos as características que devem ser encontradas no Bom Pastor. Você vai precisar de papel 40 kg, tesoura sem ponta, canetinhas coloridas, lápis de cor, revistas e desenhos. Ao final, peça aos alunos para expressarem porque escolheram a respectiva característica.

Boa aula! 

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - O Avivamento Wesleyano - Adolescentes.

 

Lição 8 - O Avivamento Wesleyano 

4º Trimestre de 2020

 

TEXTO BÍBLICO:  Efésios 5.14-21

ENFOQUE BÍBLICO
E se o meu povo que se chama pelo meu nome se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (2Cr 7.14)

OBJETIVOS
Destacar a importância do Evangelho para a sociedade; 
Salientar a necessidade de se clamar a Deus por um avivamento, a começar em nossas próprias vidas;
Afirmar que o poder do Evangelho pode influenciar positivamente a vida social das pessoas e de um país inteiro, como ocorreu durante o Avivamento Wesleyano.

“Não é este um tição tirado do fogo?” (Zc 3.2)

O AVIVAMENTO WESLEYANO

Poderíamos perguntar: Qual a razão ou a necessidade de avivamento? Passados aproximadamente dois séculos, depois, da Grande Reforma, a igreja precisa de avivamento. A razão desta necessidade foi o investimento que a igreja Católica Romana fez com o movimento contra Reforma. O Concilio de Trento, por exemplo, deu poderes a Cúpula da Igreja Católica, para deter o Protestantismo, devido a reforma feita dando poderes ao Papa para que manobrasse a igreja tirando o poder da maioria.

A liderança da igreja Romana defendia a força e a qualquer custo a crença Medieval, procurando de toda forma sufocar os protestantes a quem eles chamavam de hereges. Alem dos meios utilizados pela Inquisição criaram a Congregação do Índex, que tinha como objetivo crivar os livros e separá-los daqueles que a igreja não aceitava. Foram descartados todos os livros escritos pelos protestantes e todas as versões da Bíblia, exceto a Vulgata.

A congregação do Índex, não só procurou frear o protestantismo, como também qualquer movimento que conduzissem o mundo ao progresso. A reconquista da Igreja Católica Romana iniciou-se no Império Alemão. O trabalho dos jesuítas e a pressão sobre os governos transformaram regiões como Alemanha, Áustria, Stíria, Bavária e outras em regiões solidamente católicas. A região que mais sofreu com os ataques da reconquista foi à Inglaterra, no entanto não puderam destruir o protestantismo inglês. 

O serviço missionário fez a diferença, infelizmente quem deixou de fazer discípulos foram os protestantes. A Igreja Católica Romana cuidou de levar suas razões Teológicas ao povo, geralmente faziam sob pressão, mas conforme surgiam novas terras lá estava um padre para a primeira missa. Logo a Europa, estava contra o Protestantismo ou quando não confusa religiosamente. A França no século XVIII alcança um grande desenvolvimento se destaca entre as nações européias.

A Igreja Católica Romana se aproveita desse fortalecimento e cria um movimento chamado “Galicanismo”. Os galicanos procuravam associar a vida de um bom católico, a de um Frances, que naquele momento era símbolo de sucesso, por estar em um lugar super desenvolvido. Mas os galicanos não queriam ver o Papa envolvido com o estado, eles apenas obedeciam como autoridade o rei. Em contrapartida surgiu  outro movimento ainda na França chamado Ultramontanismo, fundado pelos jesuítas, que procurava dar ênfase a autoridade papal. Portanto eram o oposto dos galicanos, resultou na dissolução dos jesuítas na França, devido a pressão da igreja católica francesa. 

Na Alemanha que fora o berço da Grande Reforma, vai ter uma história desalentadora nos anos seguintes. As disputas teológicas entre os luteranos e os teólogos reformadores Du lugar para o surgimento de dois grupos. O Pietismo que possuíam ardor espiritual, suas pregações eram praticas, acreditava na regeneração. Outro grupo era os Moravios que foram influenciados pelos pietistas, porém eram missionários.

Quanto  a Inglaterra conseguiu que os Puritanos alcançassem poder no Parlamento, para tornar a Igreja como desejavam. Procuraram reformar a igreja, mas o tempo foi passando e a depravação atingiu a aristocracia inglesa, o que também influiu nas mais variadas camadas sociais. Mesmo que houvesse neste ínterim uma revolução que resultou em leis como que a Inglaterra continuasse protestante e fosse preservado o direito de culto. Anos depois a nação se encontrava novamente mergulhada numa estagnação e num indiferentismo religioso. O mundanismo havia tomado conta da igreja seus lideres eram sem fervor e egoístas.

Olhando pela ótica humana a igreja teria um futuro incerto, mas como disse Orlando Boyer, numa noite de 1708, a  multidão corria pela rua gritando: “fogo! Fogo!” Era a casa de Samuel Wesley que ardia  em chamas e lá no alto numa janela estava um menino com menos de cinco anos. A família tentou tira-lo, mas em vão, então dobraram os joelhos e oraram até que um vizinho o vê na janela e tem a idéia de reunir alguns outros homens e subindo uma aos ombros do outro conseguiram salvar o menino.

Assim que  tiraram a criança, os escombros caíram e tudo se queimou. Samuel Wesley, orou de joelhos com os amigos abraçado com o filhinho ao seu colo. O nome do menino era João Wesley, o décimo quinto filho da família. Sua mãe Suzana Wesley, deu lhe uma atenção especial, pois sabia que este salvamento tinha significado.

Wesley era um homem pequeno, sua altura era de um metro e sessenta e seis centímetros, magro e pesava menos de sessenta quilos, mas muito resistente, seu compromisso serio com Deus se deu aos trinta e cinco anos em 1738. Geralmente um pastor prega em média cem vezes ao ano Wesley pregou 780 vezes, por ano durante 54 anos. As igrejas lhes fecharam as portas, razão de suas pregações acontecerem ao ar livre. Multidões ouviram o evangelho transformador e gritavam angustiadas e tristes devido aos pecados. A classe alta materialista se apavorava Voltaire gritou na hora da morte, pois teve a convicção de ter se encontrado com Deus.

Wesley por vezes tinha algumas visões que o deixava como morto, mesmo assim ele teve muitas perseguições. Apedrejaram-no bateram em seu rosto até ficar ensangüentado. A perseguição vinha de fora e também da igreja decadente. Mas para ele a importância de pregar a Palavra estava em primeiro lugar. Durante seus cinqüenta e quatro anos de ministério andou cerca de 7 mil quilômetros por ano, para alcançar os locais de cultos leu em torno de 1200 livros, a maioria enquanto andava a cavalo. Escreveu uma gramática hebraica e outra em Latim e varias em Frances e inglês, durante muitos anos foi o relator de um jornal. Compilou um dicionário, comentou o Novo Testamento, revisou uma biblioteca de cinqüenta volumes e os reduziu para trinta volumes.

Escreveu um livro sobre filosofia natural, escreveu sobre a história da igreja, historia de Roma e sobre a Inglaterra. Ainda escreveu sobre a medicina, sobre a musica para os cultos, ele e seu irmão Carlos Wesley escreveram e publicaram 54 hinários. Aos 88 anos dizia não se sentir velho, tinha ainda vigor e enxergava bem, mas foi nesse mesmo ano que o Senhor o chamou para o descanso Eterno.

OBRAS CONSULTADAS
OLIVEIRA, Raimundo Ferreira de – Historia da Igreja – 2ª Ed. EETAD, Campinas SP
BOYER, Orlando – Heróis da Fé – CPAD – 4ª Ed 1987, RJ

Portal Escola Dominical  – Pr. Jair Rodrigues

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - O Derramamento do Espírito Santo - Juvenis.

 

Lição 8 - O Derramamento do Espírito Santo 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A GRANDEZA DA PROMESSA PENTECOSTAL NO ANTIGO TESTAMENTO
2. A UNIVERSALIDADE DA PROMESSA PENTECOSTAL EM O NOVO TESTAMENTO
3. UMA PROMESSA PARA HOJE

OBJETIVOS
Mostrar a grandeza da promessa Pentecostal;
Reconhecer a universalidade da promessa Pentecostal;
Defender a atualidade da promessa Pentecostal.

Querido (a) professor (a), é muito importante que seus alunos não apenas conheçam a promessa de derramamento de poder do Espírito Santo (At 1.8), como saibam também que esta é para os dias de hoje, para cada um deles, assim como para todos que professarem sua fé em Cristo como único Senhor e Salvador. 

Esta próxima aula visa esclarecer e enfatizar exatamente esta doutrina, tão crucial, sobretudo em nossos dias. 

A invasão de um racionalismo cristão no seio da igreja moderna tem engessado a manifestação dos dons espirituais. Muitos pentecostais estão tomando o mesmo caminho de nossos opositores, por abandono das origens pentecostais da igreja e por comodismo bíblico. Nunca os dons espirituais fizeram-se tão necessários quanto hoje.

Num século de enganos e falsificações espirituais, os dons do Espírito não podem ser relegados ao passado, porque esses dons ajudam-nos a diferenciar a verdade da mentira, o falso do verdadeiro.

Na Igreja Primitiva, havia reverencia e temor e, por isso, os dons eram abundantes (At 2.43). Hoje, a irreverência, a incredulidade acerca dos dons, a falta de oração e da leitura da Palavra de Deus são impedimentos das legítimas manifestações espirituais e, pior ainda, deturpam e geram confusão e desordem no seio da igreja (1 Co 14).

No texto de 1 Coríntios 12.31, o apóstolo Paulo declara que a obtenção dos dons requer do crente a necessidade da busca, da procura. Por isso, ele usa o verbo “procurar” no imperativo, quando diz: “procurai com zelo os melhores dons”. Esse imperativo não se restringe àquela geração, mas tem o sentido de continuar a procurar até obter. Por isso, os dons espirituais são importantes e necessários nos dias presentes. Quando o apóstolo estimula a busca “dos melhores dons”, ele o faz pensando naqueles dons que mais contribuem para a edificação da Igreja. Essa busca pessoal pelos melhores dons depende, sem dúvida, do conhecimento prévio do Espírito Santo acerca de quem o busca, se está apto ou não a exercitá-lo na vida da Igreja. (CABRAL, Elienai. Movimento Pentecostal. As doutrinas da nossa fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.43)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - A Sunamita: Quando a Fé faz a diferença em atitudes - Jovens.

 

Lição 8 - A Sunamita: Quando a Fé faz a diferença em atitudes 

4º Trimestre de 2020 - 22/11/2020

INTRODUÇÃO

A história de homens e mulheres de Deus é narrada na Bíblia de diversas formas. Mesmo em lugares onde existe uma aparente impiedade, o Senhor dá o seu testemunho na vida de pessoas que foram usadas ou abençoadas por Ele. O período em que a sunamita viveu foi o da monarquia, no Reino do Norte. Não era efetivamente um dos períodos que poderíamos destacar como sendo de profunda devoção nacional a Deus. O Reino do Norte viu surgir profetas como Elias e Eliseu, homens que foram usados pelo Eterno de forma poderosa, pois era um reino que também tinha pessoas do naipe de Acabe e Jezabel. No Reino do Norte, também havia pessoas aparentemente anônimas, cujas ações foram agradáveis aos olhos de Deus e que colocaram a fé e a generosidade como práticas pessoais, sendo, posteriormente, abençoadas por isso. Neste capítulo, trataremos de uma mulher de Suném, a quem a Bíblia chama de sunamita. A narrativa da sua trajetória na Bíblia é curta, porém impressionante o suficiente para fazer-nos pensar que boas ações trazem boas recompensas e que Deus pode fazer além do que pedimos ou pensamos.

I – A MULHER QUE VIVIA EM SUNÉM 

Suném era uma localidade situada no território destinado à tribo de Issacar, no sul da Galileia e ao norte de Samaria. Levando em conta que essa localidade era próxima a Jezreel, pode-se entender que Suném não estava distante dos acontecimentos que antecederam o ministério de Eliseu. É provável que Suném fosse um lugar que tivesse espaço para a permanência de grupos grandes de pessoas, pois, no reinado de Saul, após a morte de Samuel, os filisteus acamparam-se em Suném para atacar os hebreus naquela que seria a última guerra em que Saul participaria antes de tirar a própria vida. No aspecto religioso, poucos anos antes do ministério de Eliseu, Acabe reinava em Israel, Reino do Norte, e implantou com Jezabel a adoração a Baal nos costumes do povo. Os embates de Elias contra os pecados do rei Acabe e Jezabel mostram a supremacia do Deus verdadeiro sobre os que se diziam deuses. Ainda assim, com tantos sinais, até à vinda do cativeiro assírio, reis ímpios revezavam-se no governo do povo de Deus.

Em nossos dias, dado à necessidade cada vez mais constante de privacidade, pessoas que se deslocam de um lugar para outro mais distante prezam por ficar em hotéis. Eles geralmente são seguros, oferecem um isolamento mínimo, comida, conforto e uma noite de descanso. Em outros tempos, ficar na casa de famílias também era usual, mas esse costume tem sido menos incentivado na atualidade. De qualquer forma, em casas familiares ou em hotéis, viajantes acham abrigo para descansar. Não há o registro de que houvesse uma estalagem ou outro meio em que um viajante pudesse parar para alimentar-se e descansar naquela localidade. Eliseu, como profeta, deveria ter de percorrer diversos lugares, e o convite para comer pão na casa da sunamita foi bem-vindo como um momento de descanso e comunhão. Viagens costumam ser cansativas e, nos tempos antigos, também eram demoradas e desgastantes. A Sunamita – Quando a Fé Faz a Diferença em Atitudes | 93 Eliseu teve tempo para comer e usufruir da hospitalidade daquele lar. Isso nos mostra que também é necessário ter espiritualidade para fazer vínculos de amizades que agradem ao Senhor: “[...] e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão” (2 Rs 4.8). A casa da sunamita tornou-se um refúgio para o profeta sempre que ele passava naquela região. 3. Um Santo Homem de Deus De alguma forma, a santidade de Deus na vida do profeta havia sido expressa, e isso faz a diferença. Eliseu, pelo relato, somente comia pão na casa daquela mulher, não havendo registros de profecias ou milagres nessa parte do texto. Ao que nos parece, a santidade vista no profeta está mais associada à maneira como ele mantinha a sua postura. A verdadeira santidade é vista no convívio de pessoas santas com outras pessoas. Pessoas santas refletem a sua comunhão com Deus para outras pessoas. A Palavra de Deus não nos diz que Eliseu trouxe alguma profecia àquela casa inicialmente, mas diz que ele foi considerado um homem santo. A santidade de Deus na vida de Eliseu não o impediu de interagir com a família da sunamita ou de alimentar-se na casa dela. Santidade não é isolamento. Eliseu era um homem simples, não era dado ao luxo e nem se aproveitava da sua posição de profeta para lucrar com as coisas de Deus. Ele nunca vendeu uma profecia para ter bens, ou roupas caras, ou propriedades. O seu ministério foi impecável. E, desse mesmo jeito, ele portou-se como um santo homem de Deus.

II – MILAGRE E ADVERSIDADE 

Estendendo a sua prática de hospitalidade, a sunamita e o seu esposo constroem um cômodo onde o profeta poderia descansar. Tal narração na Bíblia mostra que as decisões daquele lar eram tomadas com base no diálogo (2 Rs 4.9,10). Quando há diálogo no lar, as ações são tomadas em consenso. Um quarto foi construído, servindo de refúgio para o homem de Deus. Dentro do local, havia utensílios simples, mas que trariam conforto ao ilustre viajante. O quarto ficava dentro da propriedade, do lado do muro, trazendo certa privacidade ao profeta. A Sunamita – Quando a Fé Faz a Diferença em Atitudes | 95 Tal atitude foi tão nobre que Eliseu quis saber o que ele poderia fazer por ela. Nada mais natural para o homem de Deus, pois aquele casal não pediu nada em troca pela generosidade oferecida.

A generosidade da sunamita trouxe ao profeta Eliseu o desejo de retribuição. Nenhuma pessoa é tão abastada que não precise de nada. O homem de Deus perguntou a ela se havia algum favor que ela gostaria de receber do rei ou do chefe do exército, pois o profeta poderia interceder por ela às autoridades. Sendo abastada, a sunamita entendeu que não precisava de nada da parte do profeta. Ela não o acolheu esperando receber retribuição alguma e, quando questionada por Eliseu sobre que tipo de benefício ela gostaria de receber, respondeu simplesmente que habitava no meio do seu povo — uma forma de dizer que não tinha falta de nada. Entretanto, o lar da sunamita não tinha uma criança, e quem reparou isso foi Geazi, moço de Eliseu. Nem mesmo o profeta percebeu aquela situação. Na cultura judaica, crianças sempre foram vistas como “herança do Senhor”. Na perspectiva do Antigo Testamento, aquela casa não estava completa. Uma casa sem crianças era um lar onde Deus não havia pousado a sua mão, abrindo o ventre para receber a chegada de uma “herança”. Então, o profeta diz àquela mulher que “segundo o tempo da vida, abraçarás um filho” (2 Rs 4.16). A surpresa na declaração do profeta gera uma expectativa na sunamita, que, decorrido o prazo, teve um menino. Se faltava algo naquela casa, agora não faltava nada. Passado o tempo da gestação, conforme a palavra de Eliseu, nasceu um menino, trazendo alegria àquela casa. O Senhor surpreendeu aquela família, completando o lar com uma criança. Isso pode parecer estranho em dias como os nossos, em que há um clamor de certos ramos da sociedade para dar permissão à mulher dar cabo da vida de crianças que ainda não nasceram. Deus valoriza a vida, e o presente que Ele deu para a sunamita foi um filho.

O Filho Morre Passado algum tempo e tendo o menino já se desenvolvido e crescido, aquela família passou por um drama terrível: o menino sentiu uma dor de cabeça e, em seguida, morreu. Como em nossos dias, a perda de um filho é sempre traumática, sendo sempre pior para os pais. Apesar de não gostarmos de lidar com esse 96 | Os Bons e Maus Exemplos assunto, a ordem natural da vida é que os pais passem para a eternidade e, depois, os filhos. Espera-se que os pais envelheçam e terminem os seus dias com uma idade avançada. Quando essa ordem é rompida, há um processo doloroso de sentimento de perda. A sunamita passou por essa situação com um agravante: ela perdeu o único filho que tinha. Há quem creia que pais que perderam um filho sentiram uma profunda dor, mas que tal infortúnio foi atenuado pela presença de outros filhos que permaneceram vivos na família. Esse, porém, não foi o caso da sunamita. O filho único que ela teve, dado por Deus, havia sido levado pela morte.

III – A AÇÃO DE DEUS NA VIDA DA SUNAMITA 

Profetas são descritos na Bíblia como pessoas a quem o Senhor revelava informações necessárias. Todavia, nem sempre Deus fala tudo com os profetas. A sunamita dirigiu-se para falar com Eliseu, o homem santo de Deus. O filho dela estava morto. Ele precisava saber da dor daquela mulher e intervir de forma sobrenatural (ver 2 Rs 4.27). Essa é uma narrativa singular, pois o sucessor de Elias, Eliseu, não tinha recebido qualquer revelação do Eterno sobre o que estava acontecendo com a sunamita. Todavia, aqui há um motivo: Deus queria que o profeta fosse à casa dela para que pudesse ver o que estava acontecendo e saber quais medidas deveria tomar. Quando o Senhor fica calado acerca de alguma circunstância, é necessário termos o devido tato para saber o que está acontecendo. Há coisas que Deus espera que saibamos por meios naturais. Eliseu precisou ir à casa da sunamita para saber que o filho dela estava morto e, lá chegando, foi canal de um milagre para aquela família. 

Da mesma forma como a sunamita foi generosa com o profeta, construindo-lhe um quarto para descansar e colocando nele uma cama (2 Rs 4.10), Deus foi generoso para com ela, pois a ressurreição do seu filho ocorreu no mesmo quarto que foi construído para abrigar o profeta, na cama em que o corpo do menino havia sido colocado. A ressurreição é uma verdadeira quebra da ordem natural pós-Éden. Não fomos criados por Deus para morrer, mas, por causa do pecado, fomos sujeitos à morte, e até que possamos ressuscitar no grande dia em que Cristo voltar, veremos pessoas que amamos sendo recolhidas. O profeta entrou no seu quarto, onde estava o corpo do menino, e orou. Ele não tinha poder sobre a morte, mas sabia que Deus tem. O homem de Deus, após ter orado, agiu: deitou-se sobre ele, e o calor do seu corpo aqueceu o corpo do menino. Deus, então, traz de volta aquela criança para o convívio com os seus pais.

“Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito. E sucedeu que, contando ele ao rei como vivificara a um morto, eis que a mulher cujo filho vivificara clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho, a quem Eliseu vivificou. E o rei perguntou à mulher, e ela lho contou; então, o rei lhe deu um eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu e todas as rendas das terras, desde o dia em que deixou a terra até agora.” (2 Rs 8.4-6) 

Eliseu, passados vários acontecimentos, disse à sunamita que o Senhor havia chamado para a terra um período de fome e que ela deveria mudar-se daquele lugar com a sua família e retornar em outro momento. Passados sete anos, ela retornou ao Reino do Norte e precisou dirigir-se ao rei para pedir as suas terras de volta. Na sua ausência, as suas propriedades foram tomadas, e ela queria-as de volta. Como o rei não a conhecia e estava conversando com Geazi, moço de Eliseu, ouviu que o profeta havia ressuscitado o filho de uma mulher. Naquele momento, ela clamou ao rei, e este foi informado de que aquela mulher e o seu filho eram as pessoas que Eliseu, pelo seu ministério, havia abençoado. Então, o monarca ordenou que as suas terras e a renda dessas terras fossem devolvidas àquela família. Esse foi o resultado de uma atitude generosa daquela mulher para com o homem de Deus. 

CONCLUSÃO 

A história da sunamita coloca-nos diante de algumas verdades fundamentais: 

• Recursos dados por Deus devem ser usados com generosidade e misericórdia. A sunamita mostra-nos que podemos usar nossos recursos para fazer a diferença na vida de outras pessoas. O que ela e o seu marido possuíam foram usadas para abençoar um homem de Deus, e, por meio dessa postura, ela e o seu esposo foram grandemente abençoados. 

• A sua história também nos fala que há momentos em que o Senhor permite-nos passar por situações adversas, mas que Ele sempre terá uma solução. O filho da sunamita faleceu, mas foi trazido de volta à vida pelo profeta que ela e o seu esposo abençoaram anteriormente. Em alguns casos, aqueles que abençoamos tornam-se nossos abençoadores depois. 

• Por fim, mostra que nossas ações em benefício de outras pessoas, desde que seja de forma sincera, são aprovadas por Deus e que Ele retribui-nos no devido tempo. Quando foi necessário, houve um testemunho em favor da sunamita e o seu filho, de tal forma que as suas posses foram restauradas após o período da fome. O Senhor não se cansa de abençoar aqueles que têm um coração abençoador.