Lição
12
17 de Junho de 2012.
O
JUIZO FINAL
TEXTO
ÁUREO
“Mas, quanto
aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua
parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap
21.8).
VERDADE
PRÁTICA
Deus é amor,
mas não permitirá que nenhum pecador impenitente fique impune.
INTERAÇÃO
Chegará o dia, onde os homens da
terra comparecerão diante do Trono Branco. Cristo se assentará como o Supremo
Juiz e, junto à Igreja, julgará a humanidade. É importante realçar que a figura
do Trono Branco simboliza a Santidade e a justiça do Divino Juiz no julgamento
final. Enquanto os salvos deleitar-se-ão no Senhor e reinarão com Cristo,
aqueles que não foram achados seus nomes escritos no livro da vida,
atormentar-se-ão eternamente. Nesta lição, veremos que da mesma forma como o céu é um lugar, o inferno também possui a
dimensão geográfica da eternidade.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
Definir o juízo final.
Compreender o sistema do julgamento divino e
seus personagens.
Conscientizar-se de que o Juízo Final é uma doutrina
fundamental da Escrituras.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Caro professor, você sabe o que
significa a palavra inferno? Qual a importância dessa pergunta? N o exercício
da tradução da Bíblia, há limites de caráter semântico nativo imposto pelo
idioma original a ser traduzido. Nem sempre encontramos palavras da língua
nativa que expresse a plenitude semântica do termo original. A palavra inferno
é um belo exemplo dessa complexidade. Introduza o tópico V explicando aos
alunos que os termos originais para “inferno” nas escrituras, são: Sheol,
Hades, Tártaro e Geena. Com o auxílio do subsídio bibliográfico I explique que o
termo inferno, a que se refere o tópico V da lição, remete-se ao Hades, ou
seja, a morada dos mortos.
INTRODUÇÃO
Embora fosse o responsável direto
pelo assassinato de seis milhões de judeus, Adolf Hitler não foi levado a
julgamento. Ele preferiu suicidar-se a comparecer ante o tribunal internacional
de justiça, que seria instalado na cidade de Nuremberg, em 20 de Novembro de 1945. A esse julgamento,
que durou até o dia primeiro de Outubro de 1946, foi submetido seus principais
assessores. Uns foram enforcados, outros condenados à prisão perpétua e ainda
outros tiveram de amargar várias décadas em penitenciárias especiais.
Hitler escapou à justiça humana. Mas
não haverá de fugir ao Juízo Final. Tanto ele, quanto o mais anônimo dos
ímpios, comparecerão ante o Trono Branco, para serem julgados por um tribunal
isento de casuísmos. Quanto à Igreja, estará ao lado de Cristo, para administrar a justiça divina, inclusive aos
anjos caídos.
JUIZO
Ato, processo ou efeito de Julgar
I. O QUE É O JUÍZO FINAL?
Não há ser humano que não se preocupe
com o seu destino eterno. O Juízo Final é uma verdade teológica reconhecida
pelas mais diversas culturas.
1. O Juízo Final. Denomina-se assim o julgamento que o
Senhor Deus conduzirá no final dos tempos, para retribuir a cada um consoante
às suas obras (2º Tm 4.1; Ap 20.12).
2. As bases do Juízo Final. A base primordial do Juízo Final é a justiça perfeita e inquestionável
de Deus (Dt 32.4; Sl 7.11; Ap 16.7).
3. A ocasião do Juízo Final. Deus instaurará o Juízo Final logo após a última
apostasia da humanidade, no final do Milênio (Ap 20.7-10).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às
obras dos homens chama-se Juízo Final.
II. O
JULGAMENTO DA BESTA, DO FALSO PROFETA E DO DRAGÃO.
Antes da instauração do Juízo Final,
Deus julgará e sentenciará sumariamente três personagens: a Besta, o Falso
Profeta e o Dragão. Os dois primeiros haverão de inaugurar o lago que arde com
fogo e enxofre.
1. O Juízo sobre a
Besta. O Anticristo será tão maléfico
à humanidade, que o Senhor o lançará no lago de fogo mil anos antes do
Juízo Final (Ap 19.20). Repulsivo e abominável não terá direito sequer ao
último julgamento. Dessa forma, o Senhor destruirá por completo o sistema
político deste mundo, para implantar o governo milenial.
2. O Juízo sobre o
Falso Profeta.
Destino semelhante terá o Falso Profeta que, com os seus prodígios e
sinais mentirosos, deu todo o apoio ao Anticristo (Ap 19.20). Com ele
haverá de cair os ídolos e os falsos deuses que, desde o Gênesis, vêm
afrontando ao Deus Único e Verdadeiro.
3. O Juízo sobre o
Dragão.
Terminada a Septuagésima Semana de Daniel, conhecida também como a Grande
Tribulação, Deus aprisionará o Dragão. E este será detido por mil anos (
Ap 20.2). Ele é a antiga serpente, é o Diabo. No final do Milênio, Satanás
será temporariamente solto. E sairá a seduzir as nações.
Inexplicavelmente, muitos povos o seguirão. Nesse ponto, obrigamo-nos a
perguntar: Como o ser humano poderá recusar um governo tão perfeito como o
de Cristo? Um governo que proporcionará justiça, segurança e bem-estar
social a todos? O Milênio, por conseguinte, será a última aventura humana
antes da instauração do Juízo Final e do Perfeito Estado Eterno: A
Jerusalém Celeste.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a
Besta, o Falso Profeta e o Dragão.
O Juízo Final terá como símbolo o
Trono Branco. Será o mais perfeito e justo de todos os julgamentos. E sobre ele
assentar-se-á o mais reto dos Juízes.
1. O Trono Branco. Nas Sagradas Escrituras, o branco é o símbolo da justiça divina (Ap
19.8). O Juízo Final, pois, simbolizado pelo Trono Branco, será de tal
forma processado, que nele não haverá qualquer falha ou deslize. Será
irretorquível (Sl 19.9).
2. Os Tronos dos
Justos. Além
do Trono Branco, onde se assentará o Todo Poderoso, tendo ao seu lado o
Cordeiro, muitos outros Tronos serão instalados. E nestes estarão os
redimidos de todas as eras (Ap 20.4). Milhões e milhões de tronos! Lá nos
acharemos, inclusive, para julgar os anjos caídos (1 Cor 6.3).
3. O Supremo Juiz. O Senhor Deus é o Juiz de toda a terra (Gn 18.25). Ele é o Juiz de
vivos e de mortos (At 10.42). Sua competência é inquestionável (1 Pe 4.5).
Enfim, o Senhor é um justo Juiz (Sl 119.137). Somente alguém com tais
características poderiam conduzir o Juízo Final.
4. Os livros do Juízo
Final. Escreve o Evangelista que, no
Juízo Final, muitos livros serão abertos: “E abriram-se os livros. E
abriu-se outro livro, que é o da vida” (Ap 20.12). Nesses livros, acha-se
escrita fidedignamente a história da humanidade. Nenhum registro é
alterado. Todas as obras humanas acham-se neles anotadas. Entre esses
volumes e rolos, encontram-se também as Sagradas Escrituras, pois será com
base nelas que há de se processar o Juízo Final.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Na instauração do
Juízo Final teremos os seguintes símbolos: O Trono Branco, os tronos dos
justos, o Supremo Juiz e os livros do Juízo.
Os mortos, grandes e pequenos,
estarão diante do Trono Branco. Já imaginou o julgamento de bilhões de seres
humanos? E cada um destes será tratado individual e personalizadamente. Diz o
texto sagrado: “E foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).
1. A segunda
ressurreição. Dar-se-á
logo após o milênio, trazendo novamente à vida os ímpios e pecadores de
todas as eras (Ap 20.12). A primeira ressurreição acontecerá mil anos
antes, no término da Grande Tribulação e contemplará os mártires desse
período (Ap 20.1-6).
2. Os mortos da segunda ressurreição. Do homicida Caim ao último dos
pecadores, todos lá estarão. Nero, Calígula, Hitler. Também lá estarão os
pecadores anônimos que, agarrados à justiça própria, rejeitaram a graça de
Deus. Os que morrerem durante o Milênio de igual modo se farão presentes.
Os inscritos no livro da Vida tornarão a viver para tomar parte nas
bem-aventuranças da Jerusalém Celeste (Ap 20.4-6,15).
3. A segunda morte. O horror da segunda morte não
está propriamente no lago de fogo, mas na separação definitiva e eterna de
Deus. Os ímpios serão lançados nesse lugar de tormentos, localizados nas
trevas exteriores (Mt 25.30). É um castigo real num lugar real. Jamais
terá fim.
SINOPSE DO TÓPICO (4)
No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do
Trono Branco.
Finalmente, serão julgados a morte e
o inferno. Embora não sejam pessoas, simbolizam os dois grandes castigos que
recaíram sobre os filhos de Adão: a experiência física terminal e a penalidade
eterna.
1. O Juízo sobre a
morte. Afirma
o apóstolo Paulo que o último inimigo a ser aniquilado é a morte (1Cor
15.26). Os justos nunca mais experimentarão a morte, por que viverão
eternamente ao lado do Senhor. Assim, poderemos cantar: “Tragada foi a morte na vitória”
(1Cor 15.54). Ela também será lançada no lago de fogo (Ap 20.14).
2. O Juízo sobre o inferno. O inferno não é um estado de
espírito. É um lugar real (Lc 16.23). Mas está com os seus dias contados.
É o que diz o Evangelista: “E a morte e o inferno foram lançados no lago
de fogo. Esta é a segunda morte” (Ap 20.14). O inferno será lançado no
inferno. Assim, o Senhor aniquilará todas as maldições que, desde Adão e
Eva, infelicitam a raça humana.
SINOPSE DO TÓPICO (5)
Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados.
Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade.
CONCLUSÃO
No lago de fogo, não serão lançados
apenas os genocidas como Nero e Hitler. Adúlteros e mentirosos também sofrerão
as penalidades eternas, conforme adverte a Palavra de Deus: “Mas, quanto aos
tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua
parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap
21.). Infelizmente, tais pecados acham-se também entre os que invocam o nome de
Deus. É hora de buscarmos ao Senhor. Sua advertência e grave e urgente: “Quem é
injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo
faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda” (Ap 22.11).
Santidade ao Senhor!
REFLEXÃO
“Na Bíblia, Deus é visto como justo Juiz. Ele pronunciou
juízos nos tempos antigos, contra Israel e também contra as nações. No fim
desta era, Ele continuará sendo o justo Juiz, só que esse juízo será realizado
através de Cristo seu Filho. (Stanley M. Horton)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliográfico
“inferno
O inferno, no sentido de um lugar
para futuro castigo, certamente é ensinado de uma maneira distinta na Bíblia.
Embora a doutrina não seja tão claramente expressa no Antigo Testamento quanto
o é no Novo Testamento [...]. [Há nas Escrituras] [...] quatro palavras
traduzidas como “inferno” são [elas]:
1. Sheol. [...] No Antigo Testamento, Sheol é usada para sepultura (Jó 17.13; Sl
16.10; Is 38.10) e para o lugar dos mortos, tanto bons (Gn 37.35; Jó 14.13; Sl
6.5; Ec 9.10) quanto aos maus (Sl 55.15; Pv 9.18).
2. Hades. [É] a palavra grega que mais se aproxima de Sheol e o nome
do deus grego do submundo. [...] Hades [...] é o lugar dos maus (Lc 16.23).
[...] Hades é a tradução de Sheol em Salmos 16.10 e refere-se simplesmente ao
sepulcro ou à morte. Nas passagens de Apocalipse, Hades parece estar
personificado como um sinônimo da morte em relação ao seu poder sobre os homens,
provavelmente seguindo a metáfora de Mateus 16.18.
3. Geena. [Refere-se a] um lugar onde havia fogo constante, um símbolo
dos espíritos perdidos atormentados [...] (Mt 5.22; 29,30; 10.28; Mc 9.43, 45,
47; Lc 12.5; Tg 3.6).
4. Tartaroo. Um verbo grego que significa “enviar Tártaro”, encontrado
somente em 2 Pedro 2.4. Os gregos viam Tártaro como um lugar subterrâneo,
inferior ao Hades, onde a punição divina era infligida” ( Dicionário Bíblico
Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 968,69).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE.
4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. HORTON, Stanley M. Apocalipse: As
coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
LAHAYE, TIM; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.
Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
A Nova Jerusalém!!
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