quarta-feira, 13 de junho de 2012

LIÇÃO 12 - 2º Trim. 2012 - O JUÍZO FINAL.


Lição 12

17 de Junho de 2012.

O JUIZO FINAL 

TEXTO ÁUREO

“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap 21.8). 


VERDADE PRÁTICA

Deus é amor, mas não permitirá que nenhum pecador impenitente fique impune. 

INTERAÇÃO 

Chegará o dia, onde os homens da terra comparecerão diante do Trono Branco. Cristo se assentará como o Supremo Juiz e, junto à Igreja, julgará a humanidade. É importante realçar que a figura do Trono Branco simboliza a Santidade e a justiça do Divino Juiz no julgamento final. Enquanto os salvos deleitar-se-ão no Senhor e reinarão com Cristo, aqueles que não foram achados seus nomes escritos no livro da vida, atormentar-se-ão eternamente. Nesta lição, veremos que da mesma forma como o céu é um lugar, o inferno também possui a dimensão geográfica da eternidade. 

OBJETIVOS 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Definir o juízo final.

Compreender o sistema do julgamento divino e seus personagens.

Conscientizar-se de que o Juízo Final é uma doutrina fundamental da Escrituras. 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Caro professor, você sabe o que significa a palavra inferno? Qual a importância dessa pergunta? N o exercício da tradução da Bíblia, há limites de caráter semântico nativo imposto pelo idioma original a ser traduzido. Nem sempre encontramos palavras da língua nativa que expresse a plenitude semântica do termo original. A palavra inferno é um belo exemplo dessa complexidade. Introduza o tópico V explicando aos alunos que os termos originais para “inferno” nas escrituras, são: Sheol, Hades, Tártaro e Geena. Com o auxílio do subsídio bibliográfico I explique que o termo inferno, a que se refere o tópico V da lição, remete-se ao Hades, ou seja, a morada dos mortos. 

INTRODUÇÃO 

Embora fosse o responsável direto pelo assassinato de seis milhões de judeus, Adolf Hitler não foi levado a julgamento. Ele preferiu suicidar-se a comparecer ante o tribunal internacional de justiça, que seria instalado na cidade de Nuremberg, em 20 de Novembro de 1945. A esse julgamento, que durou até o dia primeiro de Outubro de 1946, foi submetido seus principais assessores. Uns foram enforcados, outros condenados à prisão perpétua e ainda outros tiveram de amargar várias décadas em penitenciárias especiais.

Hitler escapou à justiça humana. Mas não haverá de fugir ao Juízo Final. Tanto ele, quanto o mais anônimo dos ímpios, comparecerão ante o Trono Branco, para serem julgados por um tribunal isento de casuísmos. Quanto à Igreja, estará ao lado de Cristo, para administrar a justiça divina, inclusive aos anjos caídos.
PALAVRA CHAVE
JUIZO
Ato, processo ou efeito de Julgar

I. O QUE É O JUÍZO FINAL?

Não há ser humano que não se preocupe com o seu destino eterno. O Juízo Final é uma verdade teológica reconhecida pelas mais diversas culturas.

1.    O Juízo Final. Denomina-se assim o julgamento que o Senhor Deus conduzirá no final dos tempos, para retribuir a cada um consoante às suas obras (2º Tm 4.1; Ap 20.12).
2.    As bases do Juízo Final. A base primordial do Juízo Final é a justiça perfeita e inquestionável de Deus (Dt 32.4; Sl 7.11; Ap 16.7).

3.    A ocasião do Juízo Final. Deus instaurará o Juízo Final logo após a última apostasia da humanidade, no final do Milênio (Ap 20.7-10).  

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final. 

II. O JULGAMENTO DA BESTA, DO FALSO PROFETA E DO DRAGÃO.

Antes da instauração do Juízo Final, Deus julgará e sentenciará sumariamente três personagens: a Besta, o Falso Profeta e o Dragão. Os dois primeiros haverão de inaugurar o lago que arde com fogo e enxofre.

1. O Juízo sobre a Besta. O Anticristo será tão maléfico à humanidade, que o Senhor o lançará no lago de fogo mil anos antes do Juízo Final (Ap 19.20). Repulsivo e abominável não terá direito sequer ao último julgamento. Dessa forma, o Senhor destruirá por completo o sistema político deste mundo, para implantar o governo milenial.
2. O Juízo sobre o Falso Profeta. Destino semelhante terá o Falso Profeta que, com os seus prodígios e sinais mentirosos, deu todo o apoio ao Anticristo (Ap 19.20). Com ele haverá de cair os ídolos e os falsos deuses que, desde o Gênesis, vêm afrontando ao Deus Único e Verdadeiro.

3. O Juízo sobre o Dragão. Terminada a Septuagésima Semana de Daniel, conhecida também como a Grande Tribulação, Deus aprisionará o Dragão. E este será detido por mil anos ( Ap 20.2). Ele é a antiga serpente, é o Diabo. No final do Milênio, Satanás será temporariamente solto. E sairá a seduzir as nações. Inexplicavelmente, muitos povos o seguirão. Nesse ponto, obrigamo-nos a perguntar: Como o ser humano poderá recusar um governo tão perfeito como o de Cristo? Um governo que proporcionará justiça, segurança e bem-estar social a todos? O Milênio, por conseguinte, será a última aventura humana antes da instauração do Juízo Final e do Perfeito Estado Eterno: A Jerusalém Celeste. 
SINOPSE DO TÓPICO (2)

Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.  

III. A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO. 

O Juízo Final terá como símbolo o Trono Branco. Será o mais perfeito e justo de todos os julgamentos. E sobre ele assentar-se-á o mais reto dos Juízes.
1. O Trono Branco. Nas Sagradas Escrituras, o branco é o símbolo da justiça divina (Ap 19.8). O Juízo Final, pois, simbolizado pelo Trono Branco, será de tal forma processado, que nele não haverá qualquer falha ou deslize. Será irretorquível (Sl 19.9).
2. Os Tronos dos Justos. Além do Trono Branco, onde se assentará o Todo Poderoso, tendo ao seu lado o Cordeiro, muitos outros Tronos serão instalados. E nestes estarão os redimidos de todas as eras (Ap 20.4). Milhões e milhões de tronos! Lá nos acharemos, inclusive, para julgar os anjos caídos (1 Cor 6.3).
3. O Supremo Juiz. O Senhor Deus é o Juiz de toda a terra (Gn 18.25). Ele é o Juiz de vivos e de mortos (At 10.42). Sua competência é inquestionável (1 Pe 4.5). Enfim, o Senhor é um justo Juiz (Sl 119.137). Somente alguém com tais características poderiam conduzir o Juízo Final.
4. Os livros do Juízo Final. Escreve o Evangelista que, no Juízo Final, muitos livros serão abertos: “E abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida” (Ap 20.12). Nesses livros, acha-se escrita fidedignamente a história da humanidade. Nenhum registro é alterado. Todas as obras humanas acham-se neles anotadas. Entre esses volumes e rolos, encontram-se também as Sagradas Escrituras, pois será com base nelas que há de se processar o Juízo Final.
SINOPSE DO TÓPICO (3)

Na instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: O Trono Branco, os tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do Juízo.
IV. O JULGAMENTO DOS MORTOS.
 Lugar dos mortos antes da ressurreição de Cristo.
Os mortos, grandes e pequenos, estarão diante do Trono Branco. Já imaginou o julgamento de bilhões de seres humanos? E cada um destes será tratado individual e personalizadamente. Diz o texto sagrado: “E foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).

1. A segunda ressurreição. Dar-se-á logo após o milênio, trazendo novamente à vida os ímpios e pecadores de todas as eras (Ap 20.12). A primeira ressurreição acontecerá mil anos antes, no término da Grande Tribulação e contemplará os mártires desse período (Ap 20.1-6).
2. Os mortos da segunda ressurreição. Do homicida Caim ao último dos pecadores, todos lá estarão. Nero, Calígula, Hitler. Também lá estarão os pecadores anônimos que, agarrados à justiça própria, rejeitaram a graça de Deus. Os que morrerem durante o Milênio de igual modo se farão presentes. Os inscritos no livro da Vida tornarão a viver para tomar parte nas bem-aventuranças da Jerusalém Celeste (Ap 20.4-6,15).
3. A segunda morte. O horror da segunda morte não está propriamente no lago de fogo, mas na separação definitiva e eterna de Deus. Os ímpios serão lançados nesse lugar de tormentos, localizados nas trevas exteriores (Mt 25.30). É um castigo real num lugar real. Jamais terá fim.
SINOPSE DO TÓPICO (4)

No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.

V. O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO. 

Finalmente, serão julgados a morte e o inferno. Embora não sejam pessoas, simbolizam os dois grandes castigos que recaíram sobre os filhos de Adão: a experiência física terminal e a penalidade eterna.

1. O Juízo sobre a morte. Afirma o apóstolo Paulo que o último inimigo a ser aniquilado é a morte (1Cor 15.26). Os justos nunca mais experimentarão a morte, por que viverão eternamente ao lado do Senhor. Assim, poderemos cantar: “Tragada foi a morte na vitória” (1Cor 15.54). Ela também será lançada no lago de fogo (Ap 20.14).
2. O Juízo sobre o inferno. O inferno não é um estado de espírito. É um lugar real (Lc 16.23). Mas está com os seus dias contados. É o que diz o Evangelista: “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte” (Ap 20.14). O inferno será lançado no inferno. Assim, o Senhor aniquilará todas as maldições que, desde Adão e Eva, infelicitam a raça humana.
SINOPSE DO TÓPICO (5)

Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade. 

CONCLUSÃO

No lago de fogo, não serão lançados apenas os genocidas como Nero e Hitler. Adúlteros e mentirosos também sofrerão as penalidades eternas, conforme adverte a Palavra de Deus: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap 21.). Infelizmente, tais pecados acham-se também entre os que invocam o nome de Deus. É hora de buscarmos ao Senhor. Sua advertência e grave e urgente: “Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda” (Ap 22.11). Santidade ao Senhor! 

REFLEXÃO

“Na Bíblia, Deus é visto como justo Juiz. Ele pronunciou juízos nos tempos antigos, contra Israel e também contra as nações. No fim desta era, Ele continuará sendo o justo Juiz, só que esse juízo será realizado através de Cristo seu Filho. (Stanley M. Horton)  

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliográfico

“inferno 

O inferno, no sentido de um lugar para futuro castigo, certamente é ensinado de uma maneira distinta na Bíblia. Embora a doutrina não seja tão claramente expressa no Antigo Testamento quanto o é no Novo Testamento [...]. [Há nas Escrituras] [...] quatro palavras traduzidas como “inferno” são [elas]:
1. Sheol. [...] No Antigo Testamento, Sheol é usada para sepultura (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10) e para o lugar dos mortos, tanto bons (Gn 37.35; Jó 14.13; Sl 6.5; Ec 9.10) quanto aos maus (Sl 55.15; Pv 9.18).

2. Hades. [É] a palavra grega que mais se aproxima de Sheol e o nome do deus grego do submundo. [...] Hades [...] é o lugar dos maus (Lc 16.23). [...] Hades é a tradução de Sheol em Salmos 16.10 e refere-se simplesmente ao sepulcro ou à morte. Nas passagens de Apocalipse, Hades parece estar personificado como um sinônimo da morte em relação ao seu poder sobre os homens, provavelmente seguindo a metáfora de Mateus 16.18.

3. Geena. [Refere-se a] um lugar onde havia fogo constante, um símbolo dos espíritos perdidos atormentados [...] (Mt 5.22; 29,30; 10.28; Mc 9.43, 45, 47; Lc 12.5; Tg 3.6).

4. Tartaroo. Um verbo grego que significa “enviar Tártaro”, encontrado somente em 2 Pedro 2.4. Os gregos viam Tártaro como um lugar subterrâneo, inferior ao Hades, onde a punição divina era infligida” ( Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 968,69). 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE.

4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001. LAHAYE, TIM; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
A Nova Jerusalém!!








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