Lição 05
CONFLITOS NA FAMÍLIA
05 de maio de 2013
TEXTO ÁUREO
“Eu, porém, esperarei no SENHOR;
esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Mq 7.7).
VERDADE PRÁTICA
Se
buscarmos a graça de Deus e exercermos o amor que Ele nos concedeu, poderemos
resolver todos os conflitos que surgirem em nossa família.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Eu, porém,
esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá”
(Mq 7.7).
Nosso texto áureo está no
livro do profeta Miquéias capítulo 7. Miquéias lastima a corrupção da sociedade
em que vive. A violência e a imoralidade grassavam em Israel.
Poucos eram os piedosos
(v.2). O amor à família havia quase que desaparecido (v.6). Se realmente nos
dedicarmos ao Senhor e aos seus caminhos, também lastimaremos a iniquidade que
predomina nos dias de hoje. Intensificaremos a nossa intercessão, pedindo a
intervenção do Deus de nossa salvação (vv. 7-9).
“Eu, porém,
esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá”
(Mq 7.7). Em meio a
uma sociedade moralmente enferma, Miquéias coloca a sua fé em Deus e em suas
promessas.
Ele sabia que Deus o
sustentaria, e que haveria de executar o castigo contra toda a iniquidade,
fazendo a justiça triunfar (v. 9). Deus conclama os crentes em
Cristo a viverem, “no meio duma geração corrompida e perversa”, onde devem “resplandecer como
astros no mundo” (Fp 2.15).
Ainda que o mal aumente e a
sociedade se desintegre, oferecemos a salvação gratuita de Deus a todos quantos
nos ouvirem. Oremos e antegozemos o dia em Ele endireitará todas as coisas (vv.
15-20). (Bíblia de Estudo Pentecostal -
p. 1327).
RESUMO DA LIÇÃO 05
CONFLITOS
NA FAMÍLIA
I. DESENTENDIMENTOS ENTRE OS
CÔNJUGES
1.
Temperamentos diferentes.
2.
Fatores que trazem conflitos.
II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS
PAIS
1.
A mulher no mercado de trabalho.
2.
A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos.
III. MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1.
Educação prejudicada.
2.
Quem são os professores?
3.
Falta de estrutura espiritual e moral.
INTERAÇÃO
Foi no Éden que a família vivenciou seu primeiro e maior
conflito. A consequência desta desordem é sentida até hoje em todos os
lares. Porém, Deus não foi pego de surpresa com o pecado do homem e já
no Éden providenciou a solução para as famílias e para a iniquidade: Jesus
Cristo.
O Filho de Deus veio ao mundo como um bebê e experimentou a vida
familiar. Atualmente, em Jesus, as famílias podem resolver seus conflitos.
Com o amor verdadeiro no coração, que é resultado da graça
divina, poderemos não somente vencer, mas evitar as confusões. Para isto precisamos convidar Jesus a fazer do nosso lar sua
morada permanente. Que o Filho de Deus tenha a primazia em nossos lares.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Elencar alguns fatores que podem gerar
conflitos entre os cônjuges.
Analisar os resultados das atividades
profissionais dos pais.
Compreender
a importância da fidelidade conjugal no casamento.
COMENTÁRIO
PALAVRA
CHAVE
CONFLITO:
Embate, discussão
acompanhada de injúrias e ameaças; desavença.
introdução
Os conflitos familiares vêm de tempos imemoriais. No Éden, antes da Queda, havia um ambiente perfeito: harmônico e
amoroso. Mas o casal, ouvindo o tentador, perdeu a doce comunhão com
Deus, e a consequência não podia ser outra: o início de sérios conflitos
familiares. A boa nova para os nossos dias é saber da possibilidade, em
Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a família cristã.
I.
DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
1. Temperamentos diferentes. Dentre os vários motivos existentes para justificar os
desentendimentos entre os cônjuges, o que mais se destaca é o temperamento. Segundo os psicólogos, temperamento “é a combinação de
características inatas que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente,
afetam o nosso comportamento”.
De acordo com o conceito popular, podemos dizer que o
temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e
situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25.27). Mas, pelo amor, podemos (e devemos) vencer todas as nossas
diferenças, a fim de que tenhamos um casamento feliz (1Pe 4.8).
2. Fatores que trazem conflitos. Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis
alguns deles:
a) Falta de confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na plena
confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga com a verdade (1Co 13.6). Quando há amor entre o casal não há motivos para desconfianças
ou ciúmes (1Co 13.5b). Há quem pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Grande
engano! É loucura que pode, inclusive, colocar em risco a estabilidade
conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde o Espírito Santo se faz presente há perfeito amor, paz,
alegria e longanimidade, que é a paciência para se suportar as falhas alheias
(Gl 5.22). Uma das formas de demonstrarmos o fruto do Espírito é vista na
maneira como usamos nossas palavras, pois a palavra branda joga para longe o
furor.
Mas os conflitos entre os cônjuges suscitam ira, ódio e destruição
(Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus como
uma referência para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é manifesta
em obras de mansidão (Tg 3.13).
c) Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até
mesmo a terminar um relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em mais nada a não ser
nas dívidas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a Palavra de Deus e nada dever a ninguém
(Rm 13.8). Através de um planejamento eficiente, bom senso e autocontrole
podemos fugir das dívidas. Faça isso para o bem-estar da sua família (Pv 11.15;
22.7,26)!
d) Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem a
público inesperadamente (Lc 12.2). O casamento sofre um duro golpe, os filhos ficam sem direção e a
família transtorna-se. É imperativo que os cônjuges evitem, a todo o custo, o
envolvimento extraconjugal. Além de ser um grave pecado contra Deus, é uma ofensa contra o
cônjuge, filhos e filhas (ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra o cônjuge é
infidelidade contra Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Falta
de confiança, tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar
conflitos familiares.
II. ATIVIDADES
PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A mulher no mercado de trabalho. Devido às modernas demandas sociais, a mulher deixou de se
dedicar exclusivamente às funções domésticas, e passou também a exercer funções
em empresas e organizações diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em
atividades profissionais.
Mas essa mudança tem trazido sérias consequências. Há mais de uma década, para cada dez homens que morria de
infarto, apenas uma mulher sofria desse mal. Hoje, o número de mulheres que
morre desse mal subiu para quatro.
2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas convivem com pessoas que não têm a menor
capacitação para educá-las. Por outro lado, algumas crianças ficam o dia todo em frente da
“babá eletrônica”, a televisão, ou com a “mestra eletrônica”, a internet.
Ali, são “educadas” pelos heróis artificiais. As figuras do pai
e da mãe presentes estão cada vez mais escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na
adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
Os
pais podem trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da educação de seus
filhos. A educação dos filhos deve ser prioridade.
III. MÁ EDUCAÇÃO
DOS FILHOS
1. Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a Palavra de
Deus aos nossos filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6). Infelizmente, o excesso de ocupação dos pais relegou a educação
dos filhos às instituições educacionais.
Esperando que tais entidades construam o caráter dos seus
filhos, os pais ignoram a família como instituição responsável pela formação
espiritual e moral da criança. Muitos não acompanham a rotina escolar dos filhos e sequer a
filosofia pedagógica adotada pela instituição de ensino.
2. Quem são os professores? Infelizmente, são graves os prejuízos à nação na área
educacional. Os “mestres” das crianças, hoje, são os artistas e as empresas
de telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados diante
da TV, consumindo todo tipo de má educação.
Mas é raro vê-los nos cultos de oração e ensino da Palavra. Que a igreja local invista nos professores de Escola Dominical. Que os professores da Escola Dominical se preparem eficazmente
para o grande desafio de ensinar a Palavra de Deus num mundo que jaz no maligno
(Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o
inimigo número um do lar. É essencial que aqueles que constituem família convidem Jesus, o
maior educador de todos os tempos, a estar presente em seu lar.
É indispensável que os pais, com a assistência da Igreja, optem
por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo (Js 24.15). Realizemos o culto doméstico e, juntamente com os nossos filhos,
estudemos a Bíblia. Não nos esqueçamos: “Se o Senhor não edificar a casa, em
vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1).
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
A
ausência de Deus é o inimigo número um do lar. Jesus, o maior educador de todos
os tempos, precisa estar presente em nossos lares.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Sempre haverá conflitos nas relações familiares, mas a família
cristã precisa saber como contornar tais conflitos à luz da Palavra de Deus. Com o amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer,
mas igualmente evitar os conflitos. Basta ter a Jesus como o hóspede de nosso lar.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
ADEI, S. Seja o líder que sua família precisa.
1 ed., RJ: CPAD, 2009. GANGEl, K. O. & GANGEl, J. S. Aprenda a ser Pai com o Pai.
Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Devocional
“Zelo
Bíblico como Relacionamento
Nós acreditamos que o companheirismo permanece sendo o propósito
primário do casamento. Apesar de todas as coisas maravilhosas que Deus criou no
jardim do Éden, elas eram inadequadas para suprir as necessidades de Adão.
Nenhum dos animais, esplêndidos como devem ter sido antes da queda, podiam
oferecer uma companhia adequada para ele. Naquele momento o Senhor criou a
primeira família. Em Gênesis 2.18, Deus disse: ‘Não é bom que o homem esteja
só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja diante dele.’ Aqui está de novo —
paternidade segue a parceria. Paternidade depende de fidelidade. O papel
estratégico do relacionamento marido/esposa no casamento estabelece um ponto
central no alvo familiar. Tudo mais é secundário. Tudo o mais é inferior,
porque quando o companheirismo não funciona, a família não pode funcionar.
Nós, pais, permanecemos no pináculo estabelecido por Deus, em
nossa unidade familiar, por isso somos ao mesmo tempo gratos, temerosos e
esperançosos no que se refere a nossa tarefa de liderança e ao nosso zelo
divino (cuidado estabelecido pela aliança) por nossos relacionamentos no
casamento” (GANGEL, K. O. & GANGEL, J. S. Aprenda a ser pai com o Pai:
Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004, pp.72-3).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Bibliológico
“Esta passagem [Ef 5.19-21] tem sido deturpada e fica quase
irreconhecível em algumas interpretações. Muitas vezes ouço pessoas fazendo
malabarismos com essa passagem em favor daquele versículo que diz que as
esposas têm que se submeter aos seus maridos — que os homens são o cabeça da
casa. Mas pegar esse versículo isolado da passagem anterior destrói o
significado da Escritura. Nós podemos ser tentados a controlar os outros, para
transformá-los em alguma espécie de imagem que nós formamos. Mas este tipo de
intolerância não é o que Paulo está falando. A ideia de Paulo era que maridos e
esposas devem submeter-se mutuamente. Eles devem ser sensíveis às necessidades
um do outro e fazer o possível para alcançá-las. Eles precisam ver seus
cônjuges como distintos, como independentes deles, com necessidades peculiares,
e não devem controlar ou dominar o esposo, ou a esposa, ou dizer a eles como
devem viver. também não devem viver inteiramente separados do seu parceiro.
Paulo idealizou uma interação íntima e santa entre marido e mulher: ‘Assim
também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e
a mulher reverencie o marido’ (Ef 5.33)” (HAWKINS, D. 9 erros críticos que todo
casal comete: Identifique as armadilhas e descubra a ajuda de Deus. 3 ed., RJ:
CPAD, 2010, p.93).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Conflitos
na Família
A vida em sociedade nunca foi livre de conflitos, e o mesmo se
dá no lar. Nenhuma família está isenta de passar por situações em que seus
membros não apenas possuem opiniões diferentes, mas apresentam muitas vezes
reações emocionais extremas quando contrariados. Independente da existência de conflitos,
eles devem ser tratados de forma coerente, bíblica e, acima de tudo, de forma
que Deus seja honrado e a unidade da família seja preservada. Dentre as
diversas formas de conflitos na família, destacamos:
Brigas na família — Cada pessoa na família possui um
temperamento diferente. Temperamento e, em síntese, a forma com que reagimos
diante de situações e estímulos. Ainda que tenham temperamentos diferentes,
somos desafiados a agir não de acordo com nossos temperamentos, mas sim de
acordo com a presença de Deus em nossas vidas.
Atividades dos pais — Em nossos dias, temos visto que pais e
mães de família têm se dedicado muito ao trabalho, devido aos muitos desafios
financeiros e o custo de vida cada vez mais alto. Isso pode prejudicar a
família, se os pais não tiverem um tempo adequado para ficar com seus filhos,
participar da educação deles, passar-lhes as tradições da família e acima de
tudo, repassar-lhes a fé em Deus e no evangelho.
Questões financeiras — Conflitos familiares podem advir de
questões financeiras. Um cônjuge que não possui controle de gastos e tem
propensões consumistas pode atrapalhar seu casamento, pois coloca em risco a
economia de toda a família. Os cônjuges precisam ter um controle correto de
seus gastos, aprender a gerir corretamente seus recursos financeiros e evitar
desconfortos que atrapalhem a convivência. É preciso aprender a poupar, tentar
comprar a vista os bens necessários e abster-se de adquirir coisas que não são
necessárias naquele momento. Todo cuidado nessa esfera é importante, a fim de
que a família não passe necessidade por culpa de um de seus membros que não
possui domínio próprio.
FONTE: www.professoralberto.com.br
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