Lição 2 - A Alegria pela nova vida em Cristo
2º trimestre de 2018
Introdução
I-Paulo e os tessalonicenses: um líder e seus amigos
II-Quais as características desta igreja que Paulo ama?
III-A Nova Vida em Cristo e seus Feitos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito dos benefícios de uma liderança
afetuosa;
Apresentar as características da igreja em Tessalônica;
Discutir a respeito da nova vida em Cristo e suas
características.
Palavras-chave: Alegria.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu
plano de aula, leia o subsídio abaixo:
O capítulo inicial de 1 Tessalonicenses pode ser
naturalmente subdividido em três temáticas centrais: 1) Palavras de gratidão de
Paulo. Gratidão pela vida dos cristãos em Tessalônica, pela preservação da fé
destes, mesmo em meio a uma situação adversa complexa, e pelo desenvolvimento
espiritual daqueles irmãos; 2) Um emocionado testemunho do apóstolo sobre a fé
contagiante dos tessalonicenses. O cristianismo apregoado por Paulo e praticado
pelos tessalonicenses constituiu-se como o fundamento de uma prática de vida restaurada
e inspiradora; e 3) Uma síntese daquilo que Paulo compreende como natureza,
desenvolvimento e finalidade do evangelho. Ao final desse primeiro capítulo de
1 Tessalonicenses, o apóstolo apresenta os elementos constitutivos do evangelho
que se tornou fundamento de fé para aqueles cristãos. Analisemos, assim,
pormenorizadamente, cada um desses aspectos do capítulo introdutório da
epístola. O capítulo inicial de 1 Tessalonicenses pode ser naturalmente
subdividido em três temáticas centrais: 1) Palavras de gratidão de Paulo.
Gratidão pela vida dos cristãos em Tessalônica, pela preservação da fé destes,
mesmo em meio a uma situação adversa complexa, e pelo desenvolvimento
espiritual daqueles irmãos; 2) Um emocionado testemunho do apóstolo sobre a fé
contagiante dos tessalonicenses. O cristianismo apregoado por Paulo e praticado
pelos tessalonicenses constituiu-se como o fundamento de uma prática de vida
restaurada e inspiradora; e 3) Uma síntese daquilo que Paulo compreende como
natureza, desenvolvimento e finalidade do evangelho. Ao final desse primeiro
capítulo de 1 Tessalonicenses, o apóstolo apresenta os elementos constitutivos
do evangelho que se tornou fundamento de fé para aqueles cristãos. Analisemos,
assim, pormenorizadamente, cada um desses aspectos do capítulo introdutório da
epístola.
O Cristianismo como Amor Fraterno: A Saudade de Paulo e dos
Tessalonicenses
Há uma característica no ministério paulino que, já aqui no
seu primeiro texto epistolar, sobressai-se de maneira bastante destacada: Paulo
é muito mais que um pregador itinerante — figura tão comum no ambiente
religioso daquela época, muito em função de uma compreensão apocalíptica
daquele contexto histórico que influenciava, inclusive, o judaísmo da época 1
—, ele era um plantador de igrejas, um pastor 2.
O comprometimento de alguém com tal vocação com as pessoas
para quem o evangelho é anunciado é algo muito forte. Não basta apregoar, não é
suficiente demonstrar a razoabilidade do discurso que se anuncia; é necessário
mais. O comprometimento de Paulo com as comunidades que pastoreou e, em
especial, Tessalônica, por ser objeto de nossa análise, envolve dedicação
pessoal, atenção, acompanhamento, mentoria — em suma, discipulado.
O cristianismo que Paulo apregoa àqueles irmãos não teria
sentido algum se não fosse vivenciado em práticas efetivas, que resultassem em
efeitos reais tanto na vida dos cristãos em Tessalônica como do próprio
apóstolo. É por isso que as epístolas aos tessalonicenses podem ser lidas a
partir de conceitos como, por exemplo, o anelo pela vida em comunidade ou a
confiança mútua que foi estabelecida nos vários tipos e níveis de
relacionamentos que são identificados nos textos — Deus para com Paulo/Paulo
para com Deus; Paulo para com os membros de sua equipe missionária (Silvano e
Timóteo)/Os auxiliares de Paulo e o apóstolo; Deus e os tessalonicenses/Os
tessalonicenses e Deus; Paulo e os tessalonicenses/os tessalonicenses e Paulo;
os tessalonicenses e os auxiliares de Paulo/Os auxiliares de Paulo e os
Tessalonicenses.
É bem verdade, como veremos capítulos a frente, que alguns
relacionamentos não estavam desenvolvendo-se bem em Tessalônica; todavia, esse
detalhe aponta, inclusive, para a centralidade dos conceitos de comunhão,
comunidade e fé mútua nas epístolas aos Tessalonicenses.
Paulo, ao referir-se a elementos básicos da fé compartilhada
com os tessalonicenses, utiliza-se exaustivamente do plural — não porque esteja
em busca de auto gloriar-se por meio do uso de um plural majestático —, pois, em
Tessalônica, a experiência primitiva de Atos 2.44-46 estava sendo novamente
vivida.
Entre os tessalonicenses, Jesus Cristo é nosso — nunca
egoisticamente meu (1 Ts 1.3;2.19; 3.11,13; 5.9,23,28); o Deus adorado também é
de todos — bem diferente das divindades mistéricas da religião greco-romana
(2.2; 3.9,11,13); o evangelho não é objeto de posse exclusiva de ninguém e
também é nosso (1.5); depois de anunciado o evangelho, a salvação iguala a
todos; por isso, Paulo pode falar sobre verdades espirituais sempre no plural
(5.5,8,10); o trabalho realizado para o Reino é de uma equipe para uma
coletividade, jamais apenas de um indivíduo para outro indivíduo (2.13; 3.5); o
maravilhoso resultado espiritual obtido nunca é propriedade de alguém, mas
sempre um bem da comunidade (2.19,20); até os acontecimentos escatológicos que
a Igreja presenciará serão numa vivência coletiva (4.15).
Paulo lembrava-se do esforço amoroso — “τοῦ κόπου τῆς ἀγάπης”
— que havia entre os tessalonicenses (1.3). Ele era sofredor e estava disposto
a enfrentar os revezes da vida para testemunhar o novo que Deus estava trazendo
àquela comunidade. Não é possível seguir a Deus sem a consciência de que,
diante das situações adversas, devemos vencer mediante o amor de Deus derramado
em nossos corações.
Deve-se notar que, em 1 Tessalonicenses 1.3, tem-se a
primeira menção das três virtudes teologais — fé, esperança e amor —, tão
comuns nos textos paulinos. Sobre a tradução e interpretação desse versículo, o
mesmo Hendriksen traz-nos um extenso, porém enriquecedor comentário:
As principais teorias estão melhor representadas pelas
várias traduções que têm sido sugeridas, das quais, apresentamos três:
“Lembrando sem cessar” (ou outra frase semelhante):
(1) “sua obra de fé
E labor de amor
E paciência de esperança.”
Rejeita-se esta tradução pela simples razão de fazer pouco
ou nenhum sentido. O que é mesmo uma “paciência de esperança”?
(2) “sua obra, isto é, fé
E labor, isto é, amor
E paciência, isto é, esperança.”
Além de haver objeções doutrinárias, rejeitamos esta porque,
embora seja gramaticalmente possível, dificilmente pode ser julgada fiel à
ênfase paulina. Também, o conceito “paciência, isto é, esperança”, é difícil.
(3) “sua fé atuante
E amor diligente
E esperança tenaz.”
Mas a ênfase aqui é colocada onde não deveria estar, pelo
original. As palavras enfatizadas no original não são a fé, o amor e a
esperança, e sim, trabalho, esforço (ou labor) e firmeza. A nosso ver, a
construção gramatical da locução é a seguinte: Os substantivos “operosidade,
diligência e firmeza” estão no genitivo objetivo e servem para completar o
verbo “tendo em mente”. Portanto, a palavra sua modifica as três: sua
operosidade, sua diligência, sua firmeza. Cada um desses substantivos tem um
modificador no genitivo (sentido de posse). A ideia aqui é que a obra é
decididamente uma obra de fé, isto é, uma obra que surge da fé, é realizada
pela fé e revela fé. Não fosse a presença da fé viva, essa obra não estaria em
evidência. E assim ocorre com os outros modificadores: o esforço é motivado pelo
amor (e revela) amor: e a firmeza é inspirada pela esperança (e evidencia)
esperança. (HENDRIKSEN, 2008, p.60)
Defendendo uma compreensão oposta a de Hendriksen, Staab
afirma que:
Os primeiros frutos [dos tessalonicenses] são a fé, o amor e
a esperança, que, entre os fiéis de Tessalônica, não são apenas um sentimento
interior, senão uma força que penetra e preenche inteiramente suas vidas. Paulo
fala da “atividade” da fé, do “esforço” do amor e da “constância” da esperança.
Três termos que expressam certa gradação ascendente, como a que se dá entre as
três virtudes mencionadas. A fé não chega a converter-se em força ativa senão
pelo amor (Gl 5.6), e este não alcança seu fim próprio enquanto a esperança não
tenha a suficiente vitalidade para poder traduzir-se em constância, resignação
e confiança. (STAAB, p. 23)
Os argumentos de Staab parecem-nos mais coerentes como
possibilidade de tradução e compreensão hermenêutica do que os de Hendriksen,
em face de sua maior integralidade com aquilo que seria um pensamento paulino
como um todo. Como se dará nos outros textos de Paulo, em que as três virtudes
aparecem juntas, a ênfase conceitual dá-se nestas; sendo que as expressões
adjuntas servem para qualificá-las.
A hipótese interpretativa de Staab assemelha-se muito a de
Tomás de Aquino (1225–74) (2015, p.34), que, em seu comentário às epístolas aos
tessalonicenses, argumenta que Paulo vê na igreja em Tessalônica uma fé
operosa, um amor sofredor e uma esperança constante.
Duas naturais contra-argumentações que se podem apresentar a
essa hipótese é a de que, em 1 Tessalonicenses, o pensamento paulino ainda está
em contínua construção; logo, relacionar o que se afirma nesse momento do
ministério de Paulo com todo o corpus paulinum seria uma inferência impossível
de sustentar. Outro argumento, um tanto quanto mais radical, porém não menos
plausível para alguns especialistas, é a defesa de que todo esforço de
sistematização do pensamento de Paulo é uma operação completamente artificial,
uma vez que cada texto tem seu contexto específico e natureza própria, não
podendo, assim, haver qualquer tipo de hierarquização, interpolação conceitual
ou mesmo qualquer tipo de apropriação semântica intertextual entre os textos
paulinos contidos no Novo Testamento 3.
Os Tessalonicenses como Imitadores de Paulo e Exemplo dos
Fiéis
Este caráter positivo do elemento mimético, imitativo, do
cristianismo é um conceito extraído da cultura helênica e, depois,
ressignificado por Paulo 4. A imitação entre os gregos e romanos tinha uma
natureza absolutamente limitada, circunscrita apenas ao entretenimento ou a não
criticidade. É por isso que, na Antiguidade greco-romana, há um esforço para
separar a produção de conhecimento que se propaga por meio da imitação daquela
que se fundamenta na reflexão 5.
O μιμητής, o imitador, é o ator que, de maneira
representativa, finge ser quem ele não é. Tal natureza da mímesis pode ser
exemplificada pelo uso obrigatório de máscaras nas encenações teatrais no mundo
antigo. Dessa forma, o imitador, que também pode ser denominado no contexto
helênico de “impostor”, é alguém que, diante da coletividade, simula uma
performance social alheia a sua, um padrão comportamental alternativo ao que,
de fato, ele advoga; enfim, ele utiliza-se de máscaras para esconder quem, de
fato, ele é.
Para Paulo, entretanto, a natureza mimética do discipulado
tem uma finalidade completamente diferente, uma vez que o objetivo da imitação
em sua concepção evangelística é conduzir os novos cristãos a um nível de
espiritualidade que transcenda a simples adesão intelectual e atinja uma práxis
transformadora da realidade. Nas palavras de Claro:
Em Paulo, não existe uma separação entre o Evangelho que
proclama e a sua própria vida, oferecendo-se como paradigma a seguir para os
Tessalonicenses. Como por exemplo, tal como ele, eles devem ganhar a sua
própria vida (cf. 1 Ts 2,9; 4,10-12;5,14). A imitação está por isso
estreitamente ligada ao acolhimento do Evangelho (1 Ts 1, 6) e não redunda
simplesmente na vontade de imitar, mas acontece nas ações, como adiante explicitará
em 1 Ts 2, 14. Usando um estilo parenético, Paulo apresenta-se como paradigma,
modelo moral a imitar, pois palavras e obras estão incindivelmente unidas...
(CLARO, 2017, p.58)
Como se pode perceber, a imitatio pauli tem como objetivo
comunicar aos tessalonicenses um padrão de vida que se identifique com Cristo —
pois, se o Mestre sofreu e foi perseguido, não há como o destino dos discípulos
ser diferente. Ao contrário do que os críticos contemporâneos pretendem
afirmar, a imitação na teologia de Paulo é um exercício de depotencialização,
por meio do qual cada cristão deve assumir sua natureza frágil em si mesma,
porém restaurada e fortalecida pela graça de Deus Pai.
Na verdade, o padrão não é Paulo, mas Cristo (Ef 5.1). Ao
invés de um discurso hierarquizante, por meio do qual o apóstolo pudesse
ascender a um nível não acessível aos demais indivíduos, aqui em 1
Tessalonicenses — assim como em outros escritos paulinos —, encontramos um
Paulo que se identifica com as pessoas, com seus sofrimentos e agruras
cotidianas, convidando-as a um padrão de vida pautado na simplicidade, alegria
e piedade a Deus.
O Testemunho de Paulo, a Conversão dos Tessalonicenses e a
Esperança da Parusia
A parte final dessa perícope (1 Ts 1.2-10) termina com um
resumo da operação do evangelho entre os tessalonicenses. Foi um movimento que
apontou para o testemunho externo das cidades circunvizinhas, as convicções
internas da nova igreja que a levou a romper com a ordem idolátrica vigente e
as promessas futuras oriundas do evangelho anunciado. Os versículos 9 e 10
subdividem-se assim, naturalmente, em três partes:
a) O testemunho da população de toda a Macedônia e Acaia
sobre a eficácia da evangelização de Paulo e sua equipe entre os
tessalonicenses. Os acontecimentos em Tessalônica tornam-se notórios para além
dos limites da própria cidade. A repercussão sobre os efeitos do poder
transformador do evangelho comove as cidades circunvizinhas. Essa informação
apresentada por Paulo corrobora a tese de que os acontecimentos entre os tessalonicenses
foram divinamente guiados, a ponto de inspirar as igrejas vizinhas a manter o
mesmo nível de perseverança e alegria no evangelho que aquela recém-fundada
igreja desfrutava.
b) O testemunho de Paulo sobre como a conversão dos
tessalonicenses foi algo genuíno. Como já sabemos, o contexto cultural dos
tessalonicenses expunha-os a um panteão, literalmente, de deuses; as várias
opções de divindades e os cultos das mais diversas naturezas impunham-se como
um elemento de obstáculo ao estabelecimento de uma fé genuinamente cristã.
Todavia, a experiência de salvação dos tessalonicenses foi algo tão profundo
que — tal como ocorreu com os efésios (ver At 19.19) — eles resolveram
abandonar publicamente a idolatria e declarar exclusivamente Jesus como Senhor.
A decisão dos tessalonicenses torna-se mais radical ainda quando lembramos que
o culto ao imperador romano era uma prática corriqueira e quase que imposta
naquela sociedade.
Como nos afirma Green:
Os tessalonicenses haviam abraçado o evangelho anti-imperial
e estavam sofrendo por sua lealdade ao “outro rei” chamado “Jesus”. Em sua
correspondência com eles Paulo chama a mensagem que lhes havia pregado de εὐαγγέλιον,
palavra que comumente traduzimos por “boas novas” ou “evangelho”. Naquele
contexto de então este substantivo e verbo afim εὐαγγελίζομαι se usavam em
referência a notícias de vitórias em guerras, as palavras de um oráculo ou as
boas novas de uma boda. [...] Em Tessalônica, cidade que celebrava o poder
imperial no seu templo dedicado a Júlio César e o “filho de deus” Augusto, εὐαγγέλιον
soava nos ouvidos dos habitantes como as “boas novas” do culto imperial que
exaltava o imperador como soberano, mas também como deus e salvador. (GREEN,
2007, p.10,11)
O rompimento dos tessalonicenses com a ordem religiosa
vigente obviamente desencadeou uma série de perseguições sobre aquela jovem
comunidade; porém, nem mesmo essa oposição popular e institucional que se
arremeteu contra os tessalonicenses fizeram com que se desviassem do foco de
servir ao Senhor Jesus apregoado por Paulo.
c) O anúncio das promessas vindouras. Diante da inspiradora
experiência de fé dos tessalonicenses, Paulo anuncia a maravilhosa obra da
salvação. De maneira sintética, porém extremamente rica, o apóstolo esclarece
aos novos irmãos as verdades profundas acerca da salvação em Cristo, nas
palavras de Marques:
Pela confiança em Deus e no Seu Filho, a perspectiva
histórica dos tessalonicenses se muda: seu passado, presente e futuro se
explicam pela adesão à fé. O passado dos ídolos não voltará mais, o presente é
a doce experiência da profunda transformação que se alimenta pela caridade
ensinada pelo mesmo Deus. E o futuro é aguardado com a serenidade de quem
encontrará no juiz escatológico um Pai amoroso que recria, acalenta, exorta, encoraja
e instrui para a perseverança final, tendo ao lado o Filho como advogado
eficaz. (MARQUES, 2009, p. 37)
Já aqui no primeiro capítulo, a temática das últimas coisas
começa a ser abordada. A promessa aqui anunciada é que a “ira futura” —
compreendida como condenação eterna — não atingirá os filhos de Deus, ainda que
a “ira presente”, que se manifesta por meio da violência e perseguição do
império romano, esteja assolando a igreja local.
A realidade dos tessalonicenses era muito dura; falsas
promessas apenas angustiariam o coração daqueles irmãos já tão sofridos; era
necessário tirar-lhes o foco da tribulação presente para lembrá-los do
sacrifício de Cristo, já oferecido cerca de 20 ou 30 anos atrás no calvário, e
apontar-lhes o futuro de eterna paz que os espera na glória vindoura. Diante das
múltiplas temáticas presentes neste primeiro capítulo, pode-se perceber a
riqueza do texto paulino, que consegue ser simultaneamente simples e animador
em sua leitura, porém profundo e brilhante.
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do
Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 27-36.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
1 Vide, SOUZA, 2012, p.149,150. 1Vide, SOUZA, 2012,
p.149,150.
2 Conforme Thiselton (2011, p.24), essa característica
marcante do ministério de Paulo pode justificar todo o cuidado e alegria para
com aquela comunidade.
3 Essa é a hipótese defendida por Marques (2009, p.12),
assim como por teólogos como Alain Gignac (1996), Carriker (2000), dentre
outros. É claro que, para alguns
críticos, como aponta Thiselton (2011, p.25), essa apropriação paulina do termo
μιμέομαι (imitar), que, aqui em 1 Tessalonicenses, é apresentada como uma
prática de exercício de poder, em outros contextos, ela será parte de uma
exortação a ser seguida de modo imperativo (1 Co 4.16; Fp 3.17; II Ts 3.9).
Dentre os autores que apresentam essa crítica ao modelo imitativo de liderança de
Paulo, estão CASTELLI, E. A. Imitating Paul: A Discourse of Power. Louisville, KY: Westminster/John
Knox Press, 1991; e BURKE, T. J. Family Matters: A Socio-Historical Study of
Kinship. Metaphors in 1 Thessalonians. New York: T&T Clark
International, 2003. Deve-se ressaltar,
todavia, que, quanto ao aspecto da religiosidade greco-romana, há registros de
orientações de caráter mimético extremamente similares às de Paulo. Vide
PLUTARCO. Obras Moraise de Costumes; e EPITETO. Fragmentos.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso
no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à
disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais
um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não
vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não
pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso
objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa
fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos
preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.
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