terça-feira, 30 de abril de 2019

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu está Sempre Comigo - Berçário.

Lição 05 - O Papai do Céu está sempre comigo!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que a criança perceba, mediante as atividades propostas, que o Papai do Céu está sempre ao seu lado.
É hora do versículo: “[...] Eu estou com vocês todos os dias [...]” (Mt 28.20).
Nesta lição, as crianças perceberão que o Papai do Céu está sempre ao nosso lado. Esteja ao lado das crianças enquanto lhes ensina essa verdade. 
Considerando que nesta faixa etária o período de atenção da criança é muito curto, achamos interessante citar um trecho retirado do livro Como ensinar crianças do maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer, da autora Ruth Beechick, publicado pela CPAD.
“O Mito do Período de Atenção
Existem muitas fórmulas para se chegar ao tempo de atenção das crianças em termos de minutos. A mais comum consiste em utilizar a idade da criança mais um. Ou seja, uma criança de três anos teria um período máximo de atenção de quatro minutos. Isto não é só um mito, como também é um meio inútil de se raciocinar com relação à atenção. Em vez de refletirmos sobre a atenção infantil em termos de minutos, deveríamos considerá-la sob o prisma das tarefas. A tarefa que propomos está num nível de dificuldade apropriado para nosso aluno? Ele a realiza até o fim? Com o nível de dificuldade adequado, uma criança pode, e frequentemente consegue, dar atenção à atividade proposta.
O mito do período de atenção se iniciou com algumas pesquisas que analisavam por quanto tempo uma criança conseguia se concentrar numa determinada atividade imposta pelo professor. Entretanto, tais testes foram feitos em situações experimentais. Se os pesquisadores tivessem observado menininhos brincando naturalmente com seus caminhões, derramando areia em baldinhos, ou uma criança sentada no colo de sua mãe, vendo as gravuras de um livro, os resultados de suas pesquisas teriam sido muito diferentes. Qualquer um que trabalhe com crianças sabe que em algumas ocasiões, com determinadas tarefas, o tempo de atenção delas pode ser surpreendentemente longo.
Portanto, não há nenhum fator interno que delimite a atenção das crianças num período específico de tempo. Consequentemente, o tempo não é o fator apropriado para o estudo da atenção infantil. Muito mais relevante é avaliar que tipo de tarefa atrai a atenção desses pequeninos e quais são as características essenciais nestas atividades — nível de dificuldade, características sinestésicas (de movimento) e visuais, e assim por diante. Como devemos preparar e apresentar as atividades de forma que lhes chame a atenção? Como podemos tornar o momento da história mais interessante que caminhões e areia?
Precisamos aprender a nos concentrar na atenção infantil, e não no tempo da atenção infantil.”
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - A História de Uma Amiga - Maternal.

Lição 05 - A história de uma amiga

 2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que os alunos salvos vivam de modo a atrair seus amigos para Cristo, e que os não salvos decidam-se a recebê-lo como Salvador.
Para guardar no coração: “[...] O seu Deus será o meu Deus.” (Rt 1.16)
Nesta lição, o aluno vai conhecer a história de Rute. Quando ela e sua sogra, Noemi, ficaram viúvas, Rute decidiu segui-la para Belém. Deus cuidou das duas mulheres que se tornaram grandes amigas. Não deixou faltar alimento para elas. 
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que faça cópias da atividade a seguir. Oriente os alunos a molharem o dedinho na cola branca, passar na espiga de milho e colar bolinhas de papel crepom amarelo no lugar dos grãos. 
milho licao5 maternal
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Faz o Moço Viver Novamente - Jd. Infância.

Lição 5 - Jesus faz o moço viver novamente

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que Jesus sente pena de nós quando nos vê sofrer, e que Ele tem poder para fazer milagres que nos ajudam a ficar bem. Ao ouvir a história de hoje, as crianças deverão encorajar-se a fim de contar a todos sobre as maravilhas de Jesus. 
É hora do versículo:  “[...] Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é poderoso até para trazer à vida alguém que estava morto. Jesus deu a vida ao filho daquela viúva porque se compadeceu dela. Quando recebemos as bênçãos de Jesus, devemos contá-las a todas as pessoas.
Tratar sobre o tema da morte com as crianças requer um pouco de atenção porque, antes de mais nada, precisamos saber como esta faixa etária compreende esse conceito.
“A compreensão da criança a respeito da morte é assunto de diversas pesquisas, que sempre seguem a teoria piagetiana e seus ‘estágios’. Primeiramente, as crianças falam sobre a morte descrevendo-a. as pessoas mortas ficam deitadas, sem se mover, com os braços cruzados e os olhos fechados. A morte é definida como uma posição. Em suas brincadeiras, se fingem de mortas, mas não permanecem mortas. A irreversibilidade da morte ainda não faz parte do seu raciocínio. Para eles a morte envolve pouco sentimento ou emoção. Nesta fase, as histórias bíblicas envolvendo morte não são necessariamente tão violentas para as crianças, quanto imaginamos. As crianças não compreendem a morte o suficiente para serem atingidas por ela com impacto. [...] Do estágio ‘descritivo’ da morte, as crianças caminham para o estágio ‘funcional’. Passam a compreender que o corpo não funciona quando o indivíduo morre. Num primeiro momento, percebem apenas disfunções mais óbvias — os mortos não se movem, não falam, não piscam os olhos e assim por diante. Zangam-se, mas não comem porque não podem mover os braços. Ouvem, mas não respondem. Mais tarde, as disfunções menos óbvias são incluídas no conceito de morte. Os mortos não podem ouvir, nem sentir o perfume das flores. Seu coração e os outros órgãos internos não funcionam. Não sonham e não pensam. Algumas crianças nessa idade começam a entender a universalidade da morte. Ao entrar em contato com a morte repetidas vezes, por meio de histórias ou de outros contextos, percebem que é um fato que acontece a todos e que está geralmente associado aos mais velhos, exceto pela violência. Este conceito universal da morte está, de certa forma, incompleto, pois abrange o fato de que acontece a todos, mas não, que deve acontecer — o aspecto da necessidade lógica.”
BEECHICK, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 38,39)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Apenas 300? Juniores.

Lição 5 - Apenas 300?

2º Trimestre de 2019
Texto bíblico – Juízes 7.1-22.
Prezado professor,
Na lição desta semana seus alunos aprenderão mais um pouco a respeito de como o povo de Deus foi vitorioso. Os tempos agora são outros, os hebreus já haviam enfrentado adversários bem maiores e mais fortes do que podiam suportar e o Senhor foi com eles para livrá-los e conceder vitória. Tanto Moisés quanto Josué, líderes de Israel, aprenderam a lidar com suas próprias limitações e a depender de Deus de uma maneira muito especial. Com isso, eles encontraram forças para lutar e vencer, mesmo quando as circunstâncias não eram favoráveis. 
A história mencionada na lição de hoje apresenta o personagem conhecido como Gideão. No episódio em que os amalequitas e midianitas se uniram para destruir os israelitas, o Senhor levantou o seu valoroso servo para comandar o exército e livrar o seu povo. O Senhor quis mostrar a Gideão que não seria com as armas humanas que a vitória seria alcançada, e sim pela mão do Deus Todo-Poderoso. Então, o Senhor ordenou ao seu servo que mandasse os soldados beberem água no ribeiro. Aqueles que levassem a mão com água à boca para beber deveriam ser separados à parte. Mas aqueles que lamberam a água como cachorros deveriam retornar para casa. Este ato foi um teste não só para os soldados, mas, principalmente, para Gideão que estava tendo a sua fé desafiada. A vitória estava prestes a vir, mas com ela o aprendizado também. Deus realiza milagres com o propósito de ensinar grandes lições aos seus servos.
Ensine aos seus alunos que qualquer dificuldade que enfrentarem é uma oportunidade de crescimento e aprendizado. É preciso aprender a viver na dependência de Deus. Mostre-lhes como identificar as possíveis dificuldades que estão enfrentando no momento e a recorrerem a Deus em oração. 
Gideão foi vencedor porque seguiu estritamente as orientações de Deus. Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Sente-se com seus alunos em círculo. Depois, peça que eles citem o que faz parte da rotina de um aluno que só tira nota 10. À medida que forem falando, vá relacionando as informações numa folha de papel à parte. Explique que a rotina de um bom aluno não é fácil. É preciso horas de estudo, ter uma boa alimentação, prestar atenção na explicação do professor, dormir cedo, etc. O bom aluno trabalha duro em busca de uma nota além da média. Assim também é na vida cristã. Temos que ter disciplina: disciplina da oração, da leitura da Palavra, ida à igreja, disciplina na adoração, nos dízimos e ofertas, etc. Em seguida, pergunte: “Podemos viver de qualquer maneira?” “Quais são as disciplinas que temos que observar como um cristão? Depois de ouvir as respostas, peça que os alunos, utilizando apenas gestos, demonstrem uma das disciplinas que precisamos observar para obtermos a vitória na vida cristã. O restante terá que descobrir qual disciplina o colega está mostrando.
(Atividade adaptada do livro Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 75).

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Domínio Próprio - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Domínio Próprio 

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Tiago 1.19-21.
Car(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão um pouco mais a respeito de um aspecto do Fruto do Espírito que é importantíssimo para a vida cristã: o domínio próprio. O conselho de Tiago sobre a prática da Palavra de Deus exorta o ser humano a ser paciente para ouvir, mas não ansioso para falar. O exercício de ouvir deve ser estimulado aos alunos para que possam aprender o que realmente pode trazer edificação para a vida espiritual.
O autor de Provérbios ensina que “se você não quer ser meter em dificuldades, tome cuidado com o que diz” (21.23). Controlar as palavras e as ações é um dos maiores desafios enfrentados pelo cristão e seus alunos devem aprender para que se tornem crentes maduros na fé em Cristo. Seus alunos devem contar com a ação do Espírito Santo agindo sobre suas vidas para que possam andar conforme a vontade de Deus, e não de acordo com a vontade da carne.
“Todos nós temos desejos pecaminosos e não podemos ignorá-los. A fim de podermos seguir a orientação do Espírito Santo, devemos, decididamente, enfrentá-los (crucificá-los — Gl 5.24). Esses desejos incluem pecados evidentes como a imoralidade sexual e atividades demoníacas. Incluem, também, outros que são menos óbvios, como hostilidade, ciúme e ambição egoísta. Aqueles que ignoram esses pecados, ou se recusam a enfrentá-los, mostram que não receberam o dom do Espírito que leva a uma vida transformada. 
O Fruto do Espírito é a obra espontânea do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. São os subprodutos de seu controle sobre a nossa vida — não conseguiremos obtê-los se tentarmos alcançá-los sem sua ajuda. Se quisermos que o Fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à dEle (Jo 15.4,5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo. Como resultado, cumpriremos o propósito da lei — amar a Deus e aos nossos semelhantes. Qual dessas qualidades você gostaria que o Espírito produzisse em você?
[...] Deus está interessado em cada área de nossa vida, não apenas em nosso lado espiritual. Como vivemos pelo poder do Espírito Santo, devemos submeter cada aspecto de nossa vida a Deus: emocional, físico, social, intelectual e vocacional. Paulo diz que, porque fomos salvos, devemos viver de acordo com essa salvação! O Espírito Santo é a fonte de nossa vida, portanto, submetamo-nos à sua liderança. Não deixe que nada ou ninguém determine os valores e padrões de qualquer área de sua vida.”
(Texto extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1640-41).

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Dízimos e Ofertas como Disciplina para uma vida Bem-sucedida - Jovens.

Lição 5 - Dízimos e Ofertas como disciplina para uma vida bem-sucedida

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-Abraão Entregou o Dízimo a Melquisedeque Porque Era Depreendido de Bens Materiais
II-Os Contribuintes Fiéis Têm uma Vida Equilibrada e Garantia de Bênçãos Espirituais
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender o significado de Abrão ter entregado o dízimo a Melquisedeque;
Conscientizar de que aqueles que são fiéis em seus dízimos têm uma vida equilibrada e abençoada.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
Para falar sobre o tema desta lição: dízimos e ofertas como disciplinas para lidar com o dinheiro, em primeiro lugar será analisada uma narrativa bem conhecida de Gênesis sobre a entrega de dízimo por Abraão à Melquisedeque, rei de Salém, após a vitória surpreendente de Abraão sobre quatro grandes reis orientais. No segundo tópico, a pesquisa será sobre a tratativa com relação à entrega do dízimo no Novo Testamento. Para tal, será analisado um texto bastante usado para falar sobre o assunto (2 Co 9.9,10), além de dois textos que mostram como Jesus também lidou com o tema. Ao final, a intenção é refletir como os estudos destes textos auxiliarão no equilíbrio entre as contribuições e a vida financeira do cristão.
I. ABRAÃO ENTREGOU O DÍZIMO A MELQUISEDEQUE PORQUE ERA DESPRENDIDO DE BENS MATERIAIS 
A prática do dízimo antecede a Lei mosaica e o sacerdócio levita
O dízimo é citado tanto no Antigo Testamento (Gn 14.20; 28.22; Lv 27.30-32; Nm 18.21-28; Dt 12.6-17; 14.22-28; 26.12; 1 Sm 8.15-17; 2 Cr 31.5-12; Ne 10.37,38; 13.5-12; Am 4.4; Ml 3.8-10) como no Novo Testamento (Mt 23.23; Lc 11.42; 18.12; Hb 7.2-9), embora a ordem para dizimar não apareça de forma direta nos ensinos do NT. 
O dízimo foi regulamentado no AT por meio do sistema levítico e era destinado aos levitas, que não tinham o direito a herança na Terra Prometida e viviam exclusivamente para o serviço religioso (Lv 27.30-34). Além dos levitas que atuavam como sacerdotes, cantores, e mestres da Lei e ficavam com os dízimos de tudo em Israel (Nm 18.21-32), os sacerdotes da família de Arão também eram beneficiados com: a) as ofertas que não eram queimadas; b) o que fosse consagrado a Deus por voto; c) todas as primícias; d) todos os primogênitos dos animais; e) o dízimo dos dízimos entregue pelos levitas (Nm 18.9-26; Lv 5.15 —7.35; Ne 10.37,38; 12.44; 13.5-12). Os pobres também eram lembrados em situações excepcionais. Na época do reinado de Josias, Judá tem certa independência, enquanto o Reino Norte foi massacrado pelos assírios. Nesse período muitos israelitas da região norte desceram para Judá, fugindo da situação de penúria que se encontravam. Os levitas também fugiram do norte para o sul e ficaram à margem, ao lado das viúvas, estrangeiros e órfãos (Dt 12.14,26; 14.29; 16,11,14; 26.11). As mudanças socioeconômicas geradas pela situação vigente obrigou a alteração de parte do antigo Código da Aliança. Assim, o santuário se transformou em uma espécie de centro comunitário e no terceiro ano, o dízimo foi distribuído diretamente aos pobres no lugar da produção. 
No entanto, o dízimo antecede a Lei mosaica e a própria existência do povo israelita, conquanto, independente do sacerdócio levítico. O evento de Abraão e Melquisedeque é a primeira citação sobre o dízimo na Bíblia e a principal evidência de que o dízimo antecede a regulamentação levítica (Gn 14.20; 28.22; Hb 7.5-10). Gênesis 14.20 e 28.22 ligam o dízimo com dois lugares que se tornariam importantes santuários em Israel, no caso de Betel, e em Judá, no caso de Jerusalém. Todavia, a primeira referência ao dízimo no AT não traz detalhes sobre essa prática, o que sugere que era algo bem conhecido na época e algo já praticado há muito tempo pelos povos vizinhos dos hebreus. O reconhecimento e prática por Abraão, considerado o principal patriarca para os judeus, dá uma grande legitimidade para essa prática entre o povo israelita. 
O motivo da gratidão de Abraão
Desde o conflito entre os servos de Ló e Abrão, tio e sobrinho viviam separados. Ló estava habitando no local em que havia escolhido morar, quando seu tio mesmo tendo o direito de escolha permite que Ló decida para onde queria ir com seu clã e rebanhos (Gn 13.10-12). Trata-se de Sodoma, que ficava na região da campina do Jordão, uma área urbana e proporcionalmente bem habitada com costumes mais liberais para a época (Gn 19.14-17; Lc 17.28,32).  Enquanto isso, Abraão vivia em paz com seu clã na região rural cuidando de suas terras e rebanhos. Abraão já demonstrava o seu desprendimento dos bens materiais e a valorização que dava à paz com Deus e com sua família. No entanto, a escolha de Ló acabou o envolvendo em uma guerra, que resultou na rendição do povo de sua cidade, incluindo ele e sua família. 
O capítulo 14 de Gênesis inicia com o relato da guerra entre reis do oriente e reis cananeus que resultou no cativeiro de Ló. Quatro reis das maiores potências orientais da época (Sinar, Elasar, Elão e Goim) derrotaram os cinco reis das cidades cananeias (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar). Os vencedores, como era o costume, levaram consigo os prisioneiros, entre eles o sobrinho de Abraão e toda a sua casa, além dos despojos da guerra. O texto demonstra que Abraão estava unido aos cananeus numa aliança. Ele, ao saber do ocorrido convidou seus confederados Aner, Escol e Manre e formaram uma pequena tropa de 318 homens. O grupo foi atrás dos grandes reis do Oriente que haviam vencido os cinco reis cananeus e de forma extraordinária venceram a batalha com os cinco reis do Oriente. Assim, o grupo libertou todos os prisioneiros e recuperou bens materiais tomados pelos reis vencidos. Além, dos prisioneiros e bens recuperados, Abraão e seus aliados retornam também com os despojos da guerra, ou seja, os bens e alimentos tomados em guerra dos reis do Oriente. 
Ao retornar, ele consagrou a décima parte (dízimo) dos despojos tomados dos reis do Oriente à Melquisedeque, rei-sacerdote de Salém. O texto afirma: “E deu-lhe o dízimo de tudo”. A prática comum da época era o dízimo da colheita (entregue pelos camponeses) e dos rebanhos (entregue pelos pastores). Esse é o único caso bíblico em que é citado o dízimo do despojo de uma guerra. É importante ressaltar que esse é o primeiro ato que Abraão realiza após a vitória, uma forma de reconhecimento e gratidão por um livramento divino. Abraão teve um histórico de gratidão a Deus, sempre após as conquistas.
Abraão entrega o dízimo a Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo 
Deus chama Abraão e promete fazer dele pai de uma grande nação com sua própria terra, dar-lhe fama e prestigio (Gn 12.1-3). A orientação era para deixar o que era conhecido, palpável e concreto para se apegar a algo desconhecido e incerto. Abrão creu na promessa de Deus e obedeceu a sua ordem. A promessa de Deus vem acompanhada no versículo 2 de uma ordem imperativa para Abraão ser uma bênção. Abraão iria receber as bênçãos de Deus, mas também deveria ser uma bênção para as demais pessoas. Um grande exemplo para os dias atuais, em que as pessoas estão constantemente em busca de bênçãos, de atendimento aos seus interesses pessoais, mesquinhos e egoístas. Tornando a religião um instrumento mercantilista da fé, uma troca. O que vemos na promessa condicional de Deus a Abraão é que as pessoas que são abençoadas pelo Senhor devem transformar o que recebe em bênçãos para o próximo também. Diferente do que muitas pessoas acreditam, as bênçãos não são sinônimos de valores materiais e prestígio, mas sim de compartilhamento e benefício coletivo. Deus prioriza o coletivo e não privilégios pessoais e egoístas. A orientação divina a Abraão evidencia essa verdade, a experiência do patriarca com Deus fazia toda a diferença, quando comparado ao comportamento com as demais pessoas. Por isso, ele não teve dificuldade de entregar o dízimo a Melquisedeque. Mas quem era Melquisedeque?
Melquisedeque (Malki-Sédeq = Rei de Justiça) é identificado como sacerdote de El Elyon, o Deus altíssimo, e também como o rei de Salém, reino onde posteriormente seria edificada a cidade santa de Jerusalém (Sl 76.2). No encontro com Abraão, Melquisedeque ofereceu pão e vinho a ele no santuário de Salém, um gesto que indicava oferta de paz e de bênção em nome do Deus Altíssimo. O fato de Abraão entregar o dízimo a Melquisedeque, pela cultura dá época, o torna maior do que o patriarca, por esse motivo o autor de Epístola aos Hebreus considera seu ministério superior ao dos filhos de Levi, uma vez que estes eram descendentes de Abraão. O nome de Melquisedeque mais tarde é relacionado com a figura do Messias rei e sacerdote (Sl 110.4; Hb 7). 
Abraão se une à Melquisedeque, o rei cananeu, por meio do dízimo (poder estatal-religioso). Fica evidente a aliança e boa convivência entre Abraão e os cananeus, um defendendo o outro. De certa forma, o cumprimento parcial da promessa inicial de Gênesis 12.1-3, em que os cananeus participam da bênção e do poder do Deus de Abraão e este, por sua vez, recebe em troca a bênção deles. Além de estabelecer desde já um nexo entre o patriarca e Jerusalém. Uma legitimação da prática do dízimo em favor do santuário de Jerusalém ligada ao grande patriarca de Israel. 
Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque e não lhe fez falta
Após cumprir suas obrigações religiosas, Abraão vai até o rei de Sodoma. Este oferece a Abraão os bens recuperados como gratidão pela libertação, mas ele recusa veementemente (Gn 14.21-23), diferente do bom grado como que recebeu os presentes e a bênção do rei-sacerdote Melquisedeque. O comportamento de Abraão foi atípico de situações semelhantes em que era concedido ao vencedor da guerra o direito sobre o despojo. No entanto, Abraão demonstra sua característica pacífica peculiar e o desprendimento de bens matérias, como já havia demonstrado no episódio da separação de Ló e seu grupo (Gn 13). Ele não quer dar motivo para ao rei de Sodoma falar a seu respeito e prefere selar um juramento em agradecimento a Deus: levanta sua mão ao Deus Altíssimo, criador do céu e da terra. A atitude de Abraão se dá pelo seu desapego aos bens materiais, como comprovado na entrega do dízimo. Ele não teve a intenção de enriquecer com o evento ocorrido, uma atitude geralmente típica de quem entrega dízimo, não ser avarento e ter suas contas controladas. O fato de Abrão rejeitar os valores do desposo não fez falta em sua vida financeira, pelo contrário, ele prosperou mesmo assim. A entrega do dízimo como uma forma didática de lidar com bens materiais, pois muitas pessoas não entregam por falta de controle econômico e financeiro. 
Abrão entregou o dízimo do espólio tomado dos adversários vencidos e entregou o restante aos demais reis parceiros. Isso ocorreu porque ele tinha um comportamento diferente da cultura local, ele valorizava mais as pessoas do que as coisas.
A narrativa de Gênesis 14 demonstra como Abraão era desprendimento de bens materiais. Ele teve uma vida equilibrada e próspera.
1.1 II. OS CONTRIBUINTES FIÉIS TEM UMA VIDA EQUILIBRADA E GARANTIA DE BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS
Paulo incentiva a prática de contribuições para os menos favorecidos
Durante segunda viagem missionária Paulo funda as comunidades na Galácia, de Filipos, de Tessalônica e de Corinto (At 15.36—18.22), que se tornaram famosas no contexto bíblico por meio das epístolas enviadas a essas comunidades. Em Corinto, o apóstolo fica por um ano e meio (At 18.1-17). Uma cidade que havia perdido a influência política, mas que se mantinha como um centro de cultura universalmente reconhecido. Tratava-se de uma cidade comercial próspera e moderna, com dois portos que se abriam, um na parte ocidental sobre o mar Adriático e o outro na parte oriental sobre o mar Egeu, que facilitava o transporte de mercadorias. Enquanto estava ainda em Corinto, Paulo tem uma grata e dupla surpresa, a chegada de Silas e Timóteo, acompanhados com ajuda financeira das igrejas da Macedônia (At 18.5; 1Ts 3.6). O pastor Elienai Cabral afirma que a igreja desde o início contribuía para a continuidade da obra de Deus como também aos necessitados:
Após o dia de Pentecostes, a Igreja multiplicou-se com muitos crentes. Muitos estrangeiros se converteram naquele dia. A perseguição foi iniciada contra os primeiros cristãos, e estes perderam propriedades e outros bens. A igreja promoveu um atendimento filantrópico aos necessitados, e sob a força do Espírito Santo aqueles primeiros crentes se uniram e reconhecerem a necessidade de mordomia e, diz a Bíblia: “e tinham tudo em comum” (At 4.32-35). A contribuição arrecadada era consagrada ao serviço de Deus e os necessitados eram atendidos. (CABRAL, 2003, pp. 132,137)
O apóstolo Paulo dedica dois capítulos (8 e 9) de sua Segunda Epístola aos Coríntios para orientá-los sobre a contribuição aos irmãos pobres de Jerusalém, que na época passavam por vários surtos de fome. Para incentivar os coríntios, Paulo utiliza o exemplo das igrejas macedônias, uma região mais pobre, mas rica em generosidade e bens espirituais. Paulo incentivava uma contribuição consciente, pois elas tinham como fim a igualdade e não a sobrecarga. O texto demonstra que o processo requer disciplina, exige uma atitude de amor e equilíbrio, consequência da obediência à Palavra de Deus. 
Com essa contextualização em mente é possível compreender melhor 2 Coríntios 9.6, texto preferido para reforçar o momento da oferta e do dízimo. Paulo utiliza a figura da semente para incentivar os coríntios semearem ricamente, pois não se tornarão pobres e a semeadura vai produzir bons frutos. Em 2 Coríntios 9.10 é possível ler qual é o resultado esperado: “também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça”. As pessoas que se comprometem em ajudar as necessidades de outras têm tendência de não viver em função do acumulo de bens materiais, com objetivos egoístas. Nos púlpitos é comum pessoas prometerem recompensa material para quem contribui, porém como visto não há segurança bíblica neste texto e também não há coerência com a própria vida de Cristo. 
O grande desafio da igreja é viver o projeto de economia do Reino, que segue uma lógica da partilha solidária, um projeto alternativo ao que prevalece no mundo. Jesus ensinou que a provisão divina passa pela organização fraterna, assim haverá o necessário para todos. Testemunhar o Ressuscitado era implantar uma vida comunitária. O cristão deve focalizar na multiplicação dos “frutos da vossa justiça”.
Jesus ratifica a entrega do dízimo, mas critica sua prática sem justiça, misericórdia e fé 
Uma das polêmicas sobre o dízimo é a ausência de uma ordem específica sobre sua entrega no Novo Testamento. No entanto, um texto que aborda de forma satisfatória sobre o assunto é Mateus 23.23. O versículo 23 faz parte de um contexto de conflitos entre Jesus e os escribas e fariseus. Jesus os critica por algumas práticas hipócritas e contraditórias. Eles tinham uma visão equivocada sobre a vontade de Deus, pois acrescentavam peso sobre os mandamentos já recebidos. Jesus adverte-os: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho”. A recomendação do judaísmo era entregar o dízimo de rebanhos, vinho, grão e óleo (Lv 27,30-33; Nm 18.21-32; Dt 14.22-29; 26.12-15; Ml 3.8-12) para sustento dos levitas, manutenção do Templo e ajuda aos pobres. Jesus reconhece o acréscimo (dízimo das ervas), mas reprova a motivação deles. Ele os acusa de desprezar o que é mais importante da lei: a justiça/juízo (dia escatológico de prestação de contas por negligenciar os menos favorecidos — Mt 5.22; 10.15; 11.22,24; 12.36,41,42; 12.18,20 — Is 1.17,21-23; 3.13-15), misericórdia (socorro ao necessitado — Mt 6.2-4; 9.13,27; 12.7; 15.22; 17.15; 18.33; 20.30) e fé. O dízimo deve ser entregue com a motivação certa:
Não basta ser dizimista, é preciso ter a motivação correta. É um engano pensar que as bênçãos de Deus se limitam apenas às coisas materiais. As pessoas mais ricas e mais felizes do mundo foram aquelas que abriram mão do que não podiam reter, para ganhar o que não podiam perder. Dízimo não é barganha nem negócio com Deus. Precisamos servir a Deus por quem Ele é e não pelo que vamos receber em troca. Se o seu coração ainda está no dinheiro, você precisa se converter. A prosperidade financeira sem Deus pode ser um laço. Um homem nunca é tão pobre como quando só possui dinheiro. Jesus disse que a vida de um homem não consiste nas riquezas que ele tem. [...] riqueza sem salvação é a mais consumada miséria. (LOPES, 2009, p. 93)
A entrega do dízimo não deve ser um incomodo ao cristão. Para isso, alguns cuidados devem ser tomados. Sem a pretensão de contemplar todas as orientações possíveis, o dízimo e as ofertas: a) devem ocorrer de forma voluntária (2 Co 9.7); b) não deve ser por medo de ser punido por Deus; c) não deve ser um meio de barganhar com Deus; d) não deve ser visto como uma esmola; e) não deve ser para promoção pessoal ou demonstração de religiosidade; f) entre outras atitudes que não seja compatível com a justiça, misericórdia e fé.
Jesus não coloca as regras acima das pessoas, por duas vezes ele resume toda a tradição judaica em amar a Deus e ao próximo (Mt 7.12; 22.37-39). Os líderes são criticados não por entregar o dízimo, mas por se justificarem por isso, e negligenciar a justiça, misericórdia e fé, que são causas maiores. 
 O dízimo e a parábola do fariseu e do publicano 
Os fariseus observavam os mais rigorosos padrões legalistas como jejuns, orações, esmolas, dízimo, entre outros práticas que excediam até as próprias leis cerimoniais mosaicas. Jesus apresenta por meio da Parábola do Fariseu e do Publicano algo que chocou seus ouvintes: colocar um dos cobradores de impostos, considerados traidores pelos judeus, como justificado diante de Deus, enquanto um fariseu zeloso pela sua religião é reprovado. A lição de Jesus é clara. O publicano reconhecia que sua dívida era muito alta e não tinha condições de pagá-la, a única coisa que poderia fazer era rogar pela misericórdia de Deus. Não recorreu a obras que havia realizado, nem ofereceu fazer nada, simplesmente rogou que Deus fizesse por ele o que não podia fazer, somente baseado na fé e misericórdia divina. Por outro lado, o fariseu demonstrou arrogância, confiando que os jejuns realizados, dízimos e outras obras consideradas justas o tornariam aceito por Deus. Uma cobrança de retribuição. Porém Jesus afirma que dos dois, somente o publicano foi justificado. Às vezes, como o fariseu, o cristão ignora o aprendizado com os julgamentos de Jesus e corre o risco de no final ser reprovado. 
Portanto, o dízimo e ofertas não devem ser praticados com objetivo de demonstrar superioridade espiritual em relação aos outros ou como meio de se justificar diante de Deus. Um dos princípios básicos da entrega do dízimo é o reconhecimento da soberania de Deus como Senhor de tudo e todos (Ag 2.8; Cl 1.17), que está relacionado a outro que é o reconhecimento da dependência humana de Deus. O cristão que reconhece a Bíblia como a revelação de Deus, não tem como negar que Deus é o doador e tem o controle sobre tudo. Outro princípio é reconhecer o valor do próximo que é menos favorecido. Conforme lido, desde o Antigo Testamento o dízimo também deveria ser repartido com os pobres (Dt 14.28,29; 26.12-15). O pastor José Gonçalves (2011, p.147) afirma que “devemos reconhecer algumas dimensões do dízimo: religiosa, ligada à manutenção dos templos, obreiros, et.; social, ligada à manutenção das obras assistenciais da igreja; missionária, ligada ao propósito de levar o evangelho a todas as pessoas; patrimonial, ligada a regularização de obras, aquisição, edificações, funcionários”. Como qualquer organização, a igreja como instituição tem que provisionar seu orçamento de custeio, para manutenção de suas despesas rotineiras, como também o seu orçamento de investimento, para novas aquisições e ampliação das instalações. O provisionamento de orçamento é elaborado com base nas contribuições de seus membros. Portanto, quanto mais envolvidos e comprometidos os membros, maior será o retorno para o Reino de Deus. 
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

domingo, 28 de abril de 2019

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Um Dia Triste - Primários.

Lição 4 - Um Dia Triste

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno saiba que precisamos confiar em Deus, pois Ele está sempre perto para nos ajudar em todas as circunstâncias, favoráveis ou difíceis.
Ponto central: Deus está conosco nos momentos de alegria e tristeza.
Memória em ação: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, eu os seguro pela mão e lhes digo: ‘Não fiquem com medo, pois eu os ajudo’” (Is 41.13).
Querido (a) professor (a), por meio da história de José, nesta próxima aula nós vamos ter a oportunidade de conversar com as crianças sobre emoções e sentimentos muito difíceis e mal vistos socialmente: ciúme, inveja, medo, mágoa...  Se até a maioria dos adultos ainda não aprendeu a lidar com maturidade em face de tais emoções, mesmo sendo elas inerentes a todo ser humano, imagina quão complexo – e até traumático –, não pode ser para as crianças, constantemente censuradas por tais adultos. 
Sentimentos como ira, ciúme, inveja, soberba, rancor e tantos outros foram tão censurados, estigmatizados, punidos com rigor e crueldade pelos mais velhos que logo na infância tratamos de aprender a reprimi-los, negá-los, até para nós mesmos. Esconder invés de resolver crescendo em aprendizado com eles. Evidentemente que aqueles que assim agem o fazem com a melhor das intenções, a de educar para o bem. Porém, há uma maneira mais eficaz de fazer isto. Você já notou que às vezes nós só reproduzimos, repassamos algo como nos foi ensinado, (ainda que tenha sido de uma maneira traumática ou que não nos agrada) pelo simples fato de ter sido esta a única forma que conhecemos. Não sabemos como ensinar de outra maneira. E assim traumas podem atravessar gerações. Por exemplo, o meu pai me ensinou a nadar ainda bem pequena me atirando na piscina, porque o pai dele o ensinou assim. Por isso, antes de reproduzir ou repassar um conhecimento precisamos sempre repensá-lo, refletir se ele se aplica a realidade de hoje, ao contexto individual, se a maneira como nos foi passada é a mais adequada, etc.
Graças a Deus, hoje o conhecimento se difundiu; através da internet, temos fácil acesso a diversos saberes, assuntos, avanços em estudos na educação, descobertas, especialistas e conteúdos que antes para os nossos pais eram impensáveis. Hoje, você está aqui lendo essas linhas e sendo convidado a repensar a maneira de lidar com “lixos” emocionais, que costumamos enterrar – mas eles continuam lá, às vezes até crescem, apodrecem, se agravam. E como educador também está tendo a oportunidade de ensinar uma nova geração de uma maneira diferente, mais sábia e saudável, tanto no âmbito emocional, quanto relacional e espiritual.
O suíço Carl Jung, fundador da psicologia analítica, tem uma frase que ilustra bem o assunto: “O que negas te domina. O que aceitas te transforma”. Esta aceitação é no sentido de autoconhecimento, humildade e maturidade para RECONHECER as próprias falhas e se responsabilizar por elas. Contudo, sem se autoflagelar por saber que é algo da natureza humana. O Mestre dos mestres ilustra muito bem tudo isso na parábola do Fariseu e do Publicano, em Lucas 18.9-14. Vamos relê-la e refletir sobre ela, sob essa perspectiva?!
E (Jesus) disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira:
— Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:
— Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!  
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Até mesmo os maiores e mais admiráveis servos de Deus tiveram sentimentos e emoções consideradas mesquinhas: vaidade, inveja, ressentimento... Como disse o apóstolo Tiago quando mencionou o grande profeta Elias, todos nós seres humanos somos frágeis, isto é, sujeitos as mesmas fraquezas (cf. Tg 5.17). A diferença está em como lidamos com elas. As confessamos diante de Deus com humildade? Ou as escondemos (até de nós mesmos), enquanto elas fazem mal a nós e a outros? 
Transmita às crianças que desde o Pecado Original, sentimentos como os que os irmãos de José tiveram, também surgirão em nossos corações. Por isso precisamos sempre ser sinceros para Deus confessando-os, pedindo a Ele que nos perdoe e nos livre deles para que não façamos mal a nós e a outras pessoas. Mas se fizermos, também precisamos aprender a assumir e pedir perdão com humildade. Um coração sincero e arrependido Deus nunca rejeita.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Os Reis de Judá e de Israel - Juvenis.

Lição 4 - Os reis de Judá e de Israel

2º Trimestre de 2019
“Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc 1.32,33).
OBJETIVOS
Refletir sobre as características da liderança exercidas pelos reis;
Apontar Ezequias e Acabe como exemplos de liderança;
Compreender o conceito de vocação integral para liderança.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O REI COMO LÍDER – CARACTERÍSTICAS E FINALIDADE
2. O PÉSSIMO EXEMPLO DE ACABE
3. EZEQUIAS, UM REI QUE CUMPRIU O SEU PAPEL
4. A LIDERANÇA NA PERSPECTIVA INTEGRAL DO REINO DE DEUS
Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos no aprofundar no tema “liderança”, analisando o governo monárquico; mais especificamente o exemplo de dois reis, um de Israel, outro de Judá.
A fim de que você possa melhor introduzir o assunto em classe, sugerimos brevemente recordar como se deu esse processo de transição da liderança dos juízes para o período da liderança dos reis. A forma como o pedido do povo para ser como as demais nações, adeptas à monarquia, se desdobrou e até se tornar um insulto ao maior de todos os líderes, o Senhor, o Rei que tirou seu povo da escravidão do Egito, liderando-os através de porta-vozes escolhidos por Ele, rumo à Terra Prometida. 
Lições da monarquia.
Embora a monarquia fosse algo previsto por Deus na história de Israel (Dt 17.14), ficou explícito em sua instituição que Deus reprovou tal escolha (1Sm 12.18-19). A monarquia em Israel traz uma série de lições para a nossa vida. Na monarquia imperava a descendência, onde muitos reis, despreparados e novos, herdavam o trono de seus pais e não eram aprovados por Deus. Eram reis que não conheciam ao Senhor e sempre repetiam os pecados de seus pais.O resultado de tal insanidade foi uma idolatria generalizada, o pecado grassando no meio da nação e a destruição dos reinos do Norte e do Sul. 
Professor, explique aos alunos que não era errado Israel desejar um rei, pois Deus já havia mencionado esta possibilidade (Dt 17.14-10). O problema residia no fato de que o povo estava rejeitando o Senhor como seu líder, porque queria ser como as “outras nações”. Deus, em sua misericórdia, ordenou que Samuel cuidadosamente explicasse ao povo os “prós” e “contras” de se ter um rei. Nesta lição, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo (onde constam os problemas e as realizações da monarquia), e discuta com os alunos o que significou para Israel ter um rei. (Texto extraído da revista Jovens e Adultos, 2009, CPAD).
problemas
É interessante debater em classe e ouvir a opinião dos seus Juvenis sobre este tipo de liderança, em que uma pessoa “herda” o cargo, mas será que também o dom, o interesse, a dedicação e demais requisitos necessários para exercê-lo? Levante esta e outras questões que demonstrem as diferenças entre monarquia e democracia. Pode-se ir pontuando no quadro os prós e os contras de ambas. É interessante debater em classe e ouvir a opinião dos seus Juvenis sobre este tipo de liderança, em que uma pessoa “herda” o cargo, mas será que também o dom, o interesse, a dedicação e demais requisitos necessários para exercê-lo? Levante esta e outras questões que demonstrem as diferenças entre monarquia e democracia. Pode-se ir pontuando no quadro os prós e os contras de ambas. 
Procure ler previamente sobre o modelo de liderança política na Inglaterra, que é uma das monarquias mais conhecidas do mundo; fale sobre o papel do Primeiro Ministro; a diferença entre presidente e Chanceler, e outras curiosidades que despertem o interesse da turma para o foco da lição e objetivos a serem atingidos através dela. 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu é Bom - Berçário.

Lição 04 - O Papai do Céu é bom!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que a criança compreenda que Deus é bom.
É hora do versículo: “[...] O Senhor Deus é bom” (Sl 34.8).
Nesta lição, as crianças serão conscientizadas de que o Papai do Céu é bom. Por este motivo, Ele faz muitas coisas boas para nós. Ele manda o sol, a chuva, a lua, as estrelas, o papai, a mamãe, a nossa comidinha e a comidinha dos animais. O Papai do Céu é muito bom!
Quando ensinamos ao bebê sobre amor e amar a Deus, e que o Papai do Céu é bom, devemos ter consciência de que a criança que na primeira infância ama e é amada por aqueles que a cercam, gradativamente, saberá amar a Deus. Aquelas que têm um pai amoroso serão capazes de ver a Deus como o amoroso Pai celestial. As que são ensinadas a obedecer aos pais e a outras autoridades, adiante, aprenderão a obedecer a Deus.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, com a palavra “bom” e peça aos alunos para colarem bolinhas de papel crepom. Enquanto realizam a atividade, reforce que o Papai do Céu é bom em todo tempo.
bom
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me Responde - Maternal.

Lição 4 - Quando eu oro, o Papai do Céu me responde

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Deus ouve nossas orações.
Para guardar no coração: “Peçam, e vocês receberão [...]” (Mt 7.7).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história do profeta Elias, quando ele orou e o Papai do Céu respondeu mandando fogo do céu. O Papai do Céu nos responde e Ele é muito poderoso.
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que entregue para cada criança uma cópia da imagem abaixo para as crianças colorirem o profeta e o altar. Enquanto executam a tarefa, diga que o Papai do Céu nos responde quando oramos.
elias licao4 maternal
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Um Amigo é Curado - Jd. Infância.

Lição 4 - Um amigo é curado

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão crer que Jesus é poderoso para perdoar qualquer pecado. Incluir, nas orações diárias, a confissão dos erros e faltas. 
É hora do versículo: “[...] O sangue de Jesus, o seu Filho, nos limpa de todo pecado” (1 Jo 1.7).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é poderoso para curar todas as doenças, até mesmo aquelas que a pessoa já nasce com ela ou que remédio nenhum pode curar. Jesus pode nos curar, mas o que Ele faz de mais importante é perdoar os nossos pecados e nos levar para o céu.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que imprima a atividade abaixo, uma para cada criança, para colorirem a cena do paralítico descendo pelo telhado com a ajuda dos seus amigos. Enfatize que quem pode curar todas as doenças é Jesus e Ele ainda pode perdoar os nossos pecados.
paralitico jardim licao4
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Dia em que Os Luminares Obedeceram - Juniores.

Lição 4 - O Dia em que os Luminares Obedeceram - Josué 10.1-14

2º Trimestre de 2019
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito de mais uma importante vitória concedida ao exército do Deus vivo. Nesta ocasião, um fato extraordinário aconteceu. Deus ouviu o clamor de seu servo Josué e fez com que o sol se detivesse nos céus. Este foi o dia mais longo em toda a história da humanidade. Por conta disso, Israel obteve vitória sobre os seus inimigos. Esta narrativa é singular em toda a Escritura Sagrada, pois jamais se ouviu dizer a respeito de algum “deus” ouvir e responder ao clamor de um homem como Deus respondeu ao clamor de Josué.
Este episódio é mais um exemplo de que a obediência a Deus resulta em grandes milagres. Josué havia recebido a promessa de Deus de que não estaria sozinho, pois o Senhor estaria com ele e faria com que o seu servo fiel entrasse com todo o povo israelita na Terra Prometida. Tudo o que Josué deveria fazer era obedecer aos mandamentos do Senhor sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda, mas seguir firme cumprindo a vontade de Deus.
Deus intervém em favor do seu povo e realiza milagres. A seguir, algumas explicações:
Como o sistema solar parou? É claro que em relação à terra o sol está sempre imóvel — é a terra que gira em torno do sol. Mas a terminologia usada em Josué não deveria causar-nos dúvida quanto ao milagre. Afinal, não ficamos confusos quando alguém diz que o sol nasce ou se põe. A questão é que o dia foi prolongado, não que Deus tenha usado um método particular para prolongá-lo. Duas explicações têm sido dadas sobre como isto aconteceu: (1) a diminuição da velocidade da rotação normal da terra deu a Josué mais tempo, como o idioma original hebraico parece indicar; e (2) alguma refração incomum dos raios solares forneceu horas adicionais de luz. Não importa o método escolhido por Deus; a Bíblia é clara ao afirmar que o dia foi prolongado por um milagre, e que a intervenção de Deus direcionou a batalha em favor de seu povo.
(Texto extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 291).
Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, converse com seus alunos a respeito dos movimentos da Terra.
Rotação: movimento em torno do seu próprio eixo, dura aproximadamente 24 horas para se completar.
Translação: movimento em torno do Sol, dura aproximadamente 365 dias e 5,59 horas.
Leve para sala de aula um globo terrestre ou utilize uma bola de isopor para simular o planeta Terra. Utilize uma lanterna bem forte para simular a luz do sol iluminando o nosso planeta. Com a lanterna iluminando apenas um lado do globo, à medida que você explica os movimentos da Terra, mostre também como Deus “parou o sol” de acordo com a explicação da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Conhecendo Minha Personalidade - Pré Adolescentes.

Lição 4 - Conhecendo minha personalidade

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Efésios 4.22-24.
Caro(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender que cada um de nós tem uma personalidade distinta. O exercício do autoconhecimento é importante para que saibamos lidar com nossas escolhas, nossas emoções, manter o domínio próprio e conhecer os nossos limites. Seus alunos estão numa fase de mudanças bruscas e tudo parece novo para eles. Até se adaptarem com a nova realidade levará um tempo. Por esse motivo, é seu papel como professor da Escola Dominical ajudá-los a compreender o momento em que estão vivendo.
Aspectos da personalidade do adolescente.
A inteligência dá ao adolescente a capacidade de resolver problemas; é nesta fase da vida que a pessoa alcança seu maior grau de desenvolvimento. É importante o adolescente reconhecer seu próprio nível mental, pois, do grau de inteligência depende, em grande parte, o êxito de um grupo. O líder deve estar atento a dois tipos de personalidade: no primeiro caso, adolescentes gostam de sempre ocupar os primeiros lugares em todas as situações e atividades dentro do grupo. Mesmo sem ter a capacidade suficiente, são eternos insatisfeitos, além de causarem aborrecimentos; em determinados momentos, são inconvenientes. No segundo caso, ocorre justamente o inverso: adolescentes vítimas de complexo de inferioridade sentem dificuldades de relacionamentos com o grupo e precisam se estimulados.
Cabe ao educador acompanhar o potencial de cada aluno e incentivá-lo para que se desenvolva intelectualmente e, assim, alcance suas metas tanto na vida ministerial quanto profissional.
Cada aluno tem interesses e gostos diferentes: uns gostam de música, de orar, de cantar; outros preferem atividades movimentadas ou conversar. O grande motivo da insatisfação no grupo de adolescentes é o fato de alguém estar no lugar errado, fazendo o que não gosta; quando isso ocorre o indivíduo não se realiza plenamente.
O temperamento e o caráter são dois fatores essenciais nas relações no grupo. Por esta razão, é importante saber se o adolescente é tímido, introvertido, reservado; se é sociável, amável prestativo e afetivo; ou, ainda, agressivo e autoritário. Existem adolescentes que reúnem todos esses temperamentos, dependendo apenas de uma contrariedade para que venha demonstrá-los. Por isso, é necessário que o professor trace um perfil psicológico dos alunos, assim poderá orientar melhor e ajudar o autocontrole e o domínio próprio.
(Texto extraído do livro de COSTA, Débora F. Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 86).

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Como Pude Desperdiçar os Meus Talentos - Adolescentes.

Lição 4 - Como pude desperdiçar os meus talentos

2º Trimestre de 2019
OBJETIVOSExpor as consequências da desobediência a Deus;
Fazer a reflexão sobre as escolhas que fazemos; 
Estimular a obediência à vontade de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO:O MENINO SERÁ NAZIREU
O SEGREDO DA FORÇA DE SANSÃO
DALILA: SUA GRANDE RUÍNA
TARDE DEMAIS PARA FAZER AS ESCOLHAS CERTAS
Prezado professor, prezada professora,
A personagem estudada na lição desta semana é Sansão. O tema nos convida a refletirmos sobre as consequências de nossas decisões em relação à vontade de Deus, a mostrar-nos que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e nos estimular a vivermos uma vida de obediência ao Altíssimo. 
Sansão foi um homem escolhido por Deus para ser um juiz de sua época. Mas ele resolveu flertar com o erro e brincar com o pecado, o que fez pagar um alto preço por isso. 
A lição desta semana toca numa expressão muito importante para compreender o chamado de Sansão: nazireu. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, Nazireu significa 
pessoa leiga de qualquer sexo que estava presa a um voto especial de consagração ao serviço de Deus durante um período definido ou durante toda a vida (Nm 6.1-5). Sua abstinência era assunto pessoal, mas não como membro de um grupo como os recabitas. Geralmente, o voto era feito voluntariamente, mas os pais às vezes faziam a consagração dos filhos para a vida toda, como nos casos de Sansão (Jz 13), de Samuel (1 Sm 1.9-11) e de João Batista (Lc 1.15,80; Mc 1.6). Um nazireu: (1) não participar do fruto da vinha; (2) não podia cortar o cabelo; (3) tinha que permanecer livre de todas as impurezas, inclusive de tocar o corpo de pessoas mortas (Nm 6.3-8). Em caso de profanação era prescrito um ritual de purificação (Nm 6.9-12). Ao final do período de separação, o nazireu obedecia a um procedimento especial para a finalização de seu voto, que incluía seu comparecimento perante o sacerdote com certas ofertas especiais, e também deveria raspar a cabeça e queimar o cabelo cortado (Nm 6.13-21).
Durante a monarquia, Deus denunciou que homens apóstatas estavam forçando os nazireus a beber vinho (Am 2.11,12). Quando estava em Corinto, Paulo fez um voto temporário de nazireado, talvez para obter a proteção divina naquela cidade; esse período terminou quando foi a Cencreia onde cortou o cabelo (At 18.18). Mais tarde, Paulo foi persuadido a se purificar como nazireu, junto com quatro crentes judeus em Jerusalém, e a pagar pelo término dos sacrifícios relacionados ao voto daquele grupo (At 21.18-26) (CPAD, 2010, P.1347).    
Ao perceber que Sansão estava debaixo de um voto de consagração tão radical, o estudante da Palavra de Deus poderá verificar quão grave foi a sua decisão de flertar e brincar com o pecado. Por isso, aproveite essa oportunidade para estimular a sua classe a refletir sobre o perigo de flertarmos com o pecado, brincarmos com a nossa vida espiritual. Deus nos quer achar fiéis para fazer a sua vontade!
Boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Uso Virtuoso dos Bens Materiais - Jovens.

Lição 4- O uso virtuoso dos bens materiais

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Cristão Deve Viver com o seu Próprio Dinheiro, Fruto do seu Trabalho
II-O Cristão não Deve Colocar sua Esperança na Incerteza das Riquezas, mas em Deus
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da importância do crente ter o seu trabalho e o seu próprio sustento;
Advertir do perigo de se colocar a confiança na incerteza dos bens materiais e não em Deus.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
A igreja em Tessalônica viveu uma experiência que se repete em muitas igrejas de nossos dias também. Pessoas que com base em argumentos teológicos ficaram ociosas e viviam em dependência de outros membros trabalhadores. Da mesma forma, em Éfeso outra importante igreja do primeiro século, liderada por um dos principais companheiros do apóstolo Paulo também passava por problemas que se repete em algumas igrejas da atualidade. Trata-se de membros da comunidade que eram ricos altivos que não exerciam a mordomia com os bens recebidos de Deus, antes agindo egoisticamente.
I. O CRISTÃO DEVE VIVER DE SEU PRÓPRIO DINHEIRO, FRUTO DO TRABALHO 
Neste tópico, discorreremos sobre o exemplo de Paulo e a advertência sobre o compromisso do cristão em viver do próprio trabalho.
       O problema do abandono do trabalho pelos tessalonicenses
No primeiro século, nos tempos do império romano, o trabalho era realizado primordialmente pelos escravos. A mão de obra escrava era a base da economia do mundo greco-romano. Os cidadãos livres se dedicavam às atividades intelectuais, artísticas e políticas e consideram os trabalhos manuais vulgares, desonrosos e indignos. A cidade de Tessalônica já era respeitável e uma das maiores em extensão e população. Ali, encontrava-se um grande porto no mar Egeu, que produzia o acúmulo de riquezas, e fazia daquele lugar o destino de muitos comerciantes e outras pessoas com bom poder aquisitivo. Devido à característica da cidade, dois terços da população eram constituídos de escravos e o restante um seleto grupo de cidadãos pertencentes às demais classes. Assim, para os trabalhadores braçais a vida era reduzida a um simples meio de sobrevivência. Para a maioria dos trabalhadores do império o trabalho não trazia satisfação e era uma forma de lutar pela subsistência. Portanto, o trabalho não era algo visto de forma positiva, tido mais como uma forma impositiva e de castigo. A comunidade cristã em Tessalônica era composta somente de trabalhadores. 
Paulo dá um sentido maior ao trabalho e promove um novo propósito ao trabalhador, como algo digno. O ensino sobre o comportamento do cristão em relação ao trabalho se encontra principalmente nas epístolas aos Gálatas, aos Efésios, aos Colossenses, a 1 Timóteo, a Filemon e a Tito. O trabalhador era orientado: a) dar o seu melhor (Ef 6.5); b) executar as atividades sob sua responsabilidade com satisfação e dedicação (Ef 6.7); c) ser obediente aos seus patrões (Cl 3.23; Tt 2.9); c) considerar seus senhores ou patrões como dignos de respeito e honra (1 Tm 6.1); d) ser honesto e leal aos senhores ou patrões “para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tt 2.10); d) ser obediente aos seus patrões (Cl 3.23; Tt 2.9); e) entre outras orientações valorizando o trabalho honesto.
Outra referência é a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, onde Paulo trata sobre o abandono ao trabalho pelos cristãos motivados por interpretações teológicas equivocadas.  Para entender como isso ocorreu se faz necessário refazer o caminho feito por Paulo para fundar a igreja em Tessalônica e os fatos que sucederam esse encontro. Durante a segunda viagem missionária, quando Paulo esteve pela primeira vez em Tessalônica, os judeus se levantaram contra a mensagem e a pessoa do apóstolo, de forma que ele foi obrigado a fugir à noite para Bereia para salvar sua vida (At 17.1-15). Em Corinto, após reencontrar com Timóteo, ele o enviou à igreja em Tessalônica para auxiliar em problemas naquela comunidade. Timóteo voltou a Corinto com um relato animador, pois os cristãos tessalonicenses mantinham a perseverança na fé e o testemunho deles já havia se espalhado por toda a Macedônia (1 Ts 1.8).
Entre o ano 51 e 52 a.C. Paulo escreveu a Primeira Carta para responder a algumas perguntas que certos irmãos haviam enviado por meio de Timóteo. Pouco tempo depois, ele escreveu a Segunda Carta para corrigir alguns mal-entendidos sobre os finais dos tempos e rebater falsos ensinos que haviam se infiltrado na igreja. Um dos falsos ensinos foi a respeito da volta de Cristo, afirmavam que seria por aqueles dias (1 Ts 5.2). Esse ensino, provavelmente motivou alguns membros da igreja abandonar o trabalho e ficar esperando a volta de Cristo, vivendo na dependência dos outros que continuavam trabalhando. Com o aumento da perseguição aos cristãos essa crença tomou mais força ainda. (RICHARDS, 2008, p. 466) afirma que “a ociosidade e a dependência dos outros não é uma prática cristã. Os cristãos devem aceitar a responsabilidade de ganhar seu próprio sustento, e devem ganhar dinheiro para compartilhar com aqueles que são verdadeiramente necessitados”. As dificuldades no trabalho não justificam o seu abandono, pois alguém terá que trabalhar para alimentar o ocioso. Essa atitude não é coerente com a doutrina judaico-cristã.
Paulo chama atenção para seu próprio exemplo
Conforme citado, devido à precariedade das condições de trabalho, os trabalhadores não se identificavam com o resultado de suas atividades laborais, pois não tinham satisfação e se sentiam impotentes diante do sofrimento que estavam expostos. Falar dessa situação sem citar Karl Marx seria uma incoerência, pois ele popularizou o termo conhecido como “trabalho alienado” para identificar a condição de alienação do trabalho, um meio de subsistência semelhante à vida animal, como era a situação dos trabalhadores e escravos no Império Romano do primeiro século. Situação semelhante à definição de Marx (2003, p. 116): “O trabalho alienado inverte a relação, uma vez que o homem, enquanto ser lúcido, transforma a sua atividade, o seu ser, em simples meio da sua existência”. Todavia, enquanto Marx propõe uma revolução para solução do problema, Paulo faz a relação do trabalho com o serviço à Cristo. Neste pensamento paulino, Cristo não provê somente a reconciliação com Deus, mas também com o trabalho. 
A proposta paulina, semelhante a de Jesus, é de igualdade, embora as pessoas desempenhem papéis diferentes na sociedade, em contraste ao modelo romano. Ele dissemina uma mensagem de reconciliação por meio da rendição à Cristo, e não uma luta entre as classes. Portanto, defende que esse deve ser o modelo ideal aos nascidos de novo, membros da comunidade cristã. Outra diferença significativa era que Paulo não era apenas um teórico, mas ele demonstrava por meio de seu próprio exemplo a eficácia de sua mensagem. Para reforçar o que iria falar na sequência da epístola, ele chama atenção para o seu próprio exemplo enquanto conviveu com os tessalonicenses.
Os gregos e os romanos consideravam o trabalho manual exclusivo para escravos, enquanto os judeus consideravam o trabalho uma prova de bom caráter e responsabilidade. Paulo, enquanto esteve pregando entre os tessalonicenses, trabalhou tanto (dia e noite) que afirmou ter chegado ao estado de fadiga. Isso, para não ser pesado a nenhum dos membros da igreja e evitar ser acusado ganância ou de ser aproveitador. Uma das ocupações de Paulo era fazer tendas, serviço realizado em algumas ocasiões enquanto fazia missões (At 18.1-3). O apóstolo afirma que pelo seu trabalho missionário teria autoridade para ser sustentado (1 Co 9.6-14; G1 6.6; 1 Tm 5.17,18). Todavia, ele não fez uso desse direito. Provavelmente, Paulo percebeu o comportamento de alguns membros que eram irresponsáveis e tinham por hábito se aproveitarem da boa vontade de trabalhadores responsáveis, como acontece ainda hoje em várias comunidades cristãs. 
O comportamento do apóstolo não deu margem para ninguém usá-lo como referência para justificar sua ociosidade ou acusá-lo de aproveitador. Paulo era um missionário responsável e sempre priorizava a pregação do evangelho, por isso evitava atitudes que pudessem criar obstáculos a sua divulgação e a salvação de almas (1 Co 9.12).
A ociosidade dos tessalonicenses é condenada
A comunidade cristã em Tessalônica não tinha nenhum patrono rico convertido ao cristianismo que pudesse prover as necessidades do apóstolo. Ele, sendo judeu, encarava o trabalho como algo dignificante e não tolerava a ociosidade. O próprio Jesus, como veremos em lição posterior, se colocou no lugar de um escravo para demonstrar a virtude em servir (Jo 13.4,5). Assim, Paulo combate com intensidade a ociosidade dos cristãos em Tessalônica.
Em 2 Tessalonicenses 3.10, Paulo retoma mais uma vez a expressão firme e autoritária do versículo seis, utilizada também em 2 Tessalonicenses 3.4,10,12, “mandamos-vos isto” para reprovar a atitude dos tessalonicenses que não queriam trabalhar. Importante ressaltar que Paulo reprova a atitude de quem não queria trabalhar e não quem, por algum impedimento, não pudesse trabalhar (vv. 10-12). A expressão “mandamos-vos isto” tem referência a uma ordem militar de execução obrigatória, se não obedecida seria pena de traição. A ordem é para se afastar das pessoas ociosas, ou seja, deixar de ter comunhão com ela, o que significava não participar da festa da caridade e da Ceia do Senhor (1 Co 5.9-13). Paulo afirma que as pessoas que não estavam dispostas a trabalhar que não comessem também. Para algumas pessoas pode parecer falta de amor e consideração pelos irmãos rebeldes, mas em algumas situações é necessário uma atitude mais enérgica devido ao cuidado com a obra de Deus. Caso contrário, o prejuízo será maior do que a disciplina dessas pessoas. O fato de um líder ter que tomar medidas mais radicais não significa que não tenha amor pelo grupo sob sua responsabilidade, mas demonstra o zelo e submissão à missão dada por Deus para liderar seu povo. Por esse motivo, os líderes sérios, honestos e comprometidos com o Reino de Deus devem ser respeitados, valorizados e honrados.
A ociosidade gera desordem e divisão da comunidade. Basta ver a atual situação de desemprego no Brasil e o consequente aumento de violência, corrupção e assaltos. Paulo é enfático e rigoroso com os desocupados: “A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão” (2 Ts 3.12). Fica evidenciada a seriedade do assunto. As últimas palavras (v. 13) demonstram que a preparação para a volta de Jesus é trabalho dedicado a fazer o bem às pessoas, ou seja, o cristão deve estar ocupado e comprometido, enquanto espera o Dia do Senhor.  As pessoas mal intencionadas procuram sempre uma oportunidade para viver na ociosidade. O apóstolo dá exemplo de como lidar com essas pessoas.
II. O CRISTÃO NÃO DEVE COLOCAR SUA ESPERANÇA NA INCERTEZA DAS RIQUEZAS, MAS EM DEUS 
Neste tópico, a advertência paulina é contra o desejo desenfreado em acumular riquezas, a altivez das pessoas de alto poder aquisitivo que exploram os indefesos e pobres, e também às pessoas que depositam suas esperanças nas riquezas em vez de confiar em Deus.
Os cuidados com a tentação do desejo de acumular riquezas
O cristianismo se difundia entre as camadas mais baixas da sociedade, embora houvesse alguns cristãos abastados. Quando grupos de classes diferentes se unem por meio da religião a tendência é surgirem os conflitos. Na comunidade cristã deveria ser diferente. Os membros mais abastados traziam consigo os costumes da sociedade e estavam em fase de transição para as doutrinas cristãs. A mudança não ocorria de um dia para o outro. A convivência mais próxima entre as classes certamente produzia nos membros das camadas mais baixas o desejo de se tornarem também senhores e patrões. Todavia, entre os mais abastados existiam aqueles que continuavam com a mesma cultura de quanto mais melhor. Sendo assim, o apóstolo alerta sobre o perigo do desejo por acúmulo de riquezas. Se existe uma recomenda é porque esse sentimento estava presente na comunidade cristã destinatária da epístola.  
A recomendação acerca do perigo de acumular riquezas começa na perícope 1 Timóteo 6.9-16. Aqueles que querem ficar ricos dedicam toda a sua força e atenção para atingir esse objetivo. Por isso, caem em tentação e laço (1 Tm 6.9a). Há um adágio que diz: “Uma coisa puxa outra”, ou seja, a busca desenfreada por riquezas conduz à queda em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, e afogam essas pessoas na ruína e perdição (1 Tm 6.9b). Em 1 Timóteo 6.10 fica claro que o mal não está no dinheiro em si, pois ele é neutro. Desse modo, desejar o dinheiro não é o problema, mas sim o meio usado para adquiri-lo (1 Tm 3.3,8; Tt 1.7,11). O autor esclarece que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males e que muitos da própria comunidade ao se alimentarem dessa cobiça, se desviaram da fé. Ele acrescenta que como resultado, eles a si mesmos se atormentavam com muitas dores. 
O dinheiro pode ser investido na eternidade quando utilizado para ajudar os menos favorecidos ou na evangelização de pessoas. Por outro lado, ele também pode ser investido para fazer o mal às pessoas. Por isso, Timóteo é advertido para ensinar a comunidade com vistas evitar que seus membros sejam arrastados por valores falsos e pela ganância por bens materiais (1 Tm 6.11-16). A intenção é o livramento da pior consequência do pecado, a separação eterna de Deus e a perda de todos os benefícios que isso implica. Os ensinamentos de Paulo nas suas epístolas tem uma relação próxima com os conceitos judaicos sobre o trabalho e a prosperidade como demonstra o livro de Deuteronômio. Encontramos em Deuteronômio 8.18 a indicação de que o ser humano recebe de Deus forças para trabalhar e produzir os bens necessários para sobrevivência própria e da família, podendo até se tornar próspero no sentido material. No entanto, a ênfase está no reconhecimento de que a disposição, a condição de trabalho, o próprio trabalho e a prosperidade financeira gerada por ele são dádivas divinas. Por isso, a orientação é a dedicação ao trabalho de forma honesta, tendo a prosperidade financeira como uma consequência natural, sem necessidade de subterfúgios para alcançá-la. De outra forma, a prosperidade financeira alcançada por meio do amor ao dinheiro é considerada maldição e não bênção. Paulo era testemunha viva das duas situações, preferindo a vida simples por meio de trabalho honesto, mas desfrutando da comunhão e paz com Deus.
O rico altivo não entrará no Reino de Deus 
Diferente da comunidade cristã em Tessalônica, a comunidade de Éfeso desfrutava da presença de pessoas proeminentes e mais abastadas em seu grupo. A condição social e financeira da pessoa não é o determinante para a vida eterna com Deus, mas sim a maneira como usa o dinheiro e se relaciona com o próximo. Na primeira epístola enviada a Timóteo, os ricos são advertidos para não serem altivos de coração e para não colocarem suas confianças na incerteza das riquezas (1 Tm 6.17). Um grande número de pessoas acredita que o acúmulo de riqueza é sinal de segurança e paz, mas é um grande equívoco. Por exemplo, existem pais que trabalham por longos anos em busca de acumular riquezas para oferecer segurança para suas famílias, com tanta obstinação que esquece até da própria família. Quando alcançam seu objetivo percebem que perderam a família por falta de atenção e cuidado. Outras pessoas não medem os meios para acumular riquezas, se for necessário sacrificam vidas, famílias e instituições. Pessoas que conquistam suas riquezas com base em corrupção, negócios fraudulentos, tráfico, roubo, assassinatos, entre outras formas inapropriadas. A realidade da política brasileira retrata bem essa situação. Eles correm o risco de perder tudo que conquistaram de uma hora para outra. Tiago adverte os membros ricos de sua comunidade para clamar e chorar pela miséria que passariam, pois o clamor das pessoas exploradas havia chegado diante de Deus e serviriam para a condenação deles (Tg 5.1-6).
A carta destinada a Filemon, homem rico que provavelmente foi convertido por meio da pregação de Paulo e por quem o apóstolo nutria muita afeição (Fl 1.1), e as pessoas que se reuniam em sua casa, tem um apelo particular em favor de um escravo fugitivo de “propriedade” de Filemon, chamado Onésimo. Portanto, um bom exemplo sobre o relacionamento entre membros da comunidade cristã pertencentes à classes sociais diferentes. O escravo além e fugir, ao que tudo indica, também roubou dinheiro de seu senhor. Isso fazia dele um dos seres mais desprezíveis daquela sociedade, segundo os costumes e cultura romana. Paulo, enquanto estava preso em Roma, acolhe Onésimo e o conduz a Cristo. Agora, como irmãos, Paulo intercede por Onésimo em sua carta à Filemon (Fl 1.9-11). A exemplo de Cristo, ele se coloca no lugar do escravo e irmão em Cristo: “E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha conta. Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi: Eu o pagarei” (Fl 1.18-19). Paulo aproveita a oportunidade para ensinar tanto a Filemon, como a toda a comunidade cristã que se reunia em sua casa, como as demais e até a nossa comunidade cristã atual sobre o respeito ao ser humano. O apóstolo ensina que o fato de um membro do corpo de Cristo possuir riquezas não o faz melhor do que seu irmão, que no Reino de Deus, a arrogância e o orgulho pode comprometer a vida eterna com Deus.
O cristão deve depositar suas esperanças em Deus e usar o dinheiro para o bem 
A cidade de Éfeso estava situada num porto que possibilitava o escoamento do comércio até o Mar Mediterrâneo. Em 133 a.C. foi declarada capital da província romana da Ásia. Quando Paulo escreve aos efésios faz uma séria advertência com relação a antigas práticas relacionadas ao dinheiro e ao trabalho: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef 4.28). Na sociedade secular as distinções entre as pessoas eram mantidas e cada classe (escravo, pobre, mulher, ricos, entre outras) tinha um lugar e função a exercer, não podendo haver troca de papeis ou intimidades e aproximações. Para a comunidade cristã, Paulo apregoa a queda dessas barreiras, pois todas as pessoas são consideras filhas de Deus, “escravos” de Cristo e irmãos com disposição para trabalhar ou servir ao próximo e ao Reino de Deus.A recomendação aos ricos serve para todas as pessoas: reconhecer Deus como a fonte de todos os bens e cuidar deles como mordomos. Os ricos são encorajados a praticar o bem com suas riquezas por meio de obras de generosidade e solidariedade. As bênçãos materiais recebidas de Deus devem ser desfrutadas e usadas não para uma vida inútil e egocêntrica, mas para uma vida produtiva e para o avanço do Reino de Deus. A proposta de Mateus 6.19-21 de entesourar ou acumular bens no céu é repetida aqui.
A recomendação é de acumular para si mesmo um tesouro com sólido fundamento para o futuro, para uma vida eterna com Deus. As obras do cristão serão um dia julgadas e avaliadas (1 Co 3.10-15). 
Os versículos 17 a 19 se constituem uma instrução positiva para os ricos de como usar suas riquezas para a glória de Deus, pois é possível ser rico neste mundo e não ser rico diante de Deus (Lc 12.13-21). O cristão deve posicionar-se como mordomo de Deus, não depositar sua confiança no que recebe de dEle, mas na própria fonte que é Deus. O Senhor deseja que desfrutemos da melhor maneira as bênçãos que Ele concede a esta vida, sem descuidar das bênçãos preparadas para a eternidade. A condição social e financeira da pessoa não é determinante para uma vida eterna com Deus, mas em quem o ser humano coloca sua esperança, e como faz uso do dinheiro e bens que Deus tem colocado em suas mãos para administrar (mordomia econômico-financeira).                                                     
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Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.