Lição 1 - Tabernáculo – Um Lugar da Habitação de Deus
2º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A PARCERIA DE DEUS COM SEU POVO PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO (25.1-7)
II – O TABERNÁCULO FOI UM PROJETO DE DEUS (Êx 25.8,9)
III – A RELAÇÃO TIPOLÓGICA ENTRE O TABERNÁCULO E A IGREJA
I – A PARCERIA DE DEUS COM SEU POVO PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO (25.1-7)
II – O TABERNÁCULO FOI UM PROJETO DE DEUS (Êx 25.8,9)
III – A RELAÇÃO TIPOLÓGICA ENTRE O TABERNÁCULO E A IGREJA
Elienai Cabral
Uma das lições que aprendemos em Hermenêutica Bíblica é que todos os fatos e princípios do Antigo Testamento constituem-se em sombras ou tipos das realidades das coisas celestiais, uma vez que não há dúvida de que todo o conteúdo da Bíblia é a Palavra de Deus e que ela é proveitosa e útil em sua totalidade para instruir os que desejam conhecer o Senhor (Is 55.11; 2 Tm 3.16,17).
Qual a importância em estudar sobre o Tabernáculo? Que lições podemos tirar dessa história e tipo? Se o sistema sacrificial e o próprio Tabernáculo foram abolidos do sistema de culto dos judeus, que valor terá o estudo sobre esse assunto hoje? A resposta é dada pelo apóstolo Paulo quando ele diz que Israel havia bebido de águas no deserto e que Cristo era a rocha espiritual, da qual beberam os judeus (1 Co 10.4,5). Ora, subentende-se, portanto, que a rocha da qual beberam os israelitas continua sendo a rocha da qual verte água para saciar a sede da Igreja hoje. Quando estudamos sobre o Tabernáculo, que é a figura do próprio Cristo, tornamos evidente que Ele é a realidade do Tabernáculo. Cristo, portanto, é nosso Tabernáculo neotestamentário. Por isso, tudo na história de Israel, desde sua saída do Egito até chegar à terra de Canaã, constitui-se em exemplo e tipo de uma realidade ainda a aparecer. Essa realidade fez-se conhecida em Jesus Cristo.
Na tradução da Bíblia King James, Paulo diz em sua epístola aos coríntios que “todas estas coisas lhes aconteceram como exemplos, e elas estão escritas para nossa admoestação”; já na ARC, a tradução do texto está assim: “Tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso [...]” (1 Co 10.11). Ambas as traduções estão corretas quando usam as palavras “exemplos” e “figuras”, que aparecem no grego como typos, referindo-se ao modelo de alguma realidade que está por aparecer. Portanto, typos é, na verdade, um protótipo daquilo que pode ser reconhecido na realidade. No Novo Testamento, um typospode caracterizar algum fato histórico que serve como modelo e que tenha um propósito didático e interpretativo. Assim sendo, vários textos do Novo Testamento são antytipos que servem como figura de alguma realidade espiritual (Hb 9.24 e 1 Pe 3.21). Em Hebreus 9.24, o santuário verdadeiro é o tipo e o antítipo. Subentende-se, portanto, que esse santuário é a cópia do Tabernáculo que Moisés construiu.
Devemos ter em mente que nenhum tipo pode existir sem seu correspondente antítipo, assim como nenhuma sombra pode existir sem sua pertinente realidade; por isso, o estudo do Tabernáculo ensina-nos e mostra-nos a realidade das coisas celestiais (Hb 9). Há muita revelação embutida nas Escrituras que requer de quem estuda o cuidado para entender sua linguagem.
No estudo do Tabernáculo, não devemos apenas considerar a sua bonita história. Devemos entender que o emprego tipológico do Tabernáculo não apenas objetiva a apreciação da sua história, como também oferece lições preciosas que estão implícitas nos elementos tipológicos que revelam verdades espirituais para a nossa vida hoje.
A tipologia deve ter sua base na autoridade da Bíblia, não na imaginação do intérprete. É lamentável a banalização feita por pretensos intérpretes que, à revelia do que está revelado na Bíblia, engenham interpretações que tornam a Bíblia um livro de historinhas fantasiosas e antibíblicas.
Texto extraído da obra “O TABÉRNÁCULO”, editada pela CPAD.
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