sábado, 4 de julho de 2015

Lição 1 - 3º Trimestre 2015 - A Igreja Em Um Mundo Novo - Jovens.

Lição 01

A IGREJA EM UM MUNDO NOVO3° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbj-03INTRODUÇÃOI - DO MUNDO VETEROTESTAMENTÁRIO AO NEOTESTAMENTÁRIOII - O MUNDO ENFRENTADO PELA IGREJA NO PRIMEIRO SÉCULOIII - A IGREJA EM UM MUNDO NOVOIV – A PRIMEIRA DÉCADA E MEIA DO SÉCULO 21CONCLUSÃO

I – DO MUNDO VETEROTESTAMENTÁRIO AO NEOTESTAMENTÁRIO
Professor, é importante enfatizar neste primeiro tópico o período de 400 anos que ocorreu entre o livro do profeta Malaquias e o nascimento de Jesus Cristo. Esse é o período que chamamos de “interbíblico” ou “intertestamentário”. Neste período, Deus não levantou profeta algum para levar uma mensagem coletiva ao seu povo escolhido — Israel. Porém, isso não significa que Deus não tenha falado. Ele falou, mas de forma isolada. O primeiro Evangelho, Mateus, inicia relatando a mensagem de Deus à Maria a respeito do nascimento de Jesus.
Ainda neste primeiro tópico, procure estabelecer uma comparação entre João Batista e Jesus Cristo. Enfatize o fato de que Jesus foi um homem do seu tempo. Ele viveu em sociedade e pregou a mensagem do Reino de Deus a todos, todavia sem se contaminar. Com Jesus aprendemos que “é possível viver em meio a uma sociedade corrompida sem contaminar-se com o estilo de vida do mundo.”
 JOÃO BATISTA JESUS CRISTO
 Precursor de Jesus Cristo. O Messias, Filho de Deus.
 O marco de transição entre a Antiga e a Nova Aliança. O marco da Nova Aliança.
 Viveu no deserto. Tinha um estilo de vida solitário (Mt 3.1). Viveu nas cidades, entre as pessoas. Pregava nas casas, sinagogas e no Templo.
 Vestia-se de pelos de camelo e comia gafanhoto e mel silvestre (Mt 3.4). Vestia-se como as pessoas dos seus tempos e não tinha uma restrição alimentar (Mt 11.19).
 Herodes o mandou matar. Entregou a sua vida, morrendo na cruz por toda a humanidade.

É IMPORTANTE MOSTRAR QUE:
“Jesus viveu dentro de um contexto de pluralidade religiosa, com a existência de diversas teologias e concepções sobre Deus e espiritualidade. Embora respeitasse a crença de cada grupo e tenha dialogado com muitos deles (Lc. 7.36), Ele não deixou de apontar os seus erros e de lhes falar a verdade. Jesus não se apresentou como mais uma opção religiosa entre tantas, mas como o próprio Filho de Deus (Jo 6.57), afirmando a sua exclusividade ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6). 
Nos dias atuais, como discípulos de Jesus, devemos respeitar as demais confissões religiosas, sem perder o senso crítico e a coragem de dizer o que convém à sã doutrina (Tt 2.1). Precisamos estar preparados (1Pe 3.15) para confrontar toda religião que fuja dos princípios bíblicos, seja por legalismo, misticismo ou mundanismo, enfatizando a superioridade de Cristo, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2), e o fundamento da verdadeira espiritualidade. Como escreveu Erwin Lutzer ‘Cristo apresentou-se como o único e exclusivo Salvador capaz de levar homens e mulheres a Deus Pai. Logicamente isso exclui todos os outros mestres/gurus que afirmam poder levar homens e mulheres a Deus. Nem Cristo pode ser o salvador apenas para o mundo ocidental nem sê-lo para o mundo oriental. Se Ele é a verdade, é a verdade para o mundo inteiro’’’ (MILOMEM, Valmir. Lições Bíblicas Jovens, 2 TRI, 2015, CPAD).
II – O MUNDO ENFRENTADO PELA IGREJA NO PRIMEIRO SÉCULO
Além de enfrentar as leis romanas a Igreja Primitiva teve que enfrentar o gnosticismo. Observe baixo o que significa esta doutrina. Se desejar, leia a definição para sua turma ao comentar o subtópico 3: 
“[Do Gr. gnostikós,conhecimento]. Escola teológica que floresceu nos primórdios do Cristianismo. Contrariando as pregações dos apóstolos, seus adeptos diziam-se os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de Deus. Seu arcabouço doutrinário considerava a matéria irremediavelmente má. Por isso, diziam que a humanidade de Cristo era apenas aparente.
Os gnósticos foram muito combatidos pelo apóstolo João que, em suas epístolas, fazia questão de mostrar ser o Senhor Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
O gnosticismo visava também conciliar todas as religiões, unindo-as através da gnose que, segundo ufanavam-se, era um conhecimento profundo” (Dicionário Teológico Claudionor de Andrade, CPAD, p. 167).
III – A IGREJA EM UM MUNDO NOVO
Professor, vivemos um tempo de desafios e mudanças, todavia como Igreja do Senhor temos uma missão a cumprir: Promover o Reino de Deus na Terra. Nós somos a Igreja. Aproveite este tópico e faça a seguinte indagação: “O que temos feito para dar cumprimento a nossa missão?” 
Explique que “a igreja não é uma mera organização humana. É um projeto de Deus (Ef 1.10; 3.1-13), edificada em Cristo Jesus (Mt 16.13-18). Naquela que ficou conhecida como a declaração de Cesareia o Senhor afirmou: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”(v. 18).O alicerce não é Pedro, e sim o Senhor Jesus, a Rocha inabalável (Rm 9.33; 1Co 3.11). O próprio discípulo reconheceu essa verdade ao chamá-lo de a pedra angular (1Pe 2.7).
A igreja não é o Reino de Deus em sua plenitude, mas a sua expressão entre os homens. Como Igreja, ela não proclama a si mesma, mas o Reino de Deus. Ela não é um fim, mas o instrumento que apresenta ao mundo o Senhor do Reino e introduz em suas fronteiras os seres humanos arrancados do reino das trevas. Logo, a Igreja é a agência divina que promove o Reino de Deus aqui na Terra, pelo testemunho e prática no dia-a-dia da presença real do governo divino em todas as dimensões da vida, proclamando que Jesus salva, cura, transforma, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará nas nuvens para buscar o seu povo. Precisamos clamar ao Senhor para que Ele continue a fortalecer o seu povo nestes últimos dias, diante de tantos desafios e guerra cultural” (MILOMEM, Valmir. Lições Bíblicas Jovens, 2 TRI, 2015, CPAD).
IV – A PRIMEIRA DÉCADA E MEIA DO SÉCULO 21
Enfatize que este é um tempo de mudanças, por isso, a Igreja do Senhor precisa fazer uma leitura crítica do nosso tempo para que possa transformá-lo mediante a pregação da Palavra de Deus. Como cristãos precisamos obedecer à recomendação bíblica: “[...] que é já hora de despertarmos do sono [...]” (Rm 13.11). Se desejar reproduza o quadro abaixo destacando as principais mudanças.
MUDANÇAS DO NOSSO TEMPO
 Econômicas A criação de grandes blocos econômicos e a criação de uma moeda única, como o euro.
 Sociais Novos padrões familiares, surgindo as chamadas famílias homoafetivas.  As crenças e os valores passam a sofrer influência direta das mídias.
 Religiosas O ateísmo dá lugar ao pluralismo e ao diálogo religioso.
 Filosóficas  Não existem verdades absolutas.
 Político Surgimento de grupos terroristas fundamentalistas. O terrorismo “inaugura” o século 21.
Por Telma Bueno. Educação Cristã. Publicações, CPAD.

Lição 1 - 3º Trimestre 2015 - Uma Mensagem à Igreja Local e à Liderança - Adultos.

Lição 1

Uma mensagem à Igreja Local e à Liderança
3º Trimestre de 2015
Capa-LBP-3T-15INTRODUÇÃOI – AS EPÍSTOLAS PASTORAIS
II – PROPÓSITO E MENSAGEM
III – UMA MENSAGEM PARA A IGREJA LOCAL E À LIDERANÇA DA ATUALIDADE
IV – MENSAGEM PARA A LIDERANÇA
CONCLUSÃO


“A NECESSIDADE DE ÉTICA MINISTERIAL NA IGREJA” (2 TIMÓTEO 2.15)
Estamos iniciando mais um trimestre de estudo da Palavra de Deus e pedimos que a graça do Senhor seja abundante sobre a nossa vida. Na lição desta semana, iniciaremos comentando a respeito da orientação de Paulo a dois jovens pastores que cuidavam do rebanho do Senhor.
As epístolas direcionadas a Timóteo e a Tito discorrem de qualidades especificas que devem ser encontradas na vida daqueles que manejam a Palavra da Verdade. Em primeiro lugar, Paulo aborda a respeito de que o líder deve ser exemplo ético para a Igreja e para os que estão de fora. Deve se apresentar como um obreiro aprovado que não tem dos que se envergonhar, para que, do mesmo modo, também não envergonhe ou escandalize os que são neófitos na fé (cf. 1 Tm 4.2; 2 Tm 2.15).

Em segundo lugar, outro atributo que o líder deve possuir é que deve servir. As palavras de nosso Senhor Jesus e o seu maior exemplo deixam claro que qualquer que é chamado para liderar no Reino de Deus, deve entender que “somos salvos para servir”, pois o líder cristão não é o que manda, e sim o que serve, não é o maior, e sim, aquele que se torna o menor e serve como exemplo de humildade para os demais (Mt 20.24-28).

Sendo assim, nesta lição, caro professor, aborde estes importantes ensinamentos que podem tornar a igreja um local cada vez mais saudável e rico da graça de Deus.
I. O líder cristão como exemplo ético para os que estão à sua volta.
Quando escreve e direciona suas epístolas aos jovens pastores Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo apresenta alguns aspectos indispensáveis à vida daqueles que exercem o ministério na Casa de Deus. Os que possuem a incumbência de ministrar perante a igreja devem ser exemplo para o rebanho de Deus. Uma vida ética que obedece a Palavra de Deus e respeita o próximo é fundamental para a edificação do Corpo de Cristo (cf. Tt 1.5-9).

Na Bíblia de Estudo Pentecostal, encontramos mais detalhes dessa importância: “O líder cristão deve ser, antes de qualquer coisa, ‘exemplo dos fiéis’ (1 Tm 4.2; cf. 1 Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação. (a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (1 Tm 4.12,15). (b) O povo de Deus deve aprender a ética e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1 Co 11.1; Fp 3.17; 1 Ts 3.7,9; 2 Tm 1.13)” (CPAD, 1995, p. 1867).

Não obstante, nos dias atuais, vemos no seio da igreja uma imensa carência de obreiros que verdadeiramente possuam a ética, isto é, obreiros que possuam em sua formação ministerial, valores e preceitos intrínsecos em sua personalidade de modo que alcancem bom testemunho dos crentes que fazem parte da sua comunidade de fé, e principalmente, dos que são neófitos na fé, ou seja, crentes recém-nascidos no evangelho. Além disso, também deve prestar um bom testemunho aos descrentes, por intermédio do seu comportamento exemplar, respeito, educação e amor para com o próximo.

Portanto, tais qualidades tornam-se indispensáveis para o exercício adequado por parte dos que realizam a obra de Deus.

II. O líder cristão deve servir a todos.
Além do mais, outra especificidade que deve possuir o líder que teme a Deus e que cuida em ser um obreiro aprovado, é a predisposição em servir. Em contraste com a realidade de muitos nos dias atuais que esperam por ser servido, o próprio Cristo declarou de maneira bem incisiva: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28).

Diferentemente do modelo secular que atribui o dever de servir e honrar aos que estão em posição elevada, Cristo se despiu de sua glória e humildemente se fez homem, e achado na forma humana, se humilhou à condição de servo, a fim de mostrar o exemplo aos seus discípulos (cf. Fp 2.5-8).

No Reino de Deus, todos os que são chamados para liderar devem entender que somos salvos com a mesma missão de exercer o serviço pelo qual fomos alcançados pela graça de Deus. Assim como nosso Mestre lavou os pés dos discípulos, dando o exemplo de servidão, também devemos optar por servir aos nossos irmãos em tudo o que diz respeito à edificação espiritual e bem estar (Jo 13.12-17; Rm 15.2-7).

Ademais, o líder cristão não deve exercer o mando, e sim o serviço para que cada membro em particular sinta-se encorajado a auxiliar um ao outro, e finalmente juntos, possam trabalhar para a edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11-13). Também não deve almejar ou vangloriar-se por ser o maior, antes deve se tornar o menor, para que sirva de exemplo de humildade para os demais irmãos à semelhança do que Cristo realizou aqui na terra, durante o tempo de seu ministério (cf. Mt 23.11,12).

Portanto, o maior exemplo de liderança encontra-se na atitude de quem prefere servir ao invés de ser servido, quem escolhe ser humilde ao invés de se exaltar, pois em verdade afirma o provérbio: “O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e diante da honra vai a humildade” (Pv 15.33).

Considerações finais
Tendo em vista que somos privilegiados por prestarmos um serviço tão especial para o Reino de Deus, devemos considerar que todos quantos almejam por realizar esta obra devem possuir as qualidades esperadas por Deus.

O líder que verdadeiramente é chamado pelo Senhor, entende a sua responsabilidade ética perante a igreja. Embora não seja perfeito, entende perfeitamente que para ser um obreiro aprovado e que maneja bem a Palavra da Verdade, não basta apenas conhecê-la, mas deve também obedecê-la e praticá-la (Tg 1.22). Não se envergonha do serviço que presta para o Reino de Deus, nem mesmo escandaliza os que aceitaram recentemente a fé, mas se orgulha de ser o exemplo dos fieis.
Cristo em tudo se mostrou fiel e obediente e espera que os seus servos entendam a missão de não apenas fazer, mas também de ser exemplo de humildade e amor para com o semelhante. Visto que a saúde de uma igreja depende em muito da qualidade dos obreiros e da liderança que nela presta o serviço para Deus, que se agrada quando o seu povo persevera na oração, na Palavra da Verdade, no partir do pão e na comunhão (At 2.42-44).

Que possamos, como obreiros de valor, cumprir com excelência o chamado ministerial com que fomos chamados, como verdadeiros obreiros aprovados pelo Senhor.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Lição 13 - 2º Trimestre 2015 - Os Servos de Jesus, Sal da Terra e Luz do Mundo - Jovens.

Lição 13

Os Servos de Jesus, Sal da Terra e Luz do Mundo2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - OS DISCÍPULOS COMO O SAL DA TERRA (Mt 5.13)
II - OS DISCÍPULOS DE JESUS COMO A LUZ DO MUNDO (Mt 5.14)
III - IGREJA, PROMOVENDO O REINO DE DEUS NA TERRA (Mt 11.5; 28.19)
CONCLUSÃO

IGREJA, AGÊNCIA DO REINO DE DEUS NA TERRA (MATEUS 5.16)
Na aula desta semana, aprenderemos que a Igreja possui as qualificações para ser a representante de Deus na terra. O plano divino distingue a igreja como local e universal.
É considerada local pelo fato de ser uma verdadeira agência do Reino de Deus em que os crentes desfrutam da comunhão e obedecem à Palavra de Deus e, como toda instituição, é um organismo vivo organizado com direitos e deveres que devem ser cumpridos pelos que fazem parte desta magnífica estrutura. Desde o início, Deus projetou a igreja e a proveu de condições necessárias para a sua subsistência.

De outro modo, a igreja possui a qualidade de ser universal porque é um organismo espiritual composto por todos os que creram no evangelho de Cristo, em todas as épocas e em todos os lugares. Deus incumbiu a esta igreja, a responsabilidade de testemunhar o evangelho da graça ao mundo. Ela é o instrumento de Deus para a salvação do pecador. Quando Cristo ressurgir nas nuvens do céu, os fieis experimentarão da ressurreição e transformação de seu corpo para morar eternamente com o Senhor Jesus, todos quantos possuem o seu nome escrito no Livro da Vida (1 Ts 4.13-17).

Portanto, caro professor, enfatize em sua aula que a igreja é uma instituição e por esta razão, deve ser organizada como tal. Ensine também que a estrutura religiosa só pode ser considerada representante do Reino de Deus se de fato promove o testemunho de Cristo ao mundo.

1. A igreja é um organismo vivo e institucional.
Sendo a igreja, uma verdadeira agência do Reino de Deus, precisa atuar adequadamente, a fim de que cumpra o seu papel glorioso de representar Cristo até os confins da terra. Quando falamos que a igreja é local, entendemos que ela é formada de crentes de uma determinada região, que compartilham de uma mesma comunhão (cf. At 2.42).

Na obra Teologia Sistemática, Eurico Bérgsten detalha: “A igreja local é a forma neotestamentária da comunhão entre os crentes. É um órgão que Jesus fez levantar através da sua morte (cf. Jo 11.52; Ef 2.15,16). Ela é o agrupamento de crentes regenerados e batizados em água, residentes em uma determinada comunidade, os quais, com o propósito de obedecer à Palavra de Deus, se reúnem em um organismo espiritual para, sob a direção de um ministro de Deus, servir ao Senhor. [...] A Bíblia fala de ‘alguns da igreja’ (At 12.1) e dos que ‘saíram de nós’ (1 Jo 2.19). Assim, torna-se manifesta tanto a retidão dos sinceros (cf. 1 Co 11.19) como o desvario dos errados (cf. 2 Tm 3.9). Quando a Bíblia fala da disciplina na igreja, subentende-se que o disciplinado pertencia à mesma, pois ninguém pode ser desligado de um local ao qual não pertencia (cf. Mt 18.17,18).

Na igreja local, todos os membros são iguais em consideração, pois são irmãos (cf. Mt 23.8-10). Não existe discriminação de raça nem de posição social: todos são varas na mesma videira (cf. Jo 15.5). A Bíblia fala sempre de uma só igreja local em cada lugar: a igreja em Jerusalém (cf. At 8.1), em Antioquia (cf. At 13.1), em Corinto (cf. 1 Co 1.2), em Tessalônica (cf. 1 Ts 1.1) e em Éfeso (cf. Ap 2.1), por exemplo. A igreja local também é referida na forma plural, quando se trata das igrejas existentes em determinada região. Assim, as igrejas na Galácia (cf. Gl 1.2), na Judéia, Galileia e Samaria (cf. At 9.31), e na Macedônia (cf. 2 Co 8.1)” (CPAD, 2013, p. 213).

Desde o princípio o Senhor proveu todos os recursos para que a igreja estivesse atuante como instituição. Contudo, muito além de ser uma organização que possui regimento interno com direitos e deveres, a igreja deve ser relevante para onde se encontra inserida de modo a permear os valores do Reino de Deus em uma sociedade que precisa reconhecer Deus em seus caminhos.

2. A igreja promove o testemunho de Cristo ao mundo.
A igreja possui a qualidade de ser universal porque é um organismo espiritual. Quando falamos desse aspecto, nos referimos ao fato de a igreja ser composta por todos os crentes em todas as gerações e lugares.

Eurico Bérgsten continua a discorrer: “É ‘a universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus’ (Hb 12.23). Os crentes do Antigo Testamento, que creram em Deus e foram aceitos por Ele através do sacrifício de cordeiros, após a morte e a ressurreição de Jesus foram postos pé de igualdade com os crentes do Novo Testamento (cf. Rm 3.25,26). Eles tomarão parte na primeira ressurreição, quando Jesus vier nas nuvens. Jesus é o líder da Igreja universal. Não existem nela ministérios ou cooperadores: Ele é tudo em todos. Aqueles que permanecem em Jesus dando frutos pertencem à Igreja universal. Se alguém não dá fruto, é cortado (cf. Jo 15.4-6). Todas as igrejas locais no mundo pertencem à Igreja universal, mas é possível ser membro de uma igreja local, sem pertencer à uma Igreja universal” (Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 212-13).

No grande Dia da vinda do Senhor, quando Cristo ressurgir nas nuvens do céu, todos os que morreram fieis, aguardando a promessa, ressuscitarão em glória, e nós, os que estivermos vivos, seremos transformados e todos juntos estaremos com o nosso Senhor para todo sempre (1 Ts 4.13-17). Por esta razão, o discípulo de Cristo não pode deixar de ser sal da terra e luz do mundo. Devemos ser uma igreja relevante em tempo e fora de tempo.

Considerações finais
Portanto, a igreja tem todas as qualificações necessárias para ser a representante de Deus na terra. Consideremos que o nosso Deus sempre proverá os recursos necessários para subsistência da igreja e para que ela exerça plenamente o papel de agência do Reino de Deus.

Mesmo sendo uma organização institucional, é também um organismo vivo e espiritual, constituído da responsabilidade de testemunhar o evangelho da graça por todo o mundo. Todos os crentes no mundo compõem este grande corpo de santos que ressuscitará, e os que estiverem vivos serão transformados para todos juntos viverem eternamente com o senhor (1 Ts 4.13-17).

Sabendo disso, devemos ter em mente que é tempo de pensarmos melhor se estamos cumprindo o nosso papel de Igreja em toda a terra. Sermos, simplesmente instituição não terá a mínima importância em nossa sociedade. Todavia, se desempenharmos o serviço para o Reino de Deus com comprometimento e identidade, se não “perdemos o sal” e nem permitirmos “faltar azeite em nossas lâmpadas”, de fato, seremos uma igreja relevante em nossos dias para uma sociedade carente de Deus.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 13 - 2º Trimestre 2015 - A Ressurreição de Jesus - Adultos.

Lição 13

A Ressurreição de Jesus
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO

II – A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

III – EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
IV – O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

CONCLUSÃO

“RESSURREIÇÃO E GARANTIA DE VIDA ETERNA” (1 CORÍNTIOS 15.53,54)
Estamos chegando ao final de mais um trimestre, e nesta semana estudaremos a respeito do evento que ratificou a nossa salvação: a Ressurreição de Cristo.
A morte e ressurreição de Jesus é a garantia de que os crentes também ressuscitarão no grande Dia da Vinda de nosso Senhor. Assim como pela ofensa de Adão, a morte reinou sobre a humanidade, a abundância da graça reina em vida, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 5.17).

Sua maravilhosa graça nos alcançou e, por esta razão, recebemos mediante a fé, o privilégio de sermos restaurados e regenerados pelo Espírito Santo de Deus. E quando chegar o grande Dia da Ressurreição, também receberemos corpos incorruptíveis e viveremos eternamente com o Senhor (1 Co 15.53,54). Assim como Ele é, também o seremos diante do nosso Pai celestial (cf. 1 Jo 3.2,3).

Portanto, caro professor, ensine aos seus alunos de que maneira ocorrerá este evento tão esperado por todos nós que Cristo nos garantiu ao ressuscitar dos mortos. Enfatize também que a vida eterna e a incorruptibilidade são frutos da graça salvadora manifesta por intermédio da ressurreição de Cristo. Tenha uma ótima aula!
I. A garantia da Ressurreição.
Sabemos que o pecado original ocasionou com que a morte sobreviesse ao homem e reinasse em seus membros por conta do pecado. Mas graças a Deus pela abundante graça manifesta em Cristo que nos trouxe a vida.

A justiça de Cristo sobre a cruz permitiu ao homem a oportunidade de remissão de seus pecados e de justificação perante Deus (Rm 5.1). Sua ressurreição não era comum, mas especial, pois sendo um sacerdote que permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo e pode salvar perfeitamente os que por Ele se achegam a Deus, vivendo sempre a interceder por eles (cf. Hb 7.24,25).

Laurence O. Richards discorre no Comentário Histórico-Cultural que “O argumento de Paulo é que a ressurreição, embora muito importante, é um acontecimento em uma sequência de acontecimentos culminantes. O primeiro evento foi a ressurreição de Jesus, que transformou o curso da história e garantiu a ressurreição do crente. [...] Dessa maneira, a ressurreição de Cristo representa mais do que uma garantia de nossa própria ressurreição. Ela é o acontecimento crítico da história, o evento que introduz uma ordem cronológica que executará os propósitos de Deus e abolirá Satanás e a morte, restaurando o universo ao seu estado puro e original, revertendo o curso do poder destruidor que foi liberado através do pecado de Adão” (CPAD, 2012, p. 363).

Assim sendo, pelo novo e vivo caminho que Ele nos abriu, podemos ter vida, e esta vida, assim como a própria vida de Cristo, não pode ficar retida na morte, pois agora estamos vivos em Cristo Jesus e viveremos eternamente para a glória de Deus (cf. Hb 10.20; Ef 2.1; 1 Co 15.22).

II. Seremos incorruptíveis e viveremos eternamente com o Senhor.
Tendo em vista que Cristo tornou-se a causa da nossa salvação, recebemos mediante a fé, o privilégio de sermos restaurados e regenerados por seu santo Espírito. Quando Cristo retornar, então, assim como Ele é, também o seremos. Visto que o nosso corpo corruptível se revestirá de incorruptibilidade (1 Co 15.53,54).

A Bíblia de Estudo Pentecostal narra este processo de transformação de nossos corpos da seguinte maneira: “Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1 Co 15.20-44,49; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será: a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31); um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (1 Co 15.42-44,47,48; Ap 21.1); c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42); d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21); e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); f) um corpo espiritual (isto é, não natural, mas sobrenatural), não limitado palas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1 Co 15.44).

[...] Os fiéis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles (1 Co 15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos na volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física” (CPAD, 1995, p. 1766). Assim, transformados pelo poder de Deus, viveremos eternamente com o nosso Senhor.

Considerações finais
Portanto, recebemos a garantia de uma eterna salvação e da ressurreição que virá aos crentes no grande Dia da Vinda do Senhor (1 Ts 4.13-17). Tendo em vista que, embora o pecado se fizesse presente em Adão, Cristo desfez a obra do pecado que resultou em morte para o homem. Desde então, fomos resgatados da nossa vã maneira de viver e ressuscitados em Cristo quando Ele ressuscitou ao terceiro dia pela manhã (1 Pe 1.18,19).

Que possamos guardar a esperança de que, do mesmo modo como o nosso Senhor ressuscitou e vive eternamente, também ressuscitaremos em um corpo de glória, semelhante ao de nosso Senhor, no qual a corrupção não encontrará mais lugar nem as concupiscências terão domínio algum (1 Co 15.42-49). Antes, assim como é santo aquEle que nos chamou, também seremos santos eternamente.

Por esta razão, assim como Ele é puro, devemos nos purificar para que no Dia da Ressurreição, sejamos achados vigilantes e servindo ao Senhor em santidade (1 Jo 3.2,3).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

sábado, 20 de junho de 2015

Lição 12 - Os Discípulos de Jesus e a Participação Política. Jovens.

Lição 12

Os Discípulos de Jesus e a Participação Política2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - O QUE É POLÍTICA?
II - POLÍTICA SEGUNDO A BÍBLIA
III - A RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO CRISTÃO
CONCLUSÃO

A SUJEIÇÃO À AUTORIDADE DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS (ROMANOS 13.1,2)
Na aula desta semana, estudaremos concernente à política de acordo com as Escrituras Sagradas. Veremos que a política trata de que forma deve ser o relacionamento do cidadão, dentre eles, o cristão, com as autoridades que administram o governo civil.
Nesse contexto, discorreremos a respeito da sujeição às autoridades, desde que estejam de acordo com os princípios morais e espirituais da Palavra de Deus. Sabemos que o Estado é laico e, portanto, não compartilha dos mesmos valores que os cristãos apreciam na Palavra de Deus. Por isso, importa que tenhamos em mente que há determinadas ordenanças que são idealizadas com o propósito contrário e implicante aos costumes cristãos.

Sendo assim, devemos verificar se os candidatos que optamos por eleger, de fato, defendem princípios que estão de acordo com os valores morais contidos na Palavra de Deus (Pv 22.28).

Portanto, caro professor, enfatize em sua aula, sobre a importância de pensarmos na política como uma forma de estarmos inteirados em tudo o que envolve a administração pública, e de certa forma, nossas vidas em sociedade. Ressalte também que, devemos prestar atenção se aqueles que optamos para representar os nossos direitos junto ao Estado, verdadeiramente o fazem de acordo com os valores morais da Palavra de Deus. Tenha uma excelente aula!

1. A obediência do Cristão às autoridades.
Sabemos que as Escrituras Sagradas orientam que devemos estar sujeitos à toda ordenação humana, visto que não há autoridade que não seja constituída por Deus (cf. Rm 13.1). No entanto, há momentos que o governo de nossa localidade ou mesmo de nossa nação, não se sujeita aos princípios da Palavra de Deus.

Nesse caso, a Bíblia abre um precedente para nos mantermos firmes com aquilo que é condizente com a vontade de Deus. Há exemplo disso, encontramos a ocasião em que o apóstolo Pedro e todos os demais discípulos são coagidos pelas autoridades judaicas a não ensinarem mais a respeito da salvação por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. At 5.28,29). Ao que Pedro responde com convicção e fé: “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (v. 29).

Não estamos com isso enfatizando que todas as leis que prezam pelo respeito, sossego e a ordem pública devam ser desobedecidas. O Senhor Deus nos concede a sabedoria e os recursos necessários para pregarmos de acordo com a necessidade das pessoas de uma localidade de maneira educada e eficaz.

No episódio de Pedro, importava que o evangelho da graça fosse testemunhado e propagado por toda região de Israel. Para isso, os discípulos não deveriam se deixar dominar pala inveja e perversidade da cúpula judaica que não sentia nem se quer o mínimo de remorso pela culpa de ter crucificado o nosso Salvador.

Para esclarecermos este preciso mandamento, a Bíblia de Estudo Pentecostal comenta: “Deus ordena que o cristão obedeça ao Estado, porque este, como instituição, é ordenado e estabelecido por Deus. Deus instituiu o governo porque, neste mundo caído, precisamos de leis para nos proteger do caos e da desordem como consequências naturais do pecado. (1) O governo civil, assim como tudo mais na vida, está sujeito à lei de Deus. (2) Deus estabeleceu o Estado ara ser um agente da justiça, para refrear o mal mediante o castigo do malfeitor e a proteção dos elementos bons da sociedade (vv. 3,4; 1 Pe 2.13-17). (3) Paulo descreve o governo, tal qual ele deve ser. Quando o governo deixar de exercer a sua devida função, ele já não é ordenado por Deus, nem está cumprindo com o seu propósito. Quando, por exemplo, o Estado exige algo contrário à Palavra de Deus, o cristão deve obedecer a Deus, mais do que aos homens (At 5.19; cf. Dn 3.16-18; 6.6-10). (4) É dever de todos os crentes orarem em favor das autoridades legalmente constituídas (1 Tm 2.12)” (CPAD, 1995, p. 1723).

Sabendo que o Estado é laico e, portanto, não compartilha dos mesmos valores que os cristãos apreciam na Palavra de Deus, importa que tenhamos em mente que tais ordenanças que não estão em conformidade com a Palavra de Deus, não devem ser seguidas. Visto que tais ordenanças possuem em sua matriz, ideais com propósito intencionalmente contrários e críticos contra os valores que constituem os ensinamentos que Jesus deixou a sua igreja.
2. Nosso voto em favor dos valores morais da Palavra de Deus.
Em vista do que temos observado, há uma responsabilidade política e também civil no exercício da democracia. O nosso voto deve ser pensado com uma consciência pura e cristã. Não podemos tratar com leviandade o nosso direito de cidadania, pois se optarmos por contribuir para a eleição de candidatos que desconhecem os valores da Palavra de Deus, ou mesmo, que não são a favor de tais preceitos, cooperaremos para a limitação de nossos direitos de expressão e livre pensamento.

Deus se importa com o nosso bem estar pessoal, mas também com o de nossa sociedade. Em Provérbios, Salomão ensina que, “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo suspira” (29.2). Portanto, que possamos exercer o nosso compromisso com os valores morais contidos na Palavra de Deus (Pv 22.28), e não negligenciemos o nosso dever de contribuir para uma sociedade mais pacífica, organizada, bem administrada e próspera, pois na paz da cidade, também teremos a paz (cf. Jr 29.7).

Considerações finais
Desta forma, podemos concluir que o nosso relacionamento em sociedade depende e muito de uma política que tenha como objetivo, o bem estar de todos, inclusive dos cristãos. É nosso dever zelar pela obediência ao poder público, visto que temos a responsabilidade de testemunhar dos princípios morais e espirituais contidos na Palavra de Deus.

Embora o Estado não compartilhe dos mesmos valores que a igreja, é fundamental que tenhamos a convicção do que cremos e a quem representamos. Somos embaixadores de Cristo em meio a uma geração que carece de Deus (2 Co 5.20). Por isso, devemos ter em mente que o bom exercício de nossa cidadania pode contribuir e muito para que tenhamos uma política que realce a valorização do ser humano. Para isso, devemos optar por um voto que seja a favor dos valores morais da Palavra de Deus.

Portamos, que possamos entender que tomar conhecimento da vida política é um meio de conhecermos como procede a administração pública, o que é de suma importância para o nosso bem estar em sociedade. Além disso, conhecermos o comportamento daqueles que nos representam é fundamental para sabermos se de fato estão prestando um serviço de qualidade em favor dos valores que baseiam a nossa ética cristã.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 12 - 2º Trimestre 2015 - A Morte de Jesus. Adultos.

Lição 12

A Morte de Jesus
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – AS ÚLTIMAS ADVERTÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES

II – JESUS É TRAÍDO E PRESO

III – JULGAMENTO E CONDENAÇÃO DE JESUS
IV – A CRUCIFICAÇÃO E A MORTE DE JESUS

CONCLUSÃO

“A MORTE VICÁRIA DE CRISTO” (JOÃO 1.29)
Na aula desta semana, vamos estudar concernente a causa primeira que levou Jesus à morte na cruz: os nossos pecados.
Nesse contexto, vamos aprender que a morte de Cristo possui um significado penal referente à condição do homem perante Deus. Cristo morreu em nosso lugar e assumiu a culpa de toda a penalidade que merecíamos receber. Sua morte é classificada como vicária pelo fato de ter cumprido a justiça de Deus e como um cordeiro imaculado propiciou com o sacrifício de si mesmo os nossos pecados (cf. Jo 1.29).
Além disso, seu ato glorioso nos reconciliou, proporcionando novamente a comunhão com o Criador, perdida por conta da queda do homem no jardim do Éden, e nos trouxe de volta para o Reino do Filho do seu amor, remindo-nos de toda culpa e concedendo uma salvação eterna (2 Co 5.18). Ele sofreu pelas mãos das autoridades romanas, a morte mais severa que alguém poderia imaginar, a fim de que se tornasse a nossa justiça perante Deus, mediante a fé (Rm 5.1; 2 Co 5.21).

Caro professor, enfatize aos seus alunos a respeito do significado que a morte de Cristo tem com relação à nossa condição espiritual perante Deus. Mostre que somente por intermédio do sacrifício de Cristo, podemos ser reconciliados com Deus. Tenha uma boa aula!
I. A morte vicária de Cristo é a propiciação pelos nossos pecados.
A morte de Cristo sobre a cruz é considerada o mais alto preço pago pela nossa redenção. No entanto, possui um significado penal que indica qual a condição do homem perante Deus. As Escrituras Sagradas nos mostram que éramos culpados da morte de Cristo, visto que depois da queda do homem no jardim do Éden, tornou-se necessária a expiação da culpa do pecado perante Deus (Rm 3.23-26). Mas a misericórdia e o amor de Deus são infinitos, e Deus viu que era impossível para o homem tornar à comunhão com o Criador por meio de sua própria justiça.

Por esse motivo, Cristo veio a este mundo e assumiu sobre a cruz, a penalidade que estava sobre nós, “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.4,5).

Outro significado que a morte vicária de Cristo possui perante Deus é o fato de ela possibilitar a propiciação pelos nossos pecados. Cristo é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1.29; Rm 3.25). Semelhante ao cordeiro que era imolado para expiação da culpa, em que o pecador colocava as sua mãos sobre a cabeça do animal, a fim de apresentá-lo para propiciação (Lv 4.27-35), Cristo também é um substituto sacrificial, isto é, Ele assumiu o nosso lugar e sofreu a penalidade que deveríamos pagar.

De acordo com a obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, de Stanley Horton, “Os termos propiciação e expiação relacionam-se estreitamente com o conceito de sacrifício e procuram informar o efeito do sacrifício de Cristo. No Antigo Testamento, refletem kipper e seus derivados; em o Novo Testamento, hilaskomai e seus derivados. Os dois grupos de palavras significam ‘aplacar’, ‘pacificar’ ou ‘conciliar’ (isto é, propiciar) e ‘encobrir com um preço’ ou ‘fazer expiação por’, a fim de remover pecado ou ofensa da presença de alguém: expiar” (CPAD, 1996, pp. 352-53).

II. Somos reconciliados com Deus por intermédio da morte de Cristo.
Como resultado de sua obra gloriosa sobre a cruz do Calvário, Cristo nos proporcionou a reconciliação com Deus, perdida por conta do pecado original. Uma vez que o sacrifício de Cristo é eterno e perfeito, é também suficiente para expiar toda culpa, por isso, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo, não lhes imputando os seus pecados (cf. 2 Co 5.18,19).

Stanley Horton continua a discorrer, agora a respeito da reconciliação: “O Novo Testamento ensina com clareza que a obra salvífica de Cristo é um trabalho de reconciliação. Pela sua morte, Ele removeu todas as barreiras entre Deus e nós. O grupo de palavras empregado no Novo Testamento (gr. allasõ) ocorre raramente na Septuaginta e é incomum no Novo Testamento, até mesmo no sentido religioso. O verbo básico significa ‘mudar’, ‘fazer uma coisa cessar e outra tomar seu lugar’. O Novo Testamento emprega-o seis vezes, sem referência à doutrina da reconciliação (por exemplo: At 6.14; 1 Co 15.51,52).

Somente Paulo dá conotação religiosa a esse grupo de palavras. O verbo katallassõ e o substantivo katalagê transmitem com exatidão a ideia de ‘trocar’ ou ‘reconciliar’, da maneira como se conciliam os livros contábeis. No Testamento, o assunto em pauta é primariamente o relacionamento entre Deus e a humanidade. A obra reconciliadora de Cristo restaura-os ao favor de Deus porque ‘foi tirada a diferença entre os livros contábeis’” (CPAD, 1996, p. 355). E, por fim, estando livres de toda a culpa, somos restaurados à condição de santos e justificados perante Deus, que nos concede a graça da salvação eterna (cf. Rm 5.1,2).
Considerações finais
Consideramos que a condição humana perante o Criador era de condenação, não haveria outra maneira de expiar a culpa do pecado, a não ser pelo sacrifício (Ef 2.2). A penalidade era merecida, mas Ele veio e de um modo gracioso assumiu o nosso lugar para que tivéssemos mais uma chance. O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo ofereceu a própria vida para propiciar os nossos pecados (Rm 4.25).

Desde então, podemos alcançar a remissão da culpa e a vida eterna. A nossa condição espiritual perante Deus depende e muito do modo como reconhecemos a importância da morte vicária de Cristo em nossas vidas. Somente por intermédio do sacrifício de Jesus podemos alcançar a reconciliação com Deus. Que possamos valorizar tão maravilhosa salvação com que temos sido alcançados.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Lição 11 - 2º Trimestre 2015 - O Discípulo de Jesus e a questão Ambiental. Jovens.

Lição 11

O Discípulo de Jesus e a Questão Ambiental2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - A BÍBLIA E A QUESTÃO ECOLÓGICA
II - O CRISTÃO E A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
III - PROTEGENDO O AMBIENTE
CONCLUSÃO

A MORDOMIA DO HOMEM EM RELAÇÃO À CRIAÇÃO (GÊNESIS 2.15)
Na aula desta semana, estudaremos a respeito da responsabilidade ambiental à luz das Escrituras Sagradas. Deus entregou ao homem o encargo de cuidar da sua criação e zelar pelo bom uso dos recursos naturais disponíveis.
Em Gênesis 2.15, encontramos o conceito de mordomia, quando Deus estende a Adão, a responsabilidade pelo cultivo e proteção do jardim do Éden. O Senhor se preocupa com o ambiente que Ele criou para que o homem pudesse habitar de forma equilibrada.

Por esta razão, a Palavra de Deus estimula a que sejamos bons administradores dos bens divinos, sabendo que teremos de prestar contas ao Criador de todas as coisas. Deus espera que tenhamos em mente que a ética ambiental e a sustentabilidade também façam parte da nossa preocupação como cristãos. Afinal de contas, ao nosso Deus pertence a terra e a sua plenitude (cf. Sl 24.1).

Sendo assim, caro professor, enfatize em sua aula, com relação a mordomia dos bens ambientais. Ensine que a preocupação com o meio ambiente também é responsabilidade do cristão. Tenha uma boa aula!

1. O conceito de mordomia em Gênesis 2.15.
O livro de Gênesis nos mostra que Deus entregou nas mãos do homem, o encargo de cuidar e zelar pelo bom uso dos recursos naturais que estão a nossa disposição. O conceito de mordomia é apresentado, primeiramente a Adão no jardim do Éden, quando Deus o institui como responsável por cultivar o jardim e zelar pela sua proteção. A preocupação de Deus era que Adão mantivesse o jardim em plenas condições habitáveis e soubesse usufruir de seus recursos de maneira equilibrada (cf. Gn 2.15).

Na obra Mordomia Cristã: Aprenda Como Servir Melhor a Deus, Elienai Cabral discorre a respeito das definições do termo “mordomia”: “Na língua do Novo Testamento, a grega, o verbo oikeo significa habitar, morar, e esse verbo sugere duas outras palavras relativas, oikia e oikos. A palavra oikia significa ‘casa, lar, família’, e oikos tem o sentido de ‘casa, família, linhagem’. As duas palavras referem-se à casa como lugar de habitação. Um outro termo relativo do grego bíblico que poderá elucidar o assunto é oikeios, que refere-se a alguém que pertence a uma família ou que serve a uma família, como parte da família.

[...] Uma terceira palavra grega relativa é oikodespotes, que se refere ao ‘cabeça da casa’, no sentido de gozar da confiança plena do dono da casa, do pai de família. Em algumas versões a Bíblia o mordomo é, às vezes, tratado como ‘senhor da casa’, porque representa plenamente o verdadeiro senhor da casa (Mc 14.14). É, na verdade, um cargo de extrema confiança, como se percebe nas relações entre Abraão e o seu servo-mordomo Eliézer (Gn 24.2). Para aclarar ainda mais o sentido de mordomia temos uma quarta palavra que é oiketes, a qual se refere ao ‘serviçal da casa’. No latim, ‘mordomo é maior domus, significa ‘o maior da casa’. Por último, a quinta palavra relativa à mordomia é oikonomos, que tem um significado mais genérico de ‘administrador, contador, diretor, curador’” (CPAD, 2003, pp. 12,13).
2. A prestação de contas ao Criador com relação aos bens que Ele nos dispensou.
Em face disso, importa que sejamos bons administradores dos bens que Deus nos dispensou, inclusive do meio ambiente em que vivemos. Porquanto, teremos de prestar contas ao Criador da responsabilidade que Ele nos dispensou para com a terra.

Embora não seja tão notório o estímulo e a preocupação dos cristãos com a causa ecológica, é de nossa responsabilidade trabalhar pela ética ambiental e a sustentabilidade.

Elienai Cabral continua a discorrer a respeito do desenvolvimento sustentável: “O vislumbre sonhado pelos ecologistas é que o desenvolvimento sustentável deve ser a base da construção do futuro da humanidade. Ora, o que é ‘desenvolvimento sustentável’ senão um modo de utilizar os recursos naturais disponíveis sem destruí-los? A Igreja não pode omitir-se do seu papel de guardiã dos oráculos de Deus, que ensinam a preservar as fontes vitais de subsistência. As fontes naturais de energia estão se esgotando com o desmatamento irracional de nossas matas, com a poluição do ar.

O desenvolvimento desigual marcado pela ganância na sociedade humana tem sido danoso para o ecossistema do planeta, isto é, para os sistemas naturais de vida. Se no mundo secular existe esta preocupação com o ‘desenvolvimento irracional’ da tecnologia e da ciência e, as organizações mundiais de ecologia lançam seus apelos aos governos das nações; se congressos e fóruns internacionais são realizados em várias partes do mundo visando promover consciência ecológica nos povos, muito mais deve a Igreja de Cristo mostrar ao mundo que se preocupa com a manutenção das nossas fontes naturais de energia” (CPAD, 2003, p. 36).

Tendo em vista que a nossa responsabilidade é grande com relação ao meio ambiente, importa que tenhamos bons resultados da nossa mordomia para apresentar ao Criador de todas as coisas.

Considerações finais
Em face disso, importa que sejamos bons administradores dos bens que Deus nos dispensou, inclusive do meio ambiente em que vivemos. Porquanto, teremos de prestar contas ao Criador da responsabilidade que Ele nos dispensou para com a terra.

Embora não seja tão notório o estímulo e a preocupação dos cristãos com a causa ecológica, é de nossa responsabilidade trabalhar pela ética ambiental e a sustentabilidade.

Elienai Cabral continua a discorrer a respeito do desenvolvimento sustentável: “O vislumbre sonhado pelos ecologistas é que o desenvolvimento sustentável deve ser a base da construção do futuro da humanidade. Ora, o que é ‘desenvolvimento sustentável’ senão um modo de utilizar os recursos naturais disponíveis sem destruí-los? A Igreja não pode omitir-se do seu papel de guardiã dos oráculos de Deus, que ensinam a preservar as fontes vitais de subsistência. As fontes naturais de energia estão se esgotando com o desmatamento irracional de nossas matas, com a poluição do ar.

O desenvolvimento desigual marcado pela ganância na sociedade humana tem sido danoso para o ecossistema do planeta, isto é, para os sistemas naturais de vida. Se no mundo secular existe esta preocupação com o ‘desenvolvimento irracional’ da tecnologia e da ciência e, as organizações mundiais de ecologia lançam seus apelos aos governos das nações; se congressos e fóruns internacionais são realizados em várias partes do mundo visando promover consciência ecológica nos povos, muito mais deve a Igreja de Cristo mostrar ao mundo que se preocupa com a manutenção das nossas fontes naturais de energia” (CPAD, 2003, p. 36).

Tendo em vista que a nossa responsabilidade é grande com relação ao meio ambiente, importa que tenhamos bons resultados da nossa mordomia para apresentar ao Criador de todas as coisas.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.