quarta-feira, 23 de maio de 2018

Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - Na Separação entre os Pais, como Agir? Adolescentes.


Lição 7 – Na Separação entre os pais, como agir?

2º Trimestre de 2018
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar que a verdade de Deus é que o casamento seja indissolúvel;
Mostrar a realidade da separação;
Instruir sobre como agir na situação de separação dos pais.

Olá caro(a) professor(a),
Nesta lição vamos tratar a respeito de um assunto que faz parte da realidade que seus alunos estão vivendo ou pelo menos conhecem alguém que está enfrentando esta dificuldade: o divórcio dos pais. O processo de divórcio é um problema que muitas famílias estão passando e isso afeta diretamente a vida dos filhos em todos os sentidos. Há casais que residem na mesma casa, mas já estão separados há muito tempo. Resistem em abandonar o lar porque sabem que os filhos sofrerão duramente com a quebra do matrimônio. E quando não buscam a solução para o problema não resta outra saída a não ser cada um seguir o seu caminho. Mas Deus deseja reverter o quadro desta triste situação e seus alunos podem ser o canal de Deus para que um milagre aconteça.
A família é um projeto maravilhoso que Deus idealizou a fim de separar um povo seu que o adore com sinceridade e anuncie as virtudes do Reino Celestial em toda a terra (cf Jo 4.24; 1 Pe 2.9). O pastor Jamiel de Oliveira Lopes discorre a respeito do matrimônio em seu livro Psicologia Pastoral (2017, pp. 332, 333):
“A Bíblia ensina que o casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher para união indissolúvel. Portanto, é mais do que um contrato civil ou exigência social. Ele foi instituído para que os cônjuges tenham sempre o compromisso de serem fiéis reciprocamente, na saúde, na doença, na felicidade, na adversidade. São propósitos do casamento: comunhão, fraternidade, compartilhar sonhos, fidelidade mútua, fraternidade e reciprocidade.
Com o casamento, o homem ‘deixa’ emocionalmente de ser filho para se tornar marido, e a mulher ‘deixa’ de ser emocionalmente filha para se tornar esposa. Se não houver esse ‘abandono’ emocional, haverá problemas no casamento, especialmente com relação aos sogros. Mas isso não significa que ambos deixarão de ter sentimento pelos pais.
[...] O plano original de Deus é que o homem e sua mulher deixem suas famílias e ‘unam-se’ um com o outro ‘até que a morte os separe’. A palavra ‘une’ significa ‘cimentar’ no hebraico. Deus disse que os dois seriam ambos uma carne. Esse é um relato da intimidade do casamento quando um homem e uma mulher casados expressam o seu amor mútuo e desfrutam dele através do ato sexual.
A separação e o divórcio não fazem parte do plano de Deus para o casamento. O relacionamento do casal conforme a Bíblia deve ser para sempre, até que a morte os separe.”
Tendo como base esses princípios bíblicos a respeito do casamento, o adolescente cristão deve estar seguro de que a família é um projeto de Deus. Sendo assim, administrar o conflito e as implicações de uma separação fazem parte do empenho dos filhos pela recuperação da família ou mesmo para minimizar os impactos que o divórcio podem causar. A seguir, algumas medidas que podem ajudar neste processo:

1. Em primeiro lugar é importante compreender que o seu aluno que está enfrentando uma situação muito difícil. Não é fácil saber que os pais a quem tanto amamos estão passando por este tipo de dificuldades e chegaram à conclusão de que não vale à pena continuar sendo uma única família. Entender seu aluno e mostrar apatia é fundamental para que ele saiba que não está sozinho diante desta dificuldade. Ele pode contar com o apoio da igreja e, principalmente, do Espírito Santo para ajudá-lo a superar esta difícil etapa.
2. Outro aspecto importante a ser conversado com os seus alunos é o fato de ter que aceitar a situação. Qualquer resistência a aceitar a nova realidade pode trazer mais sofrimento. Admitir que a situação é difícil não significa que não possa ser revertida. A família é um lindo projeto de Deus e seus alunos não devem desistir dela, mas aprender a lidar e se adaptar a esta nova realidade. Geralmente quando somos acometidos por problemas pessoais ou familiares isso absorve muita energia emocional. Portanto, é preciso cuidar da saúde e manter o controle sobre as emoções para que não sejam tomadas decisões precipitadas ou mesmo avaliações equivocadas sobre a situação.
3. Aprender a lidar com a nova realidade é uma oportunidade de aprendizado. Por isso, seus alunos não precisam se cobrar demasiadamente como se fossem os causadores do problema. Mostre para eles que a decisão da separação foi inteiramente dos pais e isso foge do controle dos filhos.
4. Identificado o problema e aceito o fato, agora é o momento de orar e buscar intensamente a face de Deus. Quando se tem um lar cristão o conhecimento a respeito da vontade de Deus torna-se mais fácil. A firmeza espiritual de seus alunos diante da situação será fundamental para que haja esperança em meio ao caos. Deus é poderoso para reerguer a família, mas é preciso compreender que as decisões e disponibilidade para obedecer a vontade de Deus são dispensadas ao ser humano.
Ajudá-los a administrar o conflito é o seu papel como professor da Escola Dominical. Ao ensinar esta lição, mostre-se compreensível com seus alunos. Esse é um assunto que deve ser tratado com muita cautela. Saiba que Deus deseja usá-lo para curar as feridas da alma de seus alunos. Ore ao Senhor e peça a sabedoria necessária para alcançá-los com uma palavra inspirada e que irá ajudá-los a superar esta dificuldade.
Tenha uma excelente aula!
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - Meus Pais têm Religiões Diferentes, e Agora? - Adolescentes.

Lição 6 - Meus Pais têm Religiões Diferentes, e agora?
2º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
A Religião
As religiões dos meus são diferentes, e agora?
Pregação sem palavras

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar o que é a religião;
Conscientizar que Deus deve ser amado sobre todas as coisas;
Propor uma maneira de pregar o Evangelho à família.

EVANGÉLICA, MAS NÃO EVANGELIZADORA
Pr. Claudionor de Andrade
Hoje, durante o almoço, um convidado ilustre e bem falante voltou-se para mim e, dispensando os exórdios de praxe, perguntou-me: “Qual o maior desafio da igreja evangélica brasileira atualmente?” A pergunta não chegou a surpreender-me, porque eu já vinha pensando no assunto. Por isso, não tive dificuldades em responder ao meu vizinho de garfo e de sobremesa: “Nosso maior desafio, hoje, é voltar a ser Igreja”. Como não tinha tempo para costurar outras considerações sobre a nossa cristandade, generalizei umas coisas aqui, especifiquei outras ali. E resolvi calar-me. Não sei se o meu interlocutor deu-se por satisfeito. Mas, naquele momento, era tudo o que eu podia dizer.

Gostaria de haver explicado àquele homem atencioso e culto que, à medida que nos robustecemos como organização, debilitamo-nos como organismo. E os que ganhamos em quantidade, já começaram a perder em qualidade. O futuro? Só Deus sabe. Logo, o que tanto temíamos acabou acontecendo: o nominalismo já é uma epidemia entre nós. Por conseguinte, o diagnóstico que o Senhor Jesus fez de Sardes também serve para a igreja evangélica brasileira: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1).
Tornamo-nos ricos, poderosos, influentes. Bastamo-nos a nós mesmos. Hoje, não precisamos mais evangelizar para crescer. O aumento vegetativo é suficiente para nos manter a pujança dos números. Então, por que gerar filhos espirituais, se nossos bebês, apesar de raros, ainda são capazes de inchar os róis de nossas igrejas? E, assim, vamos crescendo para dentro e diminuindo para fora. Afinal, nossas demandas internas são tão urgentes, que já não há tempo para tratarmos de coisas importantes como evangelismo e missões.
Florescemos como império. Murchamos como Reino. Os passos encurtaram e diminuíram, mas os paços alongaram-se e fizeram-se mais suntuosos. E os nossos pés? Dantes tão calejados, porém formosos, agora são mais delicados que os da esposa de Cantares. E, nem por isso, fizeram-se mais limpos.
Antes, éramos arrolados entre os mártires, agora, entre os ricos e famosos. Outrora pobres, enriquecíamos a muitos. No presente, temos ouro e prata, mas já não temos autoridade para declarar: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” (At 3.6) Sim, de nada temos falta. Mas a nossa pobreza espiritual já não pode ser disfarçada. Como se não bastasse, ainda nos orgulhamos de uma visão administrativa que vê tudo, menos o Reino de Deus na manjedoura.
Ontem, éramos odiados por sermos biblicamente corretos. Hoje, o mundo nos bajula por estarmos entre os política e socialmente corretos. Ganhamos influência junto aos palácios e câmaras. Todavia, já não temos ousadia junto ao trono daquele, cuja soberania não deve ser ignorada.
No início, a igreja era evangelizadora. Agora, meramente evangélica. Se no passado fazíamos história, no presente, nem históricos somos. Já não temos qualquer perspectiva quanto ao futuro. Perdemo-nos no tempo, e já não conseguimos achar o Pai da Eternidade.
Sim, há exceções e não são poucas. Infelizmente, passamos a ser conhecidos não pelas exceções, mas pela regra geral. Se as exceções fazem o cristianismo invisível e militante, a regra geral dá corpo e forma à cristandade visível e já bem conformada com o mundo. Infelizmente, ainda não podemos arrancar o cristianismo da cristandade, mas podemos impedir que ela venha sufocar-nos. E, assim, vai o nome de Cristo sendo vituperado.
Ontem o joio entre o trigo. Hoje, o trigo entre o joio. E, pouco a pouco, vai a erva daninha sufocando a boa semente.
O que aconteceu conosco? John Stott foi buscar três simples palavras para descrever a igreja evangélica de nossos dias: “Crescimento sem profundidade”. O seu diagnóstico foi preciso, porém doloroso. Referia-se não somente à igreja de seu país, mas também à do Brasil. Pois não deixamos de ser um reflexo do que acontece no universo evangélico europeu e, principalmente, norte-americano. Houve um tempo, em que nos supúnhamos imunes à indiferença que levou as igrejas da Europa e dos Estados Unidos a beirar a extinção. Infelizmente, já estamos indiferentes à nossa própria indiferença.
Antes, a espiritualidade da igreja era aferida pela Bíblia. Hoje, pelo IBGE. Regozijamo-nos com estatísticas e gráficos. Aliás, o texto áureo de muitos obreiros hoje é: “Sede numerosos e ricos, porque Eu sou rico e numeroso”. Será que a lição de Davi não serve para nada? O filho de Jessé, mais preocupado com o seu império do que com o Reino de Deus, ordenou que Joabe levantasse o censo de Israel. Mas isso lhe custou muito caro. E, por fim, teve de aprender que o Senhor não precisa de grandes números para estar entre o seu povo. Bastam-lhe três santos, e no meio destes estará para sempre.
Certa vez, João Paulo II reclamou do número de seus fiéis. A quantidade era muita, mas a qualidade pouca. A mesma reclamação faria Billy Graham. Tanto o papa quanto o evangelista estavam certos. Mas nós, por falta de senso, continuamos preocupados com o censo. Entre outras razões, porque os recenseamentos medem não propriamente o nosso cristianismo, mas a nossa cristandade. Eles não mostram o nosso empenho evangelístico, mas o nosso engenho político. É por isso que nos alegramos quando elegemos um deputado, mas não demonstramos a mesma alegria ao enviarmos um missionário ao campo.
Diante de um deserto tão vasto, a pergunta faz-se império neste reino de indiferença: “Como voltar a ser uma igreja verdadeiramente evangélica?” Em primeiro lugar, devemos nos preocupar mais com o cristianismo e menos com a cristandade. Esta sempre estará bem visível e vistosa. Mas aquele, posto que invisível, precisa começar a aparecer com a mesma intensidade, pois esta é a recomendação de nosso Senhor: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” Mt 5.16). Às vezes, damos muita ênfase à fé, e esquecemo-nos das ações de misericórdia e justiça que devem caracterizar o discípulo de Cristo.
Um dos melhores livros que li foi o Cristianismo Básico de John Stott. Embora direcionado ao novo crente, deveria ser lido por todo teólogo velho e calejado. Afinal, todos carecemos das verdades simples, porém indispensáveis, que fazem do pecador um autêntico cristão. Logo no início de sua obra, escreve o irmão Stott: “O que então devemos fazer? Devemos assumir um compromisso pessoal com o Senhor Jesus, de coração e de mente, alma e vontade, entregando nossas vidas a ele, sem reservas. Devemos nos humilhar diante dele. Devemos confiar nele como nosso Salvador e nos submetermos a ele como nosso Senhor; para então assumirmos nossos lugares como membros fiéis da igreja e cidadãos responsáveis dentro da comunidade”.
Diante do exposto, resgatemos urgentemente o termo “evangélico” que, desgastado midiaticamente, é hoje um sinônimo mero e ordinário de riqueza, sucesso e atrevimento. Não me atrevo a apontar culpados. Todos somos responsáveis pelo que vem acontecendo em nossos arraiais. Contudo, jamais haverei de isentar a famigerada Teologia da Prosperidade que, com a sua ação preferencial pelos ricos, transformou a igreja evangélica brasileira num arremedo teológico. Seus proponentes, sempre tão gabarolas e fanfarrões, substituíram a excelência da vida cristã pelo sucesso de uma existência cheia de coisas vazias e mentirosas.
Com a teologia da prosperidade veio uma enxurrada de modismos e asneiras. E, infelizmente, não são muitas as arcas para abrigar os cristãos que ainda teimam em seguir o cristianismo singelo e essencial que Jesus nos deixou.
Não quero a destruição da igreja evangélica, mas espero que ela seja também evangelizadora. E que volte a falar aos pecadores, pois esta é a sua razão de ser. Sim, não desejo a sua destruição. Todavia, anseio que ela seja mais cristianismo que cristandade. Almejo também que ela aumente como Reino e diminua como império. E que, crescendo, não venha a inchar. A igreja não precisa diminuir em quantidade, mas é urgente que venha a crescer em qualidade. Mas, para que isso aconteça, é preciso que eu e você busquemos um avivamento autenticamente bíblico.
Eu gostaria de ter dito tudo isso ao meu interlocutor durante o almoço de hoje. Mas tive pouco tempo. Já em minha sala, agradeci aquele homem gentil e culto pela pergunta. Num momento como este, as perguntas são mais necessárias que as respostas, pois elas levam-nos ao arrependimento e às respostas que somente Deus pode dar-nos.

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige

Lição 08 - 2º Trimestre 2018 - Ameaça do Terrorismo - Juvenis.


Lição 8 - Ameaça do Terrorismo

2º Trimestre de 2018
Esboço da Lição
1. UMA “GUERRA SANTA”
2.  O TERROR SE ESPALHA
3. E AGORA, COMO VIVEREMOS?

Objetivos
Saber quando começaram os ataques terroristas deste século;
Mostrar porque o terror tem se espalhado.

     Querido (a) professor (a), na nossa próxima aula, dando sequência ao tema “Questões Difíceis do nosso Tempo”, vamos abordar o tenebroso assunto “Terrorismo”.
     Certamente, pela faixa etária de seus alunos, eles não possuem nenhuma memória pessoal da data que marcou tragicamente o calendário mundial: 11 de Setembro de 2001. Você recorda do impacto que a notícia causou? Tal atentado terrorista foi considerado o pior e mais chocante da história contemporânea. Quase três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo cidadãos de mais de 70 países. Apenas nos EUA mais de 3.000 crianças ficaram órfãs (de pelo menos um dos pais). Foi estarrecedor!
     Conforme sugerimos em sua revista, seria de grande valia apresentar informações sobre a tragédia em um dos solos nacionais mais protegidos do planeta para que seus alunos compreendam a tamanha gravidade do tema discutido. Para atingir tal objetivo, existem vários vídeos editados com trechos de documentários sobre o ocorrido e relatos de sobreviventes na plataforma digital YouTube. Selecione o que achar mais impactante, visando também se está de acordo com o seu tempo de aula disponível. Sugerimos este da reportagem que foi ao ar no principal jornal brasileiro no dia do ataque: https://www.youtube.com/watch?v=KflUSoIxZc8
      Aproveitando o gancho deste tema também  para a edificação de seus juvenis, ao final da aula, separe a turma em grupos e peça que cada equipe pesquise na Internet (Documentários, Programas de TV a cabo, sites de notícias, YouTube, etc.) e escolham três depoimentos que mais lhes impactaram de pessoas que trabalhavam no em uma das Torres e sobreviveram, reconhecendo e testemunhando sobre o imenso livramento que o Senhor lhes deu naquele dia. Como o caso que nós disponibilizamos nos subsídios de sua revista há outros diversos e são realmente impressionantes; fortalecem muito a nossa fé no maravilhoso cuidado do Senhor para conosco.
     Os depoimentos selecionados pela turma podem ser vistos em uma reunião extraclasse, agendada na sua casa ou na de algum voluntário entre os alunos. Este tipo de atividade fora da ED fortalece muito os laços de comunhão e dinamiza ainda mais as aulas. Após momento devocional e de oração, reserve também alguma atividade descontraída de lazer para a ocasião.
     Já para o momento da aula é muito importante também compartilhar com os juvenis o papel da Igreja frente a estes momentos de tragédia. Apesar de termos o conhecimento de que todo esse caos é evidência, antes já predita como sinal de que a volta de Cristo está próxima, isto não exime a Igreja, isto é, cada um de nós, do amor e compaixão com os quais devemos agir para ajudar as vítimas de tais calamidades. Frise essa consciência para seus alunos.
      Não nos esqueçamos que um dos sinais também preditos por Jesus em Mateus 24 é que com a multiplicação da iniquidade, “o amor de muitos se esfriaria”. E isto, infelizmente, tem acontecido fora e dentro da Igreja. Quantos não são os evangélicos indiferentes, apáticos, insensíveis às mazelas sociais humanas?! Alguns até mesmo desejando e pregando a justiça com as próprias mãos, a violência e morte de supostos delinquentes; comemorando tragédias ocorridas com não-crentes, com discurso de ódio contra aqueles que não seguem a Bíblia, sem perceberem que agindo assim também não a estão seguindo. Por isso, precisamos vigiar! Que o amor, que é a marca de Cristo, é o próprio Deus, não se aparte de nós, já que somos dEle.“
      Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor!
      [...] Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus. Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. “Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele” (1 João 4:7, 8, 15,16).
      O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - Catástrofes Naturais - Juvenis.


Lição 7 - Catástrofes Naturais

 2º Trimestre de 2018
Esboço da Lição
1. VOCÊ SABE O QUE É UMA CATÁSTROFE NATURAL?
2.  SINAL DA VOLTA DE CRISTO

Objetivos
Reconhecer as catástrofes naturais como o princípio das dores predito em Mateus 24.

   Querido (a) professor (a), nossa próxima lição vai falar sobre a maior expectativa de um cristão: a volta de Cristo e os sinais que, segundo as Sagradas Escrituras, antecedem esta promessa, indicando que seu cumprimento está próximo. 
Maranata!
    Por vezes ficamos tão sobrecarregados com a nossa rotina terrena, tão corrida e repleta de demandas – atividades na igreja, programações, trabalho, casa, estudos, provas, contas a pagar, projetos, sonhos, metas, ministérios, filhos e tantos “etceteras” – que tendemos a esquecer a nossa maior esperança. Nosso Salvador voltará para nos buscar! Como Ele mesmo disse, nós não somos deste mundo (Jo 15.19). Estamos “emprestados”, e por isso mesmo, é claro que, enquanto aqui estivermos, temos a missão e responsabilidade de zelar por ele e pelas vidas que nele estão. Olha quantos focos importantes poderemos abordar em nossa próxima aula!
    Sua revista já disponibiliza um roteiro a seguir para abordar este tema, bem como recursos didáticos para tornar o ensino-aprendizagem mais interessante e eficiente. Um deles é despertar a curiosidade e debate dos juvenis, disponibilizando notícias sobre catástrofes naturais recentes. Esta matéria da revista Veja expõe algumas das mais desastrosas da última década: https://veja.abril.com.br/mundo/os-maiores-desastres-naturais-da-ultima-decada/Estimule o pensamento e opinião críticos em cada aluno, dando-lhes oportunidade e confiança para se expressarem.
    Um bom texto bíblico para refletirmos sobre as catástrofes naturais como sinais dos tempos, que é o foco principal da nossa lição, mas também sobre a nossa responsabilidade ambiental, enquanto aqui estivermos, está em Romanos. Sugerimos que você também sugira essa leitura junto à análise das notícias pelos grupos de juvenis.
   “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos com paciência o esperamos” (Romanos 8.19-25).
    Faça perguntas que aprofundem a reflexão e facilitem a exposição de idéias, tais como: Você acha que vive como se Jesus pudesse voltar hoje? Como seria a sua vida se você soubesse que a volta de Jesus acontecerá nesta semana? O que você mudaria? Mesmo sabendo que tais desastres naturais são sinais preditos biblicamente, o que Jesus espera que façamos como cristãos, diante de tais catástrofes? A Igreja se posiciona o suficiente para ajudar as vítimas? O que podemos fazer para sermos também mais responsáveis ambientalmente?
    Ore com seus juvenis pelas famílias vítimas de alguma destas catástrofes ao redor do mundo e para que o posicionamento da Igreja do Senhor na Terra resplandeça em solidariedade e amor cristão ao ajudá-las.
    O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
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Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - Eutanásia - Juvenis.


Lição 6 - Eutanásia

 2º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É EUTANÁSIA?
2.  POR QUE DEFENDEM A EUTANÁSIA?
3. O CRIADOR DA VIDA

OBJETIVOS
Entender o que é a eutanásia;
Compreender que a eutanásia é contra os princípios divinos;
Conscientizar-se de que somente Deus tem o direito de dar ou tirar a vida.

     Querido (a) professor (a), nossa próxima lição fala sobre mais uma questão delicada em voga no nosso tempo: a eutanásia. No Brasil a prática de provocar a morte assistida de um paciente incurável ainda é crime, porém, existem os que defendem sua liberação jurídica. Por isso, é importante que os grupos pró-vida estejam sempre atentos quanto ao assunto. Através da informação e ética cristã você estará preparando essa nova geração para estar apta a assumir o legado de se colocar em defesa da vida.
      Muitos grupos que apóiam o suicídio assistido pelos médicos para pacientes em estado terminal atribuem a “preconceito religioso” o fato de a prática ser considerada e mantida ilegal em nosso país. Contudo, ironicamente, a origem de tal proibição veio de uma cultura pagã, não cristã.
     Nos tempos antigos o suicídio era uma prática recorrente, especialmente em casos de doenças letais. As pessoas recorriam a curandeiros ou ao que tinham como equivalente a um “médico” na sua época e contexto cultural, buscando um chá ou receita que lhes fosse mortal. Até que na Grécia Antiga, aproximadamente 400 a.C., grandes pensadores e filósofos gregos propuseram o juramento de Hipócrates (considerado hoje o “pai da medicina ocidental”), que se comprometia a jamais usar seus conhecimentos medicinais para tirar a vida de alguém, ainda que este o solicite. Evidentemente, anos mais tarde os seguidores de Jesus aderiram ao juramento, adaptando-o à ética cristã.
       Com o propósito de lhe dar ainda mais respaldo sobre eutanásia, do que já contém em sua revista, sugerimos a leitura e debate em classe acerca do que um dos legitimados autores da CPAD, Charles Colson, escreveu sobre o assunto. 

       Por dois mil anos, a profissão médica tem sido uma estrutura complexa de habilidades técnicas ligadas a compromissos morais. Mas hoje essa estrutura está se desfazendo. A medicina está perdendo a sua dimensão moral e está sendo reduzida a apenas um conjunto de habilidade técnicas aplacadas a serviço da engenharia social.
      Pense por exemplo nos países baixos (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) que entraram no “admirável” mundo novo da eutanásia (suicídio assistido) há vários anos. Em pouco tempo, os médicos holandeses agiram além dos pedidos dos pacientes e começaram a tomar suas próprias decisões sobre que, deveria viver ou morrer. Hoje, quase a metade dos médicos holandeses diz ter dado injeções letais sem o conhecimento ou consentimento dos pacientes.
      Fica claro que o antigo juramento hipocrático, com seu tabu contra matar, não era um mero “preconceito religioso”. Ele foi baseado em um profundo entendimento da tentação que os médicos enfrentam com seu poder sobre a vida e a morte.
     [...] Talvez a maior tragédia seja que os pacientes que pedem o suicídio sejam tipicamente motivados não pela doença, mas pela solidão e depressão. O que realmente necessitam não é de uma droga mortal, porém cuidado e companhia.
     A aceitação do suicídio assistido pelo médico indica não apenas o fim da medicina como uma profissão baseada na moral, mas também um profundo fracasso do nosso próprio caráter – um fracasso em nos comprometermos a amar e cuidar dos doentes, dos deficientes e daqueles que estão morrendo. (COLSON, Charles. Resposta às Dúvidas de seus Adolescentes. Rio de Janeiro, CPAD, 2013, pp. 177, 178).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.


Lição 08 - 2º Trimestre 2018 - A Vida Cristã e a Estima pela Liderança - Jovens.


Lição 8 - A Vida Cristã e a Estima pela Liderança

2º Trimestre de 2018

INTRODUÇÃO
I - A IGREJA COMO ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO DE VERDADEIRA LIDERANÇA CRISTà
II - O QUE É SER IGREJA?
III - TRÊS ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA UMA VIDA CRISTÃ AUTÊNTICA
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Reconhecer a Igreja como espaço de uma liderança fiel;
Discutir a respeito das características de uma igreja relevante;
Refletir a respeito das atitudes práticas a serem adotadas para uma vida cristã frutífera.
Palavras-chave: Vida cristã.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“O que será de cada um de nós quando não pudermos mais colaborar em nossas igrejas locais de modo tão ativo e produtivo como fazemos hoje”? Seremos simplesmente esquecidos em um banco de nossas comunidades? Ou, ainda pior, abandonados em nossas casas, restritos por limitações físicas e de saúde?
Bem, é sobre esse tipo de reconhecimento que Paulo está a debater com seus amigos em Tessalônica. Ainda que tudo naquela cidade não tenha ocorrido de forma ideal, algumas lideranças foram estabelecidas mesmo assim; de tal forma que, em nome do respeito e do reconhecimento às pessoas que desempenharam atividades tão relevantes em um contexto tão adverso, o apóstolo dirige algumas orientações à Igreja tessalonicense.
É pensando sobre este papel do reconhecimento da igreja local — tanto em seu aspecto de honra aos que trabalharam para a expansão do Reino, como com relação à autoridade da coletividade em reconhecer os chamados e as vocações individuais — que discutiremos neste capítulo.
Sobre a Necessidade de Anunciar constantemente a Verdade
Vivemos em tempos de muitas mentiras, erros, falsificações. A crise que nos rodeia é tão grande que muitos insistem hoje que os critérios de verdade, justiça e bondade foram todos relativizados; e, se assim for, deve valer tudo em nossa sociedade. Na verdade, esses dois aspectos da contemporaneidade estão intimamente relacionados, ou seja, a causa de todo relativismo é a profusão de mentiras que se propagam com uma enorme velocidade em nosso contexto histórico.
Uma mentira não precisa ser contada mais de mil vezes para tornar-se uma verdade; as milhares de mentiras coexistentes já emudeceram as parcas verdades que ainda sobrevivem.
Dessa forma, como restabelecer a verdade a seu lugar? Dando-lhe lugar de fala, redirecionando nossas estratégias de combate ao erro. Ao invés de insistirmos em apontar para as falácias, de tal modo que, num mundo midiático, estas ganhem os holofotes continuamente, devemos estar concentrados em clarificar e proclamar a verdade.
Um exemplo muito claro da necessidade deste novo modo de enfrentamento da mentira é o desafio que qualquer liderança enfrenta hoje no contexto religioso. Os vários escândalos de natureza sexual, as inúmeras denúncias de envolvimento com corrupção pública, o uso imoral do dinheiro de muitas comunidades para a compra de roupas de grife a jatinhos; tudo isso, no julgamento da imensa maioria da população, põe todas as lideranças religiosas na mesma vala comum.
Se reduzirmos essa análise ao mundo evangélico brasileiro, tudo fica muito pior. A credibilidade de pastores e líderes é baixíssima no senso comum da maioria das pessoas. Mas isso tudo porque, numa avaliação generalizante, todos são considerados iguais em suas posturas e intenções. É claro que esse tipo de ponderação sobre o enorme universo de homens e mulheres que se dedicam ao Reino de Deus é injusto. O que acontece, como já anteriormente apontamos, é que o mal e o erro têm maior visibilidade que o bem e aquilo que é correto. Uma minoria de indivíduos comete erros reprováveis, e suas atitudes vêm a público; contudo, todo um universo de pessoas é pejorativamente mal avaliado.
O escândalo dos mal-intencionados faz com que a imensa maioria dos que exercem serviços de liderança em nossa comunidade sejam malvistos, quando, na verdade, existe um exército de servos que, de maneira desprendida, doam suas vidas, tempo e até mesmo finanças para o desenvolvimento do Reino aqui na terra. Sobre a necessidade de ponderação e mediação sobre o trabalho dos que lideram, Boor afirma-nos:
Nessa multidão viva e ativa existem pessoas “que labutam em vosso meio”. Porque a longo prazo nenhuma comunhão de pessoas pode subsistir somente com os respectivos serviços voluntários. Carece das ordens e igualmente dos membros que assumem certos serviços de forma duradoura. Nessa questão a igreja precisa levar em conta o permanente perigo de que essas ordens se enrijeçam como fins em si mesmos e de que esses membros da igreja se tornem “papas” (com ou sem talar e tiara!) que transformam o serviço em dominação. Esse perigo precisa ser constantemente superado com reiterados avivamentos e reformas. Mas não é possível existir sem serviços organizados e permanentes. (BOOR, 2007, p. 47)
Diante desse quadro problemático que se impõe hoje, as orientações paulinas nunca se fizeram tão necessárias. Ao escrever para os tessalonicenses, o apóstolo faz um último rogo àquela comunidade: que reconheçam os que trabalham entre os irmãos e que também lideram conforme as orientações do Senhor (ver 1 Ts 5.12).
Um dos elementos centrais no pedido de Paulo à Igreja em Tessalônica é que o reconhecimento deve ser feito às pessoas, e não ao trabalho realizado. O que se percebe continuamente em nosso contexto evangélicoé que, muitas vezes, se fala muito sobre o trabalho dos líderes, as obras que eles realizaram, seus feitos; contudo, esquece-se de suas pessoas.
A “despessoalização” daqueles que se doam aos ministérios de liderança é algo muito sério. Num processo de abuso e uso dos sujeitos, instituições aproveitam-se do coração generoso, das inexperiências juvenis e, muitas vezes, exploram pessoas para, simplesmente, num momento posterior, lançá-las fora.
São incontáveis as histórias de líderes — não apenas de pastores, mas também de irmãs de oração, dirigentes de congregação, piedosos servos e servas — que, durante anos, se entregaram completamente ao apoio a uma determinada obra, mas que, ao envelhecerem ou mesmo apenas ao não serem capazes de doarem-se o quanto faziam antes, são simplesmente afastados, isolados, esquecidos.
Quantos abnegados pioneiros da obra de Deus aqui no Brasil, especialmente do pentecostalismo protestante, estão completamente ostracizados em suas residências, alguns inválidos, outros simplesmente machucados demais na alma para conseguirem, ao menos, congregar-se novamente.
O raciocínio de compreensão do envelhecer em nossas igrejas está abandonando os padrões bíblicos para adequar-se à lógica perversa da sociedade contemporânea. Em nosso mundo, quando as coisas não produzem o resultado que as demais são capazes de gerar, elas são descartadas de pronto.
Existem inúmeros textos sagrados que apontam para a valorização e honradez da velhice. Envelhecer, segundo os padrões bíblicos, não deve ser visto como um suplício ou declínio, mas, antes, como uma benção, como um privilégio que o SENHOR Deus concede aos seres humanos.
O ancião, com sua bagagem de experiências e dons, tem a capacidade de instruir os mais novos em suas ações e pretensões. A sabedoria de quem já passou por situações semelhantes e encarnou dilemas análogos deveria ser sempre muito bem-vinda. Entretanto, não é assim que muitas igrejas funcionam; em muitos casos, elas estão subordinadas a conceitos humanos de produtividade, resultados e racionamento.
Por isso, a produção em massa de bens fundamenta o princípio da “obsolescência programada”, isto é, os objetos e ferramentas que utilizamos no cotidiano são fabricados com um prazo previsto para seu desuso; por isso, ainda que tal bem não esteja avariado ou quebrado, ele será descartado do mesmo modo, pois é necessário que ele dê lugar a um novo objeto, ainda que este não seja — na maioria dos casos — em nada melhor que o outro.
Quando pessoas são inseridas na lógica da obsolescência programada, tudo se torna mais perverso ainda. Pessoas são “sugadas” em sua força e ânimo até o último estágio — por isso, em muitas pesquisas contemporâneas, há a constatação do elevado índice de stress e exaustão entre líderes evangélicos no Brasil e no mundo. No momento em que tais pessoas já não são mais capazes de “dar o retorno” esperado pela instituição ou por aqueles que a comandam, elas são rapidamente trocadas, substituídas, desvalorizadas.
Quantas santas mulheres de Deus, anônimas para o grande público, porém bastante conhecidas em suas comunidades locais, padecem de esquecimento e isolamento em suas próprias casas, pois seus joelhos, que se dobraram durante anos para clamar pelo Reino de Deus, não suportam mais o peso da idade. Quantos piedosos pregadores — daqueles que nunca receberam cachês, mas que, durante toda a vida, anunciaram o Reino dos céus por meio da graça que lhes alcançou —, apesar de tudo o que já construíram para igrejas e comunidades locais, estão desprezados em seus lares, sem uma visita de apoio sequer, emudecida em suas dores.
Não há nenhuma necessidade de culto ao passado e de saudosismos baratos; o que necessitamos, decerto, é de uma compreensão presente de que as pessoas não podem nem devem ser descartadas. Os efeitos desse tipo de relação objetivante são devastadores não apenas para o indivíduo em si, mas também para todo o seu círculo familiar mais próximo. A quantidade de familiares de líderes que rejeitam de maneira absoluta a hipótese de também tornarem-se líderes é altíssima.
Se pararmos para pensar, isto é um completo escândalo: aqueles que conviveram mais próximo de líderes desconsideram a ideia de também servir como líderes em virtude do histórico de desprezo e abandono antes, durante e depois da atuação ministerial. Por isso, Paulo exorta os irmãos em Tessalônica a acolherem aqueles que foram responsáveis pelo serviço ministerial durante um dos momentos mais difíceis da trajetória espiritual daquela comunidade. “Reconhecer as pessoas ali naquela cidade significaria tratá-las como servas e servos de Deus, como pessoas que, encarregadas de continuar o que Paulo iniciou, se dedicaram com amor e prontidão.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento:            O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.           1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
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Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - Nossa Esperança na Vinda do Senhor - Jovens.


Lição 7 - Nossa esperança na vinda do Senhor
2º Trimestre de 2018
Introdução
I - OS TRÊS OBJETIVOS DOS ESCLARECIMENTOS ESCATOLÓGICOS 
II - VERDADES RELACIONADAS À VINDA DO SENHOR
III - OS JOVENS DE HOJE PRECISAM PENSAR SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS?
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da necessidade do debate escatológico na igreja hoje;
Apresentar três verdades a respeito da vinda do Senhor em 1 Tessalonicenses;
Demonstrar a relevância da discussão escatológica entre o público jovem.
Palavra-chave: Escatologia.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“Paulo é um escritor muito atento ao seu tempo; não é à toa que, quando esteve entre os gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, o apóstolo utilizou de toda sua retórica, certamente advinda de sua formação educacional num contexto romano”. Agora, escrevendo aos tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma questão a ser encarada de forma complexa, pois, em virtude da presença do forte politeísmo existente ali naquela cidade e com muito mais atenção à questão do orfismo e do culto a Dioniso, Paulo precisa esclarecer bem os tessalonicenses sobre problemas escatológicos.
Reflitamos, então, sobre a abordagem acerca das coisas futuras presente em 1 Tessalonicenses, tomando como pano de fundo a informação de que, por influência de sua tradição cultural, aqueles irmãos já possuíam crenças sobre ressurreição, vida post mortem, num conceito de parusia, etc., todas atreladas à veneração das divindades ali reverenciadas.
Sendo a cidade de destaque na região da Macedônia — considerada por alguns como a “segunda Roma” —, Tessalônica abrigava uma infinidade de tradições e práticas cúlticas. Havia uma forte influência da religiosidade egípcia e greco-romana; na verdade, instalou-se naquela cidade um conjunto de ações religiosas sincréticas, chegando ao ponto de construir-se naquela cidade um templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios 2.
As divindades reverenciadas majoritariamente em Tessalônica até antes do primeiro século da era cristã eram Apolo, Atena e Hércules. Todavia, já no contexto da escrita da carta, as religiões mistéricas, assim como o culto a Dioniso, Asclépio e Deméter, ganharam grande espaço no seio daquela comunidade. Como nos afirma Ramos:
O mundo religioso de Tessalônica “compilava” religiões estrangeiras juntamente com os cultos locais. As evidências históricas que nos chegam falam-nos da adoração ou veneração de muitos dos deuses do panteão grego, tais como: Zeus, Apolo, Atena, Héracles, Afrodite, Deméter, Perséfone, Poseidon, Pan (Fauno) e Hades, entre outros. Várias divindades gozavam, em Tessalônica, de uma proeminência especial, destacando-se, neste sentido, Cabirus [...], Dionísio e os deuses Egípcios, aos quais também nos referiremos. (RAMOS, 2014, p.32)
Ao tomarmos conhecimento desse aspecto histórico da comunidade em Tessalônica, podemos refletir no enorme desafio missionário que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade. Se o anúncio das Boas-Novas não houvesse sido feito debaixo da orientação e graça divinas, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da religiosidade sincrética dos tessalonicenses.
É por isso que a conversão daqueles irmãos constitui-se como um enorme milagre em si mesmo. Em primeiro lugar, porque o anúncio do amor sacrificial de Jesus, que, literalmente, se entregou pela humanidade, foi capaz de tocar os corações entenebrecidos dos tessalonicenses a ponto de estes acreditarem na mensagem salvífica.
É necessário lembrar que havia todo um repertório de histórias fantásticas associadas aos deuses que eram cultuados ali. Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus de Nazaré, aquela população poderia identificá-la apenas como mais uma narrativa mítica dentre várias contadas e recontadas naquela cidade. O poder da Palavra, todavia, fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles irmãos.
A proximidade temporal, de menos de 30 anos, corroborou para o estabelecimento do cristianismo entre os tessalonicenses. A verdade do evangelho ante a ficcionalidade dos mitos greco-romanos constituiu-se como o alicerce para edificar uma igreja viva e dinâmica naquela região culturalmente politeísta.
Outro enorme desafio enfrentado por Paulo para concretizar o discipulado dos tessalonicenses era a naturalidade com que estes entendiam o sincretismo religioso. Uma vez sendo o discurso dos missionários cristãos apresentado àquela comunidade, corria-se o risco de que o mesmo fosse apenas assimilado e associado às outras práticas religiosas já vigentes.
Entre os cultos e exercícios espirituais praticados em Tessalônica, havia vários conceitos que poderiam muito bem ser equiparados ao do recém-chegado cristianismo. Coube a Paulo e a sua equipe, no pouco tempo que lhe foi possível ficar ali, defender a necessidade de um exclusivismo cúltico para Jesus. Diferentemente dos deuses do paganismo egípcio-greco-romano que os tessalonicenses estavam acostumados, a adoração a Jesus Cristo exigia separação e consagração total.
Diante de um choque de realidade tão grande, a possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo anunciado era muito grande. Contudo, o efeito foi muito eficaz na vida de uma parcela considerável de pessoas de Tessalônica. Houve uma significativa adesão, e, como o próprio apóstolo testemunha, os tessalonicenses converteram-se dos ídolos a Deus (ver 1 Ts 1.9).
A variabilidade cúltica impunha-se a Paulo como um enorme desafio a ser superado, uma vez que a religiosidade, como se sabe, transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da própria religião, associando-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes sociais e culturais de um povo.
Dessa forma, não bastava anunciar Cristo como salvador das almas — o orfismo muito difundido em Tessalônica já fazia isso. Era necessário demonstrar que Jesus mudava o modo de viver das pessoas. Daí, tantas orientações práticas que se podem encontrar no curso de todas as duas epístolas.
Feitas as devidas contextualizações histórico-sociais, as palavras apostólicas sobre as últimas coisas ganham maior significância. É claro que o texto paulino tem muito a falar-nos hoje; todavia, ao buscarmos a compreensão pormenorizada da situação dos tessalonicenses, alguns detalhes da fala de Paulo ganham mais clareza.
Não é pelo auxílio de nenhuma divindade helênica que esperamos, mas, sim, pelo socorro bem presente de Cristo. A ressurreição de nosso Senhor não foi um ato misericordioso de um deus que se envolveu em escândalos conjugais, mas a prova material da vitória sobre a morte. A chegada triunfal de Jesus, o Senhor, superará em glória e majestade a parusia do mais destacado governante humano. Não haverá alegria tal como no encontro, isto é, naapantesis, da Igreja com seu único e verdadeiro Rei. Ali, eternamente no Reino celeste, haverá uma verdadeira paz que não passará.” 
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
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