Lição 11- Sinais e Prodígios Confirmam a Pregação do Evangelho
4º Trimestre de 2018
Introdução
I-Sinais e Prodígios Confirmam o Ministério de Jesus
II-Sinais e Prodígios Confirmam o Ministério da Igreja
Conclusão
I-Sinais e Prodígios Confirmam o Ministério de Jesus
II-Sinais e Prodígios Confirmam o Ministério da Igreja
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender que os sinais e prodígios tinham como objetivo confirmar o ministério de Jesus;
Reconhecer que os sinais e prodígios confirmam o ministério da Igreja.
Compreender que os sinais e prodígios tinham como objetivo confirmar o ministério de Jesus;
Reconhecer que os sinais e prodígios confirmam o ministério da Igreja.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
Sinais e prodígios são temas que aparecem nas Escrituras com o objetivo de mostrar que há um Deus que interfere na ordem física e que opera manifestações que fogem ao regramento delimitado pelo ser humano. O Senhor não limitou a si mesmo, deixando de interferir na ordem do mundo físico. O autor das leis da natureza não está impedido de intervir de acordo com a sua soberana vontade, e homem algum pode reconhecer a soberania de Deus para a salvação das pessoas e deixar de reconhecer essa mesma soberania na manifestação de obras maravilhosas em prol das mesmas pessoas que Ele salvou.
Sinais e prodígios vêm acompanhando a história do movimento pentecostal. Milhões de pessoas testemunham que foram curadas, libertas, que receberam livramentos miraculosos e tiveram suas vidas restauradas. Para muitos desses cristãos, o poder de Deus manifestado em sinais e prodígios abriu a porta da fé. Outros cristãos acreditam que os milagres deixaram de existir há séculos, pois foram necessários apenas quando a Igreja estava começando e precisava ser diferençada das outras culturas religiosas.
De que forma deveria pensar um cristão comprometido com a Palavra de Deus? Ao longo das Escrituras, o Senhor disse que deixaria de operar sinais e maravilhas? Se Ele moveu os escritores sagrados a registrar a ocorrência de milagres em sua Palavra, não seria este um indicativo de que Ele continua operando em nossos dias para ajudar pessoas e glorificar o seu nome?
I – SINAIS E PRODÍGIOS CONFIRMAM O MINISTÉRIO DE JESUS
Definindo os Termos Sinais e Maravilhas
Na língua do Novo Testamento, a palavra sinal é semeia, no plural, e traz a ideia de avisos, marcas ou símbolos. Por meio de um semeion, um sinal, uma pessoa poderia ser reconhecida, distinguida dentre a multidão. Essa palavra também pode ter sido usada na língua grega como uma referência, de acordo com Platão, ao caráter de uma pessoa. Essa expressão também traz a ideia da realização de um milagre, e este, sendo realizado, corrobora a missão divina, tanto de Jesus quanto dos seus apóstolos.
Na língua do Novo Testamento, a palavra sinal é semeia, no plural, e traz a ideia de avisos, marcas ou símbolos. Por meio de um semeion, um sinal, uma pessoa poderia ser reconhecida, distinguida dentre a multidão. Essa palavra também pode ter sido usada na língua grega como uma referência, de acordo com Platão, ao caráter de uma pessoa. Essa expressão também traz a ideia da realização de um milagre, e este, sendo realizado, corrobora a missão divina, tanto de Jesus quanto dos seus apóstolos.
A expressão terata, maravilhas, é usada como um sinônimo para sinais e traz a ideia de algo sobrenatural, fora do comum, que está acontecendo ou que acontecerá. Semeion e terata, sinais e maravilhas, são mencionados juntos para mostrar os milagres realizados por Jesus e seus discípulos.
Sinais e Prodígios na História de Israel
Em sua convivência com o Senhor, os hebreus já tinham um histórico de intervenções milagrosas na vida dos patriarcas e dos demais momentos da nação. Estes foram exemplos de manifestações poderosas da parte de Deus: (1) Abraão foi pai aos cem anos, momento de vida em que as pessoas já estavam preparadas para o fim de seus dias. (2) Para libertar seu povo, Deus interveio com calamidades no Egito até que Faraó deixou os filhos de Abraão saírem livres. (3) Não choveu em Israel por três anos e seis meses, de acordo com aquilo que Elias havia predito (Tg 5.17), (4) e esse mesmo Elias, homem de Deus, fez chover fogo do céu para uma audiência incrédula (1 Rs 18.38), chamando a atenção para o Deus de Israel.
O Senhor trouxe duplo livramento a Israel na época de Eliseu, dispersando o exército inimigo e deixando no acampamento provisão de alimentos para os habitantes de Samaria, que estava sitiada. Deus fez-se presente manifestando seu poder, alterando a natureza, trazendo recursos e respondendo orações. A fé no Deus vivo era clara e viva, não uma ideia de um deus distante, que não se envolvia com a sua criação. Deus revelava-se ao seu povo, tornava conhecida a sua vontade e, quando necessário, realizava sinais e prodígios para que o povo visse que Ele é Deus.
Por que Jesus Operou Sinais e Prodígios?
Jesus deparou-se com pessoas de diversas classes em seu ministério. Havia pessoas que necessitavam de uma intervenção divina em suas vidas. Outras pessoas amavam a Deus e precisavam ter sua fé aumentada. Havia, ainda, pessoas que estudavam a Lei de Deus de forma meramente acadêmica, observando os milagres como relatos fantasiosos do passado. Jesus trouxe a mensagem do evangelho pregando, ensinando e realizando milagres. Essas ações sobrenaturais acompanhavam o ministério do Senhor, ajudavam pessoas necessitadas, atraiam pessoas e proporcionava a certeza de que algo diferente estava acontecendo de verdade. O Senhor Jesus leu na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18,19). Se atentarmos para a profundidade dos relatos registrados nos evangelhos, veremos que as operações miraculosas do Senhor manifestavam o poder de Deus e socorriam pessoas. O evangelho trata da salvação da alma, mas também traz, pelo poder de Deus, interferências milagrosas de socorros e curas.
Uma Geração Má e Adúltera Pede um Sinal
É notório que muitas pessoas aproximam-se de Jesus como meros expectadores somente para assistir àquilo que o Senhor está fazendo, sem qualquer intenção de crer nEle ou de segui-lo. Assim era um grupo de pessoas que pediram um sinal a Jesus. O Mestre havia acabado de libertar um homem possesso de um espírito que lhe causava a mudez, e, uma vez liberto, o mudo falou. Esse milagre deixou a multidão espantada, mas não os críticos de plantão, que desafiaram Jesus pedindo um sinal do céu e ainda comentaram que Jesus expulsava demônios por Belzebu, o príncipe dos demônios (Lc 11.15). Jesus chamou aqueles homens de geração perversa e adúltera que estava pedindo um sinal. Eles acabaram de ver uma expulsão de demônios e uma cura e, ainda assim, não quiseram identificar Jesus como o Filho de Deus. De que sinal eles precisavam mais? Seus corações estavam endurecidos, e nenhum outro sinal que Jesus fizesse iria convencê-los de que o Senhor estava ali.
Neste texto, vemos três pontos a considerar. Primeiro, nenhuma pessoa predisposta à incredulidade será convencida do poder de Jesus; qualquer sinal a mais que presencie não fará com que ela creia no sobrenatural de Deus. Segundo, associar a atuação do poder de Deus a uma obra de Satanás corresponde a blasfemar contra o Espírito Santo de Deus; foi o que aqueles homens fizeram. Terceiro, a sentença de Jesus é de julgamento; o sinal que eles pediram era para a sua condenação, pois os ninivitas ouviram Jonas e arrependeram-se, ao passo que aqueles homens dos dias de Jesus não creram na presença do Deus encarnado e seriam julgados por isso.
É realmente perigoso dizer que algo que o Espírito Santo faz é uma obra do Diabo. É perigoso ver sinais vindos de Deus e não se posicionar para crer naquilo que Ele está fazendo, e “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31).
II – SINAIS E PRODÍGIOS CONFIRMAM O MINISTÉRIO DA IGREJA
Sinais e Prodígios Mostram o Poder de Deus
Jesus ensina, prega e opera maravilhas, e centenas de pessoas creem em Jesus não apenas pela palavra que é ministrada, mas também por meio de sinais que acontecem. Os sinais acompanhavam as palavras de Jesus e faziam com que as pessoas glorificassem a Deus. Elas reconheciam a intenção do sinal, um distintivo de que o Pai estava com Jesus, pois somente uma pessoa que tivesse chancela do Eterno poderia falar como Jesus falava e operar maravilhas como Jesus operava.
Cremos que o poder de Deus é visto na transformação de uma pessoa por meio do novo nascimento. Também cremos, porém, que o Senhor não pode ser impedido de manifestar a sua glória e exercer seu poder curando pessoas ou transformando situações de forma miraculosa. A ocorrência de milagres na Bíblia mostra o poder de Deus. Multidões seguiam Pedro, pois o apóstolo expulsava demônios e curava enfermos pelo poder de Deus, e “a multidão dos criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais” (At 5.14). Estêvão, o primeiro mártir, também “fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Ele era um homem cheio de fé e, por seu testemunho, tornou Jesus conhecido também.
Sinais e Prodígios Atendem às Necessidades das Pessoas
Deus não faz sinais e milagres simplesmente por fazer, ou seja, sem um objetivo. Se virmos os evangelhos e o livro de Atos, perceberemos que os sinais e maravilhas ali relatados tinham, além de glorificar a Deus, outra função: ajudar pessoas. A Bíblia registra que muitas pessoas no tempo de Jesus eram doentes e buscavam a cura: “[...] e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades” (Lc 5.15). Essas pessoas queriam ser alcançadas pelo Senhor e ter suas vidas restauradas. Não creio que haja qualquer pecado em buscar ao Eterno para receber uma cura. Alegar que todos que buscam por milagres em Deus têm intenções egoístas e que dependem de milagres e grandes feitos de Deus para terem fé é uma acusação séria, pois somente o Senhor conhece a intenção do coração de cada pessoa que a Ele acorre para ser socorrida. É fácil ter um discurso condenatório e anti-sobrenatural diante da dor dos outros.
Quando Jesus trouxe de volta à vida o filho único de uma mulher viúva — um sinal claro do poder de Deus e da autoridade de Jesus —, “de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” (Lc 7.16). Esse milagre distinguiu Jesus como profeta aos olhos do povo e fez com que glorificassem a Deus. Trazer de volta da morte o filho único de uma viúva foi uma bênção de Deus para a mãe do rapaz. Deus não apenas se utiliza de milagres para ajudar pessoas necessitadas ou para corroborar a mensagem do evangelho, mas também para glorificar o seu nome.
O Devido Cuidado com a Procedência dos Milagres
É preciso ter cautela para não demonstrar descrença em relação ao que a Palavra de Deus fala. Os fariseus viam Jesus operando sinais e prodígios e, mesmo assim, não conseguiam vê-lo agindo. O Eterno jamais disse em sua Palavra que os milagres deixariam de existir a partir do terceiro século de nossa era. Essa opinião despreza a certeza de que o Senhor tem todo o poder e pode agir como lhe convier.
Uma das críticas dos cessacionistas — pessoas que ensinam que os milagres, conforme relatados no Novo Testamento, não são para os dias de hoje — em relação aos pentecostais e continuístas reside na ideia de que os milagres hoje manifestos seriam imitações falsas ou mesmo malignas dos milagres relatados no Antigo e no Novo Testamento, pois, para os cessacionistas, Deus não mais faria os mesmos milagres em nossos dias. As ocorrências de sinais e prodígios devem ser investigadas, pois poderiam ser manipulações humanas e psicológicas. Deus fez milagres somente para que a Igreja fosse estabelecida, mas, depois que o cânon foi fechado, milagres não seriam mais necessários.
Os cessacionistas interpretam a Bíblia com a convicção de que o Senhor não interfere mais no mundo hoje como interferia antes e que basta a pregação da Palavra para atrair pessoas. Com base nisso, quando ouvem falar de milagres, de curas maravilhosas, de manifestações do poder de Deus, atribuem tais coisas ao inimigo ou a uma manipulação psicológica de pregadores avivalistas.
A verdade é que o Eterno não é obrigado a mudar sua forma de agir por uma convicção teológica dos homens. Ele não mudará a sua Palavra porque um grupo de pessoas não crê que Ele possa operar sinais e maravilhas. E muitos desses críticos, quando enfermos, buscam em Deus justamente aquilo que eles dizem que, até o momento, não existe mais, ou seja, curas e milagres. Que o Senhor nos guarde desse tipo de incredulidade.
Pentecostais não são contra checar a origem dos milagres. É natural que se averigue se um testemunho tem realmente a veracidade necessária para convencer as pessoas. Entretanto, partir do pressuposto de que todas as ocorrências de milagres em nossos dias são inexistentes ou mesmo falsificações ferem não apenas a Palavra de Deus, como também é desonestidade intelectual. Se já partimos com pressupostos formados antes mesmo de iniciarmos nossa investigação, dificilmente mudaremos nossa forma de pensar.
Sinais e prodígios são, portanto, concessões de Deus para que o glorifiquemos e vejamos pessoas sendo abençoadas.
CONCLUSÃO
A leitura da Palavra de Deus é simples e direta no que concerne à existência de milagres, sinais e prodígios em nossos dias. Para alguns grupos cristãos, é mais fácil criar argumentos racionalistas dizendo que milagres não existem do que acreditar nas palavras de Jesus acerca da existência dos milagres. Como pentecostais, cremos no que Jesus falou; não seguimos os sinais, pois eles é que devem seguir-nos. Milagres abrem as portas para a pregação do evangelho, ocorrem para glorificar a Deus, para abençoar pessoas e fortalecer a mensagem do evangelho. Pela fé cremos, e pela fé podemos ver Deus operando.
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.