segunda-feira, 27 de junho de 2016

Lição 01 - 3º Trimestre 2016 - O que é Evangelização - Adultos.

Lição 01

O que é Evangelização
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO
II – POR QUE TEMOS DE EVANGELIZAR
III – COMO EVANGELIZAR
CONCLUSÃO


Desde o tempo apostólico, a Igreja teve o entendimento de que a natureza da sua existência é dependente do ato de proclamar o Evangelho a toda a humanidade. Após o derramamento de Pentecostes, a Igreja não teve dúvida de que o seu caminho era proclamar com alegria e amor o Cristo Crucificado e Ressurreto a fim de que todo ouvinte quebrantasse o coração e se rendesse à soberania de Cristo (At 2.37).
A mudança de foco
Infelizmente, em muitos lugares hoje, a igreja não tem mais anunciado o Cristo Crucificado e Ressurreto, pois tem mudado o foco do seu anúncio. Ora, antigamente, a “fórmula” da pregação apostólica era resumida em “Cristo foi crucificado”, “Mas ressuscitou ao terceiro dia” e “Arrependei-vos e crede no Evangelho!”. Porém, hoje, em muitos lugares, não é mais assim. Graças a Deus, ainda há igrejas que apresentam o convite de salvação com o mesmo propósito com o qual os santos apóstolos apresentavam, honrando a Cristo e às Sagradas Escrituras. Mas, temos a incômoda sensação de que esse comportamento não é mais a regra.
Crentes, mas sem saber em que creem.
Não é difícil conhecermos pessoas que frequentam um templo e que se dizem membros de uma igreja evangélica, mas quando perguntadas sobre como Jesus Cristo foi apresentado a elas, de pronto ouviremos: “Aquele que resolve todos os meus problemas” ou “Quem me faz prosperar”; ou ainda “Aquele que me faz triunfar”. Embora não sejam teses mentirosas, esses relatos não são o testemunho que os santos apóstolos deram a vida toda, entregando as próprias vidas a fim de salvar pessoas da perdição eterna. Para a nossa tristeza, atualmente, é possível encontrar membros de igreja que nunca ouviram sobre a gravidade e a seriedade do problema do pecado.
Um convite
Por isso, o presente trimestre é um convite para a Igreja de Cristo recuperar a alegria de comunicar o Evangelho genuíno. As fórmulas são muitas! É preciso buscar todos os meios disponíveis para evangelizarmos. Não apenas o eletrônico, digital, por intermédio da televisão ou da internet, mas principalmente no relacionamento pessoal. As melhores e mais eficazes evangelizações se deram num bate papo de uma praça de alimentação, na rua, em uma casa, nas escola, num shopping, no consultório médico, na sala de aula, numa roda de colegas, no transporte público como ônibus, táxi, avião etc. O contexto muda, pois o mundo está em constante transformação, mas o objetivo da mensagem é o mesmo: apresentar o Cristo Crucificado, o Cristo Ressuscitado e fazer o convite ao arrependimento.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Lição 12 - 2º Trimestre 2016 - A Família de Jesus - Jovens.

Lição 12

A família de Jesus
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - PRÉ- HISTÓRIA FAMILIAR
II - VIDA SOCIAL
III - VIDA ESPIRITUAL
CONCLUSÃO
Deus pensou no homem e o visitou, quando uma estrela brilhava sobre Belém. Houve a encarnação do verbo, o qual entrou na história da humanidade, mudando-a para sempre. Para tanto, o Senhor escolheu uma família de carne e osso, imperfeita, para que através dela o perfeito Salvador fosse conhecido ao mundo. Essa família será o referencial nesta lição.

I - PRÉ- HISTÓRIA FAMILIAROs primórdios da família de Jesus são importantes, a fim de se ter uma visão global do projeto divino chamado Encarnação do Verbo. Para tanto, mister entender quem eram essas pessoas escolhidas por Deus, as quais comporiam a família do Redentor. Inequivocamente, tratam-se de pessoas nobres (1), não apenas pela ascendência real que possuíam, mas pelo altruísmo de suas condutas ao longo da vida.
Em várias ocasiões, entretanto, além do amor e nobreza nos gestos, observava-se a extrema coragem de José e Maria (2)... Não deixaram se vencer pelo medo nos momentos de conflitos, quando corajosamente enfrentavam o sistema político e o religioso farisaico apenas com a fé em Deus.
Outra característica marcante dos pais de Jesus era a obediência (3). Nunca acharam que um fardo, que Deus lhes pedia que carregassem, fosse considerado pesado demais. Sempre obedeciam com alegria às ordens do Senhor. Isso aconteceu quando, por divina revelação, Maria e José saíram de sua zona de conforto (a partir da anunciação pelo anjo Gabriel), abandonaram suas rotinas, e seguiram por um caminho diferente do planejado, para cumprirem o plano do Senhor.
II - VIDA SOCIALA vida da família do Filho de Deus, do ponto de vista social, foi desabastecida de bens materiais. Excluindo os presentes dos magos, tudo o mais na Bíblia demonstra que eles eram pobres (1). Ora, é de sabença curial que o serviço braçal de carpinteiro era pouco remunerado, não lhe sobrando muitos recursos financeiros... Tanto é assim que, na apresentação de Jesus, foram imoladas aves (porque eram carentes) e não cordeiros ou bezerros, que eram as ofertas dos ricos. 
Entretanto, mesmo diante da pobreza, a família do Nazareno era solidária com todos (2). Cumpriam a máxima de que "não há ninguém tão pobre que não possa dar e nem tão rico que não possa receber". A solidariedade dessa família insigne pode ser vislumbrada no evento das bodas de Caná (Jo 2) quando a "família de Jesus" resolveu um problema o qual, socialmente, eles não tinham nenhuma responsabilidade.
Também resta patente, nas Escrituras, que a família do Messias era trabalhadora (3). O carpinteiro de Nazaré, ou mesmo o filho do carpinteiro, como era chamado o Senhor por seus colegas de adolescência e conhecidos, denota um dos traços característicos da Sua família. Aliás, o próprio Jesus afirmou que o Pai trabalha até agora, e ele também (Jo 5.17).

III - VIDA ESPIRITUAL
A fé dos pais de Jesus, José e Maria, era extraordinária (1). Não era superficial, mas profunda. Sabiam, desde o início, que aquele menino seria o cumprimento de muitas profecias bíblicas (Is 7.14; 9.6) e, por isso, transformaram-no no motivo pelo qual viveriam. Mudaram, por causa do primogênito, a base da sua moradia para o Egito (aliás, essa não foi a primeira vez que o Egito abrigou o povo de Deus). Somente uma coisa justificava isso: uma comprometida fé no Senhor.
Entretanto, como nem tudo são flores na vida daqueles que servem a Deus, no curso da vida do casal José e Maria nasceram outros filhos, os quais, quando o Cristo assumiu seu ministério, tornaram-se incrédulos e zombadores (2), - uma situação, certamente, muito triste para a matriarca.
Com o passar do tempo, porém, após a ressureição do Salvador, como sói acontecer, a família de Jesus venceu a dúvida e o medo (3), sendo que alguns meio-irmãos do Senhor se tornaram baluartes da fé cristã na igreja primitiva.
CONCLUSÃOA família de Jesus, como qualquer família contemporânea, teve seus altos e baixos. Houve momentos de tensões, em que seus irmãos acreditavam que o Senhor estava fora si (Mc 3.21), em que zombaram do Redentor (Jo 7.3-5 - a inveja contaminou a muitos naquela época) mas depois entenderam que eram eles, na verdade, quem estavam perdidos. 
Arrependidos e convertidos, foram aceitos e perdoados por Deus, tendo participado do maior avivamento mundial de todos os tempos... Por isso, saíram ao mundo anunciando que Jesus Cristo era o Salvador!
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 12 - 2º Trimestre 2016 - Cosmovisão Missionária - Adultos.

Lição 12

Cosmovisão Missionária
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
II – UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
III – UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
CONCLUSÃO
Se há uma característica que podemos confirmar na carta do apóstolo Paulo aos Romanos é o sentimento missionário do apóstolo. Paulo era um homem de coração voltado para as missões. O Espírito Santo usou a instrumentalidade de Paulo para o Evangelho atingir a civilização ocidental. Por isso, podemos notar características muito profundas na visão missionária de Paulo.
A visão missionária de Paulo
O capítulo 15 de Romanos mostra a primeira predisposição de o apóstolo anunciar o Evangelho a quem nunca ouviu falar sobre ele. Neste sentido, veja a fala do apóstolo: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (v.20). A partir deste texto, uma característica essencial que brota naturalmente de Paulo é a sua forma honesta de fazer Missões em que ele jamais anunciaria Cristo onde Ele já fora anunciado. Imagine o impacto que essa visão paulina traria em nossa prática missionária nos tempos modernos!
A visão missionária que esteja voltada para as pessoas é a mais fiel em relação ao Evangelho, pois ela não está voltada para um projeto de extensão de instituições religiosas, mas simplesmente em alcançar corações e mentes que ainda não conhecem a Deus e a justiça do seu Reino. Outra característica que encontramos na visão missionária de Paulo é a esperança. Note o versículo 24: “quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia”.
De acordo com alguns estudiosos, é problemática a questão se o apóstolo Paulo chegou ou não à Espanha. Entretanto, a epístola de Clemente à Igreja de Corinto e o fragmento muratoriano (uma cópia da lista mais antiga que se tem dos livros do Novo Testamento) são considerados argumentos fortes em relação à ida do apóstolo à Espanha. Apesar do tempo, dos obstáculos do ministério e de tantas outras questões que afligiam o apóstolo, ele não deixou de ter esperança e novos planos. Mas antes, ele planejara ir à Jerusalém para ministrar aos santos (v.25). Predisposição para anunciar Cristo onde Ele não fora anunciado e esperança renovada na missão de Deus são características que brotam naturalmente da leitura da epístola paulina: “Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha” (v.28).
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016. 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Lição 11 - 2º Trimestre 2016 - A Família Segundo o Coração de Deus - Jovens.

Lição 11

A família segundo o coração de Deus
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - UMA FAMÍLIA SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
II - UMA FAMÍLIA FRACASSADA
CONCLUSÃO
O padrão moral das famílias, nos dias hodiernos, está sendo fortemente alterado pelos novos paradigmas estabelecidos pela sociedade pós-moderna. No continente europeu, berço de muitos avivamentos cristãos, por exemplo, a esmagadora maioria das famílias não cultiva mais a espiritualidade bíblica, com consequências desastrosas. Se, no passado, sem a influência das ideias contemporâneas, era difícil manter o padrão moral de Deus nas famílias, como mostra claramente a Bíblia, como achar uma família segundo o coração de Deus nestes dias? Esta resposta será estudada nesta lição, porém, decerto, como Davi foi um homem segundo o coração de Deus, também existem famílias que vivem em conformidade com a vontade do Senhor.
I - UMA FAMÍLIA SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
Existe família perfeita (1)? Eis uma pergunta aparentemente difícil para muitos, os quais consideram o termo perfeição como sendo sinônimo de impecabilidade, ausência de erro... porém não se trata disso neste caso. Quando Deus exortou Abraão a ser perfeito (Gn 17.1), e quando Jesus repetiu o mesmo mandamento no sermão da montanha (Mt 5.48), não estavam determinando que seus ouvintes nunca mais pecassem, pois o Senhor sabia ser isso impossível (1 Jo 1.8). Deus, nos dois momentos, estava determinando que seus filhos se submetessem completamente a Ele e, assim, refletiriam a imagem do Senhor (2 Co 3.18), mas não seriam necessariamente iguais ao Senhor. É como ensinava um sábio do passado: as pessoas que se colocam nas mãos de Deus "serão perfeitos como ele é perfeito - perfeitos em amor, em sabedoria, em alegria, em beleza e em imortalidade".
Estes são, exatamente, os predicados de uma família segundo o coração de Deus. O jovem cristão, destarte, deve almejar isso para sua vida... Uma família perfeita em amor, em sabedoria, em alegria, em beleza e em imortalidade... Mister lembrar que só se chega até onde a visão alcança. Se o rapaz ou a moça não tiver projetos de vida excepcionais, calcados na perfeição de Deus, dificilmente obterá resultados familiares exuberantes.? Quem está escondido em Deus deve planejar construir um lar verdadeiramente feliz (2). Não deve se contentar com menos. O maior interessado nisso tudo é o próprio Senhor.
Existe, entretanto, um grande paradoxo: viver para Deus, mas não levar a família aos pés do Senhor (3). Quanta frustração devem ter suportado os sacerdotes Arão e Eli, por perderem filhos precocemente por causa da desobediência filial. Os referidos sacerdotes souberam conduzir muitos à presença do Senhor, mas sofreram uma grande tristeza ao verem seus queridos filhos castigados drasticamente por Deus. Que os jovens, ao construírem novos lares, elejam como prioridade máxima que todo o lar esteja no centro da vontade de Deus, não acontecendo, assim, a maior contradição da vida cristã. ?
II - UMA FAMÍLIA FRACASSADA 
É possível decidir qual tipo de semente vai ser semeada no solo, porém em relação à colheita não existe opção: será o produto daquilo que foi plantado, muitas vezes mais. Assim aconteceu com o Rei Davi (1). Ele, um homem segundo o coração de Deus, tomou várias decisões equivocadas, acarretando funestas consequências, tanto na seara política, quanto pessoal e espiritual.?
No que tange aos relacionamentos (2), Davi nunca soube se posicionar corretamente. Sempre teve atitudes egoístas, principalmente em relação aos filhos, ora desprezando, ou sendo indiferente, ou relegando ao esquecimento.... Davi deixou um péssimo exemplo, que deve ser evitado.? E isso acarretou um triste fim para a família de Davi (3). Quando se observa o que aconteceu com os descendentes de um dos rei mais piedosos de Israel, é possível enxergar o perigo do descuido com os familiares. Paulo ensina que aquele que não cuida bem das pessoas de sua família, negou a fé e se tornou pior que um infiel (1 Tm 5.8).
CONCLUSÃO
O desafio de ter uma família segundo o coração de Deus deve mover a todos em busca da excelência, em todos os aspectos. O Senhor deve ter o primeiro lugar em todo o momento, nas decisões mais simples, e nas mais complexas. Não se pode esquecer do culto domésticos, dos momentos de lazer, de diálogo, de estar juntos, dentre outras coisas, para que o amor posso fluir descontraidamente, alegremente, fortalecendo os laços de fidelidade a Deus e ao próximo.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 10 - 2º Trimestre 2016 - Quando a Divisão se Instala na Família - Jovens.

Lição 10

Quando a divisão se instala na família
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - UMA FAMÍLIA ABENÇOADA
II - PROBLEMAS
III - FIM DA HISTÓRIA ?
CONCLUSÃO


INTRODUÇÃOA traição somente acontece na ambiência de relacionamentos de amizade, de consideração, de ternura. Para trair é preciso, portanto, que as pessoas sejam amigas, companheiras, confidentes. Igualmente, também, para que a divisão se concretize faz-se necessária a homogeneidade de um grupo. Fracionamento, portanto, pressupõe comunhão prévia, pois só se divide aquilo que, alguma vez, esteve junto; algo que integrava um organismo, partilhava de mesmos ideais. 
A segmentação, dessa maneira, apresenta-se com algo profundamente perturbador dentro da unidade. Ela rompe elos de fidelidade, desfaz princípios, cria novos caminhos, nem sempre melhores, mas sempre menores. Povos, instituições, famílias, que se desentendem, perdem o rumo, geralmente não alcançam seus objetivos. Nesta lição, será estudado como a divisão aconteceu na família do patriarca Isaque, e como evitar que isso se dê no seio das famílias contemporâneas, mormente naquelas que servem a Jesus.
I - UMA FAMÍLIA ABENÇOADANa Bíblia, poucas famílias demonstraram um potencial tão excelente como a de Isaque. O Senhor Deus escolheu a linhagem de Abraão, seu pai, extraordinariamente, milagrosamente, estabelecendo uma aliança eterna com o filho da promessa, nascido do ventre infrutífero de uma senhora de noventa anos, Sara, o qual foi chamado de riso, apontando para um viver abençoado em família e também para a vinda do Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (1). 
Essa pré-história familiar, pontilhada por detalhes inéditos, maravilhosos, preparados por Deus, desaguou em uma linda história de amor, construída pelo Senhor nas paragens do deserto, enquanto Isaque orava... O casamento com Rebeca (2). A vida a dois do casal Isaque e Rebeca seguia sem percalços, até que se descobriu um problema familiar histórico: esterilidade (3). Vinte anos de campanha de oração por um filho foram suficientes... Nasceram-lhes gêmeos, um presente de Deus, único caso registrado na Bíblia!
II - PROBLEMAS
Em todo "paraíso" há uma árvore proibida. Sempre, no lugar em que as bênçãos são concedidas, existem cautelas necessárias a serem tomadas, de maneira a não perverter o propósito divino. Isaque e Rebeca precisavam amar incondicionalmente os diferentes, como eram seus filhos Esaú e Jacó, entretanto eles "comeram do fruto proibido", manifestaram claras preferências filiais. Esaú era o "queridinho do papai" e Jacó vivia sob a proteção da mãe. A família entrou em rota de colisão.??Tal circunstância foi se agravando gradativamente. Com o passar do tempo, Esaú e Jacó tiveram cosmovisões distintas (2). Cada um enxergava a vida sob prismas distintos, mas tinham algo em comum: eram ambiciosos. 
Diante de tantos conflitos interpessoais, o rompimento familiar foi inevitável (3). Isaque, interpretando que chagara o tempo de sua morte, chamou o seu filho amado Esaú para a cerimônia de despedida, mas esqueceu de convidar Jacó. Indignada, a mãe Rebeca, armou um plano para que o seu filho amado Jacó fosse o abençoado. Todos os rancores armazenados ao longo de décadas eclodiram! Entre os irmãos foi instalado um clima não apenas de desunião, mas de morte. Por tal motivo, Rebeca resolveu o problema a seu modo: cristalizou a divisão na família, sem estimular o perdão, sem tentar a reconciliação. Mandou Jacó ir embora. 
III - FIM DA HISTÓRIA ?
Toda história de traição envolve fuga, seja ela física ou emocional. Ou ambas. Jacó partiu para uma terra longínqua (1)... Nunca mais teria que enfrentar o olhar de seu rancoroso irmão, nem se envergonhar com a fraca presença do inválido pai, o qual enganara vergonhosamente... Será que nunca mais? Certamente que não! Sempre haverá um retorno para aqueles que fogem. Um acerto de contas. Jacó quis varrer sua desonestidade para "debaixo do tapete" da existência, mas Deus pensava diferente: anos depois de ter constituído família, fê-lo retornar à sua terra e parentela (2). Jacó precisava resolver questões insolúveis do passado, para poder ser feliz. 
?Deus marcou o dia do reencontro entre Jacó e Esaú, como sói acontecer (3). As feridas emocionais entre os irmãos, ainda abertas, precisavam de cicatrização, e só o Senhor sabia o instante preciso para tal ajuste. Depois de lutar com Deus, entre lágrimas (Os 12.4), Jacó foi abençoado e conseguiu, no dia seguinte, o perdão de Esaú. Os elos fraternais foram restaurados. Agora, a Casa de Isaque podia seguir em frente, pois não existia mais "uma pedra no caminho": a fragmentação familiar. 
CONCLUSÃO
Os descendentes de Isaque "sentiram na pele" as funestas consequências de ficarem separados física e emocionalmente. Isso é um alerta para todos. Por isso, a família que serve a Deus deve estar atenta aos mínimos sintomas da desarmonia entre seus membros, para que tal situação não evolua para o grau mais triste da convivência: a tragédia da divisão dentro do lar. 
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 10 - 2º Trimestre 2016 - Deveres Civis, morais e Espirituais - Adultos.

Lição 10

Deveres civis, morais e espirituais
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)
II – DEVERES MORAIS (Rm 13.8-10)
III – DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)
CONCLUSÃO


O capítulo 13 de Romanos entra numa questão cara a todos os seres humanos. A história da humanidade pode ser contada a partir das sucessivas tentativas de derrubadas e soerguimentos de governos humanos. Ora, o Antigo Testamento mostra com clareza as derrubadas de impérios e reinos, e o levantamento de outros reinos no lugar daqueles abatidos. A história da humanidade também é uma história da busca e de conquista do poder.
Na época do apóstolo Paulo, o sistema de governo vigente no mundo era a Monarquia Absolutista. O poder era centralizado na pessoa do imperador de Roma. Quando o apóstolo se refere sobre a devida obediência às “Autoridades superiores”, ele se referia a autoridade civil exercida pelo governo de Roma, bem como a referência direta aos administradores do governo romano.
Um ponto que é claro na epístola, e no capítulo 13, é que as obrigações que incidem em nossa sujeição às autoridades civis, mediante ao ensino apostólico, significam fazer a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Neste sentido, devemos obediência ao governo civil porque, em primeiro lugar, toda autoridade provém da parte de Deus. Neste caso, o governo e os magistrados são responsáveis para punir o malfeitor e assegurar o bem estar das pessoas de bem (Rm 13.2-5). Outro ponto: a obediência à autoridade não pode ser apenas pelo medo de ser punido, mas pela consciência de que é uma instituição divina (13.5).
Entretanto, quando lemos a carta de Paulo aos Romanos, mais especificamente o trecho sobre as autoridades civis, nós devemos levar em conta algumas questões importantes:

1. O sistema de governo de Roma na época de Paulo não é o mesmo do atual;
2. Diferentemente da Monarquia Absolutista, hoje a maioria das nações tem o sistema de governo sob a perspectiva de leis, segundo o advento das Constituições.
3. No regime das Constituições o chefe do Estado, apesar de ser uma autoridade com poderes previstos na Constituição, não é um déspota, mas o servidor da nação com limites muito claros e delimitados segundo o sistema constitucional.
4. Se a autoridade for responsável por crime de responsabilidade ou atentar contra a probidade administrativa, a Constituição prevê caminhos para a destituição dessa autoridade.
Portanto, hoje o que caracteriza a desobediência civil é o descumprimento da Constituição e do sistema de Leis vigente em nossa nação.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016. 

Lição 11 - 2º Trimestre 2016 - A Tolerância Cristã - Adultos.

Lição 11

A Tolerância cristã
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
II – UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
III – UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
CONCLUSÃO
Um dos grandes conflitos na Igreja Primitiva era acerca da liberdade cristã. O livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 15, narra o primeiro grande conflito que poderia levar grandes prejuízos à comunhão da novata igreja. O problema teve de ser tratado no que se chamou de o primeiro concílio da igreja. Ora, por intermédio do ministério de Paulo e de outros companheiros, muitos gentios chegaram à fé. Mas havia grandes questões: o que era preciso para ser um seguidor de Jesus? Era necessário o gentio guardar toda a lei de Moisés? Conhecer e compreender a mensagem do Evangelho não seria suficiente?
O concílio da igreja chegou à conclusão de que os gentios não precisariam guardar a Lei de Moisés, senão, apenas considerar as seguintes resoluções:
1. Não comer carne de nenhum animal que tenha sido oferecido aos ídolos;
2. Não comer sangue nem carne de nenhum animal que tenha sido estrangulado;
3. Não praticar imoralidade sexual.
Estas resoluções foram recebidas de maneira amorosa pelos gentios. Mas temas dessa natureza retornaram agora no capítulo 14 de Romanos. Pois o apóstolo Paulo volta-se novamente perante o problema que já havia sido superado. Entretanto, a questão maior é que na igreja de Roma, judeus e gentios estavam convivendo mutuamente, de modo que os judeus se escandalizavam com a liberdade dos gentios. Mas que nos chama atenção neste capítulo 14 é o ensino de tolerância que o apóstolo passa a expor:
1. “Paremos de criticar uns aos outros” (v.13);
2. “Por estar unido com o Senhor Jesus, eu estou convencido que nada é impuro em si mesmo” (v.14);
3. “Mas, se alguém pensa que alguma coisa é impura, então ela fica impura para ele”. (v.14);
O apóstolo conclui o argumento da tolerância entre irmãos da seguinte maneira: “Se você faz com que um irmão fique triste por causa do que você come, então você não está agindo com amor. Não deixe que a pessoa por quem Cristo morreu se perca por causa da comida que você come. Não deem motivo para os outros falarem mal daquilo que vocês acham bom” (vv.15,16). Pois na verdade o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas vida correta, em paz e com alegria no Espírito Santo (v.17). Portanto, em nome da paz e da alegria vale a pena respeitar o diferente e aquele que não pensa da mesma forma que você. Pensar diferente faz parte da grande diversidade que há na Igreja, o Corpo de Cristo. Por isso, viva em paz! Viva com alegria!
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Lição 9 - 2º Trimestre 2016 - Conflitos Familiares - Jovens.

Lição 09

Conflitos familiares
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - O GRANDE PROBLEMA
II - FAMÍLIAS EM CONFLITO
III - A HISTÓRIA DE TODOS NÓS
CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos, vislumbra-se uma tendência dos seres humanos em não caminharem naturalmente rumo à paz com seus semelhantes, mas constantemente a inclinação da humanidade é para a realização de guerras. Longos períodos de paz são escassos na história de todos os povos, salvo quando impostos pelas armas da guerra, como foi o caso da "pax romana", período de aproximadamente quinhentos anos sem grandes guerras por causa do absoluto domínio político e militar de Roma sobre o mundo civilizado.
Na verdade, os conflitos se constituem em uma das marcas mais características dos seres humanos. Onde há homem, há conflito, sejam nos governos, nas empresas, nos sindicatos, nos partidos, e também, infelizmente, nas famílias, - o lugar onde era para existir (juntamente com os agrupamentos do povo de Deus) a maior concentração de amor e ternura por metro quadrado do planeta. Então, qual a razão de tantas lutas entre pessoas que têm todas as razões para se amarem? Esse é o grande desafio desta lição.?
?I - O GRANDE PROBLEMA
A natureza humana decaída é a fonte primordial de todos os conflitos familiares (1). Quando os mais antigos ancestrais da raça humana, Adão e Eva, cederam ao mal não sabiam em que enrascada estavam se metendo. A Queda atingiu fortemente não apenas o primeiro casal, alterando a percepção em relação ao semelhante (mudança sentida logo na primeira conversa entre Deus e o casal), mas todo o restante dos seus descendentes (2). Foi por causa da Queda que Caim matou a Abel. A maldade inerente ao ser humano, portanto, desencadeia todos os conflitos que se veem, inclusive no seio familiar.?
Interessante perceber que Adão e Eva comeram do fruto proibido por um motivo simples: insaciabilidade (3). Eles entenderam que poderiam ter mais. Acreditaram que os prazeres que Deus lhes outorgara no Jardim eram insuficientes para serem felizes. Queriam mais. O convite da serpente era o que faltava... Não sabiam que aquilo seria a maior tragédia da vida. Hoje, igualmente, há um sentimento de que é possível novas sensações, novas aventuras, horizontes mais brilhantes... Variações do mesmo tema do Éden. É a serpente, ardilosa, convencendo que, para se conseguir ir além, é preciso subjugar os parentes, os quais são vistos como oponentes e não irmãos, insuflando recorrentes e intermináveis conflitos familiares, que encontram eco na natureza humana.

?II - FAMÍLIAS EM CONFLITO
Ao analisar a gama de conflitos familiares identificados nas histórias de personagens bíblicos, vislumbra-se que eles possuíam inúmeras fontes motivacionais como, por exemplo, ingratidão e desprezo, desnudadas nas narrativas, respectivamente, de Agar em relação a Sara e de Jacó em relação a Leia, - episódios que envolvem falta de reconhecimento pelo bem recebido e tratamento humilhante indevido (1). A Bíblia mostra, também, a rebelião de Miriã e Arão contra Moisés por causa da cunhada, - presença forte de soberba e ciúme (2), história que se repete frequentemente nos dias atuais.
O fato mais marcante em todas essas perícopes é que Deus não apoiou nenhuma das condutas beligerantes dos familiares, por agirem calcados em sentimentos mesquinhos, de origem inquestionavelmente maligna.
Para tudo isso, o Senhor apresenta um remédio sublime: o amor (3). O vínculo da perfeição, como diz Paulo, é a única chance da família ser feliz. Somente amando uns aos outros a missão familiar será cumprida a contento e o fim das coisas, na família, será melhor que o começo delas.
??
II - A HISTÓRIA DE TODOS NÓSEm Lucas 15, o Senhor Jesus conta a parábola do Filho Pródigo, na qual se retrata a figura de um filho egoísta (1), do seu irmão que não queria perdoar (2) e, como pano de fundo, o amor inquebrantável de um pai reconciliador (3). Essa, sem dúvida, é a história de todos nós. Ao longo da vida, há episódios que demarcam a estrada de cada pessoa e neles sempre haverá esses elementos catalisadores... pessoas que interagem cotidianamente com egoísmo e falta de perdão... mas também haverá alguém procurando juntar os pedaços dos relacionamentos rompidos. Essa figura serena e conciliadora é Deus, o nosso Pai, o qual não quer que nenhum se perca, mas que todos venham a arrepender-se.

?CONCLUSÃO
O Senhor Deus estabeleceu a família como o centro de capacitação dos seres humanos, onde as pessoas seriam treinadas para enfrentar os desafios mais importantes da vida. Para tanto, o Todo Poderoso sabia que, nesse campo de instrução, haveria conflitos familiares, porém mesmo assim não mudou de ideia. O problema em muitos lares é que as pessoas deixaram de se tratar cortesmente e passaram a viver em guerra absoluta, quase corporal. Isso não pode acontecer. O remédio sublime de Deus está disponível para todos.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 9 - 2º Trimestre 2016 - A Nova Vida em Cristo - Adultos.

Lição 09

A nova vida em Cristo
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – EM RELAÇÃO A MORDOMIA DA ADORAÇÃO CRISTÃ (Rm 12.1,2)
II – EM RELAÇÃO À MORDOMIA DO EXERCÍCIO DOS DONS (Rm 12.3-8)
III – EM RELAÇÃO À MORDOMIA DA PRÁTICA DAS VIRTUDES CRISTÃS (Rm 12.9-21)
CONCLUSÃO
Chegamos à seção bíblica em que o apóstolo Paulo passa a tratar sobre a aplicabilidade da doutrina. Os capítulos 12 a 16 de Romanos é a aplicação da mensagem que o apóstolo desenvolveu ao longo de toda a epístola (Rm 1?11).
Vivemos num tempo em que tudo o que se conhece o ser humano deseja aplicar na vida prática sem fazer uma reflexão sobre as implicações da aplicabilidade desse conhecimento. O tema das doutrinas bíblicas não foge desta ordem. É natural, após de havermos estudado, que se pergunte: qual o efeito prático que a doutrina da justificação pela fé tem para a vida?
O apóstolo começa a responder a pergunta a partir do assunto da santificação: “Mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Ora, a base da santificação do crente é a sua união com Cristo, pois a partir dessa união foi que o crente rompeu com o pecado e andou em novidade de vida conforme a eficácia da ressurreição do nosso Senhor (Rm 6.4,10-11). Como o Espírito Santo é aquele com quem nós andamos; por intermédio dEle, somos instados a viver somente para Deus segundo a sua imperiosa vontade. Aqui, ocorre a vocação e o chamado para vivermos uma vida de santidade.
No culto racional e nas virtudes cristãs
Deste modo, o crente nascido de novo tem uma ética fundamentada na obra da redenção. A partir desta, somos chamados a cultuar o nosso Deus com entendimento e sabedoria (Rm 12.1), sendo instrumento disponível de Deus para abençoar a vida dos nossos irmãos por intermédio do uso dos dons (Rm 12.6-8). De modo que o amor suplanta e se torna a grande medida dessa instrumentalidade. Ou seja, fomos separados para amar sem fingimento; amar cordialmente uns aos outros; sermos intensos no cuidado com o outro e fervorosos no espírito; alegrando-se na esperança, sendo paciente na tribulação e perseverando em oração; comunicando a nossa necessidade ao outro; sendo unânime naquilo que importa; não ambicionando as coisas altas; não desejando o mal do outro; dando de comer e de beber ao inimigo; não devolvendo o mal com o mal, mas com o bem (Rm 12.9-21).
Viver esta santidade do amor não é fácil. Isto requer anular o nosso orgulho, soberba e prepotência. Mas não foi assim que Deus agiu para conosco e fomos justificados gratuitamente pela fé em Jesus Cristo? Então, como pagaremos o mal na mesma moeda? Em Cristo, somos chamados e convocados a ser amorosamente santos!
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016. 

terça-feira, 17 de maio de 2016

Lição 8 - 2º Trimestre 2016 - A Comunicação na Família - Jovens.

Lição 08

A comunicação na família
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - O FRUTO DO ESPÍRITO NA COMUNICAÇÃO
II - BOA COMUNICAÇÃO
III - A ARTE DE OUVIR
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃOA capacidade de se comunicar eficazmente pode traduzir a diferença entre a vitória e o fracasso em qualquer empreitada. Isso pode ser visto, com clareza, na história da torre de babel (Gn 11). Os construtores foram muito bons no quesito comunicação, a ponto de Deus ter que intervir para eles não lograrem êxito no mau intento de "fazer um nome para si".
I - O FRUTO DO ESPÍRITO NA COMUNICAÇÃO
O emissor de uma mensagem, - aquele que fala - deve ter sua mente e coração cheios de alegria (1) para que o receptor - aquele que recebe a informação - possa decodificá-la com satisfação, pois ninguém gosta de tratar com pessoa mal-humorada. Outro aspecto preponderante da comunicação é que haja veracidade (2) na mensagem. Sem confiança estabelecida, uma família jamais prosperará.
É óbvio que, ao longo da estrada, muitas turbulências relacionais surgem, mas a mágoa não pode florescer, senão todos perecerão. A família precisa lavar-se, sempre, nas águas purificadoras do perdão (3) e perfumar-se cotidianamente com o bálsamo da paciência (4) (1Ts 5.14). Com essas características na comunicação, a família será vitoriosa. Nada lhe deterá, pois seus membros serão felizes, confiantes e alcançarão os objetivos mais sublimes, como Deus mencionou acerca dos homens de babel (Gn 11.6).
II - BOA COMUNICAÇÃONa Bíblia existem exemplos de homens que, por andarem com Deus, souberam amar suas famílias a tal ponto que a comunicação fluía eficazmente. Noé e Abraão são dois bons exemplos (1). Eles conduziram suas famílias, pelo caminho da vida, de maneira formidável. A família de Noé acreditou que a revelação de Deus sobre a arca era real e, por isso, defendeu a ideia "meio louca" do velho patriarca contra tudo e contra todos. Isso foi tão elogiável, que Deus fez uma aliança com Noé e seus filhos (Gn 9.8,9). Abraão, igualmente, soube impregnar em sua família o temor de Deus.
Outra pessoa que soube comunicar vida e emoções aos que estavam por perto foi Jesus. As pessoas se sentiam amadas por Jesus (2), sempre, mesmo que Ele não fizesse declarações retumbantes de amor. As crianças, por exemplo, gostavam da companhia de Jesus porque sabiam que eram queridas. Os discípulos, por outro lado, além de amados, sentiam-se participante das vitórias do Senhor. Isso é que é comunicação eficaz!
III - A ARTE DE OUVIR
Deus deu a cada ser humano dois ouvidos e uma boca, criando uma proporção entre o ato de ouvir e de falar: deve-se ouvir duas vezes mais do que se fala (1). Entretanto, a regra é que as pessoas falem duas vezes mais do que ouvem... Eis o motivo de várias dificuldades de comunicação nos relacionamentos familiares. Para desenvolver a arte de ouvir é preciso, em primeiro lugar, ter humildade. Os filhos arrogantes (2), como foi o caso do rei Roboão, perdem-se na vida. Deixam de experimentar as promessas de Deus e trazem grandes dissabores familiares.
Noutro extremo, há pais que não guardam tempo para ouvir e falar com seus filhos. Conheço a história de um médico, cujo filho, que morava em casa, agendou um atendimento no consultório do pai, a fim de poder ter alguns minutos de comunicação com o seu genitor. O pai, emocionado, a partir de então, passou a dedicar mais tempo ao filho. É preciso que a comunicação flua "sem ruídos", para que, no fim da vida, não aconteça com a família o que se deu com os filhos do rei Davi. Um homem de muitas conquistas, mas que, por sua inércia comunicativa e seus pecados, deixou sua casa completamente sem harmonia, com rancores e invejas latentes.
CONCLUSÃOA mais urgente tarefa de qualquer pessoa que ama a Deus é ter um relacionamento frutífero no seu lar. E, para isso, a boa comunicação é fundamental. O amor em família demonstra-se não só em compartilhar a mesma casa, alimentos e proteção social, mas também em manter uma comunicação saudável e eficaz, levando a família, sempre, para mais perto uns dos outros e de Deus.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo.