segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - A História de Uma Ovelha Perdida - Primários.

Lição 7 - A História de Uma Ovelha Perdida

 3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus é o Bom Pastor, que resgata a pessoa que está perdida.

Ponto central: Deus resgata a ovelhas que está perdida.
Memória em ação: “— Eu sou o Bom Pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
      Querido (a) professor (a), ao longo da caminhada com Cristo quantas não foram as “idas e vindas” de pessoas queridas; quantos não foram os irmãos que se distanciaram do Senhor, que se perderam e até hoje não regressaram?! Por alguns, nós oramos há anos. E certamente, enquanto você lê essas linhas, se lembra de alguém em especial.
      O que tendemos a não considerar é que há uma maneira mais sutil, e, portanto, mais perigosa, de se desviar do Altíssimo – perdendo-se na religiosidade. Sem se aperceber estar distante, ainda que dentro da casa do Pai. Sim, tal qual a maioria dos zelosos mestres da Lei, os fariseus, na época de Jesus, nós também corremos o risco de nos tornarmos apenas religiosos, zelosos em cumprir e ensinar regras, mas sem a chama do amor por Deus e pelo próximo.
      Assim Israel se encontrava quando o Senhor disse: “Este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (em outra versão: “que maquinalmente recebeu”). (Is 29.13)
      Ao longo do ministério do Rabi, por diversas vezes Ele confrontou a religiosidade que era vazia de amor, de real intimidade com Deus, esvaziada de compaixão pelos perdidos, pelos a margem da sociedade: prostitutas, publicanos, samaritanos (o que hoje poderia equivaler a pessoas de outras denominações ou linhas teológicas), estrangeiros (pessoas de religiões diferentes), homossexuais, etc.
      “E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. Marcos 2.16,17
       Você já se perguntou quem seriam os marginalizados de nossa época? Seriam eles os “calvinistas”? As feministas? O grupo LGBT? Os membros do Candomblé, Umbanda, Espiritismo, etc.? Seriam os criminosos no nosso sistema penitenciário? Quem seriam os doentes da nossa sociedade?
       E mais importante: Será que temos olhado para eles como Jesus? Ou temos mais semelhanças com os excludentes e pretenciosamente “corretos” fariseus? Lembremos que muitos deles ficaram de fora de tão gloriosa salvação, justamente por não conseguiam se enxergar; sentiam-se os sãos, os santos, os juízes e porteiros do “Céu”, sempre julgando e “decidindo” quem poderia ou não entrar, enquanto eles mesmos, ao fazerem isso, se colocavam do lado de fora. A respeito de quem o próprio Jesus disse:
       “[...] não façais o que eles fazem, porquanto não praticam o que ensinam.  Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens. No entanto, eles próprios não se dispõem a levantar um só dedo para movê-los.
       Tudo o que realizam tem como alvo serem observados pelas pessoas. Por isso, fazem seus filactérios bem largos e as franjas de suas vestes mais longas. 
        Amam o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças e de serem, pelas pessoas, chamados: ‘Rabi, Rabi!’. Vós, todavia, não sereis tratados de ‘Rabis’; pois um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. E a ninguém sobre a terra tratai de vosso Pai; porquanto só um é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
     Também não sereis chamados de líderes, pois um só é o vosso Líder, o Cristo. Porém o maior dentre vós seja vosso servo. Portanto, todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. 
      Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho! 
     Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e, para disfarçar, encenais longas orações. E, por isso, recebereis castigo ainda mais severo! 
      Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque viajais por mares e terras para fazer de alguém um prosélito. No entanto, uma vez convertido, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós! [...] Tolos e cegos!” (Mateus 23.2-17 - ARA)
      Veja quão gloriosa é a Palavra de Deus, “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Contudo, ainda que muitos fariseus a conhecessem tão bem, caíram. Talvez porque trechos confrontadores como este, fossem encarados por eles apenas com o olhar para a censura de outros. Esqueceram-se de examinar a si mesmos. Que nós não caíamos no mesmo erro. Não sejamos ovelhas perdidas, mesmo frequentando o aprisco do Bom Pastor. Que os nossos corações sejam sempre moldáveis, corrigíveis pelo Senhor, que só disciplina a quem ama (Hb 12.6). E o amor seja sempre abundante em nosso viver o Evangelho, porque sem ele, nem os mais árduos cumprimentos da Lei terão qualquer valia para Deus (Cf. 1 Co 13.1-7).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Josué, Um Líder Forte e Corajoso - Juniores.

Lição 7 - Josué, um Líder Forte e Corajoso

 3º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Josué 1.1-18; 6; 10.12-14.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito de uma virtude que não pode faltar na caminhada com Cristo: a coragem. De fato, são muitos os males que no trazem temores e o medo de não conseguir dar conta das nossas obrigações é real. Mas Deus nos ensina em sua santa Palavra que os grandes homens e mulheres de Deus não estiveram isentos do medo, mas aprenderam a controlá-lo de modo que alcançaram os seus objetivos. A história de Josué nos mostra que a coragem e a força que demonstrara não eram características específicas dele, mas vinham da parte de Deus que o consolou e o fortaleceu no momento em que o líder de Israel mais precisou.
Após a morte de Moisés, Deus chama Josué e o orienta no que diz respeito à sua postura como o novo líder de Israel que teria a responsabilidade de conduzir o povo na ocupação da Terra Prometida (Js 1.1-9). O primeiro capítulo do livro narra alguns pontos importantes desta orientação que servirão de aprendizado para os seus alunos:
1. “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te.... O tempo de Moisés como líder de Israel havia terminado, agora era a vez de Josué assumir a liderança e ele não poderia viver na sombra do seu antecessor (vv. 1,2). Josué precisava demonstrar que estava disposto a enfrentar esta nova missão. O exemplo de Josué servirá para ensinar seus alunos que cada um de nós temos responsabilidades específicas que não devem ser comparadas com a dos outros. Deus nos chama de forma única e particular (Is 41.8-10). É preciso assumir o compromisso de cumprir com as nossas responsabilidades.
2. Serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Deus prometeu que seria com Josué em todo o tempo e não o deixaria desamparado (v. 5). Além disso, assegurou que Josué teria os recursos necessários para cumprir a sua missão. Da mesma forma como foi fiel com Moisés e proveu as condições para que o seu servo atravessasse o deserto durante um período de quarenta anos, assim também seria com Josué nesta nova empreitada. Deus quando chama os seus servos para realizar a sua obra não os deixa desamparados, antes providencia o que é preciso, e mesmo quando achamos que nos falta algum recurso material o Senhor se revela e provê a sua presença (vv. 5,6).
3. Esforça-te e tem bom ânimo. Assim como Deus prometeu a Josué que seria com ele, o Senhor também colocou algumas condições para que seu servo realizasse a sua obra com êxito. Josué deveria se esforçar e demonstrar bom ânimo diante das circunstâncias (v. 6). Operar maravilhas, prover livramento e instruir o modo e o tempo como Josué deveria ocupar a terra era responsabilidade de Deus. Mas preparar o coração do povo, organizar as famílias, ensinar a Lei do Senhor, aparelhar os israelitas militarmente e manter-se disposto em todo o tempo era responsabilidade de Josué. O Senhor também nos promete a sua presença, mas devemos fazer a parte que nos cabe para que os planos de Deus possam se cumprir.
4. Guardar a Lei do Senhor. A orientação divina não poderia ser esquecida. Desde a época de Moisés o povo foi instruído a não se apartar da Lei do Senhor, mas obedecê-la com dedicação a fim de que fosse bem-sucedido em tudo o que fizesse (cf. Dt 6; 28). A promessa de Deus continua a mesma para todos os que se dedicam em guardar a sua santa Palavra. A Bíblia ensina que “Felizes são os que não podem ser acusados de nada, que vivem de acordo com a lei de Deus, o SENHOR! Felizes os que guardam os mandamentos de Deus e lhe obedecem de todo o coração!” (Sl 119.2). Sendo assim, os que são obedientes em guardar os mandamentos do Senhor devem entender que esta é uma condição para que tenham um relacionamento feliz com o Criador e êxito em seus projetos (cf. Sl 1).
Deus prometeu guardar a Josué e o povo de Israel das investidas dos inimigos. Isso não significava que eles não enfrentariam adversidades durante o processo de ocupação da Terra Prometida. A história comprova que eles enfrentaram grandes obstáculos, mas superaram e desfrutaram da bênção de Deus (cf. Js 6; 8; 10.12-15). Por outro lado, houve um tempo em que o povo decidiu abandonar os mandamentos do Senhor e seguirem por caminhos tortuosos. Toda vez que isso acontecia o povo pagava um alto preço por causa da desobediência (cf. Jz 21.25).
Mostre aos seus alunos que o relacionamento de Israel com Deus serve de exemplo para nós que somos o povo de Deus na atualidade. Guardar a Palavra e permanecer em seus caminhos é fundamental para que tenhamos êxito em tudo o que realizarmos. Explique que a desobediência sempre trouxe prejuízo para o povo de Deus e o Senhor espera que cada um de nós permaneça em seus caminhos e seja bem-sucedido.
Para fixar o ensinamento da aula de hoje, confeccione uma tábua com as orientações de Deus a Josué para que ele tivesse êxito. Você pode utilizar um pedaço retangular de isopor ou então utilizar papel cartão. Escreva as frases numa folha de papel A4, com letras em tamanho “grande” e cole sobre a placa de isopor ou cartão. Peça para os alunos pintarem a tábua com lápis de cor e canetinha. Cada aluno deverá escrever seu nome ao final da tábua e levar para casa.
Exemplo de frases: “Você nunca será derrotado”; “Seja forte e corajoso”; “Tome cuidado e viva de acordo com toda a Lei”; “Não se desvie dela em nada e você terá sucesso”; “Fale sempre do que está escrito no Livro da Lei”; “Estude esse livro dia e noite”; “se esforce para viver de acordo com tudo o que está escrito nele”; “Se fizer isso, tudo lhe correrá bem, e você terá sucesso”; “Não fique desanimado, nem tenha medo”; “eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você”.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Uma Mulher em Julgamento - Pré Adolescentes.

Lição 7 - Uma Mulher em Julgamento

 3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 8.1-11.
Olá prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão sobre uma virtude do caráter de Cristo muito necessária à igreja dos dias atuais: o exercício da misericórdia. A história da mulher pecadora não está distante da nossa realidade, pois infelizmente há muitos crentes que demonstram o triste hábito de julgar o próximo. Jesus manifestou sua graça de forma maravilhosa e fez os acusadores reconhecerem que não estavam em condições de aplicar qualquer julgamento sobre a mulher pecadora, visto que suas próprias vidas estavam cheias de pecado.
A Palavra de Deus condena o hábito de julgar as pessoas, tendo em vista que os critérios humanos são injustos diante do padrão divino. Deus não tem o pecador por inocente nem tolera a injustiça, mas isso não significa que tenhamos autorização para condenar as pessoas. A seguir alguns significados de julgamento encontrados na Palavra de Deus:
A. Julgar — condenar: Na Carta de Tiago, encontramos a seguinte orientação: “Meus irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala mal do seu irmão em Cristo ou o julga está falando mal da lei e julgando-a. Pois, se você julga a lei, então já não é uma pessoa que obedece à lei, mas é alguém que a julga” (cf. Tg 4.11). O hábito de julgar as pessoas é uma prática que não deve ser preservada no seio da igreja. Tal pratica é um sinal de que o amor de Cristo não está sendo compreendido ou praticado adequadamente pelos membros da igreja. Lawrence O. Richards (2007, p. 515) discorre a respeito da instrução de Tiago:
A palavra katalaleite significa ‘não falar uns contra os outros’. Falar mal sugere fazer falsas acusações. Esta palavra é bastante ampla para incorporar coisas que podem ser verdadeiras, mas que são faladas com intenção maldosa. Basicamente, a pessoa que fala toma para si a função de punir um irmão ou uma irmã, apesar do fato de que somente Deus é Juiz.
As palavras de Paulo em Efésios 4.15 são objetivas: Devemos falar a verdade no amor. Se o que tivermos a dizer não contiver verdade nem amor suficientes, devemos permanecer em silêncio.
A resposta de Jesus aos fariseus no tocante ao julgamento sobre a mulher pecadora vai de encontro à pretensão daqueles homens, cuja motivação era apenas condenar a mulher pecadora, sem ao menos pensar em quais circunstâncias ela havia sido pega. E quanto à outra parte que havia cometido o pecado? Também não deveria ser punida? De qualquer forma, Jesus reprova a postura deles, porquanto não tinham a intenção de ajudar a pecadora a recuperar-se da sua triste condição, muito menos perdoá-la.
B. “Mas julgai segundo a reta justiça”. De que tipo de justiça Jesus estava falando? Jesus condena o comportamento dos fariseus durante um discurso na Festa dos Tabernáculos. O Mestre repreende o juízo de valor apontado por esses homens quando afirmou que eles não deveriam julgar pela aparência, e sim segundo a reta justiça (cf. Jo 7.24). Os fariseus compunham uma classe de estudiosos que valorizava muito mais os preceitos da Tradição Judaica do que necessariamente as Escrituras Sagradas. É exatamente esse tipo de prática que Jesus condenava, porquanto tudo o que faziam era baseado em preceitos de homens que adaptavam a Palavra de Deus com vista no benefício próprio.
A justiça de que Jesus ressalta nesta passagem refere-se à Palavra de Deus abandonada pelos fariseus e líderes judeus, pois valorizavam mais seus costumes e dogmas religiosos do que o juízo, a misericórdia e a fé (cf. Mt 23.23). A natureza da justiça divina é desejar o bem do próximo, é a bondade de Deus que leva ao arrependimento. Note que mais uma vez Jesus repreende o desejo de condenar no lugar de absolver.
As verdades apresentadas neste artigo recordam as palavras de Jesus: “Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.56). De fato, Jesus não veio para destruir as pessoas ou mesmo lançar as almas dos homens no inferno. Sua missão é curar os enfermos, inclusive aqueles que se encontram em situação caótica, sem salvação.
Aproveite a ocasião e apresente aos alunos a história da mulher pecadora e peça pra os alunos julgarem a situação da mulher. Escute o que os alunos têm a dizer sobre o fato. A atividade pode ser realizada em grupos. A seguir, mostre aos seus alunos o que Jesus disse para aquela mulher: “Vá e não peques mais”. Explique de forma sucinta que devemos ter o cuidado para não julgar (condenar) as pessoas, pois nem mesmo o Filho de Deus teve a intenção de assumir esta postura. Quanto mais, nós, como servos de Deus, também devemos manter a mesma postura.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Agostinho e Aquino: Doutores da Igreja - Adolescentes.

Lição 7 - Agostinho e Aquino: Doutores da Igreja

3º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: Romanos 12.7; 2 Timóteo 3.16.
OBJETIVOS:
Ensinar o significado do título “Doutor da Igreja”;
Expor a vida e a obra de Agostinho de Hipona e de Tomé de Aquino;
Incentivar os alunos a crescerem no conhecimento bíblico.
Olá Caro(a) Professor(a),

A lição desta semana é um estimulo à classe dos adolescentes no tocante a conhecerem a história dos “Pais da Igreja”. Estes são os grandes intelectuais que dedicaram suas vidas a estudarem e interpretarem os principais pontos da doutrina bíblica que norteia o cristianismo nos dias atuais. Isso não significa que a história os tenha tornado as pessoas com maior autoridade para definir o que é certo ou errado quanto à doutrina bíblica, mas o que ficou evidente durante todos esses anos é que a contribuição destes autores foi e ainda é de grande importância para o desenvolvimento doutrinário da igreja.
Na lição de hoje seus alunos aprenderão sobre Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino, nomes importantes na história da igreja. Dentre as suas contribuições estão seus discursos no que diz respeito à doutrina da Trindade e também à Cristologia. Agostinho teve o seu auge ainda nos primeiros séculos do cristianismo, viveu entres os anos 354-430 d.C. Na obra “Os Pais da Igreja”, CAMPENHAUSEN (2005, pp. 362-63) discorre sobre os pensamentos deste celebre doutor:
“A aproximação de Agostinho com a doutrina da Trindade não foi realizada pelos caminhos de sua origem histórica — o envio do ‘Filho de Deus’ em carne e a experiência do Espírito Santo’ na primitiva congregação — e sim iniciada, como havia feito anteriormente, com toda a teologia da igreja primitiva, isto é, ‘filosoficamente’, com a eternidade essencial e divina da natureza do próprio Deus. Ele está consciente, mais de que seus predecessores, e, acima de tudo, mais do que os teólogos gregos, que o mistério da Divindade transcende toda a imaginação, e qualquer tentativa para compreendê-la de forma conceitual conserva, necessariamente, algo de simbólico.
[...] A partir de então, estes ensinamentos dominaram quase exclusivamente a doutrina ocidental sobre a Trindade e, nesta questão, nem Tomás de Aquino foi realmente muito além de Agostinho. Até em suas disputas posteriores com o Oriente, quanto ao relacionamento do Espírito com o Filho, foram seguidos os caminhos determinados por Agostinho. Sob outros aspectos, a íntima conexão das Pessoas divinas entre si resultou, inevitavelmente, em sérias complicações para a cristologia. As naturezas divina e humana de Cristo somente podem ser reunidas com dificuldade, e a complexidade de partir de uma doutrina intrinsecamente consistente de Deus até o dogma básico da encarnação, foi muito maior para Agostinho do que havia sido anteriormente para Ambrósio, precisamente porque tentou explicá-la e compreendê-la filosoficamente.
Como já vimos, Agostinho estava plenamente consciente de que a nítida e decisiva fronteira entre a filosofia e a revelação tinha a sua origem exatamente nesse ponto. Quanto mais se ocupava desse problema, mais se preocupava com a realidade do Cristo encarnado, com a ‘humildade’ desse Deus que desejava redimir nosso orgulho através da entrega da riqueza divina à nossa pobreza, a fim de que Ele pudesse nos ensinar o caminho da humildade como o próprio caminho para a felicidade.” 
Agostinho contribuiu de forma peculiar para o desenvolvimento da doutrina cristã. Aproveite a aula de hoje e mostre aos alunos que muitos ensinamentos que compartilhamos nos dias atuais na Escola Dominical são frutos do dedicado trabalho destes autores. Você pode pedir aos seus alunos que formem grupos para pesquisarem as principais contribuições de Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino. Peça para trazerem a pesquisa pronta e apresentarem na próxima aula. Outra dica é convidar o pastor ou um algum seminarista da igreja para esclarecer algumas dúvidas sobre estes autores. Você poderá sugerir um tempo para perguntas e respostas ao final da aula.
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - A Encarnação do Redentor - Juvenis.

Lição 7 - A Encarnação do Redentor

 3º Trimestre de 2018
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14)
Esboço da Lição
1. VIVENDO NA ETERNIDADE
2. SAINDO DA ETERNIDADE
3. A ENCARNAÇÃO: UM MISTÉRIO
Objetivos
Mostrar Jesus, a Palavra de Deus, antes da encarnação.
Vislumbrar o mistério da encarnação em seus aspectos biológico, espiritual e social.
Conscientizar sobre a humildade de Jesus, pois sendo Deus, tomou a forma humana.
     Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos refletir com os alunos sobre a trajetória do Deus Todo-Poderoso que escolheu se esvaziar de sua glória, habitar entre nós, vivendo como o mais simples nazareno filho de carpinteiro. Quão gloriosa lição de humildade! Cada vez mais no meio eclesiástico observamos o oposto: seres humanos tão pequenos e falhos, ambicionando e perseguindo grandeza, exigindo pompas e glórias da Igreja. Seus juvenis observam isto; inteligentes, perceptivos e “antenados” no mundo globalizado, eles possuem uma capacidade de pensamento crítico primorosa, que deve mesmo ser motivada para que não sejam manipuláveis, antes capacitados a discernirem todas as coisas (1Co 2.15).
     Portanto, com base nos objetivos traçados em sua revista e se valendo de todos os recursos já disponibilizados nela, proponha também à sua classe esta reflexão, sobre a humildade do Deus encarnado, sua conduta moral, espiritual e social, enquanto ser humano. E como podemos nós podemos mais e mais seguir o seu exemplo; em que temos falhado; que tipo de sucesso ministerial temos ambicionado.
      Após fazer a si mesmo, também proponha à turma os questionamentos: Temos buscado mais a glória dos homens ou a de Deus? Eu tenho sido um ser humano como Cristo foi? Ou tenho mais semelhanças com a pobreza de humanidade da maioria dos religiosos fariseus na época de Jesus?
     Tal como aqueles mestres da Lei, nós também corremos o risco de nos tornarmos apenas religiosos, zelosos em cumprir e ensinar regras, mas sem a chama do amor por Deus e pelo próximo.
      Assim Israel se encontrava quando o Senhor disse: “Este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (em outra versão: “que maquinalmente recebeu”). Isaías 29.13
     Ao longo do ministério do Rabi, por diversas vezes Ele confrontou a religiosidade que era vazia de amor, de real intimidade com Deus; esvaziada de compaixão pelos perdidos, pelos a margem da sociedade: prostitutas, publicanos, samaritanos (o que hoje poderia equivaler a pessoas de outras denominações ou linhas teológicas), estrangeiros (pessoas de religiões diferentes), homossexuais, etc.
     “E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. Marcos 2.16,17
     Você já se perguntou quem seriam os marginalizados de nossa época? Seriam eles os “calvinistas”? As feministas? O grupo LGBT? Os membros do Candomblé, Umbanda, Espiritismo, etc.? Seriam os criminosos no nosso sistema penitenciário? Quem seriam os doentes da nossa sociedade? Os carentes de ouvir e -mais do que isso - de ver em nós o Filho Unigênito que o Pai entregou para nos salvar?
      Será que temos olhado para eles como Jesus os olhava? Ou temos mais semelhanças com os excludentes e pretenciosamente “corretos” fariseus? Lembremos que muitos deles ficaram de fora de tão gloriosa salvação, justamente por não conseguiam se enxergar; sentiam-se os sãos, os santos, os juízes e porteiros do “Céu”, sempre julgando e “decidindo” quem poderia ou não entrar, enquanto eles mesmos, ao fazerem isso, se colocavam do lado de fora. A respeito de quem o próprio Jesus disse:
      “[...] não façais o que eles fazem, porquanto não praticam o que ensinam.  Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens. No entanto, eles próprios não se dispõem a levantar um só dedo para movê-los.
        Tudo o que realizam tem como alvo serem observados pelas pessoas. Por isso, fazem seus filactérios bem largos e as franjas de suas vestes mais longas.
Amam o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças e de serem, pelas pessoas, chamados: ‘Rabi, Rabi!’.          Vós, todavia, não sereis tratados de ‘Rabis’; pois um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. E a ninguém sobre a terra tratai de vosso Pai; porquanto só um é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
        Também não sereis chamados de líderes, pois um só é o vosso Líder, o Cristo. Porém o maior dentre vós seja vosso servo. Portanto, todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
        Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho!
        Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e, para disfarçar, encenais longas orações. E, por isso, recebereis castigo ainda mais severo!
       Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque viajais por mares e terras para fazer de alguém um prosélito. No entanto, uma vez convertido, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós! [...] Tolos e cegos!” (Mateus 23.2-17 - ARA)
      Veja quão gloriosa é a Palavra de Deus, “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Contudo, ainda que muitos fariseus a conhecessem tão bem, caíram e tiveram um viver tão desumano com os carentes de sua geração. Talvez porque trechos confrontadores como estes, fossem encarados por eles apenas com o olhar para a censura alheia. Esquecendo-se de examinar a si mesmos.
     Que nós não caiamos no mesmo erro. Que os nossos corações sejam sempre corrigíveis e moldáveis à semelhança do nosso Cristo, que habitou entre nós, sujeito as mesmas fraquezas, mas nos ensinando como sermos humanos melhores. E o amor – definição bíblica do próprio Deus (1 Jo 4.8) –  seja sempre abundante em nosso viver o Evangelho, porque como mostrou Jesus com seu próprio exemplo, sem amor, nem os mais árduos cumprimentos da Lei terão qualquer valia (Cf. 1 Co 13.1-7).
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - A Sobriedade na Obra de Deus - Adultos.

Lição 8 - A Sobriedade na Obra de Deus

3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
O exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo e os maus costumes.

ESBOÇO GERAL
Introdução
I – O vinho na história sagrada
II – O vinho no ofício divino
III – Ministros cheios do Espírito Santo
Conclusão

OBJETIVO GERAL
Mostrar que o exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo e os maus costumes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar o vinho na história sagrada;
Discutir a respeito do vinho no ofício sagrado;
Compreender que o ministro precisa ser cheio do Espírito Santo.
MINISTROS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
Pr. Claudionor de Andrade
     Tendo em vista os exemplos lamentáveis e vergonhosos da História Sagrada, o Novo Testamento faz-nos severas advertências quanto ao uso do vinho.
     1. Recomendações aos ministros. O candidato ao Santo Ministério, na Igreja Primitiva, não podia ser um homem escravizado pelo vinho (1 Tm 3.3,8; Tt 1;7). Como confiar o rebanho de Jesus Cristo a um alcoólatra?  O que governa tem de abster-se das bebidas alcoólicas (Pv 31.4). Se você, querido obreiro, tem algum problema com o alcoolismo, procure ajuda. Há sempre um bom homem de Deus disposto a ouvir-nos e a auxiliar-nos. Não leve tal fardo à sepultura. Por mais difícil e vexatória que seja a sua situação, não se conforme. O Senhor Jesus está ao nosso lado. Ele o resgatará do alcoolismo, guindando-o novamente às regiões celestiais.   
    2. Recomendações à Igreja. A recomendação quanto aos prejuízos decorrentes do vinho não se limita aos ministros do Evangelho. Ela diz respeito, também, a toda a Igreja. Que o verdadeiro cristão, afastando-se do vinho, busque a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18). A embriaguez não é um mero adorno cultural; é algo sério que tem ocasionado sérios transtornos à Igreja de Cristo.
     Voltemos ao cenáculo. Busquemos novamente a plenitude do Consolador. Que as nossas reuniões sejam marcadas por conversões, batismos com o Espírito Santo, curas divinas, sinais e maravilhas. E que jamais nos esqueçamos de que o Senhor Jesus, em breve, virá buscar a sua Igreja. Aleluia!  
     3. Ministros usados pelo Espírito Santo. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi copiosamente derramado sobre os discípulos (At 2.1-4). De início, eles foram tidos como bêbados (At 2.13). Mas, após o sermão de Pedro, todos vieram a conscientizar-se de que eles falavam e operavam no poder de Deus (At 2.40,41). 
     Na sequência de Atos, deparamo-nos com os apóstolos e discípulos proclamando o Evangelho sempre na virtude do Espírito Santo (At 4.8, 31; 7.55; 13.9).
Como Agir Diante de Tantos Perigos
    Entre o final de 2017 e o início de 2018, chegaram-me alguns relatos de pastores, alguns ainda jovens, que vieram a suicidar-se. Confesso que tais relatos deixaram-me bastante preocupado. O que levaria um homem de Deus a cometer semelhante desatino? Por isso, gostaria de deixar, aqui, alguns conselhos para nos prevenirmos quanto a tais desfechos.
      1. Aprenda a confiar em Deus. Entre a Obra de Deus e o Deus da Obra, não tenha dúvidas. Que o Senhor tenha completa prioridade em sua vida. Quando nos damos por completo ao Deus da Obra, a Obra de Deus sempre prospera em nossas mãos. Por essa razão, trabalhe com ousadia e amor, mas não perca a paz se a sua igreja não prospera como esta ou não cresce como aquela. Quem dá o crescimento é Deus. Não perca o sono. Enquanto você dorme, Ele cuida de sua Seara.
       2. Não se consuma pela ansiedade. Não leve para o Santo Ministério as disputas e vícios do mundo corporativo. No âmbito do Reino de Deus, nem sempre o mais veloz chega primeiro. E, se logra algum êxito, envergonha-se como Aimaás; não tem mensagem alguma. Então, peregrine com o Evangelho.
       Quando a depressão bater-lhe à porta, siga o conselho do apóstolo: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6, ARA).
       Cuidado com as metas que contemplam apenas as finanças. Mire-se na humildade e na pobreza do Nazareno; resgate-lhe as almas preciosas que, todos os dias, vemos nas ruas, praças e logradouros. O dinheiro sempre vai. Quanto às almas, que cada uma delas chegue aos pés do Salvador.
       3. Não se dê às drogas. Previna-se quanto aos que, sutil e perversamente, preceituam-nos pílulas e compridos mágicos. Na Vinha do Senhor, não se requer nenhum psicoestimulante. A assistência do Espírito Santo nos basta.
       Não se vicie. Você não precisa de tais artifícios. O mesmo Deus que fortaleceu a Sansão e animou a Davi está ao seu lado. Coragem e ânimo. A feitiçaria destes últimos dias está levando muita gente para o inferno.
      4. Cuidado com o álcool. Fuja dos colegas de ministério que, por serem já alcoólatras, querem induzi-lo a esse vício maldito e perverso. Mantenha-se continuamente sóbrio. A caminhada ainda é longa. Nessa peregrinação, não podemos andar tropegamente. Sejamos firmes em cada passo. 
    5. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. A recomendação do apóstolo nunca foi tão atual e urgente: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Tm 4.16, ARA).
     Conclusão  
     Certa vez um jovem obreiro perguntou-me se algum padre chegará ao céu. Vendo-lhe a ânsia de espírito, fiz-lhe outra pergunta: “Algum pastor corre o risco de ir para o inferno?”.
     Diante das agruras que nos espreitam aqui e ali, todos corremos sérios riscos. Não podemos vacilar. Se não nos dermos à leitura da Palavra, à oração e ao jejum, não subsistiremos. O fato de sermos obreiros não nos torna invulneráveis quanto às tentações, às angústias e às arremetidas de Satanás.
     Cuidemos de nós mesmos. Zelemos pela doutrina que nos confiou o Senhor. Ele é poderoso para guardar-nos até o dia de sua vinda. E que jamais venhamos a ter o mesmo destino de Nadabe e Abiú.
      Amém. Cuida de nós Jesus.
(Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. )
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - O Milagre de Andar por Sobre o Mar - Jovens.

Lição 7 - O Milagre de Andar por sobre o Mar

 3º Trimestre de 2018
Introdução
I - Os discípulos e a perspectiva do Reino
II - O mar e o milagre
III - “O Eu Sou”
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Comparar a postura dos discípulos com a perspectiva do Reino;
Ilustrar a situação do “mar”, explicando que na verdade trata-se de um imenso lago de água doce;
Apontar as evidências de que Jesus, em sua resposta, pronunciou o nome de Deus.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
Há uma longa discussão se o quinto episódio milagroso relatado no Quarto Evangelho é, ou não, realmente um sinal (6.16-21). É importante lembrar que o sistema de divisão da Bíblia por capítulos e versículos é um recurso “recente”, isto é, ela foi dividida em capítulos em 1214 pelo professor da Universidade de Paris, Stephen Langton (1150–1228), arcebispo de Cantuária. Em 1551, Robert Estienne (1503–59), redator e editor em Paris, ampliou o trabalho e dividiu o Novo Testamento de língua grega em versículos. Teodoro de Beza (1519–1605) gostou tanto da ideia que, em 1565, dividiu a Bíblia toda em versículos. Se, por um lado, tal recurso auxilia, por outro, traz algumas dificuldades, pois há uma tendência natural em pensar que o término de um capítulo sempre equivale ao seu final (às vezes, pode ser mesmo). Nem sempre isso acontece e, nesses casos, tal divisão atrapalha. A divisão original do texto bíblico dá-se por meio de porções ― parágrafos ― que os exegetas chamam de perícope, uma expressão grega que significa “cortar ao redor”. Assim, a despeito de o capítulo seis do Quarto Evangelho possuir 71 versículos, há várias perícopes nele (vv. 1-15, 16-21, 22-40, 41-51, 52-59, 60-65, 66-71), e elas estão ligadas não por questões necessariamente cronológicas, mas, sobretudo, pelos temas e assuntos discutidos. Neste particular, o contexto é fundamental. A respeito do sinal objeto de análise deste capítulo, dentro da estrutura narrativa joanina, a reflexão anterior que tratou da multiplicação dos pães é imprescindível à sua compreensão. Lembrando sempre que o miraculoso, em si, não é o mais importante para João, mas, sim, o que aquele significa e apregoa.
É sabido que Jesus cumprira uma expectativa ao multiplicar os pães e peixes (daí o porquê de eles dizerem: “Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo”, v. 14), pois os “judeus esperavam para o tempo messiânico a renovação do milagre do maná” e, diz Maggioni, “confrontados com o milagre do pão, vêem em Jesus o profeta esperado (Dt 18,15; cf. Jo 1,21)”1.  O grande problema é que tais expectativas messiânicas, essencialmente políticas, “terminavam muitas vezes em revoltas populares (eficientemente esmagadas no sangue, pelos romanos), e este é o equívoco que Jesus quer evitar”. Na verdade, diz o mesmo autor, durante todo “o seu ministério, Jesus cuida bem de evitar o equívoco do fanatismo de tipo zelota, equívoco que se tornará ironicamente o pretexto de sua condenação”. Não obstante tal observação, a informação do versículo 15 ― “Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte” ― significa muito mais que uma “fuga”. Tal ato sinaliza para a ideia de que “o entusiasmo da multidão era falso”, ou seja, o povo “não viu no milagre um sinal que revelava Jesus, na sua missão messiânica, mas uma prova que confirmava a preconcebida e equívoca esperança messiânica deles”2.  O povo quer fazer de Jesus rei justamente por ter “lido” o milagre da multiplicação dos pães e peixes através de lentes e expectativas erradas, ou seja, “a multidão leu o sinal no esquema deles”, não tendo, portanto, entendido “seu significado verdadeiro”3.  As pessoas perseguiam “seu próprio sonho messiânico, não estavam na expectativa do dom de Deus”, isto é, “a busca de si impede de ler o sinal como sinal revelador do Cristo e abrir-se à fé”. Justamente por isso, o Senhor “dissolve o entusiasmo popular retirando-se para a montanha, sozinho: com esta separação quer afirmar que o seu messianismo é diferente, que o caminho que ele percorre é diferente”4
Tal saída à francesa certamente decepcionou não apenas a multidão, mas, sobretudo, o colégio apostólico (Mc 6.52), posto que este, formado por judeus autênticos, tinha exatamente as mesmas expectativas dos demais (Mt 16.13-23; Mc 10.32-45). Portanto, ao informar o texto joanino que “quando veio a tarde, os seus discípulos desceram para o mar”, e que, em seguida, eles “entrando no barco, passaram o mar em direção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado perto deles” (vv.16,17), tal dado lembra outros textos e ocasiões semelhantes (Mt 19.27-30 cf. Jo 21.2-4). Assim, mesmo sabendo de tal frustração, Jesus não desiste de seus discípulos; antes, diz Maggioni, “este Deus que elude as expectativas dos homens e foge irá espontaneamente ao encontro dos discípulos (6,16-21)”5.  E, ao proceder assim, o Senhor não o faz de forma convencional, mas resolve ir ao encontro do colégio apostólico de maneira inusitada. Tal atitude não se trata de exibicionismo, mas, diz Aker, o “fato de Jesus andar sobre o mar consolida mais que Ele realmente é o Filho de Deus, que veio do céu com a vida eterna”6.  Importava ao Senhor que os Doze não desfalecessem e nem ficassem em dúvida acerca do que eles estavam concluindo a cada ensinamento e ação de Jesus (vv. 68,69). Tal propósito fica claro quando se verifica, segundo Aker, que a “interpretação e registro de Jesus andar sobre o mar (Jo 6.17-22) é feito de modo judaico, derivado de uma das sete regras interpretativas de Hillel”. Tal regra interpretativa — ou princípio — ensina que “tudo o que pode ser dito de A pode ser dito igualmente de B”; portanto, se no “Antigo Testamento, Javé (Deus) andava sobre o mar (veja Jó 9.8; Sl 77.19)” e, continua o mesmo autor, em “Êxodo Rabá, um comentário sobre o livro do Êxodo, a mesma crença é divulgada”, conclui-se que, se “Jesus anda sobre o mar, Ele também é divino”. Em termos diretos, completa Aker, no “ambiente do judaísmo dos dias de João, o fato de Jesus andar sobre o mar seria imediatamente relacionado com o Javé das Escrituras” e, ainda mais, “o motivo de andar sobre o mar ajusta-se com a época da Páscoa, já que o judaísmo fazia tais associações em sua liturgia”7.
Antes de prosseguir com a reflexão acerca do significado do sinal, é importante lembrar que o chamado “mar da Galileia” trata-se, na verdade, de um grande lago de água doce e, por isso mesmo, havia várias cidades estabelecidas em seu entorno. Tim Dowley diz que “Escavações arqueológicas têm revelado que havia ao todo doze cidades em volta do lago” e que “Grande parte do ministério de Jesus ocorreu ao redor do mar da Galiléia”8.  Também chamado pelos nomes de Tiberíades, “(nome romano) [...] mais conhecido para este lago nos dias de João”9 , Mar de Quinerete e Lago de Genezaré, a travessia do mar da Galileia era uma das maneiras mais práticas de viajar-se de uma cidade para outra. A situação dos discípulos é bastante delicada. Decepcionados com a postura de seu Mestre, eles aguardam até a tarde; Jesus, contudo, não reaparece, e eles agora se veem sozinhos e resolvem descer para o mar e navegá-lo até Cafarnaum (vv. 16,17). O texto joanino informa que “era já escuro”, ou seja, era noite, e tudo se encontra em “trevas”, inclusive eles, pois estão desesperançados e, tanto mais, pois “ainda Jesus não tinha chegado perto deles” (v. 17). Como se isso não bastasse, “o mar se levantou, porque um grande vento assoprava” (v. 18). Tais fatos, somados a ideia de que “para os antigos o mar era habitado por potências maléficas que figuravam as forças do mal”10, informa Michel Gourgues, colocam esse episódio como um dos mais dramáticos entre o Mestre e o colégio apostólico. Tal informação explica, por exemplo, o porquê de, nos textos paralelos, Jesus ser tido como um “fantasma”, bem como os gritos de pavor e o assombro dos apóstolos (Mt 14.26; Mc 6.49). Essa é a explicação para o fato de, conforme diz o apóstolo do amor, os discípulos sentirem medo ou temerem (v. 19). Apesar de alguns dos apóstolos serem experientes pescadores e, certamente, acostumados à travessia do lago com pequenas embarcações, eles haviam navegado pouco ― “vinte e cinco ou trinta estádios” ―, ou seja, considerando que o estádio media quase 185 metros, não ultrapassaram cinco ou seis quilômetros de navegação.
Em meio a toda essa situação ― decepção, abandono, insegurança, medo, desespero ―, os Doze ouvem uma voz conhecida: “Sou eu; não temais” (v. 20b). O simples fato de que se tratava de Jesus já é completamente animador, e a esperança acende-se. Contudo, aconteceu muito mais que isso. Para compreender-se perfeitamente o que o apóstolo do amor quer transmitir ao relatar esse episódio, é necessário fazer uma digressão. Apesar de os discursos que se seguem após esses eventos não serem objetos de estudo, é importante entender que o capítulo seis, diz Dodd, “tomado como um todo (e incluindo o apêndice ou epílogo) indica uma progressão das falsas ou inadequadas concepções da condição e das funções messiânicas de Cristo, para concepções mais adequadas”11.  Tudo indica que a única coisa para qual o povo está “preparado” para compreender não passa de algo como “encontrar nele um segundo Moisés, que restaurará o dom do maná”; isso, contudo, pouco parece importar para o Senhor, pois Ele “dá algo melhor que o maná: dá o pão da vida”, e, continua o mesmo autor, ainda “mais: Ele é o Pão da vida”, ou seja, “zoopoion 12” pois a “união com ele é vida eterna”. Contudo, diz o mesmo autor, tal “crescimento acarreta um ato de krisis”, pois distancia “os que são incapazes de fazer a evolução requerida, dos poucos que, pelo menos em certa medida, têm vontade de fazê-la”. Assim, enquanto a “multidão fica ‘escandalizada’, explica Dodd, os Doze, após passar a crise inicial, “confessam que Jesus é não apenas o Santo de Deus (ou Messias), mas também aquele cujas palavras transmitem zoe aionios13 , isto é, vida eterna (cf. vv. 68,69). 
Com essa reflexão, já se torna evidente e muito claro o propósito de o Senhor ter permitido que os Doze ficassem sozinhos, tivessem a iniciativa de voltar à base em Cafarnaum (Mc 2.1) e, como afirmou Dodd, ameaçassem uma deserção separando-se da multidão. Para levá-los a desenvolver uma fé verdadeira e madura, com expectativas corretas acerca do Senhor e do Reino de Deus, era preciso que eles sofressem a crise em sua inteireza. E foi talvez num dos momentos mais difíceis, antes da prisão e da crucificação do Senhor, que o colégio apostólico comprovou que, de fato, eles estavam mesmo seguindo o Cristo, o Filho de Deus (Mt 14.32,33). Se em meio à tranquilidade da multiplicação dos pães, eles não perceberam isso e mostraram-se decepcionados com o Mestre, eles então compreenderam que se tratava realmente do Filho de Deus no desespero do mar. O Mestre não os abandonou; antes, foi encontrá-los em meio à dificuldade, caminhando sobrenaturalmente por sobre as águas e identificando-se da forma mais improvável ― “sou eu” ―, pois os judeus não aceitavam que alguém utilizasse essa expressão (Jo 8.58,59). Assim, o fato de o Senhor andar sobre as águas tempestuosas do mar da Galileia e ainda proporcionar que a viagem, antes difícil e quase sem evolução alguma, fizesse com que o barco chegasse rapidamente “à terra para onde iam” (v. 21). A viagem que não progredia acabara repentinamente sem que, aparentemente, os discípulos se apercebessem. Dessa forma, o milagre vai muito além de o Senhor caminhar surpreendentemente sobre as águas, mas, como sinal, revela que Ele é Deus e que, portanto, se estivermos no “barco”, não apenas a viagem, mas tudo o mais irá bem.                                                                             
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p. 340.
2 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
3 Ibid., p. 341.
4 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
5 Ibidem.
6 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p. 523.
7  Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
8 DOWLEY, T. Pequeno Atlas Bíblico, p. 74.
 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p. 522.
10 GOURGUES, M. Leitura do Evangelho segundo João, p. 72. Uma vez que se cria que dos mares emergiam “poderes e monstros hostis a Deus e à vida” (cf. Sl 74.13), diz Angelika Berlejung, eles “continuam a ser um perigo constante para a criação (Ap 13,1), até que, no éskhaton (Ap 21,1), haja uma nova criação de Deus que não conterá mais um M[ar]” (Dicionário de termos teológicos fundamentais do Antigo e do Novo Testamento, p. 294).
11 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p. 447.
12 “Dou vida, faço viver, vivifico”.
13 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Fogo Estranho Diante de Deus - Adultos.

Lição 7 - Fogo Estranho diante de Deus

 3º Trimestre de 2018

PONTO CENTRAL
Deus é santo e requerer de seus obreiros uma postura igualmente santa. 
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Os Privilégios de Nadabe e Abiú
II – Fogo Estranho no Altar
III – Luto no Santo Ministério
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o Deus santo requerer de seus obreiros uma postura igualmente santa, zelosa e de comprovada excelência.

Fogo Estranho Diante de Deus
Pr. Claudionor de Andrade
Introdução
Seremos advertidos, agora, a ser mais reverentes com as coisas de Deus. Na tragédia de Nadabe e Abiú, talvez estejamos a ver o destino que nos aguarda, caso não nos arrependamos de nossos pecados, insolências e descasos quanto ao ministério que o Senhor Jesus nos confiou.
Embora Nadabe e Abiú fossem candidatos naturais ao sumo sacerdócio de Israel, corrompendo-se em seus privilégios, relaxaram em relação às suas responsabilidades perante Deus e diante do povo de Israel. A pergunta não deve ser evitada: Será que não estamos a agir de igual maneira? Ter privilégios não constitui pecado algum. Mas fazer deles o fim de nosso ministério pode levar-nos à perdição eterna. Zelemos, pois, pelo ofício com que Jesus, por intermédio do Espírito Santo, agraciou-nos.
Não há dúvida de que a desgraça de Nadabe e Abiú poderia ser evitada. A desventura que nos espreita também pode ser evitada; arrependamo-nos. É chegado o momento de os obreiros de Deus julgarmos a nós mesmos para não sermos condenados com o mundo. Acompanhemos a biografia tristemente interrompida de Nadabe e Abiú.   
I. Nadabe e Abiú, os Filhos do Sacerdócio
1. Um nascimento nobre. Nadabe e Abiú pertenciam à tribo de Levi, distinguida com o sacerdócio divino (Nm 3.12). Os homens desse clã eram contados entre as primícias do Senhor, conforme o próprio Deus havia declarado: “Os levitas serão meus” (Nm 3.1-12). Pode haver maior nobreza do que essa?
Os levitas eram benquistos em todo Israel. Nem mesmo a tribo de Judá, designada a reinar sobre a herança divina, desfrutava de semelhante deferência. Os seus privilégios não se limitavam à esfera social; economicamente, também, achavam-se bem-apanhados.

2. Ascendência araônica. Além de pertencerem à tribo de Levi, Nadabe e Abíu provinham da família de Arão, escolhida por Deus para exercer o sumo sacerdócio (Êx 6.23; 28.1). Era o ofício mais honroso de todo o Israel. Nem mesmo os reis podiam exercê-lo (2 Cr 26.18). De acordo com a genealogia de Arão, eram Nadabe e Abíú os seus sucessores naturais e imediatos nesse glorioso ministério.
Naquele período, por não haver ainda rei em Israel, os sacerdotes eram vistos como a única classe nobre dos hebreus. No caso de Nadabe e Abiú tal honra era centuplicada. Afinal, eram filhos de Arão; os próximos sumos sacerdotes. Às vezes, pergunto-me se tantos privilégios não poderão arruinar-nos eventualmente.
Que honrarias e privilégios são uma bênção, ninguém o nega. Mas, como administrar elogios, louvores, comendas, mimos e presentes? Se nos virmos afogados em tais “bênçãos”, fujamos delas enquanto estamos inteiros. Doutra forma, pereceremos. Certa feita, declarou Agostinho: “Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, pois sempre acabam por me corromper”.
Não sabemos se Nadabe e Abiú foram instruídos por Arão a resistir às glórias profanas que, sem o percebermos, vão nos cercando o ofício divino. Portanto, se o nosso filho tiver um chamado ministerial, preparemo-lo não apenas acadêmica, mas principalmente quanto à espiritualidade, boa conduta e ética. Caso contrário, ele virá a perecer como desgraçadamente pereceram os filhos de Arão.
Não faz muito tempo, o atual presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus, pastor José Wellington da Costa Júnior, realizou um encontro para filhos de pastores, em São Paulo. As palestras ficaram a cargo de três jovens obreiros: José Wellington Costa Neto, filho de nosso presidente; Ailton José Alves Júnior, filho do pastor da Assembleia de Deus, no Recife; e Gunar Berg Doreto de Andrade, responsável pelo núcleo de educação superior da FAETAD, em campinas. Emocionei-me ao ver o meu filho num grupo tão seleto. Mas, ao mesmo tempo, senti um peso muito grande: “Tenho eu, realmente, preparado meu filho ao santo ministério?”. Sempre que posso, aconselho-o a portar-se como autêntico homem de Deus. Todavia, sei que eu mesmo tenho de comportar-me como seu maior referencial.
3. A subsistência do altar. Tendo vista sua ascendência levítica e sacerdotal, Nadabe e Abiú não tinham por que se preocupar com a própria subsistência. Por serem filhos de Arão, sua manutenção era tida como sagrada em Israel: “Isto será a obrigação perpétua dos filhos de Israel, devida a Arão e seus filhos, por ser a porção do sacerdote, oferecida, da parte dos filhos de Israel, dos sacrifícios pacíficos; é a sua oferta ao SENHOR” (Êx 29.28, ARA).
Noutras palavras, Nadabe e Abiú já haviam nascido aposentados. Quer viessem a assumir quer não o sumo sacerdócio, não precisariam se preocupar com o pão cotidiano. Nem todos, porém, estão aptos a receber semelhante privilégio. Alguns lançar-se-ão no ócio; logo perecerão. Outros, entretanto, negando o ócio, buscarão aprimorar seus talentos e dons para melhor servir ao Senhor.
Ainda que tenhamos recursos para sustentar nossos filhos, preparemo-los sabiamente para que garantam o próprio sustento. E mesmo que estejamos convictos de que este ou aquele filho suceder-nos-á à frente do rebanho, não deixemos de formá-los profissionalmente. Já imaginou um pastor que não saiba fazer tendas? O que fará num tempo de crise?
Quanto a mim, comecei a trabalhar aos doze anos. Ali, naquele depósito de madeiras recicladas, na cidade paulista de São Bernardo do Campo, empenhava-me a bater a quota diária. Depois, fui trabalhar como gráfico na Imprensa Metodista. Dois anos depois, fui admitido no Banco Sul Brasileiro. Seguindo minha vocação inicial, passei nove anos na Rádio Diário do Grande ABC. E, ao deixá-la, fui chamado a trabalhar, em 1984, na Casa Publicadora das Assembleias de Deus, onde, pela graça divina, encontro-me até hoje.
Minha experiência profissional enriqueceu-me ministerialmente. Hoje, agradeço aos meus pais por me ensinarem a ganhar o pão cotidiano. O mesmo fiz em relação aos meus filhos, e quero que eles ajam de igual maneira em relação aos seus filhos.  
II. Nadabe e Abiú, Teólogos Soberbos
Nadabe e Abiú não eram desinformados nem ignorantes com respeito às coisas de Deus. Àquela altura, já podiam ser considerados teólogos maduros e experimentados. Infelizmente, tamanha instrução não foi suficiente para livrá-los do inferno.
1. Nadabe e Abiú eram letrados. A alfabetização, naquele tempo, ainda não era universal nem mesmo em Israel, que já era louvado como o povo do Livro. Todavia, a classe sacerdotal, pelo que inferimos do texto sagrado, era letrada, culta e capaz de fazer exegeses de excelência na Lei de Moisés até então lavrada.
Se os sacerdotes tinham a obrigação de saber ler e escrever, o que não esperar do sumo sacerdote e de seus filhos? Levemos em conta a cultura da família de Anrão e Joquebede; dela saíram três grandes sábios: Miriã, Arão e Moisés.
Quando lemos o cântico de Miriã, deparamo-nos com uma estrofe muito bem redigida: “Cantai ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou e precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro” (Êx 15.21, ARA). O que evidenciam tais palavras? A expressão de alguém finamente culto. Hoje, ela é louvada como profetisa e poetisa.
À semelhança da irmã, Moisés e Arão possuíam admirável cultura. O primeiro fora instruído em toda a ciência do Egito (At 7.22). Quanto ao segundo, era um orador; expressava-se fluentemente (Êx 4.14).
Depreende-se, pois, que Nadabe e Abiú eram também letrados e instruídos. Nos dias de hoje, estariam metidos nalguma academia. Todavia, a ilustração meramente terrena é insuficiente para levar-nos ao Deus Único e Verdadeiro: fonte de saber.
Como temos lidado com a nossa erudição? Antes de tudo, compreendamos que erudição não é sinônimo de sabedoria. Há muitos eruditos incapazes de diferençar a destra da sinistra. Já me defrontei com acadêmicos que, conquanto cultíssimos, não possuíam a sabedoria mínima para administrar o seu dia a dia. Por isso, ao orar pelos meus descendentes, rogo ao Senhor que, antes da erudição, lhes dê a verdadeira sabedoria. Se nos for possível reunir tanto esta quanto aquela, muito poderemos fazer pela Obra de Deus. O apóstolo Paulo é um perfeito exemplo de sabedoria e erudição. Ele reunia as condições necessárias para transitar desenvoltamente em três culturas distintas: a hebreia, a helena e a latina.Que Deus auxilie nossos acadêmicos a não se perderem nos labirintos e escaninhos da cultura pós-moderna.
2. Nadabe e Abiú eram teólogos. Na religião do Antigo Testamento, os três ministros divinos, encarregados pela condução da comunidade de Israel, eram, via de regra, bons teólogos: o profeta, o sacerdote e o rei. Porque lidavam, diariamente, com as coisas de Deus. Até mesmo reis perversos, como Jeroboão e Manassés, não ignoravam a intervenção de Jeová no cotidiano hebreu. Sendo assim, vejamos Nadabe e Abiú, candidatos ao sumo sacerdócio, como excelentes teólogos. E de fato o eram.
Quando o Senhor outorgou a Lei a Israel, no Sinai, por intermédio de Moisés, ali estavam eles juntamente com os mais destacados anciãos de Israel (Êx 24.1). E, lá, no monte sagrado, presenciaram a manifestação da glória divina (Êx 24.9,10). Ocularmente, testemunharam a aliança que o Senhor firmara com os filhos de Israel (Êx 24.8). Apesar de sua juventude, Nadabe e Abiú tiveram o privilégio de ver o estabelecimento do pacto entre Deus e o seu povo.
Tais experiências são suficientes para fazer do obreiro um teólogo de verdade. Erradamente, consideramos a academia superior ao nosso quarto de oração. Se ali desperdiçamos preciosas semanas, meses e anos em discussões muitas vezes fúteis e tolas, aqui não queremos dedicar uma hora sequer a falar com o Senhor.
A verdadeira teologia só é possível a partir de encontros pessoais e experimentais com Deus. A academia ajuda, sim, mas se estiver submissa à Bíblia Sagrada. Caso contrário, será uma tragédia para o Reino de Deus.
3. Nadabe e Abiú conheciam experimentalmente a Deus. Em termos experimentais, Nadabe e Abiú encontravam-se num patamar superior ao de Jó, antes de o paciente homem de Uz ter sido esmagado por todas aquelas provações. O patriarca mesmo confessa sua inexperiência: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42.5, ARA). Todavia, o que podemos dizer de Nadabe e Abiú? Estiveram pessoalmente no monte sagrado, viram o resplendor da glória divina e não ignoraram a presença do Senhor. Então, como explicar a sua apostasia? Talvez essa pergunta deva ser endereçada ao querubim ungido que, apesar de toda a sua teologia e experiência junto à presença divina, rebelou-se contra o Todo-Poderoso.
        Sejamos cuidadosos. Nossa salvação não se encontra numa teologia bem estruturada, num ministério sólido e elogiável ou em profundas experiências com o Senhor. Se não lhe formos obedientes, corremos o risco de perder a alma. A situação de Nadabe, Abiú e de muitos crentes rebeldes e apóstatas é descrita com fortes e decisivas cores pelo autor da Epístola aos Hebreus:
Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. (Hb 10.26-31, ARA)
Quem assim peca, não peca somente contra o Pai nem apenas contra o Filho, mas contra o Espírito Santa peca. Nessas condições, que esperança haverá para o pecador? Queridos obreiros, teólogo também vai para o inferno. Jesus, tem misericórdia de nossas almas.
III. A Insolência de Nadabe e Abiú
1. Ignoraram a Deus. Ao adentrarem o lugar santo, Nadabe e Abiú ignoraram a presença de Deus, pois o Senhor encontrava-se não somente no Tabernáculo como em todo o arraial de Israel (Êx 25.8; Nm 14.14). O Deus onipresente não se limita ao Santo dos santos, mas se deleita na companhia de seus queridos e amados santos.
Na atitude inconsequência de Nadabe e Abiú, vejo a profissionalização do ministério sagrado. No trato com as coisas santas, enfadamo-nos. Consideramo-las profanas e comuns. E, assim, já não vemos a primeira ordenança como o símbolo da morte e da ressurreição do Senhor, mas como um trabalho enfadonho a ser feito. Quanto à segunda ordenança, o que fazer? Se tiver de ser realizada, que o seja. Nesse descaso, já não distinguimos nem o corpo nem o sangue de Jesus.
Não agiam assim os sacerdotes no tempo de Malaquias? Na liturgia diária, aborreciam-se. Eis como eles tratavam as coisas de Deus: “Que canseira! E me desprezais, diz o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta. Aceitaria eu isso da vossa mão? — diz o SENHOR” (Ml 1.13, ARA).
Aos olhos de Nadabe e Abiú, o Tabernáculo nada era. Então, que seja tido como um afazer qualquer; uma rotina profissional. Já não sentiam comoção alguma entre aquelas colunas, estacas, cortinados e móveis. Lidar com a Casa de Deus ocasionava-lhes enfado, estresse, canseira. Não serviam ao Senhor com alegria.
2. Impaciência profana. De acordo com as instruções que o Senhor transmitira aos filhos de Israel, somente o sumo sacerdote estava autorizado a oferecer o incenso no altar de ouro (Êx 30.7-9). Todavia, observa-se que ambos, desafiando o Senhor, entraram no lugar sagrado como se este não passasse de um mero feudo doméstico. As coisas de Deus não podem ser tratadas como propriedade particular.
Nadabe e Abiú, além de impacientes, revelaram-se profanos e blasfemos. Precipitaram-se na condenação do Diabo; não souberam esperar a sua hora (1 Tm 3.6).
Que eles se achavam geneticamente predestinados a assumir o sumo sacerdócio, todos o sabiam. Na falta de Arão, ascenderia Nadabe. E se este viesse a falecer precocemente, Abiú seria requisitado. Ambos, porém, devido ao seu descaso com a obra de Deus, não se achavam dispostos a aguardar pela morte do pai? Então, por que não variar as lides sacerdotais?
Eles estavam cientes de que apenas o velho Arão estava autorizado a oferecer o incenso no altar de ouro, mas ignoraram a regra sacerdotal. Julgavam-se acima das ordenanças e estatutos do Senhor.
O pecado de ambos não pode ser visto como algo acidental. Não foi um incidente isolado. Nesse gesto, temos a súmula de pequenas e grandes transgressões. Todas estas, já bem racionalizadas, redundaram em sua punição no limiar do lugar santíssimo. Façamos, pois, uma pausa, e indaguemos de nós mesmos: “Como temos nos portado no ministério sagrado?”. Enquanto respondemos a essa pergunta, lembremo-nos de que o Deus que puniu Nadabe e Abiú não mudou; sua justiça continua inalterável. 
3. Apresentaram fogo estranho ao Senhor. Não bastava ter o incenso prescrito pelo Senhor; era imperioso ter igualmente a brasa certa, para que Deus fosse dignamente honrado (Êx 30.9; Lv 16.12). Se o incenso era exclusivo, a brasa também o era (Êx 30.37). Mas, pelo contexto da narrativa sagrada, Nadabe e Abiú não estavam preocupados nem com o incenso, nem com o fogo. Por isso, o Senhor fulminou-os diante do altar. Sim, eles foram mortos devido à sua insolência, blasfêmia e sacrilégio.
Qualquer sacerdote iniciante sabia que o fogo do altar do incenso só poderia ser atiçado com as brasas do altar de bronze. A simbologia era claríssima: antes da adoração, que a expiação fosse observada. Não temos, aqui, nenhum enigma teológico. Um leitor da Bíblia, razoavelmente atento, há de atinar com esse princípio soteriológico. Então, por que ambos os filhos de Arão vieram a desprezar uma recomendação tão comezinha? Não tinham eles teologia suficientes? Talvez nós também estejamos afrontando algum princípio básico do ministério cristão; examinemos o nosso coração. Senhor, ajuda-nos.
Que o incenso e o fogo de nossa adoração sejam os prescritos pelos santos profetas e apóstolos do Senhor.
O que vemos, hoje, nas redes sociais é um festival pirotécnico; fogo estranho aqui, e, ali, fogo estrangeiro. Não me lembro de a Obra Pentecostal ter enfrentado tantas bizarrices como hoje. O espetáculo é deprimente. Nessa postagem, imita-se o batismo com o Espírito Santo. Naquela, arremedam-se os dons espirituais.
Como sobreviver nesse mundo estranho? É chegada a hora de resgatar a Obra Pentecostal conforme no-la transmitiram os pais-fundadores das Assembleias de Deus. Chega de fogo estranho no altar sagrado. Busquemos o cristianismo bíblico, apostólico e autenticamente avivado pelo Espírito Santo.
Conclusão
Até quando apresentaremos fogo estranho ao Senhor? Chega de liturgias bizarras, cultos mundanos, teologias permissivas e costumes que ferem a Palavra de Deus. Se não atentarmos à santidade e à glória divina, não subsistiremos. Deus, embora seja conhecido pelo amor, é também um fogo devorador (Is 30.27). Portanto, sejamos puros e santos em toda a nossa maneira de ser: o Senhor não se deixa escarnecer.
Ao invés de fogo estranho, busquemos o verdadeiro avivamento espiritual. E, dessa forma, ousemos proclamar com toda a ousadia: “Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo, cura as enfermidades, opera sinais e maravilhas e, em breve, haverá de arrebatar-nos às regiões celestiais.
*Adquira o livro. ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.