segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - A História de Uma Ovelha Perdida - Primários.

Lição 7 - A História de Uma Ovelha Perdida

 3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus é o Bom Pastor, que resgata a pessoa que está perdida.

Ponto central: Deus resgata a ovelhas que está perdida.
Memória em ação: “— Eu sou o Bom Pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
      Querido (a) professor (a), ao longo da caminhada com Cristo quantas não foram as “idas e vindas” de pessoas queridas; quantos não foram os irmãos que se distanciaram do Senhor, que se perderam e até hoje não regressaram?! Por alguns, nós oramos há anos. E certamente, enquanto você lê essas linhas, se lembra de alguém em especial.
      O que tendemos a não considerar é que há uma maneira mais sutil, e, portanto, mais perigosa, de se desviar do Altíssimo – perdendo-se na religiosidade. Sem se aperceber estar distante, ainda que dentro da casa do Pai. Sim, tal qual a maioria dos zelosos mestres da Lei, os fariseus, na época de Jesus, nós também corremos o risco de nos tornarmos apenas religiosos, zelosos em cumprir e ensinar regras, mas sem a chama do amor por Deus e pelo próximo.
      Assim Israel se encontrava quando o Senhor disse: “Este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (em outra versão: “que maquinalmente recebeu”). (Is 29.13)
      Ao longo do ministério do Rabi, por diversas vezes Ele confrontou a religiosidade que era vazia de amor, de real intimidade com Deus, esvaziada de compaixão pelos perdidos, pelos a margem da sociedade: prostitutas, publicanos, samaritanos (o que hoje poderia equivaler a pessoas de outras denominações ou linhas teológicas), estrangeiros (pessoas de religiões diferentes), homossexuais, etc.
      “E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. Marcos 2.16,17
       Você já se perguntou quem seriam os marginalizados de nossa época? Seriam eles os “calvinistas”? As feministas? O grupo LGBT? Os membros do Candomblé, Umbanda, Espiritismo, etc.? Seriam os criminosos no nosso sistema penitenciário? Quem seriam os doentes da nossa sociedade?
       E mais importante: Será que temos olhado para eles como Jesus? Ou temos mais semelhanças com os excludentes e pretenciosamente “corretos” fariseus? Lembremos que muitos deles ficaram de fora de tão gloriosa salvação, justamente por não conseguiam se enxergar; sentiam-se os sãos, os santos, os juízes e porteiros do “Céu”, sempre julgando e “decidindo” quem poderia ou não entrar, enquanto eles mesmos, ao fazerem isso, se colocavam do lado de fora. A respeito de quem o próprio Jesus disse:
       “[...] não façais o que eles fazem, porquanto não praticam o que ensinam.  Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens. No entanto, eles próprios não se dispõem a levantar um só dedo para movê-los.
       Tudo o que realizam tem como alvo serem observados pelas pessoas. Por isso, fazem seus filactérios bem largos e as franjas de suas vestes mais longas. 
        Amam o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças e de serem, pelas pessoas, chamados: ‘Rabi, Rabi!’. Vós, todavia, não sereis tratados de ‘Rabis’; pois um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. E a ninguém sobre a terra tratai de vosso Pai; porquanto só um é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
     Também não sereis chamados de líderes, pois um só é o vosso Líder, o Cristo. Porém o maior dentre vós seja vosso servo. Portanto, todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. 
      Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho! 
     Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e, para disfarçar, encenais longas orações. E, por isso, recebereis castigo ainda mais severo! 
      Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque viajais por mares e terras para fazer de alguém um prosélito. No entanto, uma vez convertido, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós! [...] Tolos e cegos!” (Mateus 23.2-17 - ARA)
      Veja quão gloriosa é a Palavra de Deus, “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Contudo, ainda que muitos fariseus a conhecessem tão bem, caíram. Talvez porque trechos confrontadores como este, fossem encarados por eles apenas com o olhar para a censura de outros. Esqueceram-se de examinar a si mesmos. Que nós não caíamos no mesmo erro. Não sejamos ovelhas perdidas, mesmo frequentando o aprisco do Bom Pastor. Que os nossos corações sejam sempre moldáveis, corrigíveis pelo Senhor, que só disciplina a quem ama (Hb 12.6). E o amor seja sempre abundante em nosso viver o Evangelho, porque sem ele, nem os mais árduos cumprimentos da Lei terão qualquer valia para Deus (Cf. 1 Co 13.1-7).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

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