quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Lição 11 - 4º Trimestre 2018 - Sinais e Prodígios Confirmam a Pregação do Evangelho - Jovens.

Lição 11- Sinais e Prodígios Confirmam a Pregação do Evangelho 

4º Trimestre de 2018
Introdução
I-Sinais e Prodígios Confirmam o Ministério de Jesus
II-Sinais e Prodígios Confirmam o Ministério da Igreja
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender que os sinais e prodígios tinham como objetivo confirmar o ministério de Jesus;
Reconhecer que os sinais e prodígios confirmam o ministério da Igreja.
Palavra-chave: Pentecostes.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
Sinais e prodígios são temas que aparecem nas Escrituras com o objetivo de mostrar que há um Deus que interfere na ordem física e que opera manifestações que fogem ao regramento delimitado pelo ser humano. O Senhor não limitou a si mesmo, deixando de interferir na ordem do mundo físico. O autor das leis da natureza não está impedido de intervir de acordo com a sua soberana vontade, e homem algum pode reconhecer a soberania de Deus para a salvação das pessoas e deixar de reconhecer essa mesma soberania na manifestação de obras maravilhosas em prol das mesmas pessoas que Ele salvou.
Sinais e prodígios vêm acompanhando a história do movimento pentecostal. Milhões de pessoas testemunham que foram curadas, libertas, que receberam livramentos miraculosos e tiveram suas vidas restauradas. Para muitos desses cristãos, o poder de Deus manifestado em sinais e prodígios abriu a porta da fé. Outros cristãos acreditam que os milagres deixaram de existir há séculos, pois foram necessários apenas quando a Igreja estava começando e precisava ser diferençada das outras culturas religiosas.
De que forma deveria pensar um cristão comprometido com a Palavra de Deus? Ao longo das Escrituras, o Senhor disse que deixaria de operar sinais e maravilhas? Se Ele moveu os escritores sagrados a registrar a ocorrência de milagres em sua Palavra, não seria este um indicativo de que Ele continua operando em nossos dias para ajudar pessoas e glorificar o seu nome? 
I – SINAIS E PRODÍGIOS CONFIRMAM O MINISTÉRIO DE JESUS
Definindo os Termos Sinais e Maravilhas
Na língua do Novo Testamento, a palavra sinal é semeia, no plural, e traz a ideia de avisos, marcas ou símbolos. Por meio de um semeion, um sinal, uma pessoa poderia ser reconhecida, distinguida dentre a multidão. Essa palavra também pode ter sido usada na língua grega como uma referência, de acordo com Platão, ao caráter de uma pessoa. Essa expressão também traz a ideia da realização de um milagre, e este, sendo realizado, corrobora a missão divina, tanto de Jesus quanto dos seus apóstolos.
A expressão terata, maravilhas, é usada como um sinônimo para sinais e traz a ideia de algo sobrenatural, fora do comum, que está acontecendo ou que acontecerá. Semeion e terata, sinais e maravilhas, são mencionados juntos para mostrar os milagres realizados por Jesus e seus discípulos. 
Sinais e Prodígios na História de Israel
Em sua convivência com o Senhor, os hebreus já tinham um histórico de intervenções milagrosas na vida dos patriarcas e dos demais momentos da nação. Estes foram exemplos de manifestações poderosas da parte de Deus: (1) Abraão foi pai aos cem anos, momento de vida em que as pessoas já estavam preparadas para o fim de seus dias. (2) Para libertar seu povo, Deus interveio com calamidades no Egito até que Faraó deixou os filhos de Abraão saírem livres. (3) Não choveu em Israel por três anos e seis meses, de acordo com aquilo que Elias havia predito (Tg 5.17), (4) e esse mesmo Elias, homem de Deus, fez chover fogo do céu para uma audiência incrédula (1 Rs 18.38), chamando a atenção para o Deus de Israel.
O Senhor trouxe duplo livramento a Israel na época de Eliseu, dispersando o exército inimigo e deixando no acampamento provisão de alimentos para os habitantes de Samaria, que estava sitiada. Deus fez-se presente manifestando seu poder, alterando a natureza, trazendo recursos e respondendo orações. A fé no Deus vivo era clara e viva, não uma ideia de um deus distante, que não se envolvia com a sua criação. Deus revelava-se ao seu povo, tornava conhecida a sua vontade e, quando necessário, realizava sinais e prodígios para que o povo visse que Ele é Deus.
Por que Jesus Operou Sinais e Prodígios?
Jesus deparou-se com pessoas de diversas classes em seu ministério. Havia pessoas que necessitavam de uma intervenção divina em suas vidas. Outras pessoas amavam a Deus e precisavam ter sua fé aumentada. Havia, ainda, pessoas que estudavam a Lei de Deus de forma meramente acadêmica, observando os milagres como relatos fantasiosos do passado. Jesus trouxe a mensagem do evangelho pregando, ensinando e realizando milagres. Essas ações sobrenaturais acompanhavam o ministério do Senhor, ajudavam pessoas necessitadas, atraiam pessoas e proporcionava a certeza de que algo diferente estava acontecendo de verdade. O Senhor Jesus leu na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18,19). Se atentarmos para a profundidade dos relatos registrados nos evangelhos, veremos que as operações miraculosas do Senhor manifestavam o poder de Deus e socorriam pessoas. O evangelho trata da salvação da alma, mas também traz, pelo poder de Deus, interferências milagrosas de socorros e curas.   
Uma Geração Má e Adúltera Pede um Sinal
É notório que muitas pessoas aproximam-se de Jesus como meros expectadores somente para assistir àquilo que o Senhor está fazendo, sem qualquer intenção de crer nEle ou de segui-lo. Assim era um grupo de pessoas que pediram um sinal a Jesus. O Mestre havia acabado de libertar um homem possesso de um espírito que lhe causava a mudez, e, uma vez liberto, o mudo falou. Esse milagre deixou a multidão espantada, mas não os críticos de plantão, que desafiaram Jesus pedindo um sinal do céu e ainda comentaram que Jesus expulsava demônios por Belzebu, o príncipe dos demônios (Lc 11.15). Jesus chamou aqueles homens de geração perversa e adúltera que estava pedindo um sinal. Eles acabaram de ver uma expulsão de demônios e uma cura e, ainda assim, não quiseram identificar Jesus como o Filho de Deus. De que sinal eles precisavam mais? Seus corações estavam endurecidos, e nenhum outro sinal que Jesus fizesse iria convencê-los de que o Senhor estava ali.
Neste texto, vemos três pontos a considerar. Primeiro, nenhuma pessoa predisposta à incredulidade será convencida do poder de Jesus; qualquer sinal a mais que presencie não fará com que ela creia no sobrenatural de Deus. Segundo, associar a atuação do poder de Deus a uma obra de Satanás corresponde a blasfemar contra o Espírito Santo de Deus; foi o que aqueles homens fizeram. Terceiro, a sentença de Jesus é de julgamento; o sinal que eles pediram era para a sua condenação, pois os ninivitas ouviram Jonas e arrependeram-se, ao passo que aqueles homens dos dias de Jesus não creram na presença do Deus encarnado e seriam julgados por isso.
É realmente perigoso dizer que algo que o Espírito Santo faz é uma obra do Diabo. É perigoso ver sinais vindos de Deus e não se posicionar para crer naquilo que Ele está fazendo, e “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31).     
II – SINAIS E PRODÍGIOS CONFIRMAM O MINISTÉRIO DA IGREJA
Sinais e Prodígios Mostram o Poder de Deus
Jesus ensina, prega e opera maravilhas, e centenas de pessoas creem em Jesus não apenas pela palavra que é ministrada, mas também por meio de sinais que acontecem. Os sinais acompanhavam as palavras de Jesus e faziam com que as pessoas glorificassem a Deus. Elas reconheciam a intenção do sinal, um distintivo de que o Pai estava com Jesus, pois somente uma pessoa que tivesse chancela do Eterno poderia falar como Jesus falava e operar maravilhas como Jesus operava.
Cremos que o poder de Deus é visto na transformação de uma pessoa por meio do novo nascimento. Também cremos, porém, que o Senhor não pode ser impedido de manifestar a sua glória e exercer seu poder curando pessoas ou transformando situações de forma miraculosa. A ocorrência de milagres na Bíblia mostra o poder de Deus. Multidões seguiam Pedro, pois o apóstolo expulsava demônios e curava enfermos pelo poder de Deus, e “a multidão dos criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais” (At 5.14). Estêvão, o primeiro mártir, também “fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Ele era um homem cheio de fé e, por seu testemunho, tornou Jesus conhecido também.
Sinais e Prodígios Atendem às Necessidades das Pessoas
Deus não faz sinais e milagres simplesmente por fazer, ou seja, sem um objetivo. Se virmos os evangelhos e o livro de Atos, perceberemos que os sinais e maravilhas ali relatados tinham, além de glorificar a Deus, outra função: ajudar pessoas. A Bíblia registra que muitas pessoas no tempo de Jesus eram doentes e buscavam a cura: “[...] e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades” (Lc 5.15). Essas pessoas queriam ser alcançadas pelo Senhor e ter suas vidas restauradas. Não creio que haja qualquer pecado em buscar ao Eterno para receber uma cura. Alegar que todos que buscam por milagres em Deus têm intenções egoístas e que dependem de milagres e grandes feitos de Deus para terem fé é uma acusação séria, pois somente o Senhor conhece a intenção do coração de cada pessoa que a Ele acorre para ser socorrida. É fácil ter um discurso condenatório e anti-sobrenatural diante da dor dos outros.
Quando Jesus trouxe de volta à vida o filho único de uma mulher viúva — um sinal claro do poder de Deus e da autoridade de Jesus —, “de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” (Lc 7.16). Esse milagre distinguiu Jesus como profeta aos olhos do povo e fez com que glorificassem a Deus. Trazer de volta da morte o filho único de uma viúva foi uma bênção de Deus para a mãe do rapaz. Deus não apenas se utiliza de milagres para ajudar pessoas necessitadas ou para corroborar a mensagem do evangelho, mas também para glorificar o seu nome.  
O Devido Cuidado com a Procedência dos Milagres
É preciso ter cautela para não demonstrar descrença em relação ao que a Palavra de Deus fala. Os fariseus viam Jesus operando sinais e prodígios e, mesmo assim, não conseguiam vê-lo agindo. O Eterno jamais disse em sua Palavra que os milagres deixariam de existir a partir do terceiro século de nossa era. Essa opinião despreza a certeza de que o Senhor tem todo o poder e pode agir como lhe convier.
Uma das críticas dos cessacionistas — pessoas que ensinam que os milagres, conforme relatados no Novo Testamento, não são para os dias de hoje — em relação aos pentecostais e continuístas reside na ideia de que os milagres hoje manifestos seriam imitações falsas ou mesmo malignas dos milagres relatados no Antigo e no Novo Testamento, pois, para os cessacionistas, Deus não mais faria os mesmos milagres em nossos dias. As ocorrências de sinais e prodígios devem ser investigadas, pois poderiam ser manipulações humanas e psicológicas. Deus fez milagres somente para que a Igreja fosse estabelecida, mas, depois que o cânon foi fechado, milagres não seriam mais necessários.
Os cessacionistas interpretam a Bíblia com a convicção de que o Senhor não interfere mais no mundo hoje como interferia antes e que basta a pregação da Palavra para atrair pessoas. Com base nisso, quando ouvem falar de milagres, de curas maravilhosas, de manifestações do poder de Deus, atribuem tais coisas ao inimigo ou a uma manipulação psicológica de pregadores avivalistas.
A verdade é que o Eterno não é obrigado a mudar sua forma de agir por uma convicção teológica dos homens. Ele não mudará a sua Palavra porque um grupo de pessoas não crê que Ele possa operar sinais e maravilhas. E muitos desses críticos, quando enfermos, buscam em Deus justamente aquilo que eles dizem que, até o momento, não existe mais, ou seja, curas e milagres. Que o Senhor nos guarde desse tipo de incredulidade.
Pentecostais não são contra checar a origem dos milagres. É natural que se averigue se um testemunho tem realmente a veracidade necessária para convencer as pessoas. Entretanto, partir do pressuposto de que todas as ocorrências de milagres em nossos dias são inexistentes ou mesmo falsificações ferem não apenas a Palavra de Deus, como também é desonestidade intelectual. Se já partimos com pressupostos formados antes mesmo de iniciarmos nossa investigação, dificilmente mudaremos nossa forma de pensar.
Sinais e prodígios são, portanto, concessões de Deus para que o glorifiquemos e vejamos pessoas sendo abençoadas.
CONCLUSÃO
A leitura da Palavra de Deus é simples e direta no que concerne à existência de milagres, sinais e prodígios em nossos dias. Para alguns grupos cristãos, é mais fácil criar argumentos racionalistas dizendo que milagres não existem do que acreditar nas palavras de Jesus acerca da existência dos milagres. Como pentecostais, cremos no que Jesus falou; não seguimos os sinais, pois eles é que devem seguir-nos. Milagres abrem as portas para a pregação do evangelho, ocorrem para glorificar a Deus, para abençoar pessoas e fortalecer a mensagem do evangelho. Pela fé cremos, e pela fé podemos ver Deus operando.   

*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 11 - 4º Trimestre 2018 - Despertemos para a Vinda do Grande Rei - Adultos.

Lição 11 - Despertemos para a Vinda do Grande Rei 

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
II – O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
III – UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE
CONCLUSÃO
O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
De acordo com René Pache, autor do livro “The Return f Jesus Christ”, existem 1.527 referências à Segunda vinda de Cristo no antigo Testamento e 319 no Novo Testamento, num total de 1.846, sendo um em cada 25 versículos do Novo Testamento. O apóstolo Paulo refere-se ao assunto cerca de 50 vezes, A Segunda vinda do Senhor Jesus é mencionada 8 vezes mais que a Primeira vinda.
Dentre as muitas promessas feitas por Jesus, destaca-se a do Arrebatamento da Igreja: “E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.3). A palavra arrebatamento (do latim raptus), significa arrebatado rapidamente e com força. Já a palavra (do grego, harpazo), significa arrebatado (1 Ts 4.16,17). 
A volta de Jesus a este mundo será um evento de duas etapas distintas.
1 Tessalonicenses 4.15-18 detalha o arrebatamento: “Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.
O quadro abaixo, proposto por Lahaye1, delineia cinco estágios do arrebatamento:
 Primeiro Estágio                          O próprio Senhor descerá do céu com alarido 
 Segundo Estágio  Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
 Terceiro Estágio Nós que estivermos vivos e permanecermos na terra seremos “arrebatados” (gr.: harpazo) juntamente com eles nas nuvens.
 Quarto Estágio  Encontraremos o Senhor.
 Quinto Estágio Estaremos sempre com Ele.
Na primeira fase, Jesus virá secretamente arrebatar a Igreja. O Rapto da Igreja, como também é chamado, consiste dos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos trasladados para o céu por Jesus. Rapto (do latim rapere) significa transportar de um lugar para outro. Equivale ao termo grego arpazo, usado em (Jo 10.28,29; At 10.28,29; 8.39). O arrebatamento terá lugar nas nuvens e somente os salvos o verão (1Co 15.51,52; 1Ts 4.13-17). Na segunda fase, Jesus voltará com a sua Igreja glorificada, rodeado de glória e poder, descendo sobre o Monte das Oliveiras. Virá publicamente, pois todo o mundo o verá (Ap 19).
Morris destaca que “Paulo esclarece que os que ressuscitam não serão criaturas de carne e sangue, mas, serão transformados, como o serão os que estiverem vivos quando chegar aquele dia, e,  não mais terão corpos sujeitos à decadência e à morte”.2  Ele destaca também que “numa passagem lírica, o apóstolo exulta na vitória obtida sobre a própria morte. Isto produz uma ação de graças a Deus, a causa da vitória, e, à luz disso tudo, uma exortação à perseverança”.3
A Igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação, a qual antecederá a ira de Deus, e a Igreja não sofrerá: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). A esse ensino bíblico-escatológico, dá-se o nome de Pré-Tribulacionismo. É inconcebível que Deus permita que os redimidos passem pela Grande Tribulação, que culminará com o derramamento da ira santa sobre a civilização pecadora: “E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus” (Ap 15.1).
Champlin4 destaca que a doutrina da iminência da volta de Jesus é um argumento que fundamenta a interpretação do arrebatamento antes do Período da Tribulação.
 DOUTRINA DA IMINÊNCIA
 A posição pré-tribulacional é o único ponto de vista que ensina que oretomo de Cristo é realmente iminente.
 A exortação para nos consolarmos ante a vinda do Senhor (1Tessalonisenses4.18) só é significativa para o ponto de vista pré-tribulacional, sendo contraditaespecialmente pelo pós-tribulacionismo.
 A exortação para esperarmos pela ‘gloriosa manifestação’ de Cristo emfavor do que lhe pertencem (Tito 2.13) perde sua significação se a tribulaçãodeve ocorrer antes disso. Os crentes, nesse caso, deveriam esperar sinais davinda de Cristo, apenas.
 A exortação para nos purificarmos, em face do retorno do Senhor, sereveste de maior significação se a vinda de Cristo for iminente (1João3.2-3).
Todas as dez virgens (as prudentes e as loucas) foram surpreendidas com a chegada inesperada do noivo (vv.5-7). Isso indica que a parábola das dez virgens refere-se a crentes vivos antes da Grande Tribulação. Jesus voltará inesperadamente: Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai... Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.36,44). “Eis que cede venho” (Ap 22.12a). Por essa razão, devemos estar preparados, com vestes bancas, porque a volta do Senhor ocorrerá na hora em que não pensarmos. 
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.

1 LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p. 81. 
2 MORRIS, Leon. 1 Coríntios – Introdução e Comentário. São Paulo: 3. ed. Vida Nova e Mundo Cristão, 1986. p. 186.
Ibidem.
4 CHAMPLIN, Russell N. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Volume 5. São Paulo: Candeia, 1995. p. 203.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - A História do Nascimento de Jesus - Berçário.

Lição 10 - A história do nascimento de Jesus

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Ensinar às crianças que Jesus nasceu para ser o nosso Salvador.
É hora do versículo: “Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus [...]” (Mateus 1.21).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história do nascimento de Jesus, que Ele é o Filho do Papai do Céu. Jesus também é o nosso Salvador. Foi para nos salvar que Jesus nasceu. Quando Jesus nasceu, alguns sábios de um lugar bem distante ficaram sabendo que alguém muito especial havia nascido porque havia uma estrela muito brilhante no céu. Aquela estrela guiou aqueles homens até o lugar onde Jesus estava com seu papai e sua mamãe.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho da estrela brilhante que guiou o caminho dos homens sábios até o lugar onde Jesus estava. Disponibilize papel laminado amarelo picado para as crianças colarem na estrela, enfeitando-a. 
estrela.licao10.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - Papai do Céu me Dá um Coração Bondoso - Maternal.

Lição 10 - Papai do Céu me Dá um Coração Bondoso

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que a criança compreenda que devemos amar o próximo. 
Para guardar no coração: “[...] Ame o seu próximo como você ama a você mesmo.” (Lc 10.27)
É hora de preparar-se
“A bondade é uma das virtudes do fruto do Espírito — aquelas virtudes do próprio Cristo que, implantadas em nós pelo Espírito Santo, tornam-nos semelhantes ao Senhor (Gl 5.22,23). Podemos dizer que a bondade é a manifestação exterior da benignidade, que é outro aspecto do fruto do Espírito. A benignidade é aquela qualidade que nos impede de sermos duros e amargos, mesmo quando tratados com rudeza e injustiça; que nos confere uma fala mansa e uma atitude gentil, reveladas no modo como tratamos as crianças, os idosos e os menos capacitados. Acho perfeita a definição de Matheu Henry para benignidade: “Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, deixando-nos facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa”. E a bondade, repetimos, manifesta exteriormente o caráter benigno.
Bondade é enfrentar o fogão no dia daquele almoço especial, sem queixas ou exibicionismo; é carregar pedras para a construção do templo, sem grosserias ou murmurações; é assoar narizes, pôr band-aid em joelhos, e deixar-se tocar por mãozinhas pegajosas, com um sorriso nos lábios; é ajudar no que for preciso em casa, na vizinhança, ou na igreja, sem que o seu nome figure num boletim ou faça parte de uma comissão. A ausência de bondade tira o brilho de qualquer trabalho. Mas a presença da bondade abre espaço para um ministério” (Marta Doreto). 
Perfil da criança do maternal
“A criança do maternal descobre que pode tomar decisões próprias, e às vezes mostra-se teimosa. Devemos estar atentos para não confundir com rebeldia o que na verdade é o simples exercício da vontade. Dizer não a tudo, e tudo proibir, pode acabar gerando revoltas e conflitos desnecessários. Quando for possível permitir que a criança faça uma escolha, devemos deixar que o faça. Nem sempre a sua escolha nos agradará, mas se não representar prejuízos físicos, nem morais ou espirituais, para ela ou para outra pessoa, tudo bem. É até importante que lhe proporcionemos oportunidades de decidir-se e fazer escolhas, tanto para que desenvolva a faculdade da vontade, como para que aprenda a controlar-se e avaliar melhor as coisas antes de tomar uma decisão. 
A vontade pode e deve ser moldada. Uma boa maneira de se lidar com isto é usar o “você pode”, em vez de “não pode”. Por exemplo, se ela deseja brincar com um objeto frágil ou perigoso, em vez de dizer-lhe: “Você não pode brincar com isto”, diga-lhe: “Você pode brincar com o quebra-cabeça” (ou outra coisa). Em vez de repreender: “Você não pode espalhar os brinquedos pela sala toda”, consinta: “Você pode brincar em cima deste tapete” (ou neste canto). Assim, você estará impondo limites, sem suscitar um ataque de rebeldia” (Marta Doreto).
Oficina de ideias
“Com lençóis e toalhas, improvise as vestimentas dos personagens, e incentive as crianças a representar a história do bom samaritano. Repita a representação algumas vezes, para que todos tenham a oportunidade de participar. Atenção: o assalto ao viajante não convém ser representado. Pule esta parte, e comece com o homem já caído à beira da estrada” (Marta Doreto).
Até logoDepois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 10.25-37.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - Na Casa do meu Amigo eu Tenho Amigos - Jd. Infância.

Lição 10 - Na Casa do meu Amigo Eu Tenho Amigos

4º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão entender a importância da amizade e; valorizar as amizades cristãs.
É hora do versículo: “O amigo ama sempre [...]” (Pv 17.17).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Rute e Noemi, que a amizade deve ser muito valorizada, principalmente  dentro da igreja com os amigos-irmãos. Rute foi muito abençoada pela amizade sincera e verdadeira que ela teve com Noemi. Rute não abandonou Noemi, pelo contrário, a ajudava e a amava muito.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que imprima a imagem abaixo, uma para cada criança, e peça que pintem a espiga de milho. Em seguida disponibilize algumas sementes de milho de pipoca para serem coladas no papel. Lembre as crianças que como Noemi era bem velhinha, Rute ia até o campo colher espigas para elas se alimentarem. Reforce que um amigo deve sempre ajudar o outro naquilo que for possível, demonstrando amor e união.
milho.licao10.jardim

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - Um Menino Herói - Primários.

Lição 10 - Um Menino Herói

4º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno entenda que um herói não é egoísta, mas compartilha o que tem com o próximo e assim é muito abençoado.
Ponto central: Quando abençoamos, somos abençoados.
Memória em ação: “Quem é bondoso será abençoado porque reparte a sua comida com os pobres” (Pv 22.9).
Querido (a) professor (a), como você já deve ter visto em sua revista, a lição de hoje tem base no texto de João 6.1-11 e é muito rica para todos nós, em especial para os pequeninos. O destaque de uma criança heroína desperta neles ainda mais identificação e, sobretudo inspiração para que eles também se comportem de maneira heroica. Afinal, como esta história deixa bem claro, não há idade para atos de bondade e heroísmo.
Com a chegada do final do ano é comum vermos mais campanhas de doação de alimentos, cestas básicas, elementos para ceia, etc. Evidentemente, essas práticas deveriam existir o ano inteiro, já que os necessitados não precisam se alimentar apenas no natal. Contudo, é senso comum que este clima de maior generosidade com o próximo seja mais visto nesta ocasião. Então que tal, aproveitar alguma campanha desse tipo para que seus alunos possam vivenciar, na prática, a lição deste domingo?!
Após a aplicação das atividades sugeridas em sua revista e a história contada, pergunte quem gostaria de fazer como este “menino herói” e compartilhar o alimento com os mais pobres?! Proponha que contem essa história e o versículo de hoje para os seus pais, responsáveis, vizinhos e quem mais desejarem e lhes peçam 1kg de alimento não perecível para doação aos mais necessitados. 
Após o momento de memorização do nosso versículo de hoje, você e sua turma podem confeccionar cartões com o texto de Provérbios 22.9 na capa e dentro as informações da campanha de arrecadações de alimentos (que você já terá escolhido previamente seja promovida pela sua igreja, algum centro de ação social, ONG, asilo, orfanato, comunidade carente, etc.).
Frise para seus primários que só deles fazerem essa solicitação de alimentos e trazerem o seu quilo para doação, eles já estão sendo heróis do Senhor Jesus para essas pessoas necessitadas. E assim eles levam não só comida, mas algo que todos necessitam ainda mais - o próprio amor de Jesus manifesto de forma prática, não só em palavras. Isto é anunciar o Evangelho, levar as Boas Novas do Reino de Deus.
Professor, não se esqueça de, previamente, alinhar esta iniciativa com o pastor e direção da Escola Dominical de sua igreja. Lembre-se de arrecadar estes alimentos na próxima aula e cultos antes do natal. Posteriormente, é muito importante mostrar fotos do momento da entrega destes mantimentos, para que as crianças possam visualizar (ainda que de maneira simbólica) os frutos de sua boa ação.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - Felizes os que São Perseguidos - Juniores.

Lição 10 - Felizes os que são Perseguidos 

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Lucas 6.22,23; Atos 12.1-19.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre a alegria experimentada por aqueles que enfrentam perseguições por conta do amor a Jesus Cristo. Pode até parecer contraditório alguém afirmar que sente alegria pelo fato de ser perseguido ou afligido em função da sua fé. Entretanto, Jesus Cristo garantiu aos seus discípulos que a perseguição era motivo de alegria pelo fato de ser uma confirmação de que estavam agradando a Deus ao cumprirem a missão de pregar o evangelho não importasse as circunstâncias (Jo 15.18-21). O fato de a Palavra de Deus ser disseminada apesar das perseguições, de certa forma, renovava o ânimo dos irmãos que estavam desanimados e os fortalecia para perseverarem na execução do trabalho (cf. Fp 1.12-14). Infelizmente, há muitas pessoas que não conhecem o Deus que de uma forma tão maravilhosa expressou o seu amor pela humanidade enviando o seu Filho Unigênito para morrer na cruz e, por isso, perseguem aqueles que receberam a incumbência de semear as boas novas da salvação. A lição de hoje é importante para que seus alunos aprendam a lidar com as dificuldades que todo cristão verdadeiro enfrenta por conta de sua fé em Jesus Cristo.
A. Perseguidos, mas não desanimados. A palavra de hoje é uma explicação para que seus alunos compreendam que todo aquele que se dispõe em pregar e viver o evangelho enfrentará perseguições. As perseguições podem surgir de várias formas, seja direta ou indiretamente, provocando o sofrimento por meio de prisões e agressões como ocorrem em vários países onde não há liberdade religiosa. De outro modo, a perseguição pode acontecer de forma intelectual ou psicológica, a partir da descrença e desvalorização dos preceitos da Palavra de Deus em vários espaços da sociedade, ou mesmo através do “bullying”, como ocorre nas escolas. Este último é mais predominante entre os alunos da faixa etária que você, caro professor, leciona. Mas a Palavra de Deus trata quanto a estas questões, pois o mesmo Senhor nos admoestou que devemos nos alegrar todas as vezes que nos deparamos com estas situações, pois será grande a nossa recompensa nos céus (cf. Mt 5.10-12).
B. Há muitos que não conhecem a verdade. É importante que seus alunos compreendam que as perseguições ou a rejeição ao evangelho ocorre porque há muitos lares que não conhecem a Palavra de Deus e, por esse motivo, muitas crianças não são ensinadas a amar e respeitar o próximo. Outros, sequer, falam sobre religião ou mesmo ensinam seus filhos a rejeitar os ensinamentos da religião protestante. São filhos que crescem aprendendo a intolerância e o desrespeito aos que apresentam pensamento diferente. Por esse motivo, é fundamental que você, caro professor, ensine os seus alunos a fazerem a diferença, a amarem e perdoarem aqueles que os perseguem de modo que não alimentem qualquer manifestação de ódio. Evidentemente que não se trata de uma tarefa fácil, até porque estamos falando de crianças que não têm a compreensão exata dos limites e da disciplina. Mas a Palavra de Deus ressalta que a mensagem do Senhor não volta vazia. Por isso, as crianças devem ser ensinadas no caminho correto e até quando envelhecerem não se desviarão dele (cf. Pv 22.6).
Para reforçar o ensinamento desta aula, sugerimos a seguinte atividade: leve para a sala de aula, fotos de pessoas de várias religiões e mostre os livros que estas religiões observam como referência. Você pode colar as fotos no quadro ou então preparar um cartaz com as fotos e um pequeno texto que resuma de que religião se trata. Ao final, ore juntamente com seus alunos e peça para Deus alcançar as pessoas que ainda não aceitaram o Senhor Jesus como seu único e exclusivo Salvador. Mostre para as crianças que devemos respeitar as pessoas que professam outras religiões e amá-las de modo que elas sejam cativadas pela graça de Deus a estarem conosco na igreja.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - O Cuidado com as Amizades - Pré Adolescentes.

Lição 10 - O Cuidado com as Amizades

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Provérbios 13.20.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estão convidados a aprender sobre um tema que envolve a realidade que estão vivendo: o cuidado com as amizades. É verdade que nem todas as amizades são produtivas ou boas influências para a nossa conduta. Por esse motivo, é preciso ter o cuidado para saber escolher quais amizades devem ser mantidas. A Palavra de Deus nos mostra que “as más companhias estragam os bons costumes” (cf. 1 Co 15.33). Selecionar as amizades é importante para delimitar que tipo de informação está nos influenciando cotidianamente. Amizades que prezam por assuntos que contrariam completamente as verdades bíblicas e os valores que aprendemos com as nossas famílias não são boas amizades. De outro modo, há pessoas que são verdadeiros canais de Deus para a nossa edificação espiritual. Amigos que Deus levanta para nos ajudar a tirar as dúvidas a respeito dos ensinamentos do Reino de Deus. Pessoas que, apesar de imperfeitas, nos ajudam em oração e com um bom conselho nas horas mais indelicadas. Obviamente que são pessoas falhas e limitadas, porquanto, somente o Senhor é perfeito e fiel em todas as circunstâncias. Portanto, não devemos esperar perfeição de nossos melhores amigos ou mesmo pensar que eles têm a responsabilidade de nos ajudar em todos os momentos. Somente Deus pode nos socorrer em qualquer situação e, muitas vezes, Ele nos permite passar por adversidades que pensamos estar sozinhos, mas isso faz parte do exercício da fé (cf. Gn 28.15; Js 1.9).
1. Amizades que são más influências. Esta é uma boa oportunidade para você, caro professor, ensinar seus alunos a respeito da forma como eles selecionam suas amizades. Há pessoas que falam palavrões, contam mentiras, fazem piadas de teor obsceno, batem em seus colegas e quando aprontam alguma confusão sempre colocam a culpa em alguém. Essa amizade não é proveitosa para um pré-adolescente que serve a Deus. O apóstolo Paulo, certa vez, orientando o jovem Timóteo advertiu que nos últimos dias surgiriam pessoas difíceis: egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não teriam respeito com a religião. E Paulo ainda acrescenta: seriam duros, sem amor com os outros, caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do bem, traidores, atrevidos, cheios de orgulho, mais amantes dos prazeres do que de Deus, pareceriam seguidores do evangelho, mas com as suas ações negariam o verdadeiro poder dele (cf. 2 Tm 3.1-5). Por fim, o apóstolo reforça: Fique longe dessa gente! Semelhantemente, caro professor, você deve orientar seus alunos a se afastarem de toda e qualquer amizade que tentar influenciá-los a pecar contra Deus.
2. Amizades direcionadas por Deus e que nos edificam. De outro modo, encontramos ao longo da vida, pessoas que são leais e contribuem para o nosso crescimento. Quem nunca teve uma amizade que marcou a sua infância? Aquele amigo que compartilhamos os melhores momentos e também os mais difíceis. Certamente, boa parte dos adultos já teve essa experiência. São pessoas que contribuem com o melhor conselho, ensinam e compartilham coisas boas e proveitosas para o nosso crescimento. São pessoas que falam a verdade, se preocupam com o próximo, estendem a mão quando você precisa, não julgam o seu próximo quando este comete alguma falha e não deixam de falar a verdade quando seus amigos lhe pedem a opinião. São essas pessoas que seus alunos devem ter como amigos e permitirem que façam parte do seu circulo amizades mais próximas. Como exemplo, podemos citar os amigos de Daniel (cf. Dn 1.3-7,20; 3.14-18). Eles serviam ao mesmo Deus de Daniel e nos momentos mais difíceis não negaram a fé em Deus. Ressalte que seus alunos devem procurar desenvolver amizades com pessoas que servem a Deus com sinceridade e desejam adorá-lo de todo o coração (cf. Jo 4.23,24). São essas pessoas que vão agregar valores e conhecimentos da parte de Deus para a vida deles.
Para reforçar o ensinamento da lição desta semana, converse com seus alunos e pergunte quais são os critérios que eles definem para fazer amizades. Depois de responderem, faça uma lista e delimite os critérios de uma boa amizade que pode contribuir para o crescimento e edificação espiritual.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - Não Despreze a Sua Adolescência - ADOLESCENTES.

Não Despreze a Sua Adolescência 

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
SERVOS DO SENHOR
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
NÃO PERMITA O DESPREZO
O SOL NASCE PARA TODOS
William Douglas
Algumas pessoas costumam entender pouco sobre como acontece a intervenção de Deus no trabalho. Uns acham que há uma intervenção excessiva de Deus, outros que ela é inexpressiva. Creio que Deus nem vai atuar demais nem vai atuar de menos, mas na medida exata para que os nossos esforços funcionem. Há uma cota que fica por sua conta e uma que fica por conta de Deus. É como se fosse uma parceria. Isso funciona para quem tem fé.
Mas, será que há algum ponto comum para todos – ímpios e crentes? Será que todos se sujeitam a uma mesma regra? Sim. A Bíblia informa uma série de leis espirituais (não no sentido religioso, mas em oposição às leis físicas, como a gravidade, e tão inexoráveis quanto elas). Essas leis informam como as coisas funcionam. É uma relação de causa e efeito, plantio e colheita. Sobre o tema, a Bíblia diz: “Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao bom, como ao pecador; ao que jura, como ao que teme o juramento” (Ec 9.2). Jesus também falou sobre essa lei “espiritual” (Mt 7.24-27). Note que a chuva, os rios, e os ventos vêm para todos, mas algumas pessoas possuem bases e estruturas sólidas, outras não.
Esses ensinamentos de Salomão e Jesus alertam que as intempéries, as crises, as calamidades, as oportunidades, as mudanças de cenário, tudo atinge a todos. Contudo, alguns estarão com bases emocionais, intelectuais, financeiras e relacionais para suportar as “tempestades” do mercado; e outros, não. Sem prejuízo de prometer ajuda sobrenatural para quem crer nisso, o Livro dos Livros e sua figura mais proeminente preparam todos para a realidade da vida: o sol nasce para todos, e a chuva cai para todos. 
O sucesso e a felicidade não decorrem das circunstâncias, mas de como lidamos com as circunstâncias. Não decorre do que fazem conosco, mas o que fazemos com o que fazem conosco. Conhecemos pessoas que ficam reclamando da vida, ou de Deus, ou do sistema, ou de quem quer que seja o “culpado” ou o “vilão” da vez. E há pessoas que não se deixam abater, colocam toda sua fé em Deus, arregaçam as mangas e “vão à luta”!
Existem dezenas de parábolas em que Jesus mencionava servos que trabalhavam, eram prudentes, cuidavam do seu planejamento. Também falou sobre servos negligentes, insensatos, nada produtivos. Por que será que Ele deu tantos exemplos? Será que não foi uma forma de ensinar como fazer a coisa do jeito certo? 
Tenho certeza de que Deus pode agir e mudar qualquer realidade, mas você tem a sua parte a fazer que não será feita por Ele.
Milagres acontecem quando você crê em milagres e os pede. Mas o que quero alertar aqui é: não pense que só porque você é crente e sabe orar que tudo vai acontecer na sua vida de forma milagrosa, sem nenhum esforço. Não fique parado esperando os milagres acontecerem para você progredir na vida. Não seja preguiçoso ou omisso, deixando a responsabilidade de as coisas acontecerem por conta do Altíssimo. Faça a sua parte! Vá à luta! Porque se o ímpio trabalhar bem, for estudioso, honesto, qualificado, ele vai prosperar (materialmente), mesmo que não acredite em Deus. E se você que acredita em Deus trabalhar bem, for estudioso, honesto, qualificado, você também vai prosperar, entretanto, o sol que nasce para todos terá um brilho todo especial em sua vida.

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - A Mentira Aprisiona a Alma - Juvenis.

Lição 10 - A Mentira Aprisiona a Alma

4º Trimestre de 2018
A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma (Pv 18.7).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A MENTIRA APRISIONA
2. DEUS CONDENA A MENTIRA
3. A VERDADE NOS LIBERTA
OBJETIVOS
Explicar que a mentira entrou no mundo através do Diabo.
Destacar que uma mentira nos aprisiona porque uma mentira nos leva a outras.
Mostrar que a verdade liberta.
    Querido (a) professor (a), tipicamente este mês de dezembro é marcado por muitas confraternizações e reflexões. É um marco no calendário ocidental encerrando um ciclo para começar um novo, o que inevitavelmente nos leva a avaliar o que passou, nossos erros e acertos, a fim de nos estruturarmos e planejarmos metas para o ano que está por vir. Sem pressão, de forma honesta e também generosa, avalie seu desempenho no ministério. O que foi bom este ano que merece ter continuidade no seguinte? E o que precisa ser mudado ou melhorado?
       Evidentemente, esta é uma reflexão que cabe para todas as áreas de nossas vidas.  E é muito benéfica quando realizada com equilíbrio – nem se cobrando ou criticando demais, nem tampouco sendo omisso ou acomodado quanto a questões que necessitam de maior empenho de nossa parte. Por isso, sugerimos que você estenda esse exercício à sua classe.
       Proponha aos seus alunos que escrevam, para si mesmos, elogios quanto ao seu próprio desempenho este ano, assim como pontos onde precisam melhorar. Peça que tragam na próxima aula, garantindo que apenas será compartilhado, o que eles mesmos desejarem e se assim desejarem. Mas frise que o compartilhamento dos pontos fortes e até mesmo dos fracos de um deles, pode ajudar e inspirar muito aos outros colegas. E este é um dos principais objetivos desta troca. Não criticar, julgar ou competir uns com ou outros, ao contrário, compreender que ninguém é melhor do que ninguém, por mais que sejam diferentes todos temos qualidades e defeitos e podemos nos ajudar para crescermos juntos! 
      A proposta desta atividade é um link perfeito para o tema da lição desta aula. Pois se dispor a enxergar e admitir verdades para si mesmo é libertador, mesmo quando esta verdade nos parecer difícil ou desagradável. É o ponto de partida para todo progresso.  E nesta lição vamos falar justamente sobre os prejuízos de mentir, tanto para si como para os outros, bem como sobre o poder libertador e construtivo da verdade.
      Seria muito interessante se você puder compartilhar com a classe uma situação pessoal em que uma mentira te gerou grandes problemas. Pode ser algo mais leve ou até engraçado, quanto mentir sobre o peso, idade, nota numa prova, a aparência de alguém que te pediu opinião, etc. Ou mesmo algo mais sério ou profundo, quanto mentir para si mesmo acerca de um defeito, ou negar que precisava de ajuda sobre determinado assunto quando precisava, etc. Que o Espírito Santo te direcione na sua escolha, pois como já dito aqui, essa troca de testemunho sincera ajuda e inspira muitos para que sejam capazes de fazer o mesmo e assim vencer falhas, erros ou consequências destes.
     Esta iniciativa da sua parte pode lembrar e provocar o desejo de seus juvenis de fazerem o mesmo acerca de situações semelhantes que eles vivenciaram. Isto enriqueceria ainda mais nossa aula, pois ilustraria com exemplos legítimos o que estamos ensinando. Portanto, deixe-os bem à vontade para, somente os que desejarem, também compartilharem. Que esta seja mais uma aula de muita troca, aprendizado e crescimento para você e toda sua classe.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - A Oração e o Jejum na Perspectiva Pentecostal - Jovens.

Lição 10 - A Oração e o Jejum na Perspectiva Pentecostal 

4º Trimestre de 2018
Introdução
I-O Que a Bíblia Fala a Respeito da Oração
II-O que a Bíblia Fala a Respeito do Jejum
III-Orando e Vigiando
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o que a Bíblia diz a respeito da oração;
Saber o que a Bíblia trata a respeito do jejum;
Compreender a importância da oração e da vigilância.
Palavra-chave: Pentecostes.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
A oração e o jejum são descritos na Bíblia como meios que aproximam o homem de Deus. Sua prática é vista em momentos de extrema importância, tanto individual quanto coletivamente, na história de Israel e no Novo Testamento. Momentos marcantes na vida de homens e mulheres na Bíblia estão associados à oração e ao jejum, e crentes pentecostais são dados a essas duas práticas.
De que forma, efetivamente, a oração e o jejum podem fazer diferença na vida de um cristão? O Senhor Deus espera que, além de orar e jejuar, estejamos atentos às coisas que nos cercam? É isso que veremos neste capítulo. 
I – O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE A ORAÇÃO 
A oração é o ato de falar com Deus, manifestando gratidão, temor, pedindo auxílio para nós mesmos ou para outras pessoas. Ela também é uma forma de estreitarmos os laços com o nosso Deus por meio da comunhão. 
No Antigo Testamento
O Antigo Testamento apresenta diversos homens e mulheres que se destacaram por serem pessoas de oração. O patriarca Abraão intercedeu a Deus por Ló, seu sobrinho que escolhera viver nas campinas de Moabe, um ambiente fértil, que proporcionava um estilo de vida aparentemente próspero, mas que se viu dentro do espaço que o Senhor havia de destruir por causa da maldade de seus habitantes. Graças à oração, o Eterno preservou a vida de Ló.
Isaque, filho de Abraão, intercedeu por 20 anos para ver cumprida em sua vida a promessa de Deus: a de ser pai. Casado com uma mulher estéril, Isaque não optou por buscar outra companheira que lhe desse um descendente, mas orou para que o Senhor desse um filho do seu casamento com Rebeca, e Deus deu-lhes gêmeos (ver Gn 25.19-26). 
Ana, também uma mulher estéril, cujo marido tinha uma esposa que lhe dava filhos, alcançou de Deus a maternidade por meio de uma oração, garantindo ao Eterno que, se fosse mãe, entregaria seu filho para servir no Tabernáculo de Deus. Ela entrou para a história sagrada não apenas por seu modo de vida e sua oração, mas também pela resposta às suas súplicas: o Senhor deu a ela um filho chamado Samuel, que foi profeta, sacerdote e juiz, além de mais cinco outros filhos.
 Até o juiz Sansão, um homem que trouxe libertação a Israel quando estava sendo oprimido pelos filisteus, foi ouvido pelo Senhor em um momento crítico de sua vida, quando escravo, cego e humilhado pelos seus inimigos por não ter guardado o concerto com Deus. Mesmo ele teve sua oração ouvida antes de morrer, e essa mesma oração trouxe livramento a Israel.
O Senhor pode ouvir um homem ímpio que demonstrou arrependimento? Cremos que sim. O Antigo Testamento mostra governantes do povo de Deus que não demonstraram fé no Eterno, e pior ainda, fizeram o povo pecar adorando outros deuses. Esse é o caso de Manassés. Antes de humilhar-se e de arrepender-se diante de Deus, Manassés foi um rei tão ímpio que fez “errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o SENHOR tinha destruído [...]” (2 Cr 33.9). Esse monarca foi julgado por Deus e preso, mas humilhou-se e orou ao Senhor, e Ele ouviu a sua oração (2 Cr 33.13).
Por essas narrativas, vemos que o ato de orar ao Senhor não é incomum às pessoas que tinham temor de Deus, ou mesmo por aqueles que se quebrantaram por algum julgamento e arrependeram-se de seus erros. O próprio Deus chama o seu povo a orar, a quebrantar seu coração e a buscar a sua face, e essa busca acontece por meio da oração.  
No Novo Testamento
No Evangelho de Lucas, lemos que o sacerdote Zacarias orava para receber do Senhor a oportunidade de ser pai, mesmo ele e sua esposa já sendo pessoas idosas, e Deus ouviu sua oração: “[...] Zacarias, não temas, porque tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João” (Lc 1.13). Em Atos, o Senhor fala com Pedro para que vá conversar com Cornélio, um centurião romano, quando o pescador de homens está em Jope, e essa comunicação do Senhor para com Pedro aconteceu quando ele foi orar no terraço da casa em que estava. E essa orientação de Deus a Pedro veio em resposta às orações de Cornélio: “[...] As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus” (At 10.4). Mesmo não sendo um judeu, Cornélio era um homem de oração, e o Senhor encarregou-se de responder-lhes as petições.
Quando o apóstolo Pedro esteve preso, a igreja orou por ele até que o Eterno providenciou o livramento para o seu servo (At 12). O apóstolo Paulo ora com ações de graça pelos crentes que estavam em Roma (Rm 1.8-10), rogando a Deus que tivesse ele a oportunidade de ir conhecê-los. Aos coríntios, Paulo diz que rogava a Deus para que aqueles crentes não fizessem mal algum (2 Co 13.7). 
A Oração na Ótica de Jesus
Jesus é, sem dúvida, o principal personagem no Novo Testamento quando se trata de oração. Ele insistiu que seus seguidores deveriam buscar ao Pai em oração e que receberíamos respostas às nossas súplicas. Ele sabia que o desânimo poderia ser um fator determinante para que as pessoas deixassem de orar e, sendo assim, ensinou que deveriam insistir em oração para receber respostas da parte de Deus; então, Ele contou uma história sobre uma mulher viúva e um juiz que precisava julgar a causa desta mulher (Lc 18.1-8). Ele também disse que não deveríamos ficar repetindo sempre as mesmas orações, como os pagãos faziam, pois eles achavam que, por muito falarem, seriam ouvidos. Os deuses pagãos, diferentemente do Deus de Israel, não sabiam o que as pessoas pediriam, mas o Senhor sabe do que precisamos antes mesmo que peçamos a Ele (Mt 6.7,8).
João registrou o discurso de Jesus quando Ele diz que devemos orar e que temos garantia de que Deus ouve as nossas orações (Jo 14.13; Jo 14.14; 15.7; 15.16; 16.23; 16.24). Se a oração não fosse realmente importante, por que Jesus insistiu tanto em seu último discurso para seus discípulos orarem? 
II – O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE O JEJUM
Na Bíblia, o jejum abrange mais do que o ato da abstenção de alimentos. Ele também deve ter reflexos na vida espiritual do praticante e nas suas relações interpessoais. Champlin disse que o jejum é “um exercício que tem perdido sua popularidade na adoração religiosa, talvez como sinal de nosso tempo, que se caracteriza pela falta de disciplina; pois acima de tudo, o jejum requer disciplina [...]” (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, p. 442). 
Essa é uma triste observação, mas igualmente real, o que nos chama à reflexão: Até que ponto temos sido seletivos no tocante à realização de práticas descritas na Bíblia para o nosso próprio benefício? Até que ponto disciplinas como o jejum, associado à oração, fazem parte da nossa vida como peregrinos neste mundo?
O jejum aparece na Declaração de Fé das Assembleias de Deus, um documento que mostra como e em quê os pentecostais creem: “O jejum é uma prática frequente entre nós, na vida diária dos crentes individualmente e também em reuniões de culto, com objetivo específico, como acontecia nos tempos bíblicos” (p. 146). Essa citação mostra que, nas Assembleias de Deus, o jejum é praticado e recomendado aos seus membros.
O Jejum no Antigo Testamento
Chamamos de jejum o ato de não ingerir alimentos por um período de tempo para finalidades médicas ou espirituais. Essa abstinência é uma disciplina feita no corpo, mas que tem um alcance espiritual. A Palavra de Deus mostra-nos que, em alguns casos, o jejum é associado à prática da oração, junto a uma atitude de humilhação, arrependimento e reconhecimento de pecados.
O jejum pode ser parte do arrependimento. Quando a nação estava diante do desastre, Josafá convocou o povo para que agissem corretamente com o Senhor, abstendo-se de alimentos (jejuando) durante um período determinado. Separando-se da rotina diária de preparação e consumo de alimentos, o povo poderia dedicar esse período extra para considerar o pecado e orar pedindo ajuda de Deus. Os desconfortos da fome reforçariam o sentimento de penitência e iria lembrá-los de sua fraqueza e dependência do Senhor. O jejum pode ser útil ainda hoje quando buscamos a vontade de Deus. (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal, CPAD, p. 469)
Outras religiões também praticam o jejum. Os muçulmanos, por exemplo, jejuam no Ramadã e, nesse período, abstêm-se de comidas, de bebidas, de práticas sexuais e até do fumo. Eles alimentam-se à noite e buscam manter-se hidratados durante o dia. Hindus também adotam o jejum em certas épocas. O Didaquê orienta: “Os seus jejuns não devem coincidir com os dos hipócritas. Eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana. Porém, você deve jejuar no quarto dia e no dia da preparação”.
Na época do Exílio do povo de Deus, o jejum foi uma das práticas de pessoas que, levantadas pelo Senhor, iriam contribuir para o restabelecimento da nação. Esse foi o caso de Neemias, que, ouvindo as notícias sobre Jerusalém destruída, orou e jejuou lamentando pelos filhos de Israel terem pecado e trazido o julgamento divino. Deus fez com que Neemias fosse a Jerusalém reconstruir seus muros e restaurar as portas da cidade, e seu nome entrou na história sagrada como uma pessoa que fez a diferença na reconstrução não apenas da cidade, como também na restauração do culto ao Senhor.
Esdras, o sacerdote, também nesse período de restauração do povo de Deus, jejuou pedindo segurança para sua viagem de retorno a Jerusalém, e Deus ouviu o seu servo, fazendo-o chegar em segurança à cidade para, assim, poder realizar a reconstrução dos muros.
Para algumas pessoas, o jejum pode parecer simplesmente um momento em que se deixa de comer. O jejum, no entanto, é mais do que se abster de alimentos. Ele requer que tenhamos atitudes de humildade, disposição de obedecer a Deus e praticar a justiça. O profeta Isaías menciona um jejum que o povo fazia, mas que desagradava ao Senhor. Havia abstinência de alimentos, mas não havia a prática de atos misericordiosos com pessoas que necessitavam de ajuda. Aqueles que jejuavam coagiam seus empregados (se os tivessem) a trabalhar até nos dias do jejum. Essas pessoas também brigavam umas com as outras no dia em que jejuavam, o que só prova que, para elas, jejum era apenas deixar de comer. Deus, porém, via o jejum como um momento de arrependimento, contrição, misericórdia e busca de uma convivência saudável, chegando a dizer que gostaria que seus filhos fossem justos, que colocassem em liberdade os oprimidos e acabassem com o jugo, que a misericórdia deles fosse vista quando repartissem o seu pão com o faminto, que eles ajudassem os pobres e vestissem os nus. O mais curioso é a resposta do Senhor ao seu próprio povo (se eles assim o obedecessem): “Então, romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui” (Is 58.8,9). O profeta fala desse tipo de jejum e ainda menciona uma imagem interessante: vamos clamar, e o Senhor é quem vai dizer: “Eis-me aqui”. Se antes Deus chamava o homem e ouvia essa resposta, agora é Ele quem nos responderá, e Ele não estava brincando quando disse isso.
Os crentes deveriam jejuar em nossos dias? Eventualmente, líderes e pregadores trazem essa pergunta com uma resposta já idealizada: não é necessário que o crente jejue, pois a Lei de Moisés não tem validade para os gentios, e isso inclui o jejum. Podemos ver, no entanto, que pessoas que não seguiam a Lei de Moisés também se utilizaram do jejum. O rei Dario, por exemplo, jejuou quando teve de colocar Daniel na cova dos leões (Dn 6.18). Os habitantes de Nínive cometiam atrocidades e foram sentenciados à destruição por Deus. Antes, porém, o Senhor deu a eles a oportunidade de ouvir Jonas, e aquelas pessoas arrependeram-se, demonstrando seu temor com arrependimento e jejum (Jn 3.6-9).
Não nos parece que essas pessoas tinham o sangue hebreu ou que cumpriam a Lei de Moisés; mesmo assim, elas observaram o jejum.Jesus nunca se referiu ao jejum como uma prática que deveria ser abolida. Ele mesmo jejuou por 40 dias após o seu batismo (Mt 4.2) e disse que haveria dias em que os discípulos iriam jejuar. Até mesmo em relação à batalha espiritual, Ele ensinou que há grupos de demônios que, quando se apossam de algumas pessoas, não saem sem uma vida de oração e jejum por parte de quem está ministrando a libertação (Mt 17.21). 
O Jejum sob a Ótica de Jesus (Mt 6.16-18)
Jesus valorizou a prática do jejum desde que fosse feita de forma discreta. Os líderes de sua época realizavam o jejum, mas faziam-no de forma pública, chamando a atenção para si, e não para Deus. Era uma forma de propaganda de piedade, um marketing pessoal de santidade e proximidade com Deus. Jesus chamou-os de hipócritas, pessoas que transpareciam uma coisa, mas viviam outra. Eles agiam de tal forma que as pessoas em redor sabiam que eles estavam jejuando. Pelas palavras de Jesus, podemos entender que nem a higiene pessoal — lavar o rosto e ungir a cabeça — eles faziam nesse período; tudo para dar meio peso à sua “espiritualidade”. Esse jejum não alcançava os céus, nem foi aprovado por Cristo. 
A orientação de Jesus foi na contramão das práticas dos seus dias. Ele ordenou aos seus ouvintes que não precedessem dessa forma por dois motivos: o primeiro, porque aqueles praticantes do jejum não tinham a intenção aparente de estarem mais próximos de Deus, e sim de serem reconhecidos pelos homens. Jesus deixa claro que essas pessoas, por esse motivo, “já receberam o seu galardão” (v. 16). Em outras palavras, Deus não tem nada a tratar com esse tipo de pessoa. Ou nosso jejum é para o Senhor ou é para os homens. E o segundo motivo é que, se fizermos o jejum com discrição e sem parecer aos homens que estamos jejuando, mas, sim, ao nosso Deus, Ele então nos recompensará. O arrependimento deve ser pessoal. A devoção deve ser pessoal. A aparência deve dar lugar à essência, e a publicidade deve dar lugar à discrição, pois é dessa forma que se agrada o Senhor.     
CONCLUSÃO
Há um interesse muito grande por parte do inimigo que os crentes sejam descuidados em práticas como a oração, o jejum e a vigilância. Quanto menos orarmos, jejuarmos e mantivermo-nos vigilantes, melhor ele vai trabalhar e mais oportunidades ele terá para atrapalhar a nossa vida espiritual. Não é à toa que Jesus deu uma ênfase na oração, no jejum e na vigilância.
Nenhuma prática que nos aproxime de Deus deve ser condenada. Pentecostais levam a sério a disciplina da oração, do jejum e da vigilância, pois sabem muito bem que um descuido em quaisquer dessas áreas pode ser danoso à vida cristã. Que Deus, por meio do seu Espírito Santo, nos ajude nessas empreitadas para a honra e glória do seu nome. 
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
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Lição 10 - 4º Trimestre 2018 - Precisamos de Vigilância Espiritual - Adultos.

Lição 10 - Precisamos de Vigilância Espiritual

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DOIS SERVOS
II – UM CHAMADO À VIGILÂNCIA
III – VIVENDO COM DISCERNIMENTO
CONCLUSÃO
VIVENDO COM DISCERNIMENTO
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
Mateus 24.49 nos alerta para a vida de alguém que começou a se conduzir de maneira dissoluta. O servo infiel começou a espancar, e a comer, e a beber com os bêbados. Isso nos faz lembrar de um momento anterior no mesmo sermão, onde Jesus fala sobre os dias de Nóe: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24.38). As pessoas viviam sem compromisso com Deus e foram pegas de surpresa. A vida dissoluta conduzirá as pessoas à um lugar onde haverá choro e ranger de dentes.
No comentário de Mateus 24.38 a Bíblia de Estudo Conselheira – Novo Testamento, destaca que “para os que não são seguidores de Jesus, porém, a vida seguirá ‘normalmente’ – tal como foi com o dilúvio de Noé – até a hora do fim, em que será tarde demais para se arrepender e crer em Jesus”.Neste comentário também destaca-se que “o arrebatamento – a retirada da terra dos salvos – será uma surpresa para toda a sociedade, mas não deve ser assim para os servos de Cristo: estes continuam sua vida de trabalho, mas podem ficar atentos e preparados, pois estão certos de que alguma hora Jesus voltará”.2
O povo de Deus é exortado desde os tempos de Moisés a uma vida de santidade: “Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra. Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.44-45).
Para o povo da nova aliança, a vida de santidade também é requerida: “porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.16).  Precisamos viver uma vida com discernimento. Saber separar aquilo que convém fazer aos santos filhos de Deus. Hoje, mais do que em todas as gerações de cristãos, precisamos lembrar da realidade de que devemos: “Seguir a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Henry destaca que a “paz e a santidade estão associadas; não pode haver verdadeira paz sem santidade”.3  Este autor destaca também que “pode haver prudência e consideração discreta, e uma demonstração de amizade e de boa vontade para com todos; mas essa verdadeira índole pacífica cristã nunca está separada da santidade, por isso não devemos, sob o pretexto de viver pacificamente com todos os homens, deixar os caminhos da santidade, mas cultivar a paz de forma santa”.4
Na parábola que Jesus nos conta, precisamos seguir o exemplo do servo fiel e prudente. Este é aquele que administra os bens de seu Senhor conforme a vontade do Pai. A expressão “servo” (doulous), aqui trata-se de um ministro dedicado, alguém que se sente obrigado a servir ao seu Senhor. A Bíblia nos chama de despenseiros de Deus. Como vimos acima, em 1 Coríntios 4.1,2 convém que os homens nos considerem como ministros, servos, despenseiros, administradores daquilo que Cristo coloca sob nossa responsabilidade. Mais que isso, requer de nós que sejamos bons e fiéis administradores.
Existem pessoas que estão se conduzindo de modo dissoluto e fazendo mau uso dos bens que o Senhor deixou em suas mãos. São maus servos. Correm o risco de serem pegos de surpresa e serem lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.
Por outro lado, o vigilante está preparado para a vinda de Jesus. O vigilante prega sobre a vinda de Jesus, como bom ministro e despenseiro, como mordomo de Cristo. O vigilante nunca deixa faltar o óleo da luz e da unção. O vigilante guarda o que tem exercitando seus talentos. Ele administra com fidelidade os bens de seu Senhor. Um dia ele será promovido como administrador das mansões celestiais.
O Novo Testamento compara a vinda de Jesus com o advento da chegada surpresa de um ladrão em 1 Tessalonicenses 5.2, 2 Pedro 3.10 e em Mateus 24.43, Lucas 12.39, Apocalipse 3.3 dizem que a hora de sua vinda será semelhante a de um ladrão. Em Apocalipse 16.15, Ele afirmou que virá como um “ladrão”. Estes textos destacam a vinda de Cristo de forma inesperada, por isso a necessidade da constante vigilância espiritual.
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus:As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.

1 Comentário de Mateus 24.36-44 da Bíblia de Estudo Conselheira – Novo Testamento. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011. p. 61.
2 Ibidem.
3 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento – Atos a Apocalipse. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. p. 814.
4 Ibidem.

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