quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - A Teologia de Zofar: O Justo não Passa por Tribulação? - Adultos.

 

Lição 8 – A Teologia de Zofar: O Justo não Passa por Tribulação? 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – DEUS SE MOSTRA SÁBIO QUANDO AFLIGE O PECADOR
II – A CONVERSÃO COMO RESPOSTA À AFLIÇÃO
III – DEUS JULGA E CASTIGA OS PECADORES 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que Zofar, assim como seus amigos, defende que os ímpios sempre serão punidos e os justos recompensados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Destacar no entendimento de Zofar que o sofrimento de Jó fazia parte de um sábio julgamento divino;
II – Explicitar que a conversão defendida por Zofar era de natureza legalista;
III – Esclarecer que a teologia de Zofar limita a soberania de Deus na sua capacidade de julgar.

PONTO CENTRAL
O justo passa por tribulação.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo continuaremos estudando a respeito do sofrimento humano tendo como exemplo o infortúnio de Jó. Agora, um terceiro amigo de Jó, Zofar, traz também uma justificativa para o drama em que o patriarca encontrava-se. É importante considerar que os amigos de Jó trouxeram-lhe uma sessão de julgamento, e este último não foi diferente. De uma forma dura e impiedosa, Zofar acusa Jó de rebelar-se contra a sabedoria de Deus e, por isso, ele deveria confessar a sua impiedade, voltando-se para Deus. Que não sejamos pegos trazendo julgamentos sobre os nossos irmãos, mas que nossas palavras e ações demonstrem o verdadeiro cristianismo de compaixão e de ajuda mútua.  

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a dureza do discurso deste terceiro amigo de Jó:

Teologia com Vinagre

Por José Gonçalves 

Dos três amigos de Jó, Zofar é o mais impiedoso. Adam Clarke (2014, p. 15) diz que os seus discursos são avinagrados. A teologia de Zofar, portanto, é azeda e amarga. De fato, Zofar não poupa palavras duras e críticas ácidas ao combalido Jó. Para os Pais da Igreja, Zofar era um acusador falso e um homem cheio de ressentimentos (Oden, 2010, p. 103). Crisóstomo, Gregório e Efrén acreditavam ser possível aproveitar parte da sua teologia para trazer ensinamentos morais à Igreja (Oden, 2010, p. 103). A patrística seguia o conselho apostólico: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21). 

Zofar é o mais jovem e o último a falar. Ele demonstra-se incomodado porque acredita que os amigos não foram hábeis o suficiente para argumentar com Jó. Em vez disso, ele acreditava que a lábia de Jó fizera-os ficar calados. Ele, porém, não se convencera nem um pouco com toda a argumentação de Jó. Era hora de falar. Daniel Estes (2013, p. 2239) destaca:

Zofar percebe que Elifaz e Bildade não responderam adequadamente a Jó, então ele decide aceitar o desafio. De fato, ele considera como seu dever moral defender a justiça de Deus silenciando os argumentos de Jó. Zofar descarta, impaciente, os longos discursos de Jó como “todas essas palavras”, o que implica que a quantidade de palavras não mede a qualidade de sua percepção. Na literatura da sabedoria, falar muitas palavras costuma estar mais relacionado à loucura do que à sabedoria (Pv 10:19; 17:27; Ec. 5: 2). Assim, por sua pergunta retórica no versículo 2, Zofar implica que ele considera Jó um tolo que fala demais.

Enquanto os seus outros dois amigos proferiram três discursos, Zofar profere apenas dois (Jó 11; 20). A teologia de Zofar é encontrada nesses discursos (Clarke, 2014, p.15). Zofar acreditava que Jó queria justificar a si mesmo e repete o que ele teria dito: “A minha doutrina é pura; limpo sou aos teus olhos” (11.4; cf. 9.21; 10.7). Na mente de Zofar, isso revelava arrogância e podia ser considerado como declaração pecaminosa. Dessa forma, Zofar está convencido de que Deus é sapientíssimo em fazer Jó sofrer por conta dos seus pecados (11.1-6). Zofar, portanto, acreditava que Jó merecia sofrer ainda mais! Não adiantava nada Jó espernear, pois, quando Deus quer agir, ninguém pode levantar-se contra Ele (11. 7-11). Contudo, ele acredita que, se Jó reconhecer o seu erro e confessar o seu pecado oculto, Deus irá restaurá-lo à sorte de antes (11.12-20). 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele me dá forças - Berçário.

 

Lição 07 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele me dá forças 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que Deus os fortalece e os acompanha a todos os lugares.

É hora do versículo: “Ele é o Deus que me dá forças [...]” (Salmos 18.32).

Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos confiar que o Papai do Céu está sempre conosco. Ele fez as frutas, verduras e legumes para ser o nosso alimento e nos tornar muito fortes e saudáveis. Por isso, o bebê deve comer toda a sua comidinha saudável e fugir dos doces e guloseimas.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças marcarem quais desses alimentos elas comem, e são seus favoritos, para crescerem fortes e saudáveis.

licao7 bercario comida

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - A Amiga que Derramou Perfume em Jesus - Jd. Infância.

 

Lição 7 - A Amiga que Derramou Perfume em Jesus 

4º Trimestre de 2020 

Objetivos: Os alunos deverão saber que Jesus nos dá muitos presentes, inclusive o mais especial: a Salvação; e aprender que os verdadeiros amigos do Papai do Céu também lhe presenteiam, com adoração sincera e obediência à sua Palavra. 

É hora do versículo: “O que posso eu oferecer a Deus, o Senhor, por tudo de bom que ele me tem dado?” (Sl 116.12).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da mulher que derramou perfume nos pés de Jesus, que aquele gesto foi uma forma de adoração. Ela presenteou Jesus com uma atitude muito bonita da época e ainda gastou o seu dinheiro comprando o melhor perfume. Jesus está à procura de pessoas que lhe obedeçam e lhe ofereçam adoração sincera, do fundo do coração.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho da mulher que derramou o perfume nos pés de Jesus e secou com os seus cabelos. Reforce com as crianças que devemos oferecer para Jesus o que temos de melhor: o nosso coração sincero e uma verdadeira adoração.

licao7 jardim coracao

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - A história de uma ovelha perdida - Primários.

 

Lição 7 - A história de uma ovelha perdida 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus é o Bom Pastor que resgata a pessoa que está perdida.   

Ponto Central: Deus resgata a ovelha que está perdida.

Memória em ação: “- Eu sou o Bom Pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas.” (João 10.11) 

Querida professora,

A paz do Senhor Jesus!

Nesta semana a aula da escola dominical será sobre a Parábola da ovelha perdida. A fim de lhe auxiliar, selecionamos uma reflexão prática sobre o tema. Através dela você irá aprofundar sua compreensão sobre esta linda história! Vejamos:

"Então Jesus contou esta parábola :   — Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la.  Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros.  Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida.”   — Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender." Lucas 15:3‭-‬7 NTLH

"O porquê da parábola: 

A parábola foi escrita para indicar a forma amorosa com que Deus cuida dos seus filhos indefesos. Jesus também queria que seus ouvintes reconhecessem que o seu amor pelos homens era incondicional. A figura do homem ocupado, que deixou as noventa e nove para ir em busca de uma, mostra o grande valor que uma alma tem para Deus.

Princípio moral: O amor é o mais nobre sentimento, pois consiste, em sua essência, em querer o bem do outro. O verdadeiro amor sabe compreender as fraquezas, sem justificá-las;  sabe valorizar as qualidades, sem lisonjeá-las; ele se manifesta, não apenas por palavras de carinho, mas por gestos e obras. Todos os problemas sociais seriam fáceis de resolver, se os homens realmente se amassem como irmãos que de fato são. O amor constrói, enquanto o ódio só sabe destruir. É no amor que se edifica a Igreja de Deus. A tarefa mais urgente da igreja é dar amor, combatendo todas as formas de egoísmo e individualismo.

Princípio espiritual: Deus não quer que pereça nenhum dos seus filhos. O resgate da ovelha foi um trampolim para apresentar o real amor de Deus e também para o ferido entender que é muito amado pelo seu dono - o pastor."

Fonte: COSTA, Débora Ferreira da. Dinâmicas criativas para o ensino bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 165.

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Josué, um Líder Forte e Corajoso - Juniores.

 

Lição 7 - Josué, um Líder Forte e Corajoso 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: Josué 1.1-18; 6; 10.12-14.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito de uma virtude que não pode faltar na caminhada com Cristo: a coragem. De fato, são muitos os males que no trazem temores e o medo de não conseguir dar conta das nossas obrigações. Mas Deus nos ensina em sua santa Palavra que os grandes homens e mulheres de Deus não estiveram isentos do medo, mas aprenderam a controlá-lo de modo que alcançaram os seus objetivos. A história de Josué nos mostra que a coragem e a força que demonstrara não eram características específicas dele, mas vinham da parte de Deus que o consolou e o fortaleceu nos momentos em que o líder hebreu mais precisou.

Após a morte de Moisés, Deus chama Josué e o orienta no que diz respeito à sua postura como o novo líder de Israel que teria a responsabilidade de conduzir o povo na ocupação da Terra Prometida (Js 1.1-9). O primeiro capítulo do livro narra alguns pontos importantes desta orientação que servirão de aprendizado para os seus alunos:

1. “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te.... O tempo de Moisés como líder de Israel havia terminado, agora era a vez de Josué assumir a liderança e ele não poderia viver na sombra do seu antecessor (vv. 1,2). Josué precisava demonstrar que estava disposto a enfrentar esta nova missão. O exemplo de Josué servirá para ensinar seus alunos que cada um de nós temos responsabilidades específicas que não devem ser comparadas com a dos outros. Deus nos chama de forma única e particular (Is 41.8-10). É preciso assumir o compromisso de cumprir com as nossas responsabilidades. 

2. Serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Deus prometeu que seria com Josué em todo o tempo e não o deixaria desamparado (v. 5). Além disso, assegurou que Josué teria os recursos necessários para cumprir a sua missão. Da mesma forma como foi fiel com Moisés e proveu as condições para que o seu servo atravessasse o deserto durante um período de quarenta anos, assim também seria com Josué nesta nova empreitada. Deus quando chama os seus servos para realizar a sua obra não os deixa desamparados, antes providencia o que é preciso, e mesmo quando achamos que nos falta algum recurso material o Senhor se revela e provê a sua presença (vv. 5,6).

3. Esforça-te e tem bom ânimo. Assim como Deus prometeu a Josué que seria com ele, o Senhor também colocou algumas condições para que seu servo realizasse a sua obra com êxito. Josué deveria se esforçar e demonstrar bom ânimo diante das circunstâncias (v. 6). Operar maravilhas, prover livramento e instruir o modo e o tempo como Josué deveria ocupar a terra era responsabilidade de Deus. Mas preparar o coração do povo, organizar as famílias, ensinar a Lei do Senhor, aparelhar os israelitas militarmente e manter-se disposto em todo o tempo era responsabilidade de Josué. O Senhor também nos promete a sua presença, mas devemos fazer a parte que nos cabe para que os planos de Deus possam se cumprir.

4. Guardar a Lei do Senhor. A orientação divina não poderia ser esquecida. Desde a época de Moisés o povo foi instruído a não se apartar da Lei do Senhor, mas obedecê-la com dedicação a fim de que fosse bem-sucedido em tudo o que fizesse (cf. Dt 6; 28). A promessa de Deus continua a mesma para todos os que se dedicam em guardar a sua santa Palavra. A Bíblia ensina que “Felizes são os que não podem ser acusados de nada, que vivem de acordo com a lei de Deus, o SENHOR! Felizes os que guardam os mandamentos de Deus e lhe obedecem de todo o coração!” (Sl 119.2). Sendo assim, os que são obedientes em guardar os mandamentos do Senhor devem entender que esta é uma condição para que tenham um relacionamento feliz com o Criador e êxito em seus projetos (cf. Sl 1).

Deus prometeu guardar a Josué e o povo de Israel das investidas dos inimigos. Isso não significava que eles não enfrentariam adversidades durante o processo de ocupação da Terra Prometida. A história comprova que eles enfrentaram grandes obstáculos, mas superaram e desfrutaram da bênção de Deus (cf. Js 6; 8; 10.12-15). Por outro lado, houve um tempo em que o povo decidiu abandonar os mandamentos do Senhor e seguirem por caminhos tortuosos. Toda vez que isso acontecia o povo pagava um alto preço por causa da desobediência (cf. Jz 21.25).

Mostre aos seus alunos que o relacionamento de Israel com Deus serve de exemplo para nós que somos o povo de Deus na atualidade. Guardar a Palavra e permanecer em seus caminhos é fundamental para que tenhamos êxito em tudo o que realizarmos. Explique que a desobediência sempre trouxe prejuízo para o povo de Deus e o Senhor espera que cada um de nós permaneça em seus caminhos e seja bem-sucedido.

Para fixar o ensinamento da aula de hoje, confeccione uma tábua com as orientações de Deus a Josué para que ele tivesse êxito. Você pode utilizar um pedaço retangular de isopor ou então utilizar papel cartão. Escreva as frases numa folha de papel A4, com letras em tamanho “grande” e cole sobre a placa de isopor ou cartão. Peça para os alunos pintarem a tábua com lápis de cor e canetinha. Cada aluno deverá escrever seu nome ao final da tábua e levar para casa.

Exemplo de frases: “Você nunca será derrotado”; “Seja forte e corajoso”; “Tome cuidado e viva de acordo com toda a Lei”; “Não se desvie dela em nada e você terá sucesso”; “Fale sempre do que está escrito no Livro da Lei”; “Estude esse livro dia e noite”; “se esforce para viver de acordo com tudo o que está escrito nele”; “Se fizer isso, tudo lhe correrá bem, e você terá sucesso”; “Não fique desanimado, nem tenha medo”; “eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você”.

Boa aula!

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Uma Mulher em Julgamento - Pré Adoslescentes.

 

Lição 7 - Uma Mulher em Julgamento 

 4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 8.1-11.

Olá prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão sobre uma virtude do caráter de Cristo muito necessária à igreja dos dias atuais: o exercício da misericórdia. A história da mulher pecadora não está distante da nossa realidade, pois infelizmente há muitos crentes que demonstram o triste hábito de julgar o próximo. Jesus manifestou sua graça de forma maravilhosa e fez os acusadores reconhecerem que não estavam em condições de aplicar qualquer julgamento sobre a mulher pecadora, visto que suas próprias vidas estavam cheias de pecado.

A Palavra de Deus condena o hábito de julgar as pessoas, tendo em vista que os critérios humanos são injustos diante do padrão divino. Deus não tem o pecador por inocente nem tolera a injustiça, mas isso não significa que tenhamos autorização para condenar as pessoas. A seguir, alguns significados de julgamento encontrados na Palavra de Deus:

A. Julgar — condenar: Na Carta de Tiago, encontramos a seguinte orientação: “Meus irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala mal do seu irmão em Cristo ou o julga está falando mal da lei e julgando-a. Pois, se você julga a lei, então já não é uma pessoa que obedece à lei, mas é alguém que a julga” (cf. Tg 4.11). O hábito de julgar as pessoas é uma prática que não deve ser preservada no seio da igreja. Tal prática é um sinal de que o amor de Cristo não está sendo compreendido ou praticado adequadamente pelos membros da igreja. Lawrence O. Richards (2007, p. 515) discorre a respeito da instrução de Tiago:

A palavra katalaleite significa ‘não falar uns contra os outros’. Falar mal sugere fazer falsas acusações. Esta palavra é bastante ampla para incorporar coisas que podem ser verdadeiras, mas que são faladas com intenção maldosa. Basicamente, a pessoa que fala toma para si a função de punir um irmão ou uma irmã, apesar do fato de que somente Deus é Juiz.

As palavras de Paulo em Efésios 4.15 são objetivas: Devemos falar a verdade no amor. Se o que tivermos a dizer não contiver verdade nem amor suficientes, devemos permanecer em silêncio.

A resposta de Jesus aos fariseus no tocante ao julgamento sobre a mulher pecadora vai de encontro à pretensão daqueles homens, cuja motivação era apenas condenar a mulher pecadora, sem ao menos pensar em quais circunstâncias ela havia sido pega. E quanto à outra parte que havia cometido o pecado? Também não deveria ser punida? De qualquer forma, Jesus reprova a postura deles, porquanto não tinham a intenção de ajudar a pecadora a recuperar-se da sua triste condição, muito menos perdoá-la.

B. “Mas julgai segundo a reta justiça”. De que tipo de justiça Jesus estava falando? Jesus condena o comportamento dos fariseus durante um discurso na Festa dos Tabernáculos. O Mestre repreende o juízo de valor apontado por esses homens quando afirmou que eles não deveriam julgar pela aparência, e sim segundo a reta justiça (cf. Jo 7.24). Os fariseus compunham uma classe de estudiosos que valorizava muito mais os preceitos da Tradição Judaica do que necessariamente as Escrituras Sagradas. É exatamente esse tipo de prática que Jesus condenava, porquanto tudo o que faziam era baseado em preceitos de homens que adaptavam a Palavra de Deus com vista no benefício próprio.

A justiça de que Jesus ressalta nesta passagem refere-se à Palavra de Deus abandonada pelos fariseus e líderes judeus, pois valorizavam mais seus costumes e dogmas religiosos do que o juízo, a misericórdia e a fé (cf. Mt 23.23). A natureza da justiça divina é desejar o bem do próximo, é a bondade de Deus que leva ao arrependimento. Note que mais uma vez Jesus repreende o desejo de condenar no lugar de absolver.

As verdades apresentadas neste artigo recordam as palavras de Jesus: “Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.56). De fato, Jesus não veio para destruir as pessoas ou mesmo lançar as almas dos homens no inferno. Sua missão é curar os enfermos, inclusive aqueles que se encontram em situação caótica, sem salvação.

Aproveite a ocasião e apresente aos alunos a história da mulher pecadora e peça para eles julgarem a situação da mulher. Escute o que os alunos têm a dizer sobre o fato. A atividade pode ser realizada em grupos. A seguir, mostre-lhes o que Jesus disse para aquela mulher: “Vá e não peques mais”. Explique de forma sucinta que devemos ter o cuidado para não julgar (condenar) as pessoas, pois nem mesmo o Filho de Deus teve a intenção de assumir esta postura. Quanto mais, nós, como servos de Deus, também devemos manter a mesma postura.

Boa aula!

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - A Reforma Protestante - Adolescentes.

 

Lição 7 - A Reforma Protestante 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: Romanos 1.16,17

DESTAQUE: “Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus.” (Romanos 1.17b)

OBJETIVOS:
Enfatizar
 os princípios da reforma protestante;
Salientar que o estudo sistemático da Palavra de Deus leva -nos a termos condições de identificar os erros e as heresias com maior facilidade;
Estimular o amor à Palavra de Deus. 

Olá Caro(a) Professor(a),

No último dia 31 de outubro comemoramos 503 anos da reforma protestante. Nesta semana este é o tema da nossa aula. Selecionamos para você um texto que destaca 12 momentos-chaves do processo histórico-cultural que culminou na Reforma Protestante, a fim de enriquecer sua aula, com uma perspectiva da História da Igreja!

503 anos da Reforma Protestante

lutero

O Dia da Reforma Protestante celebra o movimento iniciado por Martinho Lutero e suas 95 teses, que foram pregadas nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, em 31 de outubro de 1517. Cristãos ao redor do mundo celebram 503 anos do acontecimento que mudou a história da igreja.

Confira abaixo 12 momentos-chave para entender o impacto da Reforma, publicados pela BBC History Magazine por Diarmaid MacCulloch, professor de História da Igreja na Universidade de Oxford.   

• 1517: Lutero confronta o Papa

Martinho Lutero, um devoto frade agostiniano e professor universitário em Wittenberg, na Saxônia, norte da Alemanha, lança um ataque às indulgências, que a Igreja Católica exige dos fiéis para encurtar o tempo no purgatório após a morte, antes de entrar no céu. Ele descreve uma crítica em 95 teses para questionar a teologia de salvação adotada pela Igreja.

Para a surpresa de Lutero, sua iniciativa desperta entusiasmo em toda a Alemanha. Descobrindo um dom para a comunicação popular — apesar de não ter publicado praticamente nada antes — ele começa a escrever uma série de panfletos e livros explicando suas ideias. A hierarquia da igreja ocidental vê isso como uma ameaça à sua autoridade. Os dois lados falam com propósitos opostos: Lutero sobre salvação, as autoridades sobre obediência.

    • 1519: Reforma se espalha pela Suíça

Em Zurique, na Suíça, centenas de quilômetros ao sul de Wittenberg, um proeminente sacerdote chamado Huldrych Zwingli começa a pregar por meio da Bíblia. Sua mensagem de que só Deus está encarregado da salvação também desafia o ensino oficial da igreja em uma ampla frente. Ele desencadeou uma Reforma em Zurique, depois em muitas partes da Suíça e do sul da Alemanha — uma reforma que é paralela à de Lutero, mas não idêntica a ela, e não respeita de forma alguma a autoridade de Lutero.

    • 1520: Roma condena a desobediência de Lutero

A esta altura, Lutero e as autoridades de Roma estão em rota de colisão. Enquanto ele reforça a visão bíblica sobre a salvação, ecoando os escritos do apóstolo Paulo e Agostinho de Hipona, os líderes católicos ficam furiosos por Lutero não obedecer às ordens de se calar.

O papa emite um pronunciamento solene (uma 'bula') condenando Lutero e sua desobediência. Lutero o destrói em uma demonstração pública e escreve três obras clássicas estabelecendo uma estrutura alternativa do pensamento cristão, centrada na 'justificação pela fé'. Ele afirma que a fé é um dom de Deus por meio da graça e que esta é a única maneira de ganhar a salvação. Não há nada que a igreja possa acrescentar a isso, muito menos a imposição de indulgências.

    • 1521: Lutero permanece firme diante do Imperador

Convocado para se encontrar com o Sacro Imperador Romano, Carlos V, na cidade alemã de Worms, Lutero não quis recuar. “Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição”, disse ele. O imperador honrosamente apoia uma promessa de salvo-conduto à assembleia romana e então Lutero parte como um homem livre.

Apesar de desafiar o papa e o imperador, Lutero recebe o apoio de muitos governantes locais na Alemanha. O Eleitorado da Saxônia, formado por apoiadores, planeja proteger Lutero de novos ataques por meio de um “sequestro” encenado e, em reclusão no castelo eleitoral de Wartburg, Lutero começa a traduzir a Bíblia para o alemão. Isso terá uma grande influência na maneira como o alemão é falado. Amante da música, Lutero também começa a escrever hinos em alemão.

    • 1525: Milhares de rebeldes são massacrados

A agitação provocada pela mensagem de Lutero resultou em rebeliões por parte de extremistas em grande parte do Sacro Império Romano — começa então a Guerra dos Camponeses, na qual os rebeldes são brutalmente esmagados.

Lutero, horrorizado com o uso extremista de sua mensagem, apóia a dura repressão contra os rebeldes. Há uma desilusão popular com sua postura, e ele passa a confiar mais na classe governante para promover sua versão da Reforma. Os apoiadores das rebeliões levam seus pensamentos em direções mais radicais, rejeitando o consenso cristão sobre a Trindade ou a relação estreita entre o governo e igreja. Eles procuram respostas anteriores, mais bíblicas.

Seus oponentes, católicos e protestantes, os condenam e muitas vezes os perseguem, os rotulando como 'anabatistas' ('rebatizadores'), uma vez que sua proposta é que apenas crentes adultos sejam batizados, e não crianças.

    • 1530: Protestantes lutam entre si

Quando a assembleia romana se reúne em Augsburgo, os apoiadores políticos de Lutero (já apelidados de "protestantes") convencem Carlos V a considerar duas declarações de fé da Reforma: uma dos luteranos e outra inspirada nos reformadores suíços. Carlos não aceita nenhuma das duas, mas a declaração luterana permanece como a 'Confissão de Augsburgo', e a cisão entre luteranos e protestantes não-luteranos (mais tarde conhecidos como protestantes 'reformados') se torna permanente.

Os protestantes reformados e sucessores de Huldrych Zwingli colocam muito mais ênfase do que Lutero no pecado da idolatria e destroem as imagens nas igrejas — Lutero rapidamente decide que esta é uma má ideia. Eles também têm uma visão diferente sobre a Santa Ceia. Os reformados têm uma visão simbólica do pão e do vinho eucarístico, negando que estes são transformados no corpo e no sangue de Cristo em um sentido literal. Consequentemente, eles rejeitam a teologia da eucaristia como um sacrifício chamado de 'missa', enquanto Lutero sustenta grande parte da antiga cerimônia da missa.

Lutero e Zwingli encontram-se em Marburg em 1529 para oficializar sua ruptura. Por outro lado, os dois grupos dentro do protestantismo concordam em duas coisas: que o papa é o inimigo de Deus e que o clero não é uma casta privilegiada marcada pelo celibato; portanto, como os leigos, eles poderiam se casar. 

    • 1536: Calvino atinge os reformadores

Um exilado religioso francês, João Calvino, chega à cidade de Genebra, já experimentando uma Reforma caótica, e se torna um líder religioso proeminente na cidade suíça. Superando muita oposição, ele estabelece sua própria Reforma, recebendo apoio de um grande número de companheiros exilados. Genebra se torna um centro importante no protestantismo reformado ao lado de Zurique.

Calvino coloca uma ênfase especial na disciplina e no governo da igreja, e os resultados são admirados em toda a Europa, marcada pela desordem e violência pública. Os colegas de Calvino também encorajam uma nova forma de fazer música, muito diferente da dos luteranos: é baseada exclusivamente em textos da Bíblia, principalmente os 150 Salmos de Davi. Eles são expressos em versos e melodias simples para todos cantarem. 

Com a mudança na forma de prestar adoração a Deus, os salmos cantados se tornam um poderoso símbolo dos protestantes reformados, transcendendo as fronteiras locais e culturais.

    • 1555: Carlos V negocia paz com os luteranos

Após nove anos de guerra na Europa central, Carlos V e a nobre família Habsburgo são forçados a reconhecer a existência oficial do luteranismo. Em outros lugares, os Habsburgos tentam proteger e revitalizar o catolicismo. Este acordo chamado 'Paz de Augsburgo' não menciona o Protestantismo Reformado, embora nas próximas décadas algumas regiões do império tenham governantes reformados. 

Esse silêncio cria instabilidade e incerteza na política religiosa da Europa central. Por volta de 1600, a Escandinávia e a maior parte do norte da Alemanha tornam-se luteranos, mas as igrejas reformadas foram estabelecidas em países como Escócia, Inglaterra, Transilvânia (Romênia) e partes da Polônia e Lituânia.

     • 1558: A nova rainha da Inglaterra busca o meio-termo

Elizabeth I sucede ao trono inglês e decide com o parlamento em 1559 manter o Acordo de Religião durante seu reinado de 45 anos. Desde a ruptura de seu pai, Henrique VIII, com a obediência papal em 1533, o reino britânico oscilou entre a atitude ambígua de Henrique em relação à Reforma, o apoio aberto de seu filho Eduardo VI à Reforma e a reintrodução do catolicismo romano por sua filha Maria.

Elizabeth é uma protestante cautelosa, mas seu clero e conselheiros se movem com entusiasmo para continuar a trajetória protestante reformada da igreja de Eduardo. Não há muito que ela possa fazer sobre, além de proibir qualquer nova promulgação oficial de mudança religiosa. Ela insiste em manter não apenas os bispos, mas as catedrais e instituições eclesiais em funcionamento.

Isso deixa uma mensagem dupla para a teologia da Igreja da Inglaterra: é Católica ou Protestante? A questão nunca foi resolvida.

A igreja é unida por uma Bíblia inglesa comum (após nove décadas de traduções, na versão King James de 1611). Desta igreja inglesa cresceu o 'anglicanismo', enquanto os protestantes ingleses que não puderam aceitar o acordo de 1662 formaram as igrejas livres.

    • 1563: Bispos lançam a Contra-Reforma

Um conselho de bispos católicos romanos reunido em Trento, no norte da Itália, é encerrado após uma série de sessões iniciadas em 1545. O conselho conseguiu restaurar a autoconfiança e a estrutura da velha igreja ocidental após o golpe da Reforma.

Enquanto surgem grupos na transformação religiosa do sul da Europa, que não conseguiram encontrar um lugar na Reforma Protestante, as promulgações do conselho alimentam a identidade da ‘Contrarreforma’, ou Reforma Católica, apoiada pelo poder dos monarcas — particularmente na França, Polônia e no Sacro Império Romano. 

O catolicismo, com a expansão portuguesa e espanhola na América, África e Ásia, torna-se a primeira religião mundial, apoiada decisivamente pelo poder militar contra outras religiões onde as autoridades espanholas e portuguesas se estabelecessem.

    • 1607: Protestantes colonizam a América do Norte

A primeira colônia inglesa a sobreviver permanentemente na América do Norte é estabelecida em Jamestown (em homenagem ao atual rei, Jaime VI e I; embora a colônia tenha se chamado Virgínia, em homenagem à Virgem Rainha Elizabeth). O estabelecimento da colônia anuncia a expansão do protestantismo de língua inglesa de uma pequena ilha para se tornar uma expressão mundial da fé cristã. 

Virgínia tem o prazer de estabelecer uma religião oficial, que é uma versão da Igreja da Inglaterra. Mas ao norte, uma costa chamada de "Nova Inglaterra" é fundada por pessoas profundamente insatisfeitas com o que consideram os compromissos papistas da Igreja inglesa.

    • 1618–19: Europa vive uma guerra destrutiva

Um sínodo da Igreja Reformada Holandesa se reúne em Dordrecht para definir o que a Igreja acredita sobre os meios de salvação, depois que uma violenta controvérsia teológica e política resultou na vitória dos que proclamam a crença na predestinação divina. Representantes de outras igrejas reformadas comparecem, incluindo da Inglaterra, tornando este sínodo o mais próximo de uma reunião internacional que as fragmentadas igrejas reformadas já tiveram. Nem todos os Protestantes Reformados aceitam isso e seguem suas próprias direções — uma tendência no protestantismo reformado.

Após o fim da Guerra dos Trinta Anos que diversas nações europeias travaram entre si, em 1648, os territórios protestantes em toda a Europa são muito reduzidos, mas muitos europeus estão adoentados pela violência religiosa e exploram como a razão pode ser aplicada à crença religiosa de forma menos dogmática. Seus esforços moldam uma perspectiva que em breve é chamada de "Iluminismo".

Fonte: CPAD NEWS - http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/52392/503-anos-da-reforma-protestante.html

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Efeitos Espirituais do Avivamento - Juvenis.

 

Lição 7 - Efeitos Espirituais do Avivamento 

4º Trimestre de 2020

Objetivos:    
1. Reconhecer alguns marcos do verdadeiro avivamento;   
2. Defender a centralidade da Palavra de Deus;   
3. Perceber o valor da oração e do coração quebrantado;

Esboço da lição:   
1. Compromisso com a Palavra de Deus.   
2. Compromisso com uma vida de oração.   
3. Um coração quebrantado diante de Deus.

Prezado (a) Professor (a),

A paz do Senhor Jesus!

Nesta lição, vamos estudar sobre alguns frutos que o verdadeiro avivamento gera na vida dos cristãos. Um deles é um compromisso genuíno com a Palavra de Deus. 

Esta aula é uma boa oportunidade para que cada aluno da sua classe seja motivado à conhecer mais a Bíblia.

E para lhe ajudar neste desafio, selecionamos um artigo do saudoso Pr Antônio Gilberto, no qual ele traz grandes curiosidades sobre a Bíblia Sagrada.

A Bíblia é a Palavra de Deus

A existência da Bíblia até os nossos dias só pode ser explicada como um milagre. Há nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. 

Esses homens, na maior parte dos casos, não se conheceram. Viveram em lugares distantes de três continentes e escrevendo em duas línguas principais. 

Devido a essas circunstâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam do que já havia sido escrito. Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e, séculos depois, um outro completava-o com tanta riqueza de detalhes que somente um livro vindo de Deus podia ser assim. Uma obra humana, em tais circunstâncias, seria uma babel indecifrável!

Consideremos alguns pormenores dessa harmonia (bíblica):

1) Os escritores – Foram homens de todas as atividades da vida humana, daí a diversidade de estilos encontrados na Bíblia. Moisés foi príncipe e legislador, além de general; Josué foi um grande comandante; Davi e Salomão, reis e poetas; Isaías, estadista e profeta; Daniel, chefe de Estado; Pedro, Tiago e João, pescadores; Zacarias e Jeremias, sacerdotes e profetas; Amós era homem do campo e cuidava do gado; Mateus, funcionário público; Paulo, teólogo e erudito, e assim por diante. Apesar de toda essa diversidade, quando examinamos os escritos desses homens, sob tantos estilos diferentes, verificamos que eles se completam, tratando de um só assunto! O produto da pena de cada um deles não gerou muitos livros, mas um só livro, poderoso e coerente!

2) As condições – Não houve uniformidade de condições na composição dos livros da Bíblia. Uns foram escritos na cidade, outros no campo, no palácio, em ilhas, em prisões e no deserto. Moisés escreveu o Pentateuco nas solitárias paragens do deserto. Jeremias, nas trevas e sujidade da masmorra. Davi, nas verdes colinas dos campos. Paulo escreveu muitas de suas epístolas nas prisões. João, no exílio, na Ilha de Patmos. Apesar de tantas diferentes condições, a mensagem da Bíblia é sempre única. O pensamento de Deus corre uniforme e progressivo através dela, como um rio que, brotando de sua nascente, vai engrossando e aumentando suas águas até tornar-se caudaloso. A mensagem da Bíblia tem essa continuidade maravilhosa!

3) Circunstâncias – As circunstâncias em que os 66 livros foram escritos também são as mais diversas. Davi, por exemplo, escreveu certas partes de seus trabalhos no calor das batalhas; Salomão, na calma da paz. Há profetas que escreveram em meio à profunda tristeza, ao passo que Josué escreveu boa parte de seu livro durante a alegria da vitória. Apesar da pluralidade de condições, a Bíblia apresenta um só sistema de doutrinas, uma só mensagem de amor, um só meio de salvação. De Gênesis a Apocalipse, há uma só revelação, um só pensamento, um só propósito.

4) A razão dessa harmonia e unidade – Se a Bíblia fosse um livro puramente humano, sua composição seria inexplicável. Suponhamos que 40 dos melhores escritores atuais, providos de todo o necessário, fossem isolados uns dos outros, em situações diferentes, cada um com a missão de escrever uma obra sua. Se no final reuníssemos todas as obras, jamais teríamos um conjunto uniforme. Seria a pior miscelânea imaginável! Imagine, então, isso acontecendo nos antigos tempos em que a velha Bíblia foi escrita... A confusão seria muito maior! Não havia meios de comunicação como hoje, nem facilidades materiais, mas dificuldades de toda a sorte. Imagine o que seria a Bíblia se não fosse a mão de Deus!

Não há na Bíblia contradição doutrinária, histórica ou científica. Uma coisa maravilhosa é que essa unidade não jaz apenas na superfície. Quanto mais profundo for o estudo das Sagradas Escrituras, tanto mais ela aparecerá. Há, é certo, na Bíblia, aparentes contradições. Seus inimigos sustentam haver erros nela em grande quantidade. Mas o que acontece é que, estando alguém com uma trave no olho, sua visão fica deformada. Um espírito farisaico, ceticista e orgulhoso sempre achará falhas na Bíblia, porque já se dirige a ela com idéias preconcebidas e falsas.

Há uma história interessante de uma senhora que estava falando das roupas amarelas que sua vizinha punha a secar no varal, porém, na semana seguinte, lavando ela sua vidraça e olhando para fora, disse: “A vizinha mudou muito. Suas roupas estão alvas agora”. Mas era sua vidraça que estava suja! A diferença estava aí.

Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda. Falsa aplicação aos sentidos do texto etc. Portanto, quando encontrarmos na Bíblia um trecho discrepante, erramos ao pensarmos rapidamente que é um erro. Saibamos refletir como Agostinho, que disse: “Num caso desses, deve haver erro do copista, tradução mal feita do original ou então sou eu mesmo que não consigo entender”. Seguindo esse critério para estudar as aparentes discrepâncias, você verá que nunca encontrara erros de fato nas Sagradas Escrituras. 

(...)

Suponhamos que, na cidade onde moramos, um edifício fosse ser construído com pedras a serem preparadas em várias partes do Brasil. Chegadas as pedras, ao serem colocadas, encaixavam-se perfeitamente na construção, satisfazendo todos os detalhes e requisitos da planta. Que diria você se tal fato acontecesse? Que apenas um arquiteto dirigira os operários nas diversas pedreiras, dando minuciosas instruções a cada um deles. É o caso da Bíblia, o templo da verdade de Deus. As “pedras” foram preparadas em tempos e lugares remotos, mas, ao serem postas juntas, combinaram-se perfeitamente, porque atrás de cada elemento humano estava em operação a mente infinita de Deus.

Fonte: CPAD NEWS http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/32/a-biblia-e-a-palavra-de-deus-(parte-iii).html 

Que Deus lhe abençoe!

Boa Aula!

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Jezabel: Fazendo a Diferença para o Mal - Jovens.

 

Lição 7 - Jezabel: Fazendo a Diferença para o Mal 

4º Trimestre de 2020 - 15/11/2020

INTRODUÇÃO 

Ao observar a história dos reinos de Israel, vemos que as monarquias foram marcadas por governantes que ouviram a voz de Deus, e outros que deliberadamente rejeitaram ao Senhor. O Reino do Norte, Israel, destacou- -se por ter sido governado por reis marcadamente afastados dos padrões divinos. Dentre esses reis, destaca-se o rei Acabe. O seu governo, apesar de militarmente vitorioso, foi marcado por uma grande idolatria, perseguição aos profetas de Deus, injustiças e até mesmo um período de seca que impediu que a terra desse a sua produtividade. Acabe tinha por esposa Jezabel, uma mulher fenícia que fez o possível para oficializar a idolatria em Israel. A maldade desse casal é tão impressionante que os livros dos reis dedicam pelo menos oito capítulos (1 Rs 16-22; 2 Rs 9) para contar a sua história. Neste capítulo, veremos que pessoas em posição de liderança têm a oportunidade de fazer a justiça, como também têm a chance de fazer a diferença para o mal e atrair para elas a ira de Deus.

I – UMA MULHER COM FÉ PARA O MAL 

Jezabel tinha origem fenícia, um povo que se dedicara à construção de embarcações e ao comércio. A capacidade de esse povo processar e comercializar a púrpura rendeu-lhe recursos e fama. Há quem considere os fenícios como cananeus devido não apenas à proximidade geográfica desses povos, como também por causa de uma invasão dos amorreus na Fenícia e na Palestina 2 mil anos antes de Cristo. Como todos os povos do mundo antigo, os fenícios dedicaram a sua fé à adoração a Baal, o deus cananeu “responsável” pela fertilidade, pelas tempestades e pela chuva.

A sua adoração a Baal certamente lhe foi ensinada na infância, e essa mentalidade de adoração seguiu os passos dela até à sua morte. Como fiel ao culto a Baal, ela não hesitou em levar a sua crença à terra de Israel. Jezabel não apenas levou consigo a fé em Baal, como também levou a idolatria a todo o Reino do Norte. Os cananeus, de onde ela procedia, criam em deuses que existiam na mente dos seus adoradores, mas que não eram deuses, como diz Deus a Jeremias: “Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua glória pelo que é de nenhum proveito” (Jr 2.11).

Apesar da reconhecida idolatria nos territórios fenícios, a Palavra de Deus fala que uma mulher, cujo nome não foi registrado, que vivia em Sidom, terra de Jezabel, creu no Deus de Israel. Esse fato deu-se no mesmo período em que Jezabel foi rainha em Israel durante o ministério de Elias. Após o profeta ter decretado a seca no território hebreu do Norte, o Eterno mandou-o para Sidom (uma clara demonstração de senso de humor divino, pois Acabe e Jezabel procuraram Elias para matá-lo durante muito tempo e em diversos lugares, mas não o procuraram em Sidom). Na localidade chamada Sarepta, uma mulher viúva e pobre cuidou do profeta Elias, tendo ela mesma e o seu filho, pela fé, sido sustentada por Elias posteriormente. Foi uma experiência e tanto, tendo em vista que ela havia sido ensinada a adorar e depender dos deuses cananeus, e não do Deus de Israel.

A influência de Jezabel na história de Israel é registrada na Palavra de Deus por causa do casamento dela com o rei Acabe, que é descrito na Bíblia como um rei que “fez o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (1 Rs 16.30). Acabe conseguiu superar, dos reis que vieram antes dele, toda a maldade que eles fizeram juntos. É dito que o rei Acabe andou nos pecados de Jeroboão, que era um valente operário nos tempos de Salomão e foi escolhido pelo Eterno para ser rei das tribos do Norte (1 Rs 11.29-36). Deus disse a ele por meio do profeta Aías: “[...] reinarás sobre tudo o que desejar a tua alma e serás rei sobre Israel” (1 Rs 11.37). Tal promessa era grandiosa, mas, quando Jeroboão tornou-se rei, esqueceu-se da promessa de Deus e colocou dois bezerros de ouro, um em Betel, e outro em Dã. Ele convenceu o povo de que seria trabalhoso ir a Jerusalém adorar e, com esses bezerros, inseriu as dez tribos na idolatria. Ele também tornou sacerdotes pessoas que não eram da tribo de Levi, “dos mais baixos do povo” (1 Rs 12.31). Como se fosse pouco oferecer deuses aos hebreus, ele colocou pessoas sem a chamada ou a devida qualificação ministerial em posição de liderança espiritual. Eis aí o resultado de esquecer-se daquilo que o Senhor prometeu. Somos chamados por Deus para uma missão. Cabe, porém, a nós andar de acordo com o que nos ordenou o Senhor. Para piorar a sua biografia, o rei Acabe casou-se com Jezabel. Filha de um rei pagão, Jezabel influenciou fortemente um homem que já não temia ao Senhor. Ele casou-se sem consultar ao Eterno, e isso fez com que o seu reino fosse mais conhecido pelas maldades e pelo desvio do culto a Deus. Foi um casamento misto, de proporções nacionais e apropriado para conflitos relacionados à fé. Como já era previsto, Jezabel exerceu forte influência na vida do rei Acabe a ponto de a Bíblia dizer: “Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o incitava” (1 Rs 21.25). As Escrituras dizem que Acabe vendeu-se para fazer o que era mau aos olhos do Senhor. É como se ele olhasse para si mesmo, avaliasse o seu potencial, calculasse o seu preço e colocasse a si mesmo à venda. A Bíblia não diz que ele foi vendido; ela diz que ele vendeu a si mesmo. Essa é a história do casal, nos registros de Israel, que fez muito para desviar o povo da fé em Deus. A verdade é que a Palavra de Deus mostra, pelo exemplo de Acabe e Jezabel, que a união sem a bênção de Deus geralmente conduz o casal e a família à idolatria ou mesmo a conflitos familiares desnecessários. Acabe já não temia ao Senhor e, ainda por cima, celebrou a sua união com uma princesa estrangeira, piorando, assim, a sua vida espiritual. Foi um casamento com peso político e espiritual contrários a Israel

II – A SUA INFLUÊNCIA EM ISRAEL

Como já percebemos, a liderança de um povo tem a capacidade de influenciar os liderados. Jezabel influenciou muito e negativamente a história de Israel quando se casou com o rei Acabe e levou consigo o culto a Baal. Esse culto trazia o costume da prostituição cultual, pois Baal era considerado o deus da fertilidade e era tido por senhor entre os fenícios. Ba‘al era geralmente representado por um touro. Numa sociedade agrícola, a dependência dos elementos da natureza era primordial, e, enquanto os hebreus eram ensinados a confiar em Deus, que lhes mandava as chuvas e garantia a eles as colheitas, os povos vizinhos criam nos baalins e em Astarote, que, aos olhos dos seus adoradores, eram responsáveis por iniciar os processos que faziam a manutenção da vida. Os cultos cananeus geralmente eram oferecidos tendo como elementos a prostituição cultual e a bebedeira. A quebra dos valores sexuais do casamento e a falta de discernimento trazida pela ingestão do vinho mostravam bastante o tipo de comportamento a que os seus adeptos estavam acostumados. Profetas desses deuses também ofereciam sacrifícios. Num caso específico, no Monte Carmelo, os profetas de Baal chegaram a cortar-se e a derramar o seu próprio sangue para que a sua voz fosse ouvida pelo seu deus. A própria Jezabel é descrita como uma pessoa que agia com prostituições e feitiçarias (2 Rs 9.22) 

É dito que Jezabel matou os profetas do Senhor (1 Rs 18.13). Os profetas de Yahweh representavam um forte apelo ao retorno do culto ao 86 | Os Bons e Maus Exemplos verdadeiro Deus, e Jezabel não desejava concorrência. Sem hesitação, ela ordenou a morte daqueles que eram porta-vozes do Eterno. A nação de Israel, contudo, não podia ficar sem profetas. Ao matar grande parte dos profetas de Deus, Jezabel instituiu outros profetas, mas de Baal. Eles corroboravam as práticas dos fenícios, e as suas “profecias” não vinham do Espírito de Deus. A profecia é fruto direto da revelação divina. Ela não advém dos estudos, da leitura de um texto sagrado, da sua análise, da interpretação e da homilética, pois essas são atividades do intelecto humano. Não foi pela atividade intelectual humana que Samuel ungiu Saul e Davi como reis, ou que Elias confrontou Acabe, ou que José, pai de Jesus, teve as orientações que preservaram a vida do recém-nascido Salvador. Somente as orientações vindas diretamente de Deus fizeram a diferença sobre a atividade do intelecto humano. Em nossos dias, o Senhor Deus continua manifestando a sua presença por meio do dom de profecia, que é dado pelo Espírito. Tal dom não é consequência da reflexão teológica e exegética. Há grupos teológicos que acreditam que a profecia deixou de existir logo após a Palavra de Deus ter a sua conclusão

Outro pecado cometido por Jezabel foi matar Nabote, o proprietário de uma vinha que ficava ao lado do palácio em Jezreel. Desejando ter mais um pedaço de terra, Acabe quis negociar a propriedade onde Nabote e os seus ancestrais plantavam uvas, mas Nabote recusou-se a fazer tal negócio, ainda que lhe fosse mais proveitoso trocar as suas terras com o rei. A maligna rainha escreveu cartas para autoridades em nome do rei, ordenando que, após um jejum, Nabote fosse colocado em um lugar visível e fosse acusado por homens ímpios. Após isso, Nabote foi acusado de blasfêmias contra Deus e, em seguida, assassinado. O que mais pesa nesse crime é o fato de que Nabote foi morto por causa de um falso testemunho, sob a acusação de que tinha blasfemado contra Deus. Jezabel não servia ao Senhor, mas usou o nome dEle para promover uma acusação contra Nabote e matá-lo. Nabote havia respeitado o direito de manter a herança da sua família, mas foi acusado de ser blasfemo e, ainda por cima, por homens que tinham deixado de lado a fé no Deus Eterno. Gente sem Deus pode usar o nome dEle quando lhe convém. Dois homens, filhos de Satanás, deram um falso testemunho, e Nabote foi apedrejado até morrer. O rei de Israel, ao receber a notícia da morte do seu vizinho, Nabote, simplesmente se levantou e apropriou-se das terras do morto. A maldade de Jezabel e o poder que tinha para orquestrá-la mancharam ainda mais a sua biografia.

III – O FIM DE JEZABEL

Um dos profetas mais representativos da Antiga Aliança é Elias. Ele foi usado por Deus de forma impetuosa, realizou milagres e buscou restaurar em Israel a fé no Deus Eterno. Graças ao seu empenho em fazer isso, foi perseguido por decretar a seca no Reino do Norte, humilhando, dessa forma, o culto a Baal. Se não tinha chuvas na época correta, Baal não poderia 88 | Os Bons e Maus Exemplos ser reverenciado, pois acima dele estava o Deus verdadeiro de Israel, que fechou os céus e impediu que houvesse provisão. O ódio de Jezabel para com os servos de Deus era tanto que ela mandou matar os profetas do Senhor. Um mordomo chamado Obadias — homem temente e que escondeu 100 profetas do Senhor e manteve-os com pão e água — foi informado sobre o fato de Jezabel matar esses profetas (ver 1 Rs 18.4; 13). Mesmo assim, tal informação não impediu Elias de obedecer a Deus e ser usado poderosamente. Jezabel teve a oportunidade de arrepender-se diante dos milagres ocorridos pelo ministério de Elias. Fazer descer fogo do céu, intervir na natureza impedindo a chuva e manter-se vivo quando caçado não foram eventos suficientes para ela pensar que o Deus de Israel não poderia ser comparado a qualquer outro deus, preservando a vida do servo dEle. 2. Deixou uma Semente, Atalia Jezabel e Acabe tiveram uma filha por nome Atalia, que se casou com Jeorão, filho de Josafá. Da mesma forma como Jezabel trouxe males para o Reino do Norte, a sua filha trouxe um grande mal no Reino de Judá, pois ela convenceu o seu marido a seguir a Baal.

A influência de Jezabel passou, como vemos, à geração seguinte, a ponto de a descendência de Davi ficar mantida apenas por uma criança. Ela e Jeorão tiveram um filho chamado Acazias, que reinou no Norte. Jeú, o homem ungido para ser rei em Israel, matou Acazias e, quando Atalia soube que o seu filho foi morto, mandou matar toda a descendência de Davi, que reinava em Judá. Só Joás restou da linhagem de Davi, sendo escondido ainda criança no templo até que o sacerdote Joiada fez um levante contra a governante assassina e restaurou, com o exército de Israel, o reino à casa de Davi. A situação era tão ruim nessa época em Judá que havia no reino um sacerdote dedicado a Baal chamado Matã (ver 2 Rs 11.18). Esse foi o legado de Jezabel passado para a sua filha. Foi Morta segundo a Palavra do Senhor Após ter no seu currículo a “baalização” das tribos do Norte e a matança de profetas do Senhor, o Eterno também julga Jezabel pelo assassinato de Nabote. Os crimes de Jezabel foram tão graves que Deus decretou a sua morte duas vezes. Elias disse: “E também acerca de Jezabel falou o Senhor, dizendo: Os cães comerão Jezabel junto ao antemuro de Jezreel” (1 Rs 21.23). O lugar que foi tomado de Nabote serviu de julgamento e punição para a rainha de Israel. A segunda vez que o Senhor fala dela é com o profeta Eliseu, quando este vai ungir a Jeú como rei sobre o Reino do Norte: “E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor da mão de Jezabel” (2 Rs 9.7). A morte de Jezabel levou um tempo para ocorrer. Entretanto, não devemos pensar que o Senhor deixou de punir a impiedade dela. Deus fez justiça contra as maldades dela quando Jeú, que foi ungido rei por Eliseu, entrou no palácio de Jezreel e mandou jogá-la de uma das janelas da habitação real. Findava-se, portanto, a vida da feiticeira e prostituta Jezabel. 

A imagem de Jezabel ultrapassa o Antigo Testamento. No livro de Apocalipse, uma mulher na igreja em Tiatira chamada Jezabel, profetisa, estava desviando pessoas na congregação.

CONCLUSÃO 

Jezabel teve a sua passagem pela história de Israel de forma lamentável. Serva de um falso deus, conseguiu influenciar o seu marido e filhos a seguir o seu caminho. A sua influência sobre Acabe para que o culto a Baal fosse realizado em todo o Israel foi vitoriosa, e ela não trocou o seu deus mesmo vendo o Deus de Israel intervindo na natureza e operando milagres. Mesmo adorando a um falso deus, Jezabel permaneceu fiel à sua fé, algo que deveria fazer toda a igreja pensar no seguinte: “Até que ponto somos tímidos em falar de Jesus, ou quantas vezes somos tentados a trocar nossa fé quando atingidos por circunstâncias que nos provam?”. Jezabel, por causa da sua impiedade, foi julgada por Deus e entrou para a história bíblica como um exemplo a não ser seguido. Que isso nos sirva de lição! Servimos a um Deus vivo e não podemos substituir o Eterno por algo que não tem valor algum, nem ser influenciados por aqueles que não têm compromisso com Deus.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - A Teologia de Bildade: Se Há Sofrimento, Há Pecado Oculto? - Adultos.

 

Lição 7 – A Teologia de Bildade: Se Há Sofrimento, Há Pecado Oculto?  

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O PECADO EM CONTRASTE COM O CARÁTER JUSTO E SANTO DE DEUS
II – O PECADO VISTO COMO QUEBRA DA MORALIDADE TRADICIONAL
III – O PECADO EM CONTRASTE COM A MAJESTADE DE DEUS 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que nem sempre o sofrimento é consequência de um pecado oculto, como pensava Bildade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Destacar o argumento de Bildade que contrastava o pecado com o caráter santo reto de Deus;
II – Explicar a concepção de Bildade que associava o pecado à quebra da moralidade religiosa;
III – Esclarecer a argumentação de Bildade que contrapunha a pequenez humana com a grandeza de Deus.

PONTO CENTRAL

Quando há sofrimento não se quer dizer que há pecado oculto.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo continuaremos estudando a respeito do sofrimento humano. Agora, um segundo amigo de Jó traz uma possível “explicação” para o infortúnio pelo qual o patriarca passava. A existência do sofrimento implica na existência de pecado oculto?

Sabemos que a justiça e a retidão são divinas e, por isso, Deus não compactua com o pecado, seja este visível ou oculto. Na Bíblia temos vários exemplos de como Deus, santo e justo, lidou com o seu povo quando se tratava de pecado. Todavia , veremos na história de Jó que o pecado não é a causa de seu sofrimento. Dessa forma, a existência do sofrimento não quer dizer que haja pecado oculto. Somente Deus, o justo juiz, poderá determinar a causa do sofrimento de cada um.

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a proximidade entre as teologias dos amigos de Jó:

Do Simples ao Complexo

Por José Gonçalves

A teologia dos amigos de Jó, embora se movendo em eixos diferentes, demonstram possuir uma mesma direção. Todos defendem um tipo de justiça retributiva, que tem como consequência final a recompensa dos bons e o castigo dos maus. É por isso que, às vezes, o livro dá a impressão de ser muito repetitivo. Esse, porém, é um recurso que o autor utilizou para deixar em relevo aquilo que ele queria tratar. Fouilloux et al (1998, p. 138) destaca que 

essa é a novidade e originalidade do livro de Jó, que marca a grande virada do pensamento judeu sobre o mal. É a passagem de uma teoria simples — os bons são recompensados, os maus são punidos — a uma reflexão sobre o mistério do mal que ultrapassa o entendimento humano. 

A teologia de Bildade, assim como a do seu amigo que o precedeu, também caminha na antiga direção do pensamento teológico. O seu argumento caminha na direção de que onde há sofrimento sempre, há algum pecado por trás. Na defesa da sua tese, ele desenvolve o seu argumento teológico, primeiramente com ênfase centrada no caráter de Deus. Em segundo lugar, na defesa da moralidade tradicional e, em terceiro lugar, na exaltação da onipotência divina. 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Davi ajuda Saul tocando para ele - Maternal.

 

Lição 7 - Davi ajuda Saul tocando para ele 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar a criança a perceber os próprios talentos e usá-los para ajudar alguém. 

Para guardar no coração: “[...] Davi pegava a sua lira e tocava. O espírito mau saía de Saul [...]"  (1 Sm  16.23).

Seja bem-vindo

“O esquema de decoração da sala tem grande influência sobre as atitudes mental e emocional dos alunos. Cores como laranja, vermelho ou amarelo dão a sensação de calor, mas tendem a fazer a sala parecer menor. Os tons de azul e verde criam uma atmosfera mais descontraída e fresca, e fazem a sala parecer maior. Cores brilhantes devem ser limitadas ao mural e centros de interesses. Um corredor longo e mal iluminado fica melhor quando é pintado com uma cor clara. As paredes da área infantil precisam ser iluminadas e alegres, com uma tinta ou cobertura durável e lavável. Um armário volumoso, numa sala pequena, ficará menos óbvio se for pintado da mesma cor que as paredes. Um piano velho pode ser pintado para harmonizar com a decoração da sala e ter as costas cobertas por uma placa aderente, a fim de servir como mais um espaço de exposição” (Ron Hels, citado por Clancy Hayes em “Alcance Todos os Seus Alunos”, CPAD).

Subsídio professor

“Dissemos que a criança do maternal é muito afetuosa. Isto não significa, no entanto, que o professor deve ir acariciando um novo aluno, logo em sua primeira aula. Embora carinhosa, a criança desta idade é também muito tímida, e mostra-se inibida diante de estranhos. Tanto, que só concorda em permanecer na classe, sem a presença da mãe, depois que se acostuma aos professores e aos demais alunos. Havendo feito amizade, aceita conversar e ser tocada.

Outra característica sócio/emocional desta turma é a teimosia. Quer fazer aquilo que lhe dá vontade. Contudo, a vontade pode ser moldada. Uma boa maneira de se lidar com isto é usar o “você pode”, em vez de “não pode”. Por exemplo, se ela deseja brincar com um objeto frágil ou perigoso, em vez de dizer-lhe: “Você não pode brincar com isto”, diga-lhe: “Você pode brincar com os blocos de borracha (ou outra coisa)”. Em vez de repreender: “Você não pode espalhar o giz de cera pela sala toda”, consinta: “Você pode brincar com o giz de cera em cima deste tapete (ou neste canto)”. Assim, você estará impondo limites, sem suscitar um ataque de rebeldia” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

Faça previamente pequenas caixas de presente (pode embrulhar caixas vazias, de remédio ou cosmético, em papel bonito). Providencie antecipadamente cópias de figura de instrumentos musicais ou crianças cantando. Dê uma para cada aluno e ajude-o a colá-la numa lateral da caixinha. Noutra lateral, cole um cartãozinho com o versículo do dia. Amarre um laço de fita.

Enquanto trabalham, repita como é bom louvar e adorar ao Papai do Céu. Entregue as lembrancinhas quando os pais vierem buscá-los. 

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 1 Samuel 16.14-23; 2.11-26. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

ARTIGO: A Escola Dominical e o papel do educador voluntário.

 

A Escola Dominical e o papel do educador voluntário 

Temos, em nossas igrejas, voluntários que se dedicam ao ensino da Palavra. São educadores que, de forma eficaz, estimam pela excelência do processo educacional e dedicam-se em alcançá-lo. Embora muitos não sejam formados em educação, o ideal é que busquem formação pedagógica e teológica entre outras, todavia, somos conscientes de que cada igreja/local existe uma demanda/realidade bem diferente. No entanto, precisamos seguir a orientação do apóstolo Paulo: “... se é ensinar, haja dedicação ao ensino;” o apóstolo chegou a comparar o ensino a um chamado divino (Rm 12.7). Ele recomenda, a todos que ensinam, dedicação ao máximo em fazê-lo. Esmero que trará positividades em relação à funcionalidade no ensino e, por conseguinte, evolução espiritual para seus alunos (educandos) (Lc 6.40; Jo 13.15; I Tm 4.12), sobretudo em relação a sua própria vida cristã (educador), (Sl 119.97-99).

O professor da escola dominical deve ser o primeiro a viver o que ensina. “Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”, (Tg 2.12). Na antiguidade o professor era aquele que, publicamente, professava a sua fé. Ele jamais deve subestimar seus alunos e/ou classe. Notarão se está sendo verdadeiro naquilo que discursa. Assim como perceberão se houve preparo adequado ou não para lecionar. Efetuar pesquisas no último momento e preparar plano de aula na correria nunca é uma boa escolha (II Tm 2.15). A partir do momento que o professor não se esforça para desempenhar o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca contra Deus, “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não faz, peca”, (Tg 4.17).

Além de viver o que ensina o bom professor sempre procura conhecer bem seus alunos. Jamais deve acreditar que basta, por exemplo, pegar a revista e transmitir apenas o que está ali, por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa, não é suficiente, faz-se urgente investimento na capacitação continuada. O professor da Escola Dominical deve sempre procurar conhecer a sua classe, particularmente cada um de seus alunos. É necessário que o educador se comporte com muita coerência, comprometimento, sobretudo para que tenha uma abordagem mais natural e eficaz.

No tocante ao preparo e a ministração da aula propriamente dita, os editores dos Estudos Bíblicos apresentam sugestões valiosas que nortearão os educadores da ED. Com rápidas adaptações afirmamos que a utilização da Bíblia precisa sempre ser a ferramenta primária como referencial absoluto do ensinador cristão, ela é suficiente e eficaz, (Hb 4.12); não negligenciar o altar da oração. Fazer pesquisas e anotações, procurando em outras fontes, ferramentas e subsídios para apenas complementação dos conteúdos. Organizar a ministração das aulas, sempre efetuar relações, objetivando evitar a antecipação da matéria a ser abordada. O educador deve esquivar-se do distanciamento dos assuntos propostos nas lições. Deverá ainda criar um ambiente sadio e dinâmico, sem monopolizar a fala oferecendo sempre respostas prontas. Por fim, deve buscar relacionar as mensagens unindo-as à realidade de seus alunos, confrontando verdades absorvidas/aprendidas, lembrando que tudo isso precisa fazer sentido para o aprendiz, dentro do seu contexto, seja ele cristão, social, familiar etc. Por isso saturemos o ambiente de: leitura, explicação e aplicação das Escrituras, tendo-as sempre como ponto de partida e conclusiva, (Jo 18.37; Mt 23.10; Jo 16.12-15; cf. 14.26).

No final de cada aula, faz-se necessário motivar os alunos quanto ao próximo assunto, apontando-lhes a possibilidade de absorverem mais conteúdos novos e, incentivando-os estudarem no decorrer da semana. O professor da EBD, não pode jamais descuidar da sua espiritualidade dependendo sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e apresentando-se diante do Senhor como ferramenta de instrução a todos que necessitam, (Jo 14.15-26; Gl 3.24). Sobretudo, ter como prioridade em sua função acompanhar a transformação na vida dos educandos/alunos, com propósito de avaliar o sucesso do seu trabalho. Entre muitos fatores que existem, há dois grandes inimigos, pelo menos, que têm levado muitos a evasão da Escola Dominical, consequentemente a perda do interesse pelo ensino nas igrejas hoje em dia. A falta de criatividade, preparo do professor e dinamismo das aulas, (improviso é arma fatal).

O Professor precisa fazer com que sua aula seja algo interessante; não podemos exigir, impor, e/ou obrigar nossos obreiros, fiéis, alunos e amigos a estarem presente num ambiente saturado de monotonia, repetitivo faz-se urgente sermos criativos, embora tenhamos um excelente/profícuo material como recurso didático (revistas/subsídios), enfatizamos... Não trabalhamos para o Senhor numa “ESCOLA DA REVISTA”, ainda continua sendo, ou precisa transformar-se em uma ESCOLA BÍBLICA, portanto gaste tempo nisso, meditar na Palavra de Deus é nobre, porque a obra de Deus não é feita sem a Bíblia (II Tm 3.16,17). Criatividade e dinamismo são, em boa parte, o segredo do sucesso do professor eficaz. “O trabalho mais simples para Jesus tem mais valor do que a dignidade de um imperador” (C.H.Spurgeon).

Logo, faz-se necessário que os educadores/professores da ED enxerguem seu trabalho/ofício como um ministério que o Senhor lhe confiou, por esse motivo precisa ser realizado da melhor maneira possível, tem que ser prazeroso no contrário não há sentido fazê-lo, “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis”, (Col 3.23-24). "o que ensina esmere-se”...(Rm 12.7), “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”,(Jo 9.4).

Bibliografia selecionada:

L. TOWNS, Elmer. Enciclopédia da escola dominical:  Um guia de referências práticas para a sua ED. 1ª edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
L. TOWNS, Elmer. Lo que todo maestro debe saber: 24 secretos que leayudarán a cambiar vidas. Editorial Patmos Weston, FL EE.UU, 2011.

Ezequiel Pereira da Silva é diácono da Assembleia de Deus do Ministério do Ouro Fino (RJ), exercendo a função de Pastor auxiliar. Licenciado em História, Bacharel em Teologia, Pós-graduado em Psicopedagogia, Pós graduando em Língua portuguesa, produção textual e oratória.

ARTIGO: A Importância da Didática para o Ensino Bíblico nos Espaços da Escola Dominical.

 

A Importância da Didática para o Ensino Bíblico nos Espaços da Escola Dominical 

A didática é a ciência específica da área do ensino. É a parte da pedagogia que trata dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la mais eficiente. De acordo com o Dicionário Houaiss¹, o termo “didática” deriva da palavra grega didaktikê, que significa a arte de transmitir conhecimentos — a técnica de ensinar. A Didática é uma importante ferramenta para o trabalho realizado na Escola Dominical, tendo em vista que o ensino da Palavra de Deus não deixa de ser um ato pedagógico.

A forma como o aluno aprende é uma relação interdependente da maneira como o professor ensina. Logo, o professor que domina as técnicas de ensinar, adequadamente, consegue realizar o seu trabalho de maneira muito mais eficaz. O resultado disso são alunos satisfeitos com os conteúdos que são ministrados. Ao passo que as informações são abordadas com clareza é possível perceber que os alunos aprendem de forma prazerosa a Palavra de Deus. As metodologias de ensino utilizadas de maneira eficiente encontram aplicabilidade no cotidiano dos alunos. O professor que domina o conhecimento da didática alcança resultados satisfatórios no ato de ensinar. 

1. O trabalho do professor e a qualidade do ensino

O professor que preza por um ensino de qualidade e pela efetivação da aprendizagem de seus alunos, sabe que a ministração da aula não pode ser feita de qualquer maneira. Uma aula de alto nível de qualidade requer, primeiramente, o comprometimento do professor. Antes de se apresentar para ensinar seus alunos o professor precisa dominar o conteúdo que se propõe a ensinar. Muitos pensam que apenas conhecer a Bíblia é suficiente para ensiná-la. Todavia, o ensino da Palavra de Deus requer dedicação como afirma o apóstolo Paulo (cf. Rm 12.7). E, para tanto, é importante a leitura de bons comentários e dicionários bíblicos, livros de psicologia da aprendizagem, história, didática, dinâmicas aplicadas em sala de aula e outros materiais da área da educação.

Além dos recursos materiais e metodológicos o que não pode faltar é a cobertura da oração e uma vida no altar de Deus. Na educação cristã, quaisquer conhecimentos ou recursos humanos que possam ser utilizados tornam-se irrelevantes se não estiverem lado a lado com o auxílio advindo do Espírito Santo. Portanto, o professor que deseja fazer o seu trabalho com qualidade precisa dedicar tempo para aprofundar seus conhecimentos e aprimorar a sua habilidade de ensinar. 

2. Planejamento e plano de aula para a Escola Dominical

O planejamento é indispensável para a realização do trabalho do professor. Todas as ações pedagógicas com vista no funcionamento da Escola Dominical devem passar pelo crivo do planejamento. Planejar envolve delimitar tempo, espaço e recursos para executar ações do ensino. Na educação encontramos os principais tipos de planejamento e que também estão presentes nos espaços da Escola Dominical: o planejamento anual, o plano de curso, o plano de ação e o plano de aula².

O planejamento anual. Visa a organização das ações educacionais durante o período de um ano. Tais ações estão segmentadas de acordo com a faixa etária ou grupo de estudo: educação infantil, jovens e adultos, formação de professores, formação de obreiros.

Plano de curso. Envolve o planejamento de cada curso conforme o período de formação e a definição da grade curricular que lhe é necessária.

Plano de ação. Tem como finalidade a definição de ações específicas e necessárias a curto, médio e longo prazo. Estas ações podem envolver todo o curso ou apenas alguns setores e o prazo de execução depende da necessidade e do objetivo da ação.

Plano de aula. Considera o preparo das ações educativas e o curso de uma aula. Para tanto, o plano de aula está organizado das seguintes partes: objetivo, conteúdo, metodologia, recursos didáticos, avaliação e referências bibliográficas.

3. Métodos e recursos didáticos

A elaboração de uma aula de qualidade depende muito dos recursos que nela são aplicados. Para que o aluno, de fato, possa aprender é preciso que os conteúdos da lição sejam expostos da forma mais clara, objetiva e dinâmica possível. Nesta ocasião, tanto os recursos quanto os métodos são indispensáveis. Entende-se por método ou metodologia a maneira como os conhecimentos são abordados ou o caminho percorrido pelo professor para ensinar seus alunos.

O conhecimento pode ser apresentado ao aluno por diversas maneiras: oralidade, audiovisualidade, manuseio, exercícios de interatividade: trabalho em grupo, mapa conceitual, brainstorming (tempestade de ideias), simpósio, painel e outros. Já os recursos didáticos sãos os materiais ou ferramentas utilizadas como canais para exposição dos conteúdos: Datashow, quadro branco (lousa), caneta piloto, apagador, lápis de cor, caneta hidrocor, e outros³.

Considerações Finais

A partir dos conhecimentos apresentados pela Didática o professor tem à sua disposição as ferramentas técnicas apropriadas para preparar sua aula. Possuir as habilidades e competências necessárias para ensinar o conteúdo bíblico é fundamental para o professor que preza por uma aula de qualidade. A arte da didática acontece justamente quando o professor domina esses conhecimentos e proporciona ao aluno a facilidade para aprender. Para tanto, a arte de ensinar requer do professor a flexibilidade para adequar a metodologia certa na ocasião certa.

E, por fim, vale destacar que o ensino bíblico é essencialmente um ato pedagógico. Não apenas teológico, mas também pedagógico. O professor que domina a arte de ensinar e dela faz uso de maneira apropriada tem em mãos a possibilidade de oferecer um ensino em alto nível de qualidade e, consequentemente, fazer com que seus alunos desenvolvam as capacidades intelectuais necessárias para o aprendizado.

Referências:

1. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001.
2. RIBEIRO, Verônica N. C. Planejamento Educacional: Organização de Estratégias e Superação de Rotinas ou Protocolo Institucional. Divisão de Formação Docente. Universidade Federal de Uberlândia, 2014. Disponível em: http://www.difdo.diren.prograd.ufu.br.
3. LEFEVER, Marlene. Métodos Criativos de Ensino: como ser um professor eficaz. 4ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

Por Thiago Santos.
Graduado em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro.
Pós-graduando em Gestão Escolar Integradora pela Universidade Castelo Branco.
Editor das revistas Juniores e Pré-adolescentes do setor de Educação Cristã. CPAD.
Professor de Escola Dominical das classes Adolescentes e Jovens.