quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - A Teologia de Zofar: O Justo não Passa por Tribulação? - Adultos.

 

Lição 8 – A Teologia de Zofar: O Justo não Passa por Tribulação? 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – DEUS SE MOSTRA SÁBIO QUANDO AFLIGE O PECADOR
II – A CONVERSÃO COMO RESPOSTA À AFLIÇÃO
III – DEUS JULGA E CASTIGA OS PECADORES 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que Zofar, assim como seus amigos, defende que os ímpios sempre serão punidos e os justos recompensados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Destacar no entendimento de Zofar que o sofrimento de Jó fazia parte de um sábio julgamento divino;
II – Explicitar que a conversão defendida por Zofar era de natureza legalista;
III – Esclarecer que a teologia de Zofar limita a soberania de Deus na sua capacidade de julgar.

PONTO CENTRAL
O justo passa por tribulação.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo continuaremos estudando a respeito do sofrimento humano tendo como exemplo o infortúnio de Jó. Agora, um terceiro amigo de Jó, Zofar, traz também uma justificativa para o drama em que o patriarca encontrava-se. É importante considerar que os amigos de Jó trouxeram-lhe uma sessão de julgamento, e este último não foi diferente. De uma forma dura e impiedosa, Zofar acusa Jó de rebelar-se contra a sabedoria de Deus e, por isso, ele deveria confessar a sua impiedade, voltando-se para Deus. Que não sejamos pegos trazendo julgamentos sobre os nossos irmãos, mas que nossas palavras e ações demonstrem o verdadeiro cristianismo de compaixão e de ajuda mútua.  

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a dureza do discurso deste terceiro amigo de Jó:

Teologia com Vinagre

Por José Gonçalves 

Dos três amigos de Jó, Zofar é o mais impiedoso. Adam Clarke (2014, p. 15) diz que os seus discursos são avinagrados. A teologia de Zofar, portanto, é azeda e amarga. De fato, Zofar não poupa palavras duras e críticas ácidas ao combalido Jó. Para os Pais da Igreja, Zofar era um acusador falso e um homem cheio de ressentimentos (Oden, 2010, p. 103). Crisóstomo, Gregório e Efrén acreditavam ser possível aproveitar parte da sua teologia para trazer ensinamentos morais à Igreja (Oden, 2010, p. 103). A patrística seguia o conselho apostólico: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21). 

Zofar é o mais jovem e o último a falar. Ele demonstra-se incomodado porque acredita que os amigos não foram hábeis o suficiente para argumentar com Jó. Em vez disso, ele acreditava que a lábia de Jó fizera-os ficar calados. Ele, porém, não se convencera nem um pouco com toda a argumentação de Jó. Era hora de falar. Daniel Estes (2013, p. 2239) destaca:

Zofar percebe que Elifaz e Bildade não responderam adequadamente a Jó, então ele decide aceitar o desafio. De fato, ele considera como seu dever moral defender a justiça de Deus silenciando os argumentos de Jó. Zofar descarta, impaciente, os longos discursos de Jó como “todas essas palavras”, o que implica que a quantidade de palavras não mede a qualidade de sua percepção. Na literatura da sabedoria, falar muitas palavras costuma estar mais relacionado à loucura do que à sabedoria (Pv 10:19; 17:27; Ec. 5: 2). Assim, por sua pergunta retórica no versículo 2, Zofar implica que ele considera Jó um tolo que fala demais.

Enquanto os seus outros dois amigos proferiram três discursos, Zofar profere apenas dois (Jó 11; 20). A teologia de Zofar é encontrada nesses discursos (Clarke, 2014, p.15). Zofar acreditava que Jó queria justificar a si mesmo e repete o que ele teria dito: “A minha doutrina é pura; limpo sou aos teus olhos” (11.4; cf. 9.21; 10.7). Na mente de Zofar, isso revelava arrogância e podia ser considerado como declaração pecaminosa. Dessa forma, Zofar está convencido de que Deus é sapientíssimo em fazer Jó sofrer por conta dos seus pecados (11.1-6). Zofar, portanto, acreditava que Jó merecia sofrer ainda mais! Não adiantava nada Jó espernear, pois, quando Deus quer agir, ninguém pode levantar-se contra Ele (11. 7-11). Contudo, ele acredita que, se Jó reconhecer o seu erro e confessar o seu pecado oculto, Deus irá restaurá-lo à sorte de antes (11.12-20). 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


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