sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 4 - 4º TRIMESTRE 2012.


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 


Amós: A justiça social como parte da adoração  

Amós viveu dias de grande prosperidade no Reino do Norte, na época, governado por Jeroboão II. Esse rei obteve muitas vitórias contra seus vizinhos hostis, e com isso, obteve o controle das rotas comerciais que levavam a Samaria, a capital de Israel. “A terra era fértil, as chuvas caíam regularmente e os silos estavam abarrotados de grãos. Nesses anos dourados, foram erguidos majestosos prédios públicos, os ricos construíam espaçosas residências próximas aos centros litúrgicos populares... Todavia, por trás da superfície brilhante da sociedade, escondiam-se tragédias terríveis” (Guia do leitor da Bíblia, CPAD, pg.536). Os fazendeiros eram desalojados de suas terras, que passaram a integrar o patrimônio dos ricos. Os mercadores oprimiam os pobres usando pesos e medidas diferentes na compra de cereais, e muitas pessoas tinham de vender seus próprios filhos para que se tornassem escravos. Era um cenário que atrairia a ira divina.
Amós inicia seu ministério profético nesse cenário, trazendo palavras duras contra a injustiça social em seus dias. Para aqueles que pensam que os profetas eram apenas preditivos, é preciso atentar para o fato de que eles também denunciaram o pecado do povo quando os mais ricos tornaram-se injustos para com os pobres. Deus não está distante das práticas sociais de seus filhos, e não se agrada quando seu próprio povo deixa de aplicar a misericórdia para agirem como mercenários. Deus se importa com a justiça social sim, pois de nada adianta uma pessoa dizer que serve a Deus e praticar coisas indevidas para um servo de Deus, como mal tratamento de seus irmãos ou o descaso para com as necessidades deles. Não há dualidade na vida cristã, ou seja, um crente não pode ser uma pessoa na igreja e outra fora da igreja. Ele deve ser a mesma pessoa em todas as ocasiões. Ao lermos Amós, precisamos decidir se manteremos uma postura de arrogância e distanciamento daqueles que precisam de nossa ajuda. Nas mansões luxuosas, “as mulheres reclinavam-se em divãs incrustados de marfim, degustando carnes e bebendo taças de vinhos exóticos... A elas competia andar na moda. O preço que pagavam por um par de sandálias era um verdadeiro desrespeito à dignidade humana, pois podia salvar um carente forçado a se vender à escravidão para liquidar débitos de agiotagem de algum credor abastado”. Foi em dias como esses que Deus usou Amós para advertir os mais abastados de suas práticas inconvenientes.
(ZUCK, R. B.Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009, p.446).



 

 

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