quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


LIÇÃO 4
ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL
27 de janeiro de 2013

TEXTO ÁUREO

“Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada” (1RS 18.21).

VERDADE PRÁTICA


O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.


INTERAÇÃO

Não são poucos os falsos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus. O pior é que estes em geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para determinar-lhes a “vontade divina”. Prezado professor, não são poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso, oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos profetas. A ordem de Jesus para nós em relação a estes enganadores é: “Acautelai-vos”.

OBJETIVOS

Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.


Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.


Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.  


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema da página seguinte de acordo com as suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores! 

PALAVRA CHAVE
FALSO:
Contrário a realidade; fingimento,dissimulação, dolo.
INTRODUÇÃO

O confronto de Elias com os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da História bíblica. Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tesbe obteve sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel como povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com a humanidade.

Nesta lição, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.

I-                CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES.

1. Conhecendo o falso deus Baal. Baal era uma divindade Cananéia (1RS 16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente esse falso deus, e assim entender porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa: Proprietário, marido ou senhor. Os estudiosos observam que esse nome traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também  sobre as pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas  vozes em protesto contra a divindade pagã ( 1Rs 21.25,26).

2. Identificando a falsa divindade Aserá. A crença Cananéia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O texto bíblico de 1Rs 18.17-19, faz referência  a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do termo hebraico: Ashera ou Aserá, e mantém o significado de bosque para adoração de ídolos. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa entre o povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1Rs 11.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.

 

CARACTERÍSTICAS DA  ADORAÇÃO

VERDADEIRA                                            FALSA

 

. Produz verdade;                       . Produz mentira;

. Produz sinceridade;                . Produz dissimulação;

. Produz sentimento nobre;    . Produz sentimento egoísta

. Produz arrependimento;       . Produz espetáculo;

. Produz bom caráter;                     . Produz um mal caráter;

. Produz entrega e                     . Produz avareza e ganância;
voluntariedade;

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)
A crença popular cananita dizia que El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros deuses,  Aserá era a deusa-mãe.
 

II-           CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS.

1.    Profetizavam sob encomenda. Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma verdade: nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O texto de 1Rs 18.19 destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de  fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a Igreja, podem ficar comprometidos com qualquer esquema religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas ( 1Rs 22.13,14).

2.    Eram mais numerosos. Acabe e sua esposa havia institucionalizado a idolatria no reino do norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato ( 1Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo ( 1Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda

 

III-       CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO.

1.       Em que ela imita a verdadeira? O relato do capítulo 18 de 1 Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifícios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jamais conseguiria produzir fogo (1Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo! Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1Rs 18.26-29). Uma das marcas do culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1Rs 18.38)!

2.       No que ela se diferencia da verdadeira? A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, a verdadeira adoração distingue-se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: “E que eu sou teu servo” (1Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores (Jo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida pelo Senhor (Ex 19.5). Elias invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em terceiro lugar, a adoração diferencia-se pela Palavra de Deus , que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus ( 1Rs 18.36).  

SINOPSE DO TÓPICO (3)
A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.

 

IV-        CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL.

1.       O perigo do sincretismo religioso. O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretismo como “a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis a alguns originais” Essa definição ajusta-se bem ao culto hebreu no reino do norte durante o reinado de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da “mistura” do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Ex 12.38; Ne 13.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre será. A fé Bíblica não pode se misturar com outras crenças!

2.       A resposta divina ao sincretismo. O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1Rs 18.38), o profeta de Tesbe deu instrução ao povo: “Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou” ( 1Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o povo para a idolatria ( Dt 13.12-18; 20.12-13).  

SINOPSE DO TÓPICO (4) 

O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso. 

CONCLUSÃO 

O desafio do profeta Elias contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza. A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma Igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça.  

REFLEXÃO 

“O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!” (1Rs 18.39).  

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.).
Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD,2008.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. I. Ed. Rio de Janeiro: CPAD,2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário