LIÇÃO
4
ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL
27 de janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando
coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal,
segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada” (1RS 18.21).
VERDADE PRÁTICA
O confronto
entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a
verdadeira e a falsa adoração em Israel.
INTERAÇÃO
Não são poucos os
falsos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus. O
pior é que estes em geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais
dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem
autoridade para determinar-lhes a “vontade divina”. Prezado professor, não são
poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso,
oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos
profetas. A ordem de Jesus para nós em relação a estes enganadores é:
“Acautelai-vos”.
OBJETIVOS
Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.
Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.
Conscientizar-se
da necessidade de confrontar a falsa adoração.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para
concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema da página seguinte de
acordo com as suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito
além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte
e quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração.
Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a
verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da
vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores!
PALAVRA CHAVE
FALSO:
Contrário a realidade; fingimento,dissimulação, dolo.
INTRODUÇÃO
O confronto de Elias com os profetas de
Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos
fatos mais significativos da História bíblica. Mais significativo ainda foi a
vitória que o profeta de Tesbe obteve sobre os falsos profetas: significou a
continuidade da existência de Israel como povo a quem Deus havia escolhido para
cumprir seu propósito salvífico com a humanidade.
Nesta lição, estudaremos como o profeta
Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos
deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.
I-
CONFRONTANDO OS FALSOS
DEUSES.
1. Conhecendo o falso deus
Baal. Baal era uma divindade Cananéia (1RS 16.31). Por diversas vezes
fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente
esse falso deus, e assim entender porque ele causava tanto fascínio no mundo
cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa: Proprietário, marido ou
senhor. Os estudiosos observam que esse nome traz esses significados para
demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o
lugar onde se encontrava, mas também
sobre as pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia
admitir tal fato entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (
1Rs 21.25,26).
2. Identificando a falsa
divindade Aserá. A crença Cananéia dizia que El seria o deus principal,
isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O texto bíblico de
1Rs 18.17-19, faz referência a essas
duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do termo
hebraico: Ashera
ou Aserá,
e mantém o significado de bosque para adoração de ídolos. Aserá, conhecida
também como Astarote
ou Astarte,
era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No
texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa
entre o povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1Rs 11.33). Assim entendemos o porquê da
resistência profética a esse culto.
CARACTERÍSTICAS DA ADORAÇÃO
VERDADEIRA FALSA
. Produz
verdade; . Produz mentira;
. Produz
sinceridade; .
Produz dissimulação;
. Produz
sentimento nobre; . Produz sentimento
egoísta
. Produz
arrependimento; . Produz espetáculo;
. Produz bom
caráter; . Produz um mal caráter;
. Produz
entrega e . Produz avareza e ganância;
voluntariedade;
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A crença popular cananita dizia que
El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros deuses, Aserá era a deusa-mãe.
II-
CONFRONTANDO OS FALSOS
PROFETAS.
1.
Profetizavam sob encomenda. Os fatos
ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma verdade: nenhum
sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O texto de 1Rs 18.19
destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel.
Eram profetas, mas possuíam seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa.
Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistema
estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a Igreja, podem ficar
comprometidos com qualquer esquema religioso ou político. Se assim o fizerem,
perdem suas vozes proféticas ( 1Rs 22.13,14).
2.
Eram mais numerosos. Acabe e sua
esposa havia institucionalizado a idolatria no reino do norte. Baal e Aserá não
eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra
estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa
forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real
necessitava de um grande número de falsos profetas. O texto sagrado por
diversas vezes destaca esse fato ( 1Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na
presença do povo ( 1Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco
qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os falsos
profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda
III-
CONFRONTANDO A FALSA
ADORAÇÃO.
1. Em
que ela imita a verdadeira? O relato do capítulo 18 de 1 Reis revela que
a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual
hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifícios. Elias,
porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais,
jamais conseguiria produzir fogo (1Rs 18.24). O teste seria, portanto, a
produção de fogo! Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do
dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1Rs 18.26-29). Uma das marcas do
culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro.
Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo
santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer
fogo do céu (1Rs 18.38)!
2. No
que ela se diferencia da verdadeira? A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O
relato do capítulo 18 de 1Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em
primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história
(1Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram pessoas reais assim como foram reais
as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, a verdadeira adoração
distingue-se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: “E que
eu sou teu servo” (1Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores (Jo
4.24). Israel havia sido uma nação escolhida pelo Senhor (Ex 19.5). Elias
invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em
terceiro lugar, a adoração diferencia-se pela Palavra de Deus , que é o
instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus ( 1Rs 18.36).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
A verdadeira adoração firma-se na
revelação de Deus na história.
IV-
CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL.
1. O perigo do
sincretismo religioso. O dicionário
da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretismo como “a fusão de
elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento,
continuando perceptíveis a alguns originais” Essa definição ajusta-se bem ao
culto hebreu no reino do norte durante o reinado de Acabe. A adoração
verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais
desastroso. Esse problema da “mistura” do culto hebreu com outras crenças foi
uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Ex 12.38; Ne 13.3). O
sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre será. A fé Bíblica não
pode se misturar com outras crenças!
2. A resposta divina ao sincretismo. O texto sagrado diz que logo após o Senhor
ter respondido com fogo a oração de Elias (1Rs 18.38), o profeta de Tesbe deu
instrução ao povo: “Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E
lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou” (
1Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para
extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua
própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei
deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o
povo para a idolatria ( Dt 13.12-18; 20.12-13).
SINOPSE DO TÓPICO (4)
O Deus de Israel é rigorosamente contrário
a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.
CONCLUSÃO
O
desafio do profeta Elias contra os profetas de Baal foi muito além de uma
simples luta do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o
Deus verdadeiro e, portanto merecedor de toda adoração. Foi decisivo
para fazer retroceder o coração do povo até então dividido. Mostrou que o
pecado deve ser tratado como pecado e que a decisão de extirpá-lo deve ser
tomada com firmeza. A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por
parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor
ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos
da piedade cristã. Assim como Elias, uma Igreja triunfante deve levantar a sua
voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça.
REFLEXÃO
“O que vendo todo o povo, caiu sobre os
seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!” (1Rs 18.39).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.).
Enciclopédia
Popular de profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD,2008.
ZUCK,
Roy B. Teologia do Antigo Testamento. I. Ed. Rio de Janeiro: CPAD,2009.
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