segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


Pr. César Moisés
 
Perfil
É pastor, pedagogo, chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD e professor universitário. É autor de "Marketing para Escola Dominical", que ganhou o Prêmio Areté da Associação de Editores Cristãs (Asec) de Melhor Obra de Educação Cristã no Brasil em 2006, e do romance juvenil "O mundo de Rebeca"; e co-autor de "Davi: As vitórias e derrotas de um homem de Deus", todos títulos da CPAD.
  • Repensando a Escola Bíblica Dominical e seus métodos de crescimento.
    (3ª parte)

    Como alavancar o programa mais popular de Educação Cristã da Igreja?

     
    PASSO 2
    Identificar o problema, assumi-lo e liderar.


    Nossa reflexão avança agora no tempo e tomamos o livro e, particularmente a vida de Neemias como fio condutor. Neemias, ocupando a função importantíssima de copeiro do rei Artaxerxes recebeu a visita de um de seus patrícios e, ao perguntar sobre a situação de Jerusalém, foi surpreendido pela informação de que, além de os muros fendidos e as portas queimadas, o povo da cidade estava em grande miséria (Ne 1.1-3).

    Aqui Neemias toma consciência do problema e todos sabem que a identificação de um problema é o caminho mais curto para sua resolução. Os mais otimistas afirmam que só este ato constitui 50% de resposta para a equação. Mas, o que poderia ter acontecido? Ele simplesmente poderia ter ignorado.

    Mas, Neemias não fez isso, pelo contrário, ele não só identificou o problema e entristeceu-se por isso (v.4), mas o assumiu tornando-se parte dele e
    conseqüentemente ocupou a liderança do movimento (vv.5-11; 2.1-5).

    Assim deve ocorrer conosco na Escola Dominical. Mesmo assumindo a postura mais otimista e considerando a metade do problema solucionado, existe ainda um longo caminho para implementarmos as mudanças exigidas e alcançarmos o nível ideal para termos uma ED de qualidade. É bom não esquecer que, Neemias, assim como Esdras, contava com “a boa mão do Senhor” (2.8). O pastor, superintendente, professores e todos os demais envolvidos na Educação Cristã para empreender as mudanças necessárias na Escola Dominical, deverão contar, acima de tudo, com a mão do Senhor.

    Além disso, é preciso que saibam avaliar causas do problema, identificar essas causas, assumir-se como parte do problema e tomar a iniciativa de liderar o movimento de “reforma”. Isso implica em desgaste de imagem, impopularidade e até mesmo inimizades, pois, lamentavelmente, alguns (ignorante ou conscientemente) perseguem a Escola Dominical e acreditam que estão prestando um serviço a Deus. 
     
    PASSO 3
    Avaliar causas, planejar e preparar a operação.


    Neemias sabia ― e todos os povos daquela época, principalmente os inimigos ― que uma das evidências de que uma cidade possuía liderança era o fato de o povo ter suprimentos e esta possuir muros e portas. Por este motivo, Neemias, como ótimo empreendedor, administrador e líder, realizou uma viagem com propósitos definidos: a) Fazer parcerias (2.9); b) Guardar os planos em segredo por um tempo (2.12,16); c) Avaliar as causas e inspecionar (2.13).
    É preciso proceder da mesma forma em relação à Escola Dominical.       
     
    PASSO 4
    Lançar uma campanha (divulgar)


    O povo agora precisava de incentivo. Uma das formas de incentivar é fomentar boas notícias e reavivar a esperança de que nem tudo está perdido. Além disso, o trabalho e o envolvimento de todos, faz com que as pessoas amem o projeto, pois elas desenvolvem o senso de pertencimento. Foi o que fez Neemias (2.17,18).

    Envolver a todos no projeto de reformulação da Escola Dominical é uma das melhores formas de incentivar o crescimento da Escola Dominical.

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