LIÇÃO 01
A APOSTASIA DO
REINO DE ISRAEL
06 de janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO:
"E sucedeu que (como se fora coisa leve
andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a
Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se
encurvou diante dele" (1 Rs 16.31).
Os
Fenícios adotaram o culto de Baal, que chamavam Baal Shamem, senhor dos céus.
Depois de chegar a Canaã, os israelitas passaram a chamar de Baal os deuses da
região. No século IX a.C., Jezabel pretendeu substituir o culto de Iavé pelo de
Baal em Israel.
VERDADE PRÁTICA
A apostasia na história do povo de Deus é um
perigo real e não uma mera abstração. Por isso, vigiemos.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO:
"E sucedeu que (como se fora coisa leve
andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a
Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se
encurvou diante dele" (1 Rs 16.31).
Nosso
primeiro texto áureo deste ano fala sobre a historicidade do rei de Israel
Acabe e da rainha sidônia Jezabel. Acabe filho de Onri, reinou entre 874-853 a .C., foi o sétimo rei do
Reino do Norte ou Israel. Acabe era filho de Onri, rei que
chegou ao poder em Israel através de uma conspiração contra o rei Zinri, quando
era chefe do exército (1 Rs 16.16). Onri fez o que era mal aos olhos do Senhor
(1 Rs16.26), mas foi pior que seus antecessores, no entanto, Acabe o superou na
maldade (1 Rs 16.30).
Também foi o pai de Acabe, Onri que
comprou o monte de Samaria e estabeleceu a capital do Reino do norte nesta
cidade (1 Rs 16.24). Segundo o historiador judeu Flávio
Josefo: "Acabe, rei de Israel, estabeleceu sua morada em Samaria e
reinou vinte e dois anos. Em vez de mudar as abomináveis instituições feitas
pelos reis, seus predecessores inventaram ainda outras novas, tanto se
comprazia em superá-los na impiedade e particularmente a Jeroboão, porque
adorou como ele, bezerros de ouro, que tinha mandado fazer e acrescentou outros crimes a esse. Desposou
a Jezabel, filho de Etbaal, rei dos tírios e dos sidônios, e tornou-se
idólatra, adorando falsos deuses. Jamais mulher alguma foi mais ousada e mais
insolente; sua horrível impiedade chegou mesmo a não se envergonhar de edificar
um templo a Baal, deus dos tírios, plantar madeiras para dar um culto sacrílego
a essa falsa divindade. Como Acabe sobrepuja a todos os seus predecessores em
maldade, ele tinha prazer em ter sempre essa espécie de gente junto de si"
(História dos Hebreus, livro I, CPAD, pag. 192. RJ, 1990). O Pastor Adenir Araújo em sua
matéria: Aprendendo com os erros de Acabe, declara:
"Há quatro fatores que contribuíram para Acabe ser classificado como o rei
mais perverso. Cada um é algo que devemos evitar na nossa própria vida.
I.
Ele não conseguiu aprender com os pecados de seu pai. -
Onri, pai de Acabe, era um rei perverso. Tanto assim que as Escrituras dizem
que ele "agiu mais perversamente que todos os que foram antes
dele" (I Reis 16:25).
-
No entanto, Acabe ultrapassou a maldade de seu pai (I Reis 16:30).
-
Os pais têm a responsabilidade de levar seus filhos na direção divina
(Deuteronômio 11:18-19, Efésios 6:4).
-
Mas, independentemente de quão bem um pai ensina, ou quão bem uma criança
escuta, cada um ficará sozinho diante do Senhor. "A alma que pecar,
essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade
do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso
cairá sobre este" (Ezequiel 18:20 ).
-
Apesar de entendermos essa responsabilidade dos pais ensinarem os seus filhos a
conhecer e amar o Senhor, há também a realidade de que alguns não são
abençoados com pais tementes a Deus. Acabe com certeza não foi. Mas esta não é
uma desculpa, como o versículo em Ezequiel 18:20 ressalta. Se esta é sua
situação, aprenda com as falhas de seus pais, como Acabe, deveria ter feito. A
profecia de Ezequiel fala de um homem mau. Este homem "Eis que, se
ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez, e, vendo-os, não
cometer coisas semelhantes" (Ezequiel 18:14). Os filhos devem obedecer
a seus pais "no Senhor" (Efésios 6:1). Se seus pais não
estão indo de acordo com as instruções do Senhor, aprenda com os seus pecados,
e não faça o mesmo.
II.
O pecado era uma coisa comum para ele. -
O texto áureo diz de Acabe, "Como se fora coisa de somenos andar ele
nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, tomou por mulher a Jezabel, filha de
Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e o adorou" (I
Reis 16:31). Nós lemos dos pecados de Jeroboão:
- a criação de ídolos para adoração; -
estabeleceu sacerdote de todas as pessoas; -
instituiu a sua própria festa para disputar com a festa do Senhor em Jerusalém,
-
queimou incenso e ofereceu sacrifícios (I Reis 12:28-32).
-
Jeroboão tornou-se o padrão de iniquidade. Somos informados da perversidade de
Onri em que "andou em todo o caminho de Jeroboão, filho de Nebate, e
em seus pecados, que fez pecar Israel" (I Reis 16:26).
-
Acabe ultrapassou esse nível de maldade. Ele "fez o mal aos olhos do
Senhor mais do que todos os que foram antes dele” (I Reis 16:30). Isto
incluiu Jeroboão. Mas o texto diz que era "coisa trivial" para
ele viver nesses pecados. Acabe chegou ao ponto em que cometer pecados como este
não era motivo de preocupação.
-
Devemos entender que o pecado nunca é insignificante. O pecado nos separa de
Deus (Isaías 59:2). O pecado é a razão pela qual Jesus teve que morrer na cruz
(I Pedro 3:18). O pecado é o motivo da punição futura (Hebreus 10:26-27).
Muitos hoje têm visto o pecado como algo insignificante. Eles agem como se eles
não precisassem de autoridade divina por seus atos, mesmo que Paulo disse: "Tudo
quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor
Jesus" (Colossenses 3:17). Eles vivem para cumprir as suas
próprias cobiças, apesar do fato de que Pedro nos diz: "abstenhais
das concupiscências carnais que fazem guerra contra a alma" (I
Pedro 2:11). Quando o pecado é visto como algo insignificante, as maldades
serão abundantes. Isso é o que vemos com Acabe. Não podemos deixá-la ser
encontrada em nossas vidas.
III.
Ele permitiu ser influenciado pelo mal. -
Acabe "se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios”
(I Reis 16:31). Jezabel é uma das personagens infames da Bíblia. Seu nome se
tornou sinônimo de demônio. Nós também aprendemos com essa passagem que ela era
a filha de um rei estrangeiro. Os israelitas foram especificamente advertidos
sobre casar com essas pessoas. "nem contrairás matrimônio com os
filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas
filhas para teus filhos;" (Deuteronômio 7:3). No entanto, Acabe
casou-se esta mulher mal de qualquer maneira. Ela passou a incentivá-lo nos
caminhos do pecado.
-
Não devemos nos unir em "jugo desigual com os infiéis” (II
Coríntios 6:14). Esta passagem não está exclusivamente falando em casamento,
mas certamente está incluído. O ponto chave deste versículo é que não devemos
permitir que as más influências tivessem controle sobre nós. Em sua primeira
carta à igreja em Corinto, Paulo os advertiu: "As más companhias
corrompem os bons costumes" (I Coríntios 15:33). Em vez de ser
influenciado pelo mal, temos de ser influências positivas para o bem (Mateus
15:13-16). Acabe não fez isso. Ele permitiu que pessoas más - em primeiro lugar
seu pai Onri, então sua esposa Jezabel - exercer uma forte influência sobre
ele.
IV.
Ele se envolveu na idolatria. -
Depois de casar-se com Jezabel, Acabe "passou a servir Baal, e o
adorou. Então, ele ergueu um altar a Baal na casa de Baal que edificara em Samaria. Acabe
também fez um ídolo” (1 Reis 16:31-33). Acabe estava fazendo exatamente
como o Senhor disse que aconteceria. Após alertar sobre casar-se com as nações
ao redor deles, o Senhor disse, "eles farão desviar seus filhos de
mim; para servir outros deuses" (Deuteronômio 7:4). Os israelitas
estavam a ter "outros deuses" e não para"fazer um
ídolo... "ou adorá-los ou servi-los" (Êxodo 20:3-5).
Mas era isso que Acabe escolheu fazer.
-
Ainda hoje, devemos tomar cuidado com a idolatria. João fechou sua primeira
carta com o aviso: "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (I
João 5:21). Há muitas coisas que podem ser ídolos, além das imagens esculpidas
em madeira ou pedra. Nós podemos tratar as coisas como o dinheiro, as pessoas,
a fama, a carreira, e assim por diante, como ídolos, elevando-os a um nível
igual ou superior a Deus. Devemos proteger-nos dessas coisas hoje.
Portanto, nosso texto áureo aponta
para a vida de maldade de Acabe, como ela excedeu todos os reis que foram antes
dele. No entanto, como lemos sobre ele nesta passagem, ele não é muito
diferente de muitas pessoas hoje. Ele não conseguiu aprender com os erros dos
outros (principalmente do pai). Ele ignorou a gravidade do pecado e tratou-o
com leviandade. Ele permitiu ser influenciado por pessoas más ao pecado. E ele
seguiu após outros deuses, ao invés de se dedicar inteiramente a seguir o
Senhor. De todas as pessoas que você
conhece, quantos teriam pelo menos uma destas coisas em comum com Acabe? Muito
provavelmente você poderia pensar de muitos. Assim que não é exagero dizer que
as pessoas caem nestas mesmas armadilhas hoje.
Agora, dê uma olhada honesta em sua
própria vida. Poderia alguma dessas coisas se aplicar a você? Em caso
afirmativo, corrija-os. Não siga o caminho que seguiu Acabe. Siga o Senhor em
todas as coisas". (matéria do Pr. Adenir Araújo - adaptado - http://www.opregadorfiel.com.br/2010/11/aprendendo-com-os-erros-de-acabe.html#ixzz2GC01bqFq
).
INTERAÇÃO
Professor,
o pastor José Gonçalves — professor de Teologia, escritor e vice-presidente da
Comissão de Apologética da CGADB — é o comentarista das Lições Bíblicas deste
trimestre. O
tema que será abordado é “Elias e Eliseu: um
ministério de poder para toda a Igreja”. Estudaremos
a vida desses profetas e veremos que ela é um divisor de águas no ministério e
na historiografia judaica. Elias
e Eliseu deixaram um legado de poder, ousadia, santidade e abnegação à sua
posteridade. A
partir de seus ministérios, podemos ver florescer Isaías, Jeremias, Ezequiel,
Daniel e outros santos homens que honraram o caminho daqueles autênticos
profetas do Senhor.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar
as causas e os agentes da apostasia em Israel.
Conscientizar-se
sobre os perigos da apostasia.
Compreender
quais foram as consequências da apostasia para Israel.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor,
para a primeira aula deste trimestre, sugerimos que você reproduza o esquema
abaixo. Utilize-o
para apresentar aos alunos um panorama geral da vida de Elias e Eliseu. Inicie
a aula traçando as principais características desses profetas bíblicos. Diga
à classe, que mesmo diante de uma sociedade apóstata, Elias e Eliseu obedeceram
ao Senhor. Eles
porfiaram por realizar a vontade de Deus contra quaisquer prejuízos.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Apostasia: Abandono ou deserção da fé.
Podemos
afirmar, com segurança, que um dos períodos mais sombrios na história do reino
do Norte, também denominado “Israel”, ocorreu durante o reinado de Acabe, filho
de Onri. Acabe
governou entre os anos 874 e 853
a .C, e o seu reinado foi marcado pela tentativa de
conciliar os elementos do culto cananeu com a adoração israelita. Uma
primeira leitura dos capítulos 16.29 — 22.40 do livro de 1 Reis, revela que
essa mistura foi desastrosa para o povo de Deus. Na
prática, o culto ao Deus verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso
Baal, trazendo como consequência uma apostasia sem precedentes e pondo em risco
até mesmo a verdadeira adoração a Deus.
I. AS
CAUSAS DA APOSTASIA
1. Casamento misto . O
texto bíblico põe o casamento misto de Acabe com Jezabel, filha de Etbaal rei
dos sidônios, como uma das causas da apostasia no reino do Norte. O
relato bíblico destaca que Acabe “tomou por mulher
a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o
adorou” (1 Rs 16.31). Foi
em decorrência desse casamento pagão que a idolatria entrou com força em
Israel. Embora
se fale de um casamento político, as consequências dele foram na verdade
espirituais. A
mistura sempre foi um perigo constante na história do povo de Deus. Os
crentes devem tomar todo o cuidado para evitar as uniões mistas. A
Escritura, tanto no Antigo como em o Novo Testamento , condena esse tipo de união (Dt
7.3; 2 Co 6.14,15).
2. Institucionalização da idolatria. A
união de Acabe com Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua
influência, Acabe “levantou um altar a Baal, na
casa de Baal que edificara em Samaria” (1 Rs 16.32). A
institucionalização da idolatria em Israel fica evidente quando o autor sagrado
destaca que também Acabe “fez um poste-ídolo, de
maneira que cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do
que todos os reis de Israel que foram antes dele” (1 Rs 16.33).
Não
há dúvida de que o culto a Baal estava suplantando o verdadeiro culto a Deus.
Havia uma idolatria financiada pelo Estado. Vez
por outra temos visto Satanás tentando se valer do poder estatal para financiar
práticas que são contrárias aos princípios cristãos. Por
isso devemos orar pela nação para que ela seja um canal de bênção e não de
maldição.
SINOPSE DO
TÓPICO (I)
Tanto no Antigo como em o Novo Testamento
as Escrituras condenam o casamento misto.
II. OS
AGENTES DA APOSTASIA
1. Acabe. Onri,
pai de Acabe e rei de Israel que reinou entre os anos 885 e 874 a .C, foi um grande
administrador, tanto na política interna como na externa de Israel. Mas
foi um desastre como líder espiritual do povo de Deus (1 Rs 16.25,26). O
pecado de Acabe foi andar nos caminhos idólatras de seu pai, que foi um
seguidor de Jeroboão, filho de Nebate (1 Rs 16.26) e também ter aderido aos
maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa, Jezabel (1 Rs 16.31). Esse
fato fez com que Acabe se tornasse um instrumento muito eficaz na propagação do
culto idólatra a Baal. Devemos
ser imitadores do que é bom e não daquilo que é mau.
2. Jezabel. De
acordo com o relato de 1 Reis 18.19, Jezabel trouxe para Israel seus deuses
falsos e também seus falsos profetas. Teve
uma verdadeira obstinação na implantação da adoração a Baal em território
israelita. Foi
sem dúvida alguma uma agente do mal na tentativa de suprimir ou acabar de vez
com o verdadeiro culto a Deus. Não
fosse a intervenção do Senhor através dos profetas, em especial Elias , ela
teria conseguido o seu intento. O
Senhor sempre conta com alguém a quem Ele levanta em tempos de crise.
SINOPSE DO
TÓPICO (II)
Em Israel, Acabe e Jezabel foram os agentes
mais eficazes da apostasia.
III. AS
CONSEQUÊNCIAS DA APOSTASIA
2. O julgamento divino. É
nesse cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que
duraria cerca de três anos (1 Rs 17.1; 18.1). A
fim de que a nação não viesse a perder de vez a sua identidade espiritual e até
mesmo deixar de ser vista como povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro
para trazer um tratamento de choque à nação. Julgamento
semelhante ocorre durante o reino de Jeorão, filho de Josafá e genro de Acabe,
que recebe uma carta do profeta Elias. Nela
é anunciado o juízo divino sobre a sua vida e reinado (2 Cr 21.12-15). O
Senhor mostrou claramente que a causa do julgamento estava associada ao
abandono da verdadeira fé em Deus. Tempos
depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da necessidade de nos corrigirmos
diante do Senhor (1 Co 11.31,32).
SINOPSE DO
TÓPICO (III)
As consequências da apostasia à nação de
Israel foram duas: a perda da identidade nacional (e espiritual) e o julgamento
divino.
IV.
APOSTASIA
1. Um perigo real. A apostasia era algo bem
real no reino do Norte. Estava espalhada por toda parte. Na verdade a palavra
apostasia significa, segundo os léxicos, abandonar a fé ou mudar de religião.
Foi exatamente isso que os israelitas estavam fazendo, estavam abandonando a
adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus. Em o Novo Testamento
observamos que os cristãos são advertidos sobre o perigo da apostasia! Na
Epístola aos Hebreus o autor coloca a apostasia como um perigo real e não
apenas como uma mera suposição (Hb 6.1-6). Se o cristão não mantiver a
vigilância é possível sim que ele venha a naufragar na fé.
2. Um mal evitável. Já observamos que Acabe foi um rei mau (1 Rs 16.30).
Em vez de seguir os bons exemplos, como os de Davi,
esse monarca do reino do Norte preferiu seguir os maus exemplos. O cronista
destaca que “ninguém houve, pois, como Acabe, que
se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher,
o instigava” (1 Rs 21.25). Ainda de acordo com esse mesmo
capítulo, Acabe se contristou quando foi repreendido pelo profeta, mas parece
que foi um arrependimento tardio (1 Rs 21.17-29). Tivesse ele tomado essa
atitude antes, o seu reinado teria sido diferente. Por que não seguir os bons
exemplos e assim evitar o amargor de um arrependimento tardio?
SINOPSE DO
TÓPICO (IV)
A apostasia é um perigo real, mas também é
um mal evitável através da vigilância do crente.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Ficou
perceptível nessa lição que a apostasia no reino do Norte pôs em perigo a
existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com Jezabel
demonstrou ser nociva não somente para Acabe, que teve o seu reino destroçado,
mas também para o povo de Deus, que por muitos anos ficou dividido entre dois
pensamentos em relação ao verdadeiro culto. As
lições deixadas são bastante claras para nós: não podemos fazer aliança com o
paganismo mesmo que isso traga algumas vantagens políticas ou sociais; a
verdadeira adoração a Deus deve prevalecer sobre toda e qualquer oferta que nos
seja feita. Mesmo que essas ofertas tragam grandes ganhos no presente. Todavia
nada significam quando mensuradas pela régua da eternidade.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009. HARRISON, R. K. Tempos do Antigo
Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD,
2010. MERRIL E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de
sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Lexicográfico
“Apostasia”
[Do
gr. apostásis, afastamento] Abandono premeditado e consciente da fé cristã. No
Antigo Testamento, não foram poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em Juízes,
há sete desvios ou abjuração da verdadeira fé em Deus. Para os profetas,
a apostasia constitui-se num adultério espiritual. Se a congregação hebréia era
tida como a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os preceitos, e
jamais curvar-se diante dos ídolos.
Jeremias
e Ezequiel foram os profetas que mais enfocaram a apostasia israelita sob o
prisma das relações matrimoniais. No Primitivo Cristianismo, as apostasias não
eram desconhecidas. Muitos crentes de origem israelita, por exemplo, sentindo-se
isolados da comunidade judaica, deixavam a fé cristã, e voltavam aos rudimentos
da Lei de Moisés e ao pomposo cerimonial levítico. Há
que se estabelecer, aqui, a diferença entre apostasia e heresia. “A primeira é
o abandono premeditado e completo da fé; a segunda, é a abjuração parcial dessa
mesma fé” (ANDRADE, C. C. Dicionário Teológico. 13 ed., RJ: CPAD, 2004,
pp.56,57).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Biográfico
“ELIAS”
Elias
foi chamado para servir como porta-voz de Deus na ocasião em que o reino do
norte havia alcançado sua mais forte posição econômica e política desde a
separação feita pelo governo davídico em Jerusalém.
[...]
Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de uma seca iminente,
lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele havia ignorado, tinha o
controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.10-12). Em seguida, Elias
isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi
sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente
fornecidos pelos corvos. É possível que esse ‘ribeiro’ (nahal) seja o profundo
vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o suprimento de água terminou
por causa da seca, Elias foi divinamente instruído a ir até Sarepta, na
Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva de farinha e óleo
havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das chuvas fosse
restaurada à terra. “A identidade de Elias como profeta ou homem de Deus foi
confirmada pela divina manifestação quando o filho da viúva foi restaurado à
vida” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, pp.628-29).
“ELISEU”
[...]
Seu ministério profético cobriu toda a última metade do século IX a.C,
atravessando os reinados de Jorão, Jeú, Jeoacaz, e Joás, do reino do Norte. Sua
influência estendia-se desde uma viúva endividada (2 Rs 4.1) até um homem rico
e proeminente (4.8) e mesmo até dentro do próprio palácio de Israel (5.8; 6.9;
12, 21, 22; 6.32 — 7.2; 8.4; 13.14-19). Além disso, outros reis (Josafá de
Judá, 2 Reis 3.11-19, Ben-Hadade da Síria, 8.7-9) e altos funcionários do
exército sírio (5.1,9-19) procuravam sua ajuda.
Diferentemente
de Elias que tinha uma tendência ao ascetismo, e a se afastar dos olhos do
público, Eliseu viveu próximo às pessoas que servia, e gostava da vida social.
Tinha uma casa em Samaria, a capital (2 Rs 6.32), mas viajava constantemente
pelo país, tal como Samuel havia feito antes dele. Frequentemente parava para
visitar seus amigos em
Suném. Exatamente como Jesus fez, mais tarde, muitas vezes
com Maria e Marta. Eliseu chorou quando falou com Hazael, pois conhecia muito
bem o cruel sofrimento que este causaria a Israel (2 Rs 8.11,12). [...] “É
evidente que muitos aspectos da pessoa e da obra de Eliseu são capazes de
reproduzir em muitos aspectos o caráter e o ministério de nosso Senhor”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.633).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A apostasia no
Reino de Israel
Neste
trimestre estudaremos relatos relacionados aos profetas Elias e Eliseu. Para
que não incorramos em erros de interpretação, é prudente situar historicamente
o texto desta aula e das demais. A nação de Israel, depois do reinado de
Salomão, dividiu-se em dois reinos independentes: Judá, ao Sul, e Israel, ao
Norte. Cada nação teve sua cota de profetas enviados por Deus para tratar de
questões como justiça social, afastamento do pecado e de uma aproximação
sincera para com Deus.
A
figura dos profetas era essencial nos dois reinos. Deus havia instituído o
sacerdócio para conduzir o culto a Ele, e também permitiu a instauração da
monarquia como uma forma de governo administrativo. Ambos deveriam funcionar de
maneira coerente, e quando isso não ocorria, Ele enviava seus profetas. Elias
viveu em Israel, um reino que se tornou conhecido por sua liderança ímpia, com
diversos reis que se desviaram dos caminhos do Senhor e levaram o povo pelas
mesmas práticas. Aqui
é necessário fazer algumas observações sobre a liderança e seu poder.
A
primeira refere-se à capacidade de um líder de conduzir um povo a Deus ou não.
O rei de Israel nos dias de Elias era Acabe, um homem que não havia inclinado
seu coração para o Senhor, e que se casou com uma mulher ímpia, Jezabel. Esse
casal não apenas adorou outros deuses, mas também matou os profetas de Jeová, além
de cometer graves injustiças sociais. Basta dizer, por exemplo, que um homem
chamado Nabote, que possuía uma vinha ao lado do palácio, por não desejar
vender sua propriedade ao rei de Israel, foi morto sob acusação de ter
blasfemado contra o Senhor. É curioso ver que Jezabel amava a Baal e o adorava,
e matou muitos profetas do Senhor, mas quando lhe pareceu conveniente, usou o
nome do Senhor para matar um desafeto. Líderes que perdem o temor do Senhor
tendem a desviar pessoas com seu mau exemplo. Temos que ter cuidado para não
julgar pessoas que nos são desafetas utilizando o nome do Senhor como uma forma
de esconder nossa ira por trás de um motivo “santo”.
A
segunda observação refere-se ao cuidado com casamentos mistos, e o quanto eles
podem ser perniciosos. Acabe era um israelita, mas não se preocupou em obedecer
a lei de Deus no tocante ao casamento, e casou com uma mulher má. Um casamento
fora da vontade de Deus pode nos conduzir para longe dEle.
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