quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lição 9 - 1º Trim. 2013 - Maternal 3 e 4 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
A criação de Deus - A proteção e o cuidado de Deus
  • Lição 9 - Deus criou as aves

    Leitura Bíblica Gênesis 1.20-23

    II. De professor para professor
    Prezado professor, o objetivo da lição deste domingo é fazer com que a criança compreenda que Deus criou as diferentes espécies de aves.
    • Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.
    • A palavra-chave é “AVE”. Durante o decorrer da aula diga às crianças que o Papai do céu criou todas as aves. Pergunte se elas poderiam dizer o nome de uma ave. Cite alguns exemplos e mostre algumas figuras de aves.

    III. Para refletir

    Kit de Sobrevivência do Professor
    (Pode se encontrado na maioria das mesas dos professores.)

    Palito de dente
    Para não esquecer de apontar as boas qualidades de todos os estudantes.

    Elástico
    Para lembrar de ser flexível; as coisas nem sempre são como planejamos.

    Band-Aid
    Para lembrar que algumas crianças estão feridas e precisam de ajuda para sarar.

    Lápis
    Para anotar as bênçãos do dia, e lembrar aos alunos que também o façam.

    Borracha
    Para lembrar que sou humano, e que preciso ser perdoado e perdoar erros.

    Ciclete
    Para lembrar a mim e aos alunos de sermos unidos.

    Moeda
    Para lembrar que os alunos valem uma fortuna (mesmo não havendo comprado nenhum).

    Doces
    Para lembrar que todos precisam de muito amor, apertos de mão e abraços.

    Saquinhos de chá
    Para lembrar de separar um tempo para relaxar, abrir-se, revigorar-se e reabastecer-se.


    CARLSON, Melody. Uma maçã para meu professor. Rio de Janeiro, editora CPAD.

    IV. Conversando com o professor

    Observe, nos tópicos abaixo, algumas das necessidades da criança do maternal. Procure trabalhar de modo que essas necessidades sejam atendidas.
    A criança do maternal tem necessidade de:

    1. Espaço para atividades manuais, para ouvi histórias, brincadeiras, lanche, etc.

    2. Materiais didáticos que permitam utilizar os cinco sentidos (ver, ouvir, tocar, cheirar, sentir o gosto).

    3. Usar todos os cinco sentidos.

    4. Tempo para realizar as atividades. Devemos evitar todas as causas de afobação e tensão. A aula deve ser tranqüila e sem pressa.

    5. Atividades onde possa utilizar os músculos grandes.

    6. Mobiliário e brinquedos adequados a sua faixa etária.

    IV. Sugestões de atividades manuais
    Vamos confeccionar um passarinho usando tubos de papel higiênico? Você vai precisar dos seguintes materiais:

    - Tubos de papel higiênico;

    -Cola e peninhas coloridas;

    -Caneta hidrocor.

    Entregue um tubo a cada aluno. Passe cole no tubo e peça que os alunos colem as peninhas. Use as canetinhas para desenhar os olhos e o bico.

    Enquanto as crianças realizam a atividade, explique que Deus criou todos os pássaros. Pergunte se elas desejam agradecer ao Papai do Céu por todos os pássaros e belos animais que Ele criou?

Lição 9 - 1º Trim. 2013 - JD da Infancia - 5 e 6 anos.

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Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
Por que Deus é bom? O que posso fazer para Deus?
  • Lição 9 - Deus fala comigo

    Leitura Bíblica 2 Crônicas 34.1-21

    I. De professor para professor

    Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é que a criança compreenda que Deus fala conosco através da sua Palavra.

    • É importante fazer uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.

    • A palavra-chave da aula de hoje é “BÍBLIA”. Durante o decorrer da aula diga: “Deus fala com você através da Bíblia”.

    II. Saiba Mais
    • Embora Deus seja o Todo-Poderoso, Ele sempre procurou comunicar-se de modo pessoal com o homem. Isso não é maravilhoso?! Você tem ouvido a voz do Pai? Como está a sua comunicação com o Altíssimo? Estamos vivendo na era da informática e da comunicação, todavia muitos, devido ao corre-corre da vida diária, diante das muitas vozes, já não conseguem mais ouvir ou reconhecer a voz do Pai. Por isso, queremos desafiá-lo a não se limitar, somente a buscar a ajuda de Deus, a ter somente um diálogo unilateral, mas desejamos que você almeje estabelecer canais autênticos de comunicação com o Pai. Ele deseja falar com você diariamente. Ouça-O.

    • Professor, observe através do quadro abaixo, a variedade incrível de métodos e modos utilizados por Deus para se comunicar conosco.
    Ele falou do Céu, direta e audivelmente.
    Lc 3.21,22
    Ele escreveu em tábuas de pedra.
    Êx 31.18
    Ele se tornou carne.
    Jo 1.14
    Ele deu vívidos sonhos e visões.
    Gn 28.12; Mt 1.20; 2.19,29;
    Ele utilizou paredes de palácios.
    Dn 5.5
    Ele fez animais falarem.
    Nm 22.28
    Ele expressou a verdade dos profetas.
    Ez 51.1; Am 2.1; Ag 1.7; Zc 8.3
    Ele utilizou os anjos.
    Lc 1.11,28; At 10.3,4
    Extraído do Manual de Ensino para o Educador Cristão, CPAD.

    IV. Sugestão

    Reúna as crianças em círculo. Mostre os visuais da lição e faça um pequeno comentário sobre os mesmos. Ressalte que Deus fala conosco de muitas maneiras.

Lição 9 - 1º Trim. 2013 - Primários - 7 e 8 anos .

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Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
Uma família abençoada - tempo de mudanças
  • Lição 9 - Deus cuida de mim!

    Texto Bíblico: Gênesis 30.22-24

    Crescendo na graça e no conhecimento

    “Os três grandes patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) tiveram esposa com dificuldades de conceber filhos. É interessante observar como cada homem reagiu à situação difícil da esposa. Abraão deitou-se com a serva de Sara a fim de ter seu próprio filho, e desse modo introduziu amargura e ciúme em sua família.

    Isaque, por outro lado, orou a Deus por sua esposa. Deus respondeu suas orações, e Rebeca teve filhos gêmeos. Jacó, porém, seguiu o exemplo de seu avô e teve filhos através das servas de suas esposas, o que resultou em conseqüências tristes e amargas.

    Raquel e Léia estavam presas a uma competição cruel. Em sua corrida para ter mais filhos, ambas deram suas servas a Jacó como concubinas.

    Embora este fosse um costume aceito naquela época, Jacó teria sido sábio em recusá-lo. O fato de um costume ser socialmente aceitável não significa que seja sábio ou correto. Você pode poupar muitas tristezas a si mesmo e aos outros se considerar as conseqüências potenciais de suas ações. O que você está fazendo agora que pode causar problemas futuros?” (Bíblia de Aplicação Pessoal, CPAD, p.52).

Lição 9 - 1º Trim. 2013 - Juniores - 9 e 10 anos.

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Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
Deus realiza sonhos, Deus escolhe líderes
  • Lição 9 - Sentir fome não era o meu sonho

    Texto Bíblico: Gênesis 41.46-57; 42.1-5

    SAIBA MAIS...
    “Os dois sonhos de Faraó, no mínimo perturbadores, proporcionam uma oportunidade para a libertação de José. Como no caso dos sonhos do copeiro-mor e do padeiro-mor (40.8), José rapidamente nega ter um dom inato para a interpretação de sonhos (41.16).

    Após interpretá-los, José aconselha Faraó a nomear alguém para a supervisão do armazenamento de víveres e sua posterior distribuição. Um homem prevenido vale por dois. Faraó escolhe José para esse serviço (v.41).

    Até aqui, seguimos a sua vida desde os dezessete anos (37.2) até seus trinta anos de idade (41.46). Após um início estimulante, vimos José mergulhar num pesadelo que duraria treze anos. Uma luz, contudo, começava a surgir. Seus treze anos de perplexidade foram apenas a metade do que seu bisavô tivera de suportar. Aos setenta e cinco anos de idade, Abraão recebera de Deus a promessa de um filho, mas somente ao completar cem anos ele pôde ter nos braços o filho da promessa.

    Seu fértil e exogâmico matrimônio com a egípcia Asenate nos faz perceber que a sorte de José está a ponto de melhorar (v.45). Desse casamento nascem dois filhos, a quem ele chama Manasses e Efraim (vv.51,52). O nome do primeiro filho evoca o fato de que Deus o está ajudando a esquecer as mágoas do passado. Hoje em dia, algumas pessoas chamam isso de ‘curar lembranças’ ou, nas palavras de Filipenses 3.13: ‘esquecer das coisas que atrás ficam’. O nome do segundo filho lembra que Deus faz de José um servo útil mesmo em uma terra de sofrimentos, incertezas e decepções. O esquecimento das agruras passadas e um vida produtiva estão entre as mais seletas bênçãos divinas sobre aqueles que enfrentam vicissitudes semelhantes às de José.” (Manual do Pentateuco, CPAD, p.140-141).

    ATIVIDADES
    Aproveite o assunto desta semana e traga algumas estatísticas brasileiras e mundiais a respeito da fome, de modo que seus alunos constatem a gravidade deste problema e como os governos mundiais têm dificuldade de solucioná-lo. Ao passo que José, com a sabedoria e a graça divinas, conseguiu resolver a questão fome na época em que viveu. Aí segue alguns dados colhidos na internet:

    O número de pessoas que passam fome no mundo aumentou em 2008 para 963 milhões, contra 832 milhões registrados em 2007, SEGUNDO o diretor da FAO, o braço da ONU (Organização das Nações Unidas) para Alimentação e Agricultura, Jacques Diouf.

    NO Brasil, os números são os seguintes: 32 milhões de pessoas passem fome, mais 65 milhões de pessoas que não ingerem a quantidade mínima diária de calorias, ou seja, se alimentam de forma precária.

    Aproveite o tema para realizar uma campanha de doação de alimentos para irmãos que precisem ou para localidades que passaram por tragédias naturais, como é o caso de Santa Catarina.

Lição 9 -1º Trim. 2013 - Pré-Adolescentes - 11 e 12 anos.

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Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
A Bíblia e a ciência
  • Lição 9 - A multiplicação da ciência

    Texto Bíblico: Daniel 2.20,21;12.4b; 1Coríntios 13.2,8

    Informações complementares para a lição

    Caro professor da classe de pré-adolescente, a paz do Senhor! Nesta semana estudaremos a lição que tem como o título: “A multiplicação da ciência.”

    Nos tempos atuais observamos como tem sido grande o avanço científico em diversas áreas: informática, biologia, medicina, entre outras. Em virtude disso, o volume das informações também cresceu de forma considerável, encurtando o tempo das pesquisas e obviamente das descobertas em vários campos da ciência. O Livro “O mundo de Rebeca” do escritor César Moisés ratifica acerca desse extremo crescimento científico, ressaltando que a evolução informacional é muito maior que a evolução biológica, citando algumas palavras de Stephen Hawking:

    “(...) acerca do evolucionismo ele diz que ‘os sistemas mais complexos que temos são nossos próprios corpos. A vida parece ter originado nos oceanos primordiais que cobriam a Terra há bilhões de anos. Como isso aconteceu, não sabemos. Pode ser que colisões aleatórias entre átomos formaram macromoléculas capazes de se reproduzir e de se unir em estruturas mais complexas (...) A atual taxa de atualização do DNA humano pela evolução biológica é de cerca de uma unidade por ano. Mas 200 mil novos livros são publicados por ano, uma taxa de novas informações de mais de um milhão de unidades por segundo. Claro que grande parte dessas informações é lixo, mas, mesmo que apenas uma unidade em um milhão seja útil, isso ainda é cem mil vezes mais rápido do que a evolução tecnológica.”

    CRESCENDO NO CONHECIMENTO
    A ciência como Apologética

    “Nós ouvimos, por todos os lados, que a ciência desaprovou o cristianismo, mas hoje em dia a evidência histórica nos dá uma resposta clara: ao contrário, foi o cristianismo que possibilitou a ciência. Ao invés de nos sentirmos intimidados por ataques feitos em nome da ciência, podemos mostrar que a própria existência do método científico, e tudo o que ele alcançou, é um grande argumento de defesa da verdade do cristianismo. Historicamente, muitos cristãos fizeram exatamente isso.

    Isaac Newton, com freqüência, considerado o maior dos primeiros cientistas, era um cristão devoto, cuja procura pela ciência era fortemente motivada pelo seu desejo de defender a fé. Ele acreditava de modo convicto que o estudo científico do mundo precisaria levar diretamente precisaria levar diretamente ao Deus que criou aquele mundo.”

Lição 9 - 1º Trim. 2013 - Adolescentes - 13 e 14 anos.

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Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
O relacionamento entre o crente eo mundo
  • Lição 9 - Radicalizando

    Texto Bíblico: Eclesiastes 11.9,10; Provérbios 10.23, 18.2

    Informações complementares para a lição

    Prezado professor, na lição desta semana falaremos acerca de algumas atividades tidas como “radicais” praticadas pelos adolescentes. Elas exigem maior esforço e são dotadas de muita alegria e emoção, pois apresentam algum desafio e obstáculos a serem superados. Praticar exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada é também importante para a saúde.

    É preciso cuidar bem do nosso corpo, pois é com ele que glorificamos a Deus através das nossas atitudes e ações. Afinal, o corpo é Templo do Espírito Santo (1 Co 6.19,20) e precisa ser morada permanente do Todo-Poderoso. Por isso, devemos nos divertir em atividades agradáveis e que promovam a nossa edificação. A Bíblia afirma que devemos glorificar a Deus com o nosso corpo, pois este pertence ao Criador (1 Co 6.20).

    O Comentário Bíblico Beacon reforça algumas ideias importantes acerca do corpo como santuário:

    Existem várias maneiras de uma pessoa ver o seu próprio corpo. Ela pode mimá-lo e idolatrá-lo. Pode vê-lo com desagrado e vergonha. Pode usá-lo como uma máquina para produzir trabalho. Pode usá-lo como uma arma para ganhar poder. Pode dedicá-lo prazeres carnais e usá-lo como um instrumento de vício. Ou, como Paulo, pode considerá-lo um templo (naos, santuário).

    Jesus se referiu a seu corpo como um templo quando disse: ‘Derribai este templo, e em três dias o levantarei.’ João apresentou a interpretação desta declaração quando disse que Jesus falava ‘do templo do seu corpo’ (Jo 2.19-21). Paulo também tinha se referido à congregação local como um templo (1 Co 3.16). O templo era considerado pelos judeus como a residência especial de Deus. Assim, o corpo como um templo torna-se um lugar especial de residência para o Espírito Santo.

    Quando o Espírito Santo reside no templo, este pertence a Deus. Assim, Paulo diz: Não sois de vós mesmos. O Espírito Santo não pode habitar em um santuário impuro. Ele é um dom do Deus Santo na vida do crente.

    Boa aula!

Lição 9 - 1º Trim. 2013 - Juvenis 15 - 17 anos.

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Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
A atualidade da mensagem da Bíblia
  • Lição 9 - Acharam a Arca de Noé?

  • Texto Bíblico: 2 Timóteo 3.16,17 e 2 Pedro 1.20,21

    Antes do nascimento da arqueologia, ninguém tinha realmente ideia de como era o mundo da Bíblia. As concepções eram puramente imaginárias. Como consequência, os comentários da Bíblia eram recebidos quase do mesmo modo que os contos mitológicos dos gregos e romanos. Não que as pessoas rejeitassem a Bíblia como verdade. Mas o mundo da Bíblia lhes parecia um planeta diferente, e seus personagens, uma população alienígena, cuja aparência e maneira de viver assemelhavam-se mais ao universo dos sonhos que à realidade.

    A arqueologia revelou as cidades, os palácios, os templos e as casas dos que conviveram com os indivíduos cujos nomes apareceram nas Escrituras.
    Coisas palpáveis podem assistir a fé em seu crescimento. A arqueologia traz à luz os remanescentes tangíveis da história, permitindo a criação de um contexto razoável para o desenvolvimento da fé. Permite também que fatos a sustentem – a confirmação da realidade dos personagens e eventos bíblicos. Assim, céticos e santos podem, do mesmo modo, perceber a mensagem espiritual arraigada à história.

    O arqueólogo Bryant Wood, diretor da Associates for Biblical Research (Associados para a Pesquisa Bíblica), comenta o assunto ao discorrer sobre a descoberta do nome “Casa de Davi” numa coluna de Tel Dã: Sabemos que Davi é uma figura histórica porque ele é mencionado na Bíblia, mas isso não é suficiente para os eruditos. Eles precisam de evidências extra-bíblica. Então, a arqueologia bíblica pode desempenhar um importante papel, verificando a verdade das Escrituras em face da crítica que hoje recebemos da moderna erudição (Texto extraído do Livro: Pedras que Clamam, CPAD).

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
Elias e Eliseu - Um ministério de poder para toda a igreja
  • Lição 9 - Elias no Monte da Transfiguração

    INTRODUÇÃO

    I – ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO

    II – ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO

    III – ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO

    IV – ELIAS, O MESSIAS E A EXALTAÇÃO

    CONCLUSÃO

    [...] A Aparição de Moisés e Elias ([Mt]17.3,4). Moisés e Elias são as figuras principais da Lei e dos Profetas (veja também Mt 5.17; 7.12; 11.13; 22.40).

    Deste modo estas duas figuras do Antigo Testamento dão testemunho divino à revelação de Jesus. Elias ascendeu ao céu, enquanto que Moisés morreu; os ensinos judaicos posteriores dizem que o seu corpo foi admitido ao céu. Lucas diz que eles também sabem sobre o iminente “êxodo” de Jesus. Os santos no céu não cessam de existir, nem estão em estado comatoso. Eles estão vivos e aptos para se comunicar com os que habitam a terra — nesta ocasião, com Jesus. Embora a transfiguração de Jesus revele principalmente sua natureza como o Messias celestial, também mostra que os santos que faleceram são participantes ativos e testemunhas do trabalho contínuo de Deus (Hb 12.1). A morte não é não-existência para o crente em Deus.

    Na versão de Mateus, Pedro chama Jesus de “Senhor” (kyrios), enquanto que em Marcos ele o trata de “Mestre” (Mt 17.4; Mc 9.5). A sugestão feita por Pedro de eles construírem “três tabernáculos” (skene, “tabernáculos, tenda, barraca”) sugere a Festa dos Tabernáculos, embora não fosse época (Lv 23.39-43). A Tenda da Reunião no deserto indicava a presença de Deus (Êx 33.7-11). Em Mateus não está claro o que Pedro pretendia.

    Marcos lança luz sobre a observação de Pedro com a declaração: “Pois não sabia o que dizia, porque estavam assombrados” (Mc 9.6). O que está nitidamente claro no que se segue é que a questão não é três tabernáculos para três profetas, mas um Filho celestial.

    [...] Elias Vem Primeiro (17.10-13). O aparecimento de Elias com Jesus leva os discípulos a perguntar como interagir os papéis destes dois. A crença dos “escribas” (v.10) refere-se a Malaquias 4.6 (veja também Eclesiástico 48.1-12). Não há evidência explícita do que antes de Jesus o papel escatológico de Elias teria um cumprimento tanto por um precursor do Messias quanto por uma figura Elias-Messias. Os discípulos entenderam que o Messias seria o Elias do tempo do fim. Considerando que eles tinham acabado de ver Elias na transfiguração como evento separado e distinto de Jesus, é natural que eles tivessem algumas perguntas a fazer.

    Jesus reinterpreta o papel escatológico de Elias em termos de precursor, a quem Ele identifica explicitamente por João Batista (cf. Mt 17.7-13 e Mt 11.12-14 com Mc 1.2; 9.13; Lc 7.24-35; veja comentários sobre Mt 3.3,4; 11.7-15). Era como se, tendo visto o antigo Elias, os discípulos esperassem o advento imediato do Dia do Senhor. A resposta de Jesus é que eles já tinham visto Elias e que o esquema de atividades que eles mantinham para o fim precisava de correção; há mais para vir antes do fim. Jesus reitera o anúncio da proximidade de sua morte e ressurreição (Mt 17.22,23).

    Texto extraído da obra “Comentário Bíblico Pentecostal:
  •  Novo Testamento”, editada pela CAPD.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lição 9 - 1º Trim. 2013 - Jovens e Adultos .


Lição 09

ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO

03 de março de 2013 

TEXTO ÁUREO

“E (Jesus) transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele”. (Mateus 17.2-3) 

VERDADE PRÁTICA 


O aparecimento de Moisés e Elias no Monte da Transfiguração é um testemunho de que a Lei e os Profetas cumprem-se em Cristo, o Messias prometido. 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO 

Nosso texto áureo é sobre a transfiguração do Senhor Jesus, episódio encontrado nos Evangelhos Sinópticos (Mt 17.1-13; Mc 9.2-13 e Lc 9.28-36).

O versículo 1º de Mateus 17 declara: “Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte”; em Marcos lemos: “E, seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago e a João, e os levou sós, em particular, a um alto monte, e transfigurou-se diante deles” (Mc 9.2). Em Lucas lemos: “E aconteceu que, quase oito dias depois dessas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago e subiu ao monte a orar” (Lc 9.28).

"Embora a Transfiguração fosse sem dúvida uma maravilhosa revelação da natureza essencial de Jesus, no contexto ela era também uma poderosa manifestação da natureza do reino que o nosso Senhor pretendia estabelecer com a sua morte.

[...] A chave para entendermos o pretenso significado da transfiguração é encontrada em Marcos 9.2, na frase 'seis dias depois'.
O que havia acontecido antes dos seis dias?  Jesus havia falado sobre a sua cruz e depois a glória, e feito uma promessa específica: 'Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder' (Mc 9.1).

Não é costume de Marcos indicar um preciso relacionamento entre os eventos. A frase 'seis dias depois' faz íntima ligação entre a transfiguração e a profecia de Cristo sobre a sua morte e ressurreição - e a promessa que fez aos discípulos de que alguns veriam 'o Reino de Deus com poder'" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 115).

“Embora a transfiguração fornecesse uma confirmação visível da divindade de Cristo, os discípulos, perante os quais Ele havia exibido sua glória, já o havia reconhecido através dos olhos da fé (Mc 8.29). Porém não haviam reconhecido a natureza do seu reino: não entendiam a implicação de tomar a cruz e seguir a Jesus a fim de receberem uma nova vida.

Então Jesus transfigurou-se diante deles e, nessa transformação, eles viram 'o Reino de Deus com poder' (Mc 9.1). Eles viram Aquele que apareceu em sua encarnação como um homem comum, brilhar de repente com um extraordinário esplendor. O que eles viram era uma verdadeira transfiguração - uma transformação revolucionária do estado de um ser para outro.

Um estado de ser que indiscutivelmente exibia a glória e o poder de Deus. É isso que a transfiguração redefine o reino para seus discípulos. Quando, depois da morte e ressurreição de Cristo o reino de Deus vier 'com poder', a característica marcante desse reino não será exércitos de anjos marchando para esmagar o poder de Roma. O reino de Deus vem com poder a fim de mudar os seres humanos comuns em seres que escolheram seguir a Jesus.

O reino, pelo menos até à volta de Jesus, consistirá em transformação, e não nas conquistas que eles desejavam" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 115).  

O Evangelho de Mateus e Marcos falam de “um alto monte”, já Lucas fala de “um monte”. Segundo a tradição o monte onde ocorreu a transfiguração é conhecido como o Monte Tabor sendo por isso considerado como um dos lugares santos para os cristãos na Terra Santa, particularmente reverenciado pelas igrejas orientais, nomeadamente pela Igreja Ortodoxa Grega.

O Monte Tabor é uma montanha na Galiléia, na seção leste do vale de Jizreel, cerca 17 km a oeste do Mar da Galileia, a 575 metros acima do nível do mar.  É também conhecido como "Har Tavor", "Itabyrium", "Jebel et-Tur" ou "Monte da Transfiguração".

Alguns contestam apontando para o Monte Hermon a 2.793 m de altura, perto do local da confissão de Pedro, em Cesaréia de Felipe. O Hermon, contudo, é coberto por neve, dificilmente seria encontrada, no dia seguinte a multidão que o esperava quando curou o jovem lunático Mt 17:9-14.

A tradição que relaciona o Monte Tabor a Transfiguração existe desde o século IV, atestada por Cirilo de Jerusalém e por Jerônimo em obras literárias. O historiador Flávio Josefo, também menciona o Monte Tabor em sua obra, ele fala que havia um forte no monte. A arqueologia, contudo, relaciona o forte com a época da guerra contra Vespasiano, 36 anos após a Transfiguração.

A entrada para o Tabor passa por uma floresta de pinheiros, no seu alto, muitas árvores odoríferas de onde é possível contemplar parte do campo missionário de Jesus: Caná, Naim, Cafarnaum, uma parte do Lago Tiberíades e a 8 km, a noroeste, Nazaré.

O Monte Tabor, localiza-se a sudoeste de Nazaré, no final do planalto de Esdrelon. Ele domina a 320 m de altura, a 800 Km acima do lago Tiberíades. No topo do monte Tabor foi construída a igreja católica da Transfiguração.  

Foi aos pés do Monte Tabor que a profetisa Débora e Baraque derrotaram as forças de Sísera, Jz 4.14: "Então disse Débora a Baraque: Levanta-te, porque este é o dia em que o Senhor tem dado Sísera na tua mão; porventura o Senhor não saiu diante de ti? Baraque, pois, desceu do Monte Tabor, e dez mil homens após ele". 
“E (Jesus) transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele”.  (Mateus 17.2-3) – A palavra “transfigurou-se” no grego é metamorphose, que significa “mudança de forma”, a palavra grega morphé é uma das palavras gregas que significa forma.  O apóstolo Paulo cita essa palavra em Romanos 12.2 ao falar sobre a transformação do homem interior, há outras passagens onde Paulo utiliza da mesma palavra como Filipenses 2.6, ao referir-se ao Senhor Jesus antes da encarnação, quando declara “que sendo em forma de Deus, não teve como usurpação ser igual a Deus”           

Segundo R. N. Champlin no seu Comentário do Novo Testamento: “Mateus e Marcos usam a expressão “foi transfigurado”; Lucas diz “a aparência do seu rosto se transfigurou”. De conformidade com Lucas, essa transfiguração ocorreu quando Jesus orava. Mateus e Lucas mencionam especialmente a transformação ocorrida na fisionomia de Jesus; Mateus diz, ilustrando, “resplandecia como o sol”.

            Todos os três evangelistas sinópticos mencionam a transformação havida em suas vestes. Mateus diz “brancas como a luz”. Lucas “ficaram brancas e mui resplandecentes”, mas Marcos fala com maior ênfase ainda: “em extremo brancas, como à neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia branquear”
 
            A aparição de Moisés e Elias nos traz diversas lições e observações importantes:  

- MOISÉS – é o símbolo da Lei, ele representa como nenhum outro profeta a autoridade da lei. Diversas tradições associam Moisés à vinda do Messias. O Senhor Jesus foi profetizado por Moisés, o apóstolo Pedro evoca essa profecia em Atos 3.22-23: “Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo”.  

- ELIAS – é o símbolo dos profetas, ele representa os profetas.  

- JUNTOS – Moisés e Elias mostraram a aprovação do Pai à pessoa e á missão do filho, o Senhor Jesus, e demonstraram que Jesus era o Messias de Israel. Pois Moisés, símbolo da Lei e Elias, símbolo dos profetas, consubstanciam e credenciam o Senhor Jesus, como o Cristo de Deus.

            Evidentemente existem outras possibilidades, como Elias representando os redimidos que serão arrebatados e Moisés representando os redimidos que experimentaram a morte física. A passagem de Lucas 9.31 revela a ideia geral da conversa havida entre eles: “...os quais apareceram com glória e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém”. 
            Importante ainda considerarmos que o aparecimento do profeta Elias no monte da transfiguração, inviabiliza a doutrina espúria do espiritismo Kardecista em insistir que João Batista era a reencarnação de Elias, senão vejamos:  

João Batista não era Elias  

“E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir” (Mateus 11.14) com base neste versículo o espiritismo kardecista afirma que “João Batista fora Elias, houve reencarnação do espírito ou da alma de Elias no corpo de João Batista”. No entanto a doutrina espírita kardecista sobre a reencarnação é definida da seguinte forma: “A reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corpórea, mas em um outro corpo, novamente constituído, em que nada tem a ver com o antigo”.

No caso de Elias, em 2 Reis 2.11 lemos que ele foi transladado para o céu, portanto, não morreu (não desencarnou). Se isso não aconteceu, o profeta não podia reencarnar.

Outro problema para o espiritismo kardecista é que Elias apareceu no monte da Transfiguração, se Elias tivesse reencarnado, na Transfiguração descrita em Mateus 17.1-6, quem deveria ter aparecido seria João Batista. Este já havia sido morto por Herodes e ele então deveria ter aparecido e não Elias, pois conforme estabelece a doutrina da reencarnação, quando o espírito se encarna toma sempre a forma da última existência.

O próprio João ao ser interrogado se era Elias, sua resposta foi enfática: “E perguntaram-lhe: Então quem és? És tu Elias? E disse: Não sou. ...”(Jo 1.21).

O caso de João Batista é que ele exerceu um ministério profético semelhante ao de Elias, João Batista representava Elias em sentido profético (Mt 17.2-3; Mc 9.12; Lc 1.17), não o próprio Elias reencarnado. O que temos entre Elias e João são traços de identidade de ministérios, senão vejamos:
1.- Aparecimento de Elias descrito em 1 Reis 17.1 se assemelha ao aparecimento de João Batista como descrito em Mateus 3.1;
2.- Elias repreende o rei Acabe, casado com Jezabel, mulher idólatra e ímpia (1 Reis 18.17-19), e João Batista repreendeu o rei Herodes por viver com a mulher de seu irmão (Mateus 14.3-4);
3.- Elias foi perseguido por Jezabel (1 Reis 19.2-3) e João Batista foi perseguido por Herodias, mulher de Herodes (Mateus 14.6-8);
4.- Ao ser interrogado se era Elias, sua resposta foi enfática: “E perguntaram-lhe: Então quem és? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não” (Jo 1.21).
O próprio João negou ser Elias e negou ser “o profeta”, essa expressão “o profeta” é uma alusão a Deuteronômio 18.15, que fala sobre um outro grande profeta que viria, o qual, quanto à sua posição oficial se assemelharia a Moisés .

Essa referência é repetida no Evangelho de João 1.25 e 7.40, mas não poder ser encontrada nos Evangelhos sinópticos. A base dos trechos de Atos 3.22 e 7.37, ficamos sabendo que a primitiva comunidade cristã fazia do trecho de Deuteronômio 18.15 uma profecia messiânica. João Batista rejeitou a noção de que ele fosse o profeta profetizado nesse versículo do livro de Deuteronômio, pois essa profecia se refere ao Senhor Jesus (Atos 3.22-26 e 7.37).

“Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo. Sim, e todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também predisseram estes dias.
 
 Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades” (Atos 3.22-26).

“Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel: O Senhor vosso Deus vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a ele ouvireis” (Atos 7,37).  

RESUMO DA LIÇÃO 09  


ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO  

I. ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO

1. Transfiguração.

2. Glória divina.  

II. ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO

1. Tipologia.

2. Escatologia.  

III. ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO

1. O Messias esperado.

2. O Messias rejeitado.  

IV. ELIAS, O MESSIAS E A EXALTAÇÃO

1. Humilhação.

2. Exaltação.  

OBJETIVOS  


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever o episódio da transfiguração de Jesus.
Explicar a tipologia representada em Moisés e Elias.
Caracterizar-se de que Jesus era o Messias esperado. 
INTERAÇÃO
Professor nesta lição estudaremos a respeito do profeta Elias no monte da Transfiguração. Este acontecimento teve como objetivo principal demonstrar que Jesus de fato era o Messias esperado. Moisés também apareceu neste episódio. Sabemos que ele tipificava a lei e Elias  prefigurava os profetas que predisseram a vinda do Messias.
No decorrer da lição, procure enfatizar que embora Moisés e Elias tivessem grande relevância na história do povo hebreu, eles não possuíam glória própria. Ainda que fossem homens fiéis ao Senhor, eram humanos, sujeitos a falhas e erros, porém, eles irradiavam a glória proveniente do Cristo. Que possamos, como Filhos de Deus, regenerados em Jesus Cristo, irradiar também a glória do Profeta de Nazaré. 

COMENTÁRIO 


                                        PALAVRA CHAVE

     TRANSFIGURAÇÃO:

Mudança de aparência, ou forma, mas não mudança de essência.  

INTRODUÇÃO

O relato sobre a transfiguração, conforme narrado nos evangelhos sinóticos, é um dos mais emblemáticos do Novo Testamento (Mt 17.1-13; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36). Além do nome de Moisés, o texto coloca em evidência também o de Elias. Entretanto, diferentemente dos outros textos até aqui estudados, o profeta não aparece aqui como a figura central, mas secundária! 
O centro é deslocado do profeta de Tisbe para o Profeta de Nazaré, Jesus.  E não mais Elias. Moisés, Pedro, Tiago e João, também nominados nesse texto, aparecem como figurantes numa cena onde Cristo, o Messias prometido, é a figura principal. 
I. ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO
1. Transfiguração. O texto sagrado relata que tão logo subiram ao Monte, Jesus foi transfigurado diante de Pedro, João e Tiago. Diz o texto sagrado: "o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz" (Mt 17.2).
A palavra transfigurar, que traduz o termo grego metamorfose, mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma, mas não mudança de essência. A transfiguração mostrou aos discípulos aquilo que Jesus sempre fora: o verbo divino encarnado (Jo 1.1; 17.1-5).
Os discípulos observaram que o seu rosto brilhou como o sol (Mt 17.2). O texto revela também que suas vestes resplandeceram (Mt 17.2). Esses fatos põem em evidência a identidade do Messias, o Filho de Deus.  
2. Glória divina. Mateus detalha que durante a transfiguração "uma nuvem luminosa os cobriu" (Mt 17.5). É relevante o fato de que Mateus, ao escrever o evangelho aos hebreus, põe em evidência o fato de que Jesus é o Messias anunciado no Antigo Testamento.
Isso pode ser visto na manifestação da nuvem luminosa, que está relacionada com a manifestação da presença de Deus (Êx 14.19,20; 24.15-17; 1 Rs 8.10,11; Ez 1.4; 10.4). Tanto Moisés como Elias, quando estiveram no Sinai, presenciaram a manifestação dessa glória. Todavia, não como os discípulos a vivenciaram no Monte da Transfiguração  (Mt 17.1,2).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A transfiguração provou para os discípulos e para nós aquilo que Jesus sempre fora: o verbo divino encarnado. 
II. ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO
1. Tipologia. No evento da transfiguração, o texto destaca os nomes de Moisés e Elias (Mt 17.3). Para a Igreja Cristã, Moisés prefigura a Lei enquanto Elias, os profetas. É perceptível, nessa passagem, que Moisés aparece como figura tipológica. Mateus põe em evidência o pronunciamento do próprio Deus: "Escutai-o" (Mt 17.5).
E Moisés havia dito exatamente estas palavras quando se referia ao Profeta que viria depois dele: "O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis" (Dt 18.15). A transfiguração revela que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a Lei apontava para Ele.  
2. Escatologia. Enquanto Moisés ocupa um papel tipológico no evento da transfiguração, Elias aparece em um contexto escatológico. O texto de Malaquias 4.5,6 apresenta Elias como o precursor do Messias.
O Novo Testamento aplica a João Batista o cumprimento dessa Escritura: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto" (Lc 1.17).
 Assim como Elias, João foi um profeta de confronto (Mt 3.7), ousado (Lc 3. 1-14) e rejeitado (Mt 11.18). A presença do Batista, o Elias que havia de vir, era uma clara demonstração da messianidade de Jesus.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
No evento da transfiguração, Moisés prefigurava a Lei e Elias os profetas
III. ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO
1. O Messias esperado. Tanto os rabinos como o povo comum sabiam que antes do advento do Messias, Elias haveria de aparecer (Ml 4.5,6; Mt 17.10). O relato de Mateus sugere que os escribas não reconheceram a Jesus como o Messias, porque faltava um sinal que para eles era determinante - o aparecimento de Elias antes da manifestação do Messias (Mt 17.10). 
Como Jesus poderia ser o Messias se Elias ainda não havia vindo? Jesus revela então que nenhum evento no programa profético deixara de ter o seu cumprimento. Elias já viera e os fatos demonstravam isso. Elias havia sido um profeta do deserto, João também o foi; Elias pregou em um período de transição,  João prega na transição entre as duas alianças;
Elias confrontou reis (1 Rs 17.1,2; 2 Rs 1.1-4), João da mesma forma (Mt 14.1-4). Mais uma vez fica claro: João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias. 
2. O Messias rejeitado. O texto de Mateus 17.1-8, que narra o episódio da transfiguração, inicia-se com a sentença: "Seis dias depois" (Mt 17.1). O texto coloca a transfiguração num contexto onde uma sequência de fatos deve ser observada. Os eruditos ressaltam que "seis dias" é uma outra forma de dizer: "uma semana depois".
De fato, o texto paralelo de Lucas fala de "quase oito dias", isto é, uma semana depois (Lc 9.28). O texto, portanto, põe o evento no contexto da confissão de Pedro (Mt 16.13-20) e no discurso de Jesus sobre a necessidade de se tomar a cruz (Mt 16.24-28).
O Messias revelado, portanto, em nada se assemelhava ao herói da crença popular. Pelo contrário, a sua mensagem, assim como a do Batista, não agradaria a muita gente e provocaria rejeição. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.
IV. ELIAS, O MESSIAS E A EXALTAÇÃO
1. Humilhação. Os intérpretes destacam que havia uma preocupação dos discípulos sobre a relação do aparecimento de Elias e a manifestação do Messias. Esse fato é demonstrado na pergunta que eles fazem logo após descer o monte da transfiguração (Mt 17.10).
Como D. A. Carson observa, o fato é que a profecia referente a Elias falava de "restaurar todas as coisas" (Mt 17.11) e os discípulos não entendiam como o Messias tão esperado pudesse morrer em um contexto de restauração. Cristo corrige esse equivoco, mostrando que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas (Mt 17.12; Lc 9.31; Fl 2.1-11).  
2. Exaltação. Muito tempo depois, o apóstolo Pedro ainda lembra dos fatos ocorridos e os cita em relação à exaltação e glorificação de Jesus e, também, como prova da veracidade da mensagem da cruz:
 "Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade, porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido" (2 Pe 1.16,17). 
SINÓPSE DO TÓPICO (4)
Jesus deixou claro que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos, pois, que os eventos ocorridos durante a Transfiguração servem para demonstrar que Jesus era de fato o Messias esperado. Tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas, representado no texto pela figura de Elias, apontavam para a revelação máxima de Deus - o Cristo Jesus.
Essas personagens tão importantes no contexto bíblico não possuem glória própria, mas irradiam a glória proveniente do Filho de Deus. Ele, sim, é o centro das Escrituras, do Universo e de todas as coisas (Cl 1.18,19; Hb 1.3; Fl 2.10,11). 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MERRILL. Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. HENRY, Mattew. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: Josué a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2007. Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 53, p.40. FONTE: www.professoralberto.com.br