Lição 8 - A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém
1º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I- A ENTRADA DO REI DOS REIS EM JERUSALÉM (Mt 21.1-3)
II-A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS MONTADO EM UM JUMENTINHO, UM ATO MESSIÂNICO (Mt 21.4,5)
III- JESUS É RECEBIDO COMO REI MESSIÂNICO (Mt 21.8-11)
CONCLUSÃO
I- A ENTRADA DO REI DOS REIS EM JERUSALÉM (Mt 21.1-3)
II-A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS MONTADO EM UM JUMENTINHO, UM ATO MESSIÂNICO (Mt 21.4,5)
III- JESUS É RECEBIDO COMO REI MESSIÂNICO (Mt 21.8-11)
CONCLUSÃO
Professor(a), os objetivos da lição deste domingo são:
Apresentar a entrada do Rei dos reis em Jerusalém;
Saber que a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém foi um ato messiânico previsto pelos profetas;
Explicar como Jesus foi recebido como rei messiânico em Jerusalém.
Saber que a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém foi um ato messiânico previsto pelos profetas;
Explicar como Jesus foi recebido como rei messiânico em Jerusalém.
Palavras-chave: Rei, Messias.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo: Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
I- O Rei-Messias Montado em um Jumentinho (Mt 21.1-3)
Jesus entra em Jerusalém em um jumentinho de forma humilde para se cumprir as Escrituras.
Jesus entra em Jerusalém em um jumentinho de forma humilde para se cumprir as Escrituras.
a) A chegada de Jesus em Jerusalém estava cercada de expectativa
Jesus já estava a caminho de Jerusalém há algum tempo. Enquanto caminhavam para Jerusalém muitas pessoas receberam a mensagem do Reino e se converteram. Jesus foi questionado pelos escribas e fariseus que o acompanhavam em busca de algo para acusar, curas foram realizadas, libertando várias pessoas de seus flagelos, exorcismos para libertação da opressão maligna, entre outras bênçãos. No entanto, agora a expectativa era outra, a chegada em Jerusalém.
Jesus já estava a caminho de Jerusalém há algum tempo. Enquanto caminhavam para Jerusalém muitas pessoas receberam a mensagem do Reino e se converteram. Jesus foi questionado pelos escribas e fariseus que o acompanhavam em busca de algo para acusar, curas foram realizadas, libertando várias pessoas de seus flagelos, exorcismos para libertação da opressão maligna, entre outras bênçãos. No entanto, agora a expectativa era outra, a chegada em Jerusalém.
Os discípulos deveriam estar animados e na expectativa da chegada em Jerusalém. Devia passar no pensamento deles qual seria a reação do povo com a chegada de Jesus e com o que Ele poderia realizar no centro da religião judaica. Provavelmente, também estavam curiosos como Jesus reagiria e possivelmente esperavam que Jesus assumisse o poder e algo sobrenatural acontecesse. Todavia, antes de chegar, de certa forma, Jesus tem uma conversa com eles e derrama “um balde de água fria” sobre os discípulos. Se aproximando da chegada em Jerusalém, Ele reúne os 12 em particular e confirma que estavam subindo para Jerusalém, mas os avisa que lá seria entregue aos sacerdotes e aos escribas para ser condenado e morto, mas que ressuscitaria ao terceiro dia. Essa foi a terceira vez que Jesus estava predizendo sua paixão e ressurreição. Ele já havia predito em Mateus 16.21 e 17.22, 23.
O evangelista não registra se os discípulos questionaram alguma coisa ou não. Na sequência, a mãe dos irmãos de Zebedeu, intercede pelos seus filhos, para serem colocados ao lado de Jesus quando assumisse o trono. Desse modo, fica claro que a expectativa era de que Jesus assumisse o poder em Jerusalém. No entanto, Jesus dá mais um sermão aos seus discípulos que discutiam com os dois irmãos sobre o ocorrido. Ele adverte os discípulos para não desejarem ocupar posições altas ou buscarem sobrepor um sobre os outros. Jesus falava do Reino dos céus, eles estavam focados no mundo terreno. A expectativa com a chegada em Jerusalém era grande.
b) A entrada em Jerusalém era uma fase de transição
A entrada de Jesus em Jerusalém foi um tipo de paródia do poder político e militar de Roma, mas representando o Império de Deus (CARTER, 2002, P. 517). Era uma fase de transição entre o final de sua vitoriosa jornada missionário na caminhada à Jerusalém e a preparação para o confronto definitivo com a liderança maior judaica. Provavelmente, a atenção de Jesus estava entre o confronto com as autoridades e como os discípulos reagiriam com o que estava por acontecer. Estava claro que os discípulos ainda não haviam entendido o propósito da missão de Jesus, como também ficou evidente depois da morte de Jesus. Como vimos, mesmo depois de Jesus predizer três vezes sua paixão e ressurreição, após a sua morte os discípulos entraram em desespero, basta ver o texto de Lucas sobre os dois discípulos a caminho de Emaús (Lc 24.13-27), em especial o versículo 21. Deste modo, fica bem clara a confusão mental dos discípulos, uma vez que ouvem de Jesus a predição de sua morte e ressurreição, mas parecem não acreditar e focam no seu Reino messiânico literal e a superação sobre o Império Romano.
A entrada coincide com um contexto maior, a chegada do peregrino em preparação para a festa associada com a Páscoa e os pães asmos (BOCK, 2006,p. 295). A cena empregada lembra as comitivas de entradas judaicas e greco-romanas, que incluíam marcha triunfal de vitórias militares, bem como a chegada de um rei ou soberano em uma determinada cidade. Carter (2002, p. 518) relaciona algumas características da entrada triunfal que coincide com as procissões de entrada judaica:
Características | Texto em Mateus |
Aparecimento do soberano/general em tropas (prisioneiros em marcha triunfal) | 21.1,7 |
Uma procissão na cidade | 21.8,10 |
Multidões acolhedoras e festivas | 21.8,9 |
Aclamações de hinos | 21.9 |
Ato cultual (frequentemente sacríficio) em um templo pelo qual o soberano toma posse da cidade. | 21. 12-17 |
c) Jesus planeja entrar em Jerusalém em um jumentinho
Mateus relata que chegando a Jerusalém, quando ainda estavam em Betfagé, Jesus envia dois de seus discípulos à aldeia que estava defronte, no caso a aldeia de Betânia, para pegar um jumentinho que estava preso com uma jumenta. Percebe-se que Jesus tinha tudo preparado e planejado, atitude que era peculiar no ministério de Jesus. Ele aparenta ter um senso bem crítico em relação à organização quando se trata de fazer a obra de Deus. Às vezes, detalhista até demais, dependendo de quem observa seus feitos. Isso, já nos traz algumas lições sobre a necessidade de fazer as coisas para Deus de forma organização e planejada. Diferente do que muitas vezes se vê nas igrejas.
A impressão que passa é que os donos dos animais conheciam o Mestre, pois Jesus orienta os discípulos que quando forem pegar o animal, se perguntarem alguma coisa, simplesmente diga que o Senhor precisa dele e eles permitirão. Parece que tudo já estava combinado para acontecer assim e os donos conheciam Jesus. Marcos (Mc 11.3) registra a promessa de que devolveriam o jumentinho depois que fosse montado por Jesus. Segundo Bock (2006, p. 295) isso fazia parte do costume de angária, “a aquisição temporária de recursos em favor de um líder, seja governante ou rabi”. Tudo estava planejado e ao entrar em Jerusalém Jesus estaria montado em um jumentinho, mas por quê? Veremos na próxima seção.
II- A Entrada Triunfal de Jesus Montado em um Jumentinho, um Ato Messiânico (Mt 21.4,5)
a) A entrada triunfal em um jumentinho foi predito pelos profetas
Interessante que dentre os sinóticos (Marcos, Lucas e Mateus), somente Mateus registra que o jumentinho estava preso com uma jumenta. Isso provavelmente para demonstrar que o jumentinho realmente era bem novinho por estar junto à mãe, ainda não desmamado e que nunca havia sido montado. Mas qual o motivo de tantos detalhes? O versículo quatro esclarece. Tudo foi realizado dessa maneira para que se cumprisse o que havia sido dito pelo profeta. Mas qual profeta? O povo sabia dessa profecia e quem era o profeta? Era de conhecimento popular?
Interessante que dentre os sinóticos (Marcos, Lucas e Mateus), somente Mateus registra que o jumentinho estava preso com uma jumenta. Isso provavelmente para demonstrar que o jumentinho realmente era bem novinho por estar junto à mãe, ainda não desmamado e que nunca havia sido montado. Mas qual o motivo de tantos detalhes? O versículo quatro esclarece. Tudo foi realizado dessa maneira para que se cumprisse o que havia sido dito pelo profeta. Mas qual profeta? O povo sabia dessa profecia e quem era o profeta? Era de conhecimento popular?
Segundo Bock (2006, p. 295), com base em João 12.16, informa que a conexão com esse texto profético não era entendida até a morte de Jesus. Então, até esse momento, ainda não se sabia do atendimento da profecia, mas futuramente, após a morte de Jesus ou na época da escrita do evangelho se resgatou o cumprimento da profecia. Os profetas citado eram Isaías e Zacarias. No texto profético é mencionado que o rei viria montado em um jumento, num jumentinho, cria de jumenta. Assim, a cena prefigura a vinda do rei de Israel para Sião, montado sobre um jumento e sua cria. O episódio de Jesus faz com que o cumprimento da profecia se torne inquestionável, perfeito.
b) O jumentinho era para simbolizar a humildade do Rei-Messias
A entrada de Jesus não era como se esperava do Messias prometido. Ao contrário de todas as expectativas messiânicas, Jesus queria demonstrar que o Reino messiânico que trazia era humilde. Ele já havia comentado com seus discípulos no capitulo 20 de Mateus. Em Mateus 20.28, Ele afirma categoricamente que havia vindo para servir e não ser servido. O fato de Jesus se programar para sentar em um filho de animal de carga já demonstrava a maneira e o impacto esperado de sua entrada em Jerusalém.
Jesus adota alguns parâmetros de comitivas de entrada judaica. No entanto, o contexto é diferente e o império que está sendo propagado é o império de Deus, cuja meta também é diferente das comitivas tradicionais. Storniolo (1991, p. 149) afirma que “no tempo do antigo Israel, os reis montavam mulas (1 Rs 1.33). O jumento era transporte do pobre, algo como o presidente ir ao Palácio do Planalto num fusquinha”. Reforça que Jesus era “um homem do povo, entra na capital sem qualquer ostentação”. Pagola assevera que o gesto de Jesus, entrando com um jumentinho também poderia ser uma crítica a uma entrada do prefeito romano, pouco antes da entrada triunfal de Jesus, com toda pompa imperial.
O gesto de Jesus era certamente intencional. Sua entrada em Jerusalém montado num jumento dizia mais do que muitas palavras. Jesus busca um reino de paz e justiça para todos, não um império construído com violência e opressão. [...] Mais de um veria no gesto de Jesus uma engraçada crítica ao prefeito romano que, por esses mesmos dias, entrou em Jerusalém montado em seu poderoso cavalo, adornado com todos os símbolos de seu poder imperial. (PAGOLA, 2013, p. 427).
Portanto, apesar de todo alvoroço que vai se criar com a entrada de Jesus em Jerusalém, o objetivo de Jesus é demonstrar que o Reino do Messias verdadeiro é de humildade e justiça.
c) Os discípulos fazem conforme pedido e Jesus monta no jumentinho
Importante ressaltar que os discípulos obedeceram rigorosamente às ordens de Jesus. Essa característica de obediência dos discípulos é importantíssima, pois como dissemos Jesus tem tudo planejado e organizado, mas não adianta planejar se na hora de fazer as pessoas não fazem conforme delineado. A colaboração e disposição dos liderados auxiliam bastante a liderança. Marcos e Lucas dão mais detalhes da ação dos discípulos, demonstrando que eles fizeram exatamente o que Jesus havia ordenado.
Segundo Mateus, os discípulos trazem a jumenta e o jumentinho e agora, eles têm que improvisar. Os discípulos colocam as próprias vestes ou parte delas para Jesus montar. Existem algumas imagens em publicações e na internet, assim é possível ver como fica estranho, um homem montado em um jumentinho com os pés quase tocando no chão. O que se passava na mente de Jesus, dos discípulos e do povo ao seu redor não se sabe. Na caminhada ou subida para Jerusalém havia uma expectativa, quando o momento da entrada se aproxima é montada toda essa cena. No mínimo pensavam: o que será que vai acontecer? Como o povo de Jerusalém vai receber Jesus, montado assim em um jumentinho? É o que veremos a seguir.
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino das. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 87-92.
Para ampliar seus conhecimentos a respeito do conteúdo da lição, adquira o livro do trimestre: Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus. Natalino das Neves.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
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