segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - A Graça de Deus - Juvenis.

Lição 8 - A Graça de Deus

3º Trimestre de 2018
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11)
Esboço da Lição
1. A GRAÇA DE DEUS
2. O ALCANCE DA GRAÇA
3. OS GRANDES DILEMAS
4. VIVENDO O TEMPO DA GRAÇA
Objetivos
Diferençar a graça de Deus da sua misericórdia e justiça.
Expor o alcance da graça de Deus.
Estimular os alunos a exultarem pelo privilégio de serem alcançados pela graça.
    Querido (a) professor (a), o tema de nossa próxima lição é magnífico, a razão de cada um de nós termos tido acesso a nosso bem mais valioso, a salvação em Jesus. Ou seja, falaremos sobre a mais pura GRAÇA, favor imerecido de Deus para conosco.
    Como constantemente colocamos aqui, seu exemplo prega e ensina mais que suas palavras. Seus juvenis veem em você a marca da graça de Cristo?! A gratidão e alegria por tamanha dádiva?!
   Ao longo da caminhada, conforme vamos internalizando a obediência às regras, mandamentos, doutrinas eclesiástica, somos tentados a nos sentir quase que merecedores da bênção de Deus. “Afinal, nós trabalhamos na obra, não faltamos à igreja, damos o dízimo, obedecemos todos os ritos, fazemos por onde”.
    Ainda que não admitamos assim, verbalmente, a sensação é esta. É uma tendência da natureza humana, por isso que diariamente precisamos estar diante do Espírito Santo, nos auto-examinarmos, lhes confessar cada mínima falha, nos humilhar em sua presença para não esquecer o quão imerecedores somos.
     E (Jesus) disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
     Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
     O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
    Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.” (Lucas 18.9-17)
     A fim de reforçar a lição e objetivos propostos em sua revista, promova a seguinte atividade: Leve para turma uma caixa de presente bem atrativa e pedaços de papel ao maço ou cartolina de cores variadas, como em tamanho de cartões ou bilhetes.
presente
      Ao conceituar o significado de graça, trace um paralelo com um presente. Com a caixa de presente fechada em suas mãos, despertando a curiosidade dos alunos, explique que, quando recebemos um presente, não podemos pagar por ele (até porque não há preço monetário que cubra o significado valioso deste gesto); não podemos devolver (mesmo se for algo extremamente caro, que você sabe que a outra pessoa se sacrificou e fez além do que ela podia, e do que você merecia). Diga que assim é a graça de Deus em nossas vidas, dezenas e dezenas de presentes diários, pelos quais nem merecemos e alguns nem sequer agradecemos. Neste momento distribua os pedaços de papel, quantidade livre, e peçam que escrevam coisas pelas quais são gratas e certamente frutos da GRAÇA DO SENHOR em nossas vidas.
    Ao final deste momento, todos deverão colocar os papéis preenchidos dentro da caixa e no momento da oração de cada aula, a começar desta, cada um irá tirar algum papel para agradecer ao Senhor juntos, em oração.
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - A Cura do Cego de Nascença - Jovens.

Lição 8 - A Cura do Cego de Nascença

 3º Trimestre de 2018
Introdução
I - A Luz do Mundo
II - Uma Cura Diferente
III - A Incredulidade Perante a Cura
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Verificar a forma de Jesus contemplar o cego;
Dramatizar a forma de o Senhor Jesus curar o cego;
Revisar as causas da incredulidade das pessoas em relação à cura do cego.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
O problema com o estudo temático é que este se dá de forma estanque ao se extrair de um capítulo, e suas várias perícopes, como este que agora será analisado, o assunto a ser estudado. A dificuldade é que, num texto como o do Quarto Evangelho, a mensagem vai sendo destilada de forma sincrônica, ou seja, tal como o texto se apresenta e, por isso mesmo, exige que este seja estudado capítulo por capítulo, isto é, perícope por perícope. Isso, a despeito de autores como Michael Labahn, estudioso do Quarto Evangelho, citado por Klaus Scholtissek, falar, a respeito de João 9 que, tal capítulo, “por um lado, pressupõe uma entidade bastante homogênea e, por outro, postula quatro estágios que, para a história da forma, têm que ser diferenciados”1.  Ao ser interpelado para que se prove sua tese, diz não conseguir “apresentar esses estágios porque o evangelista”, segundo Labahn, “revisou-os com seu próprio linguajar e estilo”2.  Na defesa dos últimos estudos acerca da interpretação sincrônica do Quarto Evangelho, o mesmo Scholtissek, cita outro pesquisador, este alemão, Jörg Frey, cuja tese é de que “o Evangelho de João é coerente nos aspectos retórico e pragmático”, ou seja, “há um conceito uniforme por trás de toda a obra”3.  Partindo desta última tese, com a qual me alinho, é imprescindível que o estudioso tenha em mente que o conceito de “sinal”, expressão utilizada no Quarto Evangelho para referir-se a milagre, só pode ser devidamente compreendido e valorizado se se levar em conta todo o material que se encontra no “livro dos sinais”. Portanto, a leitura “recortada” não faz jus ao entendimento e à riqueza do material joanino e ao seu objetivo. A narrativa do milagre que será analisada neste capítulo, além de relatar a cura, como sinal tem algo de mais profundo a ser explorado pelo leitor, pois, novamente, Jesus cura em um sábado e tal ato faz com que o próprio homem curado acabe envolvido em uma controvérsia com os fariseus 4.  Além disso, como se verá logo de início, a cura expôs uma crença errônea do colégio apostólico e proporcionou a oportunidade de, não apenas se rechaçar tal pensamento, como descobrir que, no caso em apreço, havia um propósito divino para a deficiência.
Antes, porém, de discutir a primeira questão apresentada na narrativa, é interessante verificar a perspectiva do português Frederico Lourenço, que afirma acerca do capítulo nove do Quarto Evangelho, que a “sensação provocada pela sua leitura suscita, mais uma vez, a nossa admiração pelo modo como o presente Evangelho não nos apresenta um desfiar de milagres avulsos, optando antes por valorizar um elenco mais reduzido de ocorrências milagrosas, as quais são dotadas de forte coesão significativa”5.  Como sinais, conforme já foi dito, os milagres realizados pelo Senhor Jesus e relatados por João, possuem um sentido e um significado que, unidos à mensagem do Mestre, formam um todo. Por isso, diz o mesmo autor, a respeito do capítulo em questão, “temos um conjunto coerente de 41 versículos dedicados ao desenvolvimento de uma só narrativa, que irá desaguar na afirmação de Jesus ‘para um juízo vim eu a este mundo, para que os cegos vejam e os que veem fiquem cegos’ (v. 39)”. A mensagem toma como ponto de partida, não apenas a cura do cego, mas a relaciona “a uma das grandes temáticas do Evangelho (luz/ escuridão)” que, diz o mesmo autor, “fica desde logo clara com a afirmação de Jesus no v. 4: ‘enquanto eu estiver no mundo, a luz do mundo sou eu’”. Daí o porquê de ter iniciado este capítulo afirmando que o estudo estanque de uma passagem corre o risco de eclipsar a riqueza da mensagem de que a narrativa é parte. Como Lourenço conclui, “De certa forma, todo o episódio [do capítulo nove] funciona como sucedâneo e ilustração do que lêramos no capítulo anterior: ‘Eu sou a luz do mundo’. (8,12)” 6.  Tal relação não é forçosa e muito menos artificial, antes, foi meticulosamente pensada e arranjada pelo apóstolo do amor que, do ministério do Senhor, a fim de transmitir à sua audiência a mensagem que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus, selecionou os discursos e os sinais que corroborassem com seus propósitos. Assim, a análise do milagre não pode perder de vista o fato de que ela não pode se ater ao fato miraculoso, mas deve atentar para o sinal e seu significado, pois este carrega um sentido para os leitores em todo e qualquer tempo.
O capítulo seis do Quarto Evangelho, analisado em parte nos dois últimos capítulos, mostra que após a realização do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, na Galileia, Jesus encontra-se em Cafarnaum e ali a multidão novamente o alcança do “outro lado do mar” (Jo 6.22-25). Inquirido, Jesus passa então a discursar a respeito do sinal realizado comparando-o ao milagre do maná e a atuação de Moisés (Jo 6.26-59). Sem qualquer explicação, o texto finaliza afirmando que Jesus “disse essas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum” (v.59). Na sequência, João explica que ao ouvir o discurso do Senhor muitos discípulos se escandalizaram e acabaram deixando de seguir o Mestre, quando Ele então questiona os Doze se estes também não querem deixá-lo, mas eles, representados por Pedro, confessam que apenas o Senhor tem “as palavras da vida eterna” e que, por isso, eles têm “crido e conhecido” que o Mestre é “o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 6.60-71). No início do capítulo sete o apóstolo do amor informa que o Senhor passa a andar “pela Galileia e já não queria andar pela Judeia, pois os judeus procuravam matá-lo” (v.1). Por causa disso, os seus próprios irmãos o desafiavam para que Ele se mostrasse e não se recolhesse (Jo 7.2-9). Curiosamente, o Senhor vai a Jerusalém e aparece ensinando, em duas ocasiões, no Templo (Jo 7.10-53). Uma dessas ocasiões se dá em plena Festa dos Tabernáculos e apesar do intento das autoridades religiosas em prendê-lo, os próprios guardas encarregados de executar tal tarefa acabaram desistindo, alegando que “Nunca homem algum falou assim como este homem” (v.46). O capítulo oito inicia dizendo que Jesus deslocou-se para o Monte das Oliveiras e que, na sequência, retornou ao Templo — certamente em suas imediações —, e ali ensinava quando lhe trouxeram uma mulher, supostamente, apanhada em adultério (Jo 8.1-11). A manobra tem claramente como objetivo embaraçar Jesus, mas Ele se sai de forma magistral e deixa os tentadores embasbacados. Em seguida Jesus profere um discurso sobre a sua missão, quando mais uma vez os judeus se revoltam e querem matá-lo (Jo 8.12-59). Assim, o Quarto Evangelho prepara os seus destinatários para o próximo sinal que é uma resposta à acusação de que o Mestre era um “samaritano” e “endemoninhado” (v.48 cf. Jo 9.24-33 e 10.19-21) 7
Para Benny Aker, uma vez que nos “capítulos 7 e 8, uma série bastante longa de debates aconteceu durante a Festa dos Tabernáculos”, e que em tais debates “Jesus apresentou idéias transformadoras, particularmente relativas ao Messias e às cerimônias da festa ligadas à água e luz”, e que nenhum milagre aconteceu nos referidos capítulos, a “cura do cego no capítulo 9 apresenta o sinal que ilustra o significado de Jesus mudar a Festa dos Tabernáculos e, ao mesmo tempo, introduz material novo”8.  Assim, na opinião do mesmo autor, muito embora tal “cura tenha sucedido no sábado (v. 16), ainda deve ser conectada com a Festa dos Tabernáculos através do tema da luz”. Além disso, a outra “característica que a conecta com esta festa é o tanque de Siloé, para onde Jesus envia o cego para se lavar”. Aker informa que uma “procissão diária trazia água de lá para o altar durante a Festa dos Tabernáculos” e que, portanto, “o leitor deve entender a Festa dos Tabernáculos como pano de fundo”9.  Tendo esse conhecimento em mente, é possível pensar em termos geográficos no episódio que, pelo contexto, se dá nas proximidades tanto do Templo quanto do tanque de Siloé 10 , pois, conforme Craig Keener, os “cegos só conseguiam sobreviver com a caridade pública, e o melhor ponto para receber ajuda era próximo ao templo, onde passava muita gente, e as pessoas estariam inclinadas a pensar de forma mais caridosa (At 3.2)”11.  Tal detalhe lembra o fato de que a cura de uma pessoa sempre representava, além do livramento, uma restauração total, pois lhe devolvia, ou em alguns casos, lhe dava pela primeira vez, a dignidade. O episódio da cura do cego Bartimeu, relatada em Marcos 10.46-52, ilustra o ponto. Ao ser curado, imediatamente o cego lançou a capa de sobre si, peça que o identificava como alguém necessitado, pois ele agora estava ciente de que não mais necessitaria de tal peça. É o caso que está sendo considerado neste capítulo, pois na “identificação” do cego que fora curado, as pessoas diziam: “Não é este aquele que estava assentado e mendigava?” (v.8b). Como se pode ver, sem nenhuma dificuldade, a partir do “episódio como tal”, que este possui uma “estrutura muito linear”, diz Maggioni, pois “o milagre é narrado em poucas palavras (vv. 1-7), porque o centro do episódio não é o milagre e sim a discussão que suscita”12
 Ao se analisar o material é inevitável não perceber que a primeira questão a se destacar é a forma diferente com que o Senhor olha, ou percebe, o cego em relação ao colégio apostólico (vv.1,2). Enquanto Jesus o fita com o olhar cheio de bondade para ajudá-lo, os Doze veem uma oportunidade de se debater acerca da “causa”. Desde que a humanidade existe, o problema do mal, manifestado concretamente em seus corolários — enfermidades, catástrofes, guerras, fome, morte etc. —, sempre intrigou o ser humano exigindo deste uma explicação. Aker diz que muitos “judeus associavam sofrimento com pecado e criam que estes efeitos poderiam passar de geração em geração”, chegando ao exagero de pensar que até mesmo “o feto numa mulher grávida que adorava num templo pagão era culpado”13.  Juan Barreto e Juan Mateos, diz que de acordo com “a concepção corrente no judaísmo, a desgraça era efeito do pecado, que Deus castigava em proporção exata com a gravidade da culpa”, admitindo-se igualmente que “Deus podia castigar por amor, para provar o homem, e estes castigos, aceitos, produziam uma benção: vida longa, maior conhecimento da Lei e perdão dos pecados”14.  Todavia, arrazoavam que “nenhum castigo que procedesse de Deus podia impedir ao homem o estudo da Lei” e, por isso, tal deficiência, “portanto, não podia ser castigo de amor, mas só podia ser maldição”. Além disso, informam os mesmos autores, havia ainda “opiniões rabínicas segundo as quais a criança podia pecar no seio da mãe, mas era mais frequente pensar que os defeitos corporais congênitos eram devidos às faltas dos pais”15.  Na realidade, “Desde os dias do Israel primitivo (Êx 20.5), pecado e culpa eram transmitidas pelas gerações”, contudo, diz Aker, “Deus falou pela pregação do profeta Ezequiel contra o abuso deste ensino, dizendo que o indivíduo só é culpado por seu próprio pecado”16.  Neste caso específico, a “origem” da deficiência, esclareceu Jesus, nada tinha com pecado pessoal, ou seja, nem o cego pecou e muito menos seus pais, antes “foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (v.3b). 
Conforme já foi mencionado anteriormente, “os capítulos 7—8 apresentam Jesus ‘manifestado ao mundo’ como vida e luz, mas rejeitado”, para Dodd, tal “apresentação, com sua clara referência ao Prólogo, ocupa adequadamente a posição central no Livro dos Sinais”, isso porque, nos “três episódios precedentes, o aspecto da vida predominou (renascimento, água viva, zoopoiesis, pão da vida)17”.  Neste capítulo, apresenta-se um “episódio em que predomina o aspecto da luz”, ou seja, as “palavras-chave que indicam a conexão com o episódio precedente são phos eimi tou kosmou (9.5, repetindo 8.12)”18.  Portanto, é notório “que a cura do cego é concebida como um ‘sinal’ do triunfo da luz sobre as trevas, no sentido do Prólogo: a phos alethinon brilha nas trevas, e as trevas, longe de a ‘vencerem’, são derrotadas e dispersadas”. Além disso, Dodd defende que o “tema é ligado de modo subtil, segundo o estilo do autor, aos discursos sobre a vida, pelo reaparecimento do símbolo da água”. Em termos mais diretos, da mesma forma que “os homens ingressam na vida verdadeira através do nascimento pela água, assim recebem eles a verdadeira luz lavando-se com água”. Contudo, não qualquer água, pois assim “como a água da ‘purificação dos judeus’ se muda em vinho, e como a água do poço de Jacó é suplantada pela água que Cristo dá, assim a água da piscina produz a luz somente se se trata do verdadeiro ‘Siloé’, o Apestalmenos, o Filho que o Pai enviou”. Como se pode ver, “neste episódio o significado do semeion é exposto, não num discurso anexo, mas mediante breves indicações dentro da própria narrativa”19.  Entretanto, há um ponto na narrativa que precisa ser devidamente entendido. Apesar de reconhecer que o tema predominante neste episódio é a luz, e esta, sobretudo em contraposição às trevas, associando estas aos aspectos frios da religiosidade expressados na Festa dos Tabernáculos, diz Aker “Jesus”, na referida festa, “muda, cumpre e substitui todas estas expectativas e significados da luz”, acrescentando que no Quarto Evangelho, luz “também inclui revelação e julgamento”.  Tal reflexão concorda com a de Dodd que reconhece “que o tema dominante deste capítulo não é a vinda da luz como tal, mas seu efeito no julgamento”20, isto é, o “fato de que a vinda de Jesus traz luz para o mundo é afirmado simbolicamente com a máxima brevidade, e todo o peso é colocado no diálogo elaborado que apresenta dramaticamente o juízo em ação”21.  
Dentro do plano literário do Quarto Evangelho, o milagre possui uma função, ser sinal. Justamente por isso, Jesus sublinha a necessidade e a urgência de se trabalhar, isto é, realizar as “obras” de Deus (v.4) que, diz Aker, “é paralelo em alguns casos a ‘sinais’ neste Evangelho” e, portanto, diz respeito “à atividade salvadora de Deus em Jesus e são de natureza milagrosa”, sendo “semelhantes a alguns milagres nos outros Evangelhos que também são eventos salvadores”22.  O que observa o restante do versículo quatro bem como o versículo cinco — “a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” —, reflete que o Senhor é plenamente cônscio de que sua “hora”, terrenamente falando, já está se aproximando (Jo 17.1), e é necessário fazer as obras de Deus enquanto é “dia”, com o objetivo de socorrer pessoalmente a alguns e globalmente salvar a todos que, diante dos sinais, decidirão se vão ou não crer, sendo esta a verdadeira “obra de Deus” (Jo 6.26-29). Assim, sem mais delongas o Mestre cospe no chão, faz um lodo, ou barro, e unta os olhos do cego e, na sequência, o instrui que vá ao tanque de Siloé e se lave. Sem qualquer objeção, o homem vai, faz o que Jesus disse e volta enxergando (vv.6,7). Aker diz que ao misturar saliva com barro, Jesus “reflete sutilmente a criação em Gênesis 1.1-3, na qual no primeiro dia Ele fez os céus e a terra, ou seja, a terra e a água, e a luz”, portanto, “Jesus é o que traz nova vida e visão, temas deste Evangelho”23.  Alinha-se a esta interpretação Juan Barreto e Juan Mateos, dizendo que o “barro alude à criação do homem” e, ainda que “em Gn 2,7 se diga que Deus o ‘modelou’ do ‘pó’ da terra (argila do solo)”, ao se empregar o “barro, Jesus reproduz simbolicamente a criação do homem”24.  Como se pode ver, o “relato do milagre é breve e sóbrio”, pois sua finalidade era introduzir a questão, ou seja, mesmo a “longa discussão não tem antes de tudo finalidade apologética, ou seja, de demonstrar, como que por meio de um processo, a realidade do milagre”, antes, completa Maggioni, “quer relevar as diversas posições ante Jesus, as diversas reações defronte à verdade”25
Como a “verdade” para os religiosos era a opinião deles, evidentemente que mesmo vendo o sinal realizado por Jesus eles então preferiam não enxergá-lo, constituindo-se neste caso num flagrante ato de inversão de papéis — o cego que antes, literalmente, não enxergava, passa a ver, tanto física quanto espiritualmente, pois primeiramente identifica o Senhor como “um homem chamado Jesus” (v.11), posteriormente como um profeta (v.17) e, finalmente, como um enviado de Deus (v.33) —, pois os que diziam ter Deus e, portanto, enxergar, expulsam o agora ex-cego (v.34b), pois preferem negar o inegável. Encontrado, posteriormente, pelo Senhor, e inquirido acerca de se ele cria no Filho de Deus, o homem então responde que quer saber quem é este para que então possa crer (vv.35,36). O Mestre então responde que é Ele mesmo e imediatamente o ex-cego creu e o adorou (vv.37,38). Aqui se completa, ou revela-se, a “obra de Deus” mencionada em João 6.29 e que o judeu objetivava cumprir para tornar-se digno representante do povo de Deus (Jo 6.28). Entretanto, tal obra, não consiste em qualquer tipo de ativismo religioso, mas na simples crença, e confissão, de Jesus como Filho de Deus. É justamente por isso que os líderes religiosos que se achavam “iluminados” foram apontados por Jesus como pecadores conscientes, pois se eles se reconhecessem “cegos” (o que na verdade eram, cf. Mt 15.14), não seriam culpados, mas como se achavam visionários, argutos e instrutores, eram então considerados pelo Senhor como pessoas em permanente estado de pecaminosidade (vv.40,41). Cumpre-se o que o Senhor havia dito em João 3.16-21: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”.
                                                                       
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus:  A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Louvo ao Papai do Céu Porque Ele me dá Forças - Berçário.

Lição 7 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele me dá forças 

 3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que Deus os fortalece e os acompanha a todos os lugares.

É hora do versículo: “Ele é o Deus que me dá forças [...]” (Salmos 18.32).

Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos confiar que o Papai do Céu está sempre conosco. Ele fez as frutas, verduras e legumes para ser o nosso alimento e nos tornar muito fortes e saudáveis. Por isso, o bebê deve comer toda a sua comidinha saudável e fugir dos doces e guloseimas.
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças marcarem quais desses alimentos elas comem, e são seus favoritos, para crescerem fortes e saudáveis.
licao7.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Berçário. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.  

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Samuel Ajuda Eli no Templo - Maternal.

Lição 7 - Samuel ajuda Eli no templo

 3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Salientar à criança que ajudar a cuidar da Igreja é um serviço que ela pode fazer para Deus desde agora.
Para guardar no coração: “[...] O menino Samuel ficou em Siló [...], como ajudante do sacerdote Eli”  (1 Sm  2.11).
Seja bem-vindo
“A sala deve estar limpa e iluminada, para isso, chegue cedo, antes das crianças. Demonstre satisfação ao cumprimentá-las. Dê ocupação aos que chegarem mais cedo. Criança gosta de estar sempre fazendo algo e você estará evitando problemas de indisciplina.
Receba os visitantes com a mesma atenção, determine alguma atividade para eles. Cante corinhos alegres enquanto um aluno recolhe a oferta. Faça uma oração com a classe para iniciar a aula.
Incentive os alunos a cumprimentarem uns aos outros. Deus deseja que vivamos em união com todos. Caso haja visitantes, faça uma apresentação especial. Em seguida, ore para iniciar a aula” (Verônica Araujo).
Subsídio professor
“Professor(a), o ensino consiste na orientação que se deve dar aos alunos em seu aprendizado. A tarefa do professor(a) não se resume em simplesmente apresentar os fatos à sua classe, mas em conduzi-la até o ponto de encontrar as devidas conclusões.
Afinal, o que você faz é relevante em virtude do que leva seus alunos a fazerem. Em outras palavras, o educador não deve somente apontar aos alunos o caminho do conhecimento e da aprendizagem, mas antes, conduzi-lo diligentemente ao longo desse caminho. A missão do professor é estimular a busca do conhecimento.
A educação cristã não consiste em que coloquemos algo sobre nossos alunos, mas sim em que contribuamos para que alguma coisa aconteça dentro deles. Aquilo que eles tornarem sob a nossa orientação, servirá como prova do que de fato representou o nosso ensino” (Verônica Araujo).
Oficina de ideiasDistribua papel, lápis e giz de cera e peça que as crianças façam um desenho representando algo que elas possam fazer para ajudar na Casa de Deus, a igreja. Fale das coisas que agradam a Deus, como por exemplo: ofertar, orar, cantar, ajudar a tia a guardar os lápis, etc.
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 1 Samuel 1.20-28; 2.11-26. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - A Amiga que Derramou Perfume em Jesus - Jd. Infância.

Lição 7 - A Amiga que Derramou Perfume em Jesus

 3º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão saber que Jesus nos dá muitos presentes, inclusive o mais especial: a Salvação; e aprender que os verdadeiros amigos do Papai do Céu também lhe presenteiam, com adoração sincera e obediência à sua Palavra.
É hora do versículo: “O que posso eu oferecer a Deus, o Senhor, por tudo de bom que ele me tem dado?” (Sl 116.12).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da mulher que derramou perfume nos pés de Jesus, que aquele gesto foi uma forma de adoração. Ela presenteou Jesus com uma atitude muito bonita da época e ainda gastou o seu dinheiro comprando o melhor perfume. Jesus está à procura de pessoas que lhe obedeçam e lhe ofereçam adoração sincera, do fundo do coração.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho da mulher que derramou o perfume nos pés de Jesus e secou com os seus cabelos. Reforce com as crianças que devemos oferecer para Jesus o que temos de melhor: o nosso coração sincero e uma verdadeira adoração.
licao7.jardim
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - A História de Uma Ovelha Perdida - Primários.

Lição 7 - A História de Uma Ovelha Perdida

 3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus é o Bom Pastor, que resgata a pessoa que está perdida.

Ponto central: Deus resgata a ovelhas que está perdida.
Memória em ação: “— Eu sou o Bom Pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
      Querido (a) professor (a), ao longo da caminhada com Cristo quantas não foram as “idas e vindas” de pessoas queridas; quantos não foram os irmãos que se distanciaram do Senhor, que se perderam e até hoje não regressaram?! Por alguns, nós oramos há anos. E certamente, enquanto você lê essas linhas, se lembra de alguém em especial.
      O que tendemos a não considerar é que há uma maneira mais sutil, e, portanto, mais perigosa, de se desviar do Altíssimo – perdendo-se na religiosidade. Sem se aperceber estar distante, ainda que dentro da casa do Pai. Sim, tal qual a maioria dos zelosos mestres da Lei, os fariseus, na época de Jesus, nós também corremos o risco de nos tornarmos apenas religiosos, zelosos em cumprir e ensinar regras, mas sem a chama do amor por Deus e pelo próximo.
      Assim Israel se encontrava quando o Senhor disse: “Este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (em outra versão: “que maquinalmente recebeu”). (Is 29.13)
      Ao longo do ministério do Rabi, por diversas vezes Ele confrontou a religiosidade que era vazia de amor, de real intimidade com Deus, esvaziada de compaixão pelos perdidos, pelos a margem da sociedade: prostitutas, publicanos, samaritanos (o que hoje poderia equivaler a pessoas de outras denominações ou linhas teológicas), estrangeiros (pessoas de religiões diferentes), homossexuais, etc.
      “E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. Marcos 2.16,17
       Você já se perguntou quem seriam os marginalizados de nossa época? Seriam eles os “calvinistas”? As feministas? O grupo LGBT? Os membros do Candomblé, Umbanda, Espiritismo, etc.? Seriam os criminosos no nosso sistema penitenciário? Quem seriam os doentes da nossa sociedade?
       E mais importante: Será que temos olhado para eles como Jesus? Ou temos mais semelhanças com os excludentes e pretenciosamente “corretos” fariseus? Lembremos que muitos deles ficaram de fora de tão gloriosa salvação, justamente por não conseguiam se enxergar; sentiam-se os sãos, os santos, os juízes e porteiros do “Céu”, sempre julgando e “decidindo” quem poderia ou não entrar, enquanto eles mesmos, ao fazerem isso, se colocavam do lado de fora. A respeito de quem o próprio Jesus disse:
       “[...] não façais o que eles fazem, porquanto não praticam o que ensinam.  Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens. No entanto, eles próprios não se dispõem a levantar um só dedo para movê-los.
       Tudo o que realizam tem como alvo serem observados pelas pessoas. Por isso, fazem seus filactérios bem largos e as franjas de suas vestes mais longas. 
        Amam o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças e de serem, pelas pessoas, chamados: ‘Rabi, Rabi!’. Vós, todavia, não sereis tratados de ‘Rabis’; pois um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. E a ninguém sobre a terra tratai de vosso Pai; porquanto só um é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
     Também não sereis chamados de líderes, pois um só é o vosso Líder, o Cristo. Porém o maior dentre vós seja vosso servo. Portanto, todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. 
      Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho! 
     Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e, para disfarçar, encenais longas orações. E, por isso, recebereis castigo ainda mais severo! 
      Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque viajais por mares e terras para fazer de alguém um prosélito. No entanto, uma vez convertido, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós! [...] Tolos e cegos!” (Mateus 23.2-17 - ARA)
      Veja quão gloriosa é a Palavra de Deus, “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Contudo, ainda que muitos fariseus a conhecessem tão bem, caíram. Talvez porque trechos confrontadores como este, fossem encarados por eles apenas com o olhar para a censura de outros. Esqueceram-se de examinar a si mesmos. Que nós não caíamos no mesmo erro. Não sejamos ovelhas perdidas, mesmo frequentando o aprisco do Bom Pastor. Que os nossos corações sejam sempre moldáveis, corrigíveis pelo Senhor, que só disciplina a quem ama (Hb 12.6). E o amor seja sempre abundante em nosso viver o Evangelho, porque sem ele, nem os mais árduos cumprimentos da Lei terão qualquer valia para Deus (Cf. 1 Co 13.1-7).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Josué, Um Líder Forte e Corajoso - Juniores.

Lição 7 - Josué, um Líder Forte e Corajoso

 3º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Josué 1.1-18; 6; 10.12-14.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito de uma virtude que não pode faltar na caminhada com Cristo: a coragem. De fato, são muitos os males que no trazem temores e o medo de não conseguir dar conta das nossas obrigações é real. Mas Deus nos ensina em sua santa Palavra que os grandes homens e mulheres de Deus não estiveram isentos do medo, mas aprenderam a controlá-lo de modo que alcançaram os seus objetivos. A história de Josué nos mostra que a coragem e a força que demonstrara não eram características específicas dele, mas vinham da parte de Deus que o consolou e o fortaleceu no momento em que o líder de Israel mais precisou.
Após a morte de Moisés, Deus chama Josué e o orienta no que diz respeito à sua postura como o novo líder de Israel que teria a responsabilidade de conduzir o povo na ocupação da Terra Prometida (Js 1.1-9). O primeiro capítulo do livro narra alguns pontos importantes desta orientação que servirão de aprendizado para os seus alunos:
1. “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te.... O tempo de Moisés como líder de Israel havia terminado, agora era a vez de Josué assumir a liderança e ele não poderia viver na sombra do seu antecessor (vv. 1,2). Josué precisava demonstrar que estava disposto a enfrentar esta nova missão. O exemplo de Josué servirá para ensinar seus alunos que cada um de nós temos responsabilidades específicas que não devem ser comparadas com a dos outros. Deus nos chama de forma única e particular (Is 41.8-10). É preciso assumir o compromisso de cumprir com as nossas responsabilidades.
2. Serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Deus prometeu que seria com Josué em todo o tempo e não o deixaria desamparado (v. 5). Além disso, assegurou que Josué teria os recursos necessários para cumprir a sua missão. Da mesma forma como foi fiel com Moisés e proveu as condições para que o seu servo atravessasse o deserto durante um período de quarenta anos, assim também seria com Josué nesta nova empreitada. Deus quando chama os seus servos para realizar a sua obra não os deixa desamparados, antes providencia o que é preciso, e mesmo quando achamos que nos falta algum recurso material o Senhor se revela e provê a sua presença (vv. 5,6).
3. Esforça-te e tem bom ânimo. Assim como Deus prometeu a Josué que seria com ele, o Senhor também colocou algumas condições para que seu servo realizasse a sua obra com êxito. Josué deveria se esforçar e demonstrar bom ânimo diante das circunstâncias (v. 6). Operar maravilhas, prover livramento e instruir o modo e o tempo como Josué deveria ocupar a terra era responsabilidade de Deus. Mas preparar o coração do povo, organizar as famílias, ensinar a Lei do Senhor, aparelhar os israelitas militarmente e manter-se disposto em todo o tempo era responsabilidade de Josué. O Senhor também nos promete a sua presença, mas devemos fazer a parte que nos cabe para que os planos de Deus possam se cumprir.
4. Guardar a Lei do Senhor. A orientação divina não poderia ser esquecida. Desde a época de Moisés o povo foi instruído a não se apartar da Lei do Senhor, mas obedecê-la com dedicação a fim de que fosse bem-sucedido em tudo o que fizesse (cf. Dt 6; 28). A promessa de Deus continua a mesma para todos os que se dedicam em guardar a sua santa Palavra. A Bíblia ensina que “Felizes são os que não podem ser acusados de nada, que vivem de acordo com a lei de Deus, o SENHOR! Felizes os que guardam os mandamentos de Deus e lhe obedecem de todo o coração!” (Sl 119.2). Sendo assim, os que são obedientes em guardar os mandamentos do Senhor devem entender que esta é uma condição para que tenham um relacionamento feliz com o Criador e êxito em seus projetos (cf. Sl 1).
Deus prometeu guardar a Josué e o povo de Israel das investidas dos inimigos. Isso não significava que eles não enfrentariam adversidades durante o processo de ocupação da Terra Prometida. A história comprova que eles enfrentaram grandes obstáculos, mas superaram e desfrutaram da bênção de Deus (cf. Js 6; 8; 10.12-15). Por outro lado, houve um tempo em que o povo decidiu abandonar os mandamentos do Senhor e seguirem por caminhos tortuosos. Toda vez que isso acontecia o povo pagava um alto preço por causa da desobediência (cf. Jz 21.25).
Mostre aos seus alunos que o relacionamento de Israel com Deus serve de exemplo para nós que somos o povo de Deus na atualidade. Guardar a Palavra e permanecer em seus caminhos é fundamental para que tenhamos êxito em tudo o que realizarmos. Explique que a desobediência sempre trouxe prejuízo para o povo de Deus e o Senhor espera que cada um de nós permaneça em seus caminhos e seja bem-sucedido.
Para fixar o ensinamento da aula de hoje, confeccione uma tábua com as orientações de Deus a Josué para que ele tivesse êxito. Você pode utilizar um pedaço retangular de isopor ou então utilizar papel cartão. Escreva as frases numa folha de papel A4, com letras em tamanho “grande” e cole sobre a placa de isopor ou cartão. Peça para os alunos pintarem a tábua com lápis de cor e canetinha. Cada aluno deverá escrever seu nome ao final da tábua e levar para casa.
Exemplo de frases: “Você nunca será derrotado”; “Seja forte e corajoso”; “Tome cuidado e viva de acordo com toda a Lei”; “Não se desvie dela em nada e você terá sucesso”; “Fale sempre do que está escrito no Livro da Lei”; “Estude esse livro dia e noite”; “se esforce para viver de acordo com tudo o que está escrito nele”; “Se fizer isso, tudo lhe correrá bem, e você terá sucesso”; “Não fique desanimado, nem tenha medo”; “eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você”.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Uma Mulher em Julgamento - Pré Adolescentes.

Lição 7 - Uma Mulher em Julgamento

 3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 8.1-11.
Olá prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão sobre uma virtude do caráter de Cristo muito necessária à igreja dos dias atuais: o exercício da misericórdia. A história da mulher pecadora não está distante da nossa realidade, pois infelizmente há muitos crentes que demonstram o triste hábito de julgar o próximo. Jesus manifestou sua graça de forma maravilhosa e fez os acusadores reconhecerem que não estavam em condições de aplicar qualquer julgamento sobre a mulher pecadora, visto que suas próprias vidas estavam cheias de pecado.
A Palavra de Deus condena o hábito de julgar as pessoas, tendo em vista que os critérios humanos são injustos diante do padrão divino. Deus não tem o pecador por inocente nem tolera a injustiça, mas isso não significa que tenhamos autorização para condenar as pessoas. A seguir alguns significados de julgamento encontrados na Palavra de Deus:
A. Julgar — condenar: Na Carta de Tiago, encontramos a seguinte orientação: “Meus irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala mal do seu irmão em Cristo ou o julga está falando mal da lei e julgando-a. Pois, se você julga a lei, então já não é uma pessoa que obedece à lei, mas é alguém que a julga” (cf. Tg 4.11). O hábito de julgar as pessoas é uma prática que não deve ser preservada no seio da igreja. Tal pratica é um sinal de que o amor de Cristo não está sendo compreendido ou praticado adequadamente pelos membros da igreja. Lawrence O. Richards (2007, p. 515) discorre a respeito da instrução de Tiago:
A palavra katalaleite significa ‘não falar uns contra os outros’. Falar mal sugere fazer falsas acusações. Esta palavra é bastante ampla para incorporar coisas que podem ser verdadeiras, mas que são faladas com intenção maldosa. Basicamente, a pessoa que fala toma para si a função de punir um irmão ou uma irmã, apesar do fato de que somente Deus é Juiz.
As palavras de Paulo em Efésios 4.15 são objetivas: Devemos falar a verdade no amor. Se o que tivermos a dizer não contiver verdade nem amor suficientes, devemos permanecer em silêncio.
A resposta de Jesus aos fariseus no tocante ao julgamento sobre a mulher pecadora vai de encontro à pretensão daqueles homens, cuja motivação era apenas condenar a mulher pecadora, sem ao menos pensar em quais circunstâncias ela havia sido pega. E quanto à outra parte que havia cometido o pecado? Também não deveria ser punida? De qualquer forma, Jesus reprova a postura deles, porquanto não tinham a intenção de ajudar a pecadora a recuperar-se da sua triste condição, muito menos perdoá-la.
B. “Mas julgai segundo a reta justiça”. De que tipo de justiça Jesus estava falando? Jesus condena o comportamento dos fariseus durante um discurso na Festa dos Tabernáculos. O Mestre repreende o juízo de valor apontado por esses homens quando afirmou que eles não deveriam julgar pela aparência, e sim segundo a reta justiça (cf. Jo 7.24). Os fariseus compunham uma classe de estudiosos que valorizava muito mais os preceitos da Tradição Judaica do que necessariamente as Escrituras Sagradas. É exatamente esse tipo de prática que Jesus condenava, porquanto tudo o que faziam era baseado em preceitos de homens que adaptavam a Palavra de Deus com vista no benefício próprio.
A justiça de que Jesus ressalta nesta passagem refere-se à Palavra de Deus abandonada pelos fariseus e líderes judeus, pois valorizavam mais seus costumes e dogmas religiosos do que o juízo, a misericórdia e a fé (cf. Mt 23.23). A natureza da justiça divina é desejar o bem do próximo, é a bondade de Deus que leva ao arrependimento. Note que mais uma vez Jesus repreende o desejo de condenar no lugar de absolver.
As verdades apresentadas neste artigo recordam as palavras de Jesus: “Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.56). De fato, Jesus não veio para destruir as pessoas ou mesmo lançar as almas dos homens no inferno. Sua missão é curar os enfermos, inclusive aqueles que se encontram em situação caótica, sem salvação.
Aproveite a ocasião e apresente aos alunos a história da mulher pecadora e peça pra os alunos julgarem a situação da mulher. Escute o que os alunos têm a dizer sobre o fato. A atividade pode ser realizada em grupos. A seguir, mostre aos seus alunos o que Jesus disse para aquela mulher: “Vá e não peques mais”. Explique de forma sucinta que devemos ter o cuidado para não julgar (condenar) as pessoas, pois nem mesmo o Filho de Deus teve a intenção de assumir esta postura. Quanto mais, nós, como servos de Deus, também devemos manter a mesma postura.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - Agostinho e Aquino: Doutores da Igreja - Adolescentes.

Lição 7 - Agostinho e Aquino: Doutores da Igreja

3º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: Romanos 12.7; 2 Timóteo 3.16.
OBJETIVOS:
Ensinar o significado do título “Doutor da Igreja”;
Expor a vida e a obra de Agostinho de Hipona e de Tomé de Aquino;
Incentivar os alunos a crescerem no conhecimento bíblico.
Olá Caro(a) Professor(a),

A lição desta semana é um estimulo à classe dos adolescentes no tocante a conhecerem a história dos “Pais da Igreja”. Estes são os grandes intelectuais que dedicaram suas vidas a estudarem e interpretarem os principais pontos da doutrina bíblica que norteia o cristianismo nos dias atuais. Isso não significa que a história os tenha tornado as pessoas com maior autoridade para definir o que é certo ou errado quanto à doutrina bíblica, mas o que ficou evidente durante todos esses anos é que a contribuição destes autores foi e ainda é de grande importância para o desenvolvimento doutrinário da igreja.
Na lição de hoje seus alunos aprenderão sobre Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino, nomes importantes na história da igreja. Dentre as suas contribuições estão seus discursos no que diz respeito à doutrina da Trindade e também à Cristologia. Agostinho teve o seu auge ainda nos primeiros séculos do cristianismo, viveu entres os anos 354-430 d.C. Na obra “Os Pais da Igreja”, CAMPENHAUSEN (2005, pp. 362-63) discorre sobre os pensamentos deste celebre doutor:
“A aproximação de Agostinho com a doutrina da Trindade não foi realizada pelos caminhos de sua origem histórica — o envio do ‘Filho de Deus’ em carne e a experiência do Espírito Santo’ na primitiva congregação — e sim iniciada, como havia feito anteriormente, com toda a teologia da igreja primitiva, isto é, ‘filosoficamente’, com a eternidade essencial e divina da natureza do próprio Deus. Ele está consciente, mais de que seus predecessores, e, acima de tudo, mais do que os teólogos gregos, que o mistério da Divindade transcende toda a imaginação, e qualquer tentativa para compreendê-la de forma conceitual conserva, necessariamente, algo de simbólico.
[...] A partir de então, estes ensinamentos dominaram quase exclusivamente a doutrina ocidental sobre a Trindade e, nesta questão, nem Tomás de Aquino foi realmente muito além de Agostinho. Até em suas disputas posteriores com o Oriente, quanto ao relacionamento do Espírito com o Filho, foram seguidos os caminhos determinados por Agostinho. Sob outros aspectos, a íntima conexão das Pessoas divinas entre si resultou, inevitavelmente, em sérias complicações para a cristologia. As naturezas divina e humana de Cristo somente podem ser reunidas com dificuldade, e a complexidade de partir de uma doutrina intrinsecamente consistente de Deus até o dogma básico da encarnação, foi muito maior para Agostinho do que havia sido anteriormente para Ambrósio, precisamente porque tentou explicá-la e compreendê-la filosoficamente.
Como já vimos, Agostinho estava plenamente consciente de que a nítida e decisiva fronteira entre a filosofia e a revelação tinha a sua origem exatamente nesse ponto. Quanto mais se ocupava desse problema, mais se preocupava com a realidade do Cristo encarnado, com a ‘humildade’ desse Deus que desejava redimir nosso orgulho através da entrega da riqueza divina à nossa pobreza, a fim de que Ele pudesse nos ensinar o caminho da humildade como o próprio caminho para a felicidade.” 
Agostinho contribuiu de forma peculiar para o desenvolvimento da doutrina cristã. Aproveite a aula de hoje e mostre aos alunos que muitos ensinamentos que compartilhamos nos dias atuais na Escola Dominical são frutos do dedicado trabalho destes autores. Você pode pedir aos seus alunos que formem grupos para pesquisarem as principais contribuições de Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino. Peça para trazerem a pesquisa pronta e apresentarem na próxima aula. Outra dica é convidar o pastor ou um algum seminarista da igreja para esclarecer algumas dúvidas sobre estes autores. Você poderá sugerir um tempo para perguntas e respostas ao final da aula.
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 07 - 3º Trimestre 2018 - A Encarnação do Redentor - Juvenis.

Lição 7 - A Encarnação do Redentor

 3º Trimestre de 2018
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14)
Esboço da Lição
1. VIVENDO NA ETERNIDADE
2. SAINDO DA ETERNIDADE
3. A ENCARNAÇÃO: UM MISTÉRIO
Objetivos
Mostrar Jesus, a Palavra de Deus, antes da encarnação.
Vislumbrar o mistério da encarnação em seus aspectos biológico, espiritual e social.
Conscientizar sobre a humildade de Jesus, pois sendo Deus, tomou a forma humana.
     Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos refletir com os alunos sobre a trajetória do Deus Todo-Poderoso que escolheu se esvaziar de sua glória, habitar entre nós, vivendo como o mais simples nazareno filho de carpinteiro. Quão gloriosa lição de humildade! Cada vez mais no meio eclesiástico observamos o oposto: seres humanos tão pequenos e falhos, ambicionando e perseguindo grandeza, exigindo pompas e glórias da Igreja. Seus juvenis observam isto; inteligentes, perceptivos e “antenados” no mundo globalizado, eles possuem uma capacidade de pensamento crítico primorosa, que deve mesmo ser motivada para que não sejam manipuláveis, antes capacitados a discernirem todas as coisas (1Co 2.15).
     Portanto, com base nos objetivos traçados em sua revista e se valendo de todos os recursos já disponibilizados nela, proponha também à sua classe esta reflexão, sobre a humildade do Deus encarnado, sua conduta moral, espiritual e social, enquanto ser humano. E como podemos nós podemos mais e mais seguir o seu exemplo; em que temos falhado; que tipo de sucesso ministerial temos ambicionado.
      Após fazer a si mesmo, também proponha à turma os questionamentos: Temos buscado mais a glória dos homens ou a de Deus? Eu tenho sido um ser humano como Cristo foi? Ou tenho mais semelhanças com a pobreza de humanidade da maioria dos religiosos fariseus na época de Jesus?
     Tal como aqueles mestres da Lei, nós também corremos o risco de nos tornarmos apenas religiosos, zelosos em cumprir e ensinar regras, mas sem a chama do amor por Deus e pelo próximo.
      Assim Israel se encontrava quando o Senhor disse: “Este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (em outra versão: “que maquinalmente recebeu”). Isaías 29.13
     Ao longo do ministério do Rabi, por diversas vezes Ele confrontou a religiosidade que era vazia de amor, de real intimidade com Deus; esvaziada de compaixão pelos perdidos, pelos a margem da sociedade: prostitutas, publicanos, samaritanos (o que hoje poderia equivaler a pessoas de outras denominações ou linhas teológicas), estrangeiros (pessoas de religiões diferentes), homossexuais, etc.
     “E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. Marcos 2.16,17
     Você já se perguntou quem seriam os marginalizados de nossa época? Seriam eles os “calvinistas”? As feministas? O grupo LGBT? Os membros do Candomblé, Umbanda, Espiritismo, etc.? Seriam os criminosos no nosso sistema penitenciário? Quem seriam os doentes da nossa sociedade? Os carentes de ouvir e -mais do que isso - de ver em nós o Filho Unigênito que o Pai entregou para nos salvar?
      Será que temos olhado para eles como Jesus os olhava? Ou temos mais semelhanças com os excludentes e pretenciosamente “corretos” fariseus? Lembremos que muitos deles ficaram de fora de tão gloriosa salvação, justamente por não conseguiam se enxergar; sentiam-se os sãos, os santos, os juízes e porteiros do “Céu”, sempre julgando e “decidindo” quem poderia ou não entrar, enquanto eles mesmos, ao fazerem isso, se colocavam do lado de fora. A respeito de quem o próprio Jesus disse:
      “[...] não façais o que eles fazem, porquanto não praticam o que ensinam.  Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens. No entanto, eles próprios não se dispõem a levantar um só dedo para movê-los.
        Tudo o que realizam tem como alvo serem observados pelas pessoas. Por isso, fazem seus filactérios bem largos e as franjas de suas vestes mais longas.
Amam o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças e de serem, pelas pessoas, chamados: ‘Rabi, Rabi!’.          Vós, todavia, não sereis tratados de ‘Rabis’; pois um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. E a ninguém sobre a terra tratai de vosso Pai; porquanto só um é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
        Também não sereis chamados de líderes, pois um só é o vosso Líder, o Cristo. Porém o maior dentre vós seja vosso servo. Portanto, todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
        Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho!
        Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e, para disfarçar, encenais longas orações. E, por isso, recebereis castigo ainda mais severo!
       Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque viajais por mares e terras para fazer de alguém um prosélito. No entanto, uma vez convertido, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós! [...] Tolos e cegos!” (Mateus 23.2-17 - ARA)
      Veja quão gloriosa é a Palavra de Deus, “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Contudo, ainda que muitos fariseus a conhecessem tão bem, caíram e tiveram um viver tão desumano com os carentes de sua geração. Talvez porque trechos confrontadores como estes, fossem encarados por eles apenas com o olhar para a censura alheia. Esquecendo-se de examinar a si mesmos.
     Que nós não caiamos no mesmo erro. Que os nossos corações sejam sempre corrigíveis e moldáveis à semelhança do nosso Cristo, que habitou entre nós, sujeito as mesmas fraquezas, mas nos ensinando como sermos humanos melhores. E o amor – definição bíblica do próprio Deus (1 Jo 4.8) –  seja sempre abundante em nosso viver o Evangelho, porque como mostrou Jesus com seu próprio exemplo, sem amor, nem os mais árduos cumprimentos da Lei terão qualquer valia (Cf. 1 Co 13.1-7).
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - A Sobriedade na Obra de Deus - Adultos.

Lição 8 - A Sobriedade na Obra de Deus

3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
O exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo e os maus costumes.

ESBOÇO GERAL
Introdução
I – O vinho na história sagrada
II – O vinho no ofício divino
III – Ministros cheios do Espírito Santo
Conclusão

OBJETIVO GERAL
Mostrar que o exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo e os maus costumes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar o vinho na história sagrada;
Discutir a respeito do vinho no ofício sagrado;
Compreender que o ministro precisa ser cheio do Espírito Santo.
MINISTROS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
Pr. Claudionor de Andrade
     Tendo em vista os exemplos lamentáveis e vergonhosos da História Sagrada, o Novo Testamento faz-nos severas advertências quanto ao uso do vinho.
     1. Recomendações aos ministros. O candidato ao Santo Ministério, na Igreja Primitiva, não podia ser um homem escravizado pelo vinho (1 Tm 3.3,8; Tt 1;7). Como confiar o rebanho de Jesus Cristo a um alcoólatra?  O que governa tem de abster-se das bebidas alcoólicas (Pv 31.4). Se você, querido obreiro, tem algum problema com o alcoolismo, procure ajuda. Há sempre um bom homem de Deus disposto a ouvir-nos e a auxiliar-nos. Não leve tal fardo à sepultura. Por mais difícil e vexatória que seja a sua situação, não se conforme. O Senhor Jesus está ao nosso lado. Ele o resgatará do alcoolismo, guindando-o novamente às regiões celestiais.   
    2. Recomendações à Igreja. A recomendação quanto aos prejuízos decorrentes do vinho não se limita aos ministros do Evangelho. Ela diz respeito, também, a toda a Igreja. Que o verdadeiro cristão, afastando-se do vinho, busque a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18). A embriaguez não é um mero adorno cultural; é algo sério que tem ocasionado sérios transtornos à Igreja de Cristo.
     Voltemos ao cenáculo. Busquemos novamente a plenitude do Consolador. Que as nossas reuniões sejam marcadas por conversões, batismos com o Espírito Santo, curas divinas, sinais e maravilhas. E que jamais nos esqueçamos de que o Senhor Jesus, em breve, virá buscar a sua Igreja. Aleluia!  
     3. Ministros usados pelo Espírito Santo. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi copiosamente derramado sobre os discípulos (At 2.1-4). De início, eles foram tidos como bêbados (At 2.13). Mas, após o sermão de Pedro, todos vieram a conscientizar-se de que eles falavam e operavam no poder de Deus (At 2.40,41). 
     Na sequência de Atos, deparamo-nos com os apóstolos e discípulos proclamando o Evangelho sempre na virtude do Espírito Santo (At 4.8, 31; 7.55; 13.9).
Como Agir Diante de Tantos Perigos
    Entre o final de 2017 e o início de 2018, chegaram-me alguns relatos de pastores, alguns ainda jovens, que vieram a suicidar-se. Confesso que tais relatos deixaram-me bastante preocupado. O que levaria um homem de Deus a cometer semelhante desatino? Por isso, gostaria de deixar, aqui, alguns conselhos para nos prevenirmos quanto a tais desfechos.
      1. Aprenda a confiar em Deus. Entre a Obra de Deus e o Deus da Obra, não tenha dúvidas. Que o Senhor tenha completa prioridade em sua vida. Quando nos damos por completo ao Deus da Obra, a Obra de Deus sempre prospera em nossas mãos. Por essa razão, trabalhe com ousadia e amor, mas não perca a paz se a sua igreja não prospera como esta ou não cresce como aquela. Quem dá o crescimento é Deus. Não perca o sono. Enquanto você dorme, Ele cuida de sua Seara.
       2. Não se consuma pela ansiedade. Não leve para o Santo Ministério as disputas e vícios do mundo corporativo. No âmbito do Reino de Deus, nem sempre o mais veloz chega primeiro. E, se logra algum êxito, envergonha-se como Aimaás; não tem mensagem alguma. Então, peregrine com o Evangelho.
       Quando a depressão bater-lhe à porta, siga o conselho do apóstolo: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6, ARA).
       Cuidado com as metas que contemplam apenas as finanças. Mire-se na humildade e na pobreza do Nazareno; resgate-lhe as almas preciosas que, todos os dias, vemos nas ruas, praças e logradouros. O dinheiro sempre vai. Quanto às almas, que cada uma delas chegue aos pés do Salvador.
       3. Não se dê às drogas. Previna-se quanto aos que, sutil e perversamente, preceituam-nos pílulas e compridos mágicos. Na Vinha do Senhor, não se requer nenhum psicoestimulante. A assistência do Espírito Santo nos basta.
       Não se vicie. Você não precisa de tais artifícios. O mesmo Deus que fortaleceu a Sansão e animou a Davi está ao seu lado. Coragem e ânimo. A feitiçaria destes últimos dias está levando muita gente para o inferno.
      4. Cuidado com o álcool. Fuja dos colegas de ministério que, por serem já alcoólatras, querem induzi-lo a esse vício maldito e perverso. Mantenha-se continuamente sóbrio. A caminhada ainda é longa. Nessa peregrinação, não podemos andar tropegamente. Sejamos firmes em cada passo. 
    5. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. A recomendação do apóstolo nunca foi tão atual e urgente: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Tm 4.16, ARA).
     Conclusão  
     Certa vez um jovem obreiro perguntou-me se algum padre chegará ao céu. Vendo-lhe a ânsia de espírito, fiz-lhe outra pergunta: “Algum pastor corre o risco de ir para o inferno?”.
     Diante das agruras que nos espreitam aqui e ali, todos corremos sérios riscos. Não podemos vacilar. Se não nos dermos à leitura da Palavra, à oração e ao jejum, não subsistiremos. O fato de sermos obreiros não nos torna invulneráveis quanto às tentações, às angústias e às arremetidas de Satanás.
     Cuidemos de nós mesmos. Zelemos pela doutrina que nos confiou o Senhor. Ele é poderoso para guardar-nos até o dia de sua vinda. E que jamais venhamos a ter o mesmo destino de Nadabe e Abiú.
      Amém. Cuida de nós Jesus.
(Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. )
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.