quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus - Adultos.

 

Lição 9 – Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM NATURAL
II – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM COMERCIAL
III – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM ESPIRITUAL 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a verdadeira sabedoria consiste no temor do Senhor.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Expor que todos os esforços humanos são inúteis para a aquisição da sabedoria divina;
II – Destacar que a sabedoria tem seu preço, e que excede todos os bens materiais existentes;
III – Revelar que o verdadeiro valor da sabedoria é de natureza espiritual.

PONTO CENTRAL
O temor do Senhor é o fundamento da verdadeira sabedoria.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo veremos que a verdadeira sabedoria, segundo a Palavra de Deus, fundamenta-se no “temor do Senhor”.

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus:

“O livro de Jó pertence ao gênero literário sapiencial, e o seu capítulo 28 é todo dedicado a uma exposição sobre a verdadeira sabedoria. Alguns autores (Terrien, 1997) acreditam que esse capítulo não pertence aos discursos originais de Jó, e ainda outros acham que ele encontra-se fora de lugar. Todavia, como observou Mesquita (1979), essa teoria não parece razoável dentro do contexto de Jó. O mais natural é entender que Jó tenha recebido de Deus iluminação para fazer uma exposição tão bela e profunda sobre a sabedoria sob diferentes aspectos. Mesquita (1979, p. 147) destaca o seguinte: 

os críticos admitem, com muita facilidade, interpolações do texto, como se um manuscrito sagrado fosse um tabuleiro de xadrez, em que se joga uma pedra para um lado e para outro. Não partilhamos desta facilidade de acrescentar ou diminuir coisa alguma num Manuscrito, mesmo que não sejamos capazes de interpretar certas anormalidades textuais. 

Na sua obra Sabedoria e Sábios em Israel (Loyola, 1999), José V. Líndez faz uma abordagem sistemática e crítica sobre a literatura sapiencial no contexto do mundo antigo.i Há algum tempo, fiz uma resenha sobre a obra de Líndez para um trabalho de mestrado.ii Aqui reproduzirei parte dela porque creio que ajudará na compreensão do capítulo 28 de Jó. 

Líndez destaca que a literatura Sapiencial é o fruto maduro de um povo adulto. Esse tipo de gênero literário é mais antigo que Israel. Líndez ainda destaca que essa literatura chegou até nós por meio do testemunho escrito na Mesopotâmia e Egito, cuja data remonta ao segundo e terceiro milênio antes de Cristo. Esses centros de cultura estavam espalhados principalmente pelo Egito e Mesopotâmia.  

A fonte da sabedoria no mundo antigo estava reservada aos sábios. Porém, Líndez destaca que o que se entende por ‘sábios’ não é consenso entre os estudiosos. O termo passou a ser usado tanto no sentido profissional como no não profissional. O termo pode ser aplicado aos mestres da corte, educadores, etc., bem como aos conselheiros dos príncipes e reis. Dessa forma, o ‘sábio’ é o mestre de família que vivia na corte ou fora dela, ou, ainda, o mestre popular, além de futuros escribas ou peritos da lei. A sabedoria, portanto, provinha de várias fontes: o lar, a escola, a experiência, o intercâmbio, a tradição, a reflexão, etc.

É interessante a forma como Líndez aborda a questão da Sabedoria e o sábio no Antigo Testamento e como essa sabedoria relacionava-se com a ordem no mundo. Líndez destaca que a sabedoria no contexto do Antigo Testamento é mais de caráter prático do que teórico. Em muitos textos do Antigo Testamento, é revelado que o Senhor Deus é a fonte dessa sabedoria. Não deve ser esquecido que, em um primeiro momento, a sabedoria é demonstrada nas atividades manuais dos homens nas suas tarefas diárias e normais, isto é, nas suas habilidades demonstradas. Em um estágio mais avançado da literatura sapiencial, o conceito de sabedoria é associado a ideias de justiça. Ser sábio, portanto, não se refere a ter conhecimento enciclopédico, mas à aplicação da justiça.

O autor destaca que, dentre os livros do gênero sapiencial, Provérbios de Salomão é o mais representativo do Antigo Testamento. Líndez observa que os livros de Provérbios, além das sentenças tradicionalmente atribuídas ao rei, filho de Davi, há muitas outras atribuídas a outros sábios. O modelo de sentenças prevalecentes nos provérbios é a ‘masal’. Nesses provérbios, prevalecem os paralelismos, as formas valorativas, as comparações, as metáforas, as perguntas retóricas, as cenas breves (o preguiçoso e a formiga, o beberrão). Há, também, uma variedade de temas: amor à sabedoria, vida pessoal (o indivíduo, o aluno, desprestígio do preguiçoso, primazia da justiça, atitude diante da riqueza e da pobreza), provérbios e a vida familiar, a vida em sociedade (sensato/néscio; honrado/malvado; pobre/rico; excesso/moderação). Líndez também destaca a reflexão de provérbios para o contexto religioso. Deus é visto como: criador, onisciente, providente e soberano. Outros temas de igual importância também são abordados pelos Provérbios: Deus e o mal, a doutrina da retribuição e o temor do Senhor. 

Líndez (1999, p. 133) destaca o que chama de ‘crise da sabedoria’. Ele mostra que, no primeiro momento, a literatura sapiencial via os problemas da existência humana como estando subordinados apenas à lei de causa e efeito ou da retribuição. Esse “otimismo” deixa de existir com o livro de Jó. É dentro desse contexto que ocorrem os dramas narrados no livro de Jó e, posteriormente, também no Eclesiastes. Jó, por sua vez, mostra como nem sempre a questão do sofrimento humano pode ser entendida a partir da lei da retribuição. O autor de Jó mostra um homem justo, que procurava viver retamente e que, de repente, acaba sendo apanhado em desgraça. Dessa forma, Líndez (1999, p. 134) diz:

O pensamento sapiencial se teologiza, enquadrando-se em uma corrente de otimismo que admite a ordem e o equilíbrio perfeitos não apenas na natureza, mas também na comunidade humana, sempre dentro de um horizonte temporal cujo limite está marcado pela realidade da morte. Essa visão otimista e abertamente religiosa fundamenta-se na admissão sem titubeios da doutrina da retribuição temporal e histórica: Deus premia sempre os bons com o êxito e a vitória; aos maus dá sua merecida derrota, não obstante as aparências contraditórias da realidade.

Nos primeiros capítulos, Jó aparece como um homem feliz e extremamente piedoso, levando a sério as questões relacionadas à vida religiosa. Todavia, num segundo momento, Jó aparece de forma questionadora, não conformado com os infortúnios, quando, por exemplo, uma tempestade varre a sua casa e família. O Jó paciente cede o seu lugar para o Jó inquieto. Líndez (1999, p. 138) demonstra que uma das belezas do livro de Jó está exatamente na narrativa dos fatos sem a tentativa de mascarar as agruras pelas quais o velho patriarca passa. Aqui, Jó discute com Deus e demonstra o seu ressentimento diante da aparente injustiça que estava sofrendo. 

Líndez (1999, p. 137) declara o seguinte:

O autor apresenta magistralmente um homem justo, triturado pelo sofrimento, que busca com tenacidade uma explicação da situação em que padece. Nessa empresa sobre-humana, Jó remove céus e terra, enfrentando a Deus e aos homens. Nada o faz recuar, a tudo se arrisca, sempre consciente de sua inocência. Queixa-se e grita desesperadamente para que Deus rompa o silêncio e de uma vez para sempre a justiça seja feita.

Nesse aspecto, é possível fazer um contraste entre Jó e Eclesiastes. Por um lado, Jó levanta a voz contra toda explicação teológica que é simples demais para explicar as contradições da vida. Por outro lado, o livro de Eclesiastes faz uma análise filosófica sobre o lado sombrio da vida que acontece ‘debaixo do sol’ (Líndez, 1999, p. 168). Nesse aspecto, o Eclesiastes (Pregador) é um bom observador e um crítico radical da vida. Uma palavra-chave que ajuda a entender a mensagem de Eclesiastes, destaca Líndez (1999, pp. 173,174), está na compreensão do sentido de hebel, que, comumente traduzida por “fumaça, vapor”, mantém o sentido de ‘vaidade’. No Eclesiastes, hebel é usada nos contextos da riqueza, trabalho, prazer e conhecimento. Líndez (1999, p. 174) conclui que o Pregador (Eclesiastes) não pode ser visto como um observador frívolo otimista, pois a sua visão da vida mostra a realidade nua e crua como se apresenta a existência humana. É nisso que ele é parecido com Jó.” 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


i LÍNDEZ, José Vílchez. Sabedoria e Sábios em Israel. Tradução de José Benedito Alves. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1999.
ii Resenha apresentada em 2019 na disciplina Literatura poética e sapiencial da Faculdade Batista do Paraná.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele cuida de mim - Berçário.

 

Lição 08 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele cuida de mim 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que Deus cuida de nós como o pastor cuida das ovelhas.

É hora do versículo: “O Senhor é o meu pastor: nada me faltará” (Salmos 23.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos confiar que o Papai do Céu como o nosso protetor. Ele é o nosso pastor que cuida de nós como suas ovelhinhas. 

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem a imagem do pastor que cuida das ovelhas. Peça para as crianças desenharem o rosto do pastor feliz.

licao8 bercario pastor

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Davi ajuda Saul tocando para ele - Maternal.

 

Lição 8 - Davi ajuda Saul tocando para ele 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar a criança a perceber os próprios talentos e usá-los para ajudar alguém. 

Para guardar no coração: “[...] Davi pegava a sua lira e tocava. O espírito mau saía de Saul [...]" (1 Sm  16.23).

Seja bem-vindo

“O esquema de decoração da sala tem grande influência sobre as atitudes mental e emocional dos alunos. Cores como laranja, vermelho ou amarelo dão a sensação de calor, mas tendem a fazer a sala parecer menor. Os tons de azul e verde criam uma atmosfera mais descontraída e fresca, e fazem a sala parecer maior. Cores brilhantes devem ser limitadas ao mural e centros de interesses. Um corredor longo e mal iluminado fica melhor quando é pintado com uma cor clara. As paredes da área infantil precisam ser iluminadas e alegres, com uma tinta ou cobertura durável e lavável. Um armário volumoso, numa sala pequena, ficará menos óbvio se for pintado da mesma cor que as paredes. Um piano velho pode ser pintado para harmonizar com a decoração da sala e ter as costas cobertas por uma placa aderente, a fim de servir como mais um espaço de exposição” (Ron Hels, citado por Clancy Hayes em “Alcance Todos os Seus Alunos”, CPAD).

Subsídio professor

“Dissemos que a criança do maternal é muito afetuosa. Isto não significa, no entanto, que o professor deve ir acariciando um novo aluno, logo em sua primeira aula. Embora carinhosa, a criança desta idade é também muito tímida, e mostra-se inibida diante de estranhos. Tanto, que só concorda em permanecer na classe, sem a presença da mãe, depois que se acostuma aos professores e aos demais alunos. Havendo feito amizade, aceita conversar e ser tocada.

Outra característica sócio/emocional desta turma é a teimosia. Quer fazer aquilo que lhe dá vontade. Contudo, a vontade pode ser moldada. Uma boa maneira de se lidar com isto é usar o “você pode”, em vez de “não pode”. Por exemplo, se ela deseja brincar com um objeto frágil ou perigoso, em vez de dizer-lhe: “Você não pode brincar com isto”, diga-lhe: “Você pode brincar com os blocos de borracha (ou outra coisa)”. Em vez de repreender: “Você não pode espalhar o giz de cera pela sala toda”, consinta: “Você pode brincar com o giz de cera em cima deste tapete (ou neste canto)”. Assim, você estará impondo limites, sem suscitar um ataque de rebeldia” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

Faça previamente pequenas caixas de presente (pode embrulhar caixas vazias, de remédio ou cosmético, em papel bonito). Providencie antecipadamente cópias de figura de instrumentos musicais ou crianças cantando. Dê uma para cada aluno e ajude-o a colá-la numa lateral da caixinha. Noutra lateral, cole um cartãozinho com o versículo do dia. Amarre um laço de fita.

Enquanto trabalham, repita como é bom louvar e adorar ao Papai do Céu. Entregue as lembrancinhas quando os pais vierem buscá-los. 

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 1 Samuel 16.14-23; 2.11-26. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - O Amigo que Traiu Jesus - Jd. Infância.

 

Lição 8 - O Amigo que Traiu Jesus 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão aprender que um verdadeiro amigo de Jesus não ouve o inimigo para fazer coisas erradas; saber que Jesus nos ensina a perdoar e nos perdoou pagando pelos nossos pecados na cruz. 

É hora do versículo: “E não deixes que sejamos tentados, mas livra-nos do mal” (Mt 6.13).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história dos doze discípulos de Jesus, seus amigos mais próximos, que não podemos ouvir o mal fazermos coisas erradas. Quando agimos assim, não estamos sendo honestos e nem verdadeiros com Jesus, o nosso maior e melhor amigo. Quando fazemos o mal, estamos traindo Jesus, deixando-o triste conosco. Mas se já fizemos alguma coisa errada, Ele nos perdoa se nos arrependermos de coração, porque todos os nossos pecados já foram perdoados, apagados e esquecidos lá na cruz quando Jesus Cristo se entregou por nós.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho de um coração e peça às crianças que desenhem seus amiguinhos.

licao8 jardim coracao

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - A História de Dois Construtores - Primários.

 

Lição 8 - A História de Dois Construtores 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno aprenda que os verdadeiros discípulos de Jesus ouvem e praticam a Palavra de Deus.

Ponto central: Sem obediência é impossível ter uma vida espiritual bem alicerçada.

Memória em ação: “— A pessoa que me ama obedecerá à minha mensagem, e o meu Pai a amará” (Jo 14.23).

     Querido (a) professor (a), dando seguimento ao tema do trimestre sobre as parábolas que o nosso Mestre dos mestres contou, no próximo domingo vamos ensinar aos Primários acerca da história narrada em Lucas 6.46-49, sobre dois tipos de construção, isto é, duas maneiras distintas de viver.

    Como você sabe, sua revista já oferece todas as ferramentas pedagógicas para uma aula rica, facilitadora para a compreensão e aprendizado do conteúdo bíblico proposto pelos seus alunos. A cada lição não perca de vista os objetivos propostos na mesma, e ao longo da aula reforce-o na prática a todo momento.

    Aqui propomos uma dinâmica para ilustrar o conteúdo da nossa história, facilitando assim a sua memorização e internalização das lições aprendidas com ela. Ao passo que de maneira lúdica também trabalharemos a psicomotricidade de seus alunos, aprimoramento da criatividade e raciocínio, cooperação e habilidade no trabalho em equipe.

    Para isso, leve algumas cartas (existem muitos brinquedos e jogos desse tipo) Após contar a história, divida a turma em grupos de no máximo quatro crianças e distribua uma quantidade igual de cartas para cada grupo. Diga que agora eles é que serão os construtores e juntos terão que construir alguma coisa com aquelas cartas. Motive-os dizendo: “Qual será a construção mais criativa?! Qual será o grupo que terminará primeiro?!” Acione um cronômetro e dê-lhes um minuto (ou o tempo que julgar interessante dentro de seu plano de aula) e diga “valendo”.

    O mais importante não é o que eles vão conseguir construir, mas todo o processo que envolve a atividade. Elogie o desempenho de todos, pergunte o que eles acharam difícil e por que, pontue o que achar necessário (por exemplo, se houve discussão em algum grupo, reforce que sem união o trabalho fica mais difícil, etc).

    Por fim, aos que conseguirem erguer algo com as cartas, diga que é uma bela construção, mas “será que é firme? Que aguenta as tempestades da vida?” Peça para que todos soprem juntos para testar uma por uma. Certamente todas irão cair. Conclua explicando que assim é a nossa vida quando não obedecemos a Palavra de Deus, o amor ao próximo e as lições maravilhosas que Jesus nos ensinou.

     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Gideão, um Servo Valoroso - Juniores.

 

Lição 8 - Gideão, um Servo Valoroso 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: Juízes 6.11-16; 7.7, 16-22.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão algumas características importantes observadas em uma pessoa que serve a Deus com sinceridade. A história de hoje apresenta a vida de Gideão, um servo valoroso, que recebeu de Deus uma importante missão em circunstâncias muito difíceis. Mas algumas características encontradas em Gideão foram fundamentais para que ele obtivesse vitória sobre os seus inimigos. Dentre todas as qualidades a que mais se destaca neste servo de Deus é a confiança. Gideão aprendeu a depender do Senhor quando tinha todos os motivos para desanimar e desistir. Mesmo com uma quantidade de soldados bem aquém do necessário, este servo de Deus pode aprender que do Senhor é a guerra e somente Ele é quem concede a vitória ao seu povo (cf. 1 Sm 17.47).

Um aspecto fundamental que justifica o fato de Gideão ter superado as expectativas e confiado em Deus foi o revestimento de poder. O verso 34 descreve que o “Espírito do Senhor revestiu a Gideão” de modo que, ao tocar a trombeta, as tribos de Israel se ajuntaram a ele. Isso prova que as batalhas que os servos de Deus enfrentam só podem ser vencidas com o revestimento do Espírito. Contextualizando esta palavra, em o Novo Testamento, Jesus afirmou aos seus discípulos enquanto estava com eles que não muito depois daqueles dias, eles seriam revestidos de poder do Alto, a fim de que estivessem capacitados para executar a missão de anunciar o evangelho em vários lugares (cf. At 1.8; 2.1-4).

O exemplo de Gideão ensina que para executar o serviço da obra de Deus com sucesso é preciso estar “revestido de poder”. O serviço na igreja promove a salvação de pessoas para uma vida eterna, algo muito precioso que não pode ser conduzido de qualquer maneira. Os crentes devem atentar a este fato e considerar que as aflições e conflitos terrenos não podem assumir o primeiro lugar na dinâmica da vida de quem serve a Deus. Mais um motivo pelo qual é necessário estar cheio do Espírito Santo. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1626) discorre sobre estar “cheio do Espírito”:

Recebereis a virtude. O termo original para ‘virtude’ é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27).

(1) ‘Poder’ (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no Espírito Santo trará o poder pessoal do Espírito Santo à vida do crente.

(2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no Espírito Santo com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia.

(3) A obra principal do Espírito Santo no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de Cristo, à ressurreição e à promessa do batismo no Espírito (cf. 2.14-42). O destaque para o revestimento de poder em Atos 2, assim como na ocasião de Gideão, revela a necessidade de realização da obra de Deus sob a ação e supervisão do Espírito Santo. O desdobramento vitorioso de Gideão naquele contexto só foi possível por que ele foi um servo obediente à direção do Senhor e seguiu à risca a estratégia divina. Não é diferente para a igreja dos dias atuais, pois o mesmo Espírito opera entre os crentes, direcionando, revelando e mostrando a estratégia correta para alcançar a vitória sobre os ataques do inimigo (cf. Ef 6.10-18; 2 Co 2.10,11).

Aproveite e faça a seguinte dinâmica com seus alunos: leve para a sala de aula uma jarra cheia de água, um copo transparente, uma bacia e um pouco de terra. Coloque sobre uma mesa ou banco onde todos possam visualizar. Em seguida, coloque o copo dentro da bacia, encha com água até a metade e insira a terra. Naturalmente, a água ficará suja. Depois complete a água no copo até transbordar e permaneça enchendo até acabar a água da jarra. Os alunos perceberão que à medida que o copo transborda a água nele contida fica mais limpa até que chegará um momento em que a água ficará completamente limpa. Da mesma maneira é a ação do Espírito Santo na vida do crente, quanto mais cheio do Espírito, mais limpo ele fica e capacitado para anunciar o evangelho a toda criatura.

Boa aula!

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - Jesus, o Pastor Verdadeiro - Pré Adolescentes.

 

Lição 8 - Jesus, o Pastor Verdadeiro 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 10.10-16.

Olá prezado(a) professor(a),

A lição desta semana traz uma abordagem sobre o cuidado do Senhor para com os seus filhos na qualidade de “Bom Pastor”. Diferentemente dos pastores terrenos, que são falhos e cheios de limitações, o Supremo Pastor não deixa as suas ovelhas nem sequer por um instante. A figura de pastor ilustra perfeitamente o cuidado de Deus com o seu povo, e nesta perspectiva as suas ovelhas devem corresponder à orientação divina na mesma harmonia de compromisso. O assunto da aula de hoje é relevante para que seus alunos compreendam melhor como se dá esta relação com o Criador, sabendo que assim como Ele exerce responsavelmente o seu papel para conosco, é fundamental que tenhamos o comprometimento de sermos ovelhas obedientes à orientação divina.

O cuidado do Senhor para com os seus filhos não poderia ser mais bem representado nas Sagradas Escrituras do que a ilustração do Bom Pastor que cuida das suas ovelhas. Esta incumbência não se trata de uma obrigação para o verdadeiro pastor, visto que ele mesmo compreende as necessidades e limitações de suas ovelhas. Sabe exatamente que elas não podem sobreviver sozinhas, pois são completamente dependentes de cuidados que somente o pastor pode suprir.

A. O Senhor é o Bom Pastor. No Antigo Testamento, Davi declara no salmo 23, “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. O rei de Israel sabia que a sua vida dependia completamente dos cuidados divinos. Davi conhecia bem o ofício de pastor, pois era ele quem apascentava as ovelhas de seu pai, Jessé (1 Sm 16.11). Por isso a descrição do salmo 23 é tão detalhista quanto aos cuidados de um pastor com as suas ovelhas. Desde a provisão do alimento com pastos verdejantes até os cuidados com a saúde da ovelha ao ungi-la com óleo para que insetos não colocassem larvas sobre a sua cabeça, o zelo pelo bem estar do rebanho exigia dedicação e presença contínua do pastor. Estes são aspectos que o Senhor Deus prometeu ao seu povo desde quando o tirou da Terra do Egito (cf. Dt 28.1-14).

B. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Em o Novo Testamento não poderia ser diferente, pois Jesus se identifica como o Bom Pastor que cuida e dá a vida pelas suas ovelhas. Ele demonstrou esse cuidado ao guiar os discípulos e estar com eles continuamente durante os três anos de seu ministério. Não faltou nada para que eles estivessem preparados para dar continuidade ao ministério da pregação do evangelho até os confins da terra. Mesmo assim, Jesus, o Bom Pastor, prometeu estar com eles todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20). O Senhor também demonstrou um amor imensurável pelos seus discípulos ao entregar-se para ser morto sobre a cruz do Calvário. Ele mesmo explicou que o verdadeiro pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Mas o mercenário que só trabalha por interesse, quando nota que as ovelhas estão em perigo, foge (cf. Jo 10.11-15). Jesus, no entanto, não fugiu da cruz, mas se entregou espontaneamente a fim de ser a causa da nossa salvação, mediante o seu sangue derramado na cruz.

C. O Falso pastor abandona o rebanho. Assim como há homens chamados por Deus para cuidar do rebanho do Senhor, há também pessoas que se intitulam escolhidos para este chamado, mas são falsos pastores. Desde o Antigo Testamento o Senhor condenou os falsos líderes que se diziam “pastores” do povo de Deus, mas as suas decisões levaram o povo ao sofrimento e muitos que faziam parte do rebanho de Deus foram espalhados para outras nações (cf. Jr 23.1-6; Ez 34.11-16). Em o Novo Testamento, Jesus deixou bem claro que aquele que trabalha por interesse sempre buscará alguma compensação pelo serviço prestado ao rebanho do Senhor. São pessoas que abandonam as ovelhas na primeira dificuldade e não se importam em procurar as que estão desgarradas (cf. Jo 10.12). A motivação daqueles que verdadeiramente são chamados para cuidar do rebanho do Senhor sempre será o amor.

Reserve um tempo e confeccione um cartaz juntamente com os alunos. No cartaz, recorte e cole figuras do Bom Pastor cuidando das ovelhas. Em volta das figuras, peça os alunos que escrevam num papel pequeno à parte quais sãos as características que devem ser encontradas no Bom Pastor. Você vai precisar de papel 40 kg, tesoura sem ponta, canetinhas coloridas, lápis de cor, revistas e desenhos. Ao final, peça aos alunos para expressarem porque escolheram a respectiva característica.

Boa aula! 

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - O Avivamento Wesleyano - Adolescentes.

 

Lição 8 - O Avivamento Wesleyano 

4º Trimestre de 2020

 

TEXTO BÍBLICO:  Efésios 5.14-21

ENFOQUE BÍBLICO
E se o meu povo que se chama pelo meu nome se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (2Cr 7.14)

OBJETIVOS
Destacar a importância do Evangelho para a sociedade; 
Salientar a necessidade de se clamar a Deus por um avivamento, a começar em nossas próprias vidas;
Afirmar que o poder do Evangelho pode influenciar positivamente a vida social das pessoas e de um país inteiro, como ocorreu durante o Avivamento Wesleyano.

“Não é este um tição tirado do fogo?” (Zc 3.2)

O AVIVAMENTO WESLEYANO

Poderíamos perguntar: Qual a razão ou a necessidade de avivamento? Passados aproximadamente dois séculos, depois, da Grande Reforma, a igreja precisa de avivamento. A razão desta necessidade foi o investimento que a igreja Católica Romana fez com o movimento contra Reforma. O Concilio de Trento, por exemplo, deu poderes a Cúpula da Igreja Católica, para deter o Protestantismo, devido a reforma feita dando poderes ao Papa para que manobrasse a igreja tirando o poder da maioria.

A liderança da igreja Romana defendia a força e a qualquer custo a crença Medieval, procurando de toda forma sufocar os protestantes a quem eles chamavam de hereges. Alem dos meios utilizados pela Inquisição criaram a Congregação do Índex, que tinha como objetivo crivar os livros e separá-los daqueles que a igreja não aceitava. Foram descartados todos os livros escritos pelos protestantes e todas as versões da Bíblia, exceto a Vulgata.

A congregação do Índex, não só procurou frear o protestantismo, como também qualquer movimento que conduzissem o mundo ao progresso. A reconquista da Igreja Católica Romana iniciou-se no Império Alemão. O trabalho dos jesuítas e a pressão sobre os governos transformaram regiões como Alemanha, Áustria, Stíria, Bavária e outras em regiões solidamente católicas. A região que mais sofreu com os ataques da reconquista foi à Inglaterra, no entanto não puderam destruir o protestantismo inglês. 

O serviço missionário fez a diferença, infelizmente quem deixou de fazer discípulos foram os protestantes. A Igreja Católica Romana cuidou de levar suas razões Teológicas ao povo, geralmente faziam sob pressão, mas conforme surgiam novas terras lá estava um padre para a primeira missa. Logo a Europa, estava contra o Protestantismo ou quando não confusa religiosamente. A França no século XVIII alcança um grande desenvolvimento se destaca entre as nações européias.

A Igreja Católica Romana se aproveita desse fortalecimento e cria um movimento chamado “Galicanismo”. Os galicanos procuravam associar a vida de um bom católico, a de um Frances, que naquele momento era símbolo de sucesso, por estar em um lugar super desenvolvido. Mas os galicanos não queriam ver o Papa envolvido com o estado, eles apenas obedeciam como autoridade o rei. Em contrapartida surgiu  outro movimento ainda na França chamado Ultramontanismo, fundado pelos jesuítas, que procurava dar ênfase a autoridade papal. Portanto eram o oposto dos galicanos, resultou na dissolução dos jesuítas na França, devido a pressão da igreja católica francesa. 

Na Alemanha que fora o berço da Grande Reforma, vai ter uma história desalentadora nos anos seguintes. As disputas teológicas entre os luteranos e os teólogos reformadores Du lugar para o surgimento de dois grupos. O Pietismo que possuíam ardor espiritual, suas pregações eram praticas, acreditava na regeneração. Outro grupo era os Moravios que foram influenciados pelos pietistas, porém eram missionários.

Quanto  a Inglaterra conseguiu que os Puritanos alcançassem poder no Parlamento, para tornar a Igreja como desejavam. Procuraram reformar a igreja, mas o tempo foi passando e a depravação atingiu a aristocracia inglesa, o que também influiu nas mais variadas camadas sociais. Mesmo que houvesse neste ínterim uma revolução que resultou em leis como que a Inglaterra continuasse protestante e fosse preservado o direito de culto. Anos depois a nação se encontrava novamente mergulhada numa estagnação e num indiferentismo religioso. O mundanismo havia tomado conta da igreja seus lideres eram sem fervor e egoístas.

Olhando pela ótica humana a igreja teria um futuro incerto, mas como disse Orlando Boyer, numa noite de 1708, a  multidão corria pela rua gritando: “fogo! Fogo!” Era a casa de Samuel Wesley que ardia  em chamas e lá no alto numa janela estava um menino com menos de cinco anos. A família tentou tira-lo, mas em vão, então dobraram os joelhos e oraram até que um vizinho o vê na janela e tem a idéia de reunir alguns outros homens e subindo uma aos ombros do outro conseguiram salvar o menino.

Assim que  tiraram a criança, os escombros caíram e tudo se queimou. Samuel Wesley, orou de joelhos com os amigos abraçado com o filhinho ao seu colo. O nome do menino era João Wesley, o décimo quinto filho da família. Sua mãe Suzana Wesley, deu lhe uma atenção especial, pois sabia que este salvamento tinha significado.

Wesley era um homem pequeno, sua altura era de um metro e sessenta e seis centímetros, magro e pesava menos de sessenta quilos, mas muito resistente, seu compromisso serio com Deus se deu aos trinta e cinco anos em 1738. Geralmente um pastor prega em média cem vezes ao ano Wesley pregou 780 vezes, por ano durante 54 anos. As igrejas lhes fecharam as portas, razão de suas pregações acontecerem ao ar livre. Multidões ouviram o evangelho transformador e gritavam angustiadas e tristes devido aos pecados. A classe alta materialista se apavorava Voltaire gritou na hora da morte, pois teve a convicção de ter se encontrado com Deus.

Wesley por vezes tinha algumas visões que o deixava como morto, mesmo assim ele teve muitas perseguições. Apedrejaram-no bateram em seu rosto até ficar ensangüentado. A perseguição vinha de fora e também da igreja decadente. Mas para ele a importância de pregar a Palavra estava em primeiro lugar. Durante seus cinqüenta e quatro anos de ministério andou cerca de 7 mil quilômetros por ano, para alcançar os locais de cultos leu em torno de 1200 livros, a maioria enquanto andava a cavalo. Escreveu uma gramática hebraica e outra em Latim e varias em Frances e inglês, durante muitos anos foi o relator de um jornal. Compilou um dicionário, comentou o Novo Testamento, revisou uma biblioteca de cinqüenta volumes e os reduziu para trinta volumes.

Escreveu um livro sobre filosofia natural, escreveu sobre a história da igreja, historia de Roma e sobre a Inglaterra. Ainda escreveu sobre a medicina, sobre a musica para os cultos, ele e seu irmão Carlos Wesley escreveram e publicaram 54 hinários. Aos 88 anos dizia não se sentir velho, tinha ainda vigor e enxergava bem, mas foi nesse mesmo ano que o Senhor o chamou para o descanso Eterno.

OBRAS CONSULTADAS
OLIVEIRA, Raimundo Ferreira de – Historia da Igreja – 2ª Ed. EETAD, Campinas SP
BOYER, Orlando – Heróis da Fé – CPAD – 4ª Ed 1987, RJ

Portal Escola Dominical  – Pr. Jair Rodrigues

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - O Derramamento do Espírito Santo - Juvenis.

 

Lição 8 - O Derramamento do Espírito Santo 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A GRANDEZA DA PROMESSA PENTECOSTAL NO ANTIGO TESTAMENTO
2. A UNIVERSALIDADE DA PROMESSA PENTECOSTAL EM O NOVO TESTAMENTO
3. UMA PROMESSA PARA HOJE

OBJETIVOS
Mostrar a grandeza da promessa Pentecostal;
Reconhecer a universalidade da promessa Pentecostal;
Defender a atualidade da promessa Pentecostal.

Querido (a) professor (a), é muito importante que seus alunos não apenas conheçam a promessa de derramamento de poder do Espírito Santo (At 1.8), como saibam também que esta é para os dias de hoje, para cada um deles, assim como para todos que professarem sua fé em Cristo como único Senhor e Salvador. 

Esta próxima aula visa esclarecer e enfatizar exatamente esta doutrina, tão crucial, sobretudo em nossos dias. 

A invasão de um racionalismo cristão no seio da igreja moderna tem engessado a manifestação dos dons espirituais. Muitos pentecostais estão tomando o mesmo caminho de nossos opositores, por abandono das origens pentecostais da igreja e por comodismo bíblico. Nunca os dons espirituais fizeram-se tão necessários quanto hoje.

Num século de enganos e falsificações espirituais, os dons do Espírito não podem ser relegados ao passado, porque esses dons ajudam-nos a diferenciar a verdade da mentira, o falso do verdadeiro.

Na Igreja Primitiva, havia reverencia e temor e, por isso, os dons eram abundantes (At 2.43). Hoje, a irreverência, a incredulidade acerca dos dons, a falta de oração e da leitura da Palavra de Deus são impedimentos das legítimas manifestações espirituais e, pior ainda, deturpam e geram confusão e desordem no seio da igreja (1 Co 14).

No texto de 1 Coríntios 12.31, o apóstolo Paulo declara que a obtenção dos dons requer do crente a necessidade da busca, da procura. Por isso, ele usa o verbo “procurar” no imperativo, quando diz: “procurai com zelo os melhores dons”. Esse imperativo não se restringe àquela geração, mas tem o sentido de continuar a procurar até obter. Por isso, os dons espirituais são importantes e necessários nos dias presentes. Quando o apóstolo estimula a busca “dos melhores dons”, ele o faz pensando naqueles dons que mais contribuem para a edificação da Igreja. Essa busca pessoal pelos melhores dons depende, sem dúvida, do conhecimento prévio do Espírito Santo acerca de quem o busca, se está apto ou não a exercitá-lo na vida da Igreja. (CABRAL, Elienai. Movimento Pentecostal. As doutrinas da nossa fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.43)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - A Sunamita: Quando a Fé faz a diferença em atitudes - Jovens.

 

Lição 8 - A Sunamita: Quando a Fé faz a diferença em atitudes 

4º Trimestre de 2020 - 22/11/2020

INTRODUÇÃO

A história de homens e mulheres de Deus é narrada na Bíblia de diversas formas. Mesmo em lugares onde existe uma aparente impiedade, o Senhor dá o seu testemunho na vida de pessoas que foram usadas ou abençoadas por Ele. O período em que a sunamita viveu foi o da monarquia, no Reino do Norte. Não era efetivamente um dos períodos que poderíamos destacar como sendo de profunda devoção nacional a Deus. O Reino do Norte viu surgir profetas como Elias e Eliseu, homens que foram usados pelo Eterno de forma poderosa, pois era um reino que também tinha pessoas do naipe de Acabe e Jezabel. No Reino do Norte, também havia pessoas aparentemente anônimas, cujas ações foram agradáveis aos olhos de Deus e que colocaram a fé e a generosidade como práticas pessoais, sendo, posteriormente, abençoadas por isso. Neste capítulo, trataremos de uma mulher de Suném, a quem a Bíblia chama de sunamita. A narrativa da sua trajetória na Bíblia é curta, porém impressionante o suficiente para fazer-nos pensar que boas ações trazem boas recompensas e que Deus pode fazer além do que pedimos ou pensamos.

I – A MULHER QUE VIVIA EM SUNÉM 

Suném era uma localidade situada no território destinado à tribo de Issacar, no sul da Galileia e ao norte de Samaria. Levando em conta que essa localidade era próxima a Jezreel, pode-se entender que Suném não estava distante dos acontecimentos que antecederam o ministério de Eliseu. É provável que Suném fosse um lugar que tivesse espaço para a permanência de grupos grandes de pessoas, pois, no reinado de Saul, após a morte de Samuel, os filisteus acamparam-se em Suném para atacar os hebreus naquela que seria a última guerra em que Saul participaria antes de tirar a própria vida. No aspecto religioso, poucos anos antes do ministério de Eliseu, Acabe reinava em Israel, Reino do Norte, e implantou com Jezabel a adoração a Baal nos costumes do povo. Os embates de Elias contra os pecados do rei Acabe e Jezabel mostram a supremacia do Deus verdadeiro sobre os que se diziam deuses. Ainda assim, com tantos sinais, até à vinda do cativeiro assírio, reis ímpios revezavam-se no governo do povo de Deus.

Em nossos dias, dado à necessidade cada vez mais constante de privacidade, pessoas que se deslocam de um lugar para outro mais distante prezam por ficar em hotéis. Eles geralmente são seguros, oferecem um isolamento mínimo, comida, conforto e uma noite de descanso. Em outros tempos, ficar na casa de famílias também era usual, mas esse costume tem sido menos incentivado na atualidade. De qualquer forma, em casas familiares ou em hotéis, viajantes acham abrigo para descansar. Não há o registro de que houvesse uma estalagem ou outro meio em que um viajante pudesse parar para alimentar-se e descansar naquela localidade. Eliseu, como profeta, deveria ter de percorrer diversos lugares, e o convite para comer pão na casa da sunamita foi bem-vindo como um momento de descanso e comunhão. Viagens costumam ser cansativas e, nos tempos antigos, também eram demoradas e desgastantes. A Sunamita – Quando a Fé Faz a Diferença em Atitudes | 93 Eliseu teve tempo para comer e usufruir da hospitalidade daquele lar. Isso nos mostra que também é necessário ter espiritualidade para fazer vínculos de amizades que agradem ao Senhor: “[...] e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão” (2 Rs 4.8). A casa da sunamita tornou-se um refúgio para o profeta sempre que ele passava naquela região. 3. Um Santo Homem de Deus De alguma forma, a santidade de Deus na vida do profeta havia sido expressa, e isso faz a diferença. Eliseu, pelo relato, somente comia pão na casa daquela mulher, não havendo registros de profecias ou milagres nessa parte do texto. Ao que nos parece, a santidade vista no profeta está mais associada à maneira como ele mantinha a sua postura. A verdadeira santidade é vista no convívio de pessoas santas com outras pessoas. Pessoas santas refletem a sua comunhão com Deus para outras pessoas. A Palavra de Deus não nos diz que Eliseu trouxe alguma profecia àquela casa inicialmente, mas diz que ele foi considerado um homem santo. A santidade de Deus na vida de Eliseu não o impediu de interagir com a família da sunamita ou de alimentar-se na casa dela. Santidade não é isolamento. Eliseu era um homem simples, não era dado ao luxo e nem se aproveitava da sua posição de profeta para lucrar com as coisas de Deus. Ele nunca vendeu uma profecia para ter bens, ou roupas caras, ou propriedades. O seu ministério foi impecável. E, desse mesmo jeito, ele portou-se como um santo homem de Deus.

II – MILAGRE E ADVERSIDADE 

Estendendo a sua prática de hospitalidade, a sunamita e o seu esposo constroem um cômodo onde o profeta poderia descansar. Tal narração na Bíblia mostra que as decisões daquele lar eram tomadas com base no diálogo (2 Rs 4.9,10). Quando há diálogo no lar, as ações são tomadas em consenso. Um quarto foi construído, servindo de refúgio para o homem de Deus. Dentro do local, havia utensílios simples, mas que trariam conforto ao ilustre viajante. O quarto ficava dentro da propriedade, do lado do muro, trazendo certa privacidade ao profeta. A Sunamita – Quando a Fé Faz a Diferença em Atitudes | 95 Tal atitude foi tão nobre que Eliseu quis saber o que ele poderia fazer por ela. Nada mais natural para o homem de Deus, pois aquele casal não pediu nada em troca pela generosidade oferecida.

A generosidade da sunamita trouxe ao profeta Eliseu o desejo de retribuição. Nenhuma pessoa é tão abastada que não precise de nada. O homem de Deus perguntou a ela se havia algum favor que ela gostaria de receber do rei ou do chefe do exército, pois o profeta poderia interceder por ela às autoridades. Sendo abastada, a sunamita entendeu que não precisava de nada da parte do profeta. Ela não o acolheu esperando receber retribuição alguma e, quando questionada por Eliseu sobre que tipo de benefício ela gostaria de receber, respondeu simplesmente que habitava no meio do seu povo — uma forma de dizer que não tinha falta de nada. Entretanto, o lar da sunamita não tinha uma criança, e quem reparou isso foi Geazi, moço de Eliseu. Nem mesmo o profeta percebeu aquela situação. Na cultura judaica, crianças sempre foram vistas como “herança do Senhor”. Na perspectiva do Antigo Testamento, aquela casa não estava completa. Uma casa sem crianças era um lar onde Deus não havia pousado a sua mão, abrindo o ventre para receber a chegada de uma “herança”. Então, o profeta diz àquela mulher que “segundo o tempo da vida, abraçarás um filho” (2 Rs 4.16). A surpresa na declaração do profeta gera uma expectativa na sunamita, que, decorrido o prazo, teve um menino. Se faltava algo naquela casa, agora não faltava nada. Passado o tempo da gestação, conforme a palavra de Eliseu, nasceu um menino, trazendo alegria àquela casa. O Senhor surpreendeu aquela família, completando o lar com uma criança. Isso pode parecer estranho em dias como os nossos, em que há um clamor de certos ramos da sociedade para dar permissão à mulher dar cabo da vida de crianças que ainda não nasceram. Deus valoriza a vida, e o presente que Ele deu para a sunamita foi um filho.

O Filho Morre Passado algum tempo e tendo o menino já se desenvolvido e crescido, aquela família passou por um drama terrível: o menino sentiu uma dor de cabeça e, em seguida, morreu. Como em nossos dias, a perda de um filho é sempre traumática, sendo sempre pior para os pais. Apesar de não gostarmos de lidar com esse 96 | Os Bons e Maus Exemplos assunto, a ordem natural da vida é que os pais passem para a eternidade e, depois, os filhos. Espera-se que os pais envelheçam e terminem os seus dias com uma idade avançada. Quando essa ordem é rompida, há um processo doloroso de sentimento de perda. A sunamita passou por essa situação com um agravante: ela perdeu o único filho que tinha. Há quem creia que pais que perderam um filho sentiram uma profunda dor, mas que tal infortúnio foi atenuado pela presença de outros filhos que permaneceram vivos na família. Esse, porém, não foi o caso da sunamita. O filho único que ela teve, dado por Deus, havia sido levado pela morte.

III – A AÇÃO DE DEUS NA VIDA DA SUNAMITA 

Profetas são descritos na Bíblia como pessoas a quem o Senhor revelava informações necessárias. Todavia, nem sempre Deus fala tudo com os profetas. A sunamita dirigiu-se para falar com Eliseu, o homem santo de Deus. O filho dela estava morto. Ele precisava saber da dor daquela mulher e intervir de forma sobrenatural (ver 2 Rs 4.27). Essa é uma narrativa singular, pois o sucessor de Elias, Eliseu, não tinha recebido qualquer revelação do Eterno sobre o que estava acontecendo com a sunamita. Todavia, aqui há um motivo: Deus queria que o profeta fosse à casa dela para que pudesse ver o que estava acontecendo e saber quais medidas deveria tomar. Quando o Senhor fica calado acerca de alguma circunstância, é necessário termos o devido tato para saber o que está acontecendo. Há coisas que Deus espera que saibamos por meios naturais. Eliseu precisou ir à casa da sunamita para saber que o filho dela estava morto e, lá chegando, foi canal de um milagre para aquela família. 

Da mesma forma como a sunamita foi generosa com o profeta, construindo-lhe um quarto para descansar e colocando nele uma cama (2 Rs 4.10), Deus foi generoso para com ela, pois a ressurreição do seu filho ocorreu no mesmo quarto que foi construído para abrigar o profeta, na cama em que o corpo do menino havia sido colocado. A ressurreição é uma verdadeira quebra da ordem natural pós-Éden. Não fomos criados por Deus para morrer, mas, por causa do pecado, fomos sujeitos à morte, e até que possamos ressuscitar no grande dia em que Cristo voltar, veremos pessoas que amamos sendo recolhidas. O profeta entrou no seu quarto, onde estava o corpo do menino, e orou. Ele não tinha poder sobre a morte, mas sabia que Deus tem. O homem de Deus, após ter orado, agiu: deitou-se sobre ele, e o calor do seu corpo aqueceu o corpo do menino. Deus, então, traz de volta aquela criança para o convívio com os seus pais.

“Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito. E sucedeu que, contando ele ao rei como vivificara a um morto, eis que a mulher cujo filho vivificara clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho, a quem Eliseu vivificou. E o rei perguntou à mulher, e ela lho contou; então, o rei lhe deu um eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu e todas as rendas das terras, desde o dia em que deixou a terra até agora.” (2 Rs 8.4-6) 

Eliseu, passados vários acontecimentos, disse à sunamita que o Senhor havia chamado para a terra um período de fome e que ela deveria mudar-se daquele lugar com a sua família e retornar em outro momento. Passados sete anos, ela retornou ao Reino do Norte e precisou dirigir-se ao rei para pedir as suas terras de volta. Na sua ausência, as suas propriedades foram tomadas, e ela queria-as de volta. Como o rei não a conhecia e estava conversando com Geazi, moço de Eliseu, ouviu que o profeta havia ressuscitado o filho de uma mulher. Naquele momento, ela clamou ao rei, e este foi informado de que aquela mulher e o seu filho eram as pessoas que Eliseu, pelo seu ministério, havia abençoado. Então, o monarca ordenou que as suas terras e a renda dessas terras fossem devolvidas àquela família. Esse foi o resultado de uma atitude generosa daquela mulher para com o homem de Deus. 

CONCLUSÃO 

A história da sunamita coloca-nos diante de algumas verdades fundamentais: 

• Recursos dados por Deus devem ser usados com generosidade e misericórdia. A sunamita mostra-nos que podemos usar nossos recursos para fazer a diferença na vida de outras pessoas. O que ela e o seu marido possuíam foram usadas para abençoar um homem de Deus, e, por meio dessa postura, ela e o seu esposo foram grandemente abençoados. 

• A sua história também nos fala que há momentos em que o Senhor permite-nos passar por situações adversas, mas que Ele sempre terá uma solução. O filho da sunamita faleceu, mas foi trazido de volta à vida pelo profeta que ela e o seu esposo abençoaram anteriormente. Em alguns casos, aqueles que abençoamos tornam-se nossos abençoadores depois. 

• Por fim, mostra que nossas ações em benefício de outras pessoas, desde que seja de forma sincera, são aprovadas por Deus e que Ele retribui-nos no devido tempo. Quando foi necessário, houve um testemunho em favor da sunamita e o seu filho, de tal forma que as suas posses foram restauradas após o período da fome. O Senhor não se cansa de abençoar aqueles que têm um coração abençoador. 

Lição 08 - 4º Trimestre 2020 - A Teologia de Zofar: O Justo não Passa por Tribulação? - Adultos.

 

Lição 8 – A Teologia de Zofar: O Justo não Passa por Tribulação? 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – DEUS SE MOSTRA SÁBIO QUANDO AFLIGE O PECADOR
II – A CONVERSÃO COMO RESPOSTA À AFLIÇÃO
III – DEUS JULGA E CASTIGA OS PECADORES 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que Zofar, assim como seus amigos, defende que os ímpios sempre serão punidos e os justos recompensados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Destacar no entendimento de Zofar que o sofrimento de Jó fazia parte de um sábio julgamento divino;
II – Explicitar que a conversão defendida por Zofar era de natureza legalista;
III – Esclarecer que a teologia de Zofar limita a soberania de Deus na sua capacidade de julgar.

PONTO CENTRAL
O justo passa por tribulação.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo continuaremos estudando a respeito do sofrimento humano tendo como exemplo o infortúnio de Jó. Agora, um terceiro amigo de Jó, Zofar, traz também uma justificativa para o drama em que o patriarca encontrava-se. É importante considerar que os amigos de Jó trouxeram-lhe uma sessão de julgamento, e este último não foi diferente. De uma forma dura e impiedosa, Zofar acusa Jó de rebelar-se contra a sabedoria de Deus e, por isso, ele deveria confessar a sua impiedade, voltando-se para Deus. Que não sejamos pegos trazendo julgamentos sobre os nossos irmãos, mas que nossas palavras e ações demonstrem o verdadeiro cristianismo de compaixão e de ajuda mútua.  

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a dureza do discurso deste terceiro amigo de Jó:

Teologia com Vinagre

Por José Gonçalves 

Dos três amigos de Jó, Zofar é o mais impiedoso. Adam Clarke (2014, p. 15) diz que os seus discursos são avinagrados. A teologia de Zofar, portanto, é azeda e amarga. De fato, Zofar não poupa palavras duras e críticas ácidas ao combalido Jó. Para os Pais da Igreja, Zofar era um acusador falso e um homem cheio de ressentimentos (Oden, 2010, p. 103). Crisóstomo, Gregório e Efrén acreditavam ser possível aproveitar parte da sua teologia para trazer ensinamentos morais à Igreja (Oden, 2010, p. 103). A patrística seguia o conselho apostólico: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21). 

Zofar é o mais jovem e o último a falar. Ele demonstra-se incomodado porque acredita que os amigos não foram hábeis o suficiente para argumentar com Jó. Em vez disso, ele acreditava que a lábia de Jó fizera-os ficar calados. Ele, porém, não se convencera nem um pouco com toda a argumentação de Jó. Era hora de falar. Daniel Estes (2013, p. 2239) destaca:

Zofar percebe que Elifaz e Bildade não responderam adequadamente a Jó, então ele decide aceitar o desafio. De fato, ele considera como seu dever moral defender a justiça de Deus silenciando os argumentos de Jó. Zofar descarta, impaciente, os longos discursos de Jó como “todas essas palavras”, o que implica que a quantidade de palavras não mede a qualidade de sua percepção. Na literatura da sabedoria, falar muitas palavras costuma estar mais relacionado à loucura do que à sabedoria (Pv 10:19; 17:27; Ec. 5: 2). Assim, por sua pergunta retórica no versículo 2, Zofar implica que ele considera Jó um tolo que fala demais.

Enquanto os seus outros dois amigos proferiram três discursos, Zofar profere apenas dois (Jó 11; 20). A teologia de Zofar é encontrada nesses discursos (Clarke, 2014, p.15). Zofar acreditava que Jó queria justificar a si mesmo e repete o que ele teria dito: “A minha doutrina é pura; limpo sou aos teus olhos” (11.4; cf. 9.21; 10.7). Na mente de Zofar, isso revelava arrogância e podia ser considerado como declaração pecaminosa. Dessa forma, Zofar está convencido de que Deus é sapientíssimo em fazer Jó sofrer por conta dos seus pecados (11.1-6). Zofar, portanto, acreditava que Jó merecia sofrer ainda mais! Não adiantava nada Jó espernear, pois, quando Deus quer agir, ninguém pode levantar-se contra Ele (11. 7-11). Contudo, ele acredita que, se Jó reconhecer o seu erro e confessar o seu pecado oculto, Deus irá restaurá-lo à sorte de antes (11.12-20). 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele me dá forças - Berçário.

 

Lição 07 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele me dá forças 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que Deus os fortalece e os acompanha a todos os lugares.

É hora do versículo: “Ele é o Deus que me dá forças [...]” (Salmos 18.32).

Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos confiar que o Papai do Céu está sempre conosco. Ele fez as frutas, verduras e legumes para ser o nosso alimento e nos tornar muito fortes e saudáveis. Por isso, o bebê deve comer toda a sua comidinha saudável e fugir dos doces e guloseimas.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças marcarem quais desses alimentos elas comem, e são seus favoritos, para crescerem fortes e saudáveis.

licao7 bercario comida

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - A Amiga que Derramou Perfume em Jesus - Jd. Infância.

 

Lição 7 - A Amiga que Derramou Perfume em Jesus 

4º Trimestre de 2020 

Objetivos: Os alunos deverão saber que Jesus nos dá muitos presentes, inclusive o mais especial: a Salvação; e aprender que os verdadeiros amigos do Papai do Céu também lhe presenteiam, com adoração sincera e obediência à sua Palavra. 

É hora do versículo: “O que posso eu oferecer a Deus, o Senhor, por tudo de bom que ele me tem dado?” (Sl 116.12).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da mulher que derramou perfume nos pés de Jesus, que aquele gesto foi uma forma de adoração. Ela presenteou Jesus com uma atitude muito bonita da época e ainda gastou o seu dinheiro comprando o melhor perfume. Jesus está à procura de pessoas que lhe obedeçam e lhe ofereçam adoração sincera, do fundo do coração.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho da mulher que derramou o perfume nos pés de Jesus e secou com os seus cabelos. Reforce com as crianças que devemos oferecer para Jesus o que temos de melhor: o nosso coração sincero e uma verdadeira adoração.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - A história de uma ovelha perdida - Primários.

 

Lição 7 - A história de uma ovelha perdida 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus é o Bom Pastor que resgata a pessoa que está perdida.   

Ponto Central: Deus resgata a ovelha que está perdida.

Memória em ação: “- Eu sou o Bom Pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas.” (João 10.11) 

Querida professora,

A paz do Senhor Jesus!

Nesta semana a aula da escola dominical será sobre a Parábola da ovelha perdida. A fim de lhe auxiliar, selecionamos uma reflexão prática sobre o tema. Através dela você irá aprofundar sua compreensão sobre esta linda história! Vejamos:

"Então Jesus contou esta parábola :   — Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la.  Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros.  Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida.”   — Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender." Lucas 15:3‭-‬7 NTLH

"O porquê da parábola: 

A parábola foi escrita para indicar a forma amorosa com que Deus cuida dos seus filhos indefesos. Jesus também queria que seus ouvintes reconhecessem que o seu amor pelos homens era incondicional. A figura do homem ocupado, que deixou as noventa e nove para ir em busca de uma, mostra o grande valor que uma alma tem para Deus.

Princípio moral: O amor é o mais nobre sentimento, pois consiste, em sua essência, em querer o bem do outro. O verdadeiro amor sabe compreender as fraquezas, sem justificá-las;  sabe valorizar as qualidades, sem lisonjeá-las; ele se manifesta, não apenas por palavras de carinho, mas por gestos e obras. Todos os problemas sociais seriam fáceis de resolver, se os homens realmente se amassem como irmãos que de fato são. O amor constrói, enquanto o ódio só sabe destruir. É no amor que se edifica a Igreja de Deus. A tarefa mais urgente da igreja é dar amor, combatendo todas as formas de egoísmo e individualismo.

Princípio espiritual: Deus não quer que pereça nenhum dos seus filhos. O resgate da ovelha foi um trampolim para apresentar o real amor de Deus e também para o ferido entender que é muito amado pelo seu dono - o pastor."

Fonte: COSTA, Débora Ferreira da. Dinâmicas criativas para o ensino bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 165.

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Josué, um Líder Forte e Corajoso - Juniores.

 

Lição 7 - Josué, um Líder Forte e Corajoso 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: Josué 1.1-18; 6; 10.12-14.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito de uma virtude que não pode faltar na caminhada com Cristo: a coragem. De fato, são muitos os males que no trazem temores e o medo de não conseguir dar conta das nossas obrigações. Mas Deus nos ensina em sua santa Palavra que os grandes homens e mulheres de Deus não estiveram isentos do medo, mas aprenderam a controlá-lo de modo que alcançaram os seus objetivos. A história de Josué nos mostra que a coragem e a força que demonstrara não eram características específicas dele, mas vinham da parte de Deus que o consolou e o fortaleceu nos momentos em que o líder hebreu mais precisou.

Após a morte de Moisés, Deus chama Josué e o orienta no que diz respeito à sua postura como o novo líder de Israel que teria a responsabilidade de conduzir o povo na ocupação da Terra Prometida (Js 1.1-9). O primeiro capítulo do livro narra alguns pontos importantes desta orientação que servirão de aprendizado para os seus alunos:

1. “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te.... O tempo de Moisés como líder de Israel havia terminado, agora era a vez de Josué assumir a liderança e ele não poderia viver na sombra do seu antecessor (vv. 1,2). Josué precisava demonstrar que estava disposto a enfrentar esta nova missão. O exemplo de Josué servirá para ensinar seus alunos que cada um de nós temos responsabilidades específicas que não devem ser comparadas com a dos outros. Deus nos chama de forma única e particular (Is 41.8-10). É preciso assumir o compromisso de cumprir com as nossas responsabilidades. 

2. Serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Deus prometeu que seria com Josué em todo o tempo e não o deixaria desamparado (v. 5). Além disso, assegurou que Josué teria os recursos necessários para cumprir a sua missão. Da mesma forma como foi fiel com Moisés e proveu as condições para que o seu servo atravessasse o deserto durante um período de quarenta anos, assim também seria com Josué nesta nova empreitada. Deus quando chama os seus servos para realizar a sua obra não os deixa desamparados, antes providencia o que é preciso, e mesmo quando achamos que nos falta algum recurso material o Senhor se revela e provê a sua presença (vv. 5,6).

3. Esforça-te e tem bom ânimo. Assim como Deus prometeu a Josué que seria com ele, o Senhor também colocou algumas condições para que seu servo realizasse a sua obra com êxito. Josué deveria se esforçar e demonstrar bom ânimo diante das circunstâncias (v. 6). Operar maravilhas, prover livramento e instruir o modo e o tempo como Josué deveria ocupar a terra era responsabilidade de Deus. Mas preparar o coração do povo, organizar as famílias, ensinar a Lei do Senhor, aparelhar os israelitas militarmente e manter-se disposto em todo o tempo era responsabilidade de Josué. O Senhor também nos promete a sua presença, mas devemos fazer a parte que nos cabe para que os planos de Deus possam se cumprir.

4. Guardar a Lei do Senhor. A orientação divina não poderia ser esquecida. Desde a época de Moisés o povo foi instruído a não se apartar da Lei do Senhor, mas obedecê-la com dedicação a fim de que fosse bem-sucedido em tudo o que fizesse (cf. Dt 6; 28). A promessa de Deus continua a mesma para todos os que se dedicam em guardar a sua santa Palavra. A Bíblia ensina que “Felizes são os que não podem ser acusados de nada, que vivem de acordo com a lei de Deus, o SENHOR! Felizes os que guardam os mandamentos de Deus e lhe obedecem de todo o coração!” (Sl 119.2). Sendo assim, os que são obedientes em guardar os mandamentos do Senhor devem entender que esta é uma condição para que tenham um relacionamento feliz com o Criador e êxito em seus projetos (cf. Sl 1).

Deus prometeu guardar a Josué e o povo de Israel das investidas dos inimigos. Isso não significava que eles não enfrentariam adversidades durante o processo de ocupação da Terra Prometida. A história comprova que eles enfrentaram grandes obstáculos, mas superaram e desfrutaram da bênção de Deus (cf. Js 6; 8; 10.12-15). Por outro lado, houve um tempo em que o povo decidiu abandonar os mandamentos do Senhor e seguirem por caminhos tortuosos. Toda vez que isso acontecia o povo pagava um alto preço por causa da desobediência (cf. Jz 21.25).

Mostre aos seus alunos que o relacionamento de Israel com Deus serve de exemplo para nós que somos o povo de Deus na atualidade. Guardar a Palavra e permanecer em seus caminhos é fundamental para que tenhamos êxito em tudo o que realizarmos. Explique que a desobediência sempre trouxe prejuízo para o povo de Deus e o Senhor espera que cada um de nós permaneça em seus caminhos e seja bem-sucedido.

Para fixar o ensinamento da aula de hoje, confeccione uma tábua com as orientações de Deus a Josué para que ele tivesse êxito. Você pode utilizar um pedaço retangular de isopor ou então utilizar papel cartão. Escreva as frases numa folha de papel A4, com letras em tamanho “grande” e cole sobre a placa de isopor ou cartão. Peça para os alunos pintarem a tábua com lápis de cor e canetinha. Cada aluno deverá escrever seu nome ao final da tábua e levar para casa.

Exemplo de frases: “Você nunca será derrotado”; “Seja forte e corajoso”; “Tome cuidado e viva de acordo com toda a Lei”; “Não se desvie dela em nada e você terá sucesso”; “Fale sempre do que está escrito no Livro da Lei”; “Estude esse livro dia e noite”; “se esforce para viver de acordo com tudo o que está escrito nele”; “Se fizer isso, tudo lhe correrá bem, e você terá sucesso”; “Não fique desanimado, nem tenha medo”; “eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você”.

Boa aula!

Lição 07 - 4º Trimestre 2020 - Uma Mulher em Julgamento - Pré Adoslescentes.

 

Lição 7 - Uma Mulher em Julgamento 

 4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 8.1-11.

Olá prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão sobre uma virtude do caráter de Cristo muito necessária à igreja dos dias atuais: o exercício da misericórdia. A história da mulher pecadora não está distante da nossa realidade, pois infelizmente há muitos crentes que demonstram o triste hábito de julgar o próximo. Jesus manifestou sua graça de forma maravilhosa e fez os acusadores reconhecerem que não estavam em condições de aplicar qualquer julgamento sobre a mulher pecadora, visto que suas próprias vidas estavam cheias de pecado.

A Palavra de Deus condena o hábito de julgar as pessoas, tendo em vista que os critérios humanos são injustos diante do padrão divino. Deus não tem o pecador por inocente nem tolera a injustiça, mas isso não significa que tenhamos autorização para condenar as pessoas. A seguir, alguns significados de julgamento encontrados na Palavra de Deus:

A. Julgar — condenar: Na Carta de Tiago, encontramos a seguinte orientação: “Meus irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala mal do seu irmão em Cristo ou o julga está falando mal da lei e julgando-a. Pois, se você julga a lei, então já não é uma pessoa que obedece à lei, mas é alguém que a julga” (cf. Tg 4.11). O hábito de julgar as pessoas é uma prática que não deve ser preservada no seio da igreja. Tal prática é um sinal de que o amor de Cristo não está sendo compreendido ou praticado adequadamente pelos membros da igreja. Lawrence O. Richards (2007, p. 515) discorre a respeito da instrução de Tiago:

A palavra katalaleite significa ‘não falar uns contra os outros’. Falar mal sugere fazer falsas acusações. Esta palavra é bastante ampla para incorporar coisas que podem ser verdadeiras, mas que são faladas com intenção maldosa. Basicamente, a pessoa que fala toma para si a função de punir um irmão ou uma irmã, apesar do fato de que somente Deus é Juiz.

As palavras de Paulo em Efésios 4.15 são objetivas: Devemos falar a verdade no amor. Se o que tivermos a dizer não contiver verdade nem amor suficientes, devemos permanecer em silêncio.

A resposta de Jesus aos fariseus no tocante ao julgamento sobre a mulher pecadora vai de encontro à pretensão daqueles homens, cuja motivação era apenas condenar a mulher pecadora, sem ao menos pensar em quais circunstâncias ela havia sido pega. E quanto à outra parte que havia cometido o pecado? Também não deveria ser punida? De qualquer forma, Jesus reprova a postura deles, porquanto não tinham a intenção de ajudar a pecadora a recuperar-se da sua triste condição, muito menos perdoá-la.

B. “Mas julgai segundo a reta justiça”. De que tipo de justiça Jesus estava falando? Jesus condena o comportamento dos fariseus durante um discurso na Festa dos Tabernáculos. O Mestre repreende o juízo de valor apontado por esses homens quando afirmou que eles não deveriam julgar pela aparência, e sim segundo a reta justiça (cf. Jo 7.24). Os fariseus compunham uma classe de estudiosos que valorizava muito mais os preceitos da Tradição Judaica do que necessariamente as Escrituras Sagradas. É exatamente esse tipo de prática que Jesus condenava, porquanto tudo o que faziam era baseado em preceitos de homens que adaptavam a Palavra de Deus com vista no benefício próprio.

A justiça de que Jesus ressalta nesta passagem refere-se à Palavra de Deus abandonada pelos fariseus e líderes judeus, pois valorizavam mais seus costumes e dogmas religiosos do que o juízo, a misericórdia e a fé (cf. Mt 23.23). A natureza da justiça divina é desejar o bem do próximo, é a bondade de Deus que leva ao arrependimento. Note que mais uma vez Jesus repreende o desejo de condenar no lugar de absolver.

As verdades apresentadas neste artigo recordam as palavras de Jesus: “Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.56). De fato, Jesus não veio para destruir as pessoas ou mesmo lançar as almas dos homens no inferno. Sua missão é curar os enfermos, inclusive aqueles que se encontram em situação caótica, sem salvação.

Aproveite a ocasião e apresente aos alunos a história da mulher pecadora e peça para eles julgarem a situação da mulher. Escute o que os alunos têm a dizer sobre o fato. A atividade pode ser realizada em grupos. A seguir, mostre-lhes o que Jesus disse para aquela mulher: “Vá e não peques mais”. Explique de forma sucinta que devemos ter o cuidado para não julgar (condenar) as pessoas, pois nem mesmo o Filho de Deus teve a intenção de assumir esta postura. Quanto mais, nós, como servos de Deus, também devemos manter a mesma postura.

Boa aula!