Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas
Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Lição 1- Paulo e a igreja em Filipos.
INTRODUÇÃO
I. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
CONCLUSÃO
FILIPENSES
Autor
Poucos questionam a afirmação de que Paulo escreveu esta carta. Em 135 d.C., um bispo, chamado Policarpo, declarou a convicção cristã que aceitava a autoria paulina. Internamente, a carta também contém as características de escrita de Paulo. Além disto, o manuscrito mais antigo que contém a Epístola aos Filipenses (o Chester Beatty Papyrus P, copiado em aprox. 200 d.C.), contém a mesma forma da carta que temos hoje em dia.
Embora a autoria da carta seja indiscutível, acadêmicos discutem a sua data e também o local em que ela foi escrita. (Deve-se notar que, embora as duas questões tenham importância histórica, nenhuma delas constitui uma grande ameaça à integridade da carta.) O local tradicional para a origem de Filipenses é Roma, e a sua data tradicional é aproximadamente 61-62 d.C. Nada torna esta data implausível. Outras sugestões para o local da escrita incluem Éfeso (aprox. 55 d.C.) e Cesareia (aprox. 58 d.C.), embora haja pouca evidência que comprove qualquer das duas hipóteses. Em Filipenses, o apóstolo Paulo diz-se prisioneiro (1.13,14), contudo não temos evidência que mostre que ele estivesse preso em Éfeso. Por outro lado, Paulo esteve aprisionado em Cesareia (58-60 d.C.). Mas, novamente, é insuficiente a evidência que aponta para este local como a prisão de onde ele escreveu esta carta. Em última análise, os argumentos em favor do local e da data tradicionais são preferíveis.
A confiabilidade de Filipenses
Apesar da autoria paulina, muitos questionaram a integridade da carta. Ela é um documento unificado, ou são dois ou três documentos entrelaçados em um? Os argumentos em favor de múltiplas fontes basicamente alegam variações no estilo da escrita e supostas variações em conteúdo. Por exemplo, alguns acadêmicos argumentam que 3.2―4.1 não se encaixa nos padrões estabelecidos pelo restante da carta, com seu tom rude e sua censura enérgica (que chega a ser considerada injuriosa). Eles propõem que talvez esta fosse uma carta diferente, inserida em Filipenses.
Duas observações são úteis aqui. Em primeiro lugar, os oponentes do apóstolo negaram o Evangelho também asperamente, criticando o apostolado de Paulo. Paulo respondeu energicamente a tais questionamentos (cf. 2 Co 10―12). Em segundo lugar, Paulo não pôde responder pessoalmente à ameaça iminente, por isto a carta é franca, revelando avaliações e pensamentos íntimos. Indicando o seu relacionamento, o apóstolo também instruiu os seus leitores originais, apelando para a sua peregrinação espiritual.
Outros acadêmicos sugerem que 4.10-20 é uma inserção, supondo que tão importante nota de agradecimento não deveria ser postergada até o final. Contudo, os leitores modernos devem tomar cuidado ao criticar as formas de escrita do século I ou conjeturar sobre elas. Além disto, o apóstolo incluiu, naturalmente, as outras expressões de apreciação antes de passar para as questões financeiras. Todas as formas de apoio eram igualmente apreciadas.
As questões sobre integridade literária da carta levantam uma questão mais crucial. Os acadêmicos contemporâneos são mais capazes de detectar supostas emendas no tecido da carta do que puderam detectar os seus primeiros leitores? Considerando o cuidado que nós sabemos que caracterizou a transmissão das Escrituras, as teorias sobre fragmentos literários apresentam muito mais dificuldades do que parecem resolver.
Texto extraído da Bíblia de Estudo Defesa da fé, editada pela CPAD.
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