LIÇÃO 01
Paulo e a Igreja em
Filipos
07 de julho de 2013
TEXTO ÁUREO
“E peço isto: que o vosso amor aumente
mais e mais em ciência e em todo o conhecimento” (Fp 1.9)
VERDADE PRÁTICA
Paulo tinha uma grande afeição pelos irmãos de Filipos; por isso
suas orações e ações de graças por essa igreja eram constantes.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em
todo o conhecimento” (Fp 1.9)
Nosso texto áureo Filipenses
1.9 está inserido na epístola de Paulo aos cristãos de Filipos. A cidade foi fundada
em 360 a.C. por Filipe II rei da Macedônia. Foi construída na aldeia de Krenides em Trácia
e serviu como um centro militar significativo.
Quando Roma conquistou a área
duzentos anos mais tarde, Filipos se tornou a principal cidade na Macedônia, um
dos quatro distritos romanos do que é hoje conhecido como a Grécia.
A cidade de Filipos floresceu
como uma cidade colonial no Império Romano; é a única cidade romana chamada de
‘colônia’ no Novo Testamento (At 16.12). A cidade teve orgulho deste
estado como uma colônia romana, desfrutando dos privilégios de isenção de
impostos.
Promoveu o latim como sua
língua oficial e modelou muitas de suas instituições segundo as de Roma (por
exemplo, o governo cívico). Os magistrados que Paulo e
seus companheiros encontraram primeiro em Atos 16 trouxeram o título honorário
de ‘pretores’. O sentimento de orgulho dos
filipenses é evidente em Atos 16.21, onde vários cidadãos se referem a si
mesmos como ‘Romanos’.
As lições bíblicas que
estudaremos neste trimestre (Julho, Agosto e Setembro de 2013), será baseadas
na Carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses, ou seja endereçada aos cristãos da
cidade de Filipos. A Carta aos filipenses tem 4
capítulos, sendo que o 1º capítulo possui 30 versículos; o 2º capítulo também
possui 30 versículos, o 3º capítulo possui 21 versículos e o 4º capítulo possui
23 versículos.
Ainda antes de analisarmos o
texto áureo (Fp 1.9) é importante atentarmos para as seguintes questões: a
cidade de Filipos, as circunstâncias sociais da redação da Epístola e o seu
propósito. Filipos foi a primeira cidade
européia a receber o Evangelho (At 16.6-40).
Foi na casa de uma negociante
de púrpura, Lídia, que se estabeleceu o primeiro núcleo da comunidade cristã
fundada por Paulo em Filipos. O apóstolo visitou a cidade
muitas vezes, quando das suas viagens para a Macedônia. Quando o apóstolo Paulo
escreveu a Epístola aos Filipenses, ele achava-se preso.
Correntes, pés presos aos
troncos, solidão e longos períodos de prisão são umas das muitas consequências
daquilo que significava ser preso no Novo Testamento. O sofrimento na prisão é um
tema muito explorado pelo apóstolo nesta Epístola. A Carta aos Filipenses
retrata a assistência oferecida pela igreja ao apóstolo.
Aqui está todo o contexto que
impulsiona Paulo a redigir uma carta à comunidade que lhe assiste em tudo. A melhor maneira que o
apóstolo encontrou de agradecer aquela igreja foi escrevendo a ela sobre o
sentimento de gratidão que transbordara no seu coração pela generosidade da
igreja filipense. Além desse motivo, podemos
encontrar outros que constituem o propósito da Epístola:
(1) Agradecer a ajuda enviada
pela comunidade filipense (2.25);
(2) informar a visita de
Timóteo e explicar o motivo do retorno inesperado de Epafrodito (2.19-30);
(3) prevenir a comunidade
cristã do perigo de se cultivar o “espírito” de competição, egoísmo e individualismo de alguns
(2.1-4);
(4) alertar a comunidade de
Filipos acerca dos pregadores judaizantes que depositavam a salvação nos
costumes passageiros e na observação da Lei (3.2-11), como se esses elementos
tivessem algum valor espiritual para conter os impulsos da carne (Cl 2.23).
Em sua Epístola aos
Filipenses, o apóstolo Paulo mostra com vigor que a salvação não depende de
observar a lei judaica e as suas tradições, mas apenas de Jesus Cristo, o
Senhor Jesus é tanto o início como o fim da Lei.
Ele é a própria Lei: “Misericórdia quero e não sacrifício” (Mateus 12.7). (SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO - Paulo e a
Igreja de Filipos adaptado).
“E peço isto: que
o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento” (Fp 1.9)
Paulo neste versículo associa
a verdadeira ciência e conhecimento ao amor. Enquanto os gnósticos se
orgulhavam de seus conhecimentos secretos, Paulo ensina completamente diferente
deles, declarando que o conhecimento deve estar atrelado intimamente ao amor de
Cristo, como verdade básica de sua expressão.
John MacArthur em um comentário sucinto sobre
o versículo declara: “como cristão você é um repositório de amor divino. Mais
do que qualquer outra coisa, o seu amor por Deus e pelos outros crentes lhe
marca como um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo (João 13.35).
Além de possuir o amor de
Deus, você tem o privilégio e a responsabilidade de expressá-lo aos outros em
Seu nome. Isso é um dever sagrado. Paulo qualifica-o em
Filipenses 1.9, que nos diz que o amor deve ser operado dentro da esfera de
conhecimento bíblico e discernimento espiritual. Esses são os parâmetros que
regem o amor de Deus.
Não importa o quão amável um
ato ou palavra possa parecer, se viola o conhecimento e o discernimento, não é
amor verdadeiramente cristão. 2 João 5-11 ilustra esse princípio. Aparentemente, alguns crentes
que não tinham discernimento estavam hospedando falsos mestres em nome do amor
cristão e da hospitalidade.
João severamente advertiu-os,
dizendo: "Se alguém se dirigir a vocês e não
transmitir esse ensinamento, não o recebam em casa nem digam 'felicitações!' ao
mesmo. Porque aquele que lhe diz: 'Felicitações!' participa de suas obras
más."(10-11). Isso pode soar extremo ou sem amor, mas a
pureza do povo de Deus estava em jogo.
Em 2 Tessalonicenses 3.5-6
depois de orar para o amor dos tessalonicenses aumentar, Paulo, então,
ordena-lhes para se manterem distantes dos chamados cristãos que estavam
desconsiderando a sã doutrina. Isso não é contraditório, porque o amor cristão
guarda a sã doutrina e uma vida santa.
Infelizmente, hoje é comum os
cristãos comprometerem a pureza doutrinária em nome do amor e da unidade, ou
bradar como não amáveis algumas práticas que a Escritura claramente ordena.
Ambos estão errados e trazem consequências graves se não forem corrigidas.
Pense em como você expressa
seu amor. Forneça-o abundantemente de acordo com o conhecimento bíblico e
discernimento. O resultado será excelência e justiça (Filipenses 1.10-11)”.
RESUMO DA LIÇÃO 01
Paulo e a Igreja em Filipos
I. INTRODUÇÃO À ESPÍSTOLA
1.
A cidade de Filipos.
2.
O Evangelho chega à Filipos.
3.
Data e local da autoria.
II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
1.
Paulo e Timóteo.
2.
Os destinatários da carta: “todos os santos”.
3.
Alguns destinatários distintios: “bispos e diáconos”.
III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO
PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11).
1.
As razões pela ação de graças.
2.
Uma oração de gratidão (vv. 3-8).
3.
Uma oração de petição (vv. 9-11).
INTERAÇÃO
3º Trimestre
(Julho, Agosto e Setembro)
Título: Filipenses — A
humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Comentarista: Pastor Elienai Cabral — conferencista e autor de várias obras
publicadas pela CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e
também da Casa de Letras Emílio Conde.
Capa:
O que vemos?
- Uma figura
de uma pessoa, representando Jesus.
- Um
jarro
- Água
- Pés
de uma pessoa
O que
isto tem a ver com o tema?
Refere-se
ao momento quando Jesus lavou os pés dos discípulos, demonstrando humildade que
devemos ter.
TEMAS:
Lição
1: Paulo e a Igreja em Filipos
Lição
2: Esperança em meio à adversidade
Lição
3: O comportamento dos salvos em Cristo
Lição
4: Jesus, o Modelo ideal de Humanidade
Lição
5: As virtudes dos salvos em Cristo
Lição
6: A fidelidade dos Obreiros do Senhor
Lição
7: A atualidade dos conselhos paulinos
Lição
8: A suprema aspiração do crente
Lição
9: Confrontando os inimigos da Cruz de Cristo
Lição
10: A alegria do salvo em Cristo
Lição
11: Uma vida cristã equilibrada
Lição
12: A reciprocidade do Amor Cristão
Lição
13: O sacrifício que agrada a Deus
INTERAÇÃO
Professor, neste trimestre estudaremos a carta do apóstolo Paulo aos
filipenses. Os temas contemplados nesta epístola são diversos. O apóstolo fala sobre o caráter de Deus, a alegria, o serviço, o
conflito e o sofrimento dos santos. Mas o tema que ganha maior destaque na carta é o senhorio de Jesus
Cristo, o kyrios de Deus (2.9,10). O Pai o fez Senhor e Cristo. Que Deus abençoe a sua vida e a de seus alunos. Bons estudos!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Introduzir a Epístola
aos Filipenses destacando a cidade, a data e o local da autoria.
Explicar o propósito,
a autoria e os destinatários da epístola.
Compreender os atos de
oração e ação de graças do apóstolo Paulo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição desta semana reproduza o esquema
abaixo. A Epístola aos Filipenses pode ser dividida em duas partes principais:
(1)
Circunstâncias em que Paulo se encontrava e
(2) assuntos
de interesse da Igreja — alegria, o serviço, o caráter de Deus, o conflito e o sofrimento, etc. Aprendamos, pois, neste trimestre, com a igreja de Filipos. Boa aula!
ESBOÇO DA EPÍSTOLA
AOS FILIPENSES
Autor: Apóstolo Paulo.
Pintura mais antiga do
Apóstolo Paulo, século IV, ela foi encontrada nas paredes de catacumbas sob
Roma.
Tema: Alegria de viver por Cristo.
Data: Cerca de 62/63 d.C.
Propósitos:
- agradecer aos filipenses por suas ofertas
generosas; - informar o seu estado pessoal na prisão de
Roma; - transmitir à congregação a certeza do triunfo
do propósito de Deus na sua prisão para levar os membros da igreja de Filipos a
se esforçarem em conhecer melhor o Senhor, - conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz.
Introdução (1.1-11)• Saudações. • Ação de
graças e oração pelos Filipenses.
I. As circunstâncias em que Paulo se encontrava (1.12-26)
• A prisão
de Paulo contribuiu para o avanço do Evangelho.
• A proclamação
de Cristo de todas as formas.
• A
disposição de Paulo para viver ou morrer.
II. Assuntos de Interesse da Igreja (1.27-4.9)
• Exortação
de Paulo aos filipenses.
• Os
mensageiros de Paulo à Igreja.
• Advertência
de Paulo a respeito de falsos ensinos.
• Conselhos
finais de Paulo.
Conclusão (4.10-23)
• Reconhecimento
e gratidão pelas ofertas recebidas.
• Saudações
finais e bênção.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
EPÍSTOLA: Cada carta ou lições dos apóstolos às comunidades
cristãs primitivas.
Neste trimestre, estudaremos a Epístola de Paulo aos Filipenses. Esta carta é uma declaração de amor e gratidão do apóstolo pelo
amoroso zelo dos filipenses para com os obreiros do Senhor. A epístola está classificada no grupo das cartas da prisão —
Filipenses, Filemon, Colossenses e Efésios. Além de realçar a verdadeira cristologia, a epístola orienta-nos
quanto ao comportamento que devemos ter diante das hostilidades e perseguições
enfrentadas pela Igreja de Cristo.
I. INTRODUÇÃO À
ESPÍSTOLA
1. A cidade de Filipos.Localizada no Norte da Grécia, foi fundada por Filipe II da Macedônia.
QUEM FOI FILIPE II DA MACEDÔNIA?
Filipe II da Macedônia (382-336 a.C.) foi rei da Macedônia. Criou a "falange macedônica" - infantaria que tornou-se
fundamental para as conquistas de seu filho Alexandre o Grande. Filipe II da Macedônia nasceu em Pela, capital da Macedônia,
localizada no norte da Grécia, até a região que hoje forma o sul da Albânia.
Filho de Amintas III, rei da Macedônia, e Eurídice, neta de Arrabeu,
rei de Lincéstide. Aos 14 anos de idade, começou sua carreira política. Foi prisioneiro da guerra de Tebas. Admirava a riqueza da cultura grega, se impressionava com a vastidão
territorial e a opulência econômica do império persa. Com 22 anos volta para a sua terra, preparado para dirigir os
macedônios.
Tomou o controle dos principados semi-independentes. Estimulou o conflito entre as diversas cidades, que na Grécia antiga,
formavam estados. Dominou toda a costa norte do Mar Egeu. Assumiu o controle das minas de ouro e prata, que lhe garantia o
financiamento de sua política de suborno dos adversários. Filipe II organizou um exército nacional, com grande habilidade de
guerra.
Sua cavalaria se tornara a mais poderosa da Grécia. Criou uma nova infantaria, praticamente imbatível - a falange
macedônica - baseada nos princípios espartanos, com uma série de inovações. Armada com as sarissas - lanças mais compridas do que as comuns - as
falanges, davam apoio à cavalaria, concentrando o máximo poder de ataque. Filipe II foi convidado para intervir na guerra entre Tebas e Phocis.
Ele que tramava uma revolta contra atenas, acabou tendo acesso ao
Conselho grego, que tratava dos templos e cultos. Os atenienses se recusavam a ter um bárbaro como soberano. Teve início a guerra entre atenienses e tebanos, de um lado, e a
falange macedônica de outro. Os gregos perderam, mas tiveram tratamento honroso, pois Filipe queria
tê-los como aliados.
Filipe II unificou a Grécia, criando a Liga Nacional das Cidades,
aliadas à Macedônia. Em 336 a.C., Filipe II foi assassinado, deixando o Exército Nacional e
um vasto território para seu herdeiro Alexandre o Grande, que concluiu a obra
do pai, estabelecendo um dos maiores impérios da antiguidade.
FILIPOS UMA
CIDADE ROMANIZADA
A cidade de Filipos em 42 a.C., foi palco da batalha de Marco Antônio
e Otávio Augusto, que buscavam vingar a morte de Júlio César, contra Brutus e
Cássio - da qual o poeta Horácio diz ter participado (Ode 2.7. v. 2 e 9-16). Nove anos mais tarde, Otavio, futuro Augusto, venceu Marco Antônio e
Cleópatra.
Os veteranos dessas batalhas instalaram-se em Filipos, e a cidade
acabou ganhando status de colônia romana e o Ius Italicum, o que a
tornava uma réplica menor de Roma. Seus cidadãos tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de
propriedade equivalentes aos de uma terra em solo italiano. Os oficiais políticos eram descendentes dos soldados romanos, o que
reforçava ainda mais o caráter latino da cidade, refletindo também seu
pensamento e religião.
Eram frequentes os cultos às divindades romanas, como Júpiter, Juno e
Marte, e à antigos deuses italianos. As divindades gregas não tinham muito destaque. Persistia porém,
adoração à deuses trácios. Além da cidade de Filipos, outras cidades como Anfípolis, Apolônia,
Tessalônica e Beréia também faziam parte daquela região, cidades onde Paulo
esteve em sua segunda viagem missionária (At 17.1-10).
Filipos era uma colônia romana (At 16.12) e um importante centro
mercantil, pois estava situada no cruzamento das rotas comerciais entre Europa
e Ásia.
2. O Evangelho chega à Filipos. Por volta do ano 52 d.C., o apóstolo Paulo, acompanhado por Silas e
Timóteo, empreendeu uma segunda viagem missionária (At 15.40; 16.1-3). Ao entrar num cidade estrangeira a estratégia usada por Paulo para
anunciar o Evangelho era sempre a mesma: dirigir-se em primeiro lugar a uma
sinagoga.
Ali, o apóstolo esperava encontrar judeus dispostos a ouvi-lo. Mas, na sinagoga de Filipos, havia uma comunidade não muito inclinada
a escutá-lo. Por isso, Paulo concentrou-se num lugar público e informal para falar
a homens e mulheres desejosos por discutir assuntos religiosos. Lá, o apóstolo encontrou Lídia, de Tiatira, uma comerciante que
negociava púrpura (At 16.14).
Ela se converteu a Cristo e levou o primeiro grupo de cristãos de
Filipos a congregar-se em sua casa. No lar da irmã Lídia, a igreja começou a
florescer (At 16.15-40).
3. Data e local da autoria. Apesar das dificuldades para se referendar a data e o local da
Epístola aos Filipenses, os especialistas em Novo Testamento dizem que a carta
foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C, provavelmente em Roma. Na ocasião, o apóstolo Paulo estava encarcerado numa prisão, e recebeu
a visita de um membro da igreja em Filipos, chamado Epafrodito.
Este chegara a ficar gravemente adoentado, “mas Deus
se apiedou dele” que, agora recuperado, acabou por levar a
mensagem do apóstolo aos filipenses.
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
Após chegar numa cidade gentílica, o apóstolo Paulo
dirigia-se a uma sinagoga judaica para evangelizar.
II. AUTORIA E
DESTINATÁRIOS
1. Paulo e Timóteo. O nome de Timóteo aparece juntamente com o de Paulo na introdução da
epístola filipense (v.1). Apesar de Timóteo ser apresentado como coautor da carta, a autoria
principal pertence ao apóstolo Paulo. Este certamente tratou com Timóteo, seu discípulo, os assuntos
expostos na carta. O apóstolo Paulo também não desfrutava de boa saúde, e este fato fazia
com que dependesse constantemente da ajuda de um auxiliar na composição de seus
escritos (Rm 16.22; 1Co 1.1; Cl 1.1).
2. Os destinatários da carta: “todos os santos”. Paulo chama os cristãos de Filipos de “santos”
(v.1). Isto é, aqueles que foram salvos e separados, por Deus, para viver uma
nova vida em Cristo. Este era o tratamento comum dado por Paulo às igrejas (Rm 1.7; 1Co
1.2). Quando o apóstolo dos gentios usa a expressão “em
Cristo Jesus”, ele quer ilustrar a relação íntima dos crentes
com o Cristo de Deus — semelhante ao recurso usado por Jesus quando da
ilustração da “videira e os ramos” (cf. Jo 15.1-7).
3. Alguns destinatários distintos: “bispos
e diáconos”. A distinção entre “bispos e diáconos” expressa a preocupação paulina quanto à liderança
espiritual da igreja (v.1). O modelo de liderança adotado pelas igrejas do primeiro século
funcionava assim: os “bispos”
eram responsáveis pelas necessidades espirituais da igreja local e os “diáconos” pelo
serviço à igreja sob a supervisão dos bispos.
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
Apesar de Timóteo aparecer como o coautor da carta, a
autoria da epístola é do apóstolo Paulo.
III. AÇÃO DE
GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
1. As razões pela ação de graças. “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” (v.3). A razão de o apóstolo Paulo lembrar-se dos filipenses nas suas
orações, e alegrar-se por isto, foi a compaixão deles para com o apóstolo
quando da sua prisão, defesa e confirmação do Evangelho (v.7). Esta lembrança fortalecia Paulo na sua solidão, pois, apesar de estar
longe fisicamente dos filipenses, aproximava-se deles pela oração, onde não há
fronteiras.
2. Uma oração de gratidão (vv.3-8). Paulo lembra a experiência amarga sofrida juntamente com Silas em
Filipos (v.7). Eles foram arrastados à presença das autoridades, açoitados em
público, condenados sumariamente e jogados no cárcere, tendo os pés atados ao
tronco (At 16.19,23,24). Essa dura experiência fez o apóstolo recordar o grande livramento de
Deus concedido a ele, a Silas e ao carcereiro (At 16.27-33).
Os filipenses participaram das aflições do apóstolo e proveram-no,
inclusive, de recursos financeiros (4.15-18), ao passo que os coríntios
fecharam-lhe as mãos (1Co 9.8-12). Por isso, quando lemos a Epístola aos Filipenses percebemos o amor, a
amizade e a grande estima que Paulo nutria para com aquela igreja (v.8).
3. Uma oração de petição (vv.9-11). Após agradecer a Deus pelos filipenses, o apóstolo passa a rogar a
Deus por eles:
a)
Que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e
em todo o conhecimento (v.9). O desejo do apóstolo é que o amor cresça e se
desenvolva de modo mais profundo, levando cada crente em Filipos a ter um maior
conhecimento de Cristo.
b)
Para que aproveis as coisas excelentes para que
sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo (v.10). Paulo intercedia pelos filipenses, pedindo ao
Senhor que lhes concedesse a capacidade de discernir entre o certo e o errado. Esta capacidade fará do crente uma pessoa sincera
e sem escândalo até a volta do Senhor.
c)
Cheios de frutos de justiça (v.11). O apóstolo desejava que os crentes filipenses não
fossem estéreis, mas cheios do fruto da justiça para a glória de Deus. A justiça que vem de Deus manifesta-se com
perfeição no caráter e nas obras do crente.
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
A atitude de ação de graças e petição pela igreja de Filipos
é o tema que predomina na introdução da epístola.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
As adversidades ministeriais na vida do apóstolo Paulo eram amenizadas
na demonstração de amor das igrejas plantadas por ele. Ao longo deste trimestre, veremos o quanto a igreja de Filipos foi
pastoreada por aquele que não media esforços nem limites para proclamar o
Evangelho: o apóstolo Paulo.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
ARRINGTON, F. L.;
STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol.
2, RJ: CPAD, 2009. STAMPS, D. C. (Ed.) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo
Testamento. RJ: CPAD, 1995.
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