quinta-feira, 4 de julho de 2013

Lição 1 - 3º Trim. 2013 - Paulo e a Igreja em Filipos.


LIÇÃO 01
Paulo e a Igreja em Filipos 
07 de julho de 2013 

TEXTO ÁUREO

“E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento” (Fp 1.9)  

VERDADE PRÁTICA

Paulo tinha uma grande afeição pelos irmãos de Filipos; por isso suas orações e ações de graças por essa igreja eram constantes.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO

“E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento” (Fp 1.9) 
Nosso texto áureo Filipenses 1.9 está inserido na epístola de Paulo aos cristãos de Filipos. A cidade foi fundada em 360 a.C. por Filipe II rei da Macedônia.  Foi construída na aldeia de Krenides em Trácia e serviu como um centro militar significativo.
Quando Roma conquistou a área duzentos anos mais tarde, Filipos se tornou a principal cidade na Macedônia, um dos quatro distritos romanos do que é hoje conhecido como a Grécia.
A cidade de Filipos floresceu como uma cidade colonial no Império Romano; é a única cidade romana chamada de ‘colônia’ no Novo Testamento (At 16.12). A cidade teve orgulho deste estado como uma colônia romana, desfrutando dos privilégios de isenção de impostos.
Promoveu o latim como sua língua oficial e modelou muitas de suas instituições segundo as de Roma (por exemplo, o governo cívico). Os magistrados que Paulo e seus companheiros encontraram primeiro em Atos 16 trouxeram o título honorário de ‘pretores’. O sentimento de orgulho dos filipenses é evidente em Atos 16.21, onde vários cidadãos se referem a si mesmos como ‘Romanos’.
As lições bíblicas que estudaremos neste trimestre (Julho, Agosto e Setembro de 2013), será baseadas na Carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses, ou seja endereçada aos cristãos da cidade de Filipos. A Carta aos filipenses tem 4 capítulos, sendo que o 1º capítulo possui 30 versículos; o 2º capítulo também possui 30 versículos, o 3º capítulo possui 21 versículos e o 4º capítulo possui 23 versículos.
Ainda antes de analisarmos o texto áureo (Fp 1.9) é importante atentarmos para as seguintes questões: a cidade de Filipos, as circunstâncias sociais da redação da Epístola e o seu propósito. Filipos foi a primeira cidade européia a receber o Evangelho (At 16.6-40).
Foi na casa de uma negociante de púrpura, Lídia, que se estabeleceu o primeiro núcleo da comunidade cristã fundada por Paulo em Filipos. O apóstolo visitou a cidade muitas vezes, quando das suas viagens para a Macedônia. Quando o apóstolo Paulo escreveu a Epístola aos Filipenses, ele achava-se preso.
Correntes, pés presos aos troncos, solidão e longos períodos de prisão são umas das muitas consequências daquilo que significava ser preso no Novo Testamento. O sofrimento na prisão é um tema muito explorado pelo apóstolo nesta Epístola. A Carta aos Filipenses retrata a assistência oferecida pela igreja ao apóstolo.
Aqui está todo o contexto que impulsiona Paulo a redigir uma carta à comunidade que lhe assiste em tudo. A melhor maneira que o apóstolo encontrou de agradecer aquela igreja foi escrevendo a ela sobre o sentimento de gratidão que transbordara no seu coração pela generosidade da igreja filipense. Além desse motivo, podemos encontrar outros que constituem o propósito da Epístola:
(1) Agradecer a ajuda enviada pela comunidade filipense (2.25);
(2) informar a visita de Timóteo e explicar o motivo do retorno inesperado de Epafrodito (2.19-30);
(3) prevenir a comunidade cristã do perigo de se cultivar o “espírito” de competição, egoísmo e individualismo de alguns (2.1-4);
(4) alertar a comunidade de Filipos acerca dos pregadores judaizantes que depositavam a salvação nos costumes passageiros e na observação da Lei (3.2-11), como se esses elementos tivessem algum valor espiritual para conter os impulsos da carne (Cl 2.23).
Em sua Epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo mostra com vigor que a salvação não depende de observar a lei judaica e as suas tradições, mas apenas de Jesus Cristo, o Senhor Jesus é tanto o início como o fim da Lei.
Ele é a própria Lei: “Misericórdia quero e não sacrifício” (Mateus 12.7). (SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO - Paulo e a Igreja de Filipos adaptado). 
“E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento” (Fp 1.9)
Paulo neste versículo associa a verdadeira ciência e conhecimento ao amor. Enquanto os gnósticos se orgulhavam de seus conhecimentos secretos, Paulo ensina completamente diferente deles, declarando que o conhecimento deve estar atrelado intimamente ao amor de Cristo, como verdade básica de sua expressão.
 John MacArthur em um comentário sucinto sobre o versículo declara: “como cristão você é um repositório de amor divino. Mais do que qualquer outra coisa, o seu amor por Deus e pelos outros crentes lhe marca como um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo (João 13.35).
Além de possuir o amor de Deus, você tem o privilégio e a responsabilidade de expressá-lo aos outros em Seu nome. Isso é um dever sagrado. Paulo qualifica-o em Filipenses 1.9, que nos diz que o amor deve ser operado dentro da esfera de conhecimento bíblico e discernimento espiritual. Esses são os parâmetros que regem o amor de Deus.
 
Não importa o quão amável um ato ou palavra possa parecer, se viola o conhecimento e o discernimento, não é amor verdadeiramente cristão. 2 João 5-11 ilustra esse princípio. Aparentemente, alguns crentes que não tinham discernimento estavam hospedando falsos mestres em nome do amor cristão e da hospitalidade.
João severamente advertiu-os, dizendo: "Se alguém se dirigir a vocês e não transmitir esse ensinamento, não o recebam em casa nem digam 'felicitações!' ao mesmo. Porque aquele que lhe diz: 'Felicitações!' participa de suas obras más."(10-11). Isso pode soar extremo ou sem amor, mas a pureza do povo de Deus estava em jogo.
Em 2 Tessalonicenses 3.5-6 depois de orar para o amor dos tessalonicenses aumentar, Paulo, então, ordena-lhes para se manterem distantes dos chamados cristãos que estavam desconsiderando a sã doutrina. Isso não é contraditório, porque o amor cristão guarda a sã doutrina e uma vida santa.
Infelizmente, hoje é comum os cristãos comprometerem a pureza doutrinária em nome do amor e da unidade, ou bradar como não amáveis algumas práticas que a Escritura claramente ordena. Ambos estão errados e trazem consequências graves se não forem corrigidas.
Pense em como você expressa seu amor. Forneça-o abundantemente de acordo com o conhecimento bíblico e discernimento. O resultado será excelência e justiça (Filipenses 1.10-11)”.
 

RESUMO DA LIÇÃO 01

Paulo e a Igreja em Filipos 
I. INTRODUÇÃO À ESPÍSTOLA
1. A cidade de Filipos.
2. O Evangelho chega à Filipos.
3. Data e local da autoria. 
II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
1. Paulo e Timóteo.
2. Os destinatários da carta: “todos os santos”.
3. Alguns destinatários distintios: “bispos e diáconos”. 
III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11).
1. As razões pela ação de graças.
2. Uma oração de gratidão (vv. 3-8).
3. Uma oração de petição (vv. 9-11). 
INTERAÇÃO
3º Trimestre
(Julho, Agosto e Setembro)
Título: Filipenses — A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
 
Comentarista: Pastor Elienai Cabral — conferencista e autor de várias obras publicadas pela CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e também da Casa de Letras Emílio Conde.
Capa:
                                                            O que vemos?
- Uma figura de uma pessoa, representando Jesus.
- Um jarro
- Água
- Pés de uma pessoa 
O que isto tem a ver com o tema?
Refere-se ao momento quando Jesus lavou os pés dos discípulos, demonstrando humildade que devemos ter.
TEMAS:
Lição 1: Paulo e a Igreja em Filipos
Lição 2: Esperança em meio à adversidade
Lição 3: O comportamento dos salvos em Cristo
Lição 4: Jesus, o Modelo ideal de Humanidade
Lição 5: As virtudes dos salvos em Cristo
Lição 6: A fidelidade dos Obreiros do Senhor
Lição 7: A atualidade dos conselhos paulinos
Lição 8: A suprema aspiração do crente
Lição 9: Confrontando os inimigos da Cruz de Cristo
Lição 10: A alegria do salvo em Cristo
Lição 11: Uma vida cristã equilibrada
Lição 12: A reciprocidade do Amor Cristão
Lição 13: O sacrifício que agrada a Deus 
INTERAÇÃO
Professor, neste trimestre estudaremos a carta do apóstolo Paulo aos filipenses. Os temas contemplados nesta epístola são diversos. O apóstolo fala sobre o caráter de Deus, a alegria, o serviço, o conflito e o sofrimento dos santos. Mas o tema que ganha maior destaque na carta é o senhorio de Jesus Cristo, o kyrios de Deus (2.9,10). O Pai o fez Senhor e Cristo. Que Deus abençoe a sua vida e a de seus alunos. Bons estudos!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Introduzir a Epístola aos Filipenses destacando a cidade, a data e o local da autoria.
Explicar o propósito, a autoria e os destinatários da epístola.
Compreender os atos de oração e ação de graças do apóstolo Paulo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição desta semana reproduza o esquema abaixo. A Epístola aos Filipenses pode ser dividida em duas partes principais:
                   (1) Circunstâncias em que Paulo se encontrava e
                   (2) assuntos de interesse da Igreja — alegria, o serviço, o caráter de                           Deus, o conflito e o sofrimento, etc. Aprendamos, pois, neste trimestre, com a igreja de Filipos. Boa aula! 
ESBOÇO DA EPÍSTOLA AOS FILIPENSES
Autor: Apóstolo Paulo.
Pintura mais antiga do Apóstolo Paulo, século IV, ela foi encontrada nas paredes de catacumbas sob Roma.
Tema: Alegria de viver por Cristo.
Data: Cerca de 62/63 d.C.
Propósitos:
- agradecer aos filipenses por suas ofertas generosas; - informar o seu estado pessoal na prisão de Roma; - transmitir à congregação a certeza do triunfo do propósito de Deus na sua prisão para levar os membros da igreja de Filipos a se esforçarem em conhecer melhor o Senhor, - conservando a unidade, a humildade,  a comunhão e a paz.
Introdução (1.1-11)  Saudações.   Ação de graças e oração pelos Filipenses. 
I. As circunstâncias em que Paulo se encontrava (1.12-26)
  A prisão de Paulo contribuiu para o avanço do Evangelho.
  A proclamação de Cristo de todas as formas.
  A disposição de Paulo para viver ou morrer.
II. Assuntos de Interesse da Igreja (1.27-4.9)
  Exortação de Paulo aos filipenses.
  Os mensageiros de Paulo à Igreja.
  Advertência de Paulo a respeito de falsos ensinos.
  Conselhos finais de Paulo.
Conclusão (4.10-23)
  Reconhecimento e gratidão pelas ofertas recebidas.
  Saudações finais e bênção.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
EPÍSTOLA: Cada carta ou lições dos apóstolos às comunidades cristãs primitivas.
Neste trimestre, estudaremos a Epístola de Paulo aos Filipenses. Esta carta é uma declaração de amor e gratidão do apóstolo pelo amoroso zelo dos filipenses para com os obreiros do Senhor. A epístola está classificada no grupo das cartas da prisão — Filipenses, Filemon, Colossenses e Efésios. Além de realçar a verdadeira cristologia, a epístola orienta-nos quanto ao comportamento que devemos ter diante das hostilidades e perseguições enfrentadas pela Igreja de Cristo.
I. INTRODUÇÃO À ESPÍSTOLA
1. A cidade de Filipos.Localizada no Norte da Grécia, foi fundada por Filipe II da Macedônia.
QUEM FOI FILIPE II DA MACEDÔNIA?
Filipe II da Macedônia (382-336 a.C.) foi rei da Macedônia. Criou a "falange macedônica" - infantaria que tornou-se fundamental para as conquistas de seu filho Alexandre o Grande. Filipe II da Macedônia nasceu em Pela, capital da Macedônia, localizada no norte da Grécia, até a região que hoje forma o sul da Albânia.
Filho de Amintas III, rei da Macedônia, e Eurídice, neta de Arrabeu, rei de Lincéstide. Aos 14 anos de idade, começou sua carreira política. Foi prisioneiro da guerra de Tebas. Admirava a riqueza da cultura grega, se impressionava com a vastidão territorial e a opulência econômica do império persa. Com 22 anos volta para a sua terra, preparado para dirigir os macedônios.
Tomou o controle dos principados semi-independentes. Estimulou o conflito entre as diversas cidades, que na Grécia antiga, formavam estados. Dominou toda a costa norte do Mar Egeu. Assumiu o controle das minas de ouro e prata, que lhe garantia o financiamento de sua política de suborno dos adversários. Filipe II organizou um exército nacional, com grande habilidade de guerra.
Sua cavalaria se tornara a mais poderosa da Grécia. Criou uma nova infantaria, praticamente imbatível - a falange macedônica - baseada nos princípios espartanos, com uma série de inovações. Armada com as sarissas - lanças mais compridas do que as comuns - as falanges, davam apoio à cavalaria, concentrando o máximo poder de ataque. Filipe II foi convidado para intervir na guerra entre Tebas e Phocis.
Ele que tramava uma revolta contra atenas, acabou tendo acesso ao Conselho grego, que tratava dos templos e cultos. Os atenienses se recusavam a ter um bárbaro como soberano. Teve início a guerra entre atenienses e tebanos, de um lado, e a falange macedônica de outro. Os gregos perderam, mas tiveram tratamento honroso, pois Filipe queria tê-los como aliados.
Filipe II unificou a Grécia, criando a Liga Nacional das Cidades, aliadas à Macedônia. Em 336 a.C., Filipe II foi assassinado, deixando o Exército Nacional e um vasto território para seu herdeiro Alexandre o Grande, que concluiu a obra do pai, estabelecendo um dos maiores impérios da antiguidade. 
FILIPOS UMA CIDADE ROMANIZADA
A cidade de Filipos em 42 a.C., foi palco da batalha de Marco Antônio e Otávio Augusto, que buscavam vingar a morte de Júlio César, contra Brutus e Cássio - da qual o poeta Horácio diz ter participado (Ode 2.7. v. 2 e 9-16). Nove anos mais tarde, Otavio, futuro Augusto, venceu Marco Antônio e Cleópatra. 
Os veteranos dessas batalhas instalaram-se em Filipos, e a cidade acabou ganhando status de colônia romana e o Ius Italicum, o que a tornava uma réplica menor de Roma. Seus cidadãos tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de propriedade equivalentes aos de uma terra em solo italiano. Os oficiais políticos eram descendentes dos soldados romanos, o que reforçava ainda mais o caráter latino da cidade, refletindo também seu pensamento e religião.
Eram frequentes os cultos às divindades romanas, como Júpiter, Juno e Marte, e à antigos deuses italianos. As divindades gregas não tinham muito destaque. Persistia porém, adoração à deuses trácios. Além da cidade de Filipos, outras cidades como Anfípolis, Apolônia, Tessalônica e Beréia também faziam parte daquela região, cidades onde Paulo esteve em sua segunda viagem missionária (At 17.1-10).
Filipos era uma colônia romana (At 16.12) e um importante centro mercantil, pois estava situada no cruzamento das rotas comerciais entre Europa e Ásia. 
2. O Evangelho chega à Filipos. Por volta do ano 52 d.C., o apóstolo Paulo, acompanhado por Silas e Timóteo, empreendeu uma segunda viagem missionária (At 15.40; 16.1-3). Ao entrar num cidade estrangeira a estratégia usada por Paulo para anunciar o Evangelho era sempre a mesma: dirigir-se em primeiro lugar a uma sinagoga.
Ali, o apóstolo esperava encontrar judeus dispostos a ouvi-lo. Mas, na sinagoga de Filipos, havia uma comunidade não muito inclinada a escutá-lo. Por isso, Paulo concentrou-se num lugar público e informal para falar a homens e mulheres desejosos por discutir assuntos religiosos. Lá, o apóstolo encontrou Lídia, de Tiatira, uma comerciante que negociava púrpura (At 16.14).
Ela se converteu a Cristo e levou o primeiro grupo de cristãos de Filipos a congregar-se em sua casa. No lar da irmã Lídia, a igreja começou a florescer (At 16.15-40).
3. Data e local da autoria. Apesar das dificuldades para se referendar a data e o local da Epístola aos Filipenses, os especialistas em Novo Testamento dizem que a carta foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C, provavelmente em Roma. Na ocasião, o apóstolo Paulo estava encarcerado numa prisão, e recebeu a visita de um membro da igreja em Filipos, chamado Epafrodito.
Este chegara a ficar gravemente adoentado, “mas Deus se apiedou dele” que, agora recuperado, acabou por levar a mensagem do apóstolo aos filipenses. 
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Após chegar numa cidade gentílica, o apóstolo Paulo dirigia-se a uma sinagoga judaica para evangelizar. 
II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
1. Paulo e Timóteo. O nome de Timóteo aparece juntamente com o de Paulo na introdução da epístola filipense (v.1). Apesar de Timóteo ser apresentado como coautor da carta, a autoria principal pertence ao apóstolo Paulo. Este certamente tratou com Timóteo, seu discípulo, os assuntos expostos na carta. O apóstolo Paulo também não desfrutava de boa saúde, e este fato fazia com que dependesse constantemente da ajuda de um auxiliar na composição de seus escritos (Rm 16.22; 1Co 1.1; Cl 1.1). 
2. Os destinatários da carta: “todos os santos”. Paulo chama os cristãos de Filipos de “santos” (v.1). Isto é, aqueles que foram salvos e separados, por Deus, para viver uma nova vida em Cristo. Este era o tratamento comum dado por Paulo às igrejas (Rm 1.7; 1Co 1.2). Quando o apóstolo dos gentios usa a expressão “em Cristo Jesus”, ele quer ilustrar a relação íntima dos crentes com o Cristo de Deus — semelhante ao recurso usado por Jesus quando da ilustração da “videira e os ramos” (cf. Jo 15.1-7). 
3. Alguns destinatários distintos: “bispos e diáconos”. A distinção entre “bispos e diáconos” expressa a preocupação paulina quanto à liderança espiritual da igreja (v.1). O modelo de liderança adotado pelas igrejas do primeiro século funcionava assim: os “bispos” eram responsáveis pelas necessidades espirituais da igreja local e os “diáconos” pelo serviço à igreja sob a supervisão dos bispos. 
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Apesar de Timóteo aparecer como o coautor da carta, a autoria da epístola é do apóstolo Paulo.
III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
1. As razões pela ação de graças. “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” (v.3). A razão de o apóstolo Paulo lembrar-se dos filipenses nas suas orações, e alegrar-se por isto, foi a compaixão deles para com o apóstolo quando da sua prisão, defesa e confirmação do Evangelho (v.7). Esta lembrança fortalecia Paulo na sua solidão, pois, apesar de estar longe fisicamente dos filipenses, aproximava-se deles pela oração, onde não há fronteiras. 
2. Uma oração de gratidão (vv.3-8). Paulo lembra a experiência amarga sofrida juntamente com Silas em Filipos (v.7). Eles foram arrastados à presença das autoridades, açoitados em público, condenados sumariamente e jogados no cárcere, tendo os pés atados ao tronco (At 16.19,23,24). Essa dura experiência fez o apóstolo recordar o grande livramento de Deus concedido a ele, a Silas e ao carcereiro (At 16.27-33).
Os filipenses participaram das aflições do apóstolo e proveram-no, inclusive, de recursos financeiros (4.15-18), ao passo que os coríntios fecharam-lhe as mãos (1Co 9.8-12). Por isso, quando lemos a Epístola aos Filipenses percebemos o amor, a amizade e a grande estima que Paulo nutria para com aquela igreja (v.8). 
3. Uma oração de petição (vv.9-11). Após agradecer a Deus pelos filipenses, o apóstolo passa a rogar a Deus por eles:
 a)     Que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento (v.9). O desejo do apóstolo é que o amor cresça e se desenvolva de modo mais profundo, levando cada crente em Filipos a ter um maior conhecimento de Cristo.
b)     Para que aproveis as coisas excelentes para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo (v.10). Paulo intercedia pelos filipenses, pedindo ao Senhor que lhes concedesse a capacidade de discernir entre o certo e o errado. Esta capacidade fará do crente uma pessoa sincera e sem escândalo até a volta do Senhor.
c)      Cheios de frutos de justiça (v.11). O apóstolo desejava que os crentes filipenses não fossem estéreis, mas cheios do fruto da justiça para a glória de Deus. A justiça que vem de Deus manifesta-se com perfeição no caráter e nas obras do crente.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A atitude de ação de graças e petição pela igreja de Filipos é o tema que predomina na introdução da epístola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As adversidades ministeriais na vida do apóstolo Paulo eram amenizadas na demonstração de amor das igrejas plantadas por ele. Ao longo deste trimestre, veremos o quanto a igreja de Filipos foi pastoreada por aquele que não media esforços nem limites para proclamar o Evangelho: o apóstolo Paulo. 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009. STAMPS, D. C. (Ed.) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. RJ: CPAD, 1995.

 

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