O valor dos bons
conselhos
06 de outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“O temor do Senhor é o princípio da
ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
VERDADE PRÁTICA
Provérbios e Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina
para o nosso bom viver.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a
sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
Nosso texto áureo está
inserido no primeiro capítulo do Livro dos Provérbios, ou seja, na Introdução
Geral. Nosso texto áureo aponta para o “temor do
Senhor”, “temor” neste contexto não é “medo”,
ou “terror”,
mas sim, respeito piedoso.
Quem fielmente tem respeito
profundo e piedoso por Deus e o reconhece como seu Criador e Senhor irá ouvir e
será sensível a Palavra de Deus para colocá-la em prática em sua vida, em seu
cotidiano.
De acordo com a Bíblia
Pentecostal: “o temor do Senhor” é o reverente temor do poder,
majestade e santidade de Deus, produz em nós um santo temor em não transgredir
a sua vontade revelada. Uma tal reverência é essencial para se obter um coração
sábio. “O Novo Testamento mostra que o sincero temor do Senhor em nosso coração
será acompanhado pelo consolo do Espírito Santo” (Bíblia Pentecostal, p.928).
Já o comentário da mesma
Bíblia na página 301 temos:“O temor de Deus é muito mais do que uma doutrina
bíblica; ele é diretamente aplicável à nossa vida diária, de numerosas
maneiras.
(1) Primeiramente, se realmente tememos ao
Senhor, temos uma vida de obediência aos seus mandamentos e damos sempre um
“não” estridente ao pecado. Uma das razões por que Deus inspirou temor nos
israelitas no monte Sinais foi para que aprendessem a desviar-se do pecado e a
obedecer à sua lei (Êx 20.20). Repetidas vezes no seu discurso final aos
israelitas, Moisés mostrou o relacionamento entre o temor do Senhor e o serviço
e a obediência a Ele... Segundo os salmistas, temer ao Senhor equivale a
deleitar-se nos seus mandamentos (Sl 112.1) e seguir os seus preceitos (Sl
119.63). Salomão ensinou que “pelo temor do
Senhor, os homens desviam do mal” (Pv
116.6 cf. 8.13). Inversamente, aquele que se contenta em viver na iniquidade,
assim faz porque “não há temor de Deus perante os seus olhos” (Sl 36.1-4).
(2) Um corolário importante da conotação
supra é que o crente deve ensinar seus filhos a temer ao Senhor, levando-os a
abominar o pecado e a guardar santos mandamentos de Deus (4.10; 6.1,2,6-9). A Bíblia
declara frequentemente que “O temor do Senhor é
o princípio da sabedoria” (Sl 111.10, cf. Jó 28.28; Pv 1.7;
9.10). Visto que um alvo básico na educação dos nossos filhos é que vivam
segundo os princípios da sabedoria estabelecidos por Deus (Pv 1.1-6), ensinar
esses filhos a temerem ao Senhor é um primeiro passo decisivo.
(3) O temor de Deus tem um efeito
santificante sobe o povo de Deus. Assim como há um efeito santificante na
verdade da Palavra de Deus (Jo 17.17), assim também há um efeito santificante
no temor a Deus. Esse tempo inspira-nos a evitar o pecado e desviar-nos do mal
(Pv 3.7; 8.13; 16.6). Ele nos leva a ser cuidadosos e comedidos no que falamos
(Pv 10.19; Ec 5.2,6,7). Ele nos protege do colapso da nossa consciência, bem
como a nossa firmeza moral. O temor do Senhor é puro e purificador (Sl 19.9); é
santo e libertador no seu efeito.
(4) O temor do Senhor motiva o povo de Deus a
adorá-lo de todo o seu ser. Se realmente tememos a Deus, nós o adoramos e o
glorificamos como o Senhor de tudo (Sl 22.23). Davi equipara a congregação dos
que adoram a Deus como “os que temem” (Sl 22.25). Igualmente, no final da
história, quando um anjo na esfera celestial proclama o evangelho eterno e
conclama a todos na terra a temerem a Deus, acrescenta prontamente: “e dai-lhe glória... E adorai aquele que fez o céu, e a terra,
e o mar, e as fontes das águas” (Ap
14.6,7).
(5) Deus promete que recompensará a todos que
o temem. “O galardão da humildade e o temor do SENHOR
são riquezas, e honra, e vida” (Pv
22.4). Outras recompensas prometidas são a proteção da morte (Pv 14.26-27),
provisões para nossas necessidades diárias (Sl 34.9; 111.5), e uma vida longa
(Pv 10.27). Aqueles que temem ao Senhor sabem que “bem
sucede aos que temem a Deus”, não importando o que aconteça no mundo
ao redor. (Ec 8.12-13).
(6) Finalmente, o temor do Senhor confere
segurança e consolo espiritual indizíveis para o povo de Deus. O Novo
Testamento vincula diretamente o temor de Deus ao conforto do Espírito Santo
(At 9.31). Por um lado, quem não teme ao Senhor não tem qualquer consciência da
sua presença, graça e proteção; por outro lado, os que temem a Deus e guardam
os mandamentos dEle têm experiência profunda de proteção espiritual na sua
vida, e da unção do Espírito Santo. Têm certeza de que Deus vai “livrar a sua alma da morte” (Sl 33.18-19)”.
RESUMO DA LIÇÃO 01
O VALOR DOS BONS CONSELHOS
I. JÓIAS DA
LITERATURA SAPIENCIAL
1.
O livro de Provérbios.
2.
O livro de Eclesiastes.
II. A
SABEDORIA DOS ANTIGOS
1.
A inteligência dos sábios.
2.
A sabedoria de Salomão.
III. AS
FONTES DA SABEDORIA
1.
A sabedoria popular.
2.
A sabedoria divina.
IV. O
PROPÓSITO DA SABEDORIA
1.
Valores éticos e morais.
2.
Valores espirituais.
4º Trimestre
- 2013
(Outubro, Novembro e Dezembro)
Título: Sabedoria de Deus
para uma vida vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: Pastor José Gonçalves — conferencista e autor de várias obras
publicadas pela CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e
também da Casa de Letras Emílio Conde.
O que vemos?
Uma
figura de um farol iluminando. Farol é uma “construção junto ao mar, geralmente
em forma de torre, dotada de um foco luminoso na parte superior para orientar
navios e aviões durante a noite”.
O que
isto tem a ver com o tema?
Este
farol simboliza a Palavra de Deus, que é a nossa luz que nos orientar a caminhar
neste mundo de trevas (Sl. 119.105).
SUMÁRIO DA REVISTA:
Lição 1: O
valor dos bons conselhos
Lição 2: Advertências
contra o adultério
Lição 3: Trabalho
e prosperidade
Lição 4: Lidando
de forma correta com o dinheiro
Lição 5: O
cuidado com aquilo que falamos
Lição 6: O
exemplo pessoal na educação dos filhos
Lição 7: Contrapondo
a arrogância com a humildade
Lição 8: A
mulher virtuosa
Lição 9: O
tempo para todas as coisas
Lição 10: Cumprindo as obrigações diante de Deus
Lição 11: A ilusória prosperidade dos ímpios
Lição 12: Lança o teu pão sobre as águas
Lição 13: Tema a Deus em todo o tempo
INTERAÇÃO
Prezado professor, iniciaremos mais um trimestre, o último do ano. Esta
é uma excelente oportunidade para fazer uma autoanálise a respeito do seu
ministério de ensino.
Seus objetivos foram alcançados? Seus alunos cresceram na graça e no
conhecimento de Deus?
Neste trimestre estudaremos parte da literatura sapiencial judaica,
isto é, os livros de sabedoria dos judeus que tratam dos conselhos divinos para
a vida humana. Veremos o quanto eles são atuais e relevantes em seus
ensinamentos.
O comentarista deste trimestre é o pastor José Gonçalves, professor de
Teologia, filósofo, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da
CGADB.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o conceito
geral dos livros de Provérbios e Eclesiastes.
Identificar as fontes
da sabedoria dos sábios antigos.
Compreender o propósito
da sabedoria ensinada em Provérbios e Eclesiastes.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da lição, sugerimos que você
reproduza o esquema abaixo.
É importante que todos os alunos tenham uma cópia do quadro.
O objetivo é fazer um resumo a respeito dos elementos literários
presentes nos livros dos Provérbios e do Eclesiastes.
Explique aos alunos que quando estes livros foram compilados nos
tempos bíblicos, a cultura, a língua e o estilo literário eram opostos aos da
literatura moderna.
Compreender o estilo literário usado pelo compilador antigo é
essencial para entendermos o sentido real do texto e evitarmos interpretações
mirabolantes.
CARACTERÍSTICAS
LITERÁRIAS DOS LIVROS DE:
PROVÉRBIOS
1. O estilo literário do livro dos Provérbios é
pelo menos dois:
Provérbio e Instrução.
2. Provérbios:
A expressão é de difícil definição, mas suas
características são singulares:
a) concisão;
b)
sagacidade;
c) forma memorável;
d) base na experiência;
e) verdade universal;
f) objetivo prático e longo uso.
Quase sempre, o provérbio é descrito como poético
ou rítmico, com metáforas sucintas, vivazes, convincentes e admiráveis.
3. Instrução:
Quase sempre articulada como o legado de um pai
ao filho, ou do mestre ao discípulo, que incluem ordens de proibições e as
motivações pelos quais eles devem obedecer.
ECLESIASTES
1. O livro se divide em quatro partes:
a primeira, a central, a segunda e o epílogo.
2. Primeira parte [1.1 — 3.15].
Reflexões bem organizadas sobre a vida,
acompanhadas de um poema enternecedor sobre o tempo.
3. Parte central [3.16 — 11.8].
Alguns provérbios aparecem. De vez em quando uma
parábola e poesia também.
4. Segunda parte [11.9 — 12.8].
Há uma mudança de tom. A ideia é dar esperança ao
jovem, pois a velhice chega depressa demais.
5. O epílogo [vv.9-14].
Esta seção é a justificativa de como o pregador
ensinou ao povo provérbios e ensinos verdadeiros e com clareza.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
SABEDORIA:
Grande instrução; ciência, erudição, saber.
Lembro-me dos ditados populares que ouvia dos meus pais:
- “Águas passadas não movem
moinhos”;
- “Água mole em pedra dura
tanto bate até que fura”;
- “Quem espera sempre alcança”, e muitos
outros.
Essas pequenas expressões contêm conselhos de uma cultura popular
impregnada de valores éticos, morais e sociais, que acabam por dirigir as
regras da vida em sociedade. Mais do que qualquer outra fonte, a Bíblia está
recheada dessas pérolas. São bons conselhos que revelam a sabedoria divina.
Tais máximas bíblicas são expressas em linguagem figurada, das mais
variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e provérbios).
Por isso, neste trimestre, conheceremos o que a Bíblia revela sobre os
conselhos divinos contidos nos livros de Provérbios e Eclesiastes. Veremos
ainda como esses conselhos se revelam na vida dos que temem ao Senhor.
I. JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de Provérbios. A Bíblia diz que Salomão compôs
“três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco”
(1Rs 4.32).
O texto sagra do identifica Salomão como o principal autor do livro de
Provérbios (Pv 1.1), mas não o único. O próprio Salomão exorta a que se ouça “as palavras dos sábios” (Pv 22.17), e declara fazer uso de alguns dos provérbios desses
sábios anônimos (Pv 24.23).
O livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam
nos dias do rei Ezequias, e que posteriormente foram compilados pelos homens
deste piedoso rei (Pv 25.1). Por último, o livro de Provérbios revela que Agur,
filho de Jaque, de Massá, é o autor do capítulo 30.
Já o capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. O livro pertence
ao gênero literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura da
sabedoria.
2. O livro de Eclesiastes. Eclesiastes, juntamente com
Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do gênero literário
conhecido como “Literatura Sapiencial”. Sua autoria é atribuída a Salomão (Ec
1.1).
Embora escrito pelo filho de Davi e pertença ao mesmo gênero
literário, o livro de Eclesiastes possui um estilo diferente de Provérbios.
Ele se apresenta como um discurso usado em assembleias ou templos.
Alguns intérpretes acreditam que se trata de uma coletânea utilizada por
Salomão em seus discursos.
Ao contrário do que muitos pensam, o livro de Eclesiastes não expõe
uma espécie de ceticismo ou desencanto existencial.
Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém que teve o
privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser ela totalmente
vazia se não vivida em Deus.
A própria sabedoria, tão celebrada nos Provérbios, quando posta a
serviço de interesses pessoais e objetivos mesquinhos é tida como tola.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Provérbios e
Eclesiastes são livros de sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos
para a vida.
II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios. Já observamos que pelo menos
duas referências do livro de Provérbios fazem citação das “Palavras
dos Sábios” (Pv 22.17; 24.23). Mas
quem são esses sábios? O texto não os identifica.
Todavia, o Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros sábios,
igualmente famosos, e como Salomão os sobrepujou em sabedoria (1Rs 4.29-31).
2. A sabedoria de Salomão. O escritor americano Eugene
Peterson mostra a singularidade da sabedoria salomônica em diferentes áreas da
vida.
Mais especificamente nos Provérbios, há uma amostra de como honrar os
pais, criar os filhos, lidar com o dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar
e exercitar liderança, usar bem as palavras, tratar os amigos com gentileza,
comer e beber saudavelmente, bem como cultivar emoções e atitudes em relação
aos outros de modo pacífico.
Peterson ainda mostra que o princípio da sabedoria salomônica destaca
que o nosso modo de pensar e corresponder-nos com Deus reflete a prática
cotidiana de nossa existência. Isto significa que nada, em nossa vida, precede
a Deus. Sem Ele nada podemos fazer.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A sabedoria dos antigos, e particularmente a de Salomão,
versava sobre diferentes áreas da vida humana.
III. AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular. Os livros poéticos mostram,
entre outras coisas como louvores e orações, muito da sabedoria do povo de
Israel.
Ciente dessa verdade, Salomão apresenta máximas populares para compor
os seus Provérbios (Pv 22.17; 24.23).
Podemos entender que Deus dá inteligência aos homens para que estes
possam analisar as situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para
si mesmos e para outras pessoas, em forma de conselhos e advertências, como
ocorre no livro de Provérbios.
2. A sabedoria divina. O texto bíblico destaca que Salomão “falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao
hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos
répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de
Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria” (1Rs
4.33,34).
De onde vinha tanta sabedoria? O texto bíblico revela que Salomão orou
pedindo a Deus sabedoria (1Rs 3.9), e que o Senhor respondeu-lhe integralmente
(1Rs 3.10-12). Esta é a fonte da sabedoria de Salomão e explica o porquê de
ninguém conseguir superá-la.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A fonte de toda sabedoria do rei Salomão era o Senhor nosso
Deus.
IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais. Na introdução do livro de
Provérbios, encontramos um conjunto de valores éticos e morais que revelam o
propósito desses conselhos.
Ali, consta todo o objetivo proposto pelo livro: (1) Conhecer a
sabedoria e a instrução; (2) entender as palavras da prudência; (3) receber a
instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade; (4) dar aos simples
prudência e aos jovens conhecimento e sensatez; (5) ouvir e crescer em
sabedoria;
(6) adquirir sábios conselhos;
(7) compreender provérbios e sua interpretação, bem como também as
palavras dos sábios e suas metáforas (Pv 1.1-6).
2. Valores espirituais. Além de apontar valores éticos
e morais, ao afirmar que o “temor do Senhor é
o princípio da ciência; [e que somente] os loucos desprezam a sabedoria e a
instrução” (Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores
espirituais que sobressaem nas palavras de Provérbios.
Da mesma forma, o livro de Eclesiastes aponta para Deus como a razão
de toda a existência humana. Fora dele não há base segura para uma moral
social.
Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no
contexto religioso judaico que, adaptado à nossa realidade, apresentam
conselhos práticos para a vida cotidiana de todos os homens.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O propósito da sabedoria nos livros de Provérbios e
Eclesiastes é constituir um conjunto de valores éticos, morais e espirituais
para a vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A literatura
sapiencial, representada neste trimestre pelos livros de Provérbios e
Eclesiastes, revela que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber.
Ninguém pode
ser considerado sábio se os seus conselhos não revelarem princípios do saber
divino.
Segundo a
Bíblia, um sábio não se caracteriza apenas por ter muita informação ou
inteligência, mas é alguém que aprendeu o temor do Senhor como a base de toda
sua vida e, por isso, sabe viver e conviver (Tg 3.13-18).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé
Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Livros da Sabedoria
São considerados livros da sabedoria três dos livros poéticos: Jó,
Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente um livro de espécie única.
Essa classificação é baseada no fato de tratarem esses três livros dos
problemas que mais interessam à humanidade. Jó trata do problema do sofrimento,
Provérbios, do problema do dever moral, e Eclesiastes, do problema da
felicidade.
Os livros chamados de Sabedoria são diferentes da literatura profética
de Israel porque expressam melhor a filosofia dos pensadores do que as
determinações das mensagens de Jeová. Não se encontra neles a frase: ‘Assim diz
o Senhor’, quando falam dos problemas da vida e das conclusões dos homens.
Os sábios anunciaram as verdades como um tratado de filosofia moral,
usando palavras de profundeza mais elevada do que seus conhecimentos, de modo
que só tempos depois é que puderam ser interpretadas.
Provérbios e Eclesiastes apresentam principalmente esse fato” (MELO,
J. L. Eclesiastes versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999, p.12).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Lexicográfico
“Sabedoria [de Cristo]
Embora no Antigo Testamento a sabedoria seja personificada no livro de
Provérbios e mostrada como tendo existido eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela
é centrada em uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo (1Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc
11.49).
Cristo, em sua natureza humana, cresceu em sabedoria, e em estatura, e
em graça para com Deus e os homens (Lc 2.52), mas em sua natureza divina,
repousava sobre ele o Espírito sétuplo cujo principal atributo é a sabedoria
(Is 11.2). Como resultado os homens perguntaram, ‘Donde veio a este a
sabedoria’ (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo que alguém maior que Salomão
estava ali (Mt 12.42). O apóstolo Paulo escreve que Ele é o poder e a sabedoria
de Deus, destacando que a vida e a morte de Cristo eram o sábio plano de
salvação de Deus (1Co 1.24).
Os gregos, com sua filosofia, buscavam a sabedoria (1Co 1.22) e
produziram grandes homens como Platão e Aristóteles, mas não vieram a conhecer
a Deus. Em contraste, Deus, em sua infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz
para revelar o modo como o homem pode ser salvo. O evangelho provou ser um
tropeço para os judeus, que estavam tentando obter a salvação através das boas
obras (Rm 9.30-33); e ‘uma loucura ou insensatez’ (gr. moria, os pensamentos de
um simplório, simples demais para ser aceito como o verdadeiro conhecimento da
salvação) para os gregos cultos. Os judeus ficavam ofendidos com o pensamento
da crucificação, e por serem tão impotentes a ponto de precisarem que alguém
morresse pelos seus pecados. Os gregos consideravam a simples fé em uma
expiação substitutiva um modo fácil demais para a salvação. Contudo, a morte
expiatória do Senhor Jesus Cristo é o epítome de toda a sabedoria (Ef 3.10),
uma vez que ela resolve o maior problema do mundo e do homem, isto é, o pecado”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1712).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O valor dos bons conselhos
Neste trimestre, teremos a oportunidade ímpar de estudar os livros de
Provérbios e Eclesiastes. São duas pérolas das Sagradas Escrituras. Provérbios
nos ensina a viver de modo sábio e Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido
da vida.
O livro de Provérbios
O livro de Provérbios é um verdadeiro compêndio de sabedoria em forma
de parábolas. São sentenças curtas, porém carregadas de significados e verdades
que foram aprendidas e ensinadas no dia-a-dia dos israelitas. Ao estudar este
livro, precisamos observar algumas particularidades importantes:
1. Salomão não foi o único autor dos provérbios, embora ele tenha
escrito uma grande parte (cf. 1.1; 10.1; 25.1). O próprio Salomão declara: “...
também estes são provérbios dos sábios” (Pv 24.23). Não podemos negar que
Salomão foi um dos homens mais sábios do seu tempo e que proferiu 3 mil
provérbios (1Rs 4.32), todavia há outros autores das citações, como Agur (Pv
30.1) e o rei Lemuel (Pv 31.1). É importante também observar que seus autores
pertenceram a épocas distintas.
2. Os provérbios têm a sua origem nos ditos populares. Todavia, os
provérbios bíblicos são breves declarações que expressam os conselhos divinos
para nós. Podemos afirmar que cada provérbio é uma parábola resumida e o livro
todo é a Palavra de Deus. É Deus falando por intermédio das circunstâncias da
vida.
3. Existem várias formas literárias dentro do livro, como, por
exemplo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.
O propósito do livro é ensinar os leitores a viverem de forma justa,
correta e ética. O objetivo é levar as pessoas a expressarem, no seu dia-a-dia,
a sabedoria de Deus. Embora o livro também trate das questões corriqueiras da
vida, ele é um convite à busca da sabedoria que vem do Alto, a sabedoria
divina.
O livro de Eclesiastes
Ao ler Eclesiastes 1.1 e o capítulo 2, não temos dúvida de que Salomão
é seu autor. Além disso, tanto a tradição judaica quanto a cristã conferem a
autoria do livro a Salomão.
Eclesiastes é um livro biográfico e durante a sua leitura percebemos
que não existe uma sequência lógica. A impressão que temos é que os textos
foram surgindo de tempos em tempos, como em um diário. É o relato triste de um
homem que, embora sábio, viveu parte da sua vida longe de Deus. O propósito é
mostrar, e em especial aos jovens, que o sentido da vida não está nos bens
materiais, no conhecimento, no prazer, na fama. O verdadeiro sentido da vida está
em Deus, o Criador. FONTE: www.professoralberto.com.br
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