13 de outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Bebe a água da tua cisterna e das
correntes do teu poço. [...] Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a
mulher da tua mocidade” (Pv 5.15,18).
VERDADE PRÁTICA
A melhor prevenção contra o adultério é
temer ao Senhor e estreitar os laços do amor conjugal.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Bebe a água da
tua cisterna e das correntes do teu poço. [...] Seja bendito o teu manancial, e
alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.15,18).
Nosso texto áureo está
inserido no capítulo 5 de Provérbios, capítulo que tem início com uma série de
conselhos contra o sexo ilícito. A partir do versículo 15, o autor inicia uma
seção para falar a respeito do relacionamento íntimo entre marido e mulher. “Bebe a água da sua cisterna” (Pv 5.15). Água é símbolo de vida. O ser humano não pode viver
sem ela. Assim também é o relacionamento sexual no casamento. Ele é importante
e traz vida aos cônjuges. Um casamento não pode subsistir sem ele. “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito
bom” (Gn 1.31). Tudo que o Pai criou é bom e isso inclui a
sexualidade. E importante ressaltar que o sexo nunca foi, em si mesmo,
pecaminoso. Deus o estabeleceu para ser desfrutado no casamento antes que o
pecado entrasse no mundo (Gn 2.21-25).
Ao nascer, fomos dotados de
instintos (tendência natural) específicos sem os quais nossa sobrevivência
seria impossível. O impulso sexual caracteriza o instinto de preservação da
espécie. Depois da Queda, no Jardim do Éden, o homem pecador passou a deturpar
esse impulso divino, gerando as muitas aberrações que sabemos existir hoje, mas
isso não invalida a intenção de Deus de abençoar o homem e perpetuar a espécie
através da relação sexual sadia. Provérbio 5.18 diz: “Bendito
o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade”. A vida sexual saudável dentro do casamento tem a
bênção de Deus, além de dar alegria e prazer ao homem (Hb 13.4).
Em Provérbios, encontramos
uma série de exortações quanto à infidelidade conjugal (Pv 5.7-15). A
infidelidade é tida como falta de sabedoria (Pv 6.32). Sabemos que o temor ao
Senhor é o princípio da sabedoria. Quando se perde a reverência a Deus, a
insensatez toma conta do coração do homem.
Atualmente, muitos veem a
infidelidade conjugal como uma prática normal, porém os princípios de Deus são
eternos e imutáveis. Na Bíblia, o adultério é, e continuará sendo, pecado.
Encontramos tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos sérias advertências
contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19).
Como servos de Deus,
precisamos estar atentos, pois “os lábios da mulher
estranha destilam favos de mel”. A princípio, a infidelidade
pode parecer doce e prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv
5.4). Com a infidelidade, vem a disfunção familiar. Ela é perigosa, é
destrutiva para toda família, para a Igreja do Senhor e para a sociedade de um
modo geral.
Um dos motivos de um dos
cônjuges cair na infidelidade conjugal é a incontinência, abstinência sexual
sem o consenso conjugal é perigosa, e a Bíblia declara: “O marido
pague a sua mulher o que lhe deve, e da mesma maneira a mulher ao marido. A
mulher não tem domínio sobre o seu corpo, mas sim o marido; e da mesma forma o
marido não tem domínio sobre o seu corpo, mas sim a mulher. Não vos defraudeis
um ao outro, senão talvez de comum acordo por algum tempo, a fim de que vos
dediqueis à oração e de novo vos junteis, para que não vos tente Satanás por
causa da vossa incontinência” (1 Coríntios 7.3-5).
Sabemos que muitos casais
estão com problemas pessoais, financeiros, profissionais, de saúde, e até ministeriais,
porque não estão se entendendo na vida sexual. Por mais que orem suas orações
estão impedidas [...]. Outros há que até se acertam na cama, mas vivem às
turras e perdem a bênção de Deus pois se magoam mutuamente. Sem falar em casais
que não oram juntos, que não fazem cultos domésticos, e que não dividem o
sacerdócio do lar. Estes perdem a chance de serem dois, e de vivenciarem uma
vida conjugal, profissional, financeira, familiar, ministerial e sexual
prazerosa e sadia.
A Bíblia afirma que ser dois
é melhor do que ser um, e que onde estiverem dois ou três reunidos, Deus ali
estaria (Ec 4.9-12; Mt 18.20). E em 1 Pedro lemos que quando um casal precisa
coabitar (verbo que significa relacionar-se sexualmente) com entendimento para
que as suas orações sejam respondidas. Ora, isto significa que sexo tem a ver
com vida espiritual, e que o casal, sendo dois, têm a possibilidade de serem
mais fortes quando unidos, além da promessa da presença de Deus com eles no
cotidiano da vida e na oração conjunta. Leia o texto abaixo do Pastor Haroldo
Reimer publicado no site
http://www.chamada.com.br)
Várias pesquisas realizadas
no Brasil indicam que a grande maioria dos homens e 50 a 60% das mulheres têm
praticado ou praticam o adultério ou, como se diz na linguagem mais em uso,
“transam” com pessoas que não são sua esposa ou seu marido. Com a ênfase dada
ao sexo na TV, no cinema, na literatura, e até nas instituições de ensino,
chegando ao extremo da obsessão, não é de se admirar que o homem secular, sem a
convicção espiritual e os princípios da Palavra de Deus, caia nesse pecado.
O crente em Cristo, porém,
não deve cair nesse pecado. Ele só entra nele aos pouquinhos. Isso porque não observa a
sinalização que o adverte do perigo. Faz vista grossa a esses sinais porque, embora
não deseje precipitar-se no abismo da desgraça da imoralidade, quer sentir pelo
menos um pouco a gostosura dos seus prazeres. Assim, avançando sinal após
sinal, deixa a vida pegar embalo no caminho errado até ao ponto de não
conseguir mais fazer a manobra de frear para evitar o desastre. Diz, então, que
“caiu no pecado”, quando este, de fato, há tempo já estava no seu caminho.
O primeiro sinal é a falta de
carinho e afeto na conversa e relacionamento cotidianos com o cônjuge. A
comunicação começa a limitar-se a frases como: “Tive um péssimo dia no
escritório hoje”; “Já pagou a conta do dentista?”, ou, pior ainda: “Você já
gastou todo o dinheiro que lhe dei no mês passado?”; “Se você não comprar logo
uma geladeira nova, eu simplesmente vou parar de cozinhar”.
Quando você percebe que é
difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa
que usava durante o namoro, tome cuidado – é um dos primeiros sinais de perigo.
Perto desse sinal vem outro:
a falta de conversa sobre assuntos espirituais, a leitura da Bíblia em conjunto
e a oração com a esposa. Quando essas coisas não fazem parte da vida conjugal,
é um sinal de alerta. Prosseguindo nesse caminho pode haver adultério mais
adiante.
Há mais sinais. Quando você
começa a compartilhar os problemas de relacionamento no lar com algum amigo ou
amigo do sexo oposto, você está aproximando-se mais do perigo. Frequentemente
essa outra pessoa tem problemas também, e está disposta a ouvir, a conversar e
demonstrar simpatia, o que gera ainda mais intimidade.
Não demora muito para que
aconteça o “toque inocente”. O patrão põe a mão no ombro da sua secretária ao
pedir que ela digite uma carta; ela encosta seu corpo ligeiramente no dele ao
entregar a carta pronta, depois um abraço fraternal, um beijinho no rosto. Você
argumenta que não há nada de errado nisso, que é apenas amizade.
Quando você percebe que é
difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa
que usava durante o namoro, tome cuidado.
Aos poucos vocês estão gastando
mais tempo juntos. “Acontece” que saem para o almoço na mesma hora e “por que
não almoçarem juntos”? Ela precisa pegar o metrô para ir para casa; “por que
não levá-la no seu carro?” Você precisa trabalhar duas horas extras para
terminar o projeto, e ela, sendo boa amiga, fica também para ajudar. Se parar
um pouco para pensar, você perceberá que tem prazer na companhia dela ou dele.
Não, vocês não estão dormindo juntos mas estão em grande perigo. Nessa altura,
o sinal é um luminoso vermelho piscando a todo vapor.
Se você não retroceder,
haverá um envolvimento emocional que provavelmente o arrastará para a fossa
fatal do adultério. E com amargura de coração você dirá – “Caí no pecado”. Não,
você não caiu... você entrou nele aos pouquinhos.
O pastor Charles Mylander,
num artigo publicado no periódico “Moody Monthly”, sugere três áreas onde é
preciso aumentar o controle para evitar ser arrastado ao pecado do adultério:
Primeiro: Controle da mente
Adultério, como a maioria dos
pecados, começa na mente. O crente em Cristo precisa levar “cativo todo
pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o
cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus
Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com
intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).
A porta principal da mente
são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher,
precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura. O homem que permite
aos seus olhos o prazer de assistir aos programas de TV que apelam para sexo a
fim de obter mais IBOPE (e são muitos); que toma tempo para folhear revistas
como “Playboy”, que deixa seus olhos analisarem o corpo das mulheres para uma
avaliação sexual, logo vai perder a primeira batalha contra a tentação. Sua
mente vai QUERER o adultério, e este querer só espera a oportunidade para se
realizar com a experiência.
A mulher também precisa
praticar o controle. Talvez mais na maneira de vestir-se do que pelo olhar. É
interessante que a Bíblia exorta a mulher a vestir-se com modéstia, bom senso,
etc., e não o homem, isso porque a mulher não é tão facilmente levada à
tentação sexual pelos olhos como o homem. Mas a mulher que é indiscreta na
maneira de vestir-se, sem dúvida, é cúmplice do diabo na tentação ao homem. A
admoestação da Bíblia de “glorificar a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20), com
toda a certeza inclui o cuidado que cada mulher precisa ter em não provocar a
concupiscência, revelando a beleza do seu corpo, seja por falta de roupa
adequada ou pelo uso de roupa colante. Argumentar que “está na moda” não mudará
em nada a opinião do Autor das Sagradas Escrituras.
Segundo: Controle de palavras
A porta principal da mente
são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher,
precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura.
O homem casado, ou a mulher
casada, jamais devem usar as palavras carinhosas de amor no trato com outras
pessoas além do cônjuge. Nunca compartilhe problemas de casa com amigos do sexo
oposto. E não procure conselho com alguém que tenha seus próprios problemas.
Quem é perdedor dificilmente ajudará outro a ganhar. Ao encontrar problemas sem
solução, procure conselho com alguém que descobriu a fórmula para constituir
uma família feliz e vive essa felicidade no lar. Muitos adultérios tiveram o
seu início na intimidade da “sala de aconselhamento”.
Terceiro: Controle de toque
Homens, não ponham suas mãos
noutra mulher a não ser a sua própria esposa. E, mulheres, não conversem com o
homem em “Braille”. O prazer da intimidade física é algo que Deus reservou para
a santidade do casamento. Sexo antes ou fora do casamento sempre contamina o
sexo no casamento, e o contato físico é um prazer que leva à consumação do desejo
dessa intimidade. É preciso avaliar sinceramente se os abraços e beijos que
damos e recebemos são uma expressão de estima recíproca ou um prazer “inocente”
que podemos desfrutar sem compromisso. Deus reconhece o nosso desejo de
intimidade, mas não aprova tal intimidade fora do casamento. “Por causa da
impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido”
(1 Co 7.2).
O conselho de Salomão ainda é válido:
“Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço... alegra-te
com a mulher da tua mocidade... e embriaga-te sempre com as suas carícias... O
que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é
que pratica tal coisa” (Pv 5.15,18-19; 6.32). (Haroldo Reimer -
http://www.chamada.com.br).
RESUMO DA LIÇÃO 02
ADVERTÊNCIAS
CONTRA O ADULTÉRIO
I. CONSELHOS SOBRE A SEXUALIDADE
HUMANA
1.
Uma dádiva divina.
2.
Uma predisposição humana.
II. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
1.
Concupiscência.
2.
Carências.
III. AS CONSEQÜÊNCIAS DA
INFIDELIDADE
1.
Perda da comunhão familiar.
2.
Perda da comunhão com Deus.
IV. CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR
CONTRA A INFIDELIDADE
1.
Sexo com intimidade.
2.
Apego à Palavra de Deus e à disciplina.
INTERAÇÃO
O livro dos
Provérbios, talvez, seja o principal dos livros bíblicos a falar sobre o
adultério, os seus caminhos e suas artimanhas destruidoras.
O sábio não
economiza palavras e ironias ao denunciar a pessoa que adere essa prática como
um estilo de vida: ela não passa de um jovem displicente (Pv 7).
Displicência,
imaturidade e fraqueza são palavras que denotam o perfil do homem que,
inexplicavelmente, deixa a casa da sua esposa a fim de unir-se com uma
estranha.
Esta não é a mãe
dos seus filhos, a mulher que, juntamente com ele, conquistou tudo o que tem.
Não! A estranha é
a mulher que deseja tirar tudo o quanto ele construiu: a sua família e a sua
vida.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os
conselhos do sábio sobre a sexualidade humana.
Identificar as causas
da infidelidade conjugal e suas consequências.
Previnir-se da
infidelidade conjugal.
COMENTÁRIO
introdução
ESBOÇO DO LIVRO DOS
PROVÉRBIOS
I. Prólogo: Propósito e Temas de Provérbios (1.1-7)
II. Treze Discursos à Juventude sobre a sabedoria (1.8-9.18)
A) Obedece a Teus Pais e Segue Seus
Conselhos (1.8,9)
B) Recuse Todas as Tentações dos
Incrédulos (1.10-19)
C) Submeta-se à Sabedoria e ao Temor do
Senhor (1.20-33)
D) Busque a sabedoria e Seu
Discernimento e Virtude (2.1-22)
E) Características e Benefícios da
Verdadeira Sabedoria (3.1-35)
F) A Sabedoria Como Tesouro da Família
(4.1-13,20-27)
G) A Sabedoria e os Dois Caminhos da
Vida (4.14-19)
H) A Tentação e Loucura da Impureza
Sexual (5.1-14)
I) Exortação à Fidelidade Conjugal
(5.15-23)
J) Evite Ser Fiador, Preguiçoso e
Enganador (6.1-19)
K) A Loucura Inominável da Impureza
Sexual a Qualquer Pretexto (6.20-7.27)
L) O Convite da Sabedoria (8.1-36)
M) Contraste entre a Sabedoria e a
Insensatez (9.1-18)
III. A Compilação Principal dos Provérbios de Salomão (10.1-22.16)
A) Provérbios Contrastantes sobre o
Justo e o Ímpio (10.1-15.33)
B) Provérbios de Incentivo à Vida de
Retidão (16.1-22.16)
IV. Outros Provérbios dos Sábios (22.17-24.34)
V. Provérbios de Salomão Registrados pelos homens de Ezequias
(25.1-29.27)
A) Provérbios sobre Vários Tipos de
Pessoas (25.1-26.28)
B) Provérbios sobre Vários Tipos de
Procedimentos (27.1-29.27)
VI. Palavras Finais de Sabedoria (30.1-31.31)
A) De Agur (30.1-33)
B) De Lemuel (31.1-9)
C) Acerca da Esposa sábia (31.10-31)
PALAVRA
CHAVE
ADULTÉRIO:
Violação, transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos
cônjuges pelo contrato matrimonial.
O
advento das mídias eletrônicas, e de forma mais específica as redes sociais,
facilitou muito para a possibilidade de alguém vir a ter um “caso”
extraconjugal.
As
estatísticas demonstram essa triste realidade. A cada dia, cresce o número de
lares desfeitos e, juntamente com este fenômeno, as consequências nefastas para
a sociedade.
E
as igrejas? Estas também têm sofrido o efeito de tais males. Apesar de a
infidelidade conjugal ser uma prática pecaminosa antiga, é preciso entender que
a sexualidade é algo intrínseco ao ser humano.
Logo,
o desejo por satisfação sexual acompanha tanto o homem como a mulher desde
sempre. O problema está na forma de expressão do desejo e em como é satisfeito.
Segundo
o entendimento mundano, não há regras para o homem e a mulher viverem a sua
sexualidade. No entanto, as Escrituras demarcam um limite bem preciso: o
casamento legitimamente instituído por Deus.
Aqui,
encontraremos os conselhos da sabedoria bíblica para orientar-nos contra as
ilusões e as artimanhas do adultério.
I.
CONSELHOS SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA
1. Uma dádiva divina. Boa parte
dos conselhos de Salomão diz respeito à sexualidade humana. Ele dedicou quase
três capítulos do livro de Provérbios para falar sobre o sexo e seus desvios
(Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-27).
Nesses provérbios, há dezenas de máximas que nos ensinam muito sobre
como estabelecer o parâmetro de um relacionamento saudável.
Quando ainda discorria sobre os perigos da infidelidade conjugal, o
sábio advertiu: “Porque os caminhos do homem estão perante os
olhos do Senhor, e ele aplana todas as suas carreiras” (Pv 5.21).
Isto é, Deus considera os caminhos do homem e a forma deste conduzir
até mesmo a sua sexualidade, pois se trata de uma criação divina e como tal é
uma dádiva do Criador à humanidade. Se o Senhor “aplana todas as nossas carreiras”,
demonstrando cuidado pelo exercício correto da sexualidade, concluímos não ser
o sexo algo mau ou maligno, mas algo honroso e nobre (Hb 13.4; 1Pe 3.7).
2. Uma predisposição humana. Ao iniciar a
sua coletânea de conselhos sobre como evitar os laços do adultério, Salomão
chama a atenção do seu “filho” para que ouças os seus conselhos e aja em
conformidade com estes (Pv 5.1,2).
O texto hebraico de Provérbios, nesse versículo, apresenta a palavra “bem”
traduzida em nossas Bíblias como “filho”. O mesmo termo ocorre também nas
advertências contra o adultério em Provérbios 6.20 e 7.1.
A palavra “bem” pode se referir tanto a um filho biológico quanto a um
discípulo. Em todos os casos, a admoestação é dirigida a um ser humano que,
como todos nós, está sujeito à tentação!
Portanto, a fim de vivermos o gozo da nossa sexualidade nos parâmetros
estabelecidos pelo Criador, que é o casamento, ouçamos o conselho do sábio.
O sexo, portanto, foi criado por Deus para ser praticado entre um
homem e uma mulher, mas somente no casamento. Antes do casamento e fora do
casamento é pecado.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A sexualidade humana é uma dádiva de Deus ao ser humano. Ela
se manifesta na predisposição do indivíduo em vivê-la no parâmetro do
casamento.
II.
AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
1. Concupiscência. Um fato
interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a mulher
adúltera em Provérbios: não há referência ao Diabo em suas advertências!
O sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos
homens, mas responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”. Somos agentes
morais livres e temos a liberdade de escolher entre o bem ou o mal.
Desejos bons e ruins são inerentes ao ser humano. Não os subestimemos!
Por isso, o sábio aconselha: “Não cobices no teu
coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos” (Pv 6.25; cf. Gl
5.16).
2. Carências. Em
Provérbios 5.15-17, o sábio lança mão de algumas metáforas para aconselhar como
deve ser a vida íntima do casal.
A frase “bebe a água da tua própria cisterna” mostra que o sexo não
deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge para com o outro (1Co
7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água!
Se esse princípio não for observado, um dos cônjuges ficará com a
sensação de que lhe falta alguma coisa! Desgraçadamente, muitos vão saciar-se
noutra fonte (Pv 7.18), daí o desastre em muitas famílias.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A concupiscência e as carências não
supridas na vida do ser humano são algumas das muitas causas da infidelidade
conjugal.
III.
AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. Perda da comunhão familiar. Uma das
primeiras consequências da infidelidade conjugal é a desonra da família. O
sábio avisa que o “seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de
dois fios” (Pv 5.4).
Esse fim amargo respingará nas famílias envolvidas (Pv 6.33). O
sentimento de vingança estará presente na consciência do cônjuge traído (Pv
6.34). Se pensássemos na mancha que a infidelidade conjugal produz teríamos
mais cuidado quando lidássemos com o sexo oposto.
A pergunta inevitável é: “Deus perdoa quem cometeu tal ato?” Não há
dúvida que perdoa. Mas apesar do perdão divino, as consequências ficam (Pv
5.9-14).
2. Perda da comunhão com Deus. É trágico
quando alguém perde a comunhão familiar por conta de um relacionamento
extraconjugal.
Todavia, mais trágico ainda é perder a comunhão com Deus. Salomão
sabia desse fato e por isso advertiu: “Mas não sabem que
ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno”
(Pv 9.18).
A palavra hebraica usada aqui para inferno é sheol, e esta designa o
mundo dos mortos. De fato a expressão “ali estão os mortos”, no hebraico,
significa: espíritos dos mortos ou região das sombras.
O Novo Testamento alerta que os adúlteros ficarão de fora do Reino de
Deus (1Co 6.10). O que tudo isso quer dizer? Que essa é a consequência de quem cometeu
esse pecado, mas não se arrependeu!
Por isso, não flerte com a (o) adúltera (o). Seu caminho pode até
parecer prazeroso, mas inevitavelmente o levará à morte (Pv 9.17,18).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Além de perder a comunhão da família, o cônjuge adúltero
quebra a sua comunhão com Deus.
IV. CONSELHOS DE COMO SE
PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE
1.
Sexo com intimidade. A intimidade sexual (ou a falta dela) é um dos fatores que influenciam
a vida conjugal. Há casais na igreja que tem relações sexuais com relativa
frequência, mas sem intimidade!
Há sexo na relação, mas não há amor nem
intimidade! Observe o conselho de Salomão: “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da
tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em
todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho meu,
andarias atraído pela estranha e abraçarias o seio da estrangeira?” (Pv
5.18-20).
Há maridos que não demonstram o mínimo
afeto à esposa e o oposto também é verdadeiro. Mas Deus criou o sexo para ser
desfrutado com afeto, amor e intimidade. Do contrário, o relacionamento sexual
não atenderá aos propósitos divinos e nem às expectativas do cônjuge.
2.
Apego à Palavra de Deus e à disciplina. Como antídoto e forma de prevenção contra a
infidelidade, Salomão aconselha o apego à Palavra de Deus e à disciplina. Para
não cairmos na cilada da infidelidade conjugal, devemos guardar a instrução do
Senhor, guardando-a em nosso coração.
A Palavra do Senhor é luz que ilumina a
nossa vida (Pv 6.20-24). O homem e a mulher só estarão livres do perigo da
infidelidade conjugal quando a Palavra estiver impregnada em suas mentes e
corações. Para isto, o crente deve meditar nela dia e noite. Por isso, seja
disciplinado.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Um conselho importante para prevenir-se
contra a infidelidade conjugal é apegar-se a Palavra de Deus, à disciplina e
relacionar-se intimamente com o cônjuge.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A fidelidade
conjugal é o que Deus idealizou aos seus filhos. Sabemos que a tentação é uma
realidade, que vem acompanhada da natureza adâmica que herdamos, e ambas
pressionam-nos a desprezar o santo ideal da fidelidade.
Todavia, o
Senhor deixou-nos a sua Palavra com dezenas de conselhos, a fim de prevenir-nos
quanto ao abismo chamado adultério. FONTE: www.professoralberto.com.br
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CRUZ, E. Sócios,
Amigos & Amados: Os Três Pilares do Casamento. 1 ed., Rio de Janeiro:
CPAD, 2005.
MILLER, M.
A. Meu
Marido Tem Um Segredo: Encontrando a Libertação para o Vício Sexual. 1
ed., RJ, 2010. PARROT, L. A Batalha Pela Sua Mente: Entendendo a
Personalidade Santificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
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