Lição 4 - Ana: A Oração de uma Mulher Angustiada
1º Trimestre de 2021
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:
INTRODUÇÃO
Ana é uma mulher admirável! Sua história aparece em apenas dois dos 1.189 capítulos da Bíblia e 39 dos 31.105 versículos, porém seu exemplo, sua devoção e seu compromisso com Deus nos inspiram até os dias atuais. Mãe do profeta Samuel, Ana protagoniza uma experiência de grande sofrimento mediante o problema da esterilidade e a impossibilidade de cumprir sua “obrigação” de gerar filhos. Nesse contexto, faz uma oração impactante, é atendida por Deus e sua história é completamente transformada. Para entendermos a relevância da oração de Ana, precisamos analisar algumas questões relacionadas ao problema da esterilidade no período veterotestamentário. A sociedade hebraica dos tempos bíblicos tinha a família como o âmago da estrutura social. Tudo acontecia em torno da família e, a partir dela, eram pensadas as relações sociais e as atividades cotidianas, desde as mais simples até as mais complexas.
No primeiro capítulo do Antigo Testamento, o homem e a mulher receberam a clara ordenança: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Para Smith (2001, p. 240), Jeová abençoou o ser humano com o poder da reprodução.3 Nesse entendimento, a mulher tinha, como propósito de vida, ser companheira e mãe dedicada. A impossibilidade do cumprimento de uma dessas atribuições se revelaria como motivo de grande insatisfação e vergonha. Afinal, não era simplesmente a esposa “que não teria filhos”, mas sim, a mulher que não conseguiria cumprir o propósito de Deus para com todas as mulheres e, assim, levaria consigo a marca da dissonância divina em sua existência. Torna-se fácil conjecturar como seria a autoimagem dessa mulher diante de tal situação: cumprir ou não o papel a ela determinado? Podemos imaginar o sentimento de frustração de uma mulher que não conseguisse gerar filhos, era “estéril como um todo”. A esterilidade era vista com muito pesar nessa sociedade e, por sua vez, representaria uma grande frustração, medo e tristeza para com a mulher.
Ana, sua Condição de Mulher Estéril e sua Rival
O problema da esterilidade pode ser observado nas narrativas bíblicas das esposas desde os primeiros grandes patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó. Conforme Bentho (2016, p. 165), “[...] a maternidade foi-lhes negada misteriosamente a fim de cumprir um propósito teleológico, não compreensível a suas mentes racionais limitadas”.4 Diante da dificuldade em engravidar, paliativos foram buscados com a finalidade de acalentar a obsessão em gerar filhos. Entre essas alternativas, os concubinatos de seus maridos foram levados em conta como uma solução. Diante dessas estratégias, muitas foram as tensões criadas. Ciúmes, competições, sentimento de frustração, depressões, batalhas por liderança e herança, entre outros problemas, fizeram-se presentes.
Essas tensões eram geradas a partir das tomadas de decisões que visavam solucionar as consequências da esterilidade. No entanto, se por um lado traziam novos membros às famílias, por outro, também traziam uma significativa diversidade de complicações, atritos e infelicidades.
Uma história de sofrimento
A vida de Ana pode ser dividida em dois grandes momentos: primeiramente, uma história de grande sofrimento provocado pela esterilidade e a frustração por sua condição e, em um segundo momento, o júbilo e a satisfação em ser agraciada com a chegada de seus filhos tão almejados e amados. Ana (“Graça”, do hebraico) era casada com Elcana, que anualmente subia a Siló com a finalidade de adorar a Deus e oferecer sacrifícios. Estéril, vivia a frustração de não ter filhos em uma sociedade que via, nessa possibilidade, a nobre contribuição social da mulher. Esse drama também foi vivido por outras mulheres da Bíblia, como Raquel, por exemplo (Gn 30.22-23). Para complicar, tinha ainda a segunda esposa de seu marido, Penina, mãe de muitos filhos, a qual impunha para Ana um sofrimento ainda maior e, constantemente, provocava-a. Embora Elcana amasse a sua esposa e não a penalizasse pela esterilidade, ela sofria de forma intensa e chorava copiosamente. De acordo com a Bíblia, Ana “com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente” (1 Sm 1.10). Como já vimos, o problema da esterilidade era algo que trazia uma grande frustração, pois ele impedia o crescimento da família em uma sociedade que valorizava e estimulava um grande número de filhos. Por mais que Elcana enfatizasse sua compreensão e amor por Ana, em seu interior havia dor, frustração e culpa.
A ida anual a Siló era sempre uma época muito aguardada, pois as famílias viajavam, preparavam-se para momentos de adoração a Jeová e a expectativa para com os sacrifícios a serem feitos. Não obstante, podemos imaginar o quanto isso pesava para Ana. Enquanto os demais estavam envolvidos no cotidiano de Siló, ela se dirigia a um momento muito íntimo e pessoal: a oração, em que as lágrimas foram mais fortes do que as palavras não pronunciadas.
A água de fora do barco
Um barco não é afundado pelas águas ao seu redor, por mais que o mar revolto o jogue contra as ondas. O que fatalmente fará um barco naufragar é o volume de líquido que vai entrando nele. Se não for feito nada, fatalmente a embarcação terá um trágico fim. Por isso, é importante não deixar as águas entrarem no barco. Essa ilustração nos ajuda a refletir acerca de muitas das dificuldades enfrentadas por nós em nosso cotidiano. Os problemas se levantam, as dificuldades não se dissipam, as metas parecem inatingíveis e nossas forças, muitas vezes, parecem se esgotar. Todavia, essa condição não pode ser alimentada ainda mais. Precisamos entender que as dificuldades possuem, na maioria das vezes, uma aparência que não corresponde a sua essência. Como somos humanos com uma visão limitada a respeito da realidade que nos cerca, devemos sempre buscar orientação divina e a companhia de Jesus em nosso barco (Mc 4.35-41; Lc 8.2225; Mt 8.23-27), dessa forma, não nos assustaremos com a aparência dos desafios, nem com a violência das investidas inimigas, mas sim, celebraremos o milagre do agir do Senhor em nossas vidas. Aquilo que antes era impossível e nos fazia temer o “naufrágio”, agora foi transformado em um motivo de celebração, pois o Senhor, a quem servimos, é um Deus de milagres. Tal era a situação enfrentada por essa personagem, levando-a a orar com tanta ênfase. A relação existente entre Ana e Penina era bastante desconfortável. Mãe de muitos filhos, a mulher “excessivamente a irritava para a embravecer...” (1 Sm 1.6) Ana se viu em uma situação muito incômoda, conduzindo-a ao desespero e a uma ampliação de suas tribulações, deixando-a sem condições para as coisas mais simples da vida, como comer, entre outras. Note bem que o problema enfrentado por Ana era, por si só, muito difícil e causava-lhe grandes sofrimentos. Entretanto, era Penina quem a irritava excessivamente, fazendo-a chorar e perder a fome. Se, finalmente, Ana não tivesse buscado o socorro em oração, onde essa história poderia parar? O quanto a pobre mulher prantearia motivada por seu real problema, e também pelos problemas externos causados por Penina. Vamos atentar para essa lição e jamais nos deixarmos abalar pelos problemas do nosso cotidiano, porém, busquemos sempre o socorro do alto mediante a oração aos pés do altar.
Os sofrimentos dos tempos atuais
O sofrimento de Ana a deixava em uma situação bastante difícil. Sentia-se incompleta e desmerecida socialmente. Por mais que busquemos explicações, jamais conseguiremos compreender a total dimensão das dores na alma dessa mulher. Apenas poderemos, mediante as lágrimas explícitas no texto bíblico, imaginar o sofrimento de Ana. Na atualidade, há também muitas pessoas que choram pelos mais variados problemas. Desde questões pessoais, enfermidades, conflitos, dificuldades econômicas e frustrações até as difíceis relações humanas cada vez mais impiedosas e avassaladoras. Ao lermos sobre o choro de Ana e os seus lábios que não encontravam mais as devidas palavras, somos levados a pensar em um drama muito comum hoje: as chamadas doenças da alma. Uma multidão de pessoas vive à sombra da depressão, da ansiedade, da automutilação, dos distúrbios alimentares, entre tantos outros. Para termos uma percepção mais abrangente em relação às “doenças da alma”, vamos analisar alguns números relacionados em uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o ano de 2018: no mundo, no ano da pesquisa, existiam 322 milhões de pessoas com depressão, das quais 11,5 milhões eram brasileiras; 18,6 milhões de brasileiros sofriam de transtornos de ansiedade, dado que coloca nosso país em 1º lugar no mundo. Outro dado da OMS, em uma pesquisa realizada sobre o número de suicídios em 2015, aponta que 788 mil pessoas tiraram a própria vida no mundo. Essa pesquisa evidenciou que o suicídio é a segunda maior causa de mortes na população entre 15 a 29 anos. E, para deixar tudo mais complicado ainda, apenas 10% das pessoas com depressão buscaram algum tipo de ajuda para vencer o problema.
Qual o nosso papel diante de tudo isso? Precisamos lembrar que, como Corpo de Cristo, somos chamados a ser o “sal” e a “luz” (Mt 5.13-14) trazendo a esperança para um mundo frustrado à beira do abismo. Contudo, o que é ser “sal” e “luz”? É fazer uma diferença real e perceptível na vida de alguém. Jamais conseguiremos cumprir esse papel se nos limitarmos às nossas vidas dentro dos templos. Precisamos olhar para os que sofrem e promover ações que possam trazer oportunidades de transformação real às pessoas. Estamos cercados de multidões e isso nos dá uma sensação de que ninguém está sozinho. No entanto, será que essa sensação é verdadeira? Vivemos uma época em que milhões de pessoas choram e sofrem solitárias. O que podemos fazer para mudar essa realidade? Como Corpo de Cristo, precisamos ser “oásis em meio a desertos” e levar esperança aos que sofrem. Se pregamos o amor, levemos o amor ao próximo. Se anunciamos a alegria, vamos criar condições para que as pessoas tenham um encontro real com Deus e então sejam alegres. Se proclamamos as Boas Novas, vamos anunciá-las com comprometimento a todos, desejando ardentemente que sejam salvos e tenham uma nova vida!
Ana Roga a Deus que lhe Dê um Filho
Um notável exemplo da graça de Deus sobre a vida pautada na devoção e fidelidade dos seus servos é a história envolvendo o nascimento do profeta Samuel. Em conformidade com Lasor (1999, p.182), “[...] a história centra-se na angústia de Ana por não se mostrar capaz de obedecer ao ‘imperativo da fecundidade’, angústia potencializada pelas censuras desdenhosas da rival. Sua condição lembra Sara (Gn 16.1; 21.9), mas era ainda mais vexatória; enquanto Hagar era uma esposa escrava, Penina gozava de pleno status de esposa”.6 Em ambas as narrativas, a de Sara e a de Ana (Gn 21.1-7; 1 Sm 1.20-28), os milagres aconteceram e as mulheres tiveram motivos para sorrir e ser agradecidas a Deus. Nessa narrativa, entendemos que, quando oramos com devoção e plena convicção de que estamos no centro da vontade do Senhor, o milagre acontece e a vitória é plena. Assim como Ana, devemos celebrar as maravilhosas bênçãos de Deus que acontecem em nossas vidas e, em paz, seguir adiante cumprindo os propósitos divinos, sempre jubilosos e louvando ao Senhor.
Ana, a Oração de uma Mulher Angustiada
A Bíblia é repleta de exemplos de pessoas que clamaram a Deus buscando o socorro para suas vidas. Entre tantas histórias, podemos citar algumas bem conhecidas: o povo hebreu no Egito (Êx 3.9), Davi na caverna (Sl 142), Ezequias pelo povo (2 Cr 30.20), o cego à beira do caminho (Mc 10.48). Em todas elas um desfecho apontando a uma grande verdade: Deus ouve a oração dos seus! O Senhor está pronto a nos socorrer. Para tanto, devemos abrir nosso coração e clamar a Ele que, como um pai amoroso, estende a mão aos que se deixam conduzir nos santos caminhos. A dimensão do amor de Deus impressiona e nos permite ter a convicção de que Ele cuida de nós, tanto em grandes necessidades quanto nos detalhes mais simples da vida (Mt 6.26). Muitas pessoas passam por momentos de angústia e profundo sofrimento, todavia não buscam ajuda e nem confiam que Deus possa fazer algo. Choram, retraem-se, mas não se percebem de que tudo pode ser diferente. Vejamos os exemplos de Paulo e Silas, que oravam e cantavam louvores na escura noite, mesmo enclausurados em uma prisão (At 16.25): os dois homens estavam vivendo grandes dificuldades e sendo humilhados pelo encarceramento, entretanto buscaram forças para abrir o coração clamando e louvando ao grande Deus. Muitas orações não são respondidas por Deus justamente por serem frutos de ambições humanas e representarem o desejo de obter satisfações egoístas. Tudo o que pedimos precisa ser gerado a partir de mentes comprometidas com o Reino de Deus.
A forma como Deus se relaciona com os seus é muito interessante. O Criador nos conhece completamente e nenhum pensamento pode ser escondido do Altíssimo. Talvez algumas pessoas, mediante essa verdade, sintam medo de tamanha exposição e o impedimento de uma possível “independência”. Porém, esse sentimento é fruto de alguém que não ama a Deus, nem o deseja. Além disso, não é esse o sentido da onisciência divina. Essa amplitude total do conhecimento de Deus nos traz uma grande alegria, pois significa que Ele nos conhece por completo e sabe o que é melhor para os seus. Quando nós dobramos os joelhos e iniciamos uma oração, o Pai já sabe tudo o que se passa dentro de nossos corações e, diante de nossa sinceridade e entrega, consola-nos e nos abençoa. A forma como Ana fez a sua oração foi tão impressionante e intensa que deixou até o sacerdote Eli confuso (1 Sm 1.12-14). De fato, a oração feita com ardor só pode ser compreendida em sua total dimensão por Deus (Mt 6.8). Nós mesmos, em nossas orações mais íntimas, sentimos que nos faltam palavras e, em decorrência disso, nossas lágrimas se encarregam de transmitir aquilo que só o coração contrito consegue expressar (1 Sm 1.13). O Pai amado conhece o nosso coração antes mesmo de nossas palavras saírem da boca (Is 65.24). A Bíblia nos ensina que nós acharemos a Deus quando o procurarmos de todo o coração (Jr 29.13). É com essa completude que devemos nos dirigir a Deus e nos permitir ser abraçados pela sua misericórdia e benevolência (Sl 100.5). Jamais podemos chegar diante dEle pela metade. Abra seu coração e se coloque por inteiro aos pés do nosso amado Pai.
Palavras simples foram suficientes para trazer uma nova sensação ao sofrido e angustiado coração de Ana: “Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe pediste” (1 Sm 1.17). Eli não precisou argumentar nem fazer uma defesa de tese, o sacerdote simplesmente entregou o recado de Deus àquela mulher tão sofrida, contudo confiante. Imediatamente, Ana permitiu que sua fé a sustentasse e seu coração encheu-se de júbilo. O bebê ainda não estava em seus braços, em contrapartida, ela já o via com os olhos da fé. Essa deve ser a postura do crente que tem sua vida dirigida pela ação do Espírito Santo: uma total confiança e dependência de Deus em sua vida. Quando pedimos com fé e em conformidade com a vontade divina, a resposta divina é certa e o nome do Senhor é exaltado (1 Jo 5.14-15). Um detalhe importante nessa história é a postura de Ana logo após as palavras do sacerdote Eli. Ela não duvidou, não ficou receosa, nem condicionou seus passos a um “se”. Ana simplesmente creu e alegrou-se. A fé deu a ela a concretude do que ainda não podia ser visto, todavia já era real em sua mente (Hb 11.1). Seguiu sua vida com disposição e com a certeza da vitória. Um detalhe muito importante precisa ser considerado: se Ana queria tanto um filho, o que a levou a abrir mão de sua presença já na hora do voto? A resposta é simples. Ela trouxe como oferta de gratidão o seu melhor para Deus. Quando promete dedicar o filho à vida no templo, ela já havia aceitado em seu coração a convicção da bênção e a alegria da vitória. Sua alma a impelia a oferecer o seu melhor, e assim ela fez.
Ana Louva a Deus por sua Resposta
Muitas são as práticas do ser humano que provocam um sentimento de tristeza e decepção, talvez uma das mais comuns e marcantes é a ingratidão. Quando fazemos algo por alguém e essa pessoa não se mostra grata, e depois nos dá as costas, o nosso sentimento é abalado. Infelizmente, essa é uma realidade muito comum. Agora, imaginemos quando isso acontece com Deus. O Pai nos abençoa com a vida, com a salvação da nossa alma e com um cuidado diário, conduzindo-nos por bons caminhos e protegendo-nos das ciladas do inimigo. Qual a nossa reação mais esperada? A gratidão e o reconhecimento do quanto Ele é importante em nossas vidas. Lamentavelmente, muitos não percebem desse jeito e deliberadamente rejeitam ao Senhor. Com Ana foi muito diferente. Antes mesmo de ser abençoada por Deus com um filho, ela já se mostrou confiante e extremamente grata. Cada ação em seu cotidiano apontava para uma satisfação com o milagre o qual estava sendo liberado pelo Pai celeste sobre a sua vida. Sigamos o exemplo dessa sábia mulher e sejamos sempre gratos ao nosso Deus amado.
Um ano após o episódio narrado no primeiro capítulo de 1 Samuel, a resposta de Deus já encantava os olhos de Ana e de seu marido, e trazia uma alegria indescritível ao coração daquele casal, enquanto o menino, de poucos meses, era embalado pela mãe de primeira viagem (1 Sm 1.19-22). A fidelidade de Deus podia ser presenciada por todos na vida daquele pequenino bebê chamado Samuel. É importante destacar que a bênção de Deus nos envolve por inteiro. Quando o milagre acontece, nossa vida muda. O nascimento do menino trouxe para Ana um novo ânimo e, em cada novo desafio de seu cotidiano, uma postura radiante era notada. As pessoas que conviviam com a mulher perceberam claramente a diferença na vida antes envolta em amargura, lamentos e a dor causada pelas perseguições de Penina. As palavras e as ações eram diferentes e a bênção de Deus podia ser amplamente notada em todos os detalhes da vida da nova Ana. Com a maternidade, veio também a alegria na vida daquela mulher: tudo se fez novo! De igual modo acontece conosco: quando oramos com fé, o Senhor nos ouve e, dentro da sua vontade e infinita misericórdia, atende-nos em uma dimensão muito maior do que podemos imaginar (Is 55.89). A oração respondida por Deus não se limita a um foco finito; ela sempre está articulada com um bem maior. Samuel foi a resposta imediata de Ana, no entanto não só a casa de Elcana foi abençoada, mas toda a nação de Israel foi alvo da bênção de Deus através da vida do grande profeta. A canção de Ana em gratidão não nos deixa dúvidas sobre o quanto sua vida foi transformada a partir do agir de Deus. Samuel (cujo nome significa “pedido ao Senhor”) é a resposta a uma oração singular e um voto que envolvia o melhor daquela mulher: o filho amado que ainda não era gerado em seu ventre. O filho primogênito de Ana foi um personagem central da história de Israel e marcou, de forma maravilhosa, a vida de inúmeras gerações.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.
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