terça-feira, 17 de setembro de 2019

Lição 11 - 3º Trimestre 2019 - A Mordomia das Obras de Misericórdia - Adultos.

Lição 11 - A Mordomia das Obras de Misericórdia 

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – SIGNIFICADO DE MISERICÓRDIA
II – A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
III – CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS

Elinaldo Renovato
“Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8). Misericórdia faz parte do caráter e dos atributos morais de Deus transferíveis ao homem. Ele não transmite ou reparte seus atributos absolutos, o de onipotência, onisciência e onipresença, dentre outros, mas Ele transfere seus atributos relativos para os homens. Sendo misericordioso, Deus quer que seus filhos também o sejam. “Misericórdia é o princípio eterno da natureza de Deus que o leva a buscar o bem temporal e a salvação eterna dos que se opuseram à vontade dele, mesmo a custo do sacrifício próprio” 1. Se Ele não fosse misericordioso, ninguém subsistiria ante sua santidade. “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22).
Bancroft 2 diz que a misericórdia era mais enfatizada no Antigo Testamento, enquanto a graça é mais apresentada no Novo Testamento. Ele dizia que misericórdia também é sinônimo da longanimidade de Deus. A misericórdia de Deus é a manifestação do seu sentimento para com os que se acham angustiados, em miséria, seja pelo pecado, seja pelo sofrimento. A misericórdia de Deus age no sentido de livrar o sofredor de seus problemas. A Bíblia diz: “Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8); “Piedoso e benigno é o SENHOR, sofredor e de grande misericórdia” (Sl 145.8).
Com essa visão acerca de Deus, a Bíblia mostra-nos que Ele requer de seus filhos que também sejam misericordiosos, que façam obras que demonstre esse sentimento, que é fruto do amor cristão, que deve dominar os corações dos que o aceitam como Salvador. Assim como Deus deseja livrar o que sofre de suas aflições, da mesma forma, o crente fiel precisa sentir compaixão e misericórdia daqueles que estão ao seu redor, ou de que tem conhecimento, no sentido de não só orar por eles, como também fazer o que estiver ao seu alcance para minorar a dor alheia. O salvo precisa cultivar e difundir obras de misericórdia e de amor. São obras que refletem o amor cristão na prática, ou seja, a caridade. O apóstolo João escreveu em sua primeira epístola: “Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 Jo 3.17,18). João, considerado “o apóstolo do amor”, foi, de fato, o escritor bíblico que mais discorreu sobre a importância de praticar o amor de Deus na vida cristã. A exemplo de Tiago, João questiona se “a caridade de Deus” está naquele que, vendo seu irmão necessitado, fecha o coração. E ele completa com uma solene exortação, ensinando que não devemos amar apenas “de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”. 
Um cristão só pode identificar-se com Deus e com Cristo se praticar a misericórdia. Jesus censurou os fariseus na questão dos dízimos, pois esses se diziam os mais rigorosos no cumprimento da Lei, a ponto de pagarem os dízimos das coisas mínimas, como o “endro e o cominho”; mas eles desprezavam, segundo Jesus, “o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé” (Mt 23.23 – grifo acrescido). A prática da misericórdia é condição determinante para alguém alcançar a misericórdia de Deus no Juízo. Tiago diz: “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13). 
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD. 

1 Augustus H. STRONG, Teologia Sistemática, p. 431. 
2 E. H. BANCROFT, Teologia Sistemática, p. 77.

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